Mesa em Revista - Paris Pode Esperar

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Mesa em Revista Paris Pode Esperar Publicação do Evento Mesa de Cinema setembro 2021 Produção:Mesa Produtora Edição: Rejane Martins Redação: Loraine Luz Direção de arte e diagramação: Cid D´Ávila

Foto Capa Divulgação/Mesa de Cinema Fotos sem crédito Divulgação/Mesa de Cinema

www.instagram.com/mesadecinema/

couvert Permita-se

Encontros Rosa chocolate Com o olhar do poeta Debate

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Frases do debate

Frases do chat Menus: “Pique-niquer” Receitas do filme Mesa Fim de Ano

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Permita-se

Mesa de prazeres

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Mesa de Cinema segue se reinventando e resistindo. “Vencemos” a pandemia levando o evento para pessoas durante o confinamento. Mês a mês, pela telinha (e nas telonas) da TV, do PC e até do celular, nos reunimos desde abril de 2020. Depois de 15 anos de encontros presenciais, a magia se refez. E agora estamos atingindo as pessoas, em uma conformação diferente. Mais e mais grupos de familiares, amigos e colegas de trabalho se reúnem em casa ou em hotéis e vivenciam a experiência do seu jeito. Teve comemoração de aniversário e reencontros na Pousada do Engenho, no Parador Hampel e em casa em São Francisco de Paula, “junção” de amigos em

Canela e Porto Alegre e arredores, reunião de família e comemoração a dois em São Paulo, Novo Hamburgo, São Leopoldo e em Gramado. Os estilos variam, o prazer se repete. E a gente quer seguir propiciando esses momentos de leveza, de esperança, conexão e troca. E, claro: muita comida boa! O despretensioso filme “Paris

Pode Esperar” inspirou encontros, debate e jantar para brindar os pequenos prazeres que se tornam grandes. Foi uma noite leve e cheia de sabores à francesa. Estávamos precisando desfrutar das belezas da vida... continuamos precisando... sempre. Permitase esses momentos e siga com a gente. Confira nas próximas páginas um pouco do que rolou nesta edição.

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Encontros

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Em Canela, na Pousada Rural, a contadora e ativista Onilia Araújo, o empresário Léo Ribeiro e também contadora Elaine dos Anjos, deram um break em suas rotinas para curtir a natureza sem abrir mão de participar do Mesa de Cinema com direito a receber o jantar diretamente das mãos da chef Arika Messa. Já as amigas Silvia Rolim, Patricia Viale e Nelma Rocha mataram a saudade e divertiram-se entre brindes e um belo jantar bem instaladas na casa de uma delas em São Chico.

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Hampel Hospedado em um dos chalés do Parador Hampel em São Francisco de Paula, o poeta Fabrício Carpinejar e sua amada Beatriz juntaram-se à jornalista Tati Feldens e ao chef Marcos Livi para um belo passeio pela França sem sair de São Chico. Coisas que só o Mesa de Cinema consegue proporcionar. Gaúchos que há pouco migraram de Porto Alegre para São Paulo, Christiane Baladão e Michel Lech seguem prestigiando o Mesa de Cinema em clima de romance.

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Rosa Chocolate

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Para além dos sabores e do talento de cada chef, tivemos algumas surpresas que encantaram ainda mais os participantes do Mesa de Cinema. Em Porto Alegre e Vale do Sinos, a referência à cena final do filme foi marcada por bombonzinhos de chocolate em forma de rosas. O mimo foi oferecido em parceria com a Divino Cake, de Caxias do Sul. Em São Paulo, a chef Mari Valentini tratou ela mesma de enviar pequenos vasos com flores cor de rosa para complementar um jantar que por si só já era pleno de detalhes e carinho.

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Com o olhar do poeta

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e jornalista a escritor. Já são 47 livros publicados. De escritor a colunista e comentarista da vida, na TV, com Fátima Bernardes, em jornais impressos e respondendo a perguntas de sua audiência nas redes sociais – questões majoritariamente ligadas ao universo amoroso e sentimental. Mas sempre poeta. Não podíamos ter um convidado melhor do que Fabrício Carpinejar para comentar “Paris Pode Esperar”, filme leve e despretensioso, mas cheio de sensibilidades. O poeta aceitou o convite para participar do debate e entrou ao vivo de São Francisco de Paula, onde passava o final de semana com a mulher, Beatriz. Prestes a completar 49 anos no próximo dia 23 de outubro, os presenteados fomos nós. Com 47 livros publicados e mais de 20 prêmios literários, entre eles duas vezes o Prêmio Jabuti, Carpinejar é um dos escritores contemporâneos brasileiros mais reconhecidos do país – são centenas de milhares de seguidores nas redes sociais. As obras transitam entre diversos gêneros como poesia, crônicas, infanto-juvenis e reportagens. Ele foi escolhido para ser o patrono da Feira do livro de Porto Alegre deste ano.

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Debate

A DR dos Coppola

Anne (Diane Lane) e Michael (Alec Baldwin), à esquerda. Eleanor e Francis Coppola, à direita.

O filme “Paris Pode Esperar” é um road movie, é um food film, é baseado em fatos reais... só aí já temos três formas diferentes de apresentar resumidamente a obra da diretora Eleanor Coppola. No debate, o poeta Fabrício Carpinejar apresentou uma quarta, certeira: “Esse filme é uma grande DR dela com o Coppola, né?”. Pois então, pode ser mesmo. Esposa do famoso diretor Francis Ford Coppola, Eleanor também dirige – sendo “Paris Pode Esperar” sua estreia no longa-

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metragem de ficção. Detalhe: ela lança esse filme aos 80 anos. Teria ela usado o filme para “discutir a relação” com o marido? A arte, como um todo, se presta muito a “recados” indiretos. Mas a gastronomia também, como bem lembrou a chef Mari Valentini. A comida que fazemos tem um discurso sempre. No nosso, na noite de sábado, 25 de setembro, enfatizamos os prazeres contidos na comida simples, com produtos frescos, respeitando o sabor de cada alimento e fazendo a mágica do menos é mais. Com sotaque francês.

Mas a mensagem do filme – para além de hipóteses da vida privada da diretora – é entendida em qualquer idioma. Peguemos leve, reduzamos a velocidade, chega de pressa para chegar, escolha novas rotas, olhe ao redor, toque, sinta o cheiro, prove novos sabores, deixe-se ver por outros olhos. “O filme é sobre se dar o direito da liberdade de viver a vida”, disse a chef Julia Fernandes. E, se imprevistos interromperam o caminho, que tal um piquenique enquanto a solução não chega?

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Frases do debate

Esse filme faz um apelo: ok, as coisas grandiosas como Paris têm o seu valor, seus atrativos e devemos desfrutá-las. Mas há prazeres, universos e descobertas que estão contidos em outros movimentos menos intensos.

Roger Lerina

Não vale a pena ser sombra de ninguém... Tem muita gente que vive a vida do outro, tentando tirar uma lasca, achando que é parte do triunfo do outro. Acaba abandonada, posta de lado, vivendo uma vida emprestada. E só se vive uma única vez. O filme é uma baita DR da diretora com o Coppola, né? A gente quer se sentir livre numa viagem. É isso que acontece com a personagem. O filme toca nessa fantasia que todos temos: como seria a minha vida se eu largasse tudo? E se eu morasse em outro lugar?

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O filme agrada porque traz isso: o quanto você pode se emocionar ao não saber o que vai acontecer.

Fabrício Carpinejar

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O filme é sobre se dar o direito da liberdade de viver a vida. Com a minha avó, eu vivi isso, de levar a simplicidade para a mesa, o prazer do sabor natural de cada produto. É fantástico esse filme nesse sentido. É isso que a gente tem de aprender a passar na gastronomia. Não é o acúmulo de produtos. Mas a simplicidade e a intensidade de cada um.

Julia Fernandes

Tive oportunidade viajar pela França de carro, tem imensas coisas maravilhosas que se pode fazer sem pressa, se permitindo descobrir a beleza do momento. Me identifiquei muito com esse filme.

O piquenique seduziu a gente porque é o comer sem pressa. O filme inteiro tem esse tom. E não precisa ser no parque. Põe um piquenique no meio da sala mesmo. A gente parece que está sempre em busca das coisas mirabolantes e esquece que o simples também pode ser sensacional.

Mari Valentini

Não é só sair do roteiro de viagem, é sair da rotina da vida. Experimentar novas possibilidades. O piquenique significa sem pressa e sem frescura.

Rejane Martins

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Frases do chat

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Menus

“Pique-niquer”

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O piquenique (em francês é pique-nique, sim, com hífen) montado por Jacques (Arnaud Viard), mais uma vez surpreendendo Anne (Diane Lane), é apenas uma cena de “Paris Pode Esperar”, mas realmente consegue dar o tom de toda a obra, como bem perceberam as chefs dessa edição. Os franceses amam tanto um piquenique que até fazem dessa palavra um verbo: “pique-niquer”. É um hábito que reflete uma perspectiva de viver a vida: com simplicidade,

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mas valorizando o que é bom a todos os sentidos, especialmente o paladar. As chefs Arika Messa, Julia Fernandes e Mari Valentini entregaram um menu à altura das mais altas expectativas francesas. Arika comandou a cozinha do Mesa em Gramado, Canela e São Francisco de Paula. Mari foi a responsável pelo jantar na capital paulista. E Julia, do restaurante Suzanne Marie Boutique e Café, foi a chef em Porto Alegre e Vale do Sinos.


Petit pique-nique por Arika Messa

Formada em gastronomia pela Unisinos, Arika tem experiência em restaurantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. É chef consultora, professora e atua em eventos. Grande nome da culinária na Serra Gaúcha.

Seleção de queijos e charcutaria artesanal Azeitonas e tomates marinados Pães de fermentação natural e manteiga citron Pissaladière da Chef Salada do campo: rúculas, brotos, pancs, flores e figos grelhados Cordeiro Braseado ao molho de mostarda Dijon e batatas bústicas Surpresa de Chocolate e morangos

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Menus Pique-nique en rose

por Mari Valentini

Três vezes escolhida para representar o Brasil na Semana Brasileira de Gastronomia do Canadá, Mari já trabalhou no restaurante Le Campane e na cozinha do Hotel Palazzo Ravizza, na Itália. Apresentou na Fox o programa Cozinha Caseira. Atua em eventos, consultorias, aulas presenciais e on-line. Melão orange com presunto cru Baguete com manteiga francesa Tábua de queijos e linguiças artesanais com tomate confit e agrião Tostadas em azeite e ervas de Provence com favas

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Galeto ao forno em marinada aromática com sauté de batatas e cogumelos Cestinhas de morangos frescos Bolo de chocolate artesanal com ganache (receita de familia)

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Pique-nique maison por Julia Fernandes

Pissaladière (anchovas, azeitonas negras, cebola e manjericão ) Torradinhas perfumadas em alho e ervas com fatias de patê de foie Sanduíche com parma, pesto e microgreen de agrião Queijos boursin e morbier Trutas fritas ao limão siciliano Tarte au chocolat et fruits rouges

Também conhecida por Suzanne, em referência ao seu restaurante, o Suzanne Marie Boutique e Café, cujo nome é uma homenagem à sua avó, Julia define sua herança gastronômica como “alquimia pura, em que sensibilidade e equilíbrio são indispensáveis”.

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Receitas do filme

Mamilos de Vênus Uma das primeiras sobremesas devoradas por Anne no filme, este doce é pura tentação. As receitas são variadas. Escolhemos uma que não tem erro!

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Ingredientes 350g chocolate amargo picado 400g castanhas (deixe na água e depois escorra) 80g manteiga sem sal, amolecida 100g de açúcar granulado 1 pitada sal ¼ xícara de conhaque 1 colher de chá de extrato de baunilha 300g chocolate branco picado

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Como fazer:

Derreta 300g do chocolate amargo em banho-maria e deixe esfriar. Em um processado, pulse as castanhas até ficarem purê. Bata o açúcar e a manteiga até obter um creme claro e fofo. Misture as castanhas, o sal, a baunilha e o conhaque. Adicione o chocolate resfriado e mexa até incorporar. Cubra a tigela com filme plástico e leve à geladeira por cerca de uma hora. Depois, faça bolas do tamanho de uma colher de sopa e coloque em assadeira forrada com papel manteiga. E leve ao freezer. Leve o chocolate branco ao banho-maria para derreter, mas não completamente. Deixe esfriar um pouco e engrossar. Retire as bolas de chocolate do congelador e regue com cuidado o equivalente a uma colher de sopa (mais ou menos) do chocolate branco sobre cada bola. Reserve para endurecer. Os “mamilos” são feitos com o restante (50g) do chocolate amargo, depois de derretido em banho-maria e com auxílio de um saquinho de confeitar (ou uma colherzinha para fazer os pontinhos sobre cada trufa).


Foto: Rejane Martins

Pissaladière Este é um prato muito apreciado em todo sul da França, especialmente na região de Nice. É similar a pizza, mais leve e sem queijo. Delicinha simples e saborosa. Essa versão foi adaptada pela Rejane Martins. Ingredientes para a massa (4 fatias grandes) 200g de farinha 50 ml de água 50g de manteiga 1/2 colherinha de sal

Misturar bem a manteiga com farinha e sal e adicionar a água aos poucos. Trabalhe a massa até ficar elástica. Deixe descansar 30 minutos na geladeira. Ingredientes para a cobertura 4 cebolas 150 g de anchovas 8 azeitonas pretas Dois tomates pequenos Tomilho Azeite Sal Cúrcuma Pimenta do reino

Como fazer:

Corte as cebolas pela metade e fatie. Refogue com azeite até ficarem transparentes, tempere com cúrcuma, pimenta do reino, uma pitadinha de sal e tomilho. Abra a massa com as mãos mesmo, já forrando uma forma untada. Cubra com as cebolas e depois as anchovas, fazendo quadrados sobre a massa. Coloque uma azeitona no meio de cada quadrado, depois os tomates cortados. Leve ao forno pré-aquecido em 200 graus. Asse por uns 30 minutos. A massa fica douradinha.

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MESA DE FIM DE ANO FESTAS E CONEXÕES Que tal um evento diferente para encerrar o ano? O Mesa de Cinema pode ser realizado para grupos fechados em confraternização de empresas, famílias, confrarias. Reúna sua turma e passe momentos de prazer e conexão unindo duas artes irresistíveis: cinema e gastronomia.

MESA PRESENTE Está sem ideia de presente? Surpreenda com um presente original: um voucher do Mesa de Cinema como presente para seu amigo secreto, colega de trabalho, parceiro de vida. Saia do lugar comum e entrega inteligência, sabor e carinho em forma de filme, debate e jantar.

FALE CONOSCO instagram: @mesadecinema email: mesaprodutora@gmail.com whats: +33 6 4600 8798

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