hortas urbanas Coletivos se organizam para transfomar a cidade através do verde
Parcão Rosa Alves
CORES CONTRA O CINZA
Iniciativa da Chácara Klabin se expande pela Vila Mariana
Walter “Tinho” Nomura e o graffiti como ferramenta social
Ano 4 | Edição 17 | Distribuição Gratuita
ÍNDICE Revista CHK, edição 17
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Veja mais jurídicas gerais 08 Regras para startups
história você vai contar 20 Que 40 em 2017?
12 Parcão Rosa Alves
26 Plantando saúde
Conheça as regras jurídicas que permeiam o mundo das Startups
Inspirado na Chácara Klabin, o novo espaço de convivência para cães da região já é um sucesso
Chega de promessas e de esperar as coisas acontecerem
Coletivos se organizam para transfomar a cidade através do verde
As cores da arte substituindo o cinza da realidade TInho, um dos grandes nomes do graffiti mundial
50 Guia de Serviços
Os serviços que você precisa reunidos em um só lugar
CARTA AO LEITOR
Publisher Daniel Moral Editorial/ Gráfico
U
fa! O ano de 2016 terminou e 2017 iniciou a todo vapor. Muitas pessoas acreditam que o simples passar dos anos seja capaz de mudar a trajetória e o rumo das coisas. Eu acredito que a construção de um ano melhor é realizada por meio de ações assertivas e de energia direcionada em projetos transformadores. Um exemplo disso está em nossa matéria de capa: as Hortas Urbanas já são realidade em São Paulo, criadas e mantidas por coletivos que se organizam para ocupar áreas até então degradadas da cidade, transformando-as em locais produtivos e que impactam positivamente a vida de muitas pessoas. Também realizando transformações, o renomado artista Walter Nomura encontrou na arte de rua o mecanismo necessário para mudar, mesmo que na imaginação, a realidade de muitas crianças de rua. Confira a matéria na página 40. O empreendedorismo é um tema que faz parte da minha história e quero sempre destacá-lo para incentivar novas pessoas neste mundo de oportunidades. Nossos parceiros da Nuzzo Advogados prepararam um texto com as regras jurídicas que permeiam este universo e a criativa Martha Terenzzo sobre como planejar o novo ano. Esta edição chega com o otimismo do novo ano somado aos exemplos de pessoas que resolveram colocar suas ideias em prática, criando uma nova realidade a partir de suas ações. E você, o que está esperando para começar? Boa Leitura!
Direção de Arte: Propaga Design Jornalista: Vitor Ranieri (MTB 0080565/SP) Estágiaria: Bruna Magatti Revisor de texto: Fanny Almeida Fotógrafos: Wagner Avancini e Júlia Gutierre
Assessoria Jurídica
Alessandra Nuzzo (Nuzzo Advogados Associados)
Comercial (para anunciar) publicidade@chk.com.br (11) 3213-2245
Contatos
Matérias e sugestões de pauta contato@chk.com.br Site www.chacaraklabin.com.br
Distribuição
A Revista CHK é uma publicação trimestral distribuída gratuitamente para nosso cadastro e pontos de distribuição.
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Daniel Moral daniel.moral@chk.com.br
STAR REGRAS JURÍDICAS GERAIS PARA
CUIDADO COM SEU NOME E COM A SUA MARCA Sua startup, sua ideia, seu projeto, serão conhecidos por um nome, que eventualmente será a sua marca. Este nome merece proteção. E esta proteção se dá através do registro de marca, que é considerada um bem industrial do seu detentor. Mas não é qualquer nome que pode ser protegido. Algumas regras precisam ser seguidas. É preciso verificar se o nome já está protegido, se contém expressões proibidas, a que classe pertencerá, entre outros aspectos. Um detalhe (e o segredo está nos detalhes) é que a proteção da marca/nome poderá trazer uma garantia adicional ao nome de domínio utilizado para acessar o portal da star-
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tup. Importante dizer que não basta ter a marca para ter garantido um nome de domínio. Por exemplo, existem vários detentores da marca “Startup” no Brasil, mas somente um deles é o responsável e pode usar o domínio www.startup.com.br . Vários aspectos são levados em consideração ao garantir a um detentor da marca o domínio com seu nome. Outras proteções industriais precisam ser garantidas, como patentes. Modelos de negócio merecem uma abordagem específica, além dos direitos autorais sobre uma obra.
CONHEÇA A LEGISLAÇÃO DO SEU NEGÓCIO Conheça a legislação em que seu negócio está inserido. Bus-
que informações sobre o direito do consumidor, legislação de entidade de classe e resoluções das agências regulatórias. Essa análise deve ser feita antes de iniciar o seu negócio, pois qualquer disposição legal em contrário pode inviabilizá-lo. Para ilustrar, caso uma startup crie serviço eletrônico para médicos ou advogados, deve-se observar os limites éticos previstos no Código de Ética da entidade de classe. Em regra, você sabia que médicos e advogados não podem fazer propaganda dos seus serviços? Assim, indicamos sites jurídicos para pesquisa, pois trata-se de uma forma rápida e explicativa, que atualmente fornece comentários e entendimentos sobre determinada norma.
TUPS Portanto, as grandes ideias devem ser juridicamente viabilizadas para que a startup tenha um crescimento sustentável. Nem sempre o que queremos criar ou fazer é juridicamente possível.
ELABORE O EMOU (MEMORANDO DE ENTEDIMENTO PELOS EMPREENDEDORES) Os sócios fundadores de um projeto devem se reunir para deliberarem e elaborarem um documento simples que contenha as principais informações para o bom andamento de uma sociedade. Nesse documento, sugerimos: a) divisão da participação de cada sócio;
b) papel de cada sócio; c) os valores que serão investidos no empreendimento por cada sócio; d) eventual saída de um sócio; e) forma de remuneração.
É natural que tais informações podem mudar com o tempo, mas ter algo no papel é fundamental para solucionar eventuais conflitos entre os participantes.
dar um novo passo, que é a escolha do tipo de sociedade empresarial. São diversos os tipos, porém sugerimos o regime das sociedades limitadas, em que a responsabilidade de cada sócio é limitada à quantidade de cotas que possui no contrato social. Tal sociedade apresenta a nomenclatura Ltda., e será inscrita na Junta Comercial do Estado em que se encontra estabelecida. O contrato social é um instrumento que deve ser elaborado por um advogado, que definirá algumas cláusulas específicas. Por exemplo:
ESCOLHA DO TIPO DE SOCIEDADE Com a formalização das regras básicas da sociedade, os empreendedores poderão
a) denominação e sede; b) objeto social; c) duração da sociedade; d) capital social;
Todas essas recomendações devem ser discutidas pontualmente e formalizadas em um documento chamado memorando.
e) administração; f) deliberações dos sócios; g) modificação do contrato social; h) cessão de cotas; i) exclusão de sócios; j) demonstrações contábeis e destinação de lucros; k) fusão, incorporação, cisão e transformação; l) dissolução, liquidação e extinção; m) foro de eleição.
so de uma startup. E a forma mais eficaz de garantir que ideias permaneçam somente entre aqueles que as devem conhecer é através da celebração de acordos de confidencialidade, ou como são mais conhecidos, non disclosure agreements . Mas sobre o que tratam esses acordos?
Note-se que o EMOU é uma versão preliminar do contrato social que estabelece as diretrizes para o bom funcionamento da empresa.
Acordos de confidencialidade são contratos celebrados em que o objeto é garantir o sigilo de informações divulgadas entre as partes (contratante e contratado). Ambas se comprometem a manter sob absoluto sigilo e confidencialidade todas e quaisquer informações, dados, documentos, projetos, arquivos e quaisquer outros materiais, inclusive informações a que venham ter acesso e que envolvam a startup. Tal documento pode, ainda, garantir os direitos dos titulares das ideias, informações, dados, caso estas vazem, em eventual quebra de confidencialidade. Caso este cenário aconteça, o responsável pelo vazamento deverá compensar os titulares por perdas e danos. O valor da compensação variará caso a caso. Desta forma, suas ideias, e outras informações atinentes ao seu projeto, estarão mais protegidas de eventuais free
Por fim, destacamos que a constituição regular de uma empresa é um fator adicional para que os investidores se sintam seguros para aplicarem o capital necessário no seu projeto. CELEBRE ACORDOS DE CONFIDENCIALIDADE De onde nasce uma startup além da dedicação e suor de seus empreendedores? De uma ideia! E por mais que ideias devam ser compartilhadas, mais do que colocadas em reclusão para um pequeno grupo, muitas vezes o conhecimento da ideia de uma startup por terceiros pode levar à ruína todo um projeto e tempo dedicado. Para evitar que isso aconteça, algumas medidas devem ser implementadas. Ideias são ativos intelectuais. Talvez o ativo mais valio-
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riders que queiram apenas se aproveitar do seu trabalho. Regra de ouro: procure orientação jurídica em todas as etapas do empreendimento. Se pudéssemos pegar todas as regras acima enunciadas e misturá-las para extrair somente uma, seria essa: sempre procure orientação jurídica. Por mais desnecessária que ela possa parecer no início, e por mais cara e fora do orçamento que possa aparentar, é preciso. Utilizando-se de um velho clichê: o barato pode sair caro. Somente através de uma boa orientação as fundações da sua empresa serão firmes. E somente com fundações firmes ela poderá crescer.
Flávio Friggi - Sócio
Alessandra Nuzzo -
Proprietário do
Sócia proprietária do
CIDADANIA
ParCão Rosa Alves, uma ideia animal Inspirado na Chácara Klabin, o novo espaço de convivência para cães da região já é um sucesso
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uando se mudou para a Vila Mariana, há 1 ano, Michelle Caçapava não imaginava que tão rapidamente conseguiria criar laços de amizade na região e, mais do que isso, transformar o bairro em que mora. Apaixonada por seus cães, costumava passear pelas ruas calmas próximas à sua residência, até que em uma noite conheceu a praça Rosa Alves e percebeu que não era a única a passear com seus pets por ali. Graças a Pietro Varoli, morador que conheceu dentro da praça, ela entrou para um grupo dentro de uma rede social, conseguindo em pouco tempo iniciar a organização de encontros e eventos como a festa junina realizada em 2016, que foi um sucesso.
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Sua paixão sempre a fez estar presente em eventos para cachorros, em qualquer lugar da cidade. Quando ficou sabendo da inauguração do ParCão da Chácara Klabin, em maio de 2016, fez questão de conferir pessoalmente o projeto. “Naquele momento fiquei encantada com o espaço e já imaginei como seria um sucesso fazer o mesmo na Praça Rosa Alves”, lembra. Depois daquele dia, Michelle entrou em contato com o Daniel Moral, que é um dos idealizadores do ParCão na Chácara Klabin, solicitando um encontro para a apresentação da ideia. A partir daí o vereador Police Neto e a Subprefeitura da Vila Mariana envolveram-se no projeto e tudo começou a acontecer. “Quando a ideia é boa, a população é engajada e o poder público é participativo, tudo acontece!”, lembra Daniel.
CIDADANIA
Após alguns meses de desenho e reuniões, em dezembro de 2016 o ParCão Rosa Alves foi implantado por meio de um mutirão de mais de 40 moradores do bairro e frequentadores da praça, além do apoio da Subprefeitura da Vila Mariana, Revista CHK, vereador Police Neto, e empresas parceiras. O objetivo do mutirão ultrapassa o seu motivo principal, que é a construção do espaço, ele tem também o papel de criar o sentimento mais importante para que o parcão se mantenha “vivo”: o engajamento e sen-
timento de pertencimento aos moradores do bairro.“Cada um levou algo para comer e beber, montamos uma mesinha que ficava disponível e as pessoas se revezavam na contrução do ParCão. Foi sensacional”, conta Michelle. O evento teve música, captação de doações e degustação de comidinhas naturais. Além disso, várias marcas destinadas a produtos para cachorro doaram brindes. A área cercada permite que os cães possam correr e brincar sem coleira, sem o risco de fuga para a rua. O espaço conta com uma área maior, destinada aos cães no geral, e uma menor, para aqueles que ainda têm medo ou não
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são sociáveis. Brinquedos, porta sacos, lixeiras, placas de sinalização e orientações estão espalhadas por todo o local. Assim, o espaço passa a conscientizar que, apesar de ser público, só terá sucesso se a comunidade garantir o bom uso e a conservação do mesmo. Michelle reconhece que, ao lado de outra moradora, Fernanda Ávila, foram as idealizadoras, mas que a responsabilidade do ParCão Rosa Alves é de todos que o frequentam. “Acredito que as pessoas ficaram com esse sentimento de responsabilidade, de que foi algo suado, porém prazeroso, e que se não cuidarmos como um espaço extra de nossa casa, de nosso quintal, perderemos este bem precioso conquistado”, afirma. Dentre os projetos futuros para o ParCão está a criação de um fundo de doação para realizar sua manutenção, que inclui colocar saquinhos nas lixeiras, saquinhos dentro dos cata-cacas, compra de bituqueiras e, além disso, para ajudar os animais que são abandonados e/ou precisam de tratamento. “Isso já foi feito para uma das moradoras e frequentadoras que achou uma cachorrinha atropelada
na estrada e levou para casa. A mobilização do grupo foi tão grande e tão bacana que queremos expandir essa ideia, ainda em estagio inicial”, conta Michelle. Além disso, o grupo, que adorou fazer parte de algo social, já está com novos projetos de melhorias para o bairro, extrapolando os limites da praça, tal como o escadão no final da rua Guimarães Passos, em que cujo plano é torná-lo um escadão de treinamento para exercícios físicos. Michelle desabafa que apesar de todas as dificuldades, a sensação de o ParCão Rosa Alves estar de pé é maravilhosa: “Saber que conseguimos conquistar um espaço para nossos cães, que são membros da família, não tem preço. Me emociono sempre que falo do projeto, pois uma conquista como essa melhora nosso bairro, e se cada um fizesse um pouquinho, nossa cidade também seria cada vez melhor, pois potencial ela tem de monte. Basta as pessoas se mexerem”. Este é mais um exemplo de que moradores unidos conseguem transformar o local onde vivem, com força de vontade e articulação.
Eureka Coworking:
conecte-se ao novo mercado de trabalho Escritรณrio compartilhado na Chรกcara Klabin oferece estrutura e networking para profissionais de diferentes รกreas
H
á 3 anos quando o casal Fanny e Daniel Moral decidiu abrir mão da garagem de casa para abrigar projetos e empreendedores, eles não imaginavam que aquele sonho se tornaria realidade tão rapidamente. Em pouco tempo, o Eureka Coworking assumiu 100% do antigo lar. Depois de algum tempo veio a segunda unidade e agora o casal já planeja a terceira. O Eureka é um local onde empresas e empreendedores ocupam espaços privativos ou compartilhados, que já estão equipados com infraestrutura de última geração e mobiliados. O objetivo é que a empresa residente foque apenas no seu trabalho, deixando as preocupações com o espaço físico para o coworking. O conceito nasceu nos Estados Unidos em 2005 quando o engenheiro de software Brad Neuberg abriu as portas do local onde trabalhava para que outras pessoas pudessem utilizar durante o dia, com isso poderiam trocar ideias sobre os projetos. O conceito cresceu e chegou ao Brasil em meados de 2009. Mais do que o espaço físico, Fanny e Daniel acreditam que o grande valor está nas conexões
realizadas. “O profissional dentro de um coworking busca sempre manter uma interação com outras pessoas, ganhando com isso novas visões de mercado e muitas vezes fazendo negócio entre eles”, diz Fanny. Diferente de outros espaços, o Eureka está localizado dentro de um bairro residencial, com a missão de diminuir a distância entre a residência e o trabalho das pessoas. Para o empresário Thiago Turbian, a receita funcionou: “Meu dia a dia ficou muito melhor, pois não preciso acordar com pressa, posso fazer meu café e ir trabalhar com bastante tranquilidade, melhorando minha produtividade e meu foco nos negócios”, diz o idealizador da Mub Maps, aplicativo que cria rotas de bicicleta e é residente no espaço. Como plano futuro, o casal já vislumbra a possibilidade de criar um modelo de franquia da iniciativa e abrir uma unidade que abrigue apenas projetos com impacto social. Quer saber mais?
Eureka Coworking Rua Ernesto de Oliveira, 361 - Chácara Klabin, SP (11) 3213-2245 (11) 99478-8150 contato@eureka.network eurekacoworkingsp eureka.network
Uma experiência no Club Med Rio das Pedras
Fomos convidados pela amiga Regina Renda, proprietária da Up Travel Turismo, para passar 5 dias no renomado resort Club Med Rio das Pedras, o segundo a ser instalado no Brasil da rede francesa. A experiência foi incrível!
O
Club Med Rio das Pedras, localizado em Mangaratiba - RJ, recebe esse nome pois o rio que desagua na praia privativa do resort passa por dentro da área de lazer do hotel, e está localizado a pouco mais de 400km de São Paulo. Pegamos o carro e as bagagens e partimos para a viagem no dia 4 de novembro do ano passado. A estrada é muito boa e segura, seguimos pela via Dutra e depois pela Rodovia da Seropédica, como sugerido pela Regina. Em 5 horas estávamos lá e já fomos surpreendidos pelo ótimo atendimento da portaria da entrada de veículos, pois houve uma checagem detalhada dos documentos e revisão da parte externa do carro. Logo após a confirmação da reserva fomos autorizados a entrar. O hotel oferece uma variedade imensa de atrações para a família inteira. Todos os dias contávamos com um cardápio de vários Chefs de cozinha no almoço e à noite com uma divertida festa, onde os próprios gerentes do Club Med faziam as coreografias e danças. Toda a alimentação e bebida fazem parte do serviço “All Inclusive”, em que o valor pago na diária já garante o café da manhã, almoço, jantar e bebidas/drinks durante o dia inteiro até às 2h da manhã. Um item muito importante para quem tem filhos é que o local oferece diariamente atividades para crianças de todas as idades: pais com bebês têm serviço de baby-sitter, de 4 a 10 anos as
crianças podem desfrutar do Mini Club, e na faixa dos 11 aos 13 anos elas podem utilizar o Junior’s Club. As atividades iniciam-se às 9h e terminam só às 22h. O que mais impressionou foi a padronização e atendimento da equipe do resort. Em todas as atrações éramos surpreendidos por um G.O (como são chamados os funcionários do hotel) sempre muito atencioso e bem-humorado, além claro, de sempre ter a paisagem deslumbrante da região como plano de fundo para tudo que íamos fazer lá dentro! Uma dica, caso vá com crianças, é levar aqueles carrinhos leves do tipo “guarda-chuva”, pois como o resort é enorme você pode acabar ficando um pouco longe do prédio principal do complexo. Passamos 5 dias incríveis, com certeza indicamos para todos que desejam alguns dias de descanso! Já estamos nos programando para em breve viver uma nova experiência em outro Resort Club Med.
Fanny Moral: Diretora da Revista CHK.
Reservas: UP TRAVEL:
(11) 5081-3506
www.uptravel.com.br
TENDÊNCIAS
Que história você vai contar em
2017?
Chega de promessas e de esperar as coisas acontecerem. Vamos à luta? . Todo ano é a mesma coisa...
A
gente promete uma nova vida. Faz uma lista enorme de regimes interrompidos em vários finais de semana, a mudança de profissão e vida. O ano passa rápido, a gente já está cansado e quando vê chegou Natal, Ano Novo e aí a gente pensa: “deixa para o ano que vem”. Como fazer para não contar a mesma história para você em 2017? SIMPLIFIQUE TUDO. Vivemos o início de uma Nova Era. Ela tem muita complexidade, mas também muitas possibilidades de mudança para melhor. E uma forma de entender o que vem por aí e viver nesse contexto é simplificar coisas que parecem complicadas.
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Fortaleça-se, diga adeus à procrastinação — esse ato que chamamos de empurrar com a barriga —, pegue um punhado de fibra de sua alma e VAMOS À LUTA! A arte de começar qualquer projeto pessoal é fazendo a sua lista de metas e objetivos gerais. Ainda não separe nada, apenas escreva tudo que gostaria de mudar na sua vida e começar esse ano (mesmo que o ano já tenha começado, ainda temos mais de 260 dias pela frente). Eu adoraria iniciar essa lista com muitas dicas e formatos, mas também sei que você tem pouco tempo. Todos nós temos. Já fiz de tudo um pouco e adoro experimentar novos cursos, aprendizados, fazer mudanças na vida e
reinventar-se sempre que preciso. Hoje dou aula na Faculdade, palestras, tenho uma empresa de Inovação, escuto música das mais variadas e alterno minha playlist quase todo dia, treino quando dá, mas gosto de aprender novas técnicas. Já fiz balé, jazz, dança céltica com professores irlandeses. Estou testando o box agora numa academia nova, um modelo superdivertido. Vou na acupuntura toda semana, leio livros e vejo séries das mais variadas. Tomo café toda semana com alguém que conheci em cursos ou na rede. Escrevo livros. Aliás compro mais livros do que consigo ler e por isso
faço doações de livros — movimento LIVROS LIVRES-. Minha lista de metas para esse ano de 2017 está menor do que as dos anos anteriores, mas cada vez mais fácil de ser atendida. Então priorizei aquilo que pode servir rapidamente para sua vida pessoal física, profissional, empreendedora, espiritual, emocional ou qualquer outro setor que necessite de uma transformação. Não encare como uma fórmula definitiva e sim como uma forma pessoal de COLABORATIVIDADE. Estou compartilhando o que sei e está dando certo, mas cada um pode adaptar, aproveitar e ignorar se quiser.
VAMOS A ELAS: 1- DESCONSTRUA Esqueça o que não deu certo no passado, o que não conseguiu fazer. Desmaterialize sua lista ideal (se tiver uma). Se não tiver, desconstrua tudo que acha que pode ou não dar certo. A tecnologia está aí para nos ajudar e ser um meio de vida e não o fim. 2 - PRIMEIRA LISTA Crie a sua primeira lista com tudo que quer fazer e mudar esse ano, usando 4 planos. Procure colocar no máximo 5 objetivos para cada um. E se tiver uma lista muito concentrada em um deles, reveja e priorize o que é mais significativo nesse momento de sua vida: • Físico
• Mental
• Emocional
• Espiritual
TENDÊNCIAS
Alguns exemplos: • Físico: Fazer exercícios 2 vezes por semana para fortalecer joelhos. • Mental: Iniciar aulas de espanhol 1 vez por semana para aprender a falar e escrever melhor. • Emocional: Reduzir carga de trabalho de 15 horas para 12 horas ou tirar 1 dia do mês só para mim. • Espiritual: Praticar meditação 3 minutos por dia. 3 - USE A TRINDADE SAGRADA DAS LISTAS CUMPRIDAS A gente só consegue cumprir o que desejamos se pensarmos racionalmente sobre Tempo, Dinheiro e Energia necessários para engrenar um objetivo. Abaixo de cada um dos objetivos coloque as palavras Tempo, Dinheiro e Energia. Um exemplo: • Emagrecer 6 quilos em 6 meses (por uma indicação médica). TEMPO: Precisarei fazer exercício e isso demandará 3 a 4 horas da semana, entre chegar no local e praticar os mesmos. Talvez tenha que fazer minha comida para evitar alguns alimentos calóricos. Ou terei que ver uma pessoa que forneça marmitas saudáveis no bairro. Dica: Faça tudo que puder no seu bairro ou perto de seu local de trabalho. Você ganha tempo, fica mais satisfeito e menos estressado com o trânsito e rush da cidade.
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ENERGIA: Além da energia física necessária, você tem que pensar no trânsito, na hora da academia, estilo de academia que prefere frequentar, entre outros detalhes. Se você já tem muita dificuldade de levantar às 6 da manhã ou tem filhos para levar para a escola antes, evite esse horário. Marque depois do trabalho ou no horário do almoço. Veja o que é mais fácil para você cumprir esse objetivo. Se não tem disposição à noite, faça apenas uma aula no sábado. Ou veja se no seu prédio tem uma esteira ou uma bike para fazer 30 minutos 3 vezes por semana. Esse bairro tem várias boas opções e além disso praças e ruas ótimas para caminhar. DINHEIRO: Agora hora de fazer a conta. Quanto você pode dispor financeiramente para esse objetivo? Se não tem condições de investir nisso nesse momento, vá para a praça do bairro e ande aos domingos na Paulista, a pé ou de bike.
. pode abrir mão de comprar para cuidar E o que você dessa etapa de sua vida? Quando comecei a organizar a minha. vida pessoal, vi a quantidade de sapatos que eu tinha. Um excesso. Consumimos mais do que devíamos. Muito pode ser reciclado. Doe, venda ou troque por algo que precisa. Temos um grupo da CHK de trocas de doações no Facebook, quem sabe você acha alguém que precisa de algo em troca de algumas marmitas saudáveis para motivar a nova fase. Uma aula gratuita para experimentar. Uma consulta grátis inicial com uma nutricionista. Uma aula de preparo de alimentos saudáveis.
4 - SEGUNDA LISTA Agora que fez a primeira lista e colocou os ganhos ou investimentos necessários, veja para cada um dos objetivos quais os recursos mais valiosos que você precisará. Veja quais são os mais importantes diante de cada meta. Verifique qual a prioridade da sua vida este ano. Se necessário elimine alguns objetivos. Isso gera menos ansiedade em querer cumprir tudo e de uma só vez. O recurso tempo é finito e, a não ser que você esteja disposto a dormir menos, esse é um ponto de partida para priorizar QUAIS OBJETIVOS FICAM E QUAIS SAEM. 5 - PEQUENOS PASSOS E GANHOS MOTIVAM A satisfação de cumprir algo que deseja já é muito motivador. É endorfina, melhora nossa autoestima e gera vontade de ir além. Eu uso a geladeira, o espelho do banheiro, a cabeceira da cama para colocar meus objetivos e motivadores. Sempre que consigo algo, comemoro nem que seja com um café, um novo livro, uma mensagem no WhatsApp para um grupo de amigas. A noite antes de dormir, repasso como foi meu dia e vejo que dei pequenos, mas significativos passos. E se não consegui cumprir nada
que havia prometido depois de uma semana, revejo a lista de prioridades e, se necessário desapego de um objetivo. Isso nos leva para o item 6. 6 - DESAPEGO Essa é uma tarefa mais difícil porque não se trata do desapego apenas de “coisas”, mas também daqueles compromissos e categorias que consomem tempo, dinheiro e energia. Um exemplo pessoal para compartilhar com vocês leitores da revista. Eu sou uma péssima madrinha de casamento, não participava de todos aqueles pré eventos que existem (chá de solteira, despedida do casal, ensaio de madrinha, nossa uma infinidade) e me sentia culpada por isso. O que fiz? Amo minhas amigas de verdade, algumas fazem parte de minha vida desde os 18 anos. No entanto avisei minhas amigas que eu não curtia essas cerimônias (isso valia para batizados, crismas e formaturas). Nunca mais fui convidada. Nem por isso deixamos de ser amigas. Eu até vou a algumas dessas festas, mas economizo muito tempo, energia e dinheiro no final. É claro que isso foi feito numa conversa sincera que somente que é amigo pode ter e sem ferir nenhum sentimento.
TENDÊNCIAS
Do que você pode abrir mão? Pense em algo que potencialmente poderá ser colocado de lado ou ser feito com mais eficiência. Um exemplo é o Trabalho. Os latinos americanos (alguns de nós) têm uma cultura de conversar muito no trabalho, fazer reuniões longas e sem término. Por vezes, sem pauta! E que tal colocar limite nas horas trabalhadas? Para isso é necessário ter FOCO e DISCIPLINA. A conversa do colega ao lado sobre o último episódio de House of Cards é muito interessante e você quer participar, mas tem aquele relatório enorme para entregar. Se parar vai ter que ficar até mais tarde. Pense na cadeia inteira de consequências: atraso ou falta na aula, vai ter menos horas para brincar com o filho, cansaço, stress, menos saúde física, mental e emocional. O que pode ser descartado ou não no seu dia a dia? Quais pessoas você valoriza muito para abrir mão de algo que pessoalmente é muito importante? Desapega das construções de valores antigas e que te prendem num redemoinho de coisas intermináveis para fazer.
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7 - REVISE A LISTA A cada período reviso minha lista. Nem sempre consegui fazer tudo, mas depois de adotar os critérios acima, ficou mais fácil. Reviso, vejo melhorias, corto o que não é relevante. Vejo o contexto de vida atual. Com isso tenho conhecido muito mais pessoas e através delas construído histórias muito mais legais da minha vida. Acho que todo mundo pode viver uma vida mais interessante e com prazer. Construa sua nova história em 2017 reinventando sua forma de ver e viver a vida para que ela seja mais leve e bem-sucedida na plenitude de REALIZAR seus objetivos. Um ótimo 2017, vamos começar? Martha Terenzzo Professora de Criatividade, Inovação, Storytelling na ESPM. Dá treinamentos em empresas, participa de grupos de Empreendedorismo, faz parte de mentorias na Endeavor. Está aprendendo soulbox, não consegue meditar pois é irrequieta. Lê dois livros por mês. Enfim faz um monte de coisas que sempre desejou, mas não sabia antes como começar. Vive mais plena e leve desde então.
C A PA
Plantando saúde
Você já ouviu falar de PANCs? Presentes na dieta dos nativos brasileiros há milhares de anos, as plantas alimentícias não convencionais ganharam fama nos últimos anos ao serem descobertas pela gastronomia moderna. Cabem dentro do termo todas as espécies de folhas, flores, frutos, rizomas e sementes de plantas não tradicionais, nativas ou exóticas, que podem ser consumidas pelo homem com ou sem preparo culinário. Muitas delas também são chamadas pela maioria das pessoas de “matinhos” ou “daninhas”, principalmente porque costumam brotar espontaneamente em plantações de outras espécies e até mesmo em lugares inesperados, como entre frestas de calçadas, revelando uma força da natureza que desafia os limites impostos pela urbanização.
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C A PA
Força que o analista de sistemas Sérgio Shigeeda conhece bem. Morador do bairro da Saúde, há cerca de três anos Sérgio vem aprendendo - e ensinando - sobre o poder que o verde tem de romper o cinza de uma cidade como São Paulo e transformar o ambiente ao seu redor, nutrindo o corpo e a mente de pessoas das mais diferentes idades. Ele é o principal idealizador da Horta Comunitária da Saúde, iniciativa que transformou um antigo terreno abandonado no final da Rua Paracatu em um modelo de desenvolvimento sustentável replicado em outras partes da cidade de São Paulo e até fora dela. “A horta é formada por um coletivo que reúne gente da região e de muitos outros bairros, pessoas que vão aparecendo e ficando, de biólogos a pessoas que nunca tinham mexido com isso antes. É um espaço que muda a relação das pessoas com o meio ambiente, com a cidade e com elas mesmas”, explica. O projeto começou em novembro de 2013 por sugestão de duas estudantes de Urbanismo da Universidade de São Paulo, que decidiram convocar os moradores da Rua Paracatu para juntos iniciarem uma horta comunitária em um terreno no final da rua, onde havia acúmulo de mato, entulho e que representava uma ameaça à segurança dos moradores locais. Para divulgar a ação as estudantes distribuíram panfletos nas portarias dos condomínios na região. Um deles, a poucos metros do terreno, era o prédio de Sergio, que prontamente aceitou o convite e se juntou à iniciativa. O analista de sistemas não imaginava que em pouco tempo seu nome se tornaria uma espécie de sinônimo da Horta Comunitária da Saúde onde quer que fosse. “Eu nasci e fui criado no estado do Mato Grosso, sempre em contato com plantio. Minha mãe, por
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Sergio Shigeeda, idealizador do projeto
exemplo, conhecia algumas espécies de PANCs e introduziu isso desde cedo na minha alimentação. Depois nos mudamos para o interior de São Paulo e mais tarde meu pai me mandou para a capital para concluir os estudos. Já adulto eu adquiri um sítio onde desenvolvi criação de gado e também plantio. Mas a minha área de atuação profissional não tinha nada a ver com isso. Quando a oportunidade de desenvolver uma horta na rua de casa surgiu, senti que era a chance de colocar um antigo desejo em prática”, conta Sérgio.
Com a ajuda de voluntários e a colaboração de moradores vizinhos ao terreno, a horta começou a nascer. “O primeiro passo foi fazer um estudo do solo, pois tínhamos medo de haver algum tipo de contaminação. Só então começamos a montar os primeiros canteiros e o sistema de irrigação. Cheguei a investir quase 2 mil reais do meu bolso para concluir o projeto”. Inicialmente a cisterna era abastecida pela água emprestada por um vizinho à horta. Hoje o sistema capta água da chuva e reaproveita para regar as plantas. Outra técnica inovadora e sustentável é a de fertilização com compostos orgânicos. “Criamos uma composteira feita de bambus, com massa verde produzida a partir de podas da própria horta, reciclando o material orgânico. Também pegamos as podas de jardins dos prédios vizinhos da região, que seriam encaminhados para o aterro sanitário, colaborando para diminuir o
lixo orgânico, reciclando e gerando adubo. Isso ajuda a conscientizar as pessoas. Muitos hoje já compostam em suas residências, com vermicompostagem, utilizando minhocas, e doam o chorume e o humus para a horta”, diz. Há ainda espaço para as estrelas da Horta, as abelhas sem ferrão, desmitificando o senso comum de que todas as abelhas representam perigo. A ONG S.O.S Abelhas sem Ferrão resgata essas abelhas que migram para a cidade e as coloca em hortas públicas, para serem cuidadoras e ao mesmo tempo polinizadoras. “Somos protetores de abelhas sem ferrão, que estão em processo de extinção, pois o desmatamento e a nova adaptação em áreas urbanas estão levando para esse fim”, alerta. Além do trabalho incansável de Sérgio, a horta é cuidada por voluntários que se dividem em escalas de segundas, quartas e sextas, após o trabalho, e de sábados, das 9 às 11hs. Há ainda
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os “mutirinhos” e o mutirão mensal, realizado todo segundo domingo de cada mês. “Um dos ingredientes do sucesso de mobilização da nossa horta é a gestão de diferentes visões, ritmos e formas de trabalhar. Nós não impomos regras a quem quer ajudar, mas organizamos o processo de um modo que todos caminhem na mesma direção. Houve bastante rotatividade entre nossos voluntários durante esses anos, mas houve também uma grande fidelização entre os membros que ficaram”, explica Sergio.
MODELO PARA O MUNDO
Referência hoje entre as diversas hortas comunitárias que têm surgido cada vez mais na cidade, a Horta Comunitária da Saúde é visitada tanto por pessoas que querem colher os deliciosos e saudáveis alimentos orgânicos ali plantados, como
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Revista CHK
por especialistas do mundo todo que vêm conferir de perto os métodos e os resultados dos mais de 10 canteiros que produzem banana, melancia, abóbora, morango, chuchu negro, couve, tomate, maracujá, alface, almeirão, hortelã e muitas outras plantas e temperos. “Muito além de produzir alimentos, a Horta Comunitária da Saúde promove o diálogo e a reeducação sobre
temas como cultivo orgânico, resgate de sementes originais, consórcio de plantas, vida no solo, adubação orgânica versus agrotóxicos, compostagem, resgate de abelhas e a importância da polinização, método mulch de cobertura e uma abordagem sistêmica na ciclagem dos nutrientes na horta. Fora isso, é fundamental pensar que as hortas trazem reflexões sobre o ciclo dos alimentos: tipo e local onde são produzidos, quilômetros embutidos no transporte, qualidade dos alimentos, grandes produtores versus pequenos locais, sazonalidade da alimentação. Enfim, horta mexe com nossa vida toda!”, brinca Lara Freitas, do programa EcoBairro e do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Vila Mariana. Para Maria Helena Sozzi Godoy, funcionária da Prefeitura
Regional da Vila Mariana e voluntária da Horta Comunitária da Saúde, o interesse crescente das pessoas por hortas urbanas se dá devido ao desejo das pessoas de se ligarem ao alimento, à comunidade e à natureza. “Além disso, a horta urbana orgânica é uma ferramenta eficaz a ser utilizada no aproveitamento dos espaços ociosos da cidade, dando a eles uma nova utilização sustentável. Para Elisa Rocha, também conselheira do CADES-VM, a iniciativa social e comunitária das hortas surge como uma resposta a uma demanda real e à carência do tema no âmbito do planejamento urbano e das políticas públicas. “É uma iniciativa que atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável postulados pela ONU, nas pautas de Saúde, Alimento e Cidades”, lembra.
CAPA
O sucesso é tanto que a atuação do coletivo tem transcendido a cerca de árvores da Rua Paracatu. “Nosso coletivo se tornou forte nas ações ambientais e estamos plantando árvores em calçadas, praças, parques e outras áreas. Já participamos do plantio de 6 florestas em São Paulo. Na nossa região, atuamos na Praça Soichiro Honda, onde mais de 300 pessoas plantaram cerca de 130 árvores de 40 espécies da Mata Atlântica nativa. Esses bolsões de florestas adensadas ajudam a restaurar esse espaço de terra, e servirão como um pouso de avifauna e abelhas, gerando uma biodiversidade aérea e subterrânea. Também colaborará no sequestro de carbono, ajudando a diminuir de 2 a 3 graus na área do en-
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Revista CHK
torno, melhorando as condições climáticas e a saúde dos moradores locais”, afirma Sérgio. No primeiro final de semana de fevereiro, Sérgio nos convidou para participar de um mutirão de 60 voluntários na floresta de bolso da Praça Soichiro Honda, onde, por iniciativa própria, os presentes executaram serviços de manutenção e limpeza.
HORTAS PELA CIDADE
Além da Horta Comunitária da Saúde, destacam-se também em São Paulo iniciativas como a Horta das Corujas, na Vila Beatriz, e a horta do Centro Cultural São Paulo, na região do Paraíso. Na Chácara Klabin, por iniciativa da Catedral Budista Nikkyoji, há uma pequena horta comunitária em atividade na Rua
Francisco de Vitória. Para Daniel Moral, idealizador da Revista CHK, o bairro tem potencial para abrigar outras iniciativas do tipo. “Uma horta comunitária produz valores como sustentabilidade e senso coletivo, que são pilares de um bairro melhor e pronto para o futuro. Com certeza está nos nossos planos encontrar parceiros na região para desenvolver trabalhos como o do Sérgio, da Horta Comunitária da Saúde, e o da Catedral Budista Nikkyoji”, afirma. Para Sérgio, a presença de crianças na Horta Comunitária da Saúde é um fator importante para um amanhã melhor. “Nós temos a participação das crianças da escola vizinha, que plantam e cuidam de um canteiro da escola. Quando colhem, elas consomem os alimentos na própria escola, completando um ciclo. Curiosamente, são elas que trazem os pais
para conhecerem a horta e os ensinam sobre alimentação saudável. Compartilhando com a futura geração, certamente elas compartilharão todas essas informações e colaborarão para uma formação permacultural”. Mas comemora: “Estive recentemente no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e tudo o que está em exposição é exatamente o que fazemos há anos. Não podemos esperar pelo amanhã. Acho que cada cidadão voluntário que participa conosco terá uma ponta de orgulho de estar colocando a nossa Vila Mariana e outras regiões na vanguarda”. Quem quiser participar dessa transformação pode procurar o Sérgio na Horta Comunitária da Saúde, na Rua Paracatu, 66, e acompanhar todas as atividades pelo grupo de mesmo nome no Facebook.
Dra Ana Priscila Soggia | Diretora Técnica Médica CRM 115.982 / RQE 42.219
PERCA PESO COM SAÚDE O
Centro Terapêutico AKTA Liv é um espaço que se destina ao cuidado de pessoas com sobrepeso e obesidade, com objetivo de melhora da saúde e promoção do bem-estar.
Como proposta, conta com o método AKTA Liv de Emagrecimento que se baseia em três pilares: alimentação, metabolismo e comportamento, sempre levando em conta a individualidade do paciente. Hoje conversaremos um pouco sobre um dos pilares do método: o tratamento comportamental. O benefício do tratamento comportamental já é bem estabelecido cientificamente no tratamento do excesso de peso. Ele visa adequar a alimentação à realidade corporal, sendo necessário trabalhar limites, escolhas, vontades, entre outros tópicos relacionados ao ato de comer. MAS,
O
QUE
É
O
COACHING
COMPORTAMENTAL? É uma metodologia com foco no alcance de metas e objetivos claros, sejam eles pessoais ou profissionais. A finalidade do processo de coaching é desenvolver habilidades, capacidades e competências. Como o coaching pode me ajudar no processo de perda de peso ? Na prática clinica percebemos que mui-
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Revista CHK
tos pacientes vêm para o trata-
sessões, onde um profissional
mento AKTA Liv já cansados de
chamado Coach tem a função de
várias tentativas anteriores e por
estimular, apoiar e despertar em
longos anos, com um discurso de
seu cliente o seu potencial para
não conseguirem perder peso ou
que conquiste a desejada perda
que quando atingem sua meta têm
e manutenção de peso.
reganho, o famoso “efeito san-
A realização do tratamento
fona”. Esse quadro é muito mais
comportamental aumenta signi-
comum do que se imagina. Estu-
ficativamente a probabilidade de
dos científicos apontam que 92%
emagrecimento e manutenção
das pessoas que tentam perder
do novo peso a longo prazo.
peso apresentam o “efeito sanfona”, sendo que o comportamento é muitas vezes o responsável pelo reganho de peso. O método de coaching alimentar tem como proposta mudanças definitivas através de técnicas já comprovadas na forma de como nos relacionamos com a comida, ansiedade e organização, com o objetivo de trazer saúde, qualida-
Dra. Fabiola Luciano: CRP 104.468 Dra. Karen Maciel Tomac: CRP 06/488024
de de vida e bem-estar. Todos sabemos que, sem mu-
Caso deseje mais informa-
danças, nosso resultado será o
ções, estamos à disposição para
mesmo. Geralmente até identifi-
fornecê-las. Contamos com uma
camos o que precisa mudar, mas
equipe formada por endocrino-
não sabemos como e quais passos
logistas, nutricionistas e psicó-
importantes precisamos dar em
logas aptos a realizar um tra-
direção ao objetivo de emagrecer.
tamento que leve em conta os
Nesse contexto o processo de
seus hábitos alimentares e me-
coaching parece óbvio, mas não é.
tabolismo individual.
O coaching fará o paciente descobrir aquilo que ainda não sabe ser capaz de fazer por si mesmo e ir além do que já fez, em busca de sua meta. Conduzido de maneira confidencial, o processo de Coaching é realizado através das chamadas
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Investir certo para colher o sucesso
engenheiro Rodrigo Mazzutti e o administrador Milton Montanari já haviam se encantado com o mundo do mercado financeiro quando se conheceram, em 2010, dentro da corretora de valores na qual trabalhavam. Ambos sabiam que a maioria das pessoas não entendia muito sobre o assunto e, ao mesmo tempo, a ideia de ajudar as pessoas a administrarem seu próprio dinheiro da melhor forma, crescia cada vez mais. Em 2014, decidiram que iriam montar seu próprio escritório de assessoria, inspirado em uma corretora bem reconhecida no mercado, que cresceu a ponto de possuir uma quantidade maior de clientes que qualquer banco no Brasil. Assim, em 2016, foi possível concretizar o projeto Money Up, tornando-se uma espécie de franquia dessa mesma corretora, com sua sede dentro do Eureka Coworking, localizado na Chácara Klabin. A dupla acredita que a ideia de não subestimar o cliente e torná-lo cada vez mais inteligente, faz com que não
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seja preciso ter acesso ao seu dinheiro e tomar os riscos por ele. Por isso, a Money Up não trabalha com o serviço de gestão: seu objetivo, é assessorar, focando dentro do perfil e das necessidades do indivíduo, apenas fazendo uma assessoria, com base em relatórios e análises, para que ele tome a decisão. Milton explica que até para ideias básicas é possível procurar uma empresa de investimentos. “Existe uma mistificação na cabeça das pessoas, de achar que investimentos, mesmo em renda fixa ou bolsa, têm que ter muito dinheiro. E não é assim. Um tesouro direto hoje, você começa a aplicar com R$80,00”. De um ambulante que vende produtos de limpeza, e ganha dinheiro todos os dias para aplicar no tesouro direito, até um pai que deseja investir no futuro dos filhos pequenos, comprando tesouro direto para daqui há 40 anos, fazem parte da lista de clientes da Money Up. “As pessoas nos procuram, porque não têm um conhecimento financeiro dos produtos que
existem no mercado que dão uma rentabilidade muito maior do que uma poupança, como um tesouro direto, por exemplo, afirma Rodrigo. Atualmente, aproximadamente 15 a 20 mil brasileiros, largaram suas profissões para viverem de bolsa de valores. Assim como em qualquer corretora, esse perfil de cliente também existe. “Quando o cliente entra em bolsa de valores, seja para fazer uma aplicação, visando um lucro maior que uma poupança, ou para viver dela, particularmente, ele tem que entender que existe o risco de perder dinheiro. Inicialmente, procuramos entender como está focado o investimento do cliente”, explica Rodrigo. Mas afinal, por que contratar uma corretora? A dupla explica que as pessoas costumam procurar os bancos para guardar o dinheiro ou realizar qualquer tipo de investimento, pois esses têm facilidade de captação e principalmente porque estão acostumadas com essa prática. A grande diferença de uma assessoria como a
PASSO 1: ENTENDER O PERFIL DO CLIENTE
PASSO 2: ANALISAR O PRESENTE CENÁRIO ECONÔMICO COM BASE EM RELATÓRIOS E ANÁLISES
Money Up é utilizar o tempo de serviço para tornar o cliente único, entendendo suas vontades e necessidades para oferecer produtos financeiros fiéis a elas, sempre alertando sobre as oscilações e os perigos do mercado. A dupla acredita que a tendência atual, é que os clientes saiam dos bancos para procurar escritórios como a Money Up, corretoras que podem dar uma melhor opção de investimento e um custo operacional muito mais barato. Finanças realmente é um assunto difícil para a maioria das pessoas. Rodrigo lembra de um
Milton Montanari e Rodrigo Mazzutti comandam a Money UP.
cliente que, por medo fazer algo errado, era o típico investidor que ganhava dinheiro e colocava debaixo do colchão, pois não entendia nada sobre o assunto. O engenheiro conta que hoje, seu cliente quer saber de bolsa todos os dias e está tentando largar a profissão para virar operador. “Isso é bacana! Mostrar para a pessoa que ela deve ter mente aberta para entender a dinâmica do assunto para depois escolher o que fazer. Não é um assunto que você vê sempre no Jornal Nacional, por exemplo, pois não atinge em massa. As pessoas só
PASSO 3: FAZER A ASSESSORIA PARA QUE O CLIENTE TOME A DECISÃO
se atentam a bolsa realmente, quando começa a sair algo na mídia”, afirma Rodrigo. Por isso, completando um ano de vida, a Money Up de Milton e Rodrigo, além de assessorar, iniciou um projeto que passa ensinamentos aos clientes sobre o mundo do mercado. O projeto, chamado “Sala de Traders”, realizado todas as terças feiras na sala de reunião do Eureka Coworking, é uma ótima solução em tempos de crise econômica, em que as pessoas costumam não saber como proteger o dinheiro. “Ensinamos gratuitamente, desde pessoas que não entendem nada de economia, pessoas que desejam entender sobre o ambiente de bolsa, até pessoas que já entendem e desejam viver dela”, conta Milton. Para o futuro, a dupla quer expandir a Money Up para fora de São Paulo. “A ideia inicial é levar a Money Up para o interior de São Paulo e para outros estados, entrando nesses lugares com workshops e fazendo um processo educacional para captar esses clientes”, explica. A dupla acredita que a educação financeira realmente precisa ser melhorada no Brasil e que os brasileiros pagam um preço alto por isso. “Diferente do que pensam, o mercado não é só para os ricos. Atendemos clientes de todos os tipos, principalmente pessoas com um dinheiro baixo e parado, para mostrar que existem oportunidades para todos”, explica Milton. O que empresas como a Money Up mostram é que lidar com o dinheiro, apesar de não parecer, pode ser algo muito democrático, é só não subestimar o cliente e acreditar em sua capacidade e consciência de planejar a própria vida.
MONEY UP:
Endereço: Rua Ernesto de Oliveira, 361 - Sala 10 Telefone: 3213-2245 ramal: 2003 Telefones: (11) 9 8291-1240 Site: www.moneyupinvest.com.br
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xiste um axioma do mundo dos negócios que diz: quer algo feito? Delegue para alguém ocupado. É interessante que, após exposto a uma nova ideia como esta acima, passamos a observar as situações com a intenção de comprová-la ou refutá-la. Sobre esse tema, já pude comprovar, observando a mim mesmo e outras pessoas, algumas dessas frases de sabedoria popular que citarei a seguir. Convido-o a fazer o mesmo a partir de hoje. • Quer algo feito? Delegue para alguém ocupado: existe um conceito na natureza chamada inércia. Essa propriedade da matéria determina que um corpo em movimento permanecerá em movimento, a não ser que impedido por outra força, e um corpo em repouso também tende a continuar assim. Uma pessoa ocupada está em um ritmo acelerado de movimento de realização e tende a continuar realizando, já uma pessoa desocupada precisaria de um esforço muito maior para iniciar uma atividade. • O tempo que levamos para concluir qualquer trabalho se adapta ao tempo que temos disponível
para realizá-lo. Um ótimo exemplo dessa afirmação é o tempo entre acordar e ir trabalhar. Quando você acorda com o despertador, no horário programado, faz todos os seus rituais matinais sem pressa - cada um tem os seus e o tempo pode variar enormemente de uma pessoa para outra. Agora, lembre-se daquele dia que você desligou o despertador e foi dormir só mais 5 minutinhos antes de se levantar e, quando se deu conta, acordou com apenas 10 minutos para se arrumar e sair. O mais impressionante é que você consegue cumprir a tarefa em 10 minutos (com menos qualidade, é claro)! • Quem se ocupa, não se preocupa (frase do escritor DeRose): já ouviu alguém muito ocupado parar o seu trabalho para se preocupar ou reclamar? Repare que as pessoas que mais se preocupam e até mesmo aquelas que mais reclamam, são quem tem tempo pra isso. Quem está muito ocupado trabalhando e realizando, não perde tempo com preocupações ilusórias e reclamações que não levam a lugar nenhum. Isso me lembrou
de outra frase muito boa: “quem diz que é impossível, deve sair da frente daqueles que estão fazendo”. Além do mais, pessoas que não trabalham e têm tudo muito fácil na vida, sem desafios, tendem a desenvolver depressão pela falta do estímulo biológico: luta-conquista-recompensa. Quer saber mais sobre isso, busque o texto de autoria do escritor DeRose chamado Síndrome da Felicidade. A realidade é que o mundo é de quem faz, não de quem pensa, nem de quem dá palpite e muito menos de quem reclama. Encerro a coluna de hoje com outra frase, essa do John Richardson Jr:. “Existem três tipos de pessoa: aquelas que deixam acontecer, aquelas que fazem acontecer e aquelas que ficam se perguntando o que aconteceu”.
DANILO CHENCINSKI Diretor do Método DeRose Vila Mariana Sócio da GO Life Performance www.metododerosevilamariana.com.br Rua Estado de Israel no 527 Telefone: 3589-7227
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AS CO RE S DA ARTE SU B S TIT UINDO O CINZA D A RE ALIDADE
Um dos grandes nomes do graffiti mundial, Tinho estampa em suas obras o protesto e sua visão de mundo
urante os anos 1980, era comum ver as crianças brincando na rua e se divertindo com brincadeiras que hoje em dia poucas conhecem. Na zona norte de São Paulo daquela época, existia um menino que gostava muito de andar de skate pelas ruas do bairro. Walter Nomura era um garoto arteiro que desde cedo conheceu e participou do movimento da pichação na cidade, o que lhe rendeu alguns problemas em casa. Quando iniciou seu trabalho como office boy, no final dos anos 80, no bairro da República, Walter começou
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a conhecer profundamente a cidade e o centro de São Paulo – as belezas escondidas e as verdades que ninguém queria enxergar, como os moradores de ruas e crianças
abandonadas. Percebeu que a selva de pedra não exibia apenas pichações, mas sim coisas muito mais coloridas que também apareciam em suas revistas de skate. Eram os tais graffitis. Por coincidência, naquela mesma época, estreava nos cinemas do Brasil um filme americano chamado Beat Street, que desvendava ao mundo o que era o graffiti e a
cultura Hip Hop. A partir daí, Walter começou a comprar tintas e buscar inspirações para começar os seus primeiros trabalhos. Andando pela zona central da cidade e de skate pela Praça Roosevelt encontrou a inspiração que precisava. “São Paulo era muito ruim nessa época. Todo lugar tinha morador de rua, criança vendendo doce no farol e como eu tinha um pensamento politizado, preocupado com as questões sociais, pensei em começar a desenhar aquelas crianças sem rumo”, lembra. Sempre com um caderno no bolso, sentava no skate e desenhava para depois passar para
a parede. Os desenhos costumavam vir acompanhados de frases como “Você acha bonito isso? “, para um desenho de uma criança comendo o lixo das ruas. Mais tarde, por perceber que as crianças não tinham brinquedos, inspirou-se em alguns da época, como Sansão e Emília, para criar uma boneca de retalhos que apareceriam nas mãos das crianças, o que virou a sua marca registrada.
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Atualmente, Tinho, como é conhecido, expõe suas obras em galerias do mundo inteiro e seus graffitis estão espalhados por muitas cidades. O graffiti teve início nos Estados Unidos nos anos 1970, quando os jovens de Nova Iorque decidiram
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deixar suas marcas nos muros da cidade. Mais tarde, se tornou uma manifestação artística que cresceu e evoluiu no uso de técnicas e desenhos. Hoje, podemos ver o graffiti pelo mundo inteiro, de diferentes formas e de acordo com a cultura de cada região. O Brasil não poderia ficar de fora. Tinho conta que o reconhecimento internacional veio devido a atitude dos brasileiros de realizar o graffiti. Ele lembra que a ideia de não ser igual ao resto do mundo funcionou, e isso acabou chamando atenção de todos lá fora que queriam entender como os brasileiros realizavam o graffiti. “Não só eu, mas também Os Gêmeos, o Speto, o Binho e toda galera que pintava aqui, acompanhava o que eles faziam lá fora e a gente pensava: Nossa, um dia eu quero pintar com esse cara, aí de repente, o cara
estava aqui para aprender com a gente”, lembra. A partir daí, Tinho conta que ele e vários grafiteiros renomados atualmente começaram a ser convidados para trabalhos lá fora. Tinho aprendeu que nem todos entenderiam seu trabalho, mas acredita que muita gente começou a pensar a respeito, e afirma que existia a vontade de que suas obras melhorassem o que ele enxergava de São Paulo, mas ainda não sabe se isso funcionou. O grafiteiro acredita que o que se vê é tão forte e violento, que as pessoas passam a criar uma barreira. “Quando você não gosta de algo, aprendemos a criar uma barreira e aquilo fica como se não existisse. Mas quando está numa pintura, cinema, peça de teatro ou música, as pessoas recebem essa mensagem de uma outra forma. Ela entende que aquilo existe, pelo menos por um instante”, afirma. Quando perguntado sobre quem era o Tinho do passado, o
artista conta que começou a pichar ainda quando criança e a pichação sempre foi algo proibido. Mas em uma época de ditadura militar e censura, o proibido tinha outra carga e fazer algo proibido era como um grito de liberdade. “Eu queria ser livre. E no meu pensamento isso era uma forma de luta contra tudo aquilo, contra esse sistema todo, que ainda é hoje”, explica. Tinho acredita que a pichação ainda se trata disso, mas perdeu um pouco a carga embora a ditadura militar tenha dado espaço para a ditadura social e econômica. Hoje, com mais maturidade, afirma que a batalha é mais intelectual e menos de punho, passando experiências aos mais jovens.
Na FAAP, faculdade em que se formou, percebeu que precisava estudar muito pois a “máquina” da arte contemporânea funciona dentro de um quadro elitizado de uma minoria, difícil de entrar e fazer parte. Tinho descobriu que muita gente das ruas tinha a vontade de pertencer à elite cultural das artes e que, assim como ele, sofreram as mesmas pressões e preconceitos por virem da rua. “Então eu pensei em virar esse jogo, tirar essa diferença. Comecei a reunir um grupo de artistas lá em casa, de gente que estava nessa onda de querer aprender mais sobre arte contemporânea. Então eu funcionava como um organizador, provocador, um cara meio rabugento, mas a ideia era todos aprenderem e crescerem juntos”, conta. O projeto existe há 7 anos e é composto por mais de 20 pessoas. Apesar de atualmente ser mais valorizado e reconhecido pelo mercado, o graffiti ainda gera polêmicas entre a sociedade que se divide por considerar uma manifestação de arte ou vandalismo. Tinho não se importa com esses questionamentos, continuando sua trajetória de sucesso no mundo das artes.
Falar inglês a importância crucial da autoconfiança
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credito que você saiba que o stress pode afetar seu aprendizado de inglês, mas talvez você não saiba que ele pode também afetar seu desempenho em inglês, mais do que você imagina. Estar confiante nos deixa mais relaxados, o que possibilita um melhor desempenho, não somente da memória, mas da performance em geral, necessária à boa comunicação. Se você estuda inglês, ou pretende estudá-lo, seu maior interesse, certamente, é ser capaz de se comunicar em inglês, ou seja, ser capaz de transmitir uma mensagem verbalmente e entender a mensagem que recebe. Para que esta comunicação possa ocorrer facilmente, é preciso mais do que dominar um conjunto de regras gramaticais, ter bom conhecimento de vocabulário e pronúncia. Estes são necessários, sem dúvida. Mas é preciso também que você acredite que é capaz de se comunicar, e assim reduzir a ansiedade. Tenho visto que a ansiedade é um grande bloqueador de desempenho, mesmo para aqueles alunos com domínio do idioma. A ansiedade nos dá aqueles brancos, nos deixa inseguros, faz sumir as palavras e é como se tampasse nossos ouvidos. Soa familiar? Aconteceu com você em sua última viagem internacional? E você até tinha bom
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conhecimento do idioma, não é mesmo? Pois é, isso parece ser mais comum do que imaginamos. O que faltou então, o que não foi trabalhado? A construção da sua confiança. Isso mesmo. A medida que se dava seu aprendizado era necessária que sua confiança fosse enfatizada, testada, verificada e reforçada, o que geralmente não ocorre em nossas salas de aula porque, equivocadamente, acredita-se que o conhecimento apenas, seja suficiente para garantir sua boa performance. Receber feedbacks positivos e exercitar visualizações de bom desempenho, podem ajudar a trabalhar emoções de situações que estão por vir, “acalmando” assim seu cérebro. Dá próxima vez em que voltar de uma viagem internacional, frustrado/a por não ter conseguido falar, lembrese, é possível que seu mau desempenho não esteja apenas associado a falta de conhecimento.
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Bata as claras em neve e adicione na mistura mexendo bem devagar até que tudo fique homogêneo.
Forno • Pré aqueça o forno por 15 min em 180 graus, coloque o bolo, deixando assar por 45 minutos (ou até que ele fique dourado em cima). Ingredientes cobertura: • 2 xícaras de chá de açúcar • 1/2 xícara de agua quente • 1 colher de sopa de limão espremido Preparo • Misture todos os ingredientes. •
Retire o bolo do forno e fure-o com um garfo para umedece-lo com o leite de coco, e logo após coloque a cobertura.
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