Manual de Exames

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MANUAL DE EXAMES Laboratório de Análises Clínicas – LAC-CESUPA

Bruna Abdon Carolina Lobo Jessica Barros Maria Olivia Pimentel


FICHA CATALOGRÁFICA


CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ - CESUPA

Reitoria Profº Sérgio Fiúza de Mello Mendes Vice-Reitoria Profº Dr. João Paulo Mendes Filho Pró-Reitoria de Graduação e Extensão Profª Msc. Sílvia Mendes Pessôa Coordenação Adjunta de Graduação e Extensão Profª Drª. Gisele Seabra Abrahim Coordenação do Curso de Farmácia Profª Msc. Andrea Nilza Melo Diogo Coordenação do Laboratório de Análises Clínicas Profª Esp. Anamaria Almeida Alves Orientação de Produção do Manual de Exames do Laboratório de Análises Clínicas – LAC-CESUPA Profº Dr. Jefferson José Sodré Ferraz Profª Esp. Anamaria Almeida Alves Autores: Bruna Lima Abdon Carolina Calábria Lobo Jessica dos Santos Barros Maria Olívia Loureiro Pimentel Colaboradores Profº Msc. Ediberto Nunes Profª Msc. Graça Carvalho Profª Msc. Valéria Cabral Projeto Gráfico, Edição e Diagramação Celso Lobo


Lista de Fluxogramas Fluxograma 1 – Atendimento – Fase Pré-Analítica........................................................................ 14 Fluxograma 2 – Atendimento – Fase Analítica.............................................................................. 15 Fluxograma 3 – Atendimento – Fase Pós-Analítica....................................................................... 16


Lista de Tabelas Tabela 1 – Valores de Referência - 25-Hidroxivitamina D.............................................................. 31 Tabela 2 – Valores de Referência – Anticorpos Antinúcleo-FAN................................................. 46 Tabela 3 – Valores de Referência – Clearance de Creatinina (Soro e Urina 24 horas)............... 68 Tabela 4 – Valores de Referência – Coagulograma I e II...............................................................70 Tabela 5 – Valores de Referência - Hemograma.......................................................................... 117 Tabela 6 – Valores de Referência – Imunoglobulina A - IgA.........................................................127 Tabela 7 – Valores de Referência – Imunoglobulina G - IgG....................................................... 128 Tabela 8 – Valores de Referência – Imunoglobulina M - IgM...................................................... 129 Tabela 9 – Valores de Referência – Imunoglobulina E - IgE........................................................ 130 Tabela 10 – Valores de Referência – Urina Rotina....................................................................... 170


SUM ÁRI O


1 – Apresentação....................................................................................................................... 12

1.1. Fluxograma de atendimento do LAC-CESUPA................................................................. 14

2 – Fase Pré-Analítica................................................................................................................ 17

2. 1. Instruções especiais para coleta de amostras biológicas............................................... 20

Atividade Plasmática de Renina (PRA)................................................................................... 20

BAAR, Cultura da punção ganglionar.................................................................................... 20

BAAR, Cultura da urina ........................................................................................................ 20

BAAR, Cultura do esperma .................................................................................................. 20

BAAR, Cultura do LCR ......................................................................................................... 20

BAAR, Cultura/Pesquisa no escarro ...................................................................................... 21

Bacterioscopia, LCR............................................................................................................... 21

Bacterioscopia, Pesquisa de Treponema pallidum e Haemophilus ducreyi............................ 21

Cortisol e Cortisol após Dexametasona.................................................................................22

Cortisol...................................................................................................................................22

Cortisol após Dexametasona..................................................................................................22

Fezes, Cultura (Coprocultura)................................................................................................22

Fezes, Gordura Fecal..............................................................................................................22

Fezes, Parasitológico...............................................................................................................22

Fezes, Pesquisa de Hemácias e Leucócitos............................................................................23

Fezes, Pesquisa de Sangue Oculto.........................................................................................23

Glicose, Após Dextrosol ........................................................................................................23

Curva Glicêmica.....................................................................................................................23

TOTG.....................................................................................................................................24

TOTG para Gestantes............................................................................................................24

Glicose, Pós Prandial..............................................................................................................24

PCCU.....................................................................................................................................24

Prolactina e Macroprolactina..................................................................................................24

PSA Total e Livre.....................................................................................................................25

Secreção Cervical/Vaginal, Cultura e Bacterioscopia............................................................25

Secreção Conjuntival, Cultura...............................................................................................25

Secreção Prostática, Cultura..................................................................................................25

Secreção Uretral, Cultura e Bacterioscopia...........................................................................26

Urina 24 horas........................................................................................................................26

Urina Rotina, Urocultura e Bacterioscopia (UJM)..................................................................26


3 – Fase Analítica.........................................................................................................................28

17-Alfa-Hidroxiprogesterona, Dosagem...................................................................................29

25-Hidroxivitamina D, Dosagem............................................................................................. 31

Ácido Úrico, Dosagem...........................................................................................................32

Ácido Úrico, Dosagem (Urina 24 Horas)................................................................................33

Adrenocorticotrófico - ACTH, Dosagem...............................................................................34

Albumina, Dosagem...............................................................................................................35

Aldosterona, Dosagem.......................................................................................................... 36

Amilase, Dosagem..................................................................................................................37

Androstenediona, Dosagem...................................................................................................38

Antibiograma..........................................................................................................................39

Anticorpos Anti SM, Pesquisa............................................................................................... 40

Anticorpos Anti SS-A (RO), Pesquisa..................................................................................... 41

Anticorpos Anti SS-B (LA), Pesquisa .................................................................................... 42

Anticorpos Anti-Citomegalovírus IgG, Pesquisa.................................................................... 43

Anticorpos Anti-Citomegalovírus IgM, Pesquisa................................................................... 44

Anticorpos Antiestreptolisina O, Dosagem .......................................................................... 45

Anticorpos Antinúcleo - FAN, Pesquisa ................................................................................ 46

Anticorpos Clamídia IgG, Pesquisa........................................................................................47

Anticorpos Clamidia IgM, Pesquisa ...................................................................................... 48

Anticorpos COVID IgG, Pesquisa.......................................................................................... 49

Anticorpos COVID IgM, Pesquisa......................................................................................... 50

Anticorpos HTLV I + II, Pesquisa ........................................................................................... 51

Anticorpos Rubéola IgG, Pesquisa..........................................................................................52

Anticorpos Rubéola IgM, Pesquisa.........................................................................................53

Anticorpos Toxoplasmose IgG, Pesquisa............................................................................... 54

Anticorpos Toxoplasmose IgM, Pesquisa................................................................................55

Antígeno Prostático Específico - PSA Livre, Dosagem........................................................... 56

Antígeno Prostático Específico - PSA Total, Dosagem............................................................57

Atividade Plasmática de Renina - PRA, Determinação...........................................................59

Autoanticorpos Anti - dsDNA, Pesquisa ............................................................................... 60

BAAR, Pesquisa....................................................................................................................... 61

Bacterioscopia........................................................................................................................62

Bilirrubina Direta, Dosagem.................................................................................................. 63

Bilirrubina Indireta, Dosagem................................................................................................ 64

Bilirrubina Total, Dosagem ................................................................................................... 65


Cálcio, Dosagem .................................................................................................................. 66

Cálcio, Dosagem (Urina 24 horas)..........................................................................................67

Clearance de Creatinina, Dosagem (Soro e Urina 24 horas)................................................ 68

Coagulograma I e II................................................................................................................70

Colesterol - HDL, Dosagem................................................................................................... 72

Colesterol - LDL, Dosagem.................................................................................................... 74

Colesterol - Total, Dosagem...................................................................................................75

Colesterol - VLDL, Dosagem ................................................................................................. 77

Complemento C3, Dosagem.................................................................................................78

Complemento C4, Dosagem.................................................................................................79

Contagem de Plaquetas/ Plaquetograma.............................................................................. 80

Contagem de Reticulócitos.................................................................................................... 81

COOMBS Direto, Teste..........................................................................................................82

COOMBS Indireto, Teste ......................................................................................................83

Coprocultura......................................................................................................................... 84

Cortisol, Dosagem................................................................................................................. 85

Cortisol - Supressão após Dexametasona, Dosagem.............................................................87

Creatinina, Dosagem..............................................................................................................88

Creatinofosfoquinase - CPK, Dosagem..................................................................................89

Cultura.................................................................................................................................. 90

Cultura de BAAR.................................................................................................................... 91

Cultura de Secreção............................................................................................................. 92

Curva Glicêmica, Determinação............................................................................................93

Desidrogenase Láctica - DHL, Dosagem ..............................................................................94

Estradiol, Dosagem................................................................................................................ 95

Fator de Crescimento Ligado à Proteína - IGF-1, Dosagem.................................................. 96

Fator Reumatóide, Pesquisa...................................................................................................98

Ferritina, Dosagem................................................................................................................ 99

Ferro, Dosagem....................................................................................................................100

Fosfatase Alcalina, Dosagem................................................................................................ 102

Fósforo, Dosagem ................................................................................................................ 103

Gama-GT, Dosagem............................................................................................................. 105

Glicose, Determinação Pós Prandial.................................................................................... 106

Glicose, Dosagem................................................................................................................ 107

Globulina, Dosagem............................................................................................................. 109

Gonadotrofina Coriônica Humana - Beta HCG Qualitativo.................................................110


Gonadotrofina Coriônica Humana - Beta HCG Quantitativo................................................111

Gordura Fecal, Pesquisa ....................................................................................................... 113

Haemophilus ducreyi, Pesquisa ............................................................................................ 114

Hemoglobina Glicosilada, Dosagem...................................................................................... 115

Hemograma (Eritrograma, Leucograma, Plaquetograma)...................................................... 116

Hepatite B - HBsAg, Pesquisa de Antígeno............................................................................ 118

Hepatite B - Anti-HBC Total, Pesquisa de Anticorpos.......................................................... 119

Hepatite B - Anti-HBS, Pesquisa de Anticorpos.................................................................. 120

Hepatite C - Anticorpos Anti-HCV, Pesquisa........................................................................ 121

HIV - 1 e HIV -2, Pesquisa .................................................................................................... 122

Hormônio de Crescimento Humano - GH, Dosagem ......................................................... 123

Hormônio Folículo Estimulante - FSH, Dosagem................................................................. 124

Hormônio Luteinizante - LH, Dosagem................................................................................ 125

Imunoglobulina A - IgA, Dosagem.........................................................................................127

Imunoglobulina G - IgG, Dosagem....................................................................................... 128

Imunoglobulina M - IgM, Dosagem....................................................................................... 129

Imunoglobulinas E - IgE, Dosagem....................................................................................... 130

Insulina, Dosagem................................................................................................................. 131

Leveduras, Pesquisa.............................................................................................................. 132

Macroprolactina, Dosagem.................................................................................................. 133

Magnésio, Dosagem............................................................................................................. 135

Microalbuminúria, Dosagem (Urina 24 horas e amostra isolada)......................................... 136

Parasitológico das Fezes........................................................................................................137

Pesquisa nas Fezes – Hemácias e Leucócitos....................................................................... 138

Pesquisa nas Fezes - Sangue Oculto..................................................................................... 139

Potássio, Dosagem ............................................................................................................... 140

Preventivo do Câncer do Colo Uterino - PCCU...................................................................141

Progesterona, Dosagem........................................................................................................ 142

Prolactina, Dosagem............................................................................................................. 143

Proteína C Reativa - PCR, Dosagem .................................................................................... 144

Proteínas Totais, Dosagem.................................................................................................... 145

Proteinúria, Dosagem (Urina 24 horas)................................................................................ 147

Sódio, Dosagem................................................................................................................... 148

Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada - TTPA, Determinação....................................... 149

Tempo e Atividade de Protrombina - TP/TAP, Determinação ............................................. 150

Teste Oral de Tolerância à Glicose - TOTG ......................................................................... 151


Teste Oral de Tolerância à Glicose para Gestantes ............................................................ 152

Testosterona Livre, Dosagem................................................................................................ 153

Testosterona, Dosagem........................................................................................................ 154

Tipagem Sanguínea In Vitro - ABO-RH ................................................................................ 155

Tireoide - Hormônio Tireoestimulante - TSH, Dosagem ..................................................... 156

Tireoide - Tireoglobulina, Dosagem......................................................................................157

Tireóide - Tiroxina - T4 Total, Dosagem .............................................................................. 158

Tireoide - Tiroxina Livre - T4 Livre, Dosagem...................................................................... 159

Tireóide - Triiodotironina - T3 Total, Dosagem .................................................................... 160

Transaminase Oxalacética - TGO/AST, Dosagem................................................................. 161

Transaminase Pirúvica - TGP/ALT, Dosagem........................................................................ 162

Treponema pallidum, Pesquisa ............................................................................................ 163

Trichomonas e Leveduras, Pesquisa..................................................................................... 164

Triglicérides, Dosagem ........................................................................................................ 165

Uréia, Dosagem (Soro e Urina 24 Horas)..............................................................................167

Urina Rotina ........................................................................................................................ 169

Urocultura com Antibiograma .............................................................................................. 171

VDRL ....................................................................................................................................172

Velocidade de Hemossedimentação - VHS ......................................................................... 173

4 – Fase Pós-Analítica.................................................................................................................174 5 – Referências Bibliográficas.....................................................................................................176


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1 - APRESENTAÇÃO


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

APRESENTAÇÃO

Em 1993, o Laboratório de Análises Clínicas do CESUPA foi fundado com a missão de prestar serviços, ainda básicos, a comunidades carentes. Porém, em 1999 foi aberto ao público, através de um projeto de extensão o qual conseguia manter o estágio em análises clínicas, o que ofereceu o suporte necessário para atender ao público. Ainda em 1999, contando com a contribuição de profissionais competentes e experientes, o Serviço de Prevenção do Câncer do Colo Uterino (PCCU) foi iniciado, sendo um marco para o laboratório, no qual foi possível a coleta e realização do exame preventivo pelo próprio laboratório. Em 2014, além de atender a comunidade por demanda espontânea, o LAC-CESUPA inicia seu atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) de pacientes oriundos do Centro de Especialidades Médicas do CESUPA (CEMEC), assim como passou a atender a três pilares do CESUPA, graduação em Farmácia, graduação em Medicina e Pós-Graduação em Medicina. Realizando mais de 120 tipos de exames laboratoriais nas áreas de Hematologia, Bioquímica, Imunologia, Hormônios, Parasitologia, Urinálise, Bacteriologia e Citologia, o laboratório, em 2017, recebeu conceito “EXCELENTE” nas determinações das amostras-controle dos ensaios de proficiência contratados pelo Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), patrocinado pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). Sem fins lucrativos, o Laboratório de Análises Clínicas do CESUPA dispõe de exames com alta qualidade, preços acessíveis e abaixo do valor de mercado para alcançar às necessidades do público não oriundo do CEMEC-CESUPA, atendendo, assim, uma demanda cada vez mais crescente. Devido a isso, em 2018 passou a ser um considerado um laboratório de média complexidade, e no momento atual atende, em média, 1.200 pacientes por mês, 40 pacientes por dia e realiza cerca de 10.000 exames mensalmente. Vinculado principalmente ao curso de Farmácia, a atuação do LAC, nos dias de hoje, não tem como objetivo apenas atender à comunidade SUS e demanda espontânea, mas também servir como campo de pesquisa, projetos de extensão, ensino e de estágios supervisionados por professores mestres e especialistas da Instituição experientes em cada setor do laboratório, com o intuito de estimular e reforçar o aprendizado entre teoria e prática. Esses objetivos são alcançados através do processamento de amostras biológicas e contato com equipamentos os quais otimizam e garantem a qualidade do processo, gerando resultados confiáveis e fundamentados com a condição clínica do paciente, além de auxiliar no diagnóstico clínico-laboratorial. Diante disso, este Manual de Exames foi desenvolvido com o objetivo de atender a comunidade interna do LAC-CESUPA, contribuindo na busca de informações rápidas e acessíveis sobre todos os exames que são realizados no local, além de apresentar o fluxo das fases do laboratório, préanalítica, analítica e pós-analítica. Todas as informações acerca do fluxo do laboratório, valores de referência e método dos exames, apresentadas neste Manual de Exames foram obtidas sob orientação da Coordenação do Laboratório de Análises Clínicas do CESUPA. As demais informações tiveram como referências manuais técnicos de outros laboratórios, artigos científicos e monografias indexados nas bases de dados SciELO® (Scientific Eletronic Library), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e PubMed® (US National Library of Medicine), além de textos e documentos oficiais e legais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde.

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APRESENTAÇÃO

1. 1. Fluxograma de Atendimento do LAC-CESUPA Fluxograma 1 – Atendimento – Fase Pré-Analítica

OBSERVAÇÃO: No caso de demanda espontânea, o usuário comparecerá ao LAC-CESUPA para cadastro, pagamento de exames e realização da coleta, dando continuidade ao fluxo.

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APRESENTAÇÃO

Fluxograma 2 – Atendimento – Fase Analítica

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Fluxograma 3 – Atendimento – Fase Pós-Analítica

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APRESENTAÇÃO


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2 - FASE PRÉ-ANALÍ TI CA


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FASE PRÉ-ANALÍTICA

A fase pré-analítica envolve a prescrição do exame, preparação e orientação ao paciente, coleta da amostra, identificação, triagem, transporte e armazenamento das amostras antes de sua análise. Ou seja, a fase pré-analítica cobrirá todas as atividades antes dos testes laboratoriais, afetando, assim, diretamente na interpretação dos resultados (PLEBANI, 2010). Levando isso em consideração, vários fatores podem afetar esse resultado de alguma forma. Posto isso, a forma de lidar com essa etapa no laboratório clínico é imprescindível para garantir a fidedignidade dos resultados (SILVA, 2017). Ainda assim, os erros na etapa pré-analítica ocorrem com maior frequência, sendo os fatores que envolvem essa fase mais difíceis de monitorar e controlar, visto que grande parte deles são decorrentes do ambiente extra laboratorial, que muitas das vezes dependem de outros profissionais, pessoas envolvidas na identificação do paciente, entrada de dados, coleta e transporte de amostras, além do próprio paciente. Ou seja, realizar um controle adequado nessa etapa se torna um impasse, pois não compete inteiramente ao laboratório assegurar qualidade (PLEBANI, 2010). Segundo Plebani (2012, p.86), os erros pré-analíticos, atualmente, são responsáveis por até 70% de todos os erros nos diagnósticos laboratoriais, sendo os relatados com maior regularidade: a) Amostra ausente e/ou solicitação de teste; b) identificação errada ou ausente; c) contaminação da via de infusão; d) amostras hemolisadas, coaguladas e insuficientes; e) recipientes inadequados; f) proporção inadequada de sangue para anticoagulante; g) transporte e condições de armazenamento inadequadas. Diante disso, a fim de minimizar os erros cometidos, os profissionais envolvidos na fase préanalítica deverão conferir em todas as etapas os seguintes pontos: 1) Dados pessoais do usuário Nome completo, sexo, idade, nº do prontuário (caso seja paciente SUS-CEMEC), telefone de contato, nome do responsável quando menor de idade ou incapacitado (confirmar cadastro). 2) Informações obrigatórias no pedido de exames encaminhados do SUS-CEMEC a) Nome do profissional solicitante, assim como a sua inscrição no respectivo conselho, carimbo legível e assinatura para pedidos manuais; b) Data da solicitação; c) Data / período sugerido para coleta, se aplicável, tipo de amostra necessária para a realização de cada exame (exemplos: fezes, urina, urina de 24h, sangue, etc.). No momento de realização da coleta ou recepção de amostras, critérios de rejeição deverão ser aplicados, para que amostras inadequadas não sejam processadas e analisadas. São critérios para rejeição de amostra: a) Amostras sem identificação ou com identificação duvidosa; b) Usuário com preparo inadequado; c) Amostras de urina, fezes e/ou escarro em frascos inadequados; d) Amostra coletada em tubos ou frascos não íntegros, com vazamento evidente, ou não, de amostra; e) Amostra coletada em tubo com data de validade vencida; f) Urina de 24 horas e urina de jato médio (rotina, cultura e bacterioscopia) coletadas em 18


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FASE PRÉ-ANALÍTICA

horários inadequados, se entregue juntas, a urina de 24 horas deverá ser desprezada e coletada em outro dia; g) Amostra em tubo/frasco incorreto; h) Volume inadequado; i) Sangue total em EDTA: • Com presença de coágulos e microcoágulos; • Falta de proporcionalidade entre volume de sangue e anticoagulante (não esgotamento do vácuo); j) Plasma em Citrato: • Com presença de coágulos e microcoágulos; • Falta de proporcionalidade entre volume de sangue e anticoagulante (não esgotamento do vácuo); • Amostra em temperatura ambiente superior a 4 horas após a coleta; k) Plasma em Fluoreto • Falta de proporcionalidade entre volume de sangue e anticoagulante (não esgotamento do vácuo); l) Escarro • Amostras fora do prazo de conservação.

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE PRÉ-ANALÍTICA

2. 1. Instruções especiais para coleta de amostras biológicas Atividade Plasmática de Renina (PRA)

• A coleta deve ser feita preferencialmente pela manhã, entre 7 e 10 horas, ou conforme solicitação médica; • Se houver instruções especiais do médico para a realização do exame após a deambulação, o paciente precisa permanecer 2 horas em pé (parado ou andando) antes da coleta. Por outro lado, se o teste for solicitado após repouso, é necessário ficar 30 minutos sentado antes da coleta; • Caso não haja especificação de deambulação ou repouso na solicitação médica, o exame pode ser realizado sem preparo especial do paciente.

BAAR, Cultura da punção ganglionar

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • Amostra é coletada através de punção, POR PROFISSIONAL MÉDICO; • Deve semear diretamente em meio de cultura; • Encaminhar o frasco com amostra ao laboratório em temperatura ambiente num período inferior a 2 horas.

BAAR, Cultura da urina

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • Lavar as partes íntimas com bastante água; • Secar com papel toalha ou toalha limpa; • Coletar todo volume urinário da primeira urina da manhã, em frasco adequado. Importante que a urina seja acondicionada em um único frasco com capacidade para o volume coletado; • Coletar o número de amostras conforme orientação médica e identificar o frasco com nome completo e data da coleta; • Encaminhar o frasco com amostra imediatamente ao laboratório.

BAAR, Cultura do esperma

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • Não necessita de abstinência de ejaculação; • Lavar as mãos e genitália antes da coleta; • A coleta do material é feita por masturbação, diretamente no frasco estéril, sem que haja perda do material; • Não utilizar preservativos ou coito interrompido; • Não utilizar qualquer tipo de lubrificante, nem mesmo saliva ou preservativos.

BAAR, Cultura do LCR

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • É o material indicado para o diagnóstico de Meningite Tuberculosa; • Deve ser coletado assepticamente POR PROFISSIONAL MÉDICO, por punção lombar; • Armazenar amostra em frasco estéril;

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FASE PRÉ-ANALÍTICA

• Amostra com volume mínimo de 5 ml (volumes menores comprometem o rendimento da baciloscopia e da cultura); • Identificar o frasco estéril com o nome do paciente, data da coleta e tipo de amostra; • Encaminhar o frasco com amostra imediatamente ao laboratório. Este deve ser transportado à temperatura ambiente, bem fechado, livre de trepidação e em caixa térmica, se possível.

BAAR, Cultura/Pesquisa no escarro

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • Coletar preferencialmente pela manhã, em jejum mínimo de 6 horas; • Para escarro espontâneo o paciente deverá, ao despertar pela manhã, lavar a boca, sem escovar os dentes, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante e escarrar após forçar a tosse. Repetir essa operação até obter a quantidade suficiente determinada na orientação médica; • Para escarro induzido, deverá nebulizar de 1 a 2,5 mL/minuto durante 20 minutos. Se o material não for obtido na primeira tentativa, aguardar 30 minutos para repetir o procedimento por mais uma única vez; • Evitar coleta de saliva; • Após realizar o escarro, e identificar o frasco com nome completo e data da coleta; • Encaminhar o frasco com amostra imediatamente ao laboratório.

Bacterioscopia, LCR

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • Identificar o frasco estéril e duas lâminas com o nome do paciente, data da coleta e tipo de amostra; • Realizar punção lombar seguindo os cuidados de assepsia requeridos para a mesma (PROCEDIMENTO MÉDICO); • Em cada uma das lâminas de vidro colocar 1 gota de líquor (para coloração de Gram) e deixar secar a temperatura ambiente. A seguir envolvê-las em papel alumínio; • Não fazer esfregaço; • Encaminhar o frasco com amostra imediatamente ao laboratório.

Bacterioscopia, Pesquisa de Treponema pallidum e Haemophilus ducreyi

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • Realizar a coleta da secreção genital, anal ou oral, preferencialmente com alça descartável ou swab estéril e posteriormente fazer o esfregaço em pelo menos 2 lâminas identificadas com as iniciais do paciente; • O esfregaço deve ser preparado com solução salina em movimento espiral leve, de dentro para fora, não passando o swab duas vezes no mesmo local da lâmina (não sobrepassar); • Deixar secar em temperatura ambiente e acondicionar em porta lâminas identificado; • Encaminhar as lâminas com amostra imediatamente ao setor de Microbiologia; OBS: Relatar o aspecto da lesão (única ou múltipla, bordos duros ou moles) e a região anatômica da coleta da amostra.

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FASE PRÉ-ANALÍTICA

Cortisol e Cortisol após Dexametasona Cortisol

• Horário da coleta, preferencialmente, pela manhã (entre 7:00 e 9:00h).

Cortisol após Dexametasona

• O paciente deverá tomar a medicação Dexametasona 1 mg na noite anterior à coleta, entre 23 e 24 horas e comparecer ao laboratório entre 7 e 8 horas da manhã para a coleta do sangue. Não se pode coletar nenhum outro exame no mesmo dia que fizer esse teste, uma vez que a Dexametasona interfere nos resultados.

Fezes, Cultura (Coprocultura)

• A coleta é realizada pelo próprio paciente e deve ser realizada em recipiente adequado limpo e seco, fornecido pelo laboratório; Transferir para o recipiente uma porção da amostra de aproximadamente 5 ml de fezes diarreicas, ou 5g de fezes formadas (porção do tamanho de uma noz); Fechar bem a tampa do frasco; Identificar, de forma legível, com nome do paciente, dia e a hora da coleta; Levar amostra imediatamente ao laboratório após coleta; • Não utilizar papel higiênico para coletar as fezes; • Evitar a contaminação da amostra fecal com urina ou água do vaso sanitário; • Realizar uma dieta específica durante os dois dias que antecedem a coleta e evitar bebidas alcoólicas e gasosas; • Sempre anotar a condição da amostra (aspecto, cor, odor, presença de sangue ou muco).

Fezes, Gordura Fecal

• 3 dias após dieta recomendada, coletar todo o volume de fezes sem intervalos, ou seja, realizar uma coleta diária ou conforme orientação médica; • Não deve ser utilizado supositório ou outros laxantes; • Não deve ser utilizado pomadas na região anal nas 24 horas que antecedem a coleta das fezes; • Evitar contaminação por urina, água, gordura ou outro elemento que possa interferir no resultado do exame; • Fazer o exame somente após 1 semana se houver ingestão de contraste radiológico, bismuto ou Metamucil; • A entrega do material deve ser feita, no máximo, em até 3 horas após coleta, se mantido em temperatura ambiente, porém se mantido sob refrigeração (2 a 8 °C), em até 12 horas.

Fezes, Parasitológico

• O paciente não deve utilizar medicamentos ou produtos químicos por um período de 7 a 10 dias antes da coleta das fezes; • As fezes devem ser coletadas em um recipiente limpo e seco, ou em folha de papel limpo e transferidas para o frasco coletor limpo e seco, o qual deve ser de plástico, com boca larga e tampa de rosca; • Recolher cerca de 20 a 30g de fezes recentemente emitidas;

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FASE PRÉ-ANALÍTICA

• A amostra não deve ser contaminada com urina, nem ser coletada diretamente no vaso sanitário; • Recomendado não usar os seguintes medicamentos: antiácidos, antidiarreicos, antihelmínticos, bário, bismuto, magnésio e CaCO3.

Fezes, Pesquisa de Hemácias e Leucócitos

• Não usar laxantes ou supositórios; • A amostra não deve ser contaminada com urina, nem ser coletada diretamente no vaso sanitário; • Para crianças que usam fralda ou que estejam com quadro diarréico, o recomendado é realizar a coleta com um saquinho semelhante a um coletor de urina; • A amostra deve ser entregue em até 2 horas para o laboratório em temperatura ambiente.

Fezes, Pesquisa de Sangue Oculto

• Todo o material de uma evacuação precisa ser coletado; • Restrições a dietas não são necessárias, porém recomenda-se uma alimentação rica em fibras a fim de facilitar a evacuação; • Suspender o uso de bebida alcoólica três dias antes da coleta; • Pacientes constipados podem utilizar o laxante Tamarine ou supositório de glicerina; • A amostra não deve ser contaminada com urina; • O material não pode ser coletado do vaso sanitário; • Não coletar material durante ou após 3 dias do período menstrual ou apresentar sangramento hemorroidário; • Aspirina, anti-inflamatório e outros medicamentos tomados em excesso podem causar irritação gastrointestinal, provocando sangramentos ocultos; • Em caso de preparo para exame radiológico ou colonoscopia com laxantes ou enemas ou uso de contraste radiológico por via oral, aguardar pelo menos 72 horas para coleta de fezes; • Deve-se informar uso de medicamentos; • Encaminhar o frasco com amostra o mais rápido possível ao laboratório. Se for mantido refrigerado (2-8 ºC) o material precisa ser entregue em até 6 horas após a coleta; Observação: Caso sejam solicitadas três amostras de sangue oculto, é necessário fazer as coletas com, pelo menos, um dia de intervalo entre elas ou a critério médico.

Glicose, Após Dextrosol

Curva Glicêmica, Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), Teste Oral de Tolerância à Glicose para Gestantes (TOTGG)

Curva Glicêmica

• O paciente deve se preparar para permanecer no laboratório durante os 120 minutos, para que as coletas necessárias sejam realizadas; • 1° amostra: recomendado jejum mínimo de 8 a 12 horas antes da primeira amostra de sangue ser coletada;

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FASE PRÉ-ANALÍTICA

• 2° amostra: logo ao final da primeira coleta é feita a ingestão de 75 gramas de dextrosol (líquido com quantidade conhecida de glicose) diluído em água, fornecido pelo laboratório, e após 15 minutos realiza-se a segunda coleta; • 3° amostra: coleta após 30 minutos da primeira coleta; • 4° amostra: coleta após 45 minutos da primeira coleta; • 5° amostra: coleta após 90 minutos da primeira coleta; • 6° amostra: coleta após 120 minutos da primeira coleta.

TOTG

• 1° amostra: recomendado jejum mínimo de 8 a 12 horas antes da primeira amostra de sangue ser coletada; • 2° amostra: ingestão de dextrosol (líquido com quantidade conhecida de glicose) diluído em água, fornecido pelo laboratório, 2 horas antes da segunda amostra de sangue ser coletada.

TOTG para Gestantes

• 1° amostra: recomendado jejum mínimo de 8 a 12 horas antes da primeira amostra de sangue ser coletada; • 2° amostra: ingestão de dextrosol (líquido com quantidade conhecida de glicose) diluído em água, fornecido pelo laboratório, 1 hora antes da segunda coleta e 2 horas antes da terceira coleta.

Glicose, Pós Prandial

• A amostra deve ser coletada exatamente após 2 horas do início do almoço, com tolerância máxima de 15 minutos; • Não modificar o hábito alimentar; • Após o almoço não deverá ser ingerido nenhum outro tipo de alimento, até que o exame seja realizado; • O uso de antidiabéticos não deve ser suspenso, à exceção de recomendação médica; • Se a glicemia em jejum tiver sido solicitada junto com a pós-prandial e não for possível realizar essa última no mesmo dia, o intervalo máximo entre as duas coletas deve ser de até 60 horas.

PCCU

• Não manter relações sexuais (mesmo com preservativo) 72 horas antes do exame; • Não utilizar duchas vaginais; • Não utilizar anticoncepcionais locais, lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais 48 horas antes do exame; • Importante que a mulher não esteja menstruada no dia do exame, caso contrário, o sangue presente pode alterar o resultado do exame.

Prolactina e Macroprolactina

• Não realizar exercício físico de alta intensidade no dia que antecede o exame; • Descansar 30 minutos antes da coleta;

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FASE PRÉ-ANALÍTICA

• Informar a data da última menstruação e os medicamentos em uso nos últimos 30 dias; • O uso de biotina e suplementos alimentares que contenham biotina devem ser suspensos 3 dias antes da coleta, pois causam interferências nos resultados.

PSA Total e Livre

• Não fazer exercícios pesados 48 horas que antecedem o exame, incluindo em bicicleta comum, ergométrica e motociclismo; • Não manter relações sexuais ou masturbações 2 dias antes da coleta; • Após exame de toque retal , sondagem retal ou uso de supositório, aguardar 3 dias para fazer a coleta; • Após ultrassom transretal, aguardar 7 dias; • Após cistoscopia, aguardar 5 dias; • Após colonoscopia ou retossigmoidoscopia, aguardar 15 dias; • Após biópsia de próstata, aguardar 1 mês;

Secreção Cervical/Vaginal, Cultura e Bacterioscopia

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente. Se não for possível, remarcar coleta após término da terapia antimicrobiana; • Não aplicar cremes/óvulo vaginal, sabonetes antissépticos; • Não usar ducha/lavagem interna da área; • Não realizar exames ginecológicos com toque ou ultrassom transvaginal nos 2 dias que antecedem o exame; • Não estar no período menstrual; • Abstinência de relações sexuais nas 24 horas que antecedem a coleta.

Secreção Conjuntival, Cultura

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente. Se não for possível, remarcar coleta após término da terapia antimicrobiana; • Fazer assepsia do local com soro fisiológico e realizar coleta da conjuntiva ocular com swab; • Não utilizar maquiagem, colírios e medicamentos tópicos nas últimas 6 horas ao realizar o exame.

Secreção Prostática, Cultura

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente. Se não for possível, remarcar coleta após término da terapia antimicrobiana; • Informar uso de medicações nos últimos 7 dias; • Coleta realizada POR PROFISSIONAL MÉDICO em recipiente adequado; • Não devem manter relações sexuais nas 24 horas que antecedem a coleta.

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FASE PRÉ-ANALÍTICA

Secreção Uretral, Cultura e Bacterioscopia

• Coletar a amostra antes de iniciar o tratamento, preferencialmente. Se não for possível, remarcar coleta após término da terapia antimicrobiana. • Não usar medicamentos tópicos nas últimas 12 horas que antecedem a coleta; • Ficar pelo menos 2 horas sem urinar antes da coleta.

Urina 24 horas

Cálcio, Ácido Úrico, Ureia, Clearance de Creatinina, Microalbuminúria, Proteinúria

• Ao acordar esvaziar totalmente a bexiga e marcar o horário (horário do início da coleta). • A partir desse horário colher rigorosamente todo o volume de todas as urinas (urina dia e noite), inclusive a primeira da manhã do dia seguinte, até o mesmo horário do início da coleta (horário do término da coleta); • Caso aconteça de esquecer de colher alguma micção, interromper a coleta e iniciá-la novamente no dia seguinte; • Para mulheres: Recomenda-se que o exame não seja realizado durante o período menstrual e nem que ela esteja em uso de cremes ou óvulos vaginais. Colher todo o volume em recipiente de boca larga, em seguida transferir para garrafa apropriada, sem perder amostra; • Para homens: Colher diretamente dentro da garrafa apropriada; • Manter, sob refrigeração, o frasco sempre fechado com a amostra durante o período de coleta; • Durante as 24h de coleta, a ingestão de líquidos deve ser a habitual; • Se ocorrer evacuação, não urinar no vaso. Se estiver tomando banho, não urinar no banho. Se for sair à rua, levar o recipiente junto ou não urinar até o retorno para casa; • Toda urina produzida no período de 24 horas deverá ser enviada ao laboratório; • Não tomar laxante na véspera da coleta de urina; • Não realizar exercício físico nas horas que antecedem a coleta; • Não consumir bebidas alcoólicas; • Informar peso e altura; • Identificar o frasco com nome completo sem abreviaturas.

Urina Rotina, Urocultura e Bacterioscopia (UJM) Homens e Mulheres:

• Lavar as mãos; • Lavar as partes íntimas com bastante água e sabão; • Enxaguar e secar com papel toalha ou toalha limpa; • Coletar de preferência a primeira urina da manhã; • Após a higiene desprezar o primeiro jato de urina, e sem interromper o jato, colher o jato médio no frasco largo sem tampa e estéril, fornecido pelo laboratório. Transferir a urina coletada imediatamente para os dois tubos, tampando-os bem; • As mulheres devem afastar os grandes lábios e os homens devem expor a glande na hora da coleta.

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FASE PRÉ-ANALÍTICA

Crianças:

• Lavar as partes íntimas da criança com bastante água e sabão neutro, enxugando com papel toalha, toalha limpa ou gaze estéril; • Colocar o coletor que deverá ser trocado de hora em hora, até que a criança urine; • Repetir a higienização sempre que for necessário trocar o coletor; • Identificar o frasco/coletor com nome completo sem abreviaturas.

Geral:

• Não adicionar conservantes na amostra; • Evitar encher o frasco até a tampa; • Fechar bem o frasco; • Evitar respingo na parte externa do frasco; • Não colocar a tampa do frasco sobre nenhuma superfície.

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3 - FASE ANALÍ TI CA


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FASE ANALÍTICA

17-ALFA-HIDROXIPROGESTERONA, DOSAGEM Descrição

A 17-alfa-hidroxiprogesterona é um esteróide intermediário do processo de biossíntese do cortisol, produzido pelas adrenais e gônadas. A avaliação da sua presença no organismo ajuda no diagnóstico de Hiperplasia Adrenal congênita, que é uma deficiência na enzima 21-hidroxilase, que realiza síntese dos glicocorticóides. Essa síndrome do metabolismo esteroidal pode ser classificada em duas formas: a clássica, na qual o diagnóstico é facilitado pela elevação dos níveis de 17-alfahidroxiprogesterona, e a não clássica, na qual há pequena alteração ou até inexistente. O exame empregado ajuda na avaliação dos estados intersexuais e do hiperandrogenismo, diagnóstico de tumores virilizantes das suprarrenais que cursam também no defeito de síntese, nos quais também se encontra elevada. Pode ser encontrado valores aumentados na presença de hiperplasia adrenal congênita (genitália ambígua nas meninas e macrogenitossomia nos meninos), em alguns casos de neoplasias adrenais ou ovarianas. Já os valores diminuídos podem ocorrer no pseudo-hermafroditismo masculino, doença de Addison, tratamento com esteróides (cortisona, hidrocortisona).

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Recém-nascido: 5 - 30 dias: < 0,7-2,5 ng/mL 31-60 dias (menino): 0,8 - 5,0 ng/mL 31-60 dias (menina): 0,5 - 2,3 ng/mL Crianças (3-14 anos): 7,0 a 1,7 ng/mL Homens: 0,5 a 2,1 ng/mL Mulheres: Fase folicular: 0,2 - 1,3 ng/mL Fase lútea: 1,0 - 4,5 ng/mL Pós-menopausa: 0,2 - 0,9 ng/mL

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Orientações de preparo

FASE ANALÍTICA

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Realizar a coleta entre 6º e 8º dia do ciclo menstrual, ou de acordo com a solicitação médica; • Anotar o dia do último período menstrual; • Anotar os medicamentos em uso nos últimos 30 dias, em especial os hormônios esteroidais.

Interferentes (se houver)

• Uso de medicamentos, em especial os hormônios esteroidais

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

25-HIDROXIVITAMINA D, DOSAGEM Descrição A vitamina D é responsável por diversas funções essenciais, como absorção intestinal e regulação da homeostasia do cálcio e fósforo. Existem duas formas de vitamina D: a D2 (ergocalciferol), proveniente da dieta, e a D3 (colecalciferol), derivada da exposição à luz solar. São metabolizadas em 25-hidroxi no fígado e em seguida no rim na sua forma ativa, 25-di-hidroxivitamina D. Sua dosagem pode definir se a deficiência é de origem durante a absorção ou na sua fase metabólica, verificando sua concentração para monitoração de terapia de reposição de vitamina D ou nos sinais/sintomas relacionados a descalcificação óssea. Os valores diminuídos de 25(OH)D estão associados à insuficiência dietética de vitamina D, doença hepática, má absorção, exposição ao sol inadequada e síndrome nefrótica. Valores aumentados de 25(OH)D estão associados à intoxicação por vitamina D exógena.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Tabela 1 – Valores de Referência - 25-Hidroxivitamina D

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Lipemia e Icterícia

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ÁCIDO ÚRICO, DOSAGEM Descrição

O ácido úrico é um metabólito do produto final das purinas. A degradação das purinas dá origem a hipoxantina que se converte em xantina e, através da ação da enzima xantina oxidase, ocorre a produção do ácido úrico. Cerca de mais de 70% do ácido é eliminado pela fisiologia renal e o restante pela fisiologia intestinal. A concentração de ácido úrico no plasma é influenciada por fatores extra-renais e renais. Sua dosagem sorológica é importante no diagnóstico de hiperuricemia e hipouricemia. A hiperuricemia está ligada ao aumento da síntese ou pela redução da excreção renal do ácido úrico, podendo ser associada a uma ação idiopática ou a erros no metabolismo, além de uma alimentação rica em purina, leucemia, mieloma, quimioterapia, psoríase, etilismo, insuficiência renal crônica, aumento da reabsorção renal, desenvolvimento de gota artrite, uso de salicilatos, diuréticos tiazídicos, entre outros. A hipouricemia pode ser interligada em dietas deficientes de purinas e proteínas, tubulopatias renais, porfiria intermitente aguda, uso de medicamento (Alopurinol, aspirina em doses altas, tetraciclina, corticoide, indometacina, metotrexato, metildopa, verapamil contrastes radiológicos, altas doses de vitamina C), intoxicação por metais pesados, dentre outras.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Homens: Mulheres:

3,5 - 7,2 mg/dL 2,6 - 6,0 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Não realizar atividade física intensa nas horas que antecedem a coleta; • Não utilizar bebidas alcoólicas.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Uso de medicamentos (aspirina, anti-inflamatórias, vitamina D, diuréticos e varfarina); • Intoxicação por metais pesados; • Hemólise (Hemoglobina > 200mg/dL), Icterícia (Bilirrubina > 6mg/dL) e Lipemia (Triglicérides > 900 mg/dL).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ÁCIDO ÚRICO, DOSAGEM (URINA 24 HORAS) Descrição O ácido úrico é um metabólito do produto final das purinas. A degradação das purinas dá origem a hipoxantina que se converte em xantina e, através da ação da enzima xantina oxidase, ocorre a produção. Cerca de mais de 70% do ácido é eliminado pela fisiologia renal e o restante pela fisiologia intestinal. Sua dosagem urinária é importante para detectar elevação de sal de ácido úrico (urato) na excreção urinária, sendo útil no acompanhamento de pacientes com cálculos urinários.

Condição

• Amostra: urina 24 horas; • Tubo/Frasco: frasco coletor de urina 24 horas.

Método

Colorimétrico

Valor(es) de referência 250 - 750 mg/24 horas

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Uso de medicamentos (aspirina, anti-inflamatórias, vitamina D, diuréticos e varfarina); • Hemólise (Hemoglobina > 200mg/dL) e Icterícia (Bilirrubina > 6mg/dL).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ADRENOCORTICOTRÓFICO - ACTH, DOSAGEM Descrição O ACTH é um hormônio polipeptídico produzido na hipófise anterior, através das células basofílicas, em resposta ao hormônio liberador da corticotropina (CRH) e regula a produção de cortisol pela suprarrenal. O exame avalia a quantidade desse hormônio presente no sangue, tendo importância na avaliação de desordens no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Encontra-se elevado na Doença de Cushing (origem hipofisária), Doença de Addison, hiperplasia adrenal congênita, Síndrome de Secreção Ectópica do ACTH e Síndrome de Nelson. Para distinguir algumas destas causas de elevação do ACTH, testes funcionais podem ser úteis. O ACTH basal pode estar diminuído nos casos de adenoma e carcinoma adrenal, além de insuficiência adrenal secundária e pan hipopituitarismo.

Condição

• Amostra: plasma; • Tubo/Frasco: tubo com EDTA/ Gelado.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência 7,2 - 63,3 pg/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Colher entre 7:00 e 9:00 horas da manhã (níveis máximos) ou às 16:00 horas (segundo pico do dia) ou às 22:00 (níveis mínimos); • O paciente deve estar em repouso por 30 minutos antes da coleta.

Interferentes (se houver)

• Uso de medicações (Insulina, Levodopa, Metapirona, Vasopressina, Pirogênio, Dexametasona e Glicocorticosteróides sintéticos)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ALBUMINA, DOSAGEM Descrição A albumina é uma proteína mais abundante do plasma, cuja sua produção e síntese é realizada no fígado. Desempenha funções diversas, como: ligação e transporte de substâncias (aminoácidos, hormônios, ácidos graxos, bilirrubina, enzimas entre outros), além de exercer a preservação e distribuição de água no organismo. A dosagem de albumina estabelece uma avaliação do estado nutricional e da capacidade de síntese hepática, podendo apresentar condições de hiperalbuminemia e hipoalbuminemia. Nos níveis elevados de albumina (hiperalbuminemia) podem ocorrer devido a desidratação secundária a vômitos e diarreia, na doença de Addison e na cetoacidose diabética. Níveis baixos de albumina (hipoalbuminemia) podem ocorrer em doenças hepáticas, desnutrição proteica, doenças infecciosas, doenças inflamatórias, ascite e enteropatias com a perda proteica.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência 3,5 a 4,8 g/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • A coleta deve ser realizada preferencialmente pela manhã; • Não consumir dieta rica em gordura nas 48 horas que antecedem a coleta; • Evitar atividades físicas de alta intensidade nas 24 horas que antecedem a coleta; • Evitar “stress” emocional; • Manter apenas o uso de medicamentos que não possam ser interrompidos.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Lipemia intensa.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ALDOSTERONA, DOSAGEM Descrição A aldosterona é considerada o principal mineralocorticóide e é produzida pelo córtex da glândula adrenal. É responsável pelo transporte de sódio através da membrana celular, particularmente no túbulo renal distal onde o sódio é trocado por hidrogênio e potássio. De modo secundário, a aldosterona é relevante na manutenção da pressão e volume sanguíneo. Sua produção é regulada primariamente pelo sistema renina-angiotensina. Elevações da aldosterona ocorrem no hiperaldosteronismo primário e secundário, dieta pobre em sódio, gravidez e Síndrome de Bartter. Reduções são observadas em alguns casos de hiperplasia adrenal congênita, deficiência de síntese, dieta rica em sódio, Doença de Addison, Síndrome de Turner, Diabetes Mellitus e hipoaldosteronismo hiporreninêmico.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Deitado: Em pé:

3 a 16 ng/dL 4 a 31 ng/dL

Orientações de preparo

• Colher a amostra após 60 minutos de repouso. Anotar medicamentos em usa e a postura (deitado ou em pé) no momento da coleta; • Recomendado jejum mínimo de 6 horas.

Interferentes (se houver)

• Alterações hormonais típicas do ciclo menstrual (na fase pré ovulatória, a concentração de aldosterona pode ser mais elevada do que na fase folicular); • Hiperplasia adrenal congênita (deficiência na síntese); • Concentrações elevadas de potássio no plasma (estimula a síntese); • A critério médico, pode ser suspenso pelo menos duas semanas antes da realização do exame os anti-inflamatórios não esteróides, anti-hipertensivos (betabloqueadores, inibidores da enzima de conversão, agentes bloqueadores da ação da angiotensina II, diuréticos tiazídicos, poupadores de potássio e de alça, bloqueadores do canal de cálcio. A espironolactona deve ser suspensa 6 semanas antes da coleta.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

AMILASE, DOSAGEM Descrição A amilase sanguínea deriva de duas fontes principais: pâncreas e glândulas salivares. É uma enzima sensível no diagnóstico de pancreatite aguda. Eleva-se após algumas horas do início da dor abdominal e persiste por 3 a 4 dias. Valores de três a cinco vezes acima do nível normal são considerados significativos. Em alguns casos, deve ser determinada simultaneamente à lipase, pois essa possui meia-vida mais prolongada, maior sensibilidade e especificidade que a amilase plasmática. As elevações das enzimas pancreáticas podem ser observadas na pancreatite crônica, pseudocisto e abscesso pancreático, neoplasias intra e peri pancreáticas, trauma abdominal, obstrução ou semi-obstrução do ducto pancreático por cálculo, parasitas e tumores, edema de papila duodenal, caxumba, úlcera péptica perfurada, cirrose hepática, obstrução e infarto intestinal, aneurisma de aorta, apendicite, queimaduras e choque, cetoacidose diabética, carcinoma de esôfago, pulmão e ovário, entre outras situações. Obstruções temporárias podem causar elevações transitórias da amilase. Elevações moderadas são observados em gestações normais e elevações significativas observadas na presença de abscessos tubo-ovarianos, gravidez ectópica, e uso de inúmeras drogas como colinérgicos, meperidina, morfina, cimetidina, glicocorticóides, hidroclorotiazida, isoniazida, ácido valpróico e outras.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência < 86 U/L - 37ºC

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas. Não se aplica para exame de urgência e emergência

Interferentes (se houver)

• Hipertrigliceridemia (pode gerar resultados falsamente baixos); • Anticoagulantes: fluoreto, oxalato, citrato e EDTA - podem gerar resultados falsamente diminuído; • Hemólise (Hemoglobina >/= 180 mg/dL), Icterícia (Bilirrubina >/= 20 mg/dL) e Lipemia (Triglicérides >/= 1500 mg/dL); • Medicamentos: meperidina, codeína, morfina, álcool, diuréticos, salicilatos e tetraciclina podem gerar resultados falsamente elevados.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC 37


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FASE ANALÍTICA

ANDROSTENEDIONA, DOSAGEM Descrição A Androstenediona é um hormônio androgênico, intermediário no metabolismo dos andrógenos e estrógenos. Produzido pelas glândulas adrenais com controle do ACTH, além de ser produzido também de forma independente nos ovários e nos testículos. É produzido a partir da 17-OH-Progesterona e dehidroepiandrosterona, sendo em maior quantidade pelas células intersticiais do ovário e principal fonte precursora da testosterona. Sua dosagem é utilizada no diagnóstico e na monitoração do tratamento de hiperandrogenismo. Pode estar aumentada em casos de Síndrome de Cushing, Hiperplasia Adrenal Congênita, Síndrome dos Ovários Policísticos, Hirsutismo Idiopático, tumores ovarianos ou adrenais. Sua concentração pode ser reduzida na Doença de Addison.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Homens: Mulheres:

0,4 - 3,5 ng/mL 0,3 - 2,4 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas, mas pacientes reconhecidamente com triglicérides séricos acima de 400 mg/dL devem coletar com jejum não inferior a 8 horas; • Anotar data da última menstruação.

Interferentes (se houver)

• Uso de medicamentos (Corticotrofina, Clomifeno, Ciproterona, Metapirona e Clonidina)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ANTIBIOGRAMA Descrição

É uma metodologia que objetiva detectar sensibilidade ou a resistência de bactérias isoladas e identificadas in vitro frente a antimicrobianos com objetivo de auxiliar na melhor escolha terapêutica.

Condição

• Amostra: colônias de bactérias isoladas e identificadas a partir de material biológico

Método

Difusão

Valor(es) de referência

Sensível, Resistente e Intermediário

Orientações de preparo • Não se aplica

Interferentes (se houver)

• Meio de cultura desidratado; • Altura do meio de cultura incorreta; • Má conservação dos discos; • Não respeito a distância entre os discos.

Fluxo na rede

O local da coleta dependerá do material biológico solicitado e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS ANTI SM, PESQUISA Descrição

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é um distúrbio auto-imune inflamatório crônico que pode afetar a pele, articulações, células do sangue e órgãos internos, em especial rins, coração e pulmões. Pode afetar qualquer pessoa em qualquer idade, mas é 10 vezes mais frequente em mulheres do que em homens, e é visto com maior frequência entre 20 e 40 anos de idade. A causa não é compreendida, mas pode envolver componentes herdados e desencadeantes ambientais. O LES pode coexistir com outros distúrbios autoimunes, como síndrome de Sjögren, anemia hemolítica autoimune, tireoidite auto imune e púrpura trombocitopênica autoimune. O teste contribui para a definição diagnóstica de doenças reumáticas auto-imunes. Os anticorpos anti-Sm e anti-RNP são dirigidos contra antígenos nucleares, ou seja, contra proteínas ligadas ao RNA. O anti-Sm é considerado marcador de LES e é detectado em 20% a 30% dos portadores dessa doença. O anti-RNP, por sua vez, indica doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) quando se encontra em altos títulos e não há outros auto-anticorpos. - De qualquer forma, o anti-RNP também pode ser encontrado em pessoas com LES, síndrome de Sjögren e esclerose sistêmica. O teste laboratorial anti-SM é altamente específico para LES (99% de especificidade para a doença) e estão incluídos nos critérios de diagnóstico do mesmo, sendo sua prevalência de 15 a 30%.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Ausência de anticorpos

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Lipemia e Bilirrubina elevada

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS ANTI SS-A (RO), PESQUISA Descrição

A pesquisa de anticorpos anti SS-A é mais indicada para o diagnóstico da Síndrome de Sjögren (SS), que é uma doença auto-imune que se caracteriza principalmente pela manifestação de secura ocular e na boca associadas à presença de auto-anticorpos ou sinais de inflamação glandular. Algumas células brancas (chamadas de linfócitos) invadem vários órgãos e glândulas, principalmente as glândulas lacrimais e salivares, produzindo um processo inflamatório que acaba por prejudicá-los, impedindo suas funções normais, além de ser útil no diagnóstico do lúpus eritematoso sistêmico (LES) na ausência de outro marcador sorológico (anticorpos anti-dsDNA e anti-Sm). No diagnóstico da SS podem ser detectados isoladamente ou, mais frequentemente, associados ao autoanticorpo anti-La/ SS-B. Através da interpretação clínica podem ser detectados no soro de pacientes com síndrome de Sjögren (60 a 75%), LES (25 a 50%) e na síndrome do lúpus neonatal (> 95%). Os anticorpos antiRo/SS-A e anti-La/SS-B apresentam alta especificidade de diagnóstico para a síndrome de Sjögren, fazendo, portanto, parte do critério para a classificação dessa síndrome.

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Ausência de anticorpos

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver)

• Lipemia e/ou hemólise intensa

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS ANTI SS-B (LA), PESQUISA Descrição

O antígeno LA (SSB) é uma ribonucleoproteína utilizada na transcrição proteica, associada ao RNA, podendo ser encontrada no citoplasmas, sendo muito frequentes em pacientes com Síndrome de Sjögren(SS) primária e menos frequente na SS secundária. A pesquisa destes anticorpos serve para o diagnóstico de SS e outras doenças autoimunes, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico. É encontrada em 50 a 60% dos casos de Síndrome de Sjögren e em 10% dos casos de Lúpus Eritematoso Sistêmico. O diagnóstico laboratorial definitivo é realizado por ensaio imunoenzimático.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Ausência de anticorpos

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Lipemia e Bilirrubina elevada

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

42


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS ANTI-CITOMEGALOVÍRUS IgG, PESQUISA Descrição

O citomegalovírus (CMV) é um vírus da família do herpes capaz de provocar uma infecção chamada citomegalovirose, que pode causar sintomas como febre, mal estar e inchaço na barriga, embora raramente apresenta sintomas. O exame para detecção do anticorpo IgG é indicado quando um adulto jovem, uma mulher grávida ou uma pessoa imunodeprimida tem sintomas sugestivos de infecção por CMV. Se o resultado for reagente, significa que há indicação que o paciente está na fase crônica, na convalescença ou que já esteve em contato com a patologia, desse modo, o exame de pesquisa de anticorpo IgG anticitomegalovirus reagente define se a pessoa está infectada pelo menos há algumas semanas após a infecção inicial, permanecendo detectáveis durante o resto da vida da pessoa.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 0,5 UI/mL 0,5 a 1,0 UI/mL Superior ou igual a 1,0 UI/mL

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver) • Hemólise acentuada

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

43


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS ANTI-CITOMEGALOVÍRUS IgM, PESQUISA Descrição

O citomegalovírus (CMV) é um vírus da família do herpes capaz de provocar uma infecção chamada citomegalovirose, podendo causar sintomas como febre, mal estar e inchaço na barriga, embora raramente apresenta sintomas. O exame para detecção do anticorpo IgM é indicado para saber se a infecção pelo vírus ainda é recente. A presença de CMV IgM não pode ser usada somente para diagnosticar a infecção primária por CMV porque IgM também pode estar presente durante a infecção secundária por CMV. Resultados positivos para IgM combinados com resultados de baixa avidez de IgG são considerados evidências confiáveis para infecção primária.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 0,7 0,7 a 1,0 Superior a 1,0

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver)

• Hemólise acentuada. • Lipemia; • Icterícia; • Amostra inativada por calor.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

44


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS ANTIESTREPTOLISINA O, DOSAGEM Descrição O ASLO (Anticorpo Antiestreptolisina O) é um anticorpo produzido pelo organismo com a finalidade de combater o estreptococo durante ou logo após uma infecção de garganta. Serve, portanto, apenas para dizer se há a infecção por esta bactéria. Na ausência das manifestações típicas da Febre Reumática (FR), a ASLO não tem nenhum valor para o diagnóstico desta doença. O teste é bastante útil na abordagem diagnóstica de artropatias, além de identificar a presença da toxina liberada pela bactéria Streptococcus pyogenes, a estreptolisina O. Se não identificada e tratada com antibióticos a infecção por esta bactéria, a pessoa pode desenvolver algumas complicações, como glomerulonefrite, escarlatina, amigdalite e febre reumática.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Inferior a 200 UI/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Lipemia pode produzir resultados falsamente positivos por aglutinação inespecífica; • A contaminação do reagente Látex AEO e da lâmina com detergentes modifica a estrutura coloidal do reagente levando à deterioração irreversível e resultados inconsistentes; • Alguns antibióticos e corticosteroides podem diminuir os níveis de antiestreptolisina O.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

45


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS ANTINÚCLEO - FAN, PESQUISA Descrição

O exame FAN (Fator Antinuclear) ajuda a diagnosticar várias doenças autoimunes detectando a presença de autoanticorpos que atacam as próprias células e tecidos do organismo. Lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, psoríase, hipotireoidismo, síndrome de Guillain-Barré e Síndrome de Sjögren são algumas das doenças que podem ser diagnosticadas através do exame. O teste de FAN deve ser solicitado quando há suspeita clínica de doença autoimune. Em decorrência da sua alta sensibilidade e baixa especificidade o FAN é um exame de triagem na pesquisa de uma afecção autoimune.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Colozyme

Valor(es) de referência Tabela 2 – Valores de Referência – Anticorpos Antinúcleo-FAN

Padrão de fluorescência

Valores de referência

Nucleares

Não Reagente

Nucleolares

Não Reagente

Citoplasmáticos

Não Reagente

Mitótico

Não Reagente

Metafásico

Não Reagente

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver)

• 3% a 5% dos caucasianos podem ser positivos para FAN, podendo chegar a 10% ou 37% dos indivíduos saudáveis com idade acima de 65 anos; • Hidralazina, Cabamazepina, Hidantoína Isoniazida, Procainamida, Metildopa, AAS e diversos anticonvulsivantes podem produzir um quadro que inclui sintomas de LES e elevar os níveis de FAN, denominado lúpus induzido por medicamento, entretanto quando suspensos os sinais e sintomas desaparecem; • Corticoides ou outra terapia imunossupressora podem levar a resultados negativos, e nesse caso, é recomendado repetir o teste 3 meses após a retirada do medicamento.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS CLAMÍDIA IgG, PESQUISA Descrição

A Clamídia é uma patologia causada pela bactéria gram - negativa intracelular obrigatória, que compreende quatro espécies: C. trachomatis, C. pneumoniae, C. psittaci e C. pecorum. Pode provocar doenças agudas e crônicas, é perigosa devido às complicações que provoca: esterilidade, gravidez extra-uterina, conjuntivite e pneumopatias do recém-nascido. A prevalência de anticorpos da classe IgG indicam exposição passada da patologia em questão, entretanto um aumento de quatro vezes no título de IgG entre duas amostras coletadas com intervalo de 10-14 dias também é sugestivo de infecção ou reinfecção.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 16 UR/mL 16 a 22 UR/mL Superior a 22 UR/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Hemólise e Lipemia

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

ANTICORPOS CLAMIDIA IgM, PESQUISA Descrição

FASE ANALÍTICA

A Clamídia é uma patologia causada pela bactéria gram - negativa intracelular obrigatória, que compreende quatro espécies: C. trachomatis, C. pneumoniae, C. psittaci e C. pecorum. Pode provocar doenças agudas e crônicas, é perigosa devido às complicações que provoca: esterilidade, gravidez extra-uterina, conjuntivite e pneumopatias do recém-nascido. A prevalência de anticorpos da classe IgM caracteriza infecção aguda da patologia, entretanto, o exame pode também ser reagente diante de uma reativação da doença, tornando o diagnóstico de rotina limitado e necessitando de exames complementares.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 0,80 0,80 a 1,10 Superior a 1,10

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Hemólise e Lipemia

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS COVID IgG, PESQUISA Descrição

O Coronaviridae é uma família de patógenos que podem afetar humanos e animais. No final de 2019, na China, foi detectada uma nova espécie, denominada de SARS-CoV-2 (COVID-19), que causa doenças no trato respiratório, apresentando como sintomas febre, fadiga, tosse e entre outros que podem evoluir rapidamente para uma insuficiência respiratória, pneumonia grave, choque séptico, falência de múltiplos órgãos e levar o paciente até a morte. Em 2020, pela sua rápida transmissibilidade, foi considerada uma pandemia pela sua disseminação mundial. O seu diagnóstico precoce é essencial para controle da transmissão, tendo como o exame sorológico um dos testes que auxiliam no seu diagnóstico e acompanhamento para detecção de anticorpos, porém apresenta limitações por seus anticorpos serem detectados a partir do 7º ao 15º dia após o início dos sintomas. As imunoglobulinas G (anticorpos IgG) podem indicar que o paciente está na fase crônica, na convalescença ou que já esteve em contato com a patologia, desse modo, o exame de COVID IgG reagente define se a pessoa obtém proteção caso em contato novamente com o microrganismo.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não Reagente: Indeterminado: Reagente:

< 0,9 0,9 - 1,1 > 1,1

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Realizar exame após 10 a 15 dias do início dos sintomas.

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Lipemia e Bilirrubina elevada

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS COVID IgM, PESQUISA Descrição

O Coronaviridae é uma família de patógenos que podem afetar humanos e animais. No final de 2019, na China, foi detectada uma nova espécie, denominada de SARS-CoV-2 (COVID-19), que causa doenças no trato respiratório, apresentando como sintomas febre, fadiga, tosse, perda do olfato e paladar e entre outros que podem evoluir rapidamente para uma insuficiência respiratória, pneumonia grave, choque séptico, falência de múltiplos órgãos e levar o paciente até a morte. Em 2020, pela sua rápida transmissibilidade, foi considerada uma pandemia pela sua disseminação mundial. O seu diagnóstico precoce é essencial para controle da transmissão, tendo como o exame sorológico um dos testes que auxiliam no seu diagnóstico e acompanhamento para detecção de anticorpos, porém apresenta limitações por seus anticorpos serem detectados a partir do 7º ao 15º dia após o início dos sintomas. As imunoglobulinas M (anticorpos IgM) é uma das primeiras respostas imunológicas a serem produzidos pelos linfócitos no combate da infecção, quando reagente indica que o paciente foi exposto e está na fase ativa da patologia, definindo que o patógeno está circulando no seu organismo e em alguns casos ainda estará ativa sua transmissibilidade da doença. Entretanto, o exame ainda pode ser reagente após a recuperação, em alguns casos de alto grau de gravidade da doença, porém ainda está em análise.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não Reagente: Indeterminado: Reagente:

< 0,9 0,9 - 1,1 > 1,1

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Realizar exame após 7 dias do início dos sintomas.

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Lipemia e Bilirrubina elevada

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

50


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS HTLV I + II, PESQUISA Descrição

O HTLV (vírus linfotrópico de células T humanas) atinge as células de defesa do organismo, em especial os linfócitos T CD4+ e possui a capacidade de imortalizá-las, fazendo assim com que essas percam a função de defender no organismo. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano oncogênico causador de doença infecciosa isolado (no início da década de 1980) e é classificado em dois grupos: HTLV-I e HTLV-II. É da mesma família que o vírus do HIV. O ensaio HTLV-I+II foi desenvolvido para detectar anticorpos tanto contra HTLV-I como contra HTLV-II. O HTLV-1 está associado a oncogênese e a doenças inflamatórias crônicas, tais como a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATLL) e a mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM). Outras manifestações como a dermatite infecciosa, uveíte, síndrome de sicca, ceratite intersticial, síndrome de Sjögren, tireoidite de Hashimoto, miosite e artrite, embora de menor gravidade também são associados a infecção pelo HTLV-1.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Não reagente/ Negativo

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver)

• Não há interferentes significativos

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC.

51


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS RUBÉOLA IgG, PESQUISA Descrição

A rubéola é uma infecção de origem viral que provoca quadros brandos, com poucos ou nenhum sintoma (na maioria dos pacientes). Entretanto, a infecção se torna extremamente perigosa para o feto quando adquirida pela mãe no decorrer da gestação, principalmente nos primeiros meses de formação do bebê. Desta forma, a sorologia para rubéola, teste realizado para o diagnóstico dessa virose, deve sempre ser utilizado nos exames solicitados durante o pré-natal. Em suma, o exame identifica se o organismo está imune contra o vírus causador da rubéola. A pesquisa desse tipo de anticorpo confirma ou descarta uma infecção atual. Sendo assim, quando o corpo já está em contato com um microrganismo por algum tempo, ele produz os anticorpos IgG. Eles são responsáveis pela proteção a longo prazo, mesmo após a cura da doença.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Reagente:

Menor que 10 Maior que 10

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar se houve imunização contra tríplice viral e quando ocorreu, pois ela pode alterar o resultado dos exames.

Interferentes (se houver) • Hemólise • Lipemia intensa

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

52


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS RUBÉOLA IgM, PESQUISA Descrição

A rubéola é uma infecção de origem viral que provoca quadros brandos, com poucos ou nenhum sintoma (na maioria dos pacientes). Entretanto, a infecção se torna extremamente perigosa para o feto quando adquirida pela mãe no decorrer da gestação, principalmente nos primeiros meses de formação do bebê. Desta forma, a sorologia para rubéola, teste realizado para o diagnóstico dessa virose, deve sempre ser utilizado nos exames solicitados durante o pré-natal. Portanto, a pesquisa desse tipo de anticorpo confirma ou descarta uma infecção atual. O IgM torna-se positivo 1 a 3 dias após início da doença, sendo detectável por 2 a 12 meses. Reações falso-positivas para IgM podem ocorrer em pacientes com mononucleose infecciosa, infecções por parvovírus e vírus coxsackie B.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 0.8 0.8 a 1.0 Superior a 1.0

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar se houve imunização contra tríplice viral e quando ocorreu, pois ela pode alterar o resultado dos exames.

Interferentes (se houver)

• Hemólise e Lipemia intensa

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

53


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS TOXOPLASMOSE IgG, PESQUISA Descrição

A sorologia para toxoplasmose é o método mais utilizado no diagnóstico, entretanto não existe nenhum teste que, de forma única, suporte ou afaste o diagnóstico de infecção recente ou tardia. Sendo assim, a análise do resultado deve ser cautelosa e envolver todos os marcadores. Os anticorpos da classe IgG surgem em 1 a 2 semanas, com o pico em 1 a 2 meses e caem variavelmente, podendo persistir por toda vida. Valores elevados com IgM negativo não significam maior probabilidade de infecção recente.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 1,0 UI/mL 1.0 até 3,00 UI/mL Superior a 3,00 UI/mL

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver) • Não se aplica

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTICORPOS TOXOPLASMOSE IgM, PESQUISA Descrição

A sorologia para toxoplasmose é o método mais utilizado no diagnóstico, entretanto, não existe nenhum teste que, de forma única, suporte ou afaste o diagnóstico de infecção recente ou tardia. Os anticorpos da classe do IgM surgem em 5 dias, diminuindo em poucas semanas ou meses. Podem persistir por até 18 meses, não significando necessariamente infecção recente e aguda. Um resultado de IgM negativo ou positivo na gravidez não confirma infecção aguda, sendo necessário complementação diagnóstica. Não ultrapassa a placenta, sendo útil no diagnóstico da infecção congênita em recém-nascido.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 0,8 0,8 até 1.0 Superior a 1.0

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver) • Não se aplica

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

55


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO - PSA LIVRE, DOSAGEM Descrição

A substância é produzida pela próstata, e alterações nela podem indicar possíveis problemas neste órgão. O exame PSA livre é solicitado em conjunto com o PSA total para que os valores sejam comparados. Quando essa relação é maior que 20%, é possível que existam alterações que podem ser graves no organismo do paciente.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência ≤ 1,3 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Se após a coleta o sangue não for devidamente centrifugado e refrigerado em até uma hora (PSA livre pode se degradar (fenômeno da auto-hidrólise), o que pode gerar um resultado falsamente baixo da relação PSA livre/PSA total, levando a uma interpretação inadequada, indicativa de câncer de próstata.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

56


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO - PSA TOTAL, DOSAGEM Descrição

O antígeno prostático específico (PSA) é uma protease produzida quase exclusivamente pelas células epiteliais do tecido prostático. Está presente em altas concentrações no líquido seminal e sob Condição fisiológicas, varia conforme a idade, volume prostático e raça. A dosagem do PSA, associada ao toque retal, tem sido utilizada na avaliação diagnóstica de homens com sinais e sintomas sugestivos de câncer de próstata, além de ser útil no seguimento do tratamento. Apesar disso, o PSA não é específico apenas para o câncer de próstata, uma vez que é produzido por tecido prostático normal, hiperplásico e neoplásico. Costuma elevar-se no câncer de próstata, na hipertrofia prostática benigna e na prostatite. O teste tem maior valor na avaliação de recorrência bioquímica após tratamento (cirúrgico, hormonal ou radioterápico) e no monitoramento de homens com diagnóstico precoce de câncer de próstata. O aumento transitório na concentração de PSA pode ser encontrada nas seguintes situações: após o exame retal digital, massagem prostática, instrumentação uretral, ultrassom transretal, biópsia prostática por agulha, retenção e infecção urinária, colonoscopia, cistoscopia, infarto ou isquemia prostáticas, relação sexual com ejaculação e exercícios (ciclismo). Flutuações fisiológicas são descritas para o PSA, tendo em vista os interferentes para o teste, portanto não se deve submeter o paciente a exames diagnósticos mediante determinação única, nesses casos, é desejável repetir o teste em algumas semanas.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Mulheres: Homens:

Inferior a 0,003 ng/mL Inferior a 4,00 ng/mL

RELAÇÃO: em pacientes a partir dos 50 anos de idade com próstata normal à palpação e que apresentem níveis de PSA Total entre 4 e 10 ng/mL, os valores da relação PSA Livre/Total mostram as seguintes associações: Maior probabilidade de detecção de câncer de próstata: Inferior a 15% Maior probabilidade de hiperplasia prostática benigna: Igual ou superior a 15%

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS.

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

Interferentes (se houver)

FASE ANALÍTICA

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Uso de inibidores da 5 alfa-redutase e agonistas do hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH) (podem reduzir as concentrações do PSA); • Presença de anticorpos heterofílicos.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

ATIVIDADE PLASMÁTICA DE RENINA - PRA, DETERMINAÇÃO Descrição

A medida da atividade plasmática da renina é útil na avaliação clínica de pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica, assim como no seu diagnóstico diferencial, uma vez que essa ação está aumentada na hipertensão renovascular e nas fases de malignização da hipertensão. Além disso, o exame auxilia no diagnóstico do Hiperaldosteronismo primário (HAP), que corresponde de 5 a 13% dos casos de hipertensão, apresentando-se diminuída nesses casos. Sua determinação também pode ser útil no diagnóstico de hipoaldosteronismo hiporreninêmico, na síndrome de Bartter e no seguimento de portadores de defeito da 21-hidroxilase em tratamento, além de contribuir na terapia e tratamento de outros tipos de hipertensão.

Condição

• Amostra: plasma; • Tubo/Frasco: tubo com EDTA.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência 0,06 - 4,69 ng/mL.h

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS; • Informar medicamentos em uso.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise, Lipemia e Icterícia; • Amostra colhida com heparina ou citrato.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

59


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

AUTOANTICORPOS ANTI - dsDNA, PESQUISA Descrição

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma patologia sistêmica autoimune crônica, na qual produz anticorpos para diversos elementos do próprio organismo que afeta em manifestações clínicas e laboratoriais. O exame de Anti-DNA pesquisa anticorpos de dupla hélice (anti-dsDNA), marcadores que auxiliam no diagnóstico do LES, além de monitorar atividade da nefrite, sendo também considerado um biomarcador para a glomerulonefrite. Sua presença está ligada com um maior comprometimento renal e com a atividade da doença.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Reagente:

Inferior a 100 Superior a 100

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Lipemia

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

60


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

BAAR, PESQUISA Descrição

A tuberculose é um grave problema de saúde pública. O Brasil, juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, possui 80% dos casos da doença. Pode-se estimar que cerca de um terço da população mundial está infectada com o Mycobacterium tuberculosis. Considera-se como tuberculose todo indivíduo em que seu diagnóstico é confirmado por baciloscopia direta ou cultura, é aquele em que o médico, com base em dados clínico-epidemiológicos e no resultado de outros exames complementares inespecíficos, confirma o diagnóstico. A pesquisa bacteriológica é o método mais importante, seguro, rápido e de baixo custo para o diagnóstico, controle do tratamento e vigilância de resistência aos tuberculostáticos.

Condição

• Amostra: escarro; • Tubo/Frasco: frasco limpo e seco, com tampa rosqueável e boca larga.

Método

Ziehl-Neelsen

Valor(es) de referência Ausência de BAAR

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

BACTERIOSCOPIA Descrição

O exame bacteriológico permite um estudo das características morfológicas e tintoriais das bactérias e outros elementos (fungos, leucócitos, outros tipos celulares, etc). Estabelece informações importantes e rápidas para o início da terapia, fornecendo informação semiquantitativa em algumas infecções e estabelecendo o diagnóstico em muitos casos. A coloração de gram diferencia as bactérias a partir de suas paredes celulares, que são conhecidas como gram-positiva e gram-negativa. As bactérias Gram-positivas possuem uma parede espessa de peptidoglicano e grandes quantidades de ácido teicóico, que ajudam a reter o corante inicial (violeta) e não é afetado pela descoloração pelo diferenciador, apresentando como coloração um azul/roxo. Já as gram negativas, possuem uma camada fina de peptidoglicano, na qual permite que ocorra a retirada do complexo iodo pararosanilina e segue para a coloração com fucsina, apresentando no final uma cor rosa/vermelha. O método a fresco permite visualizar a motilidade dos microorganismos encontrados nos materiais solicitados, é uma pesquisa muito utilizada para encontrar treponemas em lesões genitais, Trichomonas vaginalis em secreções genitais, leptospiras em urina de pacientes com quadro clínico sugestivo, presença de leveduras ou agentes de vaginoses bacterianas, presença de Cryptococcus no sedimento de LCR com contraste de tinta Nanquim. Além de algumas micoses subcutâneas e mesmo profundas podem ser diagnosticadas com exames a fresco, como a presença de Paracoccidioides brasiliensis em escarro ou lesões mucosas.

Condição

• Amostra: material biológico retirados de diferentes sítios anatômicos (urina, secreção vaginal/ uretral, LCR)

Método

Coloração pelo método de Gram e à Fresco

Valor(es) de referência

Depende do material clínico solicitado (descrição qualitativa)

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS; • Coletar amostras antes de iniciar o tratamento, preferencialmente.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio, por profissional médico (LCR) ou LAC, caso necessário, e realização da análise no LAC

62


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

BILIRRUBINA DIRETA, DOSAGEM Descrição

A bilirrubina conjugada ou bilirrubina direta (BD) é hidrossolúvel, tendo, portanto, a capacidade de atravessar as membranas celulares. Dessa forma, é excretada do hepatócito na forma de bile, sendo responsável pelos pigmentos biliares. Em virtude de sua solubilidade, a BD é encontrada, em pequenas quantidades, tanto no plasma, como na urina. O teste tem utilidade no diagnóstico diferencial de doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. O aumento da BD pode estar associado a um comprometimento na captação, armazenamento ou na excreção de bilirrubina, o que pode ser decorrente de: doenças hepáticas hereditárias (Dubin-Johnson, Rotor, colestase recorrente benigna e icterícia intermitente da gravidez), lesão de hepatócitos (com causa viral (hepatite viral A-E, hepatite por citomegalovírus, por Epstein-Barr), causa tóxica, medicamentosa ou alcoólica), obstrução biliar (litíase, cirrose biliar, neoplasias), entre outras causas. Níveis de bilirrubina direta maiores que 50% dos valores totais são sugestivos de causas pós-hepáticas.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Adulto: ≤ 0,25 mg/dL / ≤ 4,3 µmol/L*; *Conversão para Unidade do Sistema Internacional (SI): µmol/L Bilirrubina (mg/dL) x 17,1 = Bilirrubina (µmol/L)

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas. Não se aplica para exame de urgência e emergência

Interferentes (se houver)

• Não realização do teste em até 3 horas após a coleta

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

BILIRRUBINA INDIRETA, DOSAGEM Descrição

No plasma, a bilirrubina não-conjugada ou bilirrubina indireta (BI) não é hidrossolúvel, sendo assim ela se liga à albumina, o que não permite sua passagem pela barreira renal, e portanto, não é excretada na urina. Porém, tem facilidade em dissolver-se em ambientes lipídicos e capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. Dessa forma, quando em níveis elevados têm tendência ao depósito no tecido nervoso, o que pode levar ao risco de lesão neurológica e caracterizando coloração amarelada da pele, escleras e outros tecidos. O teste tem utilidade no diagnóstico diferencial de doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. As causas de aumento da bilirrubina indireta estão associadas a: icterícia fisiológica do recém-nascido, anemias hemolíticas, hemólise autoimune, transfusão de sangue, reabsorção de hematomas, eritropoiese ineficaz, doenças hereditárias (Síndrome de Gilbert e Síndrome de Crigler-Najjar) e uso de alguns fármacos, como Cloranfenicol e Novobiocina. O uso de drogas que ativam o sistema microssomal hepático pode reduzir as bilirrubinas.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Adulto: Neonato:

Até 0,8 mg/dL 0,6 a 10,5 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas. Não se aplica para exame de urgência e emergência

Interferentes (se houver)

• Não realização do teste em até 3 horas após a coleta

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

BILIRRUBINA TOTAL, DOSAGEM Descrição

A bilirrubina é considerada o produto de quebra da hemoglobina no sistema retículoendotelial, conjugada no fígado para, a seguir, ser excretada na bile. Sua utilidade está no diagnóstico diferencial de doenças hepatobiliares e outras causas de icterícia. A manifestação da icterícia é observada, de maneira clínica, quando a bilirrubina total é maior que pelo menos duas vezes o valor de referência. A dosagem de bilirrubina é aplicada em neonatos a fim de monitorar a doença hemolítica do recém-nascido (eritroblastose fetal) e a icterícia fisiológica. Icterícia fisiológica é determinada por hiperbilirrubinemia não conjugada, com pico no 3° ao 4° dia nos recém-nascidos a termo, decaindo gradativamente. Nos prematuros, o pico ocorre do 5° ao 7° dia. Icterícias patológicas geralmente acontecem nas primeiras 24 horas de vida e aumentam rapidamente. Outras causas de icterícia neonatal incluem galactosemia, sepse, hepatites, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e rubéola.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Adulto: ≤ 1,1 mg/dL / ≤ 18,8 µmol/L*; *Conversão para Unidade do Sistema Internacional (SI): µmol/L Bilirrubina (mg/dL) x 17,1 = Bilirrubina (µmol/L)

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas. Não se aplica para exame de urgência e emergência

Interferentes (se houver)

• Não realização do teste em até 3 horas após a coleta; • Resultados falsamente elevados: uso de alguns medicamentos (ácido ascórbico, anticoncepcionais orais, aspirina, diuréticos tiazídicos, etanol, flurazepam, metildopa, novobiocina sódica, sulfonamidas, tetraciclinas, teofilina, entre outros; • Resultados falsamente reduzidos: barbitúricos, cafeína, corticosteróides, fenobarbital, penicilina, salicilatos, vitamina A, entre outros.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CÁLCIO, DOSAGEM Descrição

O cálcio participa da contratilidade do coração e da musculatura esquelética, além de ser primordial para o sistema nervoso, coagulação sanguínea e mineralização óssea. Cerca de 40% do cálcio é encontrado ligado às proteínas, 10% está na forma de complexo inorgânico e 50% presente como cálcio iônico (livre). A hipercalcemia é causada pela maior mobilização de cálcio no sistema esquelético e no aumento de sua absorção intestinal. As principais causas são: hemólise, estase venosa durante coleta ou por estoque prolongado do sangue (falsas elevações), hiperparatireoidismo, algumas neoplasias com ou sem metástases ósseas, desidratação, hipervitaminose D, hipertireoidismo, hepatopatias, insuficiência renal, uso de diuréticos e estrógenos, entre outras. A hipocalcemia está associada a: hiperparatireoidismo (idiopático, cirúrgico ou congênito), pseudohipoparatireoidismo, deficiência de vitamina D, insuficiência renal crônica, hipomagnesemia, terapia anticonvulsivante prolongada, pancreatite aguda, hiperfosfatemia, hipervolemia, alcoolismo, cirrose hepática, hipoalbuminemia, prematuridade neonatal, má absorção intestinal, entre outras causas.

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência 8,6 a 10,3 mg/dL

NOTA: níveis críticos de cálcio total são aqueles inferiores a 6 mg/dL e superiores a 13 mg/dL. Na interpretação dos valores normais deve-se levar em conta níveis de albumina.

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • A coleta deve ser feita pela manhã; • Evitar o uso de torniquete por tempo acima de 1 minuto.

Interferentes (se houver)

• Hemólise (Hemoglobina > 200 mg/dL), Icterícia (Bilirrubina > 15mg/dL) e Lipemia (Triglicérides > 900 mg/dL); • Centrifugação da amostra muito tempo após a coleta (o ideal é fazê-la logo após a coleta, a fim de evitar a captação do cálcio pelas hemácias); • Sangue coletado com estase venosa (possibilidade de alteração dos níveis de cálcio, devido à mudança na concentração de proteínas).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CÁLCIO, DOSAGEM (URINA 24 HORAS) Descrição

A dosagem do cálcio urinário é útil na análise dos efeitos da vitamina D e paratormônio (PTH) sobre a reabsorção óssea, assim como, pode ser empregado na avaliação de nefrolitíase. A preferência é que sua determinação seja feita na urina de 24h, porém, em caso de urina recente pode ser utilizada realizando a razão cálcio/creatinina. A hipercalciúria está associada a: hipercalcemias, hiperabsorção intestinal de cálcio, distúrbios da reabsorção tubular de cálcio, corticoterapia, osteoporose, acromegalia, hipertireoidismo, feocromocitoma e Síndrome de Cushing. Além de ser a causa mais comum para formação de cálculos renais. A hipocalciúria pode ser secundária à hipocalcemia, resultante de insuficiência renal, osteomalácia, raquitismo, alcalose, uso de diuréticos e estrógenos.

Condição

• Amostra: urina 24 horas; • Tubo/Frasco: frasco coletor de urina 24 horas.

Método

Arsenazo III

Valor(es) de referência 60 - 200 mg/24 horas

Orientações de preparo

• Antes da coleta, consumir dieta com quantidades normais de cálcio; • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS NOTA: O cálcio urinário é mantido sem precipitação durante a coleta ou quando armazenado, pela adição de 10 mL de ácido clorídrico 6 mol/L ao frasco da coleta.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Resultados falsamente aumentados: desitradação ou hiperproteinemia; • Resultados falsamente reduzidos: hipovolemia dilucional, administração de cloreto de sódio por via endovenosa 2 dias antes da coleta; • Hemólise (Hemoglobina > 200 mg/dL), Icterícia (Bilirrubina > 15 mg/dL) e Lipemia (Triglicérides > 900 mg/dL).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

CLEARANCE DE CREATININA, DOSAGEM (SORO E URINA 24 HORAS) Descrição

O exame de clearance de creatinina é o um dos testes mais utilizados para avaliação da função renal, estimando sua taxa de filtração glomerular. O exame é um comparativo entre a dosagem de creatinina no sangue e os níveis dessa substância na urina, indicando portadores de lesão renal, podendo estar elevada em pacientes com diabetes, hipertireoidismo e acromegalia. Sua determinação é baseada na dosagem da creatinina sérica e urinária e corrigida pela superfície corpórea do paciente: Clearance de creatinina em mL/minuto={(volume urinário mL/min x creatinina urinária mg/ dL)/creatinina sérica mg/dL} (1,73/superfície corpórea m2).

Condição

• Amostra: soro e urina 24 horas; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador (para soro) e frasco coletor de urina 24 horas.

Método

Para soro: Automatizado Para Urina 24 horas: Colorimetria

Valor(es) de referência Tabela 3 – Valores de Referência – Clearance de Creatinina (Soro e Urina 24 horas)

Dosagem sérica

Valores de referência

Homens

0,9 - 1,3 mg/dL

Mulheres

0,6 - 1,1 mg/dL

Dosagem Urina 24 horas

Valores de referência

Homens

97 - 137 mL/min

Mulheres

88 - 128 mL/min

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

Para Soro: • Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Evitar praticar atividade física vigorosa nas 8 horas que antecedem o exame; • Evitar a ingestão de carne vermelha em excesso nas 24 horas que antecedem o exame; Para Urina 24 horas: • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS; OBSERVAÇÃO: o prazo máximo entre as coletas de sangue e a entrega das amostras de urina, ou vice-versa, é de até 72 horas.

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FASE ANALÍTICA

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Medicamentos: Trimetoprim, Cimetidina, Quinidina, Procainamida; • Hemoglobina > 180 mg/dL, Bilirrubina > 6 mg/dL.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio (urina 24 horas) e LAC (soro) e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COAGULOGRAMA I E II Descrição

O exame de Coagulograma é um conjunto de exames que tem como finalidade a avaliação laboratorial inicial de pacientes com distúrbios hemorrágicos e a avaliação de hemostática de préoperatório, auxiliando no diagnóstico de desordens hematológicas. Dentro avaliação do primeiro e segundo tempo de hemostasia, os principais exames realizados são: contagem de plaquetas, tempo de sangria (TS), tempo de coagulação (TC), retração de coágulo (RC), prova de laço, tempo de protrombina (TP), atividade de protrombina (TAP), razão normalizada internacional (INR), tempo de tromboplastina parcialmente ativada (TTPA).

Condição

• Amostra: plasma; • Tubo/Frasco: tubo com citrato de sódio e/ou tubo com EDTA.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Tabela 4 – Valores de Referência – Coagulograma I e II

Dosagem

Valores de referência

Contagem de plaquetas

140.000 – 400.000 mm³

Tempo de Sangria

1 a 3 minutos

Tempo de Coagulação (TC)

5 a 10 minutos

Retratação de Coágulo (RC)

40 – 55%

Prova de Laço

Negativo

Tempo de Protrombina (TP)

11 a 15 segundos

Tempo de Atividade de Protrombina (TAP)

70 – 150%

Razão Normalizada Internacional (INR)

0,9 – 1,1

Tempo de Tromboplastina Parcialmente Ativada (TTPA)

26 – 38 segundos

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Anotar medicamentos em uso nos últimos 10 dias.

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FASE ANALÍTICA

Interferentes (se houver)

• Utilização de medicamentos: AAS, anti-inflamatório, antibióticos; • Problemas na fase pré-analítica da prova: coleta traumática, proporção incorreta de anticoagulante e sangue, uso de anticoagulante inadequado e na concentração incorreta, garroteamento inadequado, punção de veia de difícil acesso (proporcionando várias perfurações, ativando fator tecidual e outros), manuseio incorreto da amostra após coleta.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COLESTEROL - HDL, DOSAGEM Descrição

As lipoproteínas de densidade alta (HDL) são partículas discóides que conferem papel primordial no transporte do colesterol dos tecidos periféricos para o fígado, em um processo denominado “transporte reverso do colesterol”. À medida que LDL e VLDL são responsáveis pelo transporte de colesterol e triglicérides, no caso do VLDL, do sangue para os tecidos, facilitando o processo de deposição da gordura nos vasos sanguíneos, o HDL faz o transporte inverso, promovendo a remoção do excesso de colesterol que fica depositado nos tecidos e o devolve para o fígado, o qual fará a excreção no intestino. Vários estudos clínicos e epidemiológicos demonstraram a prevalência de doenças vasculares ser maior em indivíduos com níveis reduzidos de HDL, em relação a indivíduos com concentrações normais ou elevadas. Em função dessa capacidade protetora, o HDL é conhecido como “colesterol bom” e o VLDL e o LDL como “colesterol ruim”. As causas patológicas e medicamentosas de elevação do HDL são: alcoolismo, cirrose biliar (primária), hepatite crônica, uso de ácido nicotínico, estrógenos, lovastatina e terbutalina. As causas de redução do HDL são: aterosclerose, coronariopatia, Diabetes Mellitus, doença renal, hepatopatia, tabagismo, obesidade, infecções bacterianas e virais, uso de anabolizantes, bloqueadores betaadrenérgicos, neomicina e anti-hipertensivo.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Crianças e Adolescentes: Adultos (> 20 anos):

Orientações de preparo

Desejável: >45 mg/dL Desejável: > 40 mg/dL

• Jejum obrigatório de 12 horas, à exceção de água; • Recomendado a abstinência de álcool 72h antes da realização da coleta; • Manter dieta habitual por pelo menos 2 semanas antes da realização do exame; • Não praticar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; • Se possível, suspender medicamentos que afetam os resultados nas 24 horas que antecedem o exame (critério médico); • Informar os medicamentos utilizado.

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 500 mg/dL; Bilirrubina > 40 mg/dL; Triglicérides > 2000 mg/dL); • Tabagismo (contribui para redução do HDL); • Uso de Vitamina B3 (contribui para elevação do HDL).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

COLESTEROL - LDL, DOSAGEM Descrição

As lipoproteínas de baixa densidade (em inglês, LDL – low density lipoproteins) são um tipo de lipoproteínas que transportam as gorduras no sangue. As LDL são consideradas indesejáveis porque depositam excessos de colesterol nas paredes vasculares e contribuem para o endurecimento das artérias (aterosclerose) e para doenças cardíacas. Em geral, a quantidade de colesterol LDL é calculada usando os resultados do perfil lipídico, que consiste em colesterol total, HDL colesterol, e triglicerídeos. Aplicando uma fórmula, é calculada a quantidade de colesterol em lipoproteínas de baixa densidade, e o resultado é relatado junto com os outros. Na maioria dos casos, essa é uma boa avaliação do colesterol LDL, mas é menos precisa quando o nível de triglicérides está alto, como, por exemplo, quando a amostra é colhida sem a pessoa estar em jejum.

Condição

• Amostra: soro e plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Faixa etária 2 - 19 anos:

Desejável: < 100 mg/dL Limítrofe: 100-129 mg/dL Elevado: >130mg/dL

Faixa etária acima de 20 anos:

Ótimo: < 100 mg/dL Desejável: < 129 mg/dL Limítrofe: de 130 a 159 mg/dL Alto: acima de 160 mg/dL

Orientações de preparo

• Jejum obrigatório de 12 horas, à exceção de água; • Recomendado a abstinência de álcool 72h antes da realização da coleta; • Manter dieta habitual por pelo menos 2 semanas antes da realização do exame; • Não praticar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; • Se possível, suspender medicamentos que afetam os resultados nas 24 horas que antecedem o exame (critério médico); • Informar os medicamentos utilizados.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Lipemia intensa e Bilirrubina acima de 50 mg/L; • Diabetes Mellitus, Hipotireoidismo, Síndrome Nefrótica, Insuficiência Renal Crônica, Obstrução Hepática e Síndrome de Cushing (LDL pode estar elevado).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COLESTEROL - TOTAL, DOSAGEM Descrição

O colesterol é um lipídio essencial na produção de hormônios esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares. Os distúrbios no metabolismo do colesterol desempenham um papel importante na etiologia da doença aterosclerótica. Aproximadamente 25% do colesterol provém da dieta e a outra parte é sintetizada em vários tecidos, particularmente no fígado, além de ser transportado pelas lipoproteínas (quilomícrons, lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e lipoproteína de alta densidade (HDL)) até os tecidos. Encontra-se colesterol sob forma livre, o qual constitui a estrutura das membranas celulares e a superfície das lipoproteínas, ou na forma esterificada, que está na maioria dos tecidos e no sangue (cerca de 60% a 80%), sendo cerca de 5% desse colesterol transportado pelo VLDL, 50% a 75% transportado pelo LDL e 15% a 40% pelo HDL. A dosagem de Colesterol Total (CT) compõe a soma das determinações de HDL-Colesterol, LDL-Colesterol e VLDL-Colesterol. As causas de hipercolesterolemia estão associadas a: hipercolesterolemia poligênica (mais comum elevação de colesterol sérico, apresenta-se com nível moderado e teor normal de triglicerídeos) e hipercolesterolemia familiar (desordem autossômica dominante). As causas da hipocolesterolemia são: hipertireoidismo, ausência completa de apoB, doença de Tangier, anemia crônica, má absorção e má-nutrição, leucemia mielocítica crônica, metaplasia mielóide, entre outras.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Faixa etária 2 - 19 anos:

Desejável: < 150 mg/dL Limítrofe: 150 - 169 mg/dL Alto: ≥ 170mg/dL

Faixa etária acima de 20 anos: Desejável: < 200 mg/dL Limítrofe: 200 - 239 mg/dL Alto: ≥ 240 mg/dL

Orientações de preparo

• Jejum obrigatório de 12 horas, à exceção de água; • Recomendado a abstinência de álcool 72h antes da realização da coleta; • Manter dieta habitual por pelo menos 2 semanas antes da realização do exame; • Não praticar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; • Se possível, suspender medicamentos que afetam os resultados nas 24 horas que antecedem o exame (critério médico); • Informar os medicamentos utilizados.

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

Interferentes (se houver)

FASE ANALÍTICA

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 200 mg/dL; Bilirrubina > 15 mg/dL; Triglicérides > 1250 mg/dL); • Anticoagulantes; • Não realização da análise (separação do soro) até 3 horas após coleta; • Resultados falsamente elevados: adrenalina, uso de contraceptivos orais, ácido ascórbico, clorpromazina, corticosteróides, sulfonamidas, entre outros; • Resultados falsamente reduzidos: alopurinol, isoniazida, eritromicina, azatioprina, andrógenos, estrógenos orais, tetraciclinas, entre outros.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COLESTEROL - VLDL, DOSAGEM Descrição

As lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) são responsáveis pelo transporte de triglicérides de origem endógena do fígado para os tecidos para serem utilizados como fonte de energia. Valores aumentados no organismo levam ao acúmulo de gordura arterial, impedindo a livre circulação do sangue, caracterizando a formação de placas ateroscleróticas, ocasionando assim diversos problemas, desde o aumento da pressão arterial, formação de coágulos e infarto do miocárdio. Sendo assim, o exame de VLDL é feito para avaliar os níveis de colesterol VLDL presentes no organismo do paciente.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência < 40 mg/dL

Orientações de preparo

• Jejum obrigatório de 12 horas, à exceção de água; • Recomendado a abstinência de álcool 72h antes da realização da coleta; • Manter dieta habitual por pelo menos 2 semanas antes da realização do exame; • Não praticar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; • Se possível, suspender medicamentos que afetam os resultados nas 24 horas que antecedem o exame (critério médico); • Informar os medicamentos utilizados.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COMPLEMENTO C3, DOSAGEM Descrição

A fração C3 é um dos nove principais componentes do sistema complemento, a qual atua na resposta imunológica humoral. C3 é sintetizado no fígado, equivalendo aproximadamente a 70% da quantidade de proteína total do sistema complemento. Sua função está mais relacionada no processo de ativação da parte comum para as vias clássica e alternativa. A dosagem de C3 é utilizada na avaliação de indivíduos com suspeita de deficiência congênita deste fator ou portadores de doenças com deposição de imunocomplexos, os quais ativam a via clássica do complemento, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), glomerulonefrites e a crioglobulinemia. Pacientes com deficiência congênita de C3 evoluem com infecções bacterianas recorrentes após o nascimento. Níveis elevados de C3 podem estar associados a processos inflamatórios e infecciosos agudos, uma vez que esse componente é considerado uma das proteínas de fase aguda, como na glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica, na glomerulonefrite mesangiocapilar tipo II (ou de depósitos intramembranosos) e em outras nefrites pós-infecciosas. Por outro lado, em virtude do C3 ser um componente comum às três vias do complemento, níveis baixos ou extremamente baixos também podem ser observados na deficiência congênita desse fator ou ativação da via alternativa.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoturbidimétrico

Valor(es) de referência

Adultos (20 - 60 anos): 90 - 180 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 300 mg/dL; Bilirrubina > 20 mg/dL)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COMPLEMENTO C4, DOSAGEM Descrição

A fração C4 participa, exclusivamente, da via clássica de ativação do sistema complemento, a qual contribui na resposta imunológica humoral. Dessa forma, a dosagem de C4 é utilizada para avaliação de indivíduos com suspeita de deficiência congênita deste fator, de caráter autossômico recessivo, e de patologias que evoluem com ativação da via clássica do complemento. Pacientes com deficiência congênita de C4 apresentam redução da resposta a infecções. Em contrapartida, em pacientes normais, os níveis de C4 aumentam durante a resposta de fase aguda e em certas neoplasias. A dosagem de C4 também é utilizada, juntamente com a dosagem do inibidor de C1, na avaliação inicial de pacientes com suspeita de angioedema, os quais apresentam C4 baixo.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoturbidimétrico

Valor(es) de referência

Adultos (20 - 60 anos): 10 - 40 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 180 mg/dL; Bilirrubina > 20 mg/dL)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

CONTAGEM DE PLAQUETAS/ PLAQUETOGRAMA Descrição

As plaquetas são células sanguíneas produzidas pela medula óssea, conhecidas como trombócitos, elas são responsáveis pelo processo de coagulação sanguínea no organismo. Sua contagem é realizada através do exame de plaquetograma, no qual avalia as plaquetas quantitativamente, determinando rotineiramente possíveis achados de trombocitose (aumento dos níveis de plaquetas) ou plaquetopenias (baixo níveis de plaquetas) e suas sequelas. Dentre as patologias que pode ocorrer no aumento de plaquetas estão: patologias mieloproliferativas (Policitemia vera, mielofibrose com metaplasia mielóide, entre outras), doenças inflamatórias (colite ulcerativa, febre reumatóide, entre outras) e doenças malignas (carcinomas, entre outros linfomas). A diminuição das plaquetas pode estar relacionadas por patologias hereditárias, como: Síndrome de Fanconi, ou de forma adquirida, como: anemia megaloblástica, anemia aplástica, entre outros.

Condição

• Amostra: sangue total; • Tubo/Frasco: tubo com EDTA.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

140000 a 400000 mm³

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas. Não se aplica para exame de urgência e emergência; • Informar medicamentos em uso nos últimos 10 dias; • Não realizar grandes esforços antes da coleta.

Interferentes (se houver)

• Presença de coágulo e/ou hemólise

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

80


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

CONTAGEM DE RETICULÓCITOS Descrição

Os reticulócitos são eritrócitos jovens/imaturos que estão no estágio final de diferenciação celular, são células anucleadas que estão na transição para formação de eritrócitos maduros e não devem estar presentes ou devem estar em pequenas quantidades no sangue periférico. O achado de células prematuras na corrente sanguínea ocorre pelo estímulo da eritropoietina na medula óssea em situações de hipóxia tecidual, relacionado às anemias. A contagem de reticulócitos no sangue periférico é importante na avaliação da ação eritropoética, fornecendo informações sobre a integridade funcional da medula óssea. Essa determinação laboratorial é relacionada enquanto a aparência das células quando em contato com corantes supravitais que acarretam precipitação do RNA ribossômico e de outras organelas, provocando um aglutinado ou pontilhados de reticulócitos.

Condição

• Amostra: sangue total; • Tubo/Frasco: tubo com EDTA.

Método

Coloração de Azul de Cresil, com contagem manual

Valor(es) de referência Recém-nascido: Adultos:

até 7% 0,5 - 2,0%

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Presença de coágulo e/ou hemólise

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COOMBS DIRETO, TESTE Descrição

O teste antiglobulina ou Coombs direto é considerado um método simples para detectar a sensibilização das hemácias in vivo, ou seja, a presença de anticorpos ou complementos ligados à membrana eritrocitária. É útil para investigar anemias hemolíticas auto-imunes, reações transfusionais e na doença hemolítica do recém nascido. O resultado positivo/reagente de apenas um teste isolado não deve ser considerado como diagnóstico, devendo seu significado ser avaliado em conjunto com a história clínica e outros dados laboratoriais, como bilirrubinas, hematócrito, haptoglobina e contagem reticulocitária. Cerca de 6 a 8% dos pacientes hospitalizados apresentam positividade no teste de Coombs direto, mesmo sem manifestação clínica de hemólise, isso ocorre normalmente devido a pequenas quantidades de IgG e complemento as quais estão presentes na superfície das hemácias.

Condição

• Amostra: sangue total; • Tubo/Frasco: tubo com EDTA.

Método

Direto

Valor(es) de referência Não reagente

Orientações de preparo

• Evitar dieta rica em gordura antes da coleta; • Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC, porém evitar contato direto com o gelo.

Interferentes (se houver)

• Resultados falsos-positivos podem ser ocasionados devido à presença de aglutininas frias, grande quantidade de paraproteínas no soro, coleta em tubo com gel separador e resfriamento da amostra; • Uso de alguns medicamentos podem contribuir para resultados falso-positivos, como penicilinas, cefalosporinas, alfa-metildopa, quinidina, insulina,tetraciclinas, entre outras, • Hemólise acentuada; • Amostra coagulada.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COOMBS INDIRETO, TESTE Descrição O teste de antiglobulina pode ser utilizado na investigação de anticorpos irregulares presentes no soro do paciente, quando o mesmo é colocado em contato com hemácias conhecidas (hemácias de triagem com fenótipo conhecido). Esse teste faz parte dos exames de triagem de anemias hemolíticas, pré-transfusional, anticorpos irregulares e sua identificação, no acompanhamento de gestantes Rh negativas com prévia sensibilização e determinação de antígenos eritrocitários, não evidenciados por aglutinação direta (por exemplo, variantes fracas de Rh (D), antígenos Duffy, Kell, Kidd). A visualização de aglutinação e/ou hemólise em qualquer etapa indica a presença de anticorpo irregular cujo tipo pode ser avaliado de acordo com a fase do teste em que se detectou positividade.

Condição

• Amostra: soro • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Direto

Valor(es) de referência Não reagente

Orientações de preparo

• Informar se a paciente está grávida, mês de gestação e número de filhos, se houver

Interferentes (se houver) • Hemólise

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

COPROCULTURA Descrição

A coprocultura é um exame bacteriológico de fezes que busca detectar microrganismos patogênicos de gastrenterite aguda ou crônica. Esses microrganismos são enteropatogênicos e podem ser classificados em dois grupos principais, baseados com o mecanismo patogênico, que são: bactérias invasoras (Shigella, Salmonella, Yersinia enterocolitica, entre outros) e bactérias toxigênicas (Clostridium difficile, Clostridium perfrigens, Vibrio parahemoliticus, Staphylococcus aureus, entre outros).

Condição

• Amostra: fezes recentes/frescas/in natura; • Tubo/Frasco: frasco coletor de fezes com ou sem conservantes. OBS: A amostra ideal é a coletada no início do quadro diarreico, na fase aguda da doença. Amostras não diarreicas e/ou líquidas tem 99,9% de chance de obterem resultados negativos.

Método

Tradicional ou Cultura em meios seletivos, diferenciais e de enriquecimento. Identificação morfológica, bioquímica e sorológica, com anti-soros específicos

Valor(es) de referência

Ausência de bactérias enteropatogênicas

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS; • Coletar amostras antes de iniciar o tratamento, preferencialmente;

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CORTISOL, DOSAGEM Descrição O cortisol é secretado pelo córtex da adrenal em resposta ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). É essencial para a resposta ao estresse, regulação do metabolismo, mantém a pressão arterial normal e inibe reações alérgicas e inflamatórias. O cortisol é secretado em um ritmo circadiano, com valores máximos no início da manhã (7 às 9 horas) e mínimos no final da noite (23 horas). Grande parte encontra-se ligado às globulinas de ligação do cortisol (CBG) e albumina, o que influencia a concentração plasmática de cortisol. O cortisol livre é a forma biologicamente ativa e corresponde a menos de 5% do cortisol total. A dosagem basal não tem muita utilidade no diagnóstico distintivo dos estados de hipercortisolismo, em contrapartida dosagens após supressão por dexametasona possuem utilidade diagnóstica para hipercortisolismo, e, após estímulo com cortrosina (ACTH sintético) ou hipoglicemia induzida por insulina, utilidade para diagnóstico de insuficiência adrenal primária e secundária, respectivamente. Além disso, é possível encontrar valores normais de cortisol mesmo na deficiência parcial de ACTH. Apresenta-se elevado na: Síndrome de Cushing, situações de estresse, gravidez, hipoglicemia, obesidade, depressão, hipertireoidismo ou uso de estrógeno exógeno. Apresenta-se reduzido na: Doença de Addison, casos de hipopituitarismo (com produção deficiente de ACTH), hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo, cirrose hepática e hepatite.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Recém-nascido:

1 - 24 ug/dL

Manhã Adulto: Criança:

5 - 23 ug/dL 3 - 21 ug/dL

Tarde Adulto: Criança:

3 - 13 ug/dL 3 - 10 ug/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS.

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Interferentes (se houver)

FASE ANALÍTICA

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Tabagismo (elevação do Cortisol); • Uso de glicocorticoide exógeno (pode suprimir o eixo hipotálamo-hipófse-adrenal ou apresentar reação cruzada com o imunoensaio, provocando resultados falso-positivos), sendo assim a dosagem de Cortisol não é útil para o seguimento do uso de corticoides sintéticos.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CORTISOL - SUPRESSÃO APÓS DEXAMETASONA, DOSAGEM Descrição

É o principal teste de triagem para o diagnóstico da Síndrome de Cushing ou a depressão devida a perturbações neuroendócrinas. O cortisol é secretado pelo córtex da adrenal em resposta ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), sendo assim níveis aumentados de ACTH estimulam a secreção de cortisol, consequentemente. Estes níveis mais elevados de cortisol inibem a secreção de CRH, o que, por sua vez, inibe a secreção de ACTH. Este mecanismo de resposta negativa resulta em níveis diminuídos de cortisol. Dosagens após supressão por dexametasona são úteis no diagnóstico de hipercortisolismo, para determinar a resposta adrenal ao ACTH, além de contribuir no diagnóstico diferencial de insuficiência adrenal.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Cortisol após Dexametasona deverá estar abaixo de 2 ug/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Icterícia (concentrações de bilirrubina acima de 40 mg/dL); • Hemólise (concentrações de hemoglobina acima de 500 mg/dL); • Lipemia (concentrações de triglicerídeos acima de 1000 mg/dL).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CREATININA, DOSAGEM Descrição

É o teste mais utilizado para avaliar a taxa de filtração glomerular. A creatinina é o produto de degradação da creatina, sendo a dosagem sérica dependente da taxa de filtração renal, massa muscular, idade, sexo, alimentação, concentração de glicose, piruvato, ácido úrico, proteína, bilirrubina e uso de medicamentos (cefalosporinas, salicilatos, trimetoprima, cimetidina, hidantoína, anticoncepcionais e anti inflamatórios). Além disso, o teste é indicado para diagnosticar e monitorar o tratamento da doença renal aguda e crônica, para ajustar dosagem de medicação com excreção renal, monitorar pessoas que passaram por transplante renal e para estimativa do ritmo de filtração glomerular (RFG). A doença renal crônica é definida como a redução persistente e progressiva do RFG (<60 mL/min/1,73m2) e/ou albuminúria. Vale ressaltar que os estágios da doença são baseados no RFG.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Homens: Mulheres:

0,9 - 1,3 mg/dL 0,6-1,1 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Evitar praticar atividade física vigorosa nas 8 horas que antecedem o exame; • Evitar a ingestão de carne vermelha em excesso nas 24 horas que antecedem o exame.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Uso de medicamentos inibidores da secreção tubular: Cimetidina e Trimetoprima (elevação da creatinina sem decréscimo do RFG); • Uso de catecolaminas: Dobutamina, Dopamina, Epinefrina e Norepinefrina (podem levar a resultados falsamente reduzidos); • Hemoglobina > 500 mg/dL, Bilirrubina > 10 mg/dL e Triglicérides > 500 mg/dL.

Fluxo na rede

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Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC


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FASE ANALÍTICA

CREATINOFOSFOQUINASE - CPK, DOSAGEM Descrição

A Creatinoquinase (CK) ou Creatinofosfoquinase (CPK) é uma enzima intracelular, encontrada nos músculos esqueléticos, principalmente na musculatura estriada, cérebro, coração e trato gastrointestinal. Desse modo, o exame CK NAC pode avaliar sua atividade sérica no organismo, no qual em níveis elevados se torna um marcador sensível para achados de infarto agudo do miocárdio e nos casos de necrose do músculo cardíaco produzidas por miocardite grave. Podendo ser encontrado também níveis elevados em: cirurgia torácica e cardíaca, cardioversão, esclerose lateral amiotrófica, polimiosite, hipotermia, hipertermia maligna, distrofia muscular, exercício físico, dermatopolimiosite, rabdomiólise, em traumas, queimaduras, uso de cocaína e injeções musculares.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Cinético

Valor(es) de referência Menor que 170 U/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas. Não se aplica para exame de urgência e emergência

Interferentes (se houver)

• Hemólise e Lipemia (Valores de hemoglobina maiores que 120 mg/dL e Valores de triglicerídeos maiores que 1000 mg/dL)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CULTURA Descrição

O exame de Cultura é um meio artificial nutricional sólido, semi-sólido ou líquido que permite o crescimento, isolamento e identificação de microrganismos dos materiais submetidos ao exame. No geral, os materiais provêm de seis áreas principais do organismo, dentre elas: as fezes, o trato geniturinário, o trato respiratório, os exsudatos e transudatos, o sangue e o líquido cefalorraquidiano (LCR). Dependendo do material e do microrganismo, o isolamento dessas culturas pode variar de 10-30 dias.

Condição

• Amostra: fezes (coprocultura), urina (urocultura), para cultura de BAAR: urina, escarro, esperma, LCR, punção ganglionar, para cultura de secreção: secreção conjuntival, uretral, cervical/vaginal e prostática; • Tubo/Frasco: frasco adequado para cada amostra, limpo e esterilizado.

Método

Cultivo em meio de cultura apropriado, de acordo com o material biológico e suspeita clínica

Valor(es) de referência

Ausência de microrganismos patogênicos

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS; • Coletar amostras antes de iniciar o tratamento, preferencialmente.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio, consultório médico ou LAC, caso necessário, e realização da análise no LAC

OBS: A cultura de cada material biológico citado acima será explicada de maneira mais detalhada no tópico específico do material em questão, disposto neste manual.

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FASE ANALÍTICA

CULTURA DE BAAR Descrição

O exame de cultura de BAAR pesquisa bacilos álcool-ácido resistentes, sendo muito utilizado no diagnóstico de micobactérias patogênicas, como a Mycobacterium tuberculosis, formados por uma parede celular hidrofóbica. São consideradas bacilos álcool-ácido resistentes pela presença de ácidos micólicos na sua parede celular, esses ácidos são lipídios que impedem a remoção do corante pelo álcool-ácido, tornando-se resistente na descoloração e sendo identificado por microscopia direta.

Condição

• Amostra: Escarro, Urina, Esperma, LCR, Punção Ganglionar • Tubo/Frasco: frasco adequado para cada amostra, limpo e esterilizado.

Método

Cultura em meio de Lowenstein Jensen ou Ogawa

Valor(es) de referência

Negativo/Ausência de Mycobacterium

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS; • Coletar amostras antes de iniciar o tratamento, preferencialmente; • Para os casos de controle, informar o mês de tratamento.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento;

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio, consultório médico ou LAC, caso necessário, e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CULTURA DE SECREÇÃO Descrição

O exame é útil para os diagnósticos etiológicos de patologias, observando o crescimento, isolando e identificando os microrganismos patogênicos presentes nas secreções. Essas secreções podem ser derivadas de áreas diferentes, como: conjuntival, prostática, uretral e vaginal. Existem diversos microrganismos que podem causar essas infecções, como as bactérias, fungos e vírus. Na cultura de secreção conjuntival, destacam-se os microrganismos S. pneumoniae, S. aureus, N.gonorrhoeae (principalmente em recém-nascidos), entre outros. Na cultura de secreção prostática, o exame ajuda a avaliar prostatite e infecção do trato urinário. Na cultura de secreção uretral, o exame é útil para pesquisas de uretrites em ambos os sexos, dentre os microrganismos destacam-se: N. gonorrhoeae, leveduras, Trichomonas, entre outros. Na cultura de secreção vaginal podem ser diagnosticadas uretrites, vaginites e vaginoses bacterianas, dentre os microrganismos destacam-se: N. gonorrhoeae, leveduras, Gardnerella, Trichomonas, entre outros.

Condição

• Amostra: secreção conjuntival, secreção uretral, secreção cervical/vaginal e secreção prostática (colhida por médico); • Tubo/Frasco: swab ou alça bacteriológica.

Método

Cultura em meios apropriados (ágar sangue, ágar chocolate) para isolamento de diversos microrganismos patogênicos

Valor(es) de referência

Cultura negativa ou crescimento de microrganismos da microbiota normal

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC ou pelo médico (secreção prostática) e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

CURVA GLICÊMICA, DETERMINAÇÃO Descrição

O exame é largamente empregado na investigação dos estados hiperglicêmicos e hipoglicêmicos. O exame mede a glicemia em seis momentos: após pelo menos 8 horas de jejum, essa caracteriza a primeira coleta, em seguida é feita a ingestão de dextrosol (líquido com quantidade conhecida de glicose) diluído em água, e então realizada as demais coletas em intervalos de tempo de 15, 30, 45, 90 e 120 minutos. Este teste também é útil para detectar e acompanhar diabetes ou pré-diabetes.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Glicose Oxidase - Peroxidase - Enzimático colorimétrico

Valor(es) de referência Glicose Glicose Glicose Glicose Glicose Glicose

em jejum: 70 a 99 mg/dL 15 minutos: não se aplica, por 30 minutos: não se aplica, por 45 minutos: não se aplica, por 90 minutos: não se aplica, por 120 minutos: até 140 mg/dL

se se se se

tratar tratar tratar tratar

de de de de

um um um um

resultado resultado resultado resultado

descritivo descritivo descritivo descritivo

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise e lipemia acentuadas; • Ingestão de quantidade inadequada de glicose; • Vômito durante o teste.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

DESIDROGENASE LÁCTICA - DHL, DOSAGEM Descrição

A desidrogenase láctica (DHL) é uma enzima que, por intermédio da coenzima NAD como aceptor de hidrogênio, catalisa a oxidação de L-lactato a piruvato. Existem 5 formas diferentes de DHL (LD-1, LD-2, LD-3, LD-4 e LD-5), formas essas que são chamadas de isoenzimas e suas concentrações estão ligadas a cada órgão que estão presentes. Sua distribuição está presente nos tecidos, dentre eles: coração, fígado, músculos e rins. Sua dosagem pode ser utilizada como marcador de lesões teciduais e para acompanhamento de lesão progressiva. Sua alteração pode ocorrer em várias Condição clínicas, como: neoplasias em geral, doenças cardio-respiratórias, anemias hemolíticas e megaloblásticas, mononucleose infecciosa, miopatias, infarto do miocárdio, hepatite, alcoolismo, infarto renal, pancreatite aguda, destruição excessivas de células, fraturas, obstrução intestinal.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Cinético

Valor(es) de referência 195 até 453 U/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Icterícia e Lipemia

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

ESTRADIOL, DOSAGEM Descrição

O estradiol é o principal estrogênio ativo nas mulheres em fase reprodutiva, sendo secretado pelos ovários, testículos e córtex adrenal. Regula a função sexual feminina e atua na mucosa uterina, estimulando o crescimento endometrial e, junto com a progesterona, mantém o estado de gravidez, sendo a placenta a maior produtora de estradiol circulante, nessa situação. Outras atividades incluem supressão do hormônio folículo estimulante (FSH) e estimulação do hormônio luteinizante (LH). A dosagem de estradiol tem sua utilidade na avaliação da função ovariana, anormalidades menstruais, distúrbios de feminização e tumores produtores de estrogênios. Os níveis de estradiol são estabelecidos para estudo da puberdade precoce (em mulheres), tumores feminilizantes adrenais ou testiculares, ginecomastias, casos de irregularidade menstrual, esterilidade ou infertilidade e no acompanhamento da menopausa. Valores elevados podem estar associados a tumores ovarianos e feminilizantes adrenais, reposição estrogênica, puberdade precoce feminina, cirrose hepática, hipertireoidismo, ginecomastia masculina e síndrome de Klinefelter. Valores reduzidos podem estar associados ao hipogonadismo primário e secundário, amenorréia, anorexia nervosa, ovário policístico, hipopituitarismo, infertilidade, menopausa e osteoporose. A dosagem de FSH e LH podem ajudar no diagnóstico.

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Homens: 4 a 94 pg/mL

Mulheres: Fase folicular: Fase lútea: Fase pré-ovulatória: Menopausa tratada: Menopausa não tratada: Contraceptivos orais:

9 a 175 pg/mL 44 a 169 pg/mL 107 a 281 pg/mL 42 a 289 pg/mL até 20 pg/mL até 103 pg/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Em mulheres, informar o dia do último período menstrual; • Informar os medicamentos utilizados; • Se fizer uso de Biotina, é recomendado a suspensão nas 72 horas que antecedem o exame.

Interferentes (se houver) • Lipemia; • Uso de Biotina.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC 95


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FASE ANALÍTICA

FATOR DE CRESCIMENTO LIGADO À PROTEÍNA - IGF-1, DOSAGEM Descrição

As somatomedinas ou IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina) é um peptídeo produzido majoritariamente pelo fígado a partir do estímulo do hormônio do crescimento (GH) e que recebe esse nome devido à grande semelhança estrutural com a insulina. É transportado pelas proteínas ligadoras de IGF, particularmente pela IGFBP-3, responsável por controlar sua biodisponibilidade e meia-vida. Diferente da secreção do GH, a qual é pulsátil e com importante variação diurna, os níveis de IGF-1 e IGFBP-3 expressam mínimas flutuações. Dosagens conjuntas de IGF-1 e IGFBP-3 têm demonstrado maior sensibilidade e especificidade no diagnóstico, dessa forma podem ser úteis na avaliação do excesso, resistência ou deficiência de GH, diagnóstico ou acompanhamento da acromegalia e monitorização da terapia com GH recombinante. Os níveis de IGF-1 aumentam durante o primeiro ano de vida, alcançando valores mais altos na pré-adolescência e adolescência. Tendem a reduzir, progressivamente, até os 50 anos. Valores baixos podem ser observados nas extremidades de idade (primeiros 5-6 anos de vida e em idosos), no hipopituitarismo, desnutrição, Diabetes Mellitus, hipotireoidismo, atraso puberal, cirrose, nanismo de Laron, síndrome de Down, em alguns casos de baixa estatura com resposta normal ao GH, na anorexia nervosa e no uso de andrógenos e tamoxifeno. Valores altos decorrem da puberdade precoce verdadeira, gigantismo, acromegalia, exercício, gravidez, obesidade, insuficiência renal, retinopatia diabética e uso de andrógenos e dexametasona.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático – ELISA

Valor(es) de referência

Crianças e Adolescentes Homens: 0 a 3 anos: até 129 ng/mL 4 a 6 anos: de 22 a 208 ng/mL 7 a 9 anos: de 40 a 255 ng/mL 10 a 11 anos: de 68 a 316 ng/mL 12 a 13 anos: de 143 a 506 ng/mL 14 a 15 anos: de 177 a 507 ng/mL 16 a 18 anos: de 173 a 414 ng/mL Mulheres:

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0 a 3 anos: de 18 a 172 ng/mL 4 a 6 anos: de 35 a 232 ng/mL 7 a 9 anos: de 56 a 277 ng/mL 10 a 11 anos: de 118 a 448 ng/mL 12 a 13 anos: de 170 a 527 ng/mL 14 a 15 anos: de 191 a 496 ng/mL 16 a 18 anos: de 190 a 429 ng/mL


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FASE ANALÍTICA

Adultos 19 a 21 anos: de 117 a 323 ng/mL 22 a 24 anos: de 98 a 289 ng/mL 25 a 29 anos: de 83 a 259 ng/mL 30 a 34 anos: de 71 a 234 ng/mL 39 anos: de 63 a 223 ng/mL 44 anos: de 58 a 219 ng/mL 45 a 49 anos: de 53 a 215 ng/mL 50 a 54 anos: de 48 a 209 ng/mL 55 a 59 anos: de 44 a 210 ng/mL 60 a 64 anos: de 43 a 220 ng/mL 65 a 69 anos: de 40 a 225 ng/mL 79 anos: de 35 a 216 ng/mL 80 a 90 anos: de 30 a 208 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Presença de anticorpos heterofílicos no soro (doenças autoimunes ou pessoas que são expostas frequentemente a animais ou a produtos animais)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

FATOR REUMATÓIDE, PESQUISA Descrição

O fator reumatóide (FR) é um auto anticorpo da classe IgM, IgG ou IgA, uma proteína que é produzida pelo sistema imunológico do organismo. Os auto anticorpos acabam atacando os próprios tecidos do indivíduo identificando o tecido como “anormal”. Apesar de o papel biológico do FR não ser bem compreendido, sua presença é útil como indicador da atividade inflamatória e autoimune. A pesquisa do fator reumatóide é utilizado no diagnóstico da artrite reumatóide (AR), sendo positivo em 80% dos pacientes com a doença.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Negativo: Positivo:

Menor ou igual a 20 UI/mL Maior do que 20 UI/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes

• Anticoagulantes

Fluxo na rede

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Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC


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FASE ANALÍTICA

FERRITINA, DOSAGEM Descrição

A ferritina é uma proteína de alto peso molecular e seu teor está diretamente relacionado ao estoque de ferro do organismo, estando cerca de 2⁄3 das reservas de ferro na forma de ferritina, a qual é liberada com mais facilidade quando existe a necessidade de formação do heme (parte que compõe a hemoglobina). Antes mesmo de alterações observáveis da hemoglobina sanguínea, alteração morfológica das hemácias, diminuição da concentração de ferro sérico ou de sinais clínicos de anemia, é possível observar, quando dosada, a redução nos níveis de ferritina. Dessa forma, a dosagem de ferritina sérica é considerada um parâmetro de alta sensibilidade para diagnosticar e acompanhar deficiências de ferro, mesmo sem alguma doença coexistente, além de ser considerada um reagente de fase aguda. Vale ressaltar, também, que os níveis de ferritina podem elevar-se com o avanço da idade, em virtude da maior probabilidade de infarto agudo do miocárdio e de mortalidade. Valores elevados de ferritina podem ocorrer quando há sobrecarga de ferro (hemocromatose), após transfusão sanguínea, assim como em infecções crônicas, processos inflamatórios crônicos (artrite reumatoide), doenças hepáticas, doenças malignas (linfomas, leucemias, carcinoma de mamas e ovários). E valores reduzidos têm sido relacionados à deficiência de ferro.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Turbidimetria

Valor(es) de referência

Recém-nascidos: 25,0 a 200,0 ng/mL 1 mês de vida: 200,0 a 600,0 ng/mL 2 a 5 meses de vida: 50,0 a 200,0 ng/mL 6 meses a 15 anos: 7,0 a 140,0 ng/mL

Adultos Mulheres: 10,0 a 254,0 ng/mL Homens: 22,0 a 280,0 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Hemólise, mesmo que discreta; • Icterícia; • Lipemia.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

99


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FASE ANALÍTICA

FERRO, DOSAGEM Descrição

O ferro é um nutriente essencial para o metabolismo energético celular, presente sobretudo no complexo porfirínico e nas proteínas que armazenam ferro, a ferritina e a hemossiderina. É regulado pela mucosa intestinal e encontra-se distribuído no organismo de diferentes maneiras, fazendo parte da hemoglobina, mioglobina e de algumas enzimas, além de estar envolvido em vários processos vitais, os quais vão desde mecanismos oxidativos celulares até o transporte de oxigênio no organismo. O ferro sérico refere-se ao ferro que está no plasma, ligado a apotransferrina, formando o complexo transferrina. Apresenta variações notáveis de acordo com o estoque inicial de ferro, o sexo, idade, ciclo menstrual (os níveis no período pré-menstrual podem elevar em 10% a 30% e declinam na menstruação) e periodo do dia (níveis mais baixos no período da tarde são observados). A dosagem de ferro sérico é útil no diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e hemossiderose. Encontra-se elevado na hemossiderose, hemocromatose, talassemias, anemias hemolíticas, anemias sideroblásticas, deficiência de vitamina B6, hepatites, politransfundidos, intoxicação por chumbo, nefrites, reposição inadequada de ferro, uso de anticoncepcionais orais, hemólise da amostra e na gravidez pode acontecer a elevação inicial de ferro sérico, devido à progesterona e posteriormente queda por aumento de sua necessidade. Encontra-se reduzido na anemia ferropriva, glomerulopatias, período menstrual, fase inicial de remissão da anemia perniciosa (resposta ao tratamento com vitamina B12), infecção aguda (respiratória e abscessos), infecção crônica, doenças malignas e infarto agudo do miocárdio.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Goodwin modificado

Valor(es) de referência Homens: Mulheres: Crianças:

65 a 175 µg/dL 50 a 170 µg/dL 65 a 175 µg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Colher amostra preferencialmente pela manhã, devido às oscilações fisiológicas durante o dia; • Não praticar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; • Manter dieta habitual; • Realizar análise (separar o soro) em até 1 horas após coleta.

100


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FASE ANALÍTICA

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise; • Resultados falsamente elevados: ingestão de vitamina B12 nas 48 horas que antecedem o exame, uso de anticoncepcionais orais, estrógenos e álcool.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

101


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FASE ANALÍTICA

FOSFATASE ALCALINA, DOSAGEM Descrição Fosfatase Alcalina (FA) é uma enzima relativamente inespecífica que tem sua origem nas membranas celulares dos tecidos, onde está amplamente distribuida na mucosa intestinal, fígado (canalículos biliares), túbulos renais, baço, ossos (osteoblastos), leucócitos e placenta. A forma que predomina no soro, em adultos normais, origina-se, sobretudo do fígado e esqueleto, o que configura 90% da FA circulante, porém em crianças, a fração óssea predomina. A exata função da enzima ainda não é bem conhecida, mas parece estar associada ao transporte lipídico no intestino e com processos de calcificação óssea. A dosagem de FA é importante no diagnóstico de doenças hepatobiliares e nas doenças ósseas em que a atividade osteoblástica está aumentada. As causas de elevação de FA são: obstrução biliar intra ou extra-hepática Doença de Hodgkin, Doença de Paget (intensa atividade osteoblástica, sendo comum valores 10 a 25 vezes acima do valor de referência), osteomalácia, fraturas, tumores malignos, insuficiência cardíaca congestiva, colite ulcerativa, enterites regionais e infecções bacterianas intra-abdominais. Elevações leves a moderadas podem estar associadas a: hiperparatireoidismo primário e secundário, gravidez (produção placentária pode elevar FA no 3º trimestre de gestação). As causas de redução dos níveis de FA total são: escorbuto, hipotireodismo, doença celíaca, uso de anticoncepcionais orais, hipolipemiantes, anticoagulantes e antiepilépticos.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Mulheres: Homens:

< 240 U/L < 270 U/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum de no mínimo de 8 horas; • Evitar ingestão de alimento rico em gordura antes do exame.

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 200 mg/dL - hemácias contêm cerca de 6 vezes mais FA que o soro; Bilirrubina > 40 mg/dL; Triglicérides > 500 mg/dL); • Não realização da análise logo após a coleta (em algumas horas, FA aumenta de 3 a 10%, em 25 °C; • Refeição rica em gordura (valores de FA podem estar elevados em 25%); • Resultados falsamente elevados: tratamento com paracetamol, aspirina, agentes antifúngicos, barbitúricos, morfina, anticoncepcionais orais, tiazidas, entre outros.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

102


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FASE ANALÍTICA

FÓSFORO, DOSAGEM Descrição

O organismo de uma pessoa adulta contém 500 a 600 gramas de fósforo (fosfato inorgânico) amplamente distribuído, o qual desempenha funções biológicas primordiais, como a resistência estrutural dos ossos juntamente com o cálcio (hidroxiapatita), auxilia no metabolismo energético, de carboidratos e gorduras, atua como tampão no plasma e urina, mantém a integridade celular, regula a atividade de algumas enzimas, entre outras funções. Entretanto, menos de 1% do fósforo corporal total encontra-se no plasma, o restante está distribuído nos ossos (80-90%) e na forma intracelular (10-20%), sendo esses órgãos (intestino delgado, rins e esqueleto) os envolvidos na homeostase do fósforo. Apenas a dosagem de fósforo sérico é o que pode indicar uma possível desordem dessa homeostase, contudo, não necessariamente irá refletir o nível de fósforo corporal total. Seu metabolismo é conduzido sobretudo pelos túbulos renais, tendo isso em vista, níveis elevados de fósforo podem precipitar na forma de cristais de fosfato de cálcio, contribuindo para formação de cálculos nos rins e bexiga. Os fatores reguladores de fósforo são, em muitos casos, os mesmos que regulam cálcio no sangue, dessa forma os níveis séricos de fósforo são inversamente proporcionais aos de cálcio sérico. Vale destacar que a variação circadiana interfere na concentração sérica de fósforo, sendo mais alta pela manhã, além de poder sofrer oscilações rápidas por fatores como dieta, repouso, período menstrual, hormônio do crescimento, insulina e função renal. Valores elevados podem ser provocados por exercícios físicos, hipovolemia, acromegalia, pseudo e hipoparatireoidismo, metástases ósseas, hipervitaminose D, sarcoidose, hepatopatias, embolia pulmonar, insuficiência renal, cetoacidose diabética, obstrução intestinal, anemia falciforme, menopausa e trombocitose. Valores reduzidos ocorrem no uso de antiácidos, diuréticos, corticoides, glicose endovenosa, hiperalimentação, diálise, hiperparatireoidismo, má absorção intestinal, esteatorreia, linfomas, sepse, deficiência de vitamina D e desordens tubulares renais.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Colorimétrico

Valor(es) de referência Recém-nascidos: Crianças: Adultos:

3,5 a 8,6 mg/dL 4,0 a 7,0 mg/dL 2,7 a 4,5 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Realizar análise (separar o soro) o mais rápido possível.

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Interferentes (se houver)

• Hemólise; • Atividade física (eleva fósforo); • Amostra não refrigerada; • Uso de corticóides, estrogênio, sais de alumínio (diminui fósforo).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA


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FASE ANALÍTICA

GAMA-GT, DOSAGEM Descrição

A gama-glutamiltransferase (GGT) é uma enzima ligada ao transporte de aminoácidos e peptídeos através das membranas celulares, na síntese proteica. É encontrada no fígado, vias biliares, rins, intestino, próstata, pâncreas, pulmões, cérebro e coração, sendo assim quando há comprometimento em algum desses órgãos, é possível observar elevação da enzima. A GGT, por ser um marcador sensível de colestase hepatobiliar e do consumo de álcool, é auxiliar, quando dosada, na avaliação das hepatopatias agudas e crônicas. Valores de GGT duas vezes acima do valor de referência com razão TGO/TGP > 2:1 sugerem consumo alcoólico. A elevação de GGT pode ocorrer na: pancreatite, doença hepática alcoólica, icterícia obstrutiva (níveis 5 a 50 vezes acima do normal são encontrados), neoplasias hepáticas primárias ou metastáticas, infarto, cirrose, uso de fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, ácido valproico e contraceptivos orais. A diminuição de GGT pode ocorrer no: uso de azatioprina, clofibrato, estrógenos e metronidazol.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Mulheres: Homens:

< 38 UI/L < 55 UI/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 8 horas, à exceção de água; • Não ingerir álcool nas 24 horas que antecedem o exame.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 200 mg/dL; Bilirrubina > 40 mg/dL; Triglicérides > 900 mg/dL)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

GLICOSE, DETERMINAÇÃO PÓS PRANDIAL Descrição

A dosagem de glicose pós-prandial é eficaz para monitorar pacientes potencialmente portadores de Diabetes Mellitus (DM). Após a ingestão de carboidratos, a glicemia tende a retornar a normalidade dentro de 2 horas, contudo em pacientes diabéticos essa hipoglicemia pode ser tardia, sendo observada após 4 ou 5 horas da ingestão de carboidratos, devido a secreção exagerada de insulina em resposta à ingestão alimentar. O resultado pode variar com a quantidade de carboidratos ingeridos, idade (aumento cerca de 10 mg/dL por década de vida, após 40 anos) e condição física do paciente, em alguns casos pode-se encontrar acima de 200 mg/dL em idosos que não apresentam diabetes.

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com Fluoreto de Sódio + EDTA.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Até 140 mg/dL

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento;

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

GLICOSE, DOSAGEM Descrição

A glicose é a aldohexose mais importante na manutenção energética do organismo, em todas as células, é metabolizada com o intuito de produzir ATP e fornecer metabólitos necessários em vários processos biossintéticos. Em Condição normais, a glicose sanguínea (glicemia) é mantida em concentrações apropriadas por meio de mecanismos regulatórios, sendo quase toda filtrada pelos glomérulos e quase totalmente reabsorvida pelos túbulos renais, porém quando a glicose atinge teores sanguíneos acima de 160 a 180 mg/dL, é possível notar sua presença na urina, fenômeno conhecido por glicosúria, em virtude de atingir o limiar renal. A dosagem de glicemia em jejum é a maneira mais eficaz de avaliar o status glicêmico, tanto em pessoas saudáveis e assintomáticas quanto em pessoas já com diagnóstico de Diabetes Mellitus, a causa mais comum de hiperglicemia. As causas de hiperglicemia estão associadas a: Diabetes Mellitus, beribéri, hemocromatose, pancreatite, Síndrome de Cushing, feocromocitoma, epilepsia, hipertireoidismo, infecções agudas, traumatismo, tumor, hemorragia cerebral, infarto do miocárdio e câncer de pâncreas. As causas de diminuição são: hiperinsulinismo, excesso de insulinoterapia, hipotireoidismo, Doença de Addison, carcinoma supra- renal, hipopituitarismo anterior, cirrose hepática, hepatite infecciosa, esteatose hepática, desnutrição, caquexia, drogas hipoglicemiantes, entre outras causas.

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador ou tubo com fluoreto de sódio + EDTA para amostras que não serão analisadas imediatamente após coleta.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Em jejum Adulto: 74 - 99 mg/dL Crianças: 60 - 100 mg/dL Recém-nascidos prematuros: 20 - 60 mg/dL Recém-nascidos a termo: 30 - 60 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum de no mínimo 8 horas e máximo de 14 horas; • Dieta normal, com restrição de bebida alcoólica nos 3 dias que antecedem a coleta.

Interferentes (se houver)

• Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 500 mg/dL; Bilirrubina > 15 mg/dL; Triglicérides > 1250 mg/dL); • Se não for coletada em tubo fluoreto de sódio + EDTA, a não realização da análise (separação do soro dos elementos figurados do sangue) em no máximo 30 minutos após a coleta, pode provocar o consumo da glicose através das enzimas glicolíticas dos eritrócitos, leucócitos e plaquetas, reduzindo os níveis de glicose em cerca de 5 a 7% por hora (5 a 10 mg/dL); 107


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FASE ANALÍTICA

• Resultados falsamente elevados: paracetamol, ácido acetilsalicílico, ácido ascórbico, benzodiazepínicos, cafeína, corticosteroides, etanol, furosemida, entre outros. • Resultados falsamente reduzidos: álcool, bloqueadores beta-adrenérgicos, clofibrato, inibidores da ECA, hipoglicemiantes orais, insulina, salicilatos, entre outros.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

GLOBULINA, DOSAGEM Descrição

Além da albumina, as globulinas também fazem parte das frações de proteínas totais. A concentração de globulinas é obtida através do cálculo entre a diferença de concentração das proteínas totais e da albumina. As globulinas podem ser divididas em três tipos: alfa, beta e gama, identificadas através de eletroforese. São importantes no transporte de metais, lipídeos e bilirrubina, possuindo papel, também, na imunidade (fração gama, constituída pelas imunoglobulinas). Altos níveis de globulinas estão associados a processos infecciosos, inflamatórios e imunes, como vacinações recentes. As globulinas aumentam com a idade, o que possivelmente pode ser justificado pela maior “experiência” imunológica, e durante a gestação. Vale ressaltar que existe uma relação inversa entre a concentração de albumina/globulina, quando ocorre aumento das globulinas, a síntese de albumina é inibida no fígado, como mecanismo compensatório para manter constante o nível de proteínas totais e, consequentemente, a pressão osmótica sanguínea. Em contrapartida, numa disfunção hepática, o nível de albumina diminui e o de globulinas aumenta. Normalmente espera-se uma razão albumina/globulina maior ou igual a 1. Sendo assim, a dosagem da fração globulina pode ser feita mediante alteração dos níveis de proteínas totais, com o intuito de tentar identificar qual fração de proteína específica está causando o aumento na dosagem de proteínas totais, e assim auxiliar no diagnóstico mais preciso.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência 2,6 a 3,1 g/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Hemólise e lipemia; • Resultados falsamente elevados: clofibrato, contrastes radiológicos, corticoesteroides, heparina, insulina, somatropina, tireotropina, entre outros. • Resultados falsamente reduzidos: anticoncepcionais orais, íon-amônio, líquidos intravenosos excessivos contendo glicose, salicilatos, entre outros.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA - BETA HCG QUALITATIVO Descrição

A gonadotrofina coriônica humana (HCG) é um hormônio glicoproteico formado por duas subunidades: alfa e beta. A subunidade beta é responsável pela especificidade biológica e imunológica, já a subunidade alfa é similar à subunidade alfa de outras glicoproteínas hipofisárias, como LH e FSH. O Teste Rápido para dosagem de Beta HCG está associado a uma possível gravidez, dessa forma é indicado para mulheres em idade fértil que apresentem atraso menstrual. Para realizar o teste com maior segurança de um resultado confiável, o tempo de atraso menstrual deve obedecer a indicação apresentada pelo fabricante, sendo em sua maioria igual ou superior a 7 dias. Entretanto, como o intuito do teste é identificar a presença do hormônio HCG no soro, situações em que ele esteja aumentado, além da gravidez, pode ser possível um resultado positivo, como no coriocarcinoma, mola hidatiforme, e neoplasias de células germinativas como dos ovários e testículos. Pode estar pouco elevado na gravidez ectópica e na gravidez de risco (risco de aborto) quando os níveis podem cair progressivamente.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunocromatografia

Valor(es) de referência Positivo: Negativo:

Presença do hormônio Beta HCG Ausência do hormônio Beta HCG

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • É recomendado fornecer a data da última menstruação, para o sexo feminino.

Interferentes (se houver)

• Presença de anticorpos heterofílicos (anticorpos dirigidos contra imunoglobulina humana induzidos por vacinas, contato ambiental ou doenças autoimunes)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA - BETA HCG QUANTITATIVO Descrição

A gonadotrofina coriônica humana (hCG) é um hormônio glicoproteico composto por duas subunidades: alfa e beta. A subunidade alfa é similar à subunidade alfa de outras glicoproteínas hipofisárias, como LH, FSH e TSH, já a subunidade beta é responsável pela especificidade biológica e imunológica, o que garante que não haja reação cruzada com o LH e permite a detecção de níveis circulantes de hCG, na gravidez, precocemente. Diversas formas de hCG já foram identificadas no soro, entre elas hCG intacto (hCG), beta-hCG total (hCG + beta-hCG), beta-hCG livre, dentre outras. Na gravidez o hCG intacto é o que predomina, no screening pré-natal para Síndrome de Down, beta-hCG livre e beta-hCG total têm sido considerados os melhores marcadores e na doença trofoblástica e tumores testiculares, o beta-hCG livre é o marcador de escolha, pois se apresenta desproporcionalmente elevado, e sua relação com o hCG intacto ou beta-hCG total está aumentada. A dosagem de hCG é utilizada primordialmente para o diagnóstico e acompanhamento da gravidez, sendo sensível para revelar uma gravidez normal antes mesmo do atraso menstrual, embora deva-se atentar que variações podem ser observadas quanto ao prazo usual da implantação e que a metodologia utilizada e a presença rara, mas possível, de anticorpos heterofílicos podem se tornar interferentes. Além disso, o teste é útil na avaliação da gestação múltipla, gravidez ectópica e diagnóstico e acompanhamento de Condição patológicas de natureza neoplásica (tumores trofoblásticos). Os níveis do hormônio hCG estão elevados na gravidez, coriocarcinoma, mola hidatiforme, e neoplasias de células germinativas como dos ovários e testículos. Pode estar pouco elevado na gravidez ectópica e na gravidez de risco (risco de aborto) quando os níveis podem cair progressivamente.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Homens:

< 60 mUI/mL

Mulheres

Negativo ou Indetectável: < 5,0 mUI/mL Indeterminado: > 5,0 e ≤ 25,0 mUI/mL Positivo ou Detectável: > 25,0 mUI/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Para o sexo feminino, anotar a data da última menstruação.

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Interferentes (se houver)

• Lipemia; • Hemólise; • Presença de anticorpos heterofílicos.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA


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FASE ANALÍTICA

GORDURA FECAL, PESQUISA Descrição

A quantificação de gordura nas fezes consente o diagnóstico de esteatorréia (nível de gordura fecal acima do normal). A presença de esteatorréia costuma ocorrer na pancreatite crônica, fibrose cística, neoplasias, doença de Whipple, doença celíaca, enterite regional, tuberculose intestinal, enteropatias bacterianas, virais e parasitárias e atrofia da mucosa conseqüente à desnutrição. Pode ser utilizado para monitorização de terapia de reposição com enzimas pancreáticas. O paciente que possui uma má digestão costuma excretar excesso de triglicérides, enquanto os que que apresentam má absorção podem excretar excesso de ácidos graxos.

Condição

• Amostra: fezes recentes; • Tubo/Frasco: frasco coletor de fezes limpo e seco, com boca larga e tampa rosqueável, sem conservante.

Método

Sudan III

Valor(es) de referência

Quantidade de gotículas de gorduras neutras: Quantidade de ácidos graxos e sabões:

Ausentes ou raras Ausentes ou raras

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

HAEMOPHILUS DUCREYI, PESQUISA Descrição

O Haemophilus ducreyi é um bacilo gram-negativo, na qual é o agente causador do cancro mole, doença sexualmente transmissível (DST). O cancro mole é caracterizado por uma ou mais ulcerações purulentas genital ou anal, seguido de linfonodomegalia inguinal unilateral ou bilateral. O H. ducreyi é uma bactéria altamente contagiosa sendo capaz de introduzir-se na pele através de microscópicas feridas. A bacteria pode ser transmitida pela via anal, vaginal ou oral. Em suma, a pesquisa do H. ducreyi deve ser feita na secreção de fundo da úlcera, não se aconselhando a limpeza da lesão prévia, por se tratar de germe piogênico.

Condições

• Amostra: secreção genital; • Tubo/Frasco: lâmina ou tubo com solução salina estéril.

Método

Microscopia

Valor(es) de referência

Ausência de Haemophilus ducreyi

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

114


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FASE ANALÍTICA

HEMOGLOBINA GLICOSILADA, DOSAGEM Descrição

A determinação quantitativa da Hemoglobina A1c (HbA1c) em amostras de sangue é útil no controle do diabetes, pois consegue avaliar a quantidade de glicose no sangue nos últimos 2 ou 3 meses, ajudando a saber se o tratamento do diabetes mellitus está sendo eficaz para controlar a glicemia, ajudando, assim, a reduzir o risco de complicações oriundas do diabetes mellitus mal controlado, tais como cegueira, amputações e doenças cardiovasculares. Todas as hemoglobinas presentes na amostra se ligam à superfície das partículas de látex. A intensidade da aglutinação, medida em absorbância, é proporcional à quantidade de HbA1c presente na amostra. O valor de HbA1c é obtido através de curva de calibração.

Condição

• Amostra: sangue total; • Tubo/Frasco: tubo com EDTA.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Bom controle: 4,5 a 7% Tratamento Inadequado ou Diabetes Subclínica: 7 a 8,5% Diabetes sem controle: > 8,5%

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 8 horas

Interferentes (se houver)

• Uso de opiáceos, envenenamento por chumbo, alcoolismo e ingestão de grandes quantidades de ácido acetilsalicílico podem levar a resultados inconsistentes; • Hipertrigliceridemia; • Hiperbilirrubinemia.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

HEMOGRAMA (ERITROGRAMA, LEUCOGRAMA, PLAQUETOGRAMA) Descrição

Exame laboratorial realizado rotineiramente nos laboratórios para avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos figurados do sangue. É possível notar alterações significativas tanto nas doenças hematológicas quanto em doenças das mais variadas patologias, tendo, por isso, grande valor preditivo e diagnóstico. É composto pelos seguintes parâmetros: Contagem de eritrócitos, dosagem de hemoglobina, determinação do hematócrito, volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração hemoglobínica corpuscular média (CHCM) e amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW) que compõem o eritrograma; contagem de leucócitos e fórmula leucocitária que compõem o leucograma. Esfregaço: Importante na avaliação hematológica. É a partir de uma lâmina apropriadamente corada que serão reconhecidos os elementos sanguíneos.

Condição

• Amostra: sangue total; • Tubo/Frasco: tubo com EDTA.

Método

Automatizado e esfregaço

Valor(es) de referência

Consulte na próxima página Tabela 5

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Evitar colher material após exercício físico (causa leucocitose); • Evitar ingerir comida gordurosa antes da realização do exame.

Interferentes (se houver)

• Amostra insuficiente; • Amostra com microcoágulos ou coagulada; • Amostra lipêmica; • Erro na homogeneização da amostra. No esfregaço: • Presença de contaminantes no álcool metílico; • PH da água ácido; • PH da água muito alcalino.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

116


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FASE ANALÍTICA

Tabela 5 – Valores de Referência – Hemograma

Homens

Mulheres

Crianças

RN a termo

Unidade

Hemácias

4,5 a 6,5

3,9 a 5,6

4,21 a 4,85

4,0 a 5,6

milhões/mm³

Hemoglobina

13,5 a 18

11,5 a 16,4

11,2 a 14,4

13,6 a 19,6

g/dL

Hematócrito

39 a 54

36 a 47

36 a 42

44 a 62

%

VCM

76 a 96

76 a 96

76 a 98

106 a 120

fL

HCM

27 a 32

27 a 32

25 a 31

35 a 39

pg

CHCM

32 a 36

32 a 36

30 a 35

32 a 34

g/dL

RDW

11 a 15

11 a 15

11 a 15

11 a 15

%

Leucócitos

4.000 a 10.000 4.000 a 10.000

3.800 a 11.000 10.000 a 25.000 mm³

2.500 a 7.500

2.500 a 7.500

950 a 3.850

950 a 3.850

mm³

40 a 75

40 a 75

25 a 35

25 a 35

%

1.500 a 3.500

1.500 a 3.500

1.710 a 6.710

1.710 a 6.710

mm³

20 a 50

20 a 50

45 a 61

45 a 61

%

200 a 800

200 a 800

76 a 2.200

76 a 2.200

mm³

1a6

1a6

2 a 20

2 a 20

%

40 a 440

40 a 440

40 a 440

40 a 440

mm³

1a6

1a6

1a6

1a6

%

0 a 100

0 a 100

0 a 100

0 a 100

mm³

0a1

0a1

0a1

0a1

%

150.000 a 450.000

150.000 a 450.000

150.000 a 450.000

150.000 a 450.000

mm³

Neutrófilos Linfócitos Monócito Eosinófilo Basófilo Plaquetas

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

117


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

HEPATITE B - HBsAg, PESQUISA DE ANTÍGENO Descrição

O HBsAg é o antígeno de superfície que integra a principal proteína do capsídeo do vírus da hepatite B (HBV). É o primeiro marcador específico que surge após infecção pelo HBV, tornando-se detectável no período de incubação, de 2 a 8 semanas após o contágio, 2 a 6 semanas antes das alterações das enzimas hepáticas e 2 a 5 semanas antes das manifestações clínicas. Esse marcador pode permanecer positivo e ser detectado em até 120 dias após o início da infecção. Em casos agudos e autolimitados, o HBsAg geralmente desaparece em 1 a 2 meses após o início dos sintomas. Entretanto, quando o marcador HBsAg permanece detectável mesmo após 6 meses do início da infecção, isso remete-se a infecciosidade da doença, o que define a hepatite crônica pelo HBV, podendo essa fase ser ou não acompanhada das manifestações clínicas e/ou alterações laboratoriais. HBsAg sendo detectado na amostra indica viremia pelo vírus B da hepatite, porém não distingue doença aguda e crônica. Exames complementares de marcadores de infecção se tornam necessários para ter essa diferenciação caso HBsAg seja reagente, como o anti HBc IgM e anti HBc total e fração IgM. Além disso, a positividade transitória do HBsAg deve ser considerada após vacinação. OBS: HBsAg(+) + anti HBc IgM(+) + icterícia + aumento das transaminases = hepatite B aguda

HBsAg(+) + anti HBc total e fração IgM(-) = hepatite B crônica

HBsAg(-) + anti HBs(+) = cura da hepatite B

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não Reagente: Reagente:

Inferior a 10 mUI/mL Superior a 10 mUI/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar medicamentos em uso, especialmente hormônios tireoidianos e antiarrítmicos.

Interferentes (se houver) • Não se aplica

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

118


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

HEPATITE B - ANTI-HBC TOTAL, PESQUISA DE ANTICORPOS Descrição

A Hepatite B é uma patologia viral que pertence à família Hepadnaviridae, na qual apresenta no seu genoma partículas de DNA circular e parcialmente duplicadas, podendo ocasionar em hepatite aguda ou crônica. O vírus é constituído pelo “core” e pelo antígeno de superfície (HbsAg), encontrados - respectivamente - no interior do DNA e no invólucro exterior antigênico, e é caracterizada pelo seu período prolongado de incubação. O anti-HBC total é um exame que é detectável em todas as infecções por Hepatite B Viral (HBV), quando reagente indica seu contato prévio que detecta tanto anticorpo IgG quanto IgM, porém sua interpretação deve ser realizada com outros marcadores do vírus para definir o resultado. O anti-HBC IgM é um marcador de infecção recente, pode ser reagente durante a infecção aguda ou durante a intensificação da doença crônica, surge durante o início dos sintomas e pode ser detectável por cerca de seis meses em níveis baixos. Já o anti-HBC IgG é encontrado após o período de 4 a 6 meses e permanece reagente por um período prolongado de anos em cerca de 90% dos pacientes, sendo considerado um marcador de infecção passada.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não Reagente

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Não se aplica

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

119


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

HEPATITE B - ANTI-HBS, PESQUISA DE ANTICORPOS Descrição

A Hepatite B é uma patologia viral que pertence à família Hepadnaviridae, na qual apresenta no seu genoma partículas de DNA circular e parcialmente duplicadas, podendo ocasionar em hepatite aguda ou crônica. O vírus é constituído pelo “core” e pelo antígeno de superfície (HbsAg), encontrados - respectivamente - no interior do DNA e no invólucro exterior antigênico, e é caracterizada pelo seu período prolongado de incubação. O anti-HBS é um anticorpo que confere imunidade contra o Vírus da Hepatite B e por longos períodos no indivíduo, surge após o período tardio da infecção que geralmente é detectável entre a 1ª e a 10ª semana depois do desaparecimento do antígeno de superfície do vírus (HBsAg) e que indica bom prognóstico na resposta imunológica do paciente ou enquanto a resposta à vacina, no qual pode ser encontrado isoladamente nos pacientes vacinados. Geralmente, esses anticorpos são permanentes, porém pode haver seu declínio após alguns anos e em pacientes imunodeprimidos.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Não reagente: Inferior ou igual a 10 mUI/mL Reagente: Superior a 10 mUI/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Não se aplica

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

120


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

HEPATITE C - ANTICORPOS ANTI-HCV, PESQUISA Descrição

É um exame marcador de anticorpos que é solicitado quando há suspeita de infecção pelo vírus da Hepatite C. Sua presença é detectável de forma tardia cerca de 7-8 semanas após a exposição viral e não define se é uma infecção aguda ou crônica e não permite diferenciar uma infecção resolvida naturalmente de uma infecção ativa, desse modo sua interpretação deve ser realizada com outros marcadores do vírus para definir o resultado, como: os testes moleculares.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 0,9 UI/mL De 0,9 até 1,1 UI/mL Superior a 1,1 UI/mL

NOTA: Em caso de resultado reagente, à critério clínico, sugere-se a realização de exame confirmatório por Biologia Molecular (HCV-RNA).

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes

• Vacinação para influenza; • Hipergamaglobulinemia.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

121


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

HIV - 1 E HIV -2, PESQUISA Descrição

O HIV-1 e o HIV-2 são dois subtipos diferentes do vírus do HIV, também conhecido por vírus da imunodeficiência humana, que são responsáveis por causar a AIDS, que é uma doença crônica que afeta o sistema imunológico e diminui a resposta do organismo a infecções. O teste para detecção do vírus no organismo consiste em uma membrana com antígenos recombinantes de HIV1/O e HIV-2 (gp41 e gp36) imobilizados na linha teste e um anticorpo anti-IgG imobilizado na linha controle. Na execução do teste, a amostra é colocada para reagir com um conjugado composto de partículas de ouro coloidal marcadas com antígenos recombinantes de HIV-1/2/O e partículas de ouro coloidal marcadas com IgG. Com a adição da solução diluente, a mistura amostra-conjugado se move cromatograficamente na membrana por ação capilar. Na existência de anticorpos antiHIV/1/2/O na amostra, uma linha colorida se forma na região teste, onde os antígenos de HIV estão imobilizados, significando um resultado positivo. Como a mistura continua a migrar na membrana, ocorre a formação de uma segunda linha colorida na região controle, onde é aplicado o anticorpo anti-IgG, confirmando que o teste se processou adequadamente.

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Não reagente: Indeterminado: Reagente:

Inferior a 0,9 0,9 a 1,0 Superior a 1,0

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• As amostras devem estar descongeladas e homogeneizadas antes da sua utilização. Partículas em suspensão devem ser eliminadas por centrifugação; • As amostras não devem ser inativadas pelo calor, pois podem produzir resultados incorretos; • Não usar amostras com sinais de contaminação ou amostras congeladas e descongeladas repetidas vezes.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

122


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

HORMÔNIO DE CRESCIMENTO HUMANO - GH, DOSAGEM Descrição

O hormônio do crescimento, ou GH (Growth Hormone) é um polipeptídio produzido na hipófise anterior, que estimula a produção de somatomedinas pelo fígado, atuando sobre o crescimento. O HGH é responsável pelo crescimento físico do corpo humano e pelo crescimento celular. A deficiência deste hormônio pode causar o nanismo, doença caracterizada pela baixa estatura da pessoa. Enquanto em excesso, o HGH pode causar crescimento exagerado de algumas partes do corpo. Em crianças, o hormônio do crescimento é responsável pelo seu desenvolvimento físico expressivamente, podendo ser visualizado no rápido aumento da estrutura corporal. Já os adultos com tamanho ideal, que apresentam sintomas como aumento da gordura corporal, perda de massa magra, aumento do colesterol ou quaisquer das patologias da síndrome metabólica, podem estar expostos a deficiência do HGH. O teste de dosagem do HGH é usado para a avaliação do crescimento; diagnóstico de gigantismo e acromegalia.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência 0 - 55 µIU/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Manter paciente em repouso 30 minutos antes da coleta; • Deve ser realizado conforme solicitação médica ou de acordo com o estímulo solicitado; • Enviar as amostras congeladas.

Interferentes (se houver)

• Icterícia (concentrações de bilirrubina acima de 200 mg/dL); • Hemólise (concentrações de hemoglobina acima de 512 mg/dL); • Lipemia (concentrações de triglicerídeos acima de 3000 mg/dL); • Estresse; • Pacientes que fazem reposição de hGH podem desenvolver anticorpos contra hGH, interferindo nos resultados, causando valores falsamente baixos.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

123


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FASE ANALÍTICA

HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE - FSH, DOSAGEM Descrição

O hormônio folículo estimulante (FSH ou folitropina), é uma glicoproteína produzida pela glândula pituitária anterior. Sua produção é regulada pelo GnRH (hormônio hipotalâmico liberador de gonadotropina). Nas mulheres, o FSH estimula o crescimento folicular, prepara os folículos ovarianos para a ação do LH e aumenta a liberação LH-induzida de estrogênio. Nos homens, o FSH estimula o desenvolvimento testicular e dos túbulos seminíferos, além de estar envolvido nos estágios iniciais da espermatogênese. Em mulheres após a menopausa, a secreção diminuída de estradiol resulta em aumento nos níveis de FSH e LH. A insuficiência primária testicular também resulta em aumento dos níveis de FSH e LH. A secreção de FSH e LH ocorre de forma intermitente, em resposta ao GnRH. Em mulheres, sua concentração varia no curso do ciclo menstrual, atingindo picos no período ovulatório. Assim, a interpretação de uma única determinação pode ser dificultada. Valores aumentados: menopausa, hipogonadismo primário, tumores secretores de gonadotropinas pituitárias, aplasia de células germinais, alcoolismo, castração, síndrome de Turner, síndrome de Klinefelter, puberdade precoce. Valores diminuídos: hipogonadismo secundário ou terciário, anorexia nervosa, hemocromatose, doença pituitária ou hipotalâmica, hiperprolactinemia, hiperplasia adrenal congênita, uso de estrogênios e androgênios.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Homens: 13 a 70 anos: 1 - 14 mUI/mL

Mulheres: Fase folicular: Pico a meio do ciclo: Fase lútea: Gravidez: Pós menopausa:

Orientações de preparo

3 - 12 mUI/mL 8 - 22 mUI/mL 2 - 12 mUI/mL > 0,3 mUI/mL 35 - 151 mUI/mL

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • A amostra deve ser colhida preferencialmente até o quinto dia após o início do ciclo menstrual ou conforme solicitação médica; • Anotar a idade, data da última menstruação e medicamentos em uso.

Interferentes (se houver)

• Cimetidine, Clomifene, Estrógenos; • Hemólise e/ou lipemia acentuada.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

124


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FASE ANALÍTICA

HORMÔNIO LUTEINIZANTE - LH, DOSAGEM Descrição

O LH regula a secreção da progesterona na mulher e o amadurecimento dos folículos de Graaf, a ovulação, e o desenvolvimento do corpo lúteo. No homem, estimula as células de Leydig a produzir a testosterona, agindo de forma sinérgica com o FSH e é responsável pela maturação dos espermatozoides nos tubos seminíferos. A dosagem do hormônio, em conjunto com outros testes (FSH, Testosterona, Estradiol e Progesterona) é indicada na investigação da infertilidade feminina e masculina, amenorreia, oligomenorreia e outras irregularidades do ciclo menstrual, início da puberdade, puberdade precoce, monitorização do tratamento para estímulo da ovulação, avaliar a função hipofisária, insuficiência gonodal, problemas de maturação sexual e tumores da hipófise. Em ambos os sexos, o LH está elevado no hipogonadismo hipergonadotrófico. Uma vez determinados os níveis basais em urina, podem ser utilizados outros testes de urina para detectar o pico de LH, que indica que a ovulação irá ocorrer dentro de um a dois dias.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Homens: 20 - 70 anos: 0,7 - 7,4 mUI/mL Mulheres: Fase folicular: 0,5 - 10,5 mUI/mL Pico a meio do ciclo: 18,4 - 61,2 mUI/mL Fase Lútea: 0,5 - 10,5 mUI/mL Gravidez: 0,1 - 1,5 mUI/mL Pós menopausa: 8,2 - 40,8 mUI/mL Uso de contraceptivos: 0,7 - 5,6 mUI/mL Crianças: Até 6,0 mUI/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Para mulheres: a coleta do sangue deve preferencialmente ser realizada entre o 2º e o 5º dia do ciclo menstrual, ou conforme orientação médica.

125


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

Interferentes (se houver)

FASE ANALÍTICA

• Anticonvulsivantes, clomifeno e naloxona; • Diminuição do LH: digoxina, contraceptivos orais e tratamentos hormonais; • Um exame recente de imagem com contrastes isotópicos (Medicina Nuclear) pode interferir com os resultados de um teste de LH; • Lipemia e hemólise.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

126


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

IMUNOGLOBULINA A - IgA, DOSAGEM Descrição

As IgA representam 15 a 20 % do total das imunoglobulinas plasmáticas humanas. Elas têm um ritmo de síntese diária bem superior ao das IgG, porém uma meia-vida (t½) biológica mais curta (6 dias). A IgA humoral é produzida na medula óssea, não cruza a barreira placentária, mas se faz presente no plasma a partir de alguns dias de nascido, podendo ser detectada em sangue do cordão umbilical. Ao redor dos 2 anos de idade, os níveis séricos atingem “valores adultos”. Ambas as classes de IgA plasmáticas (IgA1 e IgA2) existem principalmente na forma monomérica, apresentando a estrutura típica das imunoglobulinas com 4 cadeias polipeptídicas constituídas pela associação covalente de duas cadeias pesadas (alfa) a duas cadeias leves (kappa e lambda).

Condição

• Amostra: soro, plasma ou sangue total; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador ou com EDTA (sangue total).

Método

Turbidimetria

Valor(es) de referência Tabela 6 – Valores de Referência – Imunoglobulina A – IgA

Idade

Valores de referência

0 a 11 meses

0 a 83 mg/dL

1 a 3 anos

0 a 100 mg/dL

4 a 6 anos

27 a 195 mg/dL

7 a 9 anos

34 a 305 mg/dL

10 a 11 anos

53 a 204 mg/dL

12 a 13 anos

58 a 359 mg/dL

14 a 15 anos

47 a 249 mg/dL

16 a 19 anos

61 a 348 mg/dL

Adultos

40 a 350 mg/dL

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Lipemia e Hemólise

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

127


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

IMUNOGLOBULINA G - IgG, DOSAGEM Descrição

As IgG são moléculas monômeras constituídas de 4 cadeias com um coeficiente de sedimentação de 7s e um peso molecular de aproximadamente 146 kDa. Existem 4 subclasses de IgG que diferem ligeiramente entre si por suas sequências de aminoácidos sendo que a maioria das diferenças está sediada na região da sua dobradiça. São as imunoglobulinas mais abundantes do plasma, contribuindo com 70 a 75 % do total, sua meia-vida (t½) biológica é de 20 a 21 dias e fixam o complemento pela via clássica. A IgG é capaz de cruzar a barreira placentária conferindo imunidade ao RN. O exame sorológico de IgG serve para detectar o estágio de diversas doenças, como a toxoplasmose, rubéola e a infecção pelo citomegalovírus, por exemplo. Quando ocorre uma nova infecção, os primeiros anticorpos produzidos são as IgM que vão diminuindo à medida que a infecção é controlada, dando lugar às IgG, que permanecem para o resto da vida.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Turbidimetria

Valor(es) de referência Tabela 7 – Valores de Referência – Imunoglobulina G – IgG

Idade

Valores de referência

0 a 11 meses

232 a 1411 mg/dL

1 a 3 anos

453 a 916 mg/dL

4 a 6 anos

504 a 1465 mg/dL

7 a 9 anos

572 a 1474 mg/dL

10 a 11 anos

698 a 1560 mg/dL

12 a 13 anos

759 a 1550 mg/dL

14 a 15 anos

716 a 1711 mg/dL

16 a 19 anos

549 a 1584 mg/dL

Adultos

650 a 1600 mg/dL

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Não se aplica

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

128


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FASE ANALÍTICA

IMUNOGLOBULINA M - IgM, DOSAGEM Descrição

A imunoglobulina M é a terceira mais abundante no plasma. Existe como pentâmero da estrutura básica de quatro cadeias, com massa molecular de aproximadamente 970 kDa. Na região da dobradiça, as subunidades do pentâmero estão unidas por pontes dissulfeto e por uma cadeia J. Apresenta uma meia-vida (t½) plasmática de 10 dias e um coeficiente de sedimentação de 19s. Muito eficiente na aglutinação e na fixação de complemento. É o primeiro anticorpo detectado no plasma após uma estimulação antigênica. Principal imunoglobulina sintetizada pelo RN. O exame sorológico de IgG e IgM serve para detectar o estágio de diversas doenças, como a toxoplasmose, rubéola e a infecção pelo citomegalovírus, por exemplo. Quando ocorre uma nova infecção, os primeiros anticorpos produzidos são as IgM que vão diminuindo à medida que a infecção é controlada, dando lugar às IgG, que permanecem para o resto da vida.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Turbidimetria

Valor(es) de referência Tabela 8 – Valores de Referência – Imunoglobulina M – IgM

Idade

Valores de referência

0 a 11 meses

0 a 145 mg/dL

1 a 3 anos

20 a 146 mg/dL

4 a 6 anos

24 a 210 mg/dL

7 a 9 anos

32 a 208 mg/dL

10 a 11 anos

31 a 180 mg/dL

12 a 13 anos

35 a 239 mg/dL

14 a 15 anos

Inferior a 188 mg/dL

16 a 19 anos

23 a 259 mg/dL

Adultos

50 a 300 mg/dL

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Lipemia e Hemólise

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC 129


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

IMUNOGLOBULINAS E - IgE, DOSAGEM Descrição

A IgE é produzida pelos gânglios linfáticos e pelas mucosas respiratória e gastrintestinal em resposta a um alérgeno específico e encontra-se fixada às membranas superficiais dos mastócitos e basófilos. Em indivíduos normais a concentração plasmática da IgE é muito baixa. Seu coeficiente de sedimentação é de 8s e a massa molecular é de aproximadamente 188 kDa. A dosagem de IgE total pode ser indicada para verificar a ocorrência de reações alérgicas.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Tabela 9 – Valores de Referência – Imunoglobulina E – IgE

Idade

Valores de referência

Neonatal

0 a 1,5 IU/mL

Inferior a 1 ano

0 a 15 IU/mL

1 a 5 anos

0 a 60 IU/mL

6 a 9 anos

0 a 90 IU/mL

10 a 15 anos

0 a 200 IU/mL

Adultos

0 a 100 IU/mL

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver) • Não se aplica

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

130


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

INSULINA, DOSAGEM Descrição

A insulina é um peptídeo sintetizado e secretado pelas células beta das ilhotas de Langerhans, do pâncreas, promovendo a captação e o consumo da glicose circulante na corrente sanguínea e participa da síntese de proteínas. O diabetes tipo 1 é causado pela deficiência de insulina consequente à destruição das células beta-pancreáticas. O diabetes tipo 2 é caracterizado por resistência à ação da insulina (resistência insulínica). Diversas formas de resistência à insulina, por diferentes mecanismos, vêm sendo descritas. A causa mais conhecida é a que acompanha a obesidade, que apresenta níveis de insulina elevados, com resposta exagerada após a sobrecarga glicídica. Nesses casos, ocorre elevação da insulinemia, frente a níveis normais ou elevados da glicemia. O exame irá medir a quantidade de insulina presente no sangue.

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Em jejum:

3,0 - 25,0 U/mL

Orientações de preparo

• Jejum obrigatório de 8 horas ou mais

Interferentes (se houver)

• Alimentação dentro do período estipulado de jejum

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

131


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

LEVEDURAS, PESQUISA Descrição

As leveduras são fungos geralmente unicelulares, de tamanhos e formas variados. As leveduras podem ser encontradas em pequenas quantidades na pele, boca, intestino e junções mucocutâneas. Um excesso de leveduras pode afetar qualquer órgão e sistema, causando uma variedade de manifestações clínicas. O exame micológico pode apresentar discrepâncias entre a cultura e a microscopia. As leveduras não se distribuem uniformemente nas fezes, o que pode levar a níveis baixos ou ausência na microscopia, apesar de abundância em culturas. Por outro lado, a microscopia pode apresentar muitas leveduras quando a cultura é negativa. As leveduras nem sempre sobrevivem o trânsito intestinal com viabilidade.

Condição

• Amostra: secreção vaginal; • Tubo/Frasco: amostra no tubo com solução salina.

Método

A fresco

Valor(es) de referência

Ausência de células leveduriformes

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC ou CEMEC e realização da análise no LAC

132


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

MACROPROLACTINA, DOSAGEM Descrição

A prolactina é um hormônio secretado pela adeno-hipófise, responsável principalmente pelo estímulo da produção de leite pelas glândulas mamárias e excretada também pela placenta. A hiperprolactinemia (elevação da prolactina) pode causar alteração menstrual (oligomenorreia, amenorreia), infertilidade, redução da libido, impotência sexual, ginecomastia e galactorreia. A Macroprolactina é uma isoforma da prolactina, tendo maior peso molecular, devido à ligação da prolactina a imunoglobulina/anticorpo anti prolactina. Dessa maneira, por definição, a macroprolactinemia é uma elevação sérica da macroprolactina. A macroprolactina possui baixa atividade biológica. O teste é indicado para ajudar a investigar o fluxo inexplicável de leite materno (galactorreia), corrimento mamilar anormal, ausência de períodos menstruais e/ou infertilidade em mulheres; Nos homens, é indicado para ajudar a diagnosticar a causa da diminuição da libido e/ou disfunção erétil; para detectar e monitorar um tumor hipofisário que produz prolactina (prolactinoma).

Condição

• Amostra: soro ou plasma; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Homens:

2,1 - 17,7 ng/mL

Mulheres: Não Grávidas: 2,8 - 29,2 ng/mL Gravidez: 9,7 - 208,5 ng/mL Pós Menopausa: 1,8 - 20,3 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Medicamentos (bloqueadores do receptor de dopamina, antidepressivos, drogas para tratamento de hiperprolactinemia e neurolépticos) • Hipotireoidismo; • Tumores pituitários (prolactinomas); • Doença hipotalâmica; • Estimulação do tórax ou da mama;

133


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

• Insuficiência renal; • Estresse; • Síndrome dos ovários policísticos.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

134

FASE ANALÍTICA


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

MAGNÉSIO, DOSAGEM Descrição

Exame laboratorial para analisar as concentrações de Magnésio no sangue em geral como parte da avaliação da severidade de problemas renais, diabetes não controlada e podem ajudar no diagnóstico de distúrbios gastrointestinais ou como parte de uma avaliação de má-absorção ou desnutrição. A determinação do magnésio tem grande importância clínica onde os distúrbios metabólicos deste íon (hipomagnesemia) são os responsáveis por sinais e sintomas clínicos, frequentemente atribuídos ao cálcio (hipocalcemia). Valores diminuídos do magnésio sérico ocorrem em várias Condição clínicas: estado de má nutrição como Kwashiorkor, alcoolismo (principalmente no “delirium tremens”), estado de mal absorção (esteatorréia), pancreatite aguda, hipoparatireoidismo, hipertireoidismo e hiperaldosteronismo. Na acidose diabética, o magnésio sérico modifica-se paralelamente ao potássio, antes e após insulinoterapia e hidratação. A elevação do magnésio é encontrada na uremia e no nanismo hipofisário tratado com hormônio do crescimento.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência 1,9 a 2,6 mg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Os anticoagulantes EDTA, oxalato, fluoreto e citrato interferem no exame, fornecendo resultados falsamente diminuídos

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

135


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

MICROALBUMINÚRIA, DOSAGEM (URINA 24 HORAS E AMOSTRA ISOLADA) Descrição

A microalbuminúria mede pequenas quantidades de albumina na urina, e indica risco de doença renal. É de suma importância a realização deste exame para triagem de possíveis doenças renais ou por lesão renal inicial em pacientes diabéticos. A albumina é produzida no fígado sendo uma proteína presente em grande quantidade no sangue, é pouco eliminada na urina quando a função renal está normal. Entretanto, quando há lesão ou doença renal, a albumina é eliminada através da urina. A creatinina, um produto final do metabolismo muscular, é excretada de modo uniforme na urina. Sua quantidade na urina é quantitativamente estável. Como a concentração (ou diluição) da urina varia durante o dia, essa característica da creatinina permite que sua medida seja usada como fator de correção em amostras aleatórias de urina. Quando a creatinina é medida junto da microalbuminúria em uma amostra aleatória de urina, pode ser calculada a relação microalbuminúria/ creatinina, que a American Diabetes Association considera ser o exame de escolha para triagem de microalbuminúria.

Condição

• Amostra: urina de 24 horas e urina amostra isolada coletada a qualquer hora do dia (UJM); • Tubo/Frasco: frasco coletor de urina 24 horas e urina jato médio (para amostra isolada).

Método

Colorimetria

Valor(es) de referência

Urina 24 horas: Normal: inferior a 26 mg/24h Microalbuminúria subclínica: 30 a 300 mg/24h Albuminúria clínica: superior que 300 mg/24h Urina amostra isolada:

Inferior a 30 mg

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento;

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio (para urina 24 horas) ou LAC (para amostra isolada), caso necessário, e realização da análise no LAC

136


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

PARASITOLÓGICO DAS FEZES Descrição

Exame macroscópico: As amostras fecais devem ser examinadas para a pesquisa de proglotes e de vermes adultos, bem como para determinar a consistência, a presença de sangue, de muco e restos alimentares. Os trofozoítos são usualmente diagnosticados nas fezes diarreicas ou líquidas, nas mucosanguinolentas e nas pastosas, enquanto os cistos são encontrados mais comumente nas fezes formadas ou semiformadas e também nas pastosas. Os oocistos são encontrados em fezes de qualquer consistência. Os ovos e as larvas de helmintos geralmente podem ser diagnosticados em todos os tipos de amostras fecais, entretanto, nas fezes líquidas se encontram em pequeno número. Exame microscópico: O exame microscópico permite visualizar os estágios de diagnósticos dos protozoários (cistos, trofozoítos, oocistos e esporos) e dos helmintos (ovos, larvas e vermes pequenos).

Condição

• Amostra: fezes frescas com e/ou sem conservantes (dependerá do método e do que se pretende pesquisar); • Tubo/Frasco: frasco coletor de fezes com e/ou sem conservantes.

Método

Análise microscópica: Método Direto e Hoffmann

Valor(es) de referência Ausente/Negativo

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

137


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

PESQUISA NAS FEZES – HEMÁCIAS E LEUCÓCITOS Descrição

A Pesquisa de hemácias nas fezes é um exame que busca verificar a presença de eritrócitos no material fecal, quando presentes podem-se sugerir lesões intestinais. Leucócitos normalmente não são encontrados nas fezes, logo dependendo da quantidade encontrada isso pode significar algum processo infeccioso ou inflamatório no trato intestinal. A presença de grande contingente de leucócitos, associada ou não à presença de eritrócitos, insinua retocolite ulcerativa ou infecção bacteriana. Cerca de 10% a 15% dos quadros causados por patógenos intestinais, não há leucócitos nas fezes. Leucócitos fecais em número aumentado costumam ser indicativos da presença de E. coli invasora, Salmonella, Shigella, e Yersinia, assim como de amebíase, colite ulcerativa, colite associada a antibiótico, colite pseudomembranosa e doenças inflamatórias intestinais idiopáticas. É importante frisar que em algumas infecções bacterianas, virais e giardíase, podemos não detectar presença de leucócitos nas fezes.

Condição

• Amostra: fezes recentes, sem conservantes; • Tubo/Frasco: frasco coletor de fezes.

Método

Exame Microscópico Direto

Valor(es) de referência

Ausência de Hemácias e Leucócitos

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

138


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

PESQUISA NAS FEZES - SANGUE OCULTO Descrição

O câncer colorretal é o quinto câncer mais frequente diagnosticado no Brasil e é a quarta causa mais importante de mortes por câncer no país. A pesquisa de sangue oculto (PSO) nas fezes serve como alternativa para o rastreamento do câncer colorretal em pacientes com ou sem fatores de risco. Este teste se sustenta no princípio de que os carcinomas do cólon sangram e que esta hemorragia oculta pode ser identificada pela PSO, que é um exame facilmente disponível nos laboratórios do país. A pesquisa de sangue oculto consiste na identificação de hemoglobina nas fezes.

Condição

• Amostra: todo o material de uma evacuação recente; • Tubo/Frasco: frasco coletor de fezes.

Método

Meyer

Valor(es) de referência Negativo

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

139


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

POTÁSSIO, DOSAGEM Descrição

O potássio é um metal alcalino e o cátion mais abundante no organismo, sendo a sua maioria intracelular. Dispõe-se de uma concentração determinada pela relação entre ingestão, distribuição entre células e fluido extracelular e a excreção urinária. O mineral é necessário para o funcionamento normal das células, nervos e músculos. Sendo assim, o exame de potássio é realizado para dosar o nível da substância no sangue, evitando assim, alterações que possam prejudicar o desempenho dos músculos, do sistema nervoso e dos batimentos cardíacos.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Íon seletivo

Valor(es) de referência 3,5 a 5,1 mmol/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Recomendado evitar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem a coleta.

Interferentes (se houver) • Hemólise; • Temperatura.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

140


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

PREVENTIVO DO CÂNCER DO COLO UTERINO - PCCU Descrição

O exame preventivo do câncer do colo uterino visa à detecção de lesões de natureza prémaligna e maligna do colo do útero, através de análise do esfregaço vaginal. É possível, também, diagnosticar agentes infecciosos, como fungos, parasitas e vírus, anormalidades epiteliais benignas dos epitélios escamoso e glandular, alterações inflamatórias agudas e crônicas e alterações de radioterapia. O PCCU é a principal estratégia para detectar lesões e diagnosticar a doença de maneira precoce, antes mesmo de apresentar sintomas. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente, após dois exames seguidos (com um intervalo de um ano) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três anos. Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve realizar o exame preventivo periodicamente, sobretudo a partir dos 25 até 59 anos de idade. A partir dessa idade (59 anos), o exame pode ser interrompido mediante negatividade de pelo menos dois exames sucessivos nos últimos cinco anos, desde que se trate de mulheres sem história prévia de doença pré invasiva. É importante ressaltar que grávidas também podem realizar o exame, sem prejuízo para sua saúde ou para a do bebê.

Condição

• Amostra: esfregaços em lâminas de vidro de secreção cérvico-vaginal humana; • Lâmina: identificada a lápis com as iniciais da paciente e número do frasco; • Tubo/frasco: frasco específico com ranhuras, previamente preenchido com álcool etílico (70% a 90%) e rotulado com etiqueta contendo o seu número identificação; • Imersão imediata, após a coleta, da lâmina contendo o esfregaço no frasco com álcool.

Método

Coloração pelo método de PCCU e exame microscópio

Valor(es) de referência

Não se aplica, por se tratar de um resultado descritivo

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC ou CEMEC e realização da análise no LAC

141


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

PROGESTERONA, DOSAGEM Descrição

A progesterona é produzida pelo corpo lúteo, sendo o marcador de sua existência (por consequência da ocorrência de ovulação) e de sua funcionalidade. Ela promove o desenvolvimento da fase secretora do endométrio. Sua principal fonte na gestação, 40 a 50 dias após a implantação, é a placenta. Os níveis de progesterona aumentam durante a fase lútea do ciclo endometrial, indicando a ovulação, e elevam-se rapidamente nas primeiras semanas de gestação, com maior aumento do final do primeiro trimestre ao termo. Os níveis são mais elevados na gravidez gemelar em comparação à gravidez de feto único. Valores mais baixos são encontrados na gestação ectópica ou aborto. Está diminuída na amenorréia e agenesia gonadal. Sua dosagem mostra-se útil no acompanhamento das desordens do primeiro trimestre da gravidez, principalmente em combinação com os níveis séricos de HCG seriado e a ultrassonografia. Também pode ser utilizada na investigação da infertilidade e acompanhamento da reprodução assistida.

Condições

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Crianças Pré-Púberes (1 - 10 anos): 0.07 - 0.52 ng/mL ou 0.2 - 1.7 nmol/L Homens:

0.13 - 1.22 ng/mL ou 0.4 - 3.88 nmol/L

Mulheres:

Fase folicular: 0.15 - 1.40 ng/mL ou 0,5 - 4.4 nmol/L Fase lútea: 2.0 - 25.0 ng/mL ou 6.4 - 79.5 nmol/L Pós menopausa: 0.0 - 0.80 ng/mL ou 0.0 - 2.55 nmol/L

Gestantes:

1.º trimestre: 2.º trimestre: 3.º trimestre:

7.25 - 90.0 ng/mL ou 23 - 286 nmol/L 19.5 - 91.0 ng/mL ou 62 - 289 nmol/L 49.0 - 422.0 ng/mL ou 153 - 1342 nmol/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar a data da última menstruação; • O uso de biotina e suplementos alimentares que contenham biotina devem ser suspensos 3 dias antes da coleta.

Interferentes (se houver) • Uso de Biotina

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

142


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FASE ANALÍTICA

PROLACTINA, DOSAGEM Descrição

A prolactina é um hormônio protéico secretado pela hipófise anterior e pela placenta. no decorrer da gestação, em conjunto com outros hormônios, estimula o desenvolvimento das mamas e a produção de leite, nesse tempo, a prolactina aumenta sob estímulo do estradiol alcançando valores cerca de 10 vezes o valor encontrado em não grávidas. A secreção de prolactina é estimulada por estrógenos, sono, estresse e TRH. Sendo assim, o exame de prolactina é realizado para verificar os níveis do hormônio no sangue, na qual é importante no período gestacional para saber se as glândulas mamárias estão sendo estimuladas para produzir quantidades adequadas de leite materno. Além disso, mulheres não grávidas realizam o exame para avaliar se há alguma alteração na produção desse hormônio, que possa interferir na concentração dos hormônios femininos relacionados com o ciclo menstrual ou na investigação da síndrome do ovário policístico. Nos homens o exame é elaborado para investigar a causa da disfunção erétil e infertilidade.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Homens: 1.8 a 17.0 ng/mL Mulheres: 1.2 a 19.5 ng/mL Pós- menopausa: 1,5 a 18,5 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Lipemia e hemólise intensa.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

143


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

PROTEÍNA C REATIVA - PCR, DOSAGEM Descrição

A reação em cadeia da polimerase (PCR) é uma técnica de biologia molecular revolucionária, pois permitiu o rápido desenvolvimento do estudo de sequências de ácidos nucléicos, proporcionando grandes avanços em diversas áreas do conhecimento. A proteína C reativa é, possivelmente, o teste mais sensível para avaliar a reação inflamatória ou necrose tissular. A PCR tem meia vida de 5 a 7 hs e por essa razão seus valores caem aos níveis de referência muito mais rapidamente que outras proteínas de fase aguda. Sua concentração pode aumentar precocemente de 10 a 100 vezes nas primeiras 12 horas, em processos infecciosos, inflamatórios, infarto do miocárdio e neoplasias. Possui capacidade de detectar agentes infecciosos com alta sensibilidade e especificidade, sem necessidade de encontrar microrganismos viáveis na amostra biológica.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor (es) de referência Inferior a 6 mg/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas. Não se aplica para urgência e emergência

Interferentes (se houver) • Hemólise; • Lipemia.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

144


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FASE ANALÍTICA

PROTEÍNAS TOTAIS, DOSAGEM Descrição

As proteínas plasmáticas exercem papel importante no transporte, manutenção da pressão oncótica, tamponamento de alterações do pH, imunidade humoral, atividade enzimática, coagulação e resposta de fase aguda. Mais de 300 proteínas distintas já foram identificadas somente no plasma sanguíneo, porém apesar do grande número, apenas algumas são avaliadas de maneira rotineira, sendo as mais medidas aquelas que estão no sangue, urina, líquido cefalorraquidiano (LCR), líquido amniótico, peritoneal ou pleural, saliva e fezes. A concentração de proteínas totais, sendo albumina e globulina suas principais frações, pode sofrer alteração em virtude da mudança de volume plasmático ou alteração na concentração de uma ou mais proteínas, como a albumina é a proteína mais abundante do plasma, a hipoalbuminemia isolada pode levar a hipoproteinemia. Muitas dessas proteínas apresentam papéis bioquímicos específicos, podendo suas concentrações serem afetadas por processos patológicos, com isso podem ser úteis na investigação de várias doenças, assim como na avaliação do estado nutricional. A hiperproteinemia pode ocorrer na: desidratação, doença hepática, neoplasias, hanseníase, leishmaniose, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), uso de corticóides, furosemida e contraceptivos orais. A hipoproteinemia pode ocorrer na: gravidez, cirrose, imobilização prolongada, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, desnutrição, hipertireoidismo, queimaduras, doenças crônicas, uso de laxativos, entre outras causas.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência

Adultos: 6,6 a 8,3 g/dL Crianças de 1 a 18 anos: 5,7 a 8,0 g/dL Recém-nascidos de 1 a 30 dias: 4,1 a 6,3 g/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas, porém é recomendado não ingerir dieta rica em gordura nas 8 horas que antecedem o exame; • Não realizar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; • Não utilizar tubo com anticoagulante do tipo EDTA, citrato e heparina.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise e lipemia; • Resultados falsamente elevados: clofibrato, contrastes radiológicos, corticoesteroides, heparina, insulina, somatropina, tireotropina, entre outros.

145


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

• Resultados falsamente reduzidos: anticoncepcionais orais, íon-amônio, líquidos intravenosos excessivos contendo glicose, salicilatos, entre outros.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

146


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FASE ANALÍTICA

PROTEINÚRIA, DOSAGEM (URINA 24 HORAS) Descrição

A dosagem da proteinúria é realizada na avaliação do estado nutricional e na investigação de edemas. Pode-se encontrar aumentos na desidratação, doença hepática, neoplasias, mielograma, hanseníase, leishmaniose, doença granulomatosas, colagenoses, uso de corticóides, furosemida e contraceptivos orais. Em contrapartida, é possível se deparar com valores baixos ocasionados pela gravidez, cirrose, imobilização prolongada, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, neoplasias, enteropatias perdedoras de proteínas, desnutrição, hipertireoidismo, queimaduras, doenças crônicas, e no uso de carvedilol e laxativos. Nas paraproteinemias, valores aumentados podem ser vistos, tanto em função de lesão renal secundária, quanto por perda urinária de cadeias leves de imunoglobulinas (proteinúria de Bence Jones). Níveis de albuminúria não detectáveis pelos métodos usuais, todavia já anormais, são intitulados como microalbuminúria e podem predizer o desenvolvimento de nefropatia no Diabetes Mellitus.

Condição

• Amostra: urina 24 horas; • Tubo/frasco: frasco coletor de urina 24 horas.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência 28 a 141 mg/24 horas

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Febre nos últimos três dias.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio e realização da análise no LAC

147


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

SÓDIO, DOSAGEM Descrição

O sódio é o principal cátion extracelular, na qual os sais de sódio são os principais determinantes da osmolalidade celular. Determinados fatores regulam a homeostasia do sódio, tais como aldosterona e hormônio antidiurético. O teste é útil na avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos. Nesse contexto, a hipernatremia ocorre na desidratação hipertônica, no diabetes insipidus, em comas hiperosmolares, entre outros. Em contrapartida, a hiponatremia pode ocorrer na síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca, desidratação hipotônica, secreção inapropriada de hormônio antidiurético e em nefropatias com perda de sódio.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Íon seletivo

Valor(es) de referência 136 a 145 mmol/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Evitar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o teste.

Interferentes (se houver) • Hemólise excessiva; • Lipemia.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

148


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FASE ANALÍTICA

TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA - TTPA, DETERMINAÇÃO Descrição

O tempo de Tromboplastina Parcial Ativada é um exame que avalia a coagulação do sangue, o teste pode estar alterado por doenças genéticas ou adquiridas que interferem na coagulação ou secundária a medicamentos. Reflete a atividade dos fatores XII, pré-calicreína, HMWK (cininogênio de alto peso molecular), XI,IX e VIII, além da via comum ( X, V, II e fibrinogênio).O teste é utilizado no monitoramento de pacientes em uso de heparina, na detecção de inibidores específicos e inespecíficos da coagulação (ex: anticoagulante lúpico), no rastreamento inicial da deficiência de um ou mais fatores.

Condição

• Amostra: plasma; • Tubo/Frasco: tubo com citrato de sódio.

Método

Automatizado

Valor (es) de referência 26 a 38 segundos

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar o uso atual ou recente de anticoagulantes, história de sangramentos anteriores e testes de coagulação inalterados; • Para reduzir a contaminação com tromboplastina tecidual, o tubo de citrato coletado deve ser o primeiro na sequência de coleta; • A coleta não pode ser traumática e o garroteamento não deve ultrapassar 1 minuto; • Homogeneizar cuidadosamente o material colhido por inversão, cerca de 5 vezes.

Interferentes (se houver)

• Uso de outro tubo para coleta sem ser o recomendado; • Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Medicamentos (Antibióticos, anticoagulante oral, heparina, epinefrina, contraceptivos orais, estreptoquinase).

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

TEMPO E ATIVIDADE DE PROTROMBINA - TP/TAP, DETERMINAÇÃO Descrição

O tempo de atividade de protrombina (TAP) consiste no tempo necessário para a formação do coágulo de fibrina após a adição de tromboplastina e cálcio ao plasma. O teste avalia as vias extrínsecas e comum da coagulação, pois é sensível a reduções dos fatores VII, X,V, II (protrombina) e I (fibrinogênio), sendo usado na avaliação de alterações congênitas e adquiridas dos fatores dessa via da coagulação, na monitorização da anticoagulação oral e como teste de triagem pré-operatório. O teste é baseado na formação do coágulo, na qual se mede a conversão do fibrinogênio em fibrina. O TAP é muito sensível à heparina e tem sido utilizado para detectar ou excluir a presença de heparina na avaliação de tempos de coagulação prolongados. O TAP prolongado está relacionado a deficiências de fatores VII, X,V, II (protrombina) e I (fibrinogênio), durante o uso de anticoagulantes orais, na presença de inibidores específicos (anticoagulante lúpico), doenças hepáticas, desordens do metabolismo da vitamina K (deficiência de síntese ou de absorção), na presença de produtos de degradação da fibrina (PDF), coagulação intravascular disseminada (CIVD), disfibrinogenemia, afibrinogenemia e hipofibrinogenemia (menor que 100 mg/dL).

Condição

• Amostra: plasma; • Tubo/Frasco: tubo com citrato de sódio.

Método

Coagulométrico automatizado

Valor(es) de referência

Tempo de Protrombina (TP): 11 a 15 segundos Atividade de Protrombina (TAP): 70 - 150% Razão Normalizada Internacional (INR): 0,9 - 1,1

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar o uso atual ou recente de anticoagulantes, história de sangramentos anteriores e testes de coagulação inalterados; • Para reduzir a contaminação com tromboplastina tecidual, o tubo de citrato coletado deve ser o primeiro na sequência de coleta; • A coleta não pode ser traumática e o garroteamento não deve ultrapassar 1 minuto; • Homogeneizar cuidadosamente o material colhido por inversão, cerca de 5 vezes

Interferentes (se houver)

• Uso de outro tubo para coleta sem ser o recomendado; • Uso de medicamentos anticoagulantes; • Hemólise com índice maior ou igual a 70 mg/dL.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

150


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FASE ANALÍTICA

TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE - TOTG Descrição

O teste é largamente empregado na investigação dos estados hiperglicêmicos e hipoglicêmicos. O exame mede a glicemia em dois momentos: após pelo menos 8 horas de jejum para que a primeira coleta seja feita e após 120 minutos da ingestão de dextrosol (líquido com quantidade conhecida de glicose) diluído em água, sendo feita assim a segunda coleta. Este teste também é útil para detectar diabetes ou pré-diabetes. No caso de resultado acima do valor de referência, recomenda-se repetir o teste de glicose em jejum ou o teste oral de tolerância à glicose em outro dia.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Glicose Oxidase – Peroxidase - Enzimático colorimétrico

Valor(es) de referência Glicose em jejum: Glicose 120 minutos:

70 a 99 mg/dL até 140 mg/dL

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise e lipemia acentuadas; • Ingestão de quantidade inadequada de glicose; • Vômito durante o teste.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

151


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

TESTE ORAL DE TOLERÂNCIA À GLICOSE PARA GESTANTES Descrição

A Diabetes Gestacional é caracterizada pelo aparecimento de níveis aumentados da glicose no sangue, durante a gestação. Esta condição pode causar complicações para a saúde da mãe e do bebê. Na gestação, a diminuição da produção ou da ação da insulina aumenta o açúcar na corrente sanguínea da mãe e o bebê passa a recebê-lo por meio da placenta. O teste oral de tolerância à glicose para gestantes verifica os níveis de glicose no sangue no período basal em três momentos: em jejum de no mínimo 8 horas para a primeira coleta, em seguida, a paciente recebe uma dose de dextrosol (líquido com quantidade conhecida de glicose) diluído em água e são coletadas novas amostras nos tempos 60 e 120 minutos após a dose. Durante o teste é proibido fumar, ingestão de café ou qualquer alimentação. Gestantes com ou sem riscos para Diabetes Mellitus Gestacional devem realizar o exame no último trimestre da gravidez ou conforme orientação médica.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Glicose em jejum: Glicose 60 minutos: Glicose 120 minutos:

< 92 mg/dL Até 180 mg/dL Até 155 mg/dL

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise e lipemia acentuadas; • Ingestão de quantidade inadequada de glicose; • Vômito durante o teste.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

152


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

TESTOSTERONA LIVRE, DOSAGEM Descrição

Testosterona é o andrógeno mais abundante, responsável pelo desenvolvimento da genitália externa masculina e pelos caracteres sexuais secundários. Em mulheres, atua principalmente como um precursor estrogênico. Em homens, é secretado pelas células testiculares de Leydig e, em menor quantidade, pelo córtex adrenal. Testosterona é tanto um hormônio quanto um pró-hormônio que pode ser convertido em outro potente andrógeno e um hormônio estrogênico. A secreção da testosterona é primariamente dependente da estimulação das células de Leydig pelo LH que, por sua vez, depende da estimulação da hipófise pelo hormônio hipotalâmico liberador de gonadotropina. Em torno de 60% da testosterona circula no plasma ligada à globulina ligadora dos hormônios esteróides sexuais (SHBG), 30% ligada a albumina e aproximadamente 1 a 4% está na forma livre. A testosterona não é ligada fortemente à albumina, da qual se dissocia livremente no leito capilar, podendo ser captada pelos tecidos. Diante disso, toda testosterona não ligada à SHBG é considerada biodisponível.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Homens:

20 a 39 anos: 9.2 - 34.6 pg/mL 40 a 59 anos: 6.1 - 30.3 pg/mL ≥ 60 anos: 6.1 - 27.9 pg/mL

Mulheres:

20 - 39 anos: 0.2 - 6,1 pg/mL 40 - 59 anos: 0,3 - 4.4 pg/mL ≥ 60 anos: 0,5 - 3.4 pg/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Se mulher, informar uso de anticoncepcional.

Interferentes (se houver) • Hemólise; • Lipemia acentuada.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC   153


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

TESTOSTERONA, DOSAGEM Descrição

A testosterona é o androgênio dominante no desenvolvimento dos órgãos sexuais e manutenção dos caracteres sexuais secundários masculinos. É secretado majoritariamente pelas células testiculares de Leydig, as quais dependem do estímulo do LH, que, por sua vez, depende do estímulo da hipófise pelo hormônio hipotalâmico liberador de gonadotropina (GnRH). Em mulheres, a produção de testosterona é cerca de 5 a 10% da que é formada pelo homem, atuando principalmente como precursor estrogênico, variando seus teores nas diferentes fases do ciclo ovariano. Sobretudo para os homens, os níveis de testosterona apresentam flutuação quanto ao horário (pico sérico máximo entre 4 e 8 horas e mínimos entre 16 e 20 horas) e durante os dias, dessa forma, para avaliação do status androgênico é recomendado realizar mais de uma dosagem. Em torno de 60% da testosterona circula no plasma ligada à globulina ligadora dos hormônios esteróides sexuais (SHBG), 30% ligada a albumina e aproximadamente 1 a 4% está na forma livre. A dosagem de testosterona total determina a concentração total de testosterona circulante, livre e ligada a proteínas. Encontra-se aumentada na puberdade precoce (masculina), hiperplasia supra-renal, hiperplasia adrenal congênita, Síndrome dos Ovários Policísticos, hirsutismo, tumores ovarianos, adrenais e testicular, abuso ou reposição exógena de testosterona ou gonadotrofinas, uso de anticoncepcionais orais, anticonvulsivantes, barbitúricos e estrógenos. Sua concentração pode estar reduzida no atraso puberal (masculino), obesidade, síndrome de Down e Klinefelter, hipogonadismo primário e secundário, uremia, anemia, cirrose, terapia antiandrogênica e algumas doenças sistêmicas, uso de androgênios, cetoconazol, dexametasona, digoxina, etanol, glicose, entre outros.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Homens pré-púberes: Homens: Mulheres:

0,1 - 3,7 ng/mL 2,5 - 10,0 ng/mL 0,2 - 0,95 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Em mulheres, anotar data da última menstruação ou mês de gestação e uso de medicamentos.

Interferentes (se houver)

• Hemólise e lipemia intensa

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

154


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FASE ANALÍTICA

TIPAGEM SANGUÍNEA IN VITRO - ABO-RH Descrição

A Tipagem Sanguínea é o processo de coleta e análise do sangue do paciente para identificar a qual grupo sanguíneo ele pertence. Além de facilitar na hora do atendimento, também é importante para conhecer o tipo sanguíneo para doações de sangue, transfusões, perfil pré-natal para aconselhamento, preparo pré-operatório, na suspeita de incompatibilidade materno-fetal e na seleção de gestantes para imunoterapia anti-D (prevenção de sensibilização quando o feto é D positivo) e outros atendimentos médicos. Os tipos sanguíneos variam de acordo com determinadas estruturas presentes nas células vermelhas do sangue. Essas estruturas, chamadas antígenos, podem ser do tipo A, do tipo B ou podem mesmo não estar presentes, o que chamamos tipo O . Outra classe de antígeno corresponde ao fator Rh, que tem esse nome pois foi descoberto pela primeira vez em macacos do gênero Rhesus. O fator Rh pode estar presente ou ausente nas células vermelhas, ao que chamamos Rh positivo ou negativo, respectivamente.

Condição

• Amostra: sangue total; • Tubo/frasco: tubo com EDTA.

Método

Hemaglutinação

Valor(es) de referência Tipo: Fator RH:

A, B, AB ou O Positivo ou Negativo

Orientações de preparo

• Não requer preparo especial do paciente

Interferentes (se houver)

• Transfusão recente com sangue incompatível; • Crioaglutininas; • Anemias hemolíticas.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

155


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FASE ANALÍTICA

TIREOIDE - HORMÔNIO TIREOESTIMULANTE - TSH, DOSAGEM Descrição

O hormônio tireoestimulante (TSH) é uma glicoproteína secretada pela adeno hipófise e tem como principal efeito o de estimular a tireóide a liberar T3 e T4. A secreção e os níveis séricos de TSH são controlados pelos níveis de T3 e T4 e pelo TRH hipotalâmico. Com isso, a sua dosagem é importante no diagnóstico de hipertireoidismo primário, sendo o primeiro hormônio a se alterar nessa condição. Analisa-se o seu aumento, principalmente, no hipertireoidismo primário, tireoidite de Hashimoto, tireoidite sub-aguda e na secreção inapropriada de TSH (tumores hipofisários produtores de TSH). Entretanto, verifica-se a sua diminuição, principalmente, no hipertireoidismo primário, hipotireoidismo secundário ou terciário e nas síndromes de hipertireoidismo subclínico.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência

Crianças e Jovens: 1 a 4 dias: 1.0 - 3,9 µUI/mL 2 a 20 semanas: 1.7 - 9,1 µUI/mL 5 meses a 20 anos: 0,7 - 6,4 µUI/mL Adultos:

21 a 87 anos: 0.5 - 7,0 µUI/mL

Gestantes:

1 a 6 meses: 0,3 - 4,7 µUI/mL 7 a 9 meses: 0,8 - 5,2 µUI/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Os níveis de TSH sofrem influência de medicamentos tais como glicocorticóides, levodopa, lítio, metimazol, propiltiouracil, valproato e iodo, amiodarona e contrastes radiológicos; • Hemólise.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

TIREOIDE - TIREOGLOBULINA, DOSAGEM Descrição

A Tireoglobulina é uma glicoproteína iodinada produzida pelas células tireoidianas. Sua produção é regulada pelo TSH. A tireoglobulina é a proteína precursora para a síntese do hormônio tireoidiano. Seus níveis séricos variam com o estado funcional da tireóide, estando elevados nos processos inflamatórios tireoidianos, carcinomas da tireoide (papilífero e folicular), hipertireoidismo ou após palpação vigorosa da glândula. Há também um aumento dos níveis séricos com o estímulo do TRH ou TSH. A presença de anticorpos antitireoglobulina no soro pode afetar as determinações da tireoglobulina por imunoensaios. Na presença de anticorpos, a ausência de níveis de tireoglobulina mensuráveis não exclui a possibilidade de ter ocorrido uma recidiva do carcinoma da tireoide. A dosagem da tireoglobulina também pode ser útil na investigação da tireotoxicose factícia, caracterizada por níveis baixos de tireoglobulina, e na investigação da etiologia do hipotireoidismo congênito.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência 2 até 50 ng/mL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar medicamentos em uso; • Se mulher, informar se está grávida ou se usa anticoncepcional; • Informar se já realizou cirurgia de tireóide e há quanto tempo; • Informar se já realizou esse exame anteriormente; • As amostras não devem ser colhidas em pacientes em tratamento com doses elevadas de biotina até no mínimo 8 horas após a última administração de biotina.

Interferentes (se houver)

• Icterícia, Hemólise e Lipemia

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

TIREÓIDE - TIROXINA - T4 TOTAL, DOSAGEM Descrição

A tiroxina (T4) é um hormônio produzido pela glândula tireoide a partir do iodo e da tiroglobulina, através de processo em múltiplas etapas. O T4 é o hormônio na qual deriva a triiodotironina. Quando liberada da glândula, quase toda T4 liga-se à Globulina transportadora de tiroxina (TBG), transtirretina e albumina, na qual fica apenas uma quantidade mínima como hormônio livre. Nessa circunstância, pode-se encontrar valores aumentados nos portadores de hipertebegenemia: pacientes que utilizam amiodarona e propranolol, pacientes com com hipertiroxinemia familiar (por presença de albumina anôloma) e presença de anticorpos anti-T4. Em compensação, pode-se diminuir nos casos de hipotebegenemia: portadores de doenças sistêmicas graves.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência Adultos:

4,3 a 12,5 µg/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar o uso de medicamentos nas últimas 6-8 semanas, em especial, uso de hormônios tireoidianos, anticoncepcionais e antiarrítmicos.

Interferentes (se houver) • Hemólise e Lipemia

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

TIREOIDE - TIROXINA LIVRE - T4 LIVRE, DOSAGEM Descrição

A tiroxina livre (T4L), a qual não se liga a proteínas, corresponde a 0,02-0,05% da tiroxina total (T4) circulante e é a parte biologicamente ativa. A fração livre está disponível para utilização imediata pelos tecidos-alvo, sendo a responsável direta pela regulação do metabolismo celular e pela retroalimentação negativa com o eixo hipotálamo-hipofisário. A dosagem indireta de T4 livre tem sua utilidade pois reflete a função tireoidiana do indivíduo, ou seja, contribui no diagnóstico de hipertireoidismo ou hipotireoidismo em pacientes nos quais o valor de T4 total está modificado por alterações nos níveis das proteínas transportadoras. Podem ser observadas diferenças nos níveis de T4 livre entre os diversos métodos realizados, sendo ainda mais acentuadas na presença de alterações extremas das proteínas de ligação, doenças não tireoidianas, anticonvulsivantes e algumas outras drogas. Os valores aumentados podem ser encontrados no hipertireoidismo, hipertireoidismo tratado com triiodotironina e síndrome de eutireóideo doente, uso de fármacos como heparina, propranolol e ácido valproico. Valores diminuídos podem ser encontrados no hipotireoidimo, hipotireoidimo tratado com triiodotironina, anorexia nervosa, hemodiálise, uso de fármacos como lítio, trimetoprima, sulfato de salicilatos, fenitoína, entre outros.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência 0,8 a 1,8 ng/dL

Orientações de preparo

• Recomendado jejum de no mínimo 6 horas, à exceção de água; • Informar o uso de medicamentos.

Interferentes (se houver)

• Hemólise; • Presença de autoanticorpos antitoxina e tratamento com alguns medicamentos, como a heparina.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

TIREÓIDE - TRIIODOTIRONINA - T3 TOTAL, DOSAGEM Descrição

A triiodotironina é produzida tanto na tireoide como nos tecidos periféricos por desiodação de tiroxina (T4), na qual é transportada, no soro, pela globulina ligadora de tiroxina (TBG), pela albumina e pela pré-albumina. Apresenta uma maior atividade metabólica, meia-vida mais curta e uma menor afinidade pela TBG. A junção dessas proteínas é tal que apenas 0,2-0,4% da T3 total está presente em solução como T3 livre. Essa fração livre representa o hormônio da tireoide fisiologicamente ativo. A T3 livre é mais elevada que a T4 na doença de Graves. Por conseguinte, a triiodotironina livre no soro é útil para distinguir formas de hiportiroidismo, além de ser importante no monitoramento de pacientes em terapia anti-tireóide, onde o tratamento esteja focado na redução da produção de T3 e na conversão de T4 em T3 e na avaliação da gravidade do estado tireotóxico.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Imunoenzimático - ELISA

Valor(es) de referência 0,52 a 1,85 ng/ml

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas

Interferentes (se houver)

• Desnutrição; • Inanição; • Superalimentação; • Estresse, seja físico ou emocional.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

TRANSAMINASE OXALACÉTICA - TGO/AST, DOSAGEM Descrição

A enzima aspartato aminotransferase, AST (transaminase glutâmica-oxalacética - TGO), é amplamente distribuída em vários tecidos, tendo sua maior atividade no fígado, miocárdio e músculo esquelético, com pequena quantidade nos rins, cérebro, pâncreas, baço, pulmão e eritrócitos. Sendo assim, qualquer patologia associada a esses órgãos poderá promover a elevação dos níveis sanguíneos de AST/TGO. Em relação ao fígado, AST/TGO está presente em grande quantidade, cerca de 80%, na mitocôndria do hepatócito, enquanto ALT/TGP é encontrada principalmente no citoplasma do hepatócito. Isso tem favorecido o diagnóstico e prognóstico de doenças hepáticas, visto que se tratar de um dano hepatocelular leve, a principal forma encontrada elevada no soro é ALT/TGP, enquanto em danos graves há liberação e, consequentemente, elevação de AST/TGO. Valores elevados podem estar associados a: consumo de bebida alcoólica (geralmente TGO>TGP), cirrose, deficiência de piridoxina, hemocromatose, colecistite, colestase, anemia hemolítica, hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio (TGO>TGP), insuficiência cardíaca, doença musculoesquelética, esteatose hepática, hepatite não alcoólica, metástase hepática, mononucleose, trauma, obstrução intestinal e acidose lática.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Criança: Homens: Mulheres:

Até 38 U/L Até 38 U/L Até 32 U/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Evitar a prática de exercício físico vigoroso em poucas horas antes da coleta; • Evitar ingestão de álcool nas 72 horas que antecedem o exame.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise significativa, pode provocar resultados falsamente elevados; • Resultados falsamente elevados (medicamentos): uso de paracetamol, ampicilina, agentes anestésicos, cloranfenicol, codeína, cumarínicos, etanol, morfina, anticoncepcionais orais, sulfonamidas e tiazidas.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

161


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FASE ANALÍTICA

TRANSAMINASE PIRÚVICA - TGP/ALT, DOSAGEM Descrição

A principal aplicação e utilidade da dosagem da enzima alanina aminotransferase, ALT (transaminase glutâmica-pirúvica, TGP) é para determinar possível destruição hepatocelular, uma vez que sua localização está majoritariamente no fígado e por ser considerada mais sensível que AST/TGO nessa detecção. Costuma alterar antes mesmo dos sinais e sintomas serem evidenciados, além de permanecer elevada por mais tempo que AST/TGO. Valores elevados de ALT/TGP podem estar associados a: elitismo, hepatites virais (geralmente TGP > TGO), hepatites não alcoólicas, cirrose, colestase, hemocromatose, anemias hemolíticas, hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, choque, traumas extensos, préeclâmpsia, queimaduras, pancreatites graves, doenças musculoesqueléticas, Doença de Wilson. Vale destacar que os níveis de TGP costumam ser superiores à TGO nas hepatites e esteatose não alcoólica.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Criança: Homens: Mulheres:

Até 32 U/L Até 41 U/L Até 33 U/L

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Evitar a prática de exercício físico vigoroso em poucas horas antes da coleta; • Evitar ingestão de álcool nas 72 horas que antecedem o exame.

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise significativa, pode provocar resultados falsamente elevados; • Resultados falsamente elevados (medicamentos): uso de paracetamol, ampicilina, agentes anestésicos, cloranfenicol, codeína, cumarínicos, etanol, morfina, anticoncepcionais orais, sulfonamidas e tiazidas.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

162


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FASE ANALÍTICA

TREPONEMA PALLIDUM, PESQUISA Descrição

O agente etiológico da sífilis é o Treponema pallidum, possui como principal via de transmissão o contato sexual, transmissão vertical durante o período de gestação de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente para o feto e mais raramente, por transfusão sanguínea. A apresentação dos sinais e sintomas da doença é muito variável e complexa. Quando não é tratada, a sífilis evolui para formas mais graves e pode comprometer o sistema nervoso, o aparelho cardiovascular, o aparelho respiratório e o aparelho gastrointestinal. Na sífilis primária, o diagnóstico laboratorial pode ser feito pela pesquisa direta do Treponema pallidum por microscopia de campo escuro, pela coloração de Fontana-Tribondeau, que utiliza sais de prata.

Condição

• Amostra: secreção genital; • Tubo/Frasco: lâmina ou tubo com solução salina estéril.

Método

Fontana Tribondeau

Valor(es) de referência

Ausência de Treponema pallidum

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Amostra insuficiente; • Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

TRICHOMONAS E LEVEDURAS, PESQUISA Descrição

A pesquisa realizada é útil no diagnóstico das infecções causadas por Trichomonas e leveduras que, com frequência, podem ser assintomáticas. A pesquisa microscópica direta, a fresco e após coloração, permite o encontro do protozoário, mesmo na ausência de sua motilidade.

Condições

• Amostra: secreção vaginal; • Tubo/Frasco: amostra em tubo com solução salina;

Método

Direto

Valor(es) de referência

Ausência de Trichomonas e leveduras

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

164


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FASE ANALÍTICA

TRIGLICÉRIDES, DOSAGEM Descrição

Os triglicerídeos (triacilgliceróis) podem ser obtidos pela dieta, cerca de 90% das gorduras ingeridas na dieta são triglicerídeos formados por ácidos graxos saturados e insaturados, ou sintetizados no fígado e intestino. São as formas mais importantes de armazenamento e transporte de ácidos graxos, além de evidenciar um papel essencialmente energético, para uso imediato ou posterior. Compõem as principais frações dos quilomícrons, VLDL e pequena parte (<10%) das LDL presentes no plasma sanguíneo. Distúrbios relacionados à síntese dos quilomícrons e/ou das VLDL ou ocasionam a redução do catabolismo dessas partículas, elevam os níveis de triglicerídeos plasmáticos. A dosagem desses é útil na avaliação do metabolismo lipídico, tendo seus teores afetados pela idade, sexo, dieta ou, mais raramente, por mutação genética de enzimas da via metabólica dos lipídios. A hipertrigliceridemia está correlacionada com um aumento do risco para doença arterial coronariana (DAC), particularmente quando associada a baixos níveis de HDL-C e/ou níveis elevados de LDL-C. Pode estar relacionada à Diabetes Mellitus descompensada, obesidade, sedentarismo, ingestão excessiva de carboidratos, hipotiroidismo, síndrome nefrótica, alcoolismo, gravidez, uso de fármacos, como altas doses de diuréticos tiazídicos, agentes bloqueadores beta-adrenérgicos, terapia com reposição de estrogênio e anticoncepcionais orais com elevado nível de estrogênio, glicocorticóides, análogos nucleosídeo antirretroviral, entre outras causas. A hipotrigliceridemia pode estar associada a má absorção, má nutrição e hipertireoidismo.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador.

Método

Automatizado

Valor(es) de referência Faixa etária 2 a 19 anos

Desejável: Limítrofe: Elevado:

< 100 mg/dL 100 - 129 mg/dL ≥ 130 mg/dL

Faixa etária acima de 20 anos

Desejável: Limítrofe: Elevado: Muito elevado:

< 150 mg/dL 150 a 200 mg/dL 200 a 499 mg/dL ≥ 500 mg/dL

Orientações de preparo

• Obrigatório jejum de 12-14 horas, à exceção de água; • Não consumir bebida alcoólica nas 72 horas que antecedem o exame; • Manter dieta habitual por pelo menos 2 semanas antes da realização do exame; • Não praticar atividade física vigorosa nas 24 horas que antecedem o exame; • Informar os medicamentos utilizados.

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

Interferentes (se houver)

FASE ANALÍTICA

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise, Icterícia e Lipemia (Hemoglobina > 500mg/dL; Bilirrubina > 35mg/dL); • Não realização da análise em 3 horas após coleta; • Anticoagulantes: citrato, fluoreto, heparina e oxalato de sódio; • Resultados falsamente elevados: Atividade física recente, estresse emocional, nutrição parenteral, hemodiálise, uso de anticoncepcionais orais, corticosteróides, beta-bloqueadores, diuréticos tiazídicos, entre outros; • Resultados falsamente reduzidos: uso de ácido ascórbico, asparaginase, clofibrato, entre outros.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

URÉIA, DOSAGEM (SORO E URINA 24 HORAS) Descrição

Os aminoácidos oriundos do catabolismo proteico são desaminados (remoção do grupo amina) com a produção de amônia. Entretanto, como esse composto é tóxico, a amônia é convertida em ureia no fígado associada ao CO2, transportada pelo plasma até os rins, onde ela será filtrada pelos glomérulos e, então uma parte excretada pela urina, e a outra parte é reabsorvida pelos túbulos, de onde será metabolizada em amônia no intestino, levada ao fígado e reconvertida em ureia, caracterizando o ciclo da ureia. O nível de ureia no plasma está diretamente ligado à função renal, conteúdo protéico da dieta, teor do catabolismo proteico, estado de hidratação e presença de sangramento intestinal. Diante disso, a ureia está estritamente relacionada à função hepática e excretora renal, sendo considerada um indicador da função renal, porém com limitações, em virtude da variedade nos resultados causados por fatores não-renais. Níveis aumentados de ureia podem ter três tipos de causa: pré-renal, renal e pós-renal. A hiperuremia pode ser estar associada a desidratação, dieta rica em proteínas, insuficiência cardíaca congestiva, uso de diuréticos, cetoacidose, choque, uso de corticosteróides, sangramento gastrointestinal, febre, estresse e após uso de drogas nefrotóxicas. A hipouremia é encontrada na presença de insuficiência hepática, quando a ingestão proteica é baixa, desnutrição, hiper-hidratação, após o uso de alguns antibióticos, durante a reposição volêmica venosa, e ao final da gestação.

Condição

• Amostra: soro e urina 24 horas; • Tubo/Frasco: tubo com gel separador (para soro) e frasco coletor de urina 24 horas;

Método

Colorimétrico (soro e urina 24 horas)

Valor(es) de referência

Soro: 13 - 45 mg/dL ou 2,17 - 7,51 mmol/L Urina 24 horas: 26 - 43 g/24 horas

Orientações de preparo

Para soro: • Recomendado jejum de no mínimo 6 horas; Para Urina 24 horas: • (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Hemólise, Icterícia e Lipemia; • Resultados falsamente elevados: uso de ácido ascórbico, androgênicos, antiácidos alcalinos, captopril, corticosteróides, diuréticos mercuriais e tiazídicos, furosemida, maconha, morfina, naproxeno sódico, propranolol, salicilatos, entre outros;

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FASE ANALÍTICA

• Resultados falsamente reduzidos: abuso de álcool, cirrose, hepatite, entre outros; • Citrato, Fluoreto e Oxalato de sódio interferem na dosagem.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio (urina 24 horas) e LAC (soro) e realização da análise no LAC

168


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FASE ANALÍTICA

URINA ROTINA Descrição

O exame de urina rotina, que também é chamado de exame de urina EAS (Elementos Anormais do Sedimento) é de grande importância para auxiliar a avaliação da função renal, do trato urinário, complicações extra-renais, assim como na monitorização do tratamento e de patologias. O exame compreende três etapas: • Pesquisa de Caracteres Gerais, a qual corresponde-se à avaliação das propriedades físicas da urina, como cor e aspecto; • Pesquisa de Elementos Anormais, a qual se baseia na pesquisa química da urina através do método colorimétrico da fita reagente; • Sedimentoscopia, que corresponde ao exame microscópico do sedimento após a centrifugação, consistindo na observação, identificação e quantificação do material insolúvel presente na amostra por microscopia.

Condição

• Amostra: preferencialmente a 1ª urina da manhã (urina jato médio); • Tubo/frasco: frasco coletor de urina jato médio/EAS.

Método

Clinitek/Microscópica

Valor(es) de referência Consulte na próxima página Tabela 10

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS Interferentes (se houver) • Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio ou no LAC, caso necessário, e realização da análise no LAC

169


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

Tabela 10 – Valores de Referência – Urina Rotina

Caracteres Gerais

Valores de referência

Densidade

1015 a 1030

Cor

Amarelo Claro e Ouro

Aspecto

Límpido à ligeiramente turvo

pH

5,0 a 8,0

Elementos Anormais

Valores de referência

Proteínas

Negativo

Corpos Cetônicos

Negativo

Glicose

Negativo

Bilirrubinas

Negativo

Hemoglobina

Negativo

Nitritos

Não Reagente

Urobilinogênio

Normal

Sedimentoscopia

Valores de referência

Células Epiteliais

Ausentes a raras por campo

Piócitos

Até 5 por campo

Hemácias

Até 3 por campo

Cilindros

Ausente

Cristais

Ausente

Flora Bacteriana

Normal

Leveduras

Ausente

Filamento de Muco

Ausente

Fonte: Laboratório de Análises Clínicas-CESUPA – LAC-CESUPA

170


MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

FASE ANALÍTICA

UROCULTURA COM ANTIBIOGRAMA Descrição

A urocultura com antibiograma é um exame laboratorial solicitado pelo médico com objetivo de identificar o microrganismo causador da infecção das vias urinárias e qual o seu perfil de sensibilidade e de resistência aos antibióticos normalmente utilizados para tratar a infecção. Amostras de urina podem ser submetidas à cultura quando existe suspeita de infecção do trato urinário ou para o controle de tratamento e de cura. Os agentes etiológicos que, frequentemente, causam esse tipo de infecção são: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp, Enterobacter sp, Staphylococcus sp e Enterococcus faecalis. Sendo assim, o antibiograma é um teste de sensibilidade aos antimicrobianos, realizado nos microrganismos que apresentam crescimento na cultura de urina.

Condição

• Amostra: urina jato médio (UJM); • Tubo/Frasco: frasco coletor de urina jato médio/urocultura estéril.

Método

Cultura em meios seletivos e de enriquecimento (Mac-Conkey, EMB e ágar sangue)

Valor(es) de referência Ausência de bactérias

Orientações de preparo

• (*) - Vide INSTRUÇÕES ESPECIAIS PARA COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento

Fluxo na rede

Coleta da amostra no domicílio ou no LAC, caso necessário, e realização da análise no LAC

171


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FASE ANALÍTICA

VDRL Descrição

O teste não Treponêmico manipula como antígeno a cardiolipina, que normalmente ocorre no soro em níveis baixos e apresenta-se elevado na Sífilis. O teste VDRL é um recurso imunodiagnóstico utilizado com frequência para o diagnóstico da sífilis, doença que se mantém ainda hoje como importante problema de saúde pública em todo mundo. Identifica-se como um teste sorológico não-específico, quantitativo e de baixo custo, na qual apresenta-se positivo entre a segunda e a quarta semana após o aparecimento do cancro de inoculação. Visto que o VDRL é um teste não-específico ele irá detectar anticorpos anti lipídicos que surgem tanto na sífilis como em outras doenças.

Condição

• Amostra: soro; • Tubo/frasco: tubo com gel separador.

Método

Floculação

Valor(es) de referência

Não reagente/Ausência de anticorpos

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 8 horas

Interferentes (se houver)

• Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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FASE ANALÍTICA

VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO - VHS Descrição

A velocidade de hemossedimentação é um fenômeno não específico e sua medida é clinicamente útil em desordens agregadas com a produção aumentada de proteínas de fase aguda. Nas artrites reumáticas e tuberculose, é um índice de desenvolvimento da doença. Na artrite temporal será útil ao diagnóstico quando se mostra valores muito elevados. A VHS aumentada, na sua maioria, ocorre precocemente no infarto agudo do miocárdio e linfomas. Além disso, é útil como teste de triagem em exames de rotina. Entretanto, uma VHS aumentada nem sempre indica processos infecciosos, inflamatórios e neoplásicos, encontram-se alterações decorrentes de hiperproteinemias, gravidez, influenciada pela idade, ciclo menstrual, endocrinopatias, doença ulcerosa, cardiopatias, asma e uso de medicamentos. Em valores diminuídos indicam o retardamento da hemossedimentação que pode ocorrer na policitemia vera (doença de Vaquez-Osler), na caquexia grave, muitas cardiopatias nas quais há eritrocitose e nos estados onde há redução do fibrinogênio plasmático, estados de choque e nas afecções hepáticas extensas.

Condição

• Amostra: sangue total; • Tubo/frasco: tubo com EDTA.

Método

Westergren

Valor(es) de referência Inferior a 20 mm³/h

Orientações de preparo

• Recomendado jejum mínimo de 6 horas; • Informar o uso atual ou recente de anticoagulantes, história de sangramentos anteriores e testes de coagulação inalterados; • Evitar garroteamento prolongado (1 minuto).

Interferentes (se houver)

• Atentar às orientações de preparo, pois se tornam interferentes no não cumprimento; • Anemia e lipemia, podem aumentar a hemossedimentação; • Crioaglutininas, sensibilização eritrocitária, esferocitose, anisocitose, microcitose e policitemia, podem diminuir a hemossedimentação.

Fluxo na rede

Coleta da amostra no LAC e realização da análise no LAC

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4 - FASE PÓS -ANALÍ TI CA


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FASE PÓS-ANALÍTICA

A etapa pós-analítica compreende procedimentos gerados após a realização da fase analítica, a qual libera resultados que podem ser quantitativos ou qualitativos. Além disso, os processos incluem “cálculo dos resultados, análise de consistência dos resultados, liberação dos laudos, armazenamento de material ou amostra de paciente, transmissão e arquivamento de resultados e consultoria técnica”. Diante disso, o laboratório clínico deve possuir instruções escritas para emissão de laudos, os quais devem ser legíveis, possuir clareza, não devem dispor de rasuras e devem ser devidamente assinados e datados pelo profissional legalmente habilitado. O conteúdo do exame deve ser confidencial e liberado dentro do prazo estipulado. O laudo deve possuir cópia e ser arquivado por, no mínimo, cinco anos para posterior restauração, se necessário (LOPES, 2003). A direção do laboratório é responsável por entregar um laudo correto e compatível com o estado de saúde do paciente. Sendo assim, para um laudo ser considerado de qualidade o mesmo deve conter alguns elementos, como informações do laboratório clínico (nome, endereço, telefone, número de registro no conselho profissional, responsável técnico e seu registro no conselho profissional); dados do paciente (nome, número de registro no laboratório clínico); do médico solicitante (nome, número de registro no conselho profissional), informações do material ou amostra do paciente (tipo, data, hora da coleta ou recebimento, quando aplicável); do resultado do exame (nome do analito, resultado, unidade, nome do método, intervalo de referência, data de liberação); e, dados do responsável técnico (data, número do registro no conselho profissional e assinatura) (LOPES, 2003). Segundo Lopes (2003), todos os requisitos necessários para a liberação de um laudo confiável, e consequentemente adequada efetivação da etapa pós-analítica, precisam ser cumpridos, uma vez que são de grande relevância para a qualidade do laboratório. Os laboratórios clínicos devem garantir que os resultados sejam produzidos e liberados de forma confiável e factual com a situação clínica do paciente, certificando-se, dessa forma, que o resultado não sofreu qualquer interferência durante o processo. Sendo assim, as informações geradas atenderão às necessidades do paciente, pois serão capazes de determinar, diagnosticar, tratar e apresentar o prognóstico correto da doença (CHAVES, 2010).

Processo de Trabalho

O Laboratório de Análises Clínicas do CESUPA conta com o sistema I9Lis, o qual é atualizado para a coordenação do laboratório à medida que os resultados são liberados dos setores de análise. Caso não haja nenhuma inconsistência nos resultados, os exames são assinados e liberados pelo Responsável Técnico, podendo ser entregues ao paciente ou anexados ao ProntoMed, prontuário digital do paciente, o qual pode ser visualizado e avaliado pelo médico na consulta de retorno. Dessa forma, o laboratório reduz gastos excessivos com folhas de papel.

Impressão dos resultados de exames laboratoriais

O sistema I9Lis integrado ao ProntoMed permite o anexo e visualização digital dos resultados dos exames, a qual poderá ser feita pelo médico no momento da consulta de retorno. Tendo em vista a disposição dos resultados no sistema utilizado tanto pelo LAC-CESUPA quanto pelo CEMECCESUPA, uma cópia desse laudo liberado fica à disposição do paciente, caso ele queira imprimir em alguma dessas unidades de saúde. Além disso, vale ressaltar que os resultados de exames não são enviados por e-mail ou disponibilizados pelo site do CESUPA.

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5 - RE FE RÊNCIAS BIBLIOGRÁF I CAS


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MANUAL DE EXAMES – LAC-CESUPA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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