DIMENSÃO SOCIAL E SAÚDE Projeto Rio São Francisco: Cultura, Identidade e Desenvolvimento
Regina Celeste Souza UNIFACS Laureate International Universities
1. Contextualizando •Iniciado em 2007 com prazo previsto para três anos para a sua realização. •Sofreu ao longo de quase 10 anos uma s é rie de ajustes tendo por é m, motivado v á rios estudantes e professores e, gerado uma quantidade relativamente grande de publicações.
1. Contextualizando •Proposta inicial feita pela professora Elizabeth Kiddy, PhD em História, docente no Albright College (EUA) e Membro do Programa Companheiros das Am é ricas; previa uma abordagem original: vis ã o hist ó rico/ cultural e socioambiental para o estudo de Bacias Hidrogr áficas conforme estava sendo bastante utilizado nos Estados Unidos. •Desafiante e ousada esta proposta para uma pequena equipe de pesquisadores (três) para estudar uma área tão complexa e tão grande como a Bacia do Rio São Francisco.
1. Contextualizando • V á rios Semin á rios internos foram realizados para discuss ã o de conceitos como: Bacia hidrogr á fica, espa ç o geogr á fico, lugar, territ ó rio, paisagem, identidade, popula ç ã o ribeirinha, cultura popular, desenvolvimento, impactos ambientais, dentre outros. • Grande pol ê mica foi a defini ç ã o da á rea de estudo: A bacia hidrográfica, o vale ou o rio? • Estabeleceu/ se como recorte espacial o Vale Sanfranciscano no estado da Bahia e o temporal da segunda metade do século XIX aos dias atuais.
1. Contextualizando • Elaborou/ se um Projeto (com coordena ç ã o dos professores Regina Souza, Elizabeth Kiddy e Alcides Caldas) este ultimo tamb é m coordenador do Programa de P ó s Gradua ç ã o em Desenvolvimento Regional e Urbano e respons á vel pela captação de recursos. • Firmou/ se um Conv ê nio de Coopera ç ã o T é cnica entre a UNIFACS, o Albright College e o Programa Companheiros das Américas – Comitê Bahia/Pennsylvania.
1. Contextualizando •Definiu/ se como estudo exploratório, qualitativo, descritivo, com visão multidisciplinar. •Como referencial de base, tomou/ se o livro O Rio São Francisco e a chapada Diamantina (1906) de Theodoro Sampaio sobre a sua Expedição ao Rio São Francisco, na segunda metade do século XIX, utilizando/ se a abordagem das mudanças e permanências.
2. Estratégias de desenvolvimento • Expedições, em número de 5 (cinco) / Grandes transectos saindo de Salvador em direção a diversos pontos do São Francisco. S érie Expedições
• Workshop /
Evento anual com publicação de Anais e Mostra Fotográfica
• Reuniões internas quinzenais do Grupo de Pesquisa / Apresenta ç ã o do andamento das pesquisas; Relat ó rios; Elabora ç ã o de artigos e outras atividades.
• Boletim Informativo (mídia digital) /
Com edição Trimestral
3. Resultados • Foram atingidos os objetivos destas viagens: • Car á ter pedag ó gico no treinamento do estudante dos diversos n í veis para um trabalho de equipe e de campo (IC, Ms e D). • O conhecimento da realidade empírica. • Preparação e avaliação das viagens com elaboração de relatórios parciais. • Registro documental através de fotografias e outros instrumentos. • Elaboração da publicação Série Expedições
3. Resultados •Foram realizadas quatro Expedi ç õ es do total de cinco previstas e publicados três livros da Série Expedições.
Série Expedições 4
Paulo Afonso Percorrendo o Sertão Sanfranciscano (Em Elaboração)
2008
2011
2015
2016
3. Resultados •Realizados oito Eventos: I Workshop Rio São Francisco ACB Salvador
2010 2009
2010
3. Resultados •Realizados oito Eventos:
2011
2012
2013
3. Resultados •Realizados oito Eventos:
2014
2015
3. Resultados •Publicações
2010
2012
2015
3. Resultados •Publicações
Paulo AfonsoBA (No Prelo)
ANAIS VII Workshop Penedo-AL (No Prelo)
2013
2015
ANAIS V Workshop
2010
2010
3. Resultados •Publicações
2016
3. Resultados •Prêmio II PRÊMIO PROFESSOR BARROS DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS 2014 Atribuído pela Associação dos Professores da UNIFACS (APFACS) ao Projeto Expedições 3 Bom Jesus da Lapa
3. Resultados •Trabalho Voluntário •Digitalização do Diário da Peregrinação feita ao Rio S ã o Francisco no ano de 1992 por um grupo de religiosos liderados pelo Frei Luis Cappio (atual Bispo da Diocese de Barra/ BA) •400pgs manuscritas que foram trabalhadas por 10 estudantes e professores no período de 2 anos
3. Resultados Artigos Revistas Livros
PUBLICAD OS 38 02 04
Resumos
39
Dissertações Expedições Teses Pôster Exposições fotográficas
06 05 03
Qualis B2 01 em elaboração Entre expandidos e completos. 15 no prelo 02 em andamento 01 em preparação Em andamento
11
JUIC, SARU e Workshop
04
Informativos
10
Workshop Até última edição jan/ mar/2016
Participação de estudantes IC
18
JUIC e Workshop
08
02
2 TCCs na UNIFACS
RESULTADOS
Estudantes IC com ingresso no PPDRU TCC
OBSERVAÇÕES
4. Para não concluir Partindo do marco te ó rico de Teodoro Sampaio (1905) e considerando o espa ço geográfico analisado como um espaço social, produto do trabalho humano (SANTOS, 2002) chegou/ se a algumas conclusões ainda preliminares: •Constatou/ se que as mudanças foram maiores que as permanências. •A organiza ç ã o socioespacial foi grandemente modificada, em primeiro lugar, pela substituição do modo de transporte fluvial que utilizava o Rio São Francisco, para o sistema rodovi á rio que aproveitou antigas rotas paralelas ao curso fluvial mas que implantou outros percursos totalmente afastados daquela via natural. •Com isso a rede urbana existente foi totalmente modificada, tendo em vista a mobilidade da hierarquia urbana voltada para o novo sistema de transporte.
4. Para não concluir • Outro ponto crucial para as modificações socioespaciais foi a implantação das grandes barragens, não só pela inundação de antigas cidades, vilas e á reas rurais, mas pelo impacto causado com a ruptura dos valores e da dinâmica de diversos grupos sociais. • As barragens provocaram a desterritorializa ç ã o de v á rios segmentos: agricultores, pescadores, comunidades indígenas e tantos outros. • E a reterritorialização de muitos destes antigos moradores em áreas quase sempre distantes das suas ra í zes natais, provocando uma enorme perda de identidade em relação as novas localidades aonde foram reassentados.
4. Para não concluir •Deve ser destacado igualmente a introdu ç ã o no Vale Sanfranciscano da agricultura irrigada. Segundo depoimento de um antigo agr ô nomo da EMBRAPA foi extremamente dif ícil capacitar a m ã o de obra dispon í vel para essa nova atividade. Mudar a mentalidade de um vaqueiro para um trabalhador assalariado ou um pequeno produtor rural da cultura irrigada. Lidar com empréstimos banc á rios e se enquadrar em um novo sistema de trabalho.
4. Para não concluir • A mudan ç a do cinza da caatinga para o verde irrigado implicou numa grande concentra ç ã o de terras, em um uso abusivo de agrot ó xicos com repercuss õ es negativas para a popula ç ã o trabalhadora, possibilitando o aparecimento de diversas doen ç as e, para a pr ó pria Bacia, com a contaminação das terras e das águas do Rio São Francisco. • O desmatamento verificado, sobretudo das matas ciliares, provocado pelas novas atividades agropecu á rias, minera ç ã o e outras acarretou num processo erosivo e consequente assoreamento do Rio, alargamento do seu leito, mudança na dinâmica fluvial e diminuição da ictiofauna existente. A introdu ç ã o de novas esp é cies ex ó genas, n ã o trouxe ou benef ícios esperados.
4. Para não concluir •Com rela ç ã o a cultura popular bastante diversificada e ressignificada tem mantido vários traços originais. Esse fato comprova que mesmo os espa ç os aparentemente isolados, est ã o conectados em redes com a sociedade globalizada. Isso é muito vis í vel na m ú sica, no artesanato e outras manifesta ç õ es art í sticas e mesmo na gastronomia local.
4. Para não concluir •Como permanência observamos tão somente o sentimento de religiosidade da popula ç ã o do Vale Sanfranciscano, que ainda permanece muito forte. O catolicismo, no entanto, perdeu a sua hegemonia com a entrada de v á rias outras religi õ es, mas mant é m uma grande influ ência sobre a popula ç ã o ribeirinha a partir das a ç ões da pastorais.
4. Para não concluir • Este Projeto vem sendo desenvolvido pelo conv ê nio Unifacs/ Albright Companheiros da Am é ricas, Comit ê Bahia/Pennsylvania, destacando o trabalho efetivo do Grupo de Pesquisa em Turismo e Meio Ambiente (GPTURIS). • O GPTURIS é um grupo dinâmico, multidisciplinar, que interage e fomenta a publica ç ã o cient í fica em conjunto com outras institui ç õ es. Agrega pesquisadores nos diversos n í veis e valoriza o trabalho voluntário. Reconhece a sua importância e investe na Inicia ç ã o Cient í fica, e sobretudo, acredita na transformação da sociedade pela educação e difusão da ciência.
Muito Obrigada! Contatos: regina.souza@unifacs.br 71 – 3273 8528