Market Report 32 - janeiro 2021

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ANO 9 NÚMERO 32

32 MARKET REPORT DESTAQUES

Suíça – Situação Económica e Perspetivas Evolução dos Mercados de Exportação

TRIMESTRAL JANEIRO 2021



CONTEÚDOS 4

Notícias

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Suíça – Situação Económica e Perspetivas

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Evolução dos mercados de exportação 2020

FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE: CEFAMOL - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE MOLDES REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: AV. D. DINIS, 17 2430-263 MARINHA GRANDE - PORTUGAL TELEFONE: 244 575 150

WWW.CEFAMOL.PT


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MARKET REPORT

WEBINAR REFLETE SOBRE INTERNACIONALIZAÇÃO Uma “prudente esperança” de que nos próximos seis meses, Portugal e o mundo estejam em melhor situação, seja económica ou seja de controlo da pandemia de Covid-19, foi manifestada por Paulo Portas no decorrer do webinar ‘A internacionalização do seu negócio passo-a-passo’ que, organizado pela CEFAMOL e a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), decorreu no dia 16 de dezembro. Paulo Portas, vice-presidente da CCIP, sublinhou que, na ótica de quem sofreu, e ainda sofre com a pandemia de Covid-19, “não é uma banalidade pensar que, em 2021 possa ter início a etapa final de uma perturbação da vida a todos os níveis”. Por isso, enfatizou, “em princípio, 2021 será melhor e 2022 ainda melhor”. No entanto, fez questão de chamar a atenção para um facto: o arranque das economias não terá lugar de forma simétrica. Pelo contrário, será marcado por diversas assimetrias. Como exemplo, lembrou que a pandemia foi propagando o seu impacto, primeiro na Ásia, depois na Europa e a seguir nas Américas e assim sucessivamente, em diferentes vagas. Ora, no seu entender, no que toca à retoma económica, os Estados Unidos da América estão em melhor condição de ascender, uma vez que a quebra na economia, este ano, ascenderá a cerca de 4%, metade do que cairá a economia europeia (cerca de 8%). Por contraste, destacou, a economia chinesa crescerá em 2020, entre 1 a 2%. Ainda sobre a economia europeia, advertiu que “o que nos interessa é saber se em 2023 já vamos estar ao nível de 2019”. Considerou, a este nível, que o Plano de Recuperação criado para apoiar, nesta fase, os 27 países foi “um progresso em relação à Europa que tínhamos antes”. Em relação a Portugal, salientou que o país necessita da globalização para voltar a crescer e, sobretudo, da “confiança das empresas”. Exortou, por isso, os empresários a recorrer aos apoios que tiverem ao seu alcance, frisando que no caso da indústria de moldes, esta está bem posicionada para o fazer, uma vez que esteve sempre inserida nos dois eixos principais deste programa de apoio: digitalização e economia circular. Paulo Portas manifestou ainda preocupação em relação ao impacto que está a ter a pandemia em África, defendendo que é necessário que os países das economias mais desenvolvidas tomem medidas para “não sufocar a economia africana”.

Desafios Nesta sessão, que contou com a presença ‘virtual’ de cerca de 130 participantes, foram abordadas diversas perspetivas dos mercados internacionais para 2021, bem como o posicionamento da indústria de moldes no contexto mundial. A esse nível, João Faustino, presidente da CEFAMOL, salientou que a Associação “terá um papel estruturante na nova dinâmica que se prevê para o sector”.

Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, deu conta dos desafios que o sector tem pela frente ao nível dos mercados, destacando a indefinição no automóvel (o principal mercado dos fabricantes de moldes portugueses), as mudanças nas cadeias de valor nessa indústria, assim como o surgimento de novos players ou os novos conceitos de mobilidade.

Paulo Portas - CCIP

Destacou o importante papel que já tem e continuará a ter a digitalização, no futuro das empresas e deu conta também da estratégia que a Associação tem para os próximos dois anos: consolidar os mercados tradicionais e conquistar e reforçar a sua posição noutros, como os Estados Unidos ou México, e, em simultâneo diversificar e penetrar em novas áreas de atividade. Para isso, a CEFAMOL tem calendarizadas várias ações, ao longo dos dois anos, que passam por marcar presença nos principais eventos mundiais do sector, bem como promover encontros entre fabricantes e fornecedores, seja dos atuais, seja de novos mercados geográficos. No webinar, Andreia Jotta, diretora de Marketing da CCIP, apresentou um conjunto de ferramentas digitais que, a baixo custo, estão ao dispor das empresas para que incrementem a sua posição online e a internacionalização dos seus negócios. Já Pedro Magalhães, diretor de Comércio Internacional da CCIP, elencou algumas das ações que a instituição tem promovido como forma de apoiar as empresas portuguesas a encontrar parceiros/clientes em vários mercados pelo mundo. E apresentou um conjunto de missões previstas para decorrer no ano de 2021 em diversos países de África, do Médio Oriente, da América do Sul ou da Europa. Na sua opinião, a pandemia de Covid-19 veio dar maior destaque aos eventos, no entanto “muitos negócios ainda dependem da ação presencial para terem sucesso”. E é nesse ponto que assentará a estratégia de promoção da CCIP para 2021. A sessão contou ainda com a presença de Alexandra Morais, coordenadora comercial de negócio internacional na direção de Marketing de Empresas da Caixa Geral de Depósitos que apresentou um conjunto de ferramentas e operações bancárias que, na sua opinião, constituem um suporte fundamental no comércio internacional, uma vez que, e entre outros exemplos, tornam as operações (como pagamentos e recebimentos) mais seguras.


AVALIAR A MATURIDADE TECNOLÓGICA DAS EMPRESAS PERMITE GANHAR COMPETITIVIDADE A apresentação de um conjunto de soluções que permitem aumentar a competitividade das empresas foi o principal foco do webinar ‘Ferramentas de Gestão de Inovação e Indústria 4.0’, que decorreu no dia 12 de novembro, organizado pela parceria constituída pela CEFAMOL, a COTEC - Associação Empresarial para a Inovação e a NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria. Lembrando a “exigência que caracteriza os dias de hoje”, Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC, salientou a importância que tem, no mundo empresarial, a inovação tecnológica. E nesse aspeto, considerou de grande relevância o conjunto de soluções que a COTEC disponibiliza às empresas, sobretudo no que diz respeito ao processo de avaliação de maturidade tecnológica das organizações, passo que classifica como “fundamental” no caminho da inovação. “Sabemos que a inovação é um processo, uma competência empresarial que permite revitalizar as margens de negócio; permite crescer com rentabilidade”, destacou, frisando que uma empresa que não inove“ pode, até, ter algum tempo de mercado, mas inevitavelmente vai ficar sujeita à concorrência e isso acaba por se traduzir no declínio das margens”. Ou seja, no seu entender, “crescer é importante, mas o mais importante é fazê-lo com rentabilidade”. Isso só é possível com inovação, frisou. E esta é, defendeu, uma competência de gestão das organizações que se reflete num conjunto de passos que assentam no planeamento estratégico e que este permite definir o rumo e o caminho para alcançar um futuro de sucesso. Neste percurso, lembrou a importância que assume também a escolha dos parceiros. “É tudo isto que as nossas ferramentas permitem fazer de uma forma estruturada e sistemática”, assegurou.

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Inovação “Sabemos que algumas empresas já têm muito trabalho feito em termos de planeamento estratégico, mas aquilo que temos visto, no contacto com o tecido empresarial é que, normalmente, esse planeamento não abrange a inovação”, sublinhou. Por isso, foi em resposta a esta necessidade que a COTEC criou ferramentas de ‘avaliação da maturidade’ das empresas no que diz respeito à Indústria 4.0 e também de construção de caminhos de ‘transformação e de gestão da inovação’. Nesse sentido, foram apresentadas, com maior rigor, duas soluções que, entre si, se complementam: a “Theia” e o “Innovation Scoring”. Apresentados por Irina Filipe e Armindo Carvalho, da COTEC, os dois sistemas permitem a realização de um autodiagnóstico à maturidade dos processos das empresas. “Mais do que dar o ‘rating’ de cada organização, esta solução permite dar uma ambição de melhoria, e os processos a seguir para lá chegar”, enfatizou Jorge Portugal. “É esta projeção do futuro, de forma sistemática, que qualquer destas ferramentas possibilita. Com isto, a empresa pode, de forma estruturada, definir quais os seus investimentos seja em inovação, em capacidade dos seus colaboradores, dos processos que necessita de alterar ou mesmo a relação com os fornecedores e/ou os clientes”, salientou, acrescentando que “cada empresa terá a sua própria realidade, uma vez que estas ferramentas não foram desenvolvidas para um sector especifico; são transversais a várias atividades”. Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, e Henrique Carvalho, diretor executivo da NERLEI, manifestaram-se convictos de que com esta sessão a meia centena de participantes no webinar ficaram mais elucidados em relação às potencialidades destas ferramentas, bem como o contributo que estas podem dar à melhoria do seu processo produtivo e organizacional.

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SUÍÇA – SITUAÇÃO ECONÓMICA E PERSPETIVAS ANA MARIA ROSAS Delegada da AICEP na Suíça


“A economia Suíça é uma das mais competitivas do mundo, principalmente graças ao sector de serviços. Comparando ao nível internacional, a dívida pública suíça é relativamente baixa. Além disso, a Suíça dispõe de um sistema tributário competitivo. Composta principalmente por pequenas e médias empresas, a economia suíça é baseada na exportação.” – é assim que a Suíça se apresenta oficialmente.

o nível do ano precedente não foi atingido e prevê-se que não o seja integralmente até 2022, isto no pressuposto de que nem a Suíça, nem os seus principais parceiros económicos tenham de instaurar um novo confinamento em larga escala. A redução de -3,8% do PIB prevista para 2020 é a mais forte redução desde 1975.

Em termos gerais verifica-se no 4º trimestre de 2020 que a contração económica na Suíça será menor do que o temido. A previsão de queda anual do PIB é agora de -3,8% (em junho perspetivava-se -6,2%) enquanto que a taxa de desemprego médio anual esperada de 3,2%. Resta ainda aferir integralmente o impacto da 2ª vaga de Covid-19 que surpreendeu a Suíça pela sua rapidez e amplitude. Com o relaxamento das medidas de política sanitária a partir do fim do mês de abril, a economia suíça iniciou um processo de rápida recuperação logo a partir do profundamente negativo segundo trimestre de 2020 (-7,3%PIB), tanto no âmbito do consumo, quanto no âmbito do investimento. Como consequência, o recurso aos instrumentos de apoio à manutenção dos postos de trabalho e às linhas de financiamento colocadas à disposição das empresas foi substancialmente menor do que o projetado. A recuperação acelerou ao longo do 3º trimestre. Assim, alguns sectores económicos, como por exemplo os da restauração e hotelaria (fora dos principais centros urbanos) beneficiaram do facto de os suíços terem viajado menos para o exterior e feito férias na Suíça. Outros sectores, como por exemplo a indústria manufatureira, mais dependentes da conjuntura internacional, recuperaram a uma taxa mais lenta. O mesmo acontecendo com sectores que sofreram um impacto direto da pandemia e das medidas tomadas para a conter, como o turismo internacional, a cultura e os grandes eventos. KOF – Barómetro conjuntural e série de referência: De qualquer forma, a retoma económica ainda é incompleta, sendo que na maior parte dos sectores económicos,

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A vermelho – A conjuntura suíça e medidas para o crescimento do PIB (série de referência SECO/KOF). É aqui representada sobre forma estandardizada (média=100, desvio padrão=10) A verde – Barómetro KOF Conjuntural (médio de longo prazo 2010-2019 =100); Gráfico KOF Barómetro, 2010-20 (100=média 2010-19)

Até ao final do ano, os peritos preveem a continuação de um crescimento da economia a um ritmo moderado e projetam para 2021 um crescimento do PIB em torno de 3,8%, abaixo dos 4,9% de crescimento apontados em Junho deste ano. Em 2021 a situação internacional será provavelmente caracterizada por uma certa heterogeneidade sendo que na perspetiva da Suíça, os países do sul da Europa, particularmente dependentes do turismo, sentirão de forma agravada a crise da pandemia; outros países entre os quais os EUA e a Alemanha deverão recuperar-se mais rapidamente. No global, a economia mundial deverá recuperar de uma forma lenta o que se refletirá na fortemente exportadora economia suíça. Quanto ao mercado do trabalho, a situação deverá melhorar, mas lentamente, assim o desemprego deverá atingir em 2021 os 3,4% (a previsão feita em Junho era de 4,1%), enquanto o aumento do número de postos de trabalho será moderado.

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Relativamente aos riscos conjunturais, apontam-se a pandemia Covid-19 e as reações dos círculos económico e político como o principal risco. Certo é que a Covid-19 trouxe um novo ritmo à economia. Um ritmo de “stop-and-go”, em que se sucedem a pequenas acelerações, momentos de “travão a fundo”. Este é um ritmo de consequências desconhecidas, imposto por três atores imprevisíveis: o vírus, as medidas governamentais e a resposta dos atores económicos. Mas é também um ritmo que é divergente no seu impacto na sociedade, existindo aqueles que se mantêm a trabalhar ao longo de todo o processo e aqueles que param e arrancam. Na Suíça, o “stop” corresponde à recessão da primavera quando o PIB Suíço caiu 7,3% e o “go” à retoma de 5,5 a 6,5% verificada no 3º trimestre. Amplitudes trimestrais nunca registadas anteriormente. O 4º trimestre será de novo um trimestre de “stop”. Mas espera-se que a vacina permita superar o ritmo.

Relações Bilaterais Portugal-Suíça A Suíça ocupa uma posição relevante no ranking do comércio internacional de bens com Portugal: em 2019 subiu para o 13º lugar e posiciona-se até setembro de 2020 em 12º lugar como cliente; enquanto como fornecedor subiu para o 30º lugar em 2019 e, até setembro de 2020, para 28º.

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aumento das vendas de produtos químicos (medicamentos). A evolução da balança comercial nos últimos anos tem sido acompanhada pelo aumento do número de empresas exportadoras, que passaram de 3.836, em 2015, para 4.350, em 2019. Principais grupos de produtos exportados em 2019: Destacamos os Veículos e outro material de transporte (18,5%), Máquinas e aparelhos (12,1%), Alimentares (10,7%), Plásticos e borracha (8,9%) e Metais comuns (7,5%). Em 2020 (até ao final do 3º trimestre) manteve-se o 1º grupo de produtos, mas os alimentares transitaram para 2º lugar. Principais grupos de produtos importados em 2019: Destacamos os Produtos químicos (53,7%), Máquinas e aparelhos (22,9%), Instrumentos de ótica e precisão (6,6%), Metais comuns (5,2%) e Plásticos e borracha (3,0%). Comércio de Serviços Os serviços têm-se afirmado como a principal componente do relacionamento bilateral entre Portugal e a Suíça, tendo o total dos fluxos nos dois sentidos atingido os 1,84 mil M€ em 2019. As exportações portuguesas de serviços assumem uma particular relevância: em 2019, o valor das exportações de serviços (1.326 M€) foi superior ao dobro do valor das exportações de bens (622,5 M€).

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística; Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2015-2019 (b) Taxa de variação homóloga 2019-2020 (2015 a 2019: resultados definitivos; 2020: resultados preliminares)

A balança comercial de bens tem sido favorável ao nosso país: em 2019, as exportações portuguesas totalizaram 622,5 M€ e as importações 286,5 M€, com crescimentos médios de, respetivamente, 8,1% e 2,2% desde 2015. Até Setembro de 2020 e comparativamente a igual período do ano transato, as exportações portuguesas de bens para a Suíça caíram -1,4%, e as importações portuguesas da Suíça cresceram 11,7%, essencialmente por força do

De janeiro a setembro de 2020 observaram-se reduções de -25,1% e -17,0%, respetivamente nas exportações e importações de serviços, face ao período homólogo do ano anterior, o que se atribui à pandemia, designadamente à quebra das viagens e turismo que, em 2019, representaram 44,9% das nossas exportações de serviços.

Fonte: Banco de Portugal; Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2015-2019; (b) Taxa de variação homóloga 2019-2020


A Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal com a Suíça apresenta uma quebra de -18,8% nas exportações portuguesas relativas aos três primeiros trimestres de 2020, comparativamente com igual período de 2019, e quanto às importações, a quebra é de -8,9%. O saldo da balança mantém-se positivo, apresentando um coeficiente de cobertura de 232,9%.

Fonte: INE

Fonte: Banco de Portugal; Unidade: Milhões de euros Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2015-2019; (b) Taxa de variação homóloga 2019-2020 Devido a diferenças metodológicas de apuramento, o valor referente a “Bens e Serviços” não corresponde à soma [“Bens” (INE) + “Serviços” (Banco de Portugal)]. Componente de Bens com base em dados INE, ajustados para valores f.o.b.

Relações Bilaterais no sector de Moldes O peso da Suíça no comércio internacional de Portugal nos sectores de moldes e plásticos apresenta-se conforme o quadro seguinte: Verificamos, especificamente no que diz respeito aos moldes que Portugal exportou entre 2016 e 2019 para a Suíça, valores anuais entre 7,6 M€ (2016) e 11,2M€ (2019), apresentando taxas de crescimento anuais entre 10 e 18%, após uma quebra substancial entre o ano de 2015 e 2016. A Suíça representa em 2019, 1,83% das exportações portuguesas de moldes. A evolução das importações portuguesas de moldes da Suíça, apresenta o mesmo sentido positivo, mas é muito menos representativa. Portugal importa em 2019, 2,4 M€. Como fornecedor de moldes, atinge em 2019, 1,39% do total exportado por Portugal. Dado o comportamento atípico de 2020, quisemos introduzir os dados mais recentes de que dispomos e apresentamos de seguida um quadro e dois gráficos com a evo-

Fonte: INE

lução mensal das exportações portuguesas de plásticos e moldes. A evolução é evidente num ano de particular dificuldade para o sector, onde agosto se destaca pelo aumento abrupto das exportações de moldes portugueses para a Suíça. Agosto corresponde também ao período de abrandamento do número de novos casos de infeção e internamento por Covid-19, em que a Suíça pôde viver um momento tranquilo, mais esperançoso e, claramente, projetar melhor a recetividade de venda internacional dos seus produtos. Podemos talvez daqui retirar a ilação de que quando a pressão da pandemia abrandar, existirão condições para a intensificação de trocas comerciais entre os 2 países neste sector.

Fonte: INE

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Em geral, perspetiva-se que em 2020 a exportação de moldes não registe uma variação notória relativamente ao ano anterior.

O Sector Suíço de Moldes e Plásticos Em final de julho de 2020 a associação sectorial do cluster dos plásticos – Kunststoff.Swiss – publicou a usual análise do sector, atualizando os dados e comentários, por forma a abranger o comportamento em 2019, que foi já um ano de alguma retração comparativamente ao excelente ano 2018. Esta retração deve-se sobretudo ao sector automóvel que perdeu tração arrastando os fornecedores. No total, o sector de plásticos suíço faturou cerca de CHF 15.191 mil milhões, o que representou uma quebra de -5,5% relativamente a 2018. No sector de moldes, tal como nos sectores de prestações de serviços e empresas de reciclagem, as alterações são menos percetíveis. A quebra maior, de -8,5%, foi sofrida pelo sector de máquinas e equipamentos periféricos relacionados com o sector de plásticos (em geral o sector de máquinas e equipamentos recuou -12% nas suas vendas, em igual período). A quebra de vendas no sector de fornecedores de matéria prima deve-se sobretudo à baixa de preço. Ainda assim, o número de empresas e de trabalhadores do cluster aumentou ligeiramente. Em consonância, a utilização de plástico caiu cerca de -3,4%, de 775.181 ton. para 748.906 ton., mas, em sentido contrário, a borracha aumentou 3,2% para 43.537 ton., talvez devido ao sector da construção.

Fonte: Kunststoff.Swiss

Atendendo exclusivamente ao sector de moldes constatamos que os principais 10 mercados de exportação da Suíça são: Os principais 10 mercados de importação de moldes são:

Sources: ITC calculations based on Administration fédérale des douanes (AFD) de Suisse statistics since January, 2015. ITC calculations based on UNCOMTRADE statistics until January, 2015 Unidade: Euro mil; Produto: 8480 Moldes caixas para fundição de metal; bases de moldes; moldes patterns; moldes para metal (outros…)

Evolução de vendas do sector de plásticos e borracha na Suíça – do 1º trimestre de 2017 ao 2º trimestre de 2020 (comparativamente a trimestre semelhante de ano anterior):

Fonte: Statista 2020

Sources: ITC calculations based on Administration fédérale des douanes (AFD) de Suisse statistics since January, 2015. ITC calculations based on UNCOMTRADE statistics until January, 2015 Unidade: Mil Euros; Produto: 8480 Moldes caixas para fundição de metal; bases de moldes; moldes patterns; moldes para metal (outros…)

Quanto à distribuição de aplicações/destino de utilização dos materiais plásticos verifica-se que em 2019 os sectores de Embalagem e Construção representam em conjunto quase 78%, sendo que o sector automóvel/mobilidade representa 7% aproximadamente o mesmo que o sector da saúde/dispositivos médicos. É provável que em 2020 a paridade entre os dois sectores se tenha alterado e o sector de dispositivos médicos tenha crescido.

Ainda especificamente sobre os moldes, verifica-se ao longo do período 2015 a 2019 o aumento de “vendas por funcionário”: de CHF 192.000 em 2015 para CHF 210.000 em 2019, de qualquer forma muito abaixo da média do cluster de plásticos que varia de CHF 422.000 a CHF 448.000 durante o mesmo período.

Distribuição de aplicações dos plásticos: As exportações do sector representam cerca de 22,3% do total de faturação em 2019, cresceram em percentagem relativamente a 2018 (21,8%).

Em termos dos processos produtivos mais preponderantes na cadeia de valor indústria de plásticos suíça, destacam-se a moldação por injeção (14,7%), a assemblagem (10,7%), a termoformagem (7,3%), hot stamping e impressão (6,2%), e a extrusão (6,2%). O fabrico de moldes, representa 9,6%.


EVOLUÇÃO DOS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO – 2020 MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS DA EUROPA CENTRAL

PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

MERCADOS AMERICANOS

MERCADOS EUROPEUS

OUTROS MERCADOS

Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar

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