PZZ Salinas

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Virianduba, Senhora do Socorro de Salinas ou Atlândida. A história do município de Salinópolis

O fotógrafo Celso Lobo revela os encantos da cidade

Atividades imobiliárias, principal polo gerador de riqueza no município

Sistema Fiepa defende a exploração de Óleo e Gás na Plataforma Equatorial

SALINAS

IDEAL PARA INVESTIR

MARAVILHA DE CURTIR SONHO DE MORAR

ARTE l CULTURA l ECONOMIA l FOTOGRAFIA LITERATURA l DOCUMENTÁRIOS l HISTÓRIA ANO I0 l Nº 35 l JUL 2023

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL INCLUSIVE A NOSSA. é vida.

Tudo está conectado. Tudo está relacionado. A indústria produz para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Nada mais natural, para a indústria, do que trabalhar a favor da preservação do meio ambiente, porque isso significa proteção da vida. Da vida de todos. Inclusive da indústria, que ao preservar o ambiente preserva insumos e matérias primas a ela indispensáveis.

Nós, na Amazônia, estamos no centro do debate ambiental mundial, porque somos uma parte das soluções. Com esse pensamento, o Pará está tomando a dianteira das discussões, inclusive pelo governo estadual, que dá o exemplo com ações práticas. A indústria paraense como um todo tem que se

In dú st r ia vida com qualidade

engajar com as melhores práticas ambientais. Até porque, elas abrem novos horizontes, novos mercados, geram novos empregos, novas possibilidades. A biodiversidade é a verdadeira riqueza brasileira e vai alimentar a bioeconomia. Esse é o futuro, e o futuro é aqui.

Preservar, produzir, evoluir e desenvolver de forma sustentável, gerando renda para a população. Esse é o nosso compromisso. Com os paraenses, com a Amazônia, com a vida. Com a vida com mais qualidade.

2 REVISTA PZZ

EDITORIAL

O Projeto Editorial Revista PZZ, em suporte impresso e digital é um projeto editorial inovador produzido na Amazônia que possibilita o mapeamento, a divulgação, a reflexão, a circulação e, portanto o acesso, às informações turísticas, sócio-econômicas, ambientais, culturais e artísticas do municípios. Por se tratar de publicação a ser distribuída entre escolas, universidades, hotéis, restaurantes, políticos, gestores, os textos utilizam uma linguagem clara, objetiva e isenta de preconceitos e estereótipos de qualquer natureza, bem como a adequação da linguagem de forma criativa e inovadora, contribuindo assim, para a formação de leitores, pesquisadores, escritores, artistas e pensadores da sociedade amazônica.

Nesta edição apresentamos o município de Salinópolis, Salinas como chamamos habitualmente, que pertence à mesorregião Nordeste Paraense e à microrregião Salgado. É frequentada por quem procura belezas naturais e o conforto de uma localidade com infraestrutura turística. A cidade tem várias atrações turísticas, naturais e gastronômicas. Em breve faremos uma edição falando exclusivamente da gastronomia e outra sobre o ecoturismo.

Gostaríamos de destacar a grande arte do fotógrafo Celso Lobo nesta edição que pode abrilhantar o projeto editorial da revista e alumiar detalhes naturais e paisagísticos da cidade do Sal. O município vive a expectativa pela descoberta de petróleo no litoral que a transformará em um polo econômico extraordinário e com os ganhos dos Royalties do petróleo e do gás que irão prover o poder público municipal de recursos que assegurem a sustentabilidade do desenvolvimento calcado na diversificação da matriz industrial e de serviços. Com população aproximada de 40 mil habitantes, Salinópolis é uma cidade que tem crescido muito nos últimos anos e tem recebido bastante investimentos privados e públicos. Hoje tem um perfil novo e moderno que reflete na cidade, grandes empreendimentos têm chegado na cidade, Parques Aquáticos e investimentos em infraestrutura estão mudando o perfil da cidade, atraindo a cada ano, um número maior de visitantes de várias partes do mundo.

Editor Responsável Carlos Pará 2165 - DRT/PA

Editor de arte/Projeto Gráfico Carlos Pará

Produção Executiva Márcio Ponte Lucélia Sousa

Editor de Fotografia: Celso Lobo

Impressão: Marques Editora

Distribuição: Belém, Pará, Brasil.

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Carlos Pará - Editor da PZZ

SEBRAE

Sebrae empossa novosnodirigentes Pará

O NOVO PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO ESTADUAL (CDE) E OS DIRETORES EXECUTIVOS DO SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (SEBRAE) NO PARÁ PARA O QUADRIÊNIO 2023/2026 A CERIMÔNIA FOI REALIZADA NO AUDITÓRIO ALBANO FRANCO, DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ (FIEPA), EM BELÉM.

Oempresário Conrado

Santos agora é o novo presidente do CDE. Formam a nova diretoria executiva do Sebrae no Pará o empresário Rubens Magno, diretor-superintendente por mais quatro anos, ao lado de Domingas Ribeiro, diretora-técnica, e Cássia Alessandra da Costa Rodrigues, diretora administrativa e financeira.

Também presidente da Fiepa e vice-presidente da Confederação Nacional Indústria (CNI), José Conrado Santos falou sobre a expectativa em presidir o CDE. “Vamos unir a minha

experiência com gestão e articulação institucional na Fiepa, então será uma honra fazer parte dessa gestão e ajudar a crescer a economia paraense. O Pará é um Estado diferente dos demais, ele cresce em todas as regiões, cada uma com sua particularidade e nós vamos usufruir muito bem disso”, discursou. Ele também falou sobre os projetos que pretende desenvolver à frente do CDE e de que forma o órgão pode contribuir para alavancar ainda mais os micro e pequenos negócios no Estado. “Vamos continuar trabalhando naquilo que é o negócio do Sebrae,

atento ao mercado e ao cenário de investimentos no Pará, e, acima de tudo, de acordo com as necessidades individuais dos empreendedores e alinhados à política de desenvolvimento do Estado”, garante.

Segundo Conrado , mais de 90% das empresas paraenses são micro e pequenas, e elas são responsáveis por mais de 50% da geração de emprego formal no Estado. Daí a importância desse setor, que mesmo no período mais duro da pandemia de Covid-19, continuou a contribuir de forma positiva para a geração de empregos no Estado.

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Rubens Magno lembrou da indicação da capital paraense para ser sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em 2025. “Os próximos quatro anos já estão sendo desenhados e a gente está com um alinhamento muito importante para os nossos colaboradores pautados na sustentabilidade, ainda mais agora com a possibilidade de Belém sediar a COP 30. Mas independente disso, a sustentabilidade já é pauta dos nossos negócios e planejamentos para os próximos quatro anos”, disse.

Ao se despedir da presidência, Sebastião Campos, destacou a importância do Sebrae na economia paraense. “Foi um prazer dirigir o conselho durante esses quatro anos, foi uma experiência muito rica para minha vida profissional e pessoal. Desejo ao Conrado uma gestão profícua. O Sebrae é imprescindível para pequenos e microempreendedores, fazendo história e desenvolvendo o Pará, por isso tenho orgulho de ter participado da gestão dessa entidade”, discursou.

Além do empresário José Conrado Santos que assume a presidência do CDE. Formam a nova diretoria executiva do Sebrae no Pará o empresário Rubens Magno, diretorsuperintendente por mais quatro anos, ao lado de Domingas Ribeiro, diretora-técnica, e Cássia Alessandra da Costa Rodrigues, diretora administrativa e financeira.

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Ascom Fiepa

SEBRAE

Formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Domingas Ribeiro, já ocupou o mesmo cargo que assume agora em 2014, tendo sido também diretora administrativa e financeira da instituição no Estado. Domingas foi funcionária de carreira da instituição por 23 anos e carrega uma grande experiência e bagagem da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará - FAEPA.

“Temos um trabalho árduo para fazer nos próximos quatro anos, atuar em prol do desenvolvimento do Pará e dos pequenos negócios. Agradeço muito a indicação e por voltar a essa casa onde iniciei minha vida profissional”, afirma Domingas Ribeiro.

Cássia Costa é graduada em Administração pela Universidade da Amazônia, com ênfase em Finanças, mestranda em Administração – com ênfase em Gestão Sustentável, também pela Unama, e pós-graduada/MBA em Gestão Empresarial pela FGV-Ideal (2006). Cássia é funcionária de carreira do Sebrae no Pará há 14 anos e está no cargo que irá assumir por mais quatro anos desde 2019. “Podemos esperar muito trabalho e muita dedicação, como nos últimos quatro anos. Pretendo cuidar ainda mais dos colaboradores e trabalhar em unidade com outros diretores”, conclui a diretora.

Na cerimônia, a nova diretoria do Sebrae entregou um presente ao governador Helder Barbalho,

Vamos unir a minha experiência com gestão e articulação institucional na Fiepa, então será uma honra fazer parte dessa gestão e ajudar a crescer a economia paraense. O Pará é um Estado diferente dos demais, ele cresce em todas as regiões, cada uma com sua particularidade e nós vamos usufruir muito bem disso” declara José Conrado Santos,

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em reconhecimento às políticas estaduais que cooperaram com o empreendedorismo no Estado. “O Sebrae está sendo um braço fundamental no fortalecimento da nossa economia. Portanto, parabéns a todos vocês que fazem parte dessa instituição. Aos que estão tomando posse hoje, estou certo que com vocês, vamos continuar avançando”, agradeceu Helder.

“O Sebrae cumpre um papel estratégico de atenção aos empreendedores com um olhar fundamental para os pequenos e microempresários do nosso Estado, estes que são a maior parte daqueles que geram emprego e renda, portanto, que aquecem a economia ao tempo em que oportunizam vagas

para que pessoas possam trabalhar. Tem sido fundamental o Governo do Estado ter o Sebrae com braço aliado para que nós possamos. A cada vez mais desenvolver a economia paraense, buscar o ambiente de atração de novos empreendimentos, garantir a desburocratização e a facilitação para que cada vez mais a economia do Pará possa crescer”, declara o Governador do Pará e produtor rural Helder Barbalho.

Convidados

Participaram do evento o governador do Estado, Helder Barbalho (MDB), acompanhado da vice-governadora Hana Ghassan (MDB); prefeito de Belém Edmilson Rodrigues (Psol); representantes da classe empresarial

“O Sebrae cumpre um papel estratégico de atenção aos empreendedores com um olhar fundamental para os pequenos e microempresários do nosso Estado, estes que são a maior parte daqueles que geram emprego e renda, portanto, que aquecem a economia ao tempo em que oportunizam vagas para que pessoas possam trabalhar" declara o Governador do Pará e produtor rural Helder Barbalho.

do Pará; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará - FAEPA, Carlos Fernandes Xavier, o novo presidente da Fiepa Alex Carvalho com o vice-presidente José Maria Mendonça e diversos empreendedores paraenses da capital e do interior do Estado.

REVISTA PZZ 7 Ascom Fiepa

SISTEMA FAEPA

Salinópolis terá Centro Integrado de Produção

SALINAS TERÁ UM “CENTRO INTEGRADO DE PRODUÇÃO” E UMA SALA PARA O SINDICATO DE PRODUTORES RURAIS. ONDE SERÃO OFERTADOS OS SERVIÇOS DE INSTITUIÇÕES PARCEIRAS DO AGRONEGÓCIO, DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA O FORTALECIMENTO DO SETOR PRODUTIVO NA REGIÃO

SALINÓPOLIS TERÁ O CENTRO INTEGRADO DE PRODUÇÃO com o objetivo de promover capacitação, desenvolvimento e tecnologia para o campo, além de atender, expressar e defender as reivindicações dos produtores rurais da região do Salgado, no nordeste do Estado, o CENTRO abriga a nova sala do Sindicato de Produtores Rurais de Salinópolis.

No local, serão ofertados os serviços de instituições parceiras da agricultura, pecuária, da indústria e do comércio que possam contribuir para o fortalecimento do setor produtivo.

PARCERIAS

O novo espaço destinado ao produtor rural é uma rede integrada e parceria entre o setor público e o setor privado , que irá disseminar o conhecimento regionalmente.

A iniciativa conjunta contará com os trabalhos do Sistema Faepa/Senar/Sindicatos, Fecomércio, Fiepa, Sedap, Semas, Sedeme, Sefa, Adepará, Iterpa, Emater, Ideflor, Prodepa, Banpará, Jucepa, Sicoob e o Fórum das Entidades Empresariais.

Assim os produtores rurais, sindicatos, associações, cooperativas, indústrias, instituições de pesquisa, trabalhadores rurais e profissionais do meio acadêmico podem resolver várias demandas em um só lugar sem precisar vir na capital.

ESTRUTURA

O prédio será dotado de uma infraestrutura moderna e sustentável alimentado por energia renovável e sinalizações digitais. O IMET vai disponibilizar Boletins Climáticos diários para o Produtor Rural através de Estação Meteorológica.

No local, serão ofertados os serviços de instituições parceiras do agronegócio, da indústria e do comércio que possam contribuir para o fortalecimento do setor produtivo na região.

SERVIÇOS

Emissão de CCIR, Emissão de ITR, Orientação Jurídica, Orientação Contábil, Apoio à quitação da Contribuição Sindical, Emissão de GTA / GTV – Nota Fiscal, Orientação Trabalhista e Previdenciária (INSS, RAIS, PIS)

ASSESSORIA TÉCNICA

Em termos de Assessoria Técnica serão disponibilizados os serviços de Orientação –SICARF, Orientação para Licenciamento Ambiental Rural –LAR, Licenciamento Ambiental,

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Orientação no Cadastro Ambiental Rural CAR, Orientação na Emissão de CAF, Georeferenciamento de Imovéis Rurais e Ateg Senar e Ateg Emater.

ATUAÇÃO

"No Pará, em 132 Sindicatos de Produtores Rurais, atuamos nos 144 municípios. Já atendemos mais de 60 mil pessoas nas Turmas de Formação Profissional Rural, formação inicial e continuada, educação profissional técnica de nível médio e atividades de Promoção Social, a partir das quais são desenvolvidas competências profissionais e sociais que propulsionam o avanço socioeconômico das

pessoas do meio rural. Oferecemos, também, Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para auxiliar os produtores rurais com foco em adequação tecnológica, inclusão produtiva, capacitação e gestão.

Já inauguramos os Centros Integrados de Produção dos municípios de de Acará , Castanhal, Xinguara, Primavera, Medicilância, finalizando o de Tomé-Açu onde esteve presente nosso grande parceiro, o governador e produtor rural Helder Barbalho, além dos demais representantes das entidades parceiras. Estamos muito felizes com essa possibilidade de instalar o Centro Integrado de Produção, com

a Estação Cidadania e uma Sala para o novo Sindicato dos Produtores Rurais de Salinópolis dentro da programação que tem a finalidade de disponibilizar ao produtor rural a prestação de serviços públicos, mediante a integração de diversos órgãos no mesmo local, oferecendo atendimento ágil, eficiente e de qualidade”, disse o presidente da Faepa.

A parceria com o setor produtivo irá beneficiar os produtores locais, para que eles tenham mais estrutura e apoio de todos os órgãos do Estado e do setor em um único local facilitando o trabalho de produção”, finalizou Carlos Fernandes Xavier.

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A parceria com o setor produtivo irá beneficiar os produtores locais, para que eles tenham mais estrutura e apoio de todos os órgãos do Estado e do setor em um único local facilitando o trabalho de produção”, finalizou Carlos Fernandes Xavier.
Carlos Xavier - presidente reeleito do Sistema Faepa/Senar/Fundepec/Sindicatos

SISTEMA FAEPA

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) proporciona mudança de atitude do produtor e do trabalhador rural, que se desdobram para garantir alimento de boa qualidade aos brasileiros. Desperta a população do campo com oferta de ações de Formação Profissional Rural, Atividades de Promoção Social, Ensino Técnico de Nível Médio, presencial e a distância, e com um modelo inovador de Assistência Técnica e Gerencial.

CAPACITAÇÃO SUPERIOR

Para o Superintendente do Senar no Pará, Walter Cardoso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural proporciona mudança de atitude do produtor e do trabalhador rural, que se desdobram para garantir alimento de boa qualidade aos brasileiros. Desperta a população do campo com oferta de ações de Formação Profissional Rural, Atividades de Promoção Social, Ensino Técnico de Nível Médio, presencial e a distância, e com um modelo inovador de Assistência Técnica e Gerencial.

Neste sentido, o Centro Integrado de Produção tem o objetivo primordial de facilitar o acesso dos produtores rurais do Pará

aos serviços prestados por todos os parceiros. É realizado um Termo de Cooperação Técnica com as instituições parceiras que assumem o compromisso de cooperar com os demais partícipes na elaboração das atividades e das ações do Centro Integrado de Produção disponibilizando o acesso aos serviços prestados por sua competência, explica o Superintendente do Senar no Pará.

FORMAÇÃO TÉCNICA

Atualmente o Senar atua na Capacitação Profissional para Trabalhadores no Campo fornecendo Formação Técnica em 23 municípios Polos no Pará incluindo 26 Escolas de Ensino Médio e 06 Escolas Indústrias

de Chocolate. Os Cursos disponíveis são Técnico em Agronegócio, Técnico em Zootecnia, Técnico em Fruticultura e agora Técnico em Floresta. Ainda contamos com a Plataforma de Ensino a Distância - EAD . Todos os cursos são 100% gratuitos.

FORMAÇÃO SUPERIOR

Em se tratando de formação Superior, o Centro disponibiliza os cursos de Graduação em Nível Superior: Gestão do Agronegócio, Tecnólogo em Processos Gerenciais, Tecnólogo em Gestão Ambiental, Gestão de Recursos Humanos.

BIBLIOTECA DO AGRO

Disponibilizamos uma biblioteca Virtual com 376 Cartilhas do

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Walter Cardoso- Superintende do Senar/Pará

Com a nova diretoria presidente do sindicato Rural do Município de Salinópolis, cidade importante no contexto estadual, com toda tradição turística, extensiva faixa de costa atlântica e setor agrícola em franca expansão, empregaremos nossas essências e dedicação. Acreditamos que o nosso Sindicato Rural pode e vai promover inúmeras atividades voltadas para o desenvolvimento do setor, seremos referência regional na consolidação da segurança jurídico e alimentar do campo, alinhados à sustentabilidade, cujos frutos do bom trabalho serão replicados por todos, destaca João Carlos Ramos, vice-presidente da Sedap.

Senar Apicultura, Pscicultura, Horta, Administração da Empresa Rurual (Ambiente Interno e Externo); Produção de Silagem; Agricultura de Precisão, Agricultura Irrigada, Agricultura Orgânica, Agroindústria, Aquicultura, Avicultura, Bovinocultura de corte, Cacauicultura, Cafeicultura e muitas outras. E mais de 20 mil títulos nas diversas áreas de conhecimento que você pode acessar de sua casa.

Centro Integrado de Produção Estação Cidadania Serviços

LABORATÓRIOS

-Laboratório de Solos

- Laboratório de Infecciosa de Equinos (Mormo + Anemia)

DESENVOLVIMENTO DO SETOR

- Elaboração de Projetos para Créditos Rural

- Fundo Garantidor de Créditos – FGC (Fundo de Aval)

- Ação Itinerante para o Planejamento do Desenvolvimento Rural

POLÍTICAS DO SETOR

• Plataforma Selo Verde

• Propostas de Financiamento

• Prenhez (Técnicas para melhorar índices bovina)

• Liberação das espécies exóticas na aquicultura (ex.: tilápia)

• Desburocratização da Outorga de água da agropecuária

• Autonomia dos municípios para o licenciamento ambiental

• Isenção de ICMS (Insumos para Setor)

• Iluminação Publica nas Propriedades Rurais

• Valor Atribuído ao VTN

PATRULHA RURAL

• Reduzir os índices de criminalidade;

• Estreitar o vínculo de confiança entre os produtores rurais e a Polícia Militar;

• Minimizar o tempo de resposta e elevar a qualidade do atendimento policial.

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Centro Integrado de Produção - Alguns municípios paraenses ja possuem sede.

SISTEMA FIEPA

Sistema Fiepa defende a exploração de Óleo e Gás na Plataforma Equatorial

A PETROBRAS PRETENDE INVESTIR US$ 2,9 BILHÕES NOS PRÓXIMOS 5 ANOS, PARA A PERFURAÇÃO DE 16 POÇOS NA MARGEM EQUATORIAL, COM INÍCIO AINDA NO ANO DE 2023 CONFORME O SEU PLANO ESTRATÉGICO 2023-2027. SALINAS

VIVE A EXPECTATIVA PELA DESCOBERTA DE PETRÓLEO NO LITORAL QUE A TRANSFORMARÁ EM UM POLO ECONÔMICO EXTRAORDINÁRIO E COM OS GANHOS DOS ROYALTIES O PODER PÚBLICO MUNICIPAL PODERÁ PROVER A COMUNIDADE DE SEGURANÇA, EDUCAÇÃO E SAÚDE.

APetrobras está próxima de iniciar suas atividades exploratórias na Margem Equatorial, que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte, e seus técnicos avaliam que a produção de petróleo estimulará o desenvolvimento econômico de todos os estados compreendidos nessa faixa.

Para a Bacia Pará-Maranhão há a previsão de perfuração de dois poços, a partir de 2026. Essas informações foram apresentadas pelos gestores da Petrobras em palestras na Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), e na Associação Comercial do Pará (ACP).

O gerente geral de Ativos Exploratórios da Petrobras, Rogério Soares Cunha, fez uma breve exposição na abertura da palestra da companhia na FIEPA: “Ao buscarmos uma nova fronteira exploratória, como a Margem Equatorial, nosso objetivo é adicionar reservas de óleo e gás, de acordo com a visão

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de futuro da companhia o que, consequentemente, estimulará o desenvolvimento econômico de toda a região”, explicou ele.

A Petrobras investirá US$ 2,9 bilhões nos próximos 5 anos, para a perfuração de 16 poços na Margem Equatorial. A previsão era para iniciar a partir do 1º. trimestre de 2023, conforme o seu Plano Estratégico 2023-2027. Mas o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) indeferiu o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima na bacia da Foz do Amazonas, o chamado bloco FZA-M-59. Segundo o órgão, a decisão, ocorre “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para a operação segura em uma nova área exploratória.

O entendimento da equipe técnica que elaborou o parecer diz que a Petrobras não apresentou uma avaliação ambiental de área sedimentar (AAAS). Essa avaliação permite identificar áreas em que não seria possível realizar atividades de extração e produção de petróleo e gás em razão dos graves riscos e impactos ambientais associados.

O processo de licenciamento ambiental do bloco FZA-M-59 foi iniciado em 4 de abril de 2014, a pedido da BP Energy do Brasil, empresa originalmente responsável pelo projeto. Em dezembro de 2020, os direitos de exploração de petróleo no bloco foram transferidos para a Petrobras.

Em nota, a Petrobras afirmou que foi surpreendida pela decisão e que as condições co-

Mesa condutora do Seminário sobre a produção de petróleo e gás na Plataforma Equatorial, na Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), em Belém.

locadas originalmente pelo Ibama foram plenamente atendidas. A empresa também afirmou que o órgão havia reconhecido não haver embasamento legal para cobrar a realização da avaliação ambiental como condição para emissão da licença de operação para perfuração.

A empresa disse ainda que, em setembro de 2022, o Ibama sinalizou que a única pendência para a realização da avaliação pré-operacional seria a apresentação da licença de operação do Centro de Reabilitação de Fauna em Belém e as vistorias da sonda de perfuração e embarcações de apoio.

Segundo a nota, o Ibama vistoriou e aprovou o centro de despetrolização e reabilitação de fauna em fevereiro de 2023. A Petrobras também disse que o tempo de respos-

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SISTEMA FIEPA

ta para atendimento à fauna, em caso de vazamento, atende aos requisitos estabelecidos no Manual de Boas Práticas para manejo de fauna atingida por óleo do Ibama e que a licença em questão se restringe à perfuração de poço com o objetivo de verificar a “existência ou não de jazida petrolífera na Margem Equatorial”.

A coordenadora de Projetos Exploratórios, Ana Helena Rebelo Anaisse, e a gerente de Mudanças Climáticas, Raquel Campos Cauby Coutinho, palestraram sobre os “Projetos Exploratórios na Margem Equatorial e

Transição Energética”.

Ana Helena explicou, durante os seminários, que a Petrobras criou um Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD), em Belém, como parte integrante da estrutura de resposta a emergências, cuja Licença de Instalação (LI) e Licença Prévia (LP), foram emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS-PA). A palestrante apresentou a etapa posterior do projeto exploratório, a Avaliação Pré -Operacional (APO), um simulado de emergência que é uma exigência do IBAMA para a

concessão do licenciamento para a perfuração do poço Morpho, que será realizada a 175km em relação à costa do Amapá e em lâmina d’agua de 2880m.

Durante o evento, a Petrobras demonstrou que está envidando todos os esforços e mobilizando os recursos necessários para a realização da APO. Os recursos encontram-se no local onde será perfurado o poço e estão em processo de vistoria e testes operacionais, tanto pela Petrobras quanto pelo IBAMA, de modo a estarem aptos a realizar as operações. A data

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para a realização da APO será definida em breve, junto ao IBAMA. Após a realização dessa atividade, a emissão da licença ambiental deverá ser emitida pelo Órgão Ambiental, para o início da perfuração do poço, no bloco exploratório FZA-M-59, em região do Amapá Águas Profundas.

Para o vice-presidente da FIEPA, José Maria Mendonça, a reivindicação deve abranger além do Pará e do Maranhão, o Amapá, uma vez que essa decisão esdrúxula causará impactos nos três estados. “Temos que estar juntos nessas proposições que também devem envolver os políticos, pesquisadores e geólogos aqui da nossa re-

Para o vice-presidente da FIEPA, José Maria Mendonça, a reivindicação deve abranger além do Pará e do Maranhão, o Amapá, uma vez que essa decisão esdrúxula causará impactos nos três estados. “Temos que estar juntos nessas proposições que também devem envolver os políticos, pesquisadores e geólogos aqui da nossa região. Por isso, estamos abertos para criar um grupo de trabalho para tratar pontualmente sobre a exploração de óleo e gás em nossa nossa plataforma continental. E tentar reverter esse indeferimento equivocado, repito, e esdrúxulo do IBAMA", garante Mendonça.

gião. Por isso, estamos abertos para criar um grupo de trabalho para tratar, pontualmente, sobre a exploração de óleo e gás em nossa nossa plataforma continental. E tentar reverter esse indeferimento equivocado, repito, e esdrúxulo do IBAMA", garante Mendonça.

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SISTEMA FIEPA

O presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, representou a entidade, em uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado do Pará para debater soluções que garantam a execução do projeto de exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, considerada a nova fronteira energética nacional em águas profundas e ultraprofundas no Brasil.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

O presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), Alex Carvalho, representou a entidade, em uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, no mês de junho, para debater soluções que garantam a execução do projeto de exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, considerada a nova fronteira energética nacional em águas profundas e ultraprofundas no Brasil.

Requerida pelo deputado estadual Gustavo Sefer, a audiência pública ocorre após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) negar, em maio deste ano, a liberação da licença solicitada pela Pe-

trobras para a perfuração do poço no bloco FZA-M-59, no Estado do Amapá, localizado a mais de 500 km da foz do Rio Amazonas. A perfuração é um procedimento necessário para investigar o potencial da reserva e iniciar o processo exploratório na região.

Segundo Sefer, que também é autor do requerimento que estabeleceu a Frente Parlamentar para Estudos sobre a Exploração de Gás e Petróleo na Região Norte, o debate sobre a exploração na Margem Equatorial é antigo, porém e necessário para garantir a independência energética do país. Para a FIEPA, que nos últimos anos intensificou as ações e o posicionamento em favor da exploração de petróleo no Norte do País, por meio de encontros

e discussões com diversos setores da sociedade e lideranças econômicas, acadêmicas, sociais e políticas locais e nacionais, o projeto da Margem Equatorial representa uma oportunidade para que o Estado do Pará e a região Norte consigam desenvolver sua economia e garantir mais qualidade de vida para a população.“Então, enquanto entidade representativa da indústria do Estado do Pará, não podemos aceitar que nos tirem o direito de sonhar com a possibilidade de transformarmos efetivamente a realidade da sociedade muito pobre do nosso Estado que, paradoxalmente, é muito rico”, afirmou o vice-presidente da FIEPA.

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“Durante anos, diversos outros poços como esse já foram perfurados nessa mesma Margem Equatorial. Então isso não é nenhuma novidade. No entanto, acreditamos agora, encontramos um local que tem um maior potencial e ainda que todos nós entendamos a necessidade dessa transição energética, da utilização de cada vez mais energias renováveis, durante alguns anos ainda vamos depender sim, do petróleo porque absolutamente tudo depende do petróleo. E o nosso país precisa encontrar novas áreas de perfuração com capacidade de extração”, afirmou o Gustavo Sefer.

Para o superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, a atividade petrolífera na região vai beneficiar micros e pequenas empresas locais.

O deputado Estadual Iran

Lima também subiu à tribuna para falar sobre a importância do empreendimento para a economia do Estado do Pará. “Será uma nova pos-

“Ao defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial, nós estamos defendendo a preservação ambiental, acima de tudo. Os estudos indicam que há uma viabilidade econômica e um grande potencial de exploração em toneladas de barris de petróleo. Fazendo uma análise comparativa com os benefícios que essa atividade trouxe para outros estados é indubitável que o desenvolvimento que vai gerar será capaz de transformar a realidade do nosso Estado”, analisa Alex Carvalho.

“No nosso Estado 95,6% das empresas são micros e pequenas, e todas as vezes que grandes empreendimentos se instalam, como por exemplo, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte ou o Projeto Ferro Carajás S11D, essa cadeia periférica (de micros e pequenas empresas) é muito afetada, com o aumento da necessidade de padarias, papelarias, docerias, e essas empresas fazem a distribuição da renda”, explicou o superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno Jr.

sibilidade de crescimento na arrecadação brasileira, tanto da União quanto dos Estados e dos municípios que vão ser impactados por esse empreendimento. É uma atividade econômica nova para nós aqui, e o nosso principal imposto é o imposto sobre consumo, então automaticamente aumenta o consu-

mo da população paraense, cresce a nossa arrecadação e com isso toda a nossa população será beneficiada”.

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Sesi/Senai em Salinópolis

Aparceria da Prefeitura Municipal de Salinópolis e o Sistema FIEPA, por meio do Serviço Social da Indústria (SESI Pará) e do Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAI Pará), sempre foi benéfica para a economia do município que a cada ano vem crescendo. A expansão turística vivida pelo município requer um trabalho amplo de treinamento para que a cidade consiga atender toda a demanda local e os turistas que vem de todo o Brasil.

A expansão econômica do município, impulsionada especialmente pelo turismo, requer um desenvolvimento organizado, com planejamento em todos os setores, sobretudo na oferta de serviços e produtos, o que inclui a capacitação profissional. Por isso, desde 2021 o SENAI vem ofertando uma série de cursos no município a partir de suas unidades móveis, modernos laboratórios itinerantes que levam qualificação às localidades onde a entidade não possui unidade fixa.

Nesse período, já foram ofertados para a comunidade, gratuitamente, os cursos de Assistente Administrativo, Mecânico de Motocicletas, Costura Industrial, Moda Praia, panificação, Confeitaria e Construção, além das capacitações em andamento nas áreas de Modelagem de Roupas e Operador de Computador. No total, 450 pessoas já foram atendidas com os cursos do SENAI em Salinópolis.

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SESI/SENAI
O SISTEMA FIEPA, POR MEIO DO SESI E DO SENAI, REALIZA VÁRIAS AÇÕES COM FOCO NA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL, CIDADANIA, ESPORTE E LAZER EM SALINÓPOLIS

Para Dário Lemos, Diretor Regional do SENAI Pará e Superintendente do SESI Pará, fazer parte desse momento de mudanças do município é motivo de muita satisfação. “O SENAI preza pelo desenvolvimento das pessoas por meio da educação profissional, pois sabemos que isso gera oportunidades que transformam não só a vida de quem participa do curso, mas de toda a sua família, e isso contribui também para melhorar a realidade de toda uma comunidade”, diz Dário

Lemos.

Kaká Sena, prefeito de Salinópolis, também comemora a parceria com o SENAI. “Para nós é uma alegria e uma honra poder dar à nossa comunidade uma capacitação de uma instituição tão importante como é o SENAI. Temos certeza de que essas qualificações abrirão portas para essas pessoas, o que impulsionará a geração de emprego e renda em nosso município. É uma parceria que já tem dado resultados

“O SENAI preza pelo desenvolvimento das pessoas por meio da educação profissional, pois sabemos que isso gera oportunidades que transformam não só a vida de quem participa do curso, mas de toda a sua família, e isso contribui também para melhorar a realidade de toda uma comunidade”, diz Dário Lemos - Diretor Regional do SENAI Pará e Superintendente do SESI Pará.

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SESI/SENAI

e cremos que continuará gerando ainda mais oportunidades”, comenta.

Atletas do Amanhã

O SESI apoia em Salinópolis, entre outras iniciativas, o projeto Atletas do Amanhã, que visa envolver em atividades esportivas cerca de 800 crianças e adolescentes da rede pública de ensino, promovendo a cidadania e hábitos para vida saudável através dos valores do esporte.

O 1° Festival Esportivo do Projeto Atletas do Amanhã ocorreu no final de 2022. A ação educativa, realizada pelo SESI e pela Prefeitura Municipal de Salinópolis, através da Secretaria de

Educação - SEMED, contou com aproximadamente 500 alunos matriculados da rede municipal de ensino, na faixa etária de 7 a 14 anos.

O projeto acontece através de aulas orientadas pelos professores de educação física, nas seguintes modalidades esportivas: atletismo, futsal, vôlei e circuito funcional, estimulando o desenvolvimento das habilidades motoras e aptidões físicas dos alunos, promovendo um ambiente esportivo saudável, além da formação de bons cidadãos e futuros atletas.

O SESI apoia em Salinópolis, entre outras iniciativas, o projeto Atletas do Amanhã, que visa envolver em atividades esportivas cerca de 800 crianças e adolescentes da rede pública de ensino, promovendo a cidadania e hábitos para vida saudável através dos valores do esporte.

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Assinatura de Termo de Cooperação entre o Sistema FIEPA e a Prefeitura de Salinópolis, no aniversário de 120 anos do município.

Outras ações do SESI

No aniversário dos 120 anos de Salinópolis, o SESI organizou a 1ª Night Run Salinópolis, corrida de rua com percurso de 6km pelas principais ruas da cidade. O evento marcou a retomada das atividades após a fase mais crítica da pandemia. “Assim como fomos protagonistas no combate ao coronavírus em sua fase mais crítica, também fomos apoiadores dessas ações que trouxeram de volta o incentivo ao bem-estar das pessoas. A 1ª Night Run Salinópolis renovou nossas esperanças por dias melhores”, lembra José Conrado Santos, presidente do Sistema FIEPA.

Ainda em meio à pandemia, o SESI Pará, junto com o Conselho Nacional do SESI, doou 2.600 quilos de alimentos para moradores de baixa renda de Salinópolis, trazendo sustento e esperança para dezenas de famílias. “Essa doação foi um socorro para àqueles que ainda tentavam

se reerguer no momento de saída da pandemia, que infelizmente trouxe muitos prejuízos. Essa ação do SESI foi um símbolo de dias melhores e de recomeço para a nossa população”, comenta o prefeito de Salinópolis, Kaká Sena.

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HISTÓRICO

Salinas

O LOCAL ESCOLHIDO PARA SER COLOCADO O CANHÃO FOI UMA ILHA, QUE ERA A PONTA MAIS SALIENTE DA COSTA, HOJE ILHA DO ATALAIA, NOME DADO JUSTAMENTE POR TER SIDO ESCOLHIDA COMO LOCAL PARA SE “VIGIAR” “FICAR DE SENTINELA”

Oprimeiro nome atribuído ao município de Salinópolis foi “Virianduba” ou “Viriandeua”, que em Tupinambá significa, abundância de pássaros, característica marcante do município ainda nos dias atuais. A segunda denominação foi “Destacado”, escolhida pelo Governador e Capitão Geral do Maranhão André Vidal de Negreiros, responsável também pela administração do Pará entre 1655 e 1656. O nome foi criado quando o Capitão Negreiros incumbiu o Capitão-Mor do Pará, Feliciano Correa, de estabelecer uma atalaia, isto é, uma espécie de guarita construída em lugar elevado, para indicar aos navegantes da região a estrada da Barra de Belém por meio de tiros de canhão. Essa iniciativa contribuiu para prevenir o afundamento de embarcações nos recifes da costa paraense, dando destaque aos capitães envolvidos na vigilância da costa, por isso o título “Destacado”.

Em 1645 os jesuítas ensaiaram um princípio de localização, mas o fundador oficial da povoação foi André Vidal de Negreiro, que em 1656 reuniu alguns práticos e suas famílias em um pequeno povoado, localizado na Ilha do Atalaia no alto de um barranco de uns 20 metros de altura, de onde sinalizavam para as embarcações da proximidade dos recifes.

Antes da separação do Maranhão e do Pará, em 1774, Salinas pertencia a Capitânia do Caeté, criada pelo Decreto Lei de 25 de fevereiro de 1652. Esta Capitânia começava no rio Gurupi e se estendia 50 léguas de costa até o Guamá. (Relatório do Ouvidor do Maranhão bacharel João Antônio da Cruz Diniz, em 1751)

Dois elementos contribuíram na fundação da cidade: A fábrica de sal e a praticagem na Ilha do Atalaia.

Os primeiros a exercerem

a função de práticos neste município foram os índios, guiando as embarcações que faziam a rota Salinas/Belém e Salinas/São Luis. Eram profundos conhecedores dos rios, furos e enseadas desta região. Com a chegada dos portugueses foram promovidos a função de pilotos.

No período colonial, o Estado do Pará possuía muitas salinas, as quais eram mantidas na região por padres jesuítas. Estes recrutavam os índios Tupinambás já aculturados como mão-de-obra, sendo

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levados pela experiência da natureza a fabricar sal para salgar os peixes com os quais se abasteciam nas piracemas. A região de Virianduba, por sua vez, começou a prosperar e, pouco tempo depois, em decorrência das explorações de uma salina em seu território, foi-lhe atribuída o terceiro nome – “As Salinas” – alterado, posteriormente, para “Salinas” pelo Capitão General José de Nápoles Teles de Menezes em 1781, que elevou a região à categoria de Freguesia, sob o padroado de Nossa Senhora do Socorro de Salinas.

ATLÂNDIDA

Em 1882, Salinas foi elevada a município, cuja instalação ocorreu em 1884, obtendo, ainda, foros de Cidade em 1901. Já em 1920, foi estruturado um projeto de desbatizamento da cidade, objetivando trocar seu nome para “Atlântida”, que segundo os administradores, seria mais clássica e elegante. No entanto, esse novo título não correspondia à indústria salineira, característica que o nome atual na época naturalmente conseguia fazer, comunicando desde tempos

No período colonial, o Estado do Pará possuía muitas salinas, as quais eram mantidas na região por padres jesuítas. Estes recrutavam os índios Tupinambás já aculturados como mão-de-obra, sendo levados pela experiência da natureza a fabricar sal para salgar os peixes com os quais se abasteciam nas piracemas.

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Foto: Celso Lobo

O primeiro nome atribuído ao município de Salinópolis foi “Virianduba” ou “Viriandeua”, que em Tupinambá significa abundância de pássaros, característica marcante do município ainda nos dias atuais.

Foto: Celso Lobo

HISTÓRICO

remotos a vocação da região para a produção salineira. O decreto não foi baixado e o nome não foi alterado. Mas no ano de 1930, o município teve seu território anexado ao município de Maracanã até 1933, quando ocorreu sua segunda emancipação político administrativa. Em virtude de a legislação federal proibir a duplicidade de nomes de cidades e vilas, em 1943, Salinas passou a chamar-se Salinópolis. O topônimo de origem portuguesa significa “cidade de Salinas”. Aos habitantes locais dá-se a denominação de “salinopolitanos”. Em 1966, através da Lei Nº 3.798, Salinópolis foi transformada em Estância Hidromineral de Salinópolis.

ESTÂNCIA HIDROMINERAL

A instalação oficial ocorreu em 11 de fevereiro de 1967 e os seus prefeitos passaram a ser nomeados pelo Governador do Estado do Pará, permanecendo sob esta condição até o dia 29 de janeiro de 1985, quando por força de Decreto Presidencial, foram extintas as chamadas “Áreas de Segurança Nacional”, e com elas as nomeações de prefeitos pelos governadores. Dessa maneira, o município readquiriu sua autonomia político-administrativa, podendo eleger seus dirigentes através de eleição direta com o voto popular.

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HINO E BANDEIRA

Em 1920, foi criado um projeto para mudar o nome deste município. O nome para com o qual seria rebatizado era Atlândida, mas o mesmo não correspondia à industria salineira que no passado deu o nome de Salinas ao mesmo.

Pela falta de insistência, falta de decreto e o desinteresse do povo a mudança em jogo, em 1930 foi extinto o município e seu território foi anexado ao município de Maracanã, até junho de 1933 quando foi restabelecido.

Salinópolis da Amazônia é a cidade mais almejada, pois só ela dentre todas pelo Atlântico é banhada. Seu clima puro e seco, a todos nós saúde dá... E suas praias são tão lindas, que outras mais lindas não há.

Em Atalaia suas belas dunas, de fina areia alvinitente, fazem um belo contraste com o verde escuro arborescente.

Na bela praia do Maçarico, em ânsia vertiginosa, os doentes vão banhar-se na lama miraculosa.

O município de Salinópolis, de acordo com as estimativas do IBGE, no ano de 2021, possuía uma população de 41.164 habitantes. O percentual da população em idade de trabalho (que considera pessoas de 15 a 69 anos) foi de 72%, em 2021. Do total de pessoas inscritas no CadÚnico, cerca de 36% encontrava-se em situação de extrema pobreza.

Sua área total é de 226,120 Km2, com uma densidade demográfica de 157,40 habitantes/Km2. Salinas é um dos principais polos turísticos do Pará. Está localizado na região Nordeste paraense e a 220 quilômetros da capital, Belém.

A boa água do Caranã, cristalina, sulfurosa, dá saúde a toda gente que a bebe sequiosa.

Para os nautas Salinópolis é um seguro pioneiro. Apontar-lhes o caminho com seu farol mil altaneiro.

Por tão bela situação é uma cidade risonha. Por tudo isso Salinópolis é o paraíso da Amazônia.

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Fotos: Celso Lobo

HISTÓRICO

Os faróis de Salinópolis possuem importância histórica, que remonta aos idos do século XVII, quando Salinópolis fazia parte da Capitania do Maranhão, que tinha como Governador e Capitão Geral André Vidal de Medeiros, que ficou famoso pela resistência pernambucana contra o domínio holandês. A cidade foi então escolhida para abrigar uma atalaia, espécie de guarita construída para avisar os navegantes que percorriam o caminho Belém-Maranhão qual direção seguir. Na época, ao invés de faróis, utilizavase o sistema de fogueiras para orientar os navios que passavam pela região.

Aproveitando uma elevação de cerca de 15 metros sobre o nível do mar, os “práticos” –inicialmente caboclos e índios que trabalhavam no atalaia –acendiam uma fogueira durante a noite, para que os navios não se aproximassem dos arrecifes, e durante o dia havia um pequeno canhão, chamado de bombarda, que tinha a mesma finalidade. Construiu-se então o primeiro Farol ou Farol Velho, em 1848, cujas ruínas encontram-se até hoje na praia do Farol ficando parte delas exposta quando a maré está baixa. O material utilizado foi pedra e cal, que até hoje resiste às águas e desgastes do mar.

“Para os nautas Salinópolis é um seguro pioneiro. Apontar-lhes o caminho com seu farol mil altaneiro”.

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Os faróis de Salinópolis

O terceiro Farol é o que funciona até os dias de hoje. Localizado ao lado da Igreja Matriz, foi montado entre 1936 e 1937. Sua estrutura foi toda trazida da França pelo engenheiro francês Desiré Potart, responsável por sua construção e montagem. Possui 30 metros de altura e integra o complexo do Rádio-Farol da Marinha, estando sob a guarda do mesmo órgão.

Em 1916 foi construído o segundo farol, ainda na praia do Farol, mas em local mais alto e afastado das correntezas da maré.

O terceiro Farol é o que funciona até os dias de hoje. Localizado ao lado da Igreja Matriz, foi montado entre 1936 e 1937. Sua estrutura foi toda trazida da

França pelo engenheiro francês Desiré Potart, responsável por sua construção e montagem. Possui 30 metros de altura e integra o complexo do RádioFarol da Marinha, estando sob a guarda do mesmo órgão.

Aproveitando uma elevação de cerca de 15 metros sobre o nível do mar, os “práticos” –inicialmente caboclos e índios que trabalhavam no atalaia – acendiam uma fogueira durante a noite, para que os navios não se aproximassem dos arrecifes, e durante o dia havia um pequeno canhão, chamado de bombarda, que tinha a mesma finalidade. Construiu-se então o primeiro Farol ou Farol Velho, em 1848, cujas ruínas encontram-se até hoje na praia do Farol ficando parte delas exposta quando a maré está baixa. O material utilizado foi pedra e cal, que até hoje resiste às águas e desgastes do mar.

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Ruinas do Farol, Praia do farol Velho Fotos: Celso Lobo

HISTÓRICO

Farol de Salinas (Antigo Pharol do Apheu)

Na base de concreto do Farol de Salinópolis, por dentro da mureta que o protege, existe uma placa de identificação datada de 1937, ano de sua montagem naquele local; aparafusada sobre ela está a original de 1893 que veio no equipamento de sinalização marítima encomendado à fábrica F. Barbier et Cie., situada no número 82 da rue Curial em Paris:

O farol que desde 1937 está em Salinópolis compôs um pedido de 10 faróis feito em 1891 pela Marinha Brasileira ao engenheiro francês Fréderic Barbier; desses, de acordo com a Revista Marítima Brasileira, três foram especificados à construção com colunnas tubulares sobre esteios de rosca, systema Mitchell: Belmonte (BA), Rio Doce (ES) e Salinas (PA) – discriminado à Ponta do Atalaia onde já existia um farol sobre torre de alvenaria ameaçada de solapar pela invasão do mar.

O sistema construtivo denominado Mitchell fora inventado pelo engenheiro irlandês Alexander Mitchell para erigir arcabouços metálicos em terrenos instáveis; a firma F. Barbier et Cie. o utilizava quando demandada a desenvolver faróis completos, inclusive com habitação de faroleiros na própria estrutura:

Ao lado, acima, se vê dois faróis, anteriores à citada encomenda da Marinha em 1891, que já uti-

Salinópolis nos anos 1940 (pintura de E. Bastos cedida por Paulo Andrade)

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lizavam o Sistema Mitchell; no período de confecção desses faróis pré-moldados ainda era sócio de Fréderic Barbier o senhor Stanislas Tranquille Fenestre, morto em 1887 – Fréderic e Stanislas desde 1860 mantinham uma parceria produtiva que gerou a Barbier et Fenestre em 1862.

Note-se na pintura, a existência de habitação aos faroleiros, do que se via no de Salinópolis nos anos 1940 (pintura de E. Bastos cedida por Paulo Andrade)

E o Farol de Salinas foi à Ilha de Apehu: Dissemos que o Farol de Salinas fora encomendado em 1891 para substituir um farol velho [localizado onde hoje está parte de sua muralha na praia do Farol Velho, na Ilha (ou Pon-

ta) do Atalaia]; contudo, a torre de alvenaria desse farol velho, que ameaçava ruir pelo choque e varredura das marés altas em suas fundações, teve um reparo de baixo custo que deu solução aparentemente definitiva ao problema (o farol novo chegou em 1893 e só foi decidida sua montagem em 1901 noutro lugar); deste modo se vê a perda da serventia de um equipamento náutico que veio para ser instalado em Salinas em substituição ao velho (de 1852) que por oito anos de observação acurada diagnosticou-se firme.

O Diário Oficial da União, de 25AGO1909, revela o pagamento reclamado por Frederico Carlos Pusinelli, pela armazenagem de 412 volumes contendo as peças do pharol de Salinas, que estiveram no Trapiche S. João, naquele Estado (do Pará), desde janeiro de 1894 até setembro de 1901.

Estando a navegação em ritmo acelerado nesta parte do território brasileiro, armou-se, em setembro de 1902, o farol de fabricação francesa na Ilha de Apehu:

Fonte: FAU-UFPA.

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Foto: Celso Lobo

Salinas, um lugar perfeito para investir, viver e se divertir

Salinópolis, Salinas ou apenas Sal é a nossa SaintTropez da Amazônia. Antigamente formada somente por uma vila de pescadores, atualmente é um dos pontos turísticos amazônicos frequentados por turistas de várias partes do mundo.

A exploração turística e a ocupação imobiliária do local acompanham a transformação da cidade que a cada ano melhora os serviços e opções de estadia, laser e gastronomia. Além da infraestrutura, segurança e outros serviços públicos que se aperfeiçoaram. Atualmente o município possui o segundo maior número de leitos de hotéis do Pará, cerca de 10 mil vagas em hotéis pusadas e resorts a espera de turistas. Quem vai à primeira vez em Salinas nunca mais esquece e sempre planeja em voltar. Em algumas situações agora, tem famílias querendo morar,

fixar residência e melhorar de qualidade de vida.

Estamos falando de um lugar que é um perfeito misto de natureza e urbanidade. De muitas atividades turísticas, saborosa gastronomia, paisagens naturais de mangues, rios, igarapés, lagoas, praias, vilarejos encantadores, povo hospitaleiro, clima agradável.

PRAIAS

As praias são os principais componente da oferta turística do município de Salinópolis. Encontram-se na região algumas praias, rios de pequena extensão - porém sinuosos -, ilhotas e, ainda, áreas de dunas e extensos manguezais. As praias, no entanto, representam os atrativos mais procurados pelos visitantes atualmente. Destaca-se que a grande oscilação das marés faz com que as praias apresentam extensos bancos de areias e

formações de lagos em algumas épocas do ano. Por conta desse fenômeno, durante um mesmo dia é possível visualizar diferentes paisagens em uma mesma praia.

Com relação à diversidade de praias, Salinópolis apresenta um conjunto de mais de dez praias de areia fina e branca.

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ESPECIAL

As praias do Atalaia, Corvina, Maçarico, Farol Velho, Maria Baixinha, Cuiarana, Praia do Espadarte e Marieta são as mais famosas de Salinópolis. São mais de 20 km de praias de água salgada e dunas de areia fina banhadas de sol a maior parte do ano.

A economia do município gira em torno da pesca e do turismo, voltado para as

praias. Por esse motivo, o local atrai muitos visitantes durante o ano inteiro mas principalmente no mês de julho e ano novo.

Com águas mornas, difere das outras águas de praia do litoral brasileiro onde apesar de fazer sol, a água é fria. Em Salinas a maré sobe e desce e quando está baixa pode entrar carros.

No âmbito estadual, a cidade possui quatro bens tombados pelo DPHAC/ Secult, desde 1994: o Lago do Pedalinho, Praia do Maçarico, Praia do Atalaia e o Farol de Salinas.

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Foto: Celso Lobo

ESPECIAL

Acada visita à cidade de Salinópolis percebe-se o impacto de como a cidade está mudando, sobretudo na região do Atalaia onde vêm sendo instalados, em ritmo acelerado, grandes resorts, parques aquáticos e outros empreendimentos de semelhante porte. Por conta da chegada desses novos negócios, o município já ostenta outros ares quando o assunto é turismo. Para atender a essa demanda, a estrada de acesso à praia do Atalaia foi duplicada, muitas ruas do entorno foram asfaltadas, grandes empreendimentos se instalaram e foi inaugurado o novo aeroporto e até mesmo na construção da tão reivindicada e sonhada orla. Com isso, é visível uma preferência das pessoas por casas, apartamentos, hotéis e pousadas nessa parte hoje privilegiada do Sal. Se antes a procura era mais concentrada nas regiões do Laguinho e do Maçarico, hoje a "menina dos olhos" de quem quer ter um imóvel ou visitar o balneário é a região do Atalaia. Até a vida noturna que sempre teve seu foco na área do Maçarico, hoje vê alterada essa rotina, com o Atalaia dividindo essa preferência e se transformando, aos poucos, no grande point de encontro de jovens e de famílias. Salinópolis, enfim,

Hoje, como uma explosão, novos resorts, hotéis, pousadas, que se instalaram no município, podemos notar o cenário mudar radicalmente, principalmente na região do Atalaia, de acesso à praia principal.

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com cheiro de modernidade, mas com muita coisa ainda a ser feita principalmente no que se refere à preservação de suas praias e de toda sua beleza natural para futuras gerações.

RESORTS

No passado, a chegada dos hoteis Privê do Atalaia e Amazônia Atlântico Resort (Cuiarana) deu um grande salto no turismo de Salinópolis pois ambos representaram uma significativa melhora no padrão de hospedagens naquele balneário. Por muito tempo, os dois empreendimentos reinaram praticamente sozinhos para quem procurava uma melhor estrutura de conforto e de lazer. Hoje, como uma explosão, novos resorts, hotéis, pousadas, que se instalaram no município, podemos notar o cenário mudar radicalmente, principalmente na região do Atalaia, de acesso à praia principal. Prédios grandiosos surgem à beira da estrada e, com eles, uma estrutura completa para quem não abre mão de conforto e de comodidade em suas férias. Canteiros de obras para todos os lados, colocando Salinas em uma outra fase de sua história. O Salinas Park Resort já está em pleno funcionamento e muitos outros estão programados para inaugurar nos próximos anos.

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É visível uma preferência das pessoas por casas, apartamentos, hotéis e pousadas nessa parte hoje privilegiada do Sal.
Fotos: Celso Lobo

ESPECIAL

AQUALAND PARK E RESORT.

Outro empreendimento localizado em Salinópolis, no polo turístico Amazônia Atlântica é o Aqualand Park e Resort, nome do maior parque aquático de padrão internacional do norte do Brasil. Com um investimento superior a R$ 250 milhões e mais de 15 atrações espalhadas por aproximadamente 200 mil metros quadrados de área, o Aqualand Resort tem, um dos cinco maiores parques aquáticos do Brasil e um dos dez principais da América Latina.

O empreendimento, com torres hoteleiras, já promoveu a geração de empregos para cerca de 900 pessoas na fase

de construção e 300 na fase de operação. O acesso ao empreendimento fica na estrada do Atalaia. O Governo do Estado incentivou através da redução de impostos na aquisição dos equipamentos

Esse é um projeto que traz consigo uma outra dimensão ao turismo do município de Salinas, assim como ao Pará, sob a ótica da atividade econômica.

Entre as principais atrações do Aqualand estão a enorme piscina de ondas, rio lento, vários toboáguas e ilha infantil. A principal estrela é o “EL LOCO”, o primeiro toboágua com loop do norte e nordeste, atração existente somen-

te em outros dois parques ainda em construção no sul e sudeste do Brasil. O parque aquático tem diversão garantida para o público de todas as idades, com capacidade para receber até 5 mil pessoas por dia, com opções de ingressos diários, múltiplas entradas ou passes anuais. O parque conta ainda com restaurantes, hamburguerias e pizzarias, além de abrir para aulas de surf na piscina com ondas pela manhã, canoagem no Rio Lento e espaço para shows.

O Aqualand Resort tem ainda uma torre de unidades hoteleiras dentro do complexo, o Aqualand Suítes. Um dos grandes diferenciais é a opor-

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tunidade do cliente ter seu apartamento dentro do parque aquático, de estar dentro da diversão. Pouquíssimos lugares no mundo possuem esse privilégio.

A obra vultosa capitaneada pela Sall Incorporadora, conta com a participação dos maiores players do ramo na América do Sul. Com projeto do escritório paulista Carlos Mauad Arquitetura & Planejamento e consultoria da TC Brasil - Vacation Ownership Consulting, o Aqualand Resort representa um novo marco para o turismo paraense, incrementando sobremaneira a oferta de produtos turísticos do Estado.

Entre os principais empreendimentos instalados no município, também está o primeiro Resort de padrão internacional do Norte, a GAV Resorts que finalizou as obras de seu primeiro empreendimento em Salinópolis, com investimento de R$ 108 milhões e VGV (valor geral de vendas) de R$ 180 milhões, investimento de R$ 88 milhões nas obras e mais de R$ 20 milhões na comercialização do empreendimento, o Salinas Park Resort conta com 320 apartamentos, totalizando 3840 frações (100% vendidas em 24 meses) e mais de 2500 proprietários. Com o início das operações hoteleiras no resort, a GAV

Resorts gerou 130 empregos diretos e 300 indiretos.

Prospectar, superar adversidades e crescer.

Com essas prerrogativas o município de Salinas traçou suas estratégias e começou a viver uma verdadeira revolução econômica.

De acordo com o projeto PERFIS ECONÔMICOS VOCACIONAIS DOS MUNICÍPIOS PARAENSES, promovido com recursos próprios do orçamento da FAPESPA, que teve como objetivo maior difundir e apresentar a potencialidade dos municípios paraenses, proporcionando ao poder público, ao setor privado e a todos os cidadãos

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ESPECIAL

um maior conhecimento da potencialidade econômica da sua respectiva cidade. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma em valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos em Salinópolis em 2020, alcançou o patamar de R$ 569 milhões, valor este que se apresenta acima do PIB médio da Região do Caeté (R$ 393 milhões). Em termos de PIB per capita, obteve o valor de R$ 14 mil, encontrando-se assim abaixo da média do Estado (R$ 25 mil), em 2020.

Na atividade Industrial, ao se considerar o consumo de energia elétrica da indústria em milhões de kWh, o município de Salinópolis apresentou consumo de 4,8 kWh, em 2021.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego relativos a 2021, Salinópolis possuía 391 empreendimentos formais, os quais foram responsáveis pela geração de 4.304 empregos formais, tendo uma remuneração média do trabalhador formal de R$ 1.893.

Em termos de investimentos privados previstos para região onde o município está situado, se esperam investimentos na ordem de R$ 75 milhões, até 2030.

Em 2021, Salinópolis registrou uma receita corrente de R$ 114,2 milhões e uma despesa de R$ 103,7 milhões, obtendo um superávit de R$ 10,5 milhões. Entre 2014 e 2021 o município vem apre-

sentando um resultado primário superavitário médio da ordem de R$ 9,1 milhões ao ano.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego relativos a 2021, Salinópolis possuía 391 empreendimentos formais, os quais foram responsáveis pela geração de 4.304 empregos formais, tendo uma remuneração média do trabalhador formal de R$ 1.893.

Em termos de investimentos privados previstos para região onde o município está situado, se esperam investimentos na ordem de R$ 75 milhões, até 2030

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EMPRESAS ATIVAS

Salinópolis ocupa o 29° lugar no ranking de empresas ativas no Estado, com 2.909 empreendimentos. Destes, 412 são de empresários individuais; 1.940

MEI (Microempresa Individual); 210 Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada); 321 Sociedades Limitadas; 12 Sociedades Anônimas; sete cooperativas e sete de outros segmentos.

O prefeito de Salinópolis, Carlos Alberto Sena Filho, disse que vem investindo na modernização dos serviços prestados pela prefeitura, pois entende que integração

Segundo ele, “o município está em desenvolvimento econômico, e muitas empresas querem

se estabelecer aqui. Então, é fundamental tornar esse ambiente atrativo e desburocratizar os processos de abertura de empresas, para desta forma aumentar nossa geração de emprego e renda local”.

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional/Ministério da Economia e do Estudo elaborado pela FAPESPA. Em 2021, Salinópolis registrou uma receita corrente de R$ 114,2 milhões e uma despesa de R$ 103,7 milhões, obtendo um superávit de R$ 10,5 milhões. Entre 2014 e 2021 o município vem apresentando um resultado primário superavitário médio da ordem de R$ 9,1 milhões ao ano.

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional/Ministério da Economia e do Estudo elaborado pela FAPESPA. Em 2021, Salinópolis registrou uma receita corrente de R$ 114,2 milhões e uma despesa de R$ 103,7 milhões, obtendo um superávit de R$ 10,5 milhões. Entre 2014 e 2021 o município vem apresentando um resultado primário superavitário médio da ordem de R$ 9,1 milhões ao ano.

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Fotos: Celso Lobo

ESPECIAL

Morar numa praia, na beira do mar é um sonho para muitas pessoas. Atalaia, Farol Velho, Maçarico em Salinas são paraísos cobiçados pela classe média alta, daqueles que procuram descanso e querem conforto e privacidade. A imagem da casa na beira da praia, sugere, devaneios de repouso, de fuga e distância dos centros urbanos frenéticos, engarrafados, estressantes, violentos. Poder se balançar numa rede, numa varanda ventilada, sem pressa para levantar, sentir no rosto o vento da maresia. Isso não tem preço. Nesse “paraíso” o veranista perde-se como num sonho de verão. Entre o bucolismo e a nostalgia, o lugar também pede o encontro com a família e amigos. Um reencontro que se ativam laços, outrora desprendido por conta do caos urbano e da rotina frenética.

Sol, praia, vento, mar, amor, amizade. Não há beleza tão igual quanto a beleza do litoral. Todo mundo tem um Sonho em comprar aquela casa de praia.

Avaliando a estimativa do PIB por atividades, observa-se que Salinópolis tem em Atividades imobiliárias seu principal polo gerador de riqueza, seguido pela Comércio.

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Casas, Hotéis, Resorts, Pousadas, refletem a dinâmica territorial de Salinas, um canteiro de obras por todos os lados.

Avaliando a estimativa do PIB por atividades, observa-se que Salinópolis tem em Atividades imobiliárias seu principal polo gerador de riqueza, seguido pela Comércio.

A cada ano, o número de casas só cresce, e cada vez mais há investimentos na área. Devido a esse crescimento da procura de residências, e por conta da carência de áreas para construção de uma casa de veraneio própria, estão crescendo condomínios fechados e luxuosos na praia do Atalaia e adjacências, investidores enxergam grandes oportunidades em condomínios a beira-mar, não só para venda, construir para alugar também é um grande investimento, por conta da demanda de quem não quer ter custos com manutenção e preservação do patrimônio. Assim, diversos condomínios na praia foram construídos nos últimos anos, muitos trazendo vantagens de encantar qualquer um.

Infraestrutura, áreas de lazer, segurança, privacidade, conforto e principalmente requinte. Essas são as principais características de condomínios desse nível com um padrão elevado. Além disso, quem não queria ter tudo isso e morar, passar as férias, a poucos metros de uma praia paradisíaca? Com esses empreendimentos, além de desfrutar dos benefícios de um condomínio de alto padrão, você ainda pode aproveitar toda a exuberância das praias próximas a você.

Com tudo isso, há uma necessidade de elaborar um Plano Diretor para Salinas para definir as normas fundamentais de ordenamento da cidade.

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Foto: Celso Lobo

ATRATIVOS NATURAIS

Praia do Atalaia

O Paraíso da Costa Atlântica

Atalaia

A região do Atalaia concentra as praias que recebem o maior fluxo turístico da cidade. Integram-se a essa região as praias do Atalaia, do Farol Velho e a Ponta dos Cocais. O acesso se dá uma por uma estrada asfaltada que se encontra em boas condições de tráfego. São 15 quilômetros a partir da entrada da cidade. No caminho há diversos hotéis e pousadas de pequeno porte, que funcionam, em sua maior parte, apenas durante a alta temporada

No trecho final da estrada, que permite o acesso à praia do Atalaia, concentram-se os principais hotéis, reesort e pousadas da região, além de alguns restaurantes que só funcionam durante a alta temporada.

Foto: Celso Lobo / >Ensaio do Casal Raquel e DanielPraia do Atalaia as 6hs da manhã

ATRATIVOS NATURAIS

Atalaia

Oh, vento!

Me enche as velas de sonho que eu vou partir, Mas vou voltar

Me salga por dentro do corpo, para eu não esquecer Deste lugar,

Atalaia, solitária

Um deserto de sal

Vendaval, espanta o mal, Conserva a cor, Do teu sal no meu corpo Velejar, preamar, vou voltar

Oh, vento!

Me leva contigo pras dunas brilhantes do cais À beira-mar, Não faz maresia, Atalaia, senão vou virar E acordar

Atalaia, solitária

Um deserto de sal

Vendaval, espanta o mal, Conserva a cor, Do teu sal no meu corpo Velejar, preamar, vou voltar

Guilherme Coutinho

Na exposição da Semana Cultural BrasilNoruega em 2016. Esta fotografia de Celso Lobo foi premiada na Embaixada Brasileira, em Oslo, na Noruega.

Foto: Celso Lobo

ATRATIVOS NATURAIS

A Praia do Atalaia é a mais famosas de Salinópolis, é também uma das mais movimentadas durante a alta temporada. Costuma receber um grande número de turistas todos os anos, que aproveitam para relaxar e tomar um refrescante banho de mar que possui ondas fracas e médias. De águas mornas é propício o banho e prática de esportes náuticos. Possui cerca de 20 quilômetros de extensão, ao longo de sua orla apresenta uma grande oferta de estabelecimentos de alimentação, formada quiosques construídos em palafitas sobre a areia da praia. No verão o lugar costuma ser bastante procurado por jovens, que aproveitam para praticar esportes e conhecer novas pessoas. Com boa infraestrutura, não faltam pousadas e hotéis próximos, além de bares e restaurantes que servem o melhor da culinária local.

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Atualmente o turismo da cidade sofre com a sazonalidade, recebendo a maior parte dos visitantes nas férias de julho, feriados prolongados e de fim de ano, que procuram as praias e belezas naturais da região.

Fotos: Celso Lobo

ATRATIVOS NATURAIS

Em função da ampla faixa de areia existente na praia durante parte do dia, turistas costumam passar o dia em mesas fornecidas por algum quiosque, geralmente colocadas ao lado dos carros. O fluxo de veículos é bastante intenso durante a alta temporada.

Seguindo em direção à ponta direita da praia, após passar por todos os quiosques, encontrase uma área onde as altas da maré não permitem que carros

de passeio cheguem. Assim, apresenta um ambiente muito mais calmo e tranquilo, onde é possível encontrar algumas casas de pescadores da região, também conhecidos como “ranchos”, e uma vasta área de areia quando a maré está baixa. Atalaia, com seus ventos fortes, é ideal para a prática de veleiros, surf para-paint.

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Fotos: Celso Lobo

ATRATIVOS NATURAIS

Praia do Farol Velho

Praia do Farol Velho. Do outro lado da praia do Atalaia, à esquerda do acesso principal à praia, tem-se uma enorme curva com formações rochosas, que dá acesso à Praia do Farol Velho. O acesso mais fácil é feito por ruas de terra, a partir da rua principal, asfaltada. Após cerca de 10 minutos de carro, passando por diversos condomínios e casas de veraneio, se encontra alguns acessos à praia do Farol Velho. A praia possui restaurantes e é preferível para quem quer maior tranquilidade em períodos de veraneio.

A praia do Farol Velho é outra incrível atração de Salinas. O cenário tranquilo é perfeito para apreciar o pôr-do-sol e praticar caminhadas ao ar livre.

Foto: Celso Lobo

É possível também entrar de carro na Praia do Farol Velho, mas a maré nesse trecho não permite que os veículos fiquem estacionados, pois a extensão da parte de areia é menor que a do Atalaia.

Nesse trecho tem-se a possibilidade de caminhar até a Ponta do Farol Velho, de onde é possível avistar a praia do Maçarico. Há diversas casas de veraneio beirando a orla. Dessa forma, essa praia apresenta um ambiente mais familiar e tranqüilo, há poucos estabelecimentos de alimentação, como restaurantes quiosques e barracas, apenas ambulantes. Quando a maré está baixa, é possível ver os restos da construção do Farol Velho, que ainda permanecem enterrados na areia.

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Fotos: Celso Lobo

ATRATIVOS NATURAIS

Lago da Coca-Cola

O lago recebeu essa denominação por causa da cor escura de sua água. Possui águas límpidas, mas permanece seco durante metade do ano. É envolto por vegetação arbustiva e rodeado por duas dunas, onde é possível realizar atividades esportivas, comoo ski de areia.

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Fotos: Celso Lobo

Praia do Maçarico

É a mais conhecida da região. Apresenta grande extensão, além de possuir uma grande área de mangue. O acesso a ela se dá por diferentes vias asfaltadas, pelo centro da cidade. Nessa praia é muito mais visível a oscilação da maré, formando grandes extensões de areia e possibilitando paisagens diferentes ao longo do dia.

Nas áreas de mangue ainda é possível avistar alguns ninhais de garças e guarás, bem próximos às ruas. Em uma parte de sua extensão, recentemente foi construída a Orla do Maçarico, que apresenta uma grande oferta de estabelecimentos de alimentação, além de pistas de cooper, estacionamento e um posto de informações turísticas.

Os restaurantes e lanchonetes funcionam, em sua maioria, apenas na alta estação.

Destaca-se que a orla foi construída a certa distância da areia, sendo intermediada por uma extensa área de mangue. Dessa forma, apenas em alguns pontos dessa orla é possível o acesso à praia.

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Fotos: Maycon Nunes Ag. Pará

ATRATIVOS NATURAIS

Ponta do Espadarte

A Praia do Espadarte é um dos mais belos redutos ecológicos e turísticos com cenário paradisíaco que Salinópolis abriga. Aqui, de um modo geral, pode-se desfrutar de uma tranquilidade e de uma riqueza biológica que o lugar apresenta. A ponta do Espartarde, como também é conhecida, possui 2 lados banhados pelo Rio Arapepó e o mar do oceano Atlântico. O local é uma boa opção para quem busca relaxamento em meio ao contato com a natureza.

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Fotos: Celso Lobo
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ATRATIVOS NATURAIS

Praia das Corvinas

Ao final da Orla do Maçarico há uma pequena ponte de concreto, que atravessa o mangue e dá acesso à Praia das Corvinas. A praia tem uma área extensa, com enormes bolsões de areia oscilando com a maré. É possível realizar caminhadas e pode-se contemplar o pôr-do-sol. No percurso também é possível observar espécies de flora e fauna típicas das áreas amazônicas litorâneas, como o agiru, agiru preto, tinteiros, siriúbas, além de espécies

de aves como guarás, garças e maçaricos. Por não possuir infraestrutura de apoio, não há estabelecimentos de alimentação, como quiosques e barracas, apenas ambulantes. Por isso, a praia não recebe muitos fluxos de turistas.

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Ponta dos Cocais

Trata-se de uma encosta com uma área de mangue do lado direito, e algumas ilhas do lado esquerdo, como a Ilha de Itaranajá e Coroa Nova (essa última já no município de São João de Pirabas).

Na paisagem visualizamos alguns currais no mar, que são armadilhas de pescadores formadas por grandes estacas encravadas na areia, e cujo mecanismo de funcionamento segue as oscilações da maré. Caminhando

sobre a área de mangue no pé da encosta tem-se contato com uma lama sulfurosa, cujos componentes, dizem os moradores, fazem bem à pele. Passando essa área de mangue, avista-se um imenso coqueiral, que se constitui em propriedade particular. Na área de mangue é possível visualizar uma diversidade de espécies, com a possibilidade de avistar um “poção”, local de reprodução do peixe Mero, protegido pelo IBAMA.

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ATIVIDADES PRODUTIVAS

A pesca e as comunidades tradicionais de Salinópolis

Breno Portilho de Sousa Maia2

Leandro Maciel Freitas3

Marcos Ferreira Brabo4

João Vicente Mendes Santana5

Francisco Carlos Alberto Fonteles Holanda6

No município de Salinópolis a pesca tem caráter artesanal, destacando-se a canoa a vela ou a remo como principal tipo de embarcação (38,28%) utilizado na atividade. É realizada com redes, espinhel, curral e anzol. A pesca na região assume papel fundamental na contribuição da segurança alimentar para as famílias que vivem da pesca e representa fonte vital de alimentos e renda para os pescadores artesanais.

Foto: Celso Lobo

CARACTERIZAÇÃO DA PESCA

No município de Salinópolis a pesca tem caráter artesanal, destacando-se a canoa a vela ou a remo como principal tipo de embarcação (38,28%) utilizado na atividade. É realizada com redes, espinhel, curral e anzol. A pesca na região assume papel fundamental na contribuição da segurança alimentar para as famílias que vivem da pesca e representa fonte vital de alimentos e renda para os pescadores artesanais. Os principais produtos das capturas são peixes seguidos dos crustáceos e moluscos. Os pontos de pesca (localmente denominados de pesqueiros) se localizam próximo à costa e os pescadores se deslocam até eles utilizando embarcações motorizadas e não motorizadas (vela ou remo). As pescarias realizadas nas comunidades são voltadas para os rios e estuário próximos à comunidade. De acordo com os dados da pesquisa de 2016, feita para à proposta de criação da Resex Salinópolis, onde pescadores foram entrevistados, a pesca é normalmente realizada entre membros da mesma família, amigos ou parceiros de trabalho na comunidade, sendo uma atividade

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As principais atividades desenvolvidas no município são a pesca (96%), associado ao trabalho com a agricultura (67%), 48% são assalariados, pensionistas ou aposentados, 44% trabalham com a “tiração” de caranguejo, outros 41% também extraem mexilhões, 37% com a pesca do camarão, 33% recebem algum benefício social como bolsa família, 22% confeccionam e vendem apetrechos de pesca, 19% fazem à cata de massa de caranguejo, 11 se consideram curralistas, 7% trabalham com extrativismo vegetal com venda de frutos como bacuri e cupuaçu, 7% constroem barcos ou canoas e 4% extraem Ostras, entre outros.

predominantemente masculina. Os pescadores normalmente aprenderam a pescar com parentes e vizinhos desde a infância, alguns escolheram ser pescadores mesmo fazendo parte de uma família de agricultores.

Os pescadores do município de Salinópolis possuem profundo conhecimento tradicional sobre o pescado e a interação ecológica sobre este e o meio ambiente. Conhecem as formas de capturada de pescado e épocas de captura de cada recurso pesqueiro, bem como sua biologia e ecologia. Este conhecimento tradicional é importante fonte de informações e pode ser utilizado para gerar dados para pesquisa científica e implementação de futuras políticas públicas voltadas para o manejo da pesca. Segundo informações dos

pescadores entrevistados, nos últimos anos a quantidade do pescado tem diminuído, o motivo principal seria a pesca predatória, principalmente a pesca de rede apoitada. Outro motivo citado é o assoreamento dos corpos d’água, como rios e igarapés, que são ambientes propícios à alimentação e reprodução de algumas espécies de peixes como a tainha (Mugil curema) e os bagres (Arius sp). Outros motivos da diminuição da quantidade de pescado seria a quantidade de peixes que se estraga nos currais de enfia na época da safra. De acordo com Isaac (2006) ao longo do tempo houve um decréscimo significativo do nível de captura do pescado e uma intensificação da exploração dos principais estoques pesqueiros na região do salgado paraense. De acordo com Ramalho & Brasil (2016) no decorrer do ano cada recurso tem seu período de safra, os ciclos dos pescados ou recursos pesqueiros aparecem e desaparecem por meio de questões naturais ou devido às intervenções humanas no ambiente.

Apresenta um razoável nível de organização social, representado pela Colônia de Pescadores Z-29, com 2.450 sócios e pela Caixa Pesqueira com 55 sócios.

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Fotos: Celso Lobo Fotos: Celso Lobo

ATIVIDADES PRODUTIVAS

Trapiche do Mercado do Peixe
Foto: Celso Lobo

POTENCIAL PESQUEIRO

Salinópolis apresenta um bom potencial pesqueiro que necessita ser explorado em bases empresariais. Existe uma grande falta de mercado, em níveis nacional e mundial, para consumo de pescado da ordem de 28 milhões de toneladas segundo estimativas do Banco Mundial e da FAO (Organização para Alimentação e Agricultura). É neste contexto que se pode inserir a pesca de Salinópolis promovendo, inclusive a verticalização de produção, com a implantação de um complexo industrial pesqueiro.

As espécies mais extraídas são as seguintes:

- Bagre (Bagre sp.)

- Bandeirado (Bagre marinus)

- Corvina (Micropogon sp.)

- Dourada (Brachyplatystona flavicans)

-Pescada amarela (Cynoscion acoupa)

- Pescada gó (Cynoscion spp.)

Outras espécies pescadas no mar, estuário ou rio, com rede, espinhel, curral, linha, anzol, tarrafa, são consumidas e comercilizadas o ano todo ou em estação, pelos pescadores, entre elas: Arraias, Bagre, Bandeirado, Bejupirá, Cação, Cambeua, Camorim, Cangatã, Carápitanga, Carataí, Caraximbó, Cioba, Cinturão ou espada, Corvina,

Espécies pescadas no mar, estuário ou rio, com rede, espinhel, curral, linha, anzol, tarrafa em Salinas (PA) Arraias, Bagre, Bandeirado, Bejupirá, Cação, Cambeua, Camorim, Cangatã, Carápitanga, Carataí, Caraximbó, Cioba, Cinturão ou espada, Corvina, Cururuca, Dourada, Gó, Guaiuba, Gurijuba, Jurupiranga, Mero, Pacamum, Paru, Peixe-pedra, Pescadaamarela, Pescadabranca, Piramutaba, Pratiqueiracaíca, Sajuba, Sardinha, Serra, Tainha, Timbiro, Uricica, Uritinga, Xaréu

Cururuca, Dourada, Gó, Guaiuba, Gurijuba, Jurupiranga, Mero, Pacamum, Paru, Peixepedra, Pescada-amarela, Pescada-branca, Piramutaba, Pratiqueiracaíca, Sajuba, Sardinha, Serra, Tainha, Timbiro, Uricica, Uritinga, Xaréu...

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Foto: Celso Lobo

ATIVIDADES PRODUTIVAS

O município de Salinópolis apresenta um grande potencial turístico, sendo um dos destinos mais procurados em época de veraneio, movimentando a economia e proporcionando um incremento substancial na sua população.

Neste período, o consumo de pescados aumenta significativamente, por ser um recurso típico de cidades litorâneas e está entre os principias pratos oferecidos pela maioria dos restaurantes, sendo comercializado nas suas mais diferentes formas. Devido ao aumento

da demanda, opescado sofre reajuste no valor de venda, com aumento de mais de 20% para o consumidor.

Segundo os locatários do mercado municipal, nesta época, o faturamento aumenta em até quatro vezes em relação a outros períodos do ano, e a pescada amarela e a gurijuba despontam como as principais espécies comercializadas, sendo a primeira vendida principalmente em forma de filé.

A rede hoteleira conta com 38 estabelecimentos entre pousadas e hotéis, a maioria localizada próximo às praias,

A pesca representa principal atividade econômica de Salinópolis, visto que movimenta o comércio local e envolve um grande contingente de pessoas. É praticada em sua totalidade de forma artesanal, explora uma grande variedade de espécies e abastece principalmente o mercado local (FERRO).

e mais de 130 restaurantes que compram o pescado in natura no mercado municipal e comercializam com valor agregado para seus clientes, o consumidor final da cadeia produtiva.

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Arte: Edilberto Lima Série: Barcos da Amazônia

ATIVIDADES PRODUTIVAS

PESCA DE MARISCOS

Os mariscos coletados e comercializados em Salinópolis, seja o camarão, o siri, o caranguejo, turu, o sururu, o mexilhão e a ostra são as iguarias que o turista procura em sua estadia para se deliciar. Para quem procura por uma culinária mais leve e ainda sim com o máximo de sabor, os mariscos são excelentes opções servidos nos restaurantes das praias do Atalaia, Farol Velho, Maçarico, Cuiarana, hotéis, pousadas, em toda parte tem marisco para consumo.

Usados para o preparo de diversos pratos, eles caem muito bem como entrada e até mesmo como prato principal O mexilhão é o marisco mais consumido e comercializado atualmente na região de Salinópolis, sendo encontrado com abundância na região, porém a coleta predatória está fazendo com que os estoques estejam diminuindo. A produção gastronômica é

um dos mais belos cartões postais de Salinópolis, tendo como matéria prima os mais deliciosos produtos que o mar nos oferece, produtos de procedência local, oferecendo assim pescados frescos e com alta qualidade.

Diversos restaurantes estão empenhados em oferecer pratos à base de frutos do mar de qualidade, feitos a partir de ingredientes sempre frescos

e de ótima procedência, para propiciar o manjar do verão, tendo como cenário praias ou um pôr do sol esplêndido no litoral Atlântico.

BENEFÍCIOS

Consumir frutos do mar e peixes tem se tornado um hábito cada vez mais comum em nossas rotinas. Apesar da popularidade, muitas pessoas ainda não sabem exatamente quais as vantagens atreladas ao consumo desses alimentos. O consumo de frutos do mar e peixes com maior frequência, pode melhorar a saúde em diferentes aspectos. O camarão é um alimento que possui poucas calorias, é rico em proteínas, cálcio, iodo, zinco, vitaminas do complexo B e selênio – mineral que auxilia no fortalecimento do sistema imunológico. Além disso, trata-se de um fruto do mar

Fotos: Marujo Grills

que favorece o sistema nervoso central, sem dúvida, um dos frutos do mar mais populares nas casas e praias de Salinas, sendo consumido em diferentes ocasiões, como aperitivos, entradas, refeições e porções.

Ostras Frescas, com limão é uma irresistível iguaria, que é consumida em diversas partes do mundo. A ostra é rica em zinco, um dos nutrientes requeridos para a produção do hormônio masculino, a testosterona, fonte de proteína, minerais e possui reduzido valor calórico. Em Salinópolis, devorar a iguaria in natura, ao bafo ou gratinada, recém-colhidas é um programa imperdível, tanto para nativos quanto para turistas e que pode ser realizado em qualquer época do ano.

REVISTA PZZ 69

Kaká Sena

O Prefeito do Social

REVISTA PZZ - Prefeito, como está sendo a experiência do seu mandato até o presente momento e quais as principais obras e projetos que o Sr realizou mais significativos?

Kaká Sena - Depois de vencermos uma eleição com disputa muito polarizada, me senti na obrigação de mostrar ao povo de Salinópolis que nosso propósito na gestão da prefeitura é verdadeira e séria. Logo quando assumirmos, reuni com a nossa equipe de secretários e decidimos que faríamos a melhor gestão que Salinas já teve em sua história. E aí eu me deparei com o grande desafio de assumir a gestão de um município que é um dos destinos de veraneio mais procurados no Estado. Recebemos por ano, mais de 1 milhão de visitantes do Pará, de outros estados brasileiros e do exterior, principalmente durante as férias escolares, feriados e nas festas de fim de ano, fazendo do turismo a

grande vocação econômica do nosso município.

Além dos turistas, nossa principal preocupação é a população e com o setor empresarial que se instalou na cidade, envolvendo hotéis, pousadas, bares, restaurantes, supermercados, postos de gasolina, comércios e serviços em geral.

Meus primeiros três anos de governo estão sendo muito bons, porque partimos de um planejamento estratégico e de metas demandadas junto com a população.

A distribuição de recursos para o município e arrecadação de outros tributos ainda são poucos para quem recebe esse fluxo imenso de turistas e necessita de muito investimento para infraestrutura, segurança, saneamento, energia e todos as condições necessárias para atração de novas empresas e aumento do fluxo turístico.

Apesar de pouco, esses

Além dos turistas, nossa principal preocupação é a população e com o setor empresarial que se instalaram na cidade, envolvendo hotéis, pousadas, bares, restaurantes, supermercados, postos de gasolina, e muitos outros.

recursos são importantes para dar visibilidade ao nosso trabalho, porque todo ele é utilizado para obras de infraestrutura, reforma e construção de escolas, unidades de saúde, asfaltamento de ruas, pagamento de folha de pessoal.

Mas o que eu sempre falo, minha preocupação principal é o povo de Salinópolis, aqueles me elegeram, aqueles que creditaram seu voto na urna para ver a mudança.

Eu aprendi com a minha Mãe que a gente tem que se igualar aos outros. E é por isso que eu invisto no profissional,

70 REVISTA PZZ ENTREVISTA
CARLOS ALBERTO DE SENA FILHO, FILHO DA TERRA, VEM DE BERÇO SUA VOCAÇÃO PELA POLÍTICA FALA NESTA ENVISTA UM POUCO DE SEU TRABALHO E DO DESAFIO DE GOVERNAR SALINÓPOLIS

nos professores, nas nossas técnicas e nos gestores. Porque eu sei, eu conheço a lida diária dos nossos educadores. Hoje tudo que nós colhemos na Secretaria de Educação é fruto do que investimos e na crença de que a educação pode transformar as pessoas, pode melhorar a vida delas e do município de Salinópolis.

No meu discurso de campanha disse que íamos lutar por melhorias no município, trazer recursos, cursos de capacitação, projetos sociais para investir nas crianças e nos jovens, incluindo aqueles com defiência física e mental. Neste sentido não poderia deixar de destacar nossa parceria com o SESI/SENAI que são parceiros da nossa educação e das ações sociais. Em nome do Dr. José Conrado e do Dr. Dário Lemos, eu só tenho a agradecer. No projeto Atletas do Amanhã temos mais 500 alunos matriculados que estão dentro da escolinha, dentro da natação, do atletismo, do futebol, do futsal, do handbol, do volei, para ocupar esses alunos na hora vaga e complementar sua formação física e educacional. Dentro da educação física, tiramos

REVISTA PZZ 71

Praça do Itapeua

Escola Oscarina Maia Dias

os jovens das ruas evitando a marginalização, a violência e o uso de drogas. Asssim como o projeto Caminhos da Melodia onde damos oportunidade para as crianças desenvolverem seus talentos. Além dos filhos, os pais e mães desses alunos, mais de 500, já se capacitaram nos cursos oferecidos pelo SENAI, em cusos de assistente administrativo, cursos de mecânico de motocicleta, injeção eletrônica, construção civil, confeitaria,

Escola Manoel Rodrigues

corte e costura, além de muitos outros disponíveis.

Muita gente gente diz que eu sou o Prefeito do Social e para ganhar esse título, só Deus sabe do sacrifício e das humilhações que eu passei. Eu lutei e luto muito, para trazer benefícios pra Salinas. Investimos nas crianças e damos oportunidades para os jovens e seus pais não só com a melhoria da estrutura das escolas.

Com o projeto Farol da Esperança tiramos muitos jovens das drogas, da depressão, do caminho errado, e por isso também eu agradeço muito a Deus por tudo. Já estamos com 2 anos e meio de gestão e o caminho não foi fácil, não é fácil, foram muitas pedradas e continuamos confiantes, muitos obstáculos vão vir e estamos preparados. Uma vez uma senhora me disse: - "Quem dobra os joelhos não perde uma batalha!" A gente

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Rodrigues da Rocha

Policlínica Municipal

Muita gente gente diz que eu sou o Prefeito do Social e para ganhar esse título, só Deus sabe do sacrifício e das humilhações que eu passei. Eu lutei e luto muito, para trazer benefícios pra Salinas. Investimos nas crianças e damos oportunidades para os jovens e seus pais não só com a melhoria da estrutura das escolas.

Escola José Leonardo

segue orando e trabalhando. Se curvando e andando de joelhos sim! Pedindo a proteção d'Eele para nos guiar e para que Ele possa nos conduzir no rumo certo Para que possa nos levar muito mais a frente .

OBRAS PRINCIPAIS

Entre as principais obras de nosso mandato podemos citar a Escola Oscarina Maia Dias, na vila de Derrubadinho, que foi completamente reconstruída, ganhou novas salas, nova

mobília, acesso à internet e arcondicionado, além de nova quadra de esportes. A Escola José Leonardo, no bairro Guarani, foi completamente reconstruída e ampliada e hoje desfruta de uma quadra completamente nova, salas climatizadas, acesso à internet, sala de computação e área de recreação com playgrounds.

A Escola Manoel Rodrigues da Rocha na vila Santo Antônio, foi completamente reconstruída, ampliada e recebeu salas

climatizadas, biblioteca, banheiros com suporte para crianças com necessidades especiais, nova mobília, quadra sintética e iluminação de led.

A Escola Modesto da Encarnação Rodrigues, no farol velho, foi completamente reconstruída e recebeu novas salas, ar-condicionado, quadra sintética com iluminação de led, novas mobílias e monitoramento com câmeras.

A Praça do Itapeua, foi deixada totalmente

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Escola Modesto da Encarnação Rodrigues

Bairro do Porto Grande

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Complexo esportivo Jair Maia dos Santos

abandonada e graças a gestão do prefeito Kaká Sena foi completamente construída. A praça conta com igreja, local parada lazer, salão para eventos e lâmpadas de leds.

Umas das obras mais desafiadoras foi o Bairro do Porto Grande, que foi completamente reconstruído pela prefeitura de Salinópolis, com novas galerias, sinalização e asfalto, tudo isso com recurso próprio.

Alguns inimigos nas redes sociais falaram que não ia dar certo e que o município não tinha condições de fazer o Porto Grande. E nós aceitamos o desafio e falei para a nossa equipe: - Nós não vamos fugir da luta! Foram muitos obstáculos nessa obra, o arrimo que estava quase pra cair, era a drenagem, foi o inverno que veio trazendo o caos. E hoje quando vejo o sorrizo dos moradores quando entregamos um bairro completamente novo, asfaltado, drenado , organizado, sinalizado, para as famílias que lá residem. Famílias que se desesperavam quando vinha uma chuva ou maré muito forte porque alagava tudo.

Mercado Bom Jesus

Grama sintética na quadra da praça Luis de Sousa Bentes, iluminação do campo Alacidão, obras na passagem Traíra. Nós vamos fazer a ligação do bairro São José e o bairro bom Jesus, com trabalhos de drenagem, da pavimentação asfáltica do linhão e das travessas.

REVISTA PZZ 75

Entregamos muitos poços, principalmente o poço do São Bento que sempre teve problema e fornecia uma água de péssima qualidade. O Poço do Bandeira resolvemos o problema dele e trocamos muitas caixa d'água das vilas. Eu não aceito perfurar um poço e a água não prestar. Precisamos fornecer uma água de excelente qualidade para a população de Salinas. A Cosanpa também vem trabalhando para melhorar o fornecimento de água no município.

Em termo de saúde a Policlínica municipal, recebeu revitalização e a construção de uma nova sala para o serviço de raio-X com novos equipamentos, assim como o aumento de suporte na área de fisioterapia.

E agora inauguramos Complexo esportivo Jair Maia dos Santos, uma obra da prefeitura de Salinópolis em parceria com o Governo Estadual que conta com quadra sintética, praça, brinquedos e circuito para a prática de skate, hoje passa a ser a maior do Pará.

Aonde eu for, se tiver críticas, eu procuro escutar e fazer de tudo para melhorar, busco solucionar os problemas e onde a gente entra , seja na passagem Traíra seja no Amarelinho, seja no Bom Jesus, Novo Brasília, Novo Atlàntico, Guarani, Porto Grande, Santo Antonio, São Bento, Quarteto, por onde

passamos, procuramos resolver as demandas da população.

REVISTA PZZ - Prefeito, e a parceria com o governo do Estado do Pará capitaneado por Helder Barbalho?

Kaká Sena - Sem dúvida, sem a dedicação, o empenho e a parceria do Governador Helder Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan e do seu Secretariado, não teríamos conseguido transformar Salinas nesse campo de obras entregues e outras por entregar, como é o caso da obra na Orla do Maçarico que está em andamento. Recentemente entregamos para a população a nova orla de Salinópolis, onde era a Pracinha que foi totalmente reconstruída e urbanizada pela Prefeitura Municipal e pelo Governo do Estado do Pará,

potencializando o turismo, a preservação ambiental e o desenvolvimento socieconomico. A nova orla urbanizada, dotada de segurança e várias opções de lazer, atende ao anseio dos moradores e já encanta os visitantes.

A prefeitura municipal cedeu terreno para a construção do Espaço Fonte do Caranã para o Governo do Pará construir a Casa da Cultura Fonte do Caranã. O lugar, gerenciado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), reúne ciência, cultura, história, lazer e turismo.

A Prefeitura Municipal e Estado do Pará entregaram o aeroporto de Salinópolis para fortalecer turismo na costa atlântica.

A nova pista, com quase 2 km de extensão, tem capacidade para aeronaves com até 60

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Sem dúvida, sem a dedicação, o empenho e a parceria do Governador Helder Barbalho, da vice-governadora Hana Ghassan e de vários

Sercretários de Estado, não teríamos conseguido transformar Salinas nesse campo de obras entregues e outras por entregar,

passageiros. E hoje tem voôs diretos de Belém para Salinas pela companhia da Azul.

Pela Sedap recebemos 2 tratores agrícolas com implemento para atender agricultores; Motoniveladora para abertura e manutenção de estradas vicinais agrícolas; Motores rabetas para pescadores artezanais; - kits Açaí (batedor, branqueador e mesa esteira) para batedores de Açaí do município.

Enfim amigo, tínhamos que fazer 10 revistas para falar de todas as nossas ações no município (risos). Obrigado pela entrevista e como o governador diz: Bora Trabalhar!!

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"

Prefeitura e Estado entregam NOVA ORLA reconstruída

A nova orla de Salinópolis foi totalmente reconstruída e urbanizada pela Prefeitura Municipal e pelo Governo do Estado do Pará, potencializando o turismo, a preservação ambiental e o desenvolvimento social na Região de Integração Rio Caeté, que abrange municípios da chamada Zona do Salgado. A nova orla urbanizada, dotada de segurança e várias opções de lazer, atende ao anseio dos moradores e já encanta os visitantes.

ATRAÇÕES TURÍSTICAS

NOVA ORLA

SALINAS é a cidade turística que mais cresce no Brasil, nos últimos 04 anos muitas reformas e obras de lazer, aeroporto, estradas e outras de infraestrura e segurança vem sendo entregues a população. Na área da antiga Pracinha, os 1.200 metros de extensão da orla vinham sendo atingidos pela erosão, comprometendo a Avenida Beira-mar, que também conta agora com um muro de arrimo para contenção das águas. O material utilizado na obra, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Obras Públicas (Sedop), tem durabilidade de 10 anos e preserva a área dos efeitos da erosão.

“Com esta obra fizemos a contenção das erosões. Uma obra estruturada para aguentar a força das águas, permitindo não apenas que possamos trazer o embelezamento a esse espaço, mas garantido, acima de tudo, a contenção da maré e a segurança para as pessoas, e ainda trazendo um novo ponto de

Fotos: Roni Moreira/ Ag. Pará

INFRAESTRUTURA

encontro, um novo ponto para o turismo e lazer em Salinópolis. Aqui temos equipamentos diversos, de ginástica, de práticas de atividades esportivas, e um local aprazível para poder ver a extraordinária beleza que a natureza nos permite aqui na Praia do Maçarico”, enfatizou o governador Helder Barbalho.

Nova estrutura - O projeto de reconstrução da orla incluiu uma quadra de tênis, academia, quadra poliesportiva e pracinha, além de intervenções urbanísticas que preservaram o traçado original. Também há quiosques, lanchonetes, academia ao ar livre, parque infantil, iluminação noturna e área de contemplação da natureza.

Para o morador Guilherme Santos Pereira, que estuda próximo à orla, o novo espaço vai melhorar a vida de todos. “Moro aqui em Salinas há bastante tempo, e frequentava muito a orla. Antigamente, aqui era muito feio. Mas agora, com essa obra magnífica, melhorou a vida de todos, além de

trazer mais turistas. É um local para a gente fazer um esporte, jogar vôlei e apreciar essa vista linda. Só tenho a agradecer ao governador Helder”, disse o estudante.

O Governo do Pará investiu na reconstrução do espaço mais de R$ 56 milhões, contribuindo com a oferta de quase 400 empregos diretos e indiretos, e na movimentação da economia na região.

Lazer e trabalho - O secretário de Estado de Desenvolvimento e Obras Públicas, Ruy Cabral, ressaltou a importância do espaço, que proporciona integração urbana e social. “Mais uma obra do governo do Estado em parceria com a Prefeitura de Salinas. É um momento espetacular

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Fotos: Marco Santos Ag. Pará

entregarmos a obra a quem de direito, a população. Quero agradecer a participação da população no entendimento, pois durante a execução da obra paralisações foram necessárias. Hoje estamos trazendo de volta os ambulantes e as pessoas que trabalhavam aqui”, ressaltou o titular da Sedop”.

Também foram entregues carrinhos para os vendedores ambulantes, a fim de manter um padrão e a qualidade dos serviços que serão oferecidos. Além dos 40 carrinhos com isopor, os trabalhadores receberam bonés e camisas. A iniciativa deve beneficiar ainda vendedores que atuam nas praias do Atalaia, da Corvina e do Maçarico.

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Novo Aeroporto de Salinópolis incrementa o turismo na Costa Atlântica

Prefeitura Municipal e Estado do Pará entregam aeroporto de Salinópolis para fortalecer turismo na costa atlântica

A nova pista, com quase 2 km de extensão, tem capacidade para aeronaves com até 60 passageiros

Salinópolis, um dos municípios mais procurados por turistas no nordeste paraense, já dispõe de um novo aeroporto que passou por obras de reconstrução e ampliação, um investimento do Tesouro estadual. A nova pista tem 1,9 quilômetro de extensão, o que permite pouso e decolagem de aeronaves com até 60 passageiros. O aeroporto se integra às obras e serviços realizados pelo Estado a fim de incentivar o desenvolvimento do turismo na região.

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Foto: Carlos Tavares / Ag. Pará
INFRAESTRUTURA
Foto: Bruno Cecim / Ag. Pará

Segundo o governador do Estado Helder Barbalho, "todos os municípios da região do salgado ganham com a obra. Este aeroporto não é apenas de Salinópolis. É a inclusão de uma nova rota turística em todo o nosso Estado. Com este aeroporto, se estimula o turismo em Pirabas (São João de Pirabas), Santarém Novo, Maracanã, Quatipuru e Primavera, e fortalece as regiões de Capanema, PeixeBoi e Nova Timboteua. Toda a região ganha uma nova estrutura receptiva", destacou o governador.

Helder Barbalho lembrou que, há dez anos, o aeroporto foi interditado por falta de manutenção. "Este município, e toda esta região, têm uma vocação turística muito grande, e gestões anteriores que deixaram o aeródromo ser interditado, erraram. Hoje,

estamos reparando os danos causados, para não permitir que isso aconteça novamente", garantiu o chefe do Executivo estadual.

O aeroporto também recebeu melhorias em todo o terminal de passageiros, que inclui sala de espera, banheiros, lanchonete, balcão de informações, salas administrativas, embarque, desembarque e outras dependências. Em breve, com nova iluminação, o aeroporto também poderá receber voos noturnos.

Mobilidade - A Setran solicitou à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a certificação do aeroporto de Salinópolis, para que o equipamento possa receber aviões comerciais, procedimento fundamental para a consolidação da atividade turística, uma vocação econômica natural

do município e da região do entorno. Com a certificação, Salinas entrará na malha aérea nacional, facilitando o acesso de turistas às atrações do litoral paraense.

Nova história - O prefeito de Salinópolis, Carlos Alberto de Sena Filho (Kaká Sena), agradeceu o apoio do governo do Estado em diversas obras para o município. "Nós sabemos que com seu trabalho a história do nosso município vai mudar. Conte comigo e com a nossa parceria, enquanto moradores de Salinas", afirmou.

Para Ana Lúcia Muniz, que trabalha como diarista em Salinópolis, a requalificação do aeroporto tem impacto na vida de todos, “porque mais pessoas poderão vir para cá, incentivar o turismo, e a gente terá mais empregos. Estamos todos muito agradecidos ao governador, que olhou para a nossa cidade e deu oportunidades. O crescimento agora vai ser constante”.

A solenidade de entrega do aeroporto também contou com as presenças do senador Jader Barbalho, da primeira-dama do Estado, Daniela Barbalho, de deputados federais e estaduais, prefeitos da região, vereadores e outras lideranças políticas.

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Foto: Bruno Cecim / Ag. Pará

ATRAÇÕES TURÍSTICAS

Casa de Cultura Fonte do Caranã é entregue em Salinópolis

O Governo do Pará inaugurou a Casa da Cultura Fonte do Caranã em Salinópolis. O lugar reúne ciência, cultura, história, lazer e turismo em um ponto já conhecido do município, o Espaço Fonte do Caranã.

O Espaço Fonte do Caranã custou cerca de R$ 7 milhões, foi totalmente financiada pelo Estado, por intermédio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) e da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), em terreno cedido pela prefeitura municipal e será gerenciada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio de convênio entre a instituição e o governo.

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Foto: Bruno Cecim / Ag. Pará

A Casa da Cultura é um equipamento público que congrega várias áreas sociais e vai possibilitar à sociedade aproveitar o que é produzido na academia.

Helder Barbalho, comemorou o resultado da parceria entre governo, prefeitura e universidade, prevendo um futuro que considera extraordinário para Salinópolis, enfatizando as atividades de pesca e turismo realizadas no município. , O reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, concorda e complementa destacando que o novo espaço possibilitará desenvolver um conjunto adicional de atividades, além daquelas já realizadas no campus local, de valorização da cultura paraense e de formação científica para toda a população, não só para os estudantes. “A colaboração do governo é fundamental, sobretudo no momento atual de grandes restrições orçamentárias, apoiando financeiramente para que possamos executar projetos que favoreçam o desenvolvimento social e econômico de todo o estado”, pontuou o reitor.

O projeto - Construída em uma área de 1.800 m2, que permite eventos para até mil pessoas, a

Casa da Cultura de Salinópolis possui quatro andares, contando com o térreo, que seria o primeiro andar, onde se optou por deixar um vão livre para apresentações culturais e exposições. Já no segundo andar, existe um auditório com capacidade para 150 pessoas e salas de pesquisa. No terceiro andar, fica a biblioteca que já conta com 5 mil livros doados dos acervos do Dr. Mártires Coelho e do geofísico salinopolitano, Carlos Dias, um dos grandes incentivadores do espaço, falecido há alguns meses.

No quarto andar, encontrase o espaço multiuso com capacidade para 300 pessoas e a varanda com uma privilegiada visão para a praia e outra para

a cidade. Por fim, uma estrutura metálica em forma de pássaro foi instalada em cima do prédio.

“A estrutura é uma homenagem aos ancestrais Tupinambás que chamavam o município de Uirandeua que significa ‘lugar de muitos pássaros’”, explica o arquiteto do projeto João Castro Filho.

Ele conta também que o projeto aproveitou a água da Fonte do Caranã, que é mineral e antes era desperdiçada, para formar um lago natural em volta do prédio com 12 espécies de peixes, com destaque para o pirarucu. A água da fonte também abastecerá a cisterna do prédio.

Texto: Fernanda Graim (Ascom/ Sectet) com informações de Bruno Magno

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Além do governador Herder Barbalho, do titular da Sectet, do reitor da UFPA e do arquiteto da obra, também compareceram à cerimônia a vice-prefeita de de Salinópolis, Denise Monteiro; os deputados estaduais Luth Rebelo, Victor Dias, Paula Sampaio e Nilse Ribeiro; o titular da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), André Dias; além de vereadores municipais e autoridades locais.

ATIVIDADES PRODUTIVAS

Prefeitura de Salinópolis desenvolve agricultura sustentável

ACABAR COM A FOME, ALCANÇAR A SEGURANÇA ALIMENTAR, MELHORAR A NUTRIÇÃO E PROMOVER A AGRICULTURA

SUSTENTÁVEL FAZ PARTE DAS AÇÕES DA PREFEITURA DE SALINÓPOLIS ATENDO AOS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) PARA ALCANÇAR UM FUTURO MAIS DESENVOLVIDO ECONOMICAMENTE, AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL E SOCIALMENTE INCLUSIVO PARA O MUNICÍPIO E SEUS CIDADÃOS, ATÉ 2030.

Em Salinas, produtores da agricultura familiar seguem produzindo e abastecendo residências, feiras, pontos comerciais e redes de supermercados do município, produtos como cheiro verde, salsa, couve, farinha de mandioca, abacaxi, feijão caupi, mel entre outros

produtos. A produção para a geração de renda dos pequenos produtores de alimentos no abastecimento das cidades é de fundamental importância.

Segundo dados da FAO, Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, cerca de 80%

Segundo dados da FAO, Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, cerca de 80% dos alimentos produzidos no mundo são da agricultura familiar.

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Foto: Vinicius Monteiro / Ascom Salinópolis

dos alimentos produzidos no mundo são da agricultura familiar. Hoje, é possível encontrar desde hortaliças, frutas e verduras. São alimentos mais saudáveis, produzidos com o cuidado com o meio ambiente e a geração de renda para os produtores que vivem da agricultura familiar.

O Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da ONU, o ODS 2, busca garantir que todas as pessoas tenham acesso à alimentação de qualidade. Assim é imprescindível quando pensamos na criação de um futuro mais justo e equilibrado para o planeta e seus habitantes. Por isso, acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e a melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável são os principais

propósitos do segundo item da lista de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o conceito definido pela ONU, a segurança alimentar só existe quando todas as pessoas, em todos os momentos, têm acesso físico, social e econômico a

Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS) que são uma lista de 17 objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas em 2015 para orientar ações em todo o mundo em direção a um futuro mais justo e sustentável.

uma alimentação suficiente, segura e nutritiva que satisfaça as suas necessidades dietéticas e suas preferências alimentares para uma vida ativa e saudável. Quando isso não acontece, dizemos que ocorre uma situação de insegurança alimentar ou, em termos práticos, de fome.

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Foto: Vinicius Monteiro / Ascom Salinópolis Foto: Vinicius Monteiro / Ascom Salinópolis

ATIVIDADES PRODUTIVAS

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Salinópolis
Foto: Vinicius / Ascom

Neste sentido, a Secretaria Municipal de Agricultura acredita na importância da agricultura familiar e investe em ações sustentáveis. “A Secretaria de Agricultura do município de Salinópolis desenvolve projetos importantes de Horta comunitária, Unidade Experimental Agrícola de mandioca, Viveiro de mudas Comunitário, Unidade de Sistemas Florestais, horta escolar, além das atividades de mecanização agrícola, assistência técnica rural e ainda fornece de forma gratuita insumos para fomento da produção de feijão caupi e mandioca. Temos também o projeto de Produção Agrícola Comunitária - UPAC, que ainda contam com sistemas de consórcio de ciclo longo, médio e curto, de diversas cultivares como banana, açaí, coco, graviola, laranja, milho, feijão, ingá, caju, muruci, mamão, abacaxi e culturas florestais de ipê, paricá, mogno.

Os projetos e atividades beneficiam mais de 200 famílias de agricultoras familiares distribuídos nas diversas comunidades rurais do município, como a vila do São Bento, Santo Antônio do Urindeua, Arapepó, itapeua, Joacaia, Derrubadinho, Santa Rosa, Macapazinho, Cuiarana, Buçu, Alto Pindorama, km 60,

enseada dentre outras. Outro projeto é que a secretaria criou em 2022 é o de reflorestamento através de plantio de ipê e vários pontos da cidade. O municipio conta com um projeto de horta escolar chamado horta e jardim Ecologico Maria Helena que atende diversos alunos da educação básica das escolas municipais” declara Erick Dias

Os projetos e atividades beneficiam mais de 200 famílias de agricultoras familiares distribuídos nas diversas comunidades rurais do município

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Foto: Vinicius Monteiro / Ascom Salinópolis SEMAGRI Eric Dias - Secretário Municipal de Agricultura

ATIVIDADES PRODUTIVAS

PROJETO ATEG MEL EM SALINAS

O programa de Assistência Técnica e Gerencial (AteG) Mel, segue avançando no Estado. A iniciativa do Sistema Faepa/ Senar/ Fundepec/ Sindicatos atende, na região do Salgado parense 360 produtores rurais e no município de Salinas 30 produtores de Abelhas, entre Apicultores e Meliponicultores.

Os produtores de mel são acompanhados por dois anos pelos técnicos de campo com o objetivo de mudar a mentalidade, tornan-se empreendedores com bases gerenciais e técnicas.

AteG Mel – O projeto é desenvolvido em cinco etapas com foco no Diagnóstico Produtivo Individualizado, Planejamento Estratégico, Adequação Tecnológica,Capacitação Profissional Complementar e Avaliação Sistemática dos Resultados, com visitas mensais do técnico de campo.

Os produtores de mel são acompanhados por dois anos pelos técnicos de campo com o objetivo de mudar a mentalidade, tornando-os empreendedores com bases gerenciais e técnicas.

As atividades da apicultura e da meliponicultura gera sustentabilidade ambiental, econômica, social e profissional.

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Equipe técnica do Ateg Mel que atua em Salinas e na Região do Salgado.

Carlos Xavier – O Estado do Pará é o maior produtor de açaí do mundo. Maior produtor do Brasil de abacaxi, dendê, mandioca, pimenta do reino e o maior rebanho bubalino. Pretendemos ser também o maior produtor de mel do país.

O Sistema Faepa / Senar / Fundepec / Sindicatos, por meio do projeto Ateg do Mel tem a finalidade de empreender e inovar para desenvolver a Apicultura e Meliponicultura no Estado do Pará.

Walter Cardoso – O Objetivo do Projeto ATeG Mel é disponibilizar Assistência Técnica e Gerencial a produtores da cadeia produtiva do mel e produtos das abelhas, com o desafio de elevar a produtividade; Melhorar a qualidade do mel; Elevar a renda e Melhorar a qualidade de vida dos produtores e suas famílias. O Senar-PA vêm nos últimos anos contribuindo para minimizar os gargalos da cadeia produtiva do mel com ações de assistência técnico-gerencial (Projeto ATeG).

Dácio Carvalho – O Projeto ATeG Mel com foco em resultados consolidam a relevância do nosso trabalho. As capacitações são importantes, mas este acompanhamento mensal do técnico, medindo resultados e orientando o apicultor para que ele possa trabalhar com foco na gestão da propriedade, na sucessão familiar, com viés técnico, social e ambiental, é de essencial importância para o sucesso do produtor .

Produção do Mel – No âmbito do setor da produção e origem animal, a produção de mel de abelha é a atividade de grande potencial produtivo do município, segundo dados do IBGE. Em 2020, o município apresentou produção de 9.000 kg de mel de abelha, registrando um aumento expressivo em relação a 2010 (3.850 toneladas).

Fonte: PAM/IBGE.

Elaboração: FAPESPA/FAMEP.

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PRODUÇÃO DE MEL DE ABELHA EM SALINAS (2010-2020)

ATIVIDADES PRODUTIVAS

A cadeia produtiva do mel

As abelhas são polinizadores amplamente reconhecidos pelo seu importante papel e contribuição para a segurança alimentar e nutricional através do serviço de polinização que prestam a agricultura. A atividade de criação das abelhas se divide em apicultura, que envolve a criação de abelhas com ferrão (Apis mellifera), e a Meliponicultura, que trabalha com as abelhas nativas sem ferrão (varias espécies).

No Brasil, a atividade é desenvolvida por pequenos e médios produtores na maioria das regiões e encontra-se em fase de franca expansão no Estado do Pará com grandes possibilidades de crescimento e produção, considerando as condições climáticas favoráveis.

O Senar-PA vêm nos últimos anos contribuindo para minimizar um dos gargalos da cadeia produtiva que é o acompanhamento profissional através de ações de assistência técnico-gerencial (Projeto ATeG).

A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar constitui um processo educativo de caráter continuado que visa atender aos produtores rurais por meio de uma metodologia fundamentada em ações de diagnóstico, planejamento, adequação tecnológica, formação profissional do produtor e análise de resultados, de forma a possibilitar a disseminação de tecnologias associados à consultoria gerencial.

O ATeG tem o objetivo de melhorar a produtividade e a renda, a evolução socioeco-

nômica dos produtores, famílias e comunidade, além de promover o desenvolvimento sustentável. O Ateg mel Incentivo está presente em 30 municípios do Estado, onde são atendidas 1320 propriedades.

Nos municípios do Salgado Paraense atendemos 320 propriedades com 12 técnicos de campo e 1 supervisor.

No município de Salinas contamos com um técnico de campo, o Engenheiro Agrônomo Darlan Farias que presta assistência a 30 produtores dos quais 15 são Apicultores e 15 são meliponicultores.

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Núcleo Bragantino = 450 propriedades atendidas

Núcleo Guajarina = 420 propriedades atendidas

Núcleo Marajó = 270 propriedades atendidas

44 técnicos de campo

4 Supervisores

OBS: Segue uma figura que substitui essas informações!

as abelhas são responsáveis por cerca de 80% da polinização dos vegetais. Com isso, os produtores que usam a interação entre colmeias e plantações podem desfrutar de incremento de até 30% na produtividade, principalmente em cultivos frutíferos, como Açaí, limão, laranja. A ATeG incentiva a expansão de uma atividade agrícola ambientalmente correta que necessita da floresta em pé.

• No aspecto econômico, a Assistência técnica e Gerencial visa o aumento de produção dos produtos apícolas (em especial o mel) garantindo assim o aumento de renda dos produtores rurais, além disso, a educação da parte gerencial promovida pelos técnicos da Assistência Técnica e Gerencial – ATeG já garante uma melhor organização da parte financeira da propriedade rural levando a diminuição de custos.

• No aspecto social, a AteG mel proporcionará melhorias na qualidade de vida e na fixação do homem no campo evitando o êxodo rural para as periferias das cidades e na melhoria da autoestima dos pequenos produtores rurais. Além disso, os produtos produzidos pelas abelhas (mel, pólen, própolis, geleia real) garantem a soberania alimentar e nutricional desses produtores.

AteG do Mel Depoimentos

APOLINÁRIO COSTA LIBÓRIO

“Minha esposa sempre teve vontade de ter essas abelhas sem ferrão em casa, com o tempo a gente começou a ver na televisão, onde mostrava essas abelhas nas fazendas, ela achava bonito. Eu sempre tirei mel das abelhas com ferrão no mato, mas nunca cheguei a criar. Lembro que iniciei no ano passado (2022) eu não tinha nenhuma caixa com abelha, hoje estamos com 8 e a vontade é aumentar” cultura e Meliponicultura no Estado do Pará.

“Eu comecei

VALDECI DO ESPIRITO SANTO MAIA

“Eu comecei a criar as abelhas do zero, não sabia a forma certa de trabalhar com elas, algumas eu perdia, outras dava bicho. Então, um dia vi uma postagem do ATeG mel na internet e fui procurar saber, foi quando busquei participar do acompanhamento do Senar. Agora estou fazendo parte do projeto que me ensinou a maneira correta de trabalhar com elas. E nesse pouco tempo já temos resultados, dobrei o que eu já tinha, fiz em pouco tempo o que não fiz em um ano, hoje é mais fácil trabalhar com elas, comecei com 4 colônia e hoje tenho 9, pretendendo ter mais.”

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“Minha esposa a vontade é aumentar” “ “Minha esposa a vontade é aumentar” e “Eu comecei

Flow House

A Flow House é uma opção de ecoturismo para quem vai à Salinas procurar experiências de esportes radicais e de contato com a Natureza. Um lugar ímpar na Amazônia Atlântica com estrutura de conforto, segurança, aconchego e belezas naturais.

https://www.instagram.com/flow_house_salinopolis/

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ECOTURISMO

Líder Salinas. Um motivo gigante pra gente amar Salinas ainda mais.

A felicidade de quem vai a Salinas, agora, está completa. O Líder Salinas, maior centro de compras da região do Salgado, veio com força total com Magazan, Farmalíder, Ótica e Home Center com tudo para construção e reforma. Sem contar que moradores e visitantes estão adorando um supermercado com buffet, padaria, sushi, lanchonete, açaí, frango assado, pizzaria, peixaria, atacado, floricultura e muito mais. Afinal, sol, mar e um Líder por perto, quem é que não gosta?

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TEM TUDO PRA VOCÊ

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