Jornal do Inpa Distribuição Gratuita
Manaus, Julho 2011 - Ano III - Ed.15- ISSN 2175-0866
www.inpa.gov.br
Inpa, 57 anos fazendo ciência Revitalização da ilha da Tanimbuca e novo registro no Herbário marcaram o dia de comemorações no Inpa Pág. 05 Foto: Eduardo Gomes
Foto: Daniel Jordano
Foto: Daniel Jordano
Foto: Daniel Jordano
Código Florestal e qualidade na educação marcam os discursos na abertura da SBPC
ExpoT&C: dissemina conhecimento e oferece oportunidades
SBPC: Amazonas participa de debates sobre marcos legais para pesquisas
Durante o evento, diversas atividades científicas aconteceram nas dependências da Universidade Federal de Goiás (UFG)
Neste ano, o número de visitações foi de aproximadamente 8 mil pessoas. Um dos motivos do sucesso foi a dinâmica adotada
Autoridades e pesquisadores pediram mudanças na lei para alavancar pesquisas. Houve ainda o debate sobre investimentos em ciência com recursos do pré-sal
Pág. 06
Pág. 03
Boa leitura
Pág. 02
Nova espécie de planta é registrada no herbário do Inpa Pág. 02
Foto:Eduardo Gomes
Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke – Amazônia Central
Pág. 07
Inpa realiza XX Jornada de Iniciação Científica Pág. 02
Rede CTPetro Amazônia participa da I Reunião de Coordenadores Pág. 02
Potencial de frutas da região foi destaque na SBPC Pág. 04
Página 02 - Junho 2011 Expediente Chefe da Divisão de Comunicação Social: Tatiana Lima (MTB 4214/MG) Editor Chefe: Eduardo Gomes - Repórteres: Clarissa Bacellar, Daniel Jordano, Eduardo Phillipe, Josiane Santos e Fernanda Farias Editoração Eletrônica: Flávio Ribeiro - Revisão: Fernanda Farias - Fotos: Daniel Jordano, Eduardo Gomes, Josiane Santos e Flavio Ribeiro Tiragem: 1000 - Edição 15 - Julho 2011 - ISSN 2175-0866. Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.
Fale com a redação
+55 92 3643-3100 / 3104 digital.inpa@gmail.com www.twitter.com/ascom_inpa www.facebook.com/inpamct Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação
Tome Ciência Arte: Flávio Ribeiro
Foto: Eduardo Gomes
Arte: CTPetro Amazônia
Inpa realiza XX Jornada de Iniciação Científica
Nova espécie de planta é registrada no herbário do Inpa
Rede CTPetro Amazônia participa da I Reunião de Coordenadores
Aproximadamente 222 trabalhos realizados por bolsistas e orientadores das diversas áreas do conhecimento desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) foram apresentados na XX Jornada de Iniciação Científica, realizada em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica é voltado para o desenvolvimento das ciências por estudantes de graduação. Ao longo dos 20 anos do Programa de Iniciação Científica do Inpa vem proporcionando aprendizagem e aperfeiçoamento à jovens cientistas.
Um dos pontos altos das atividades que comemoraram os 57 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) foi o registro de uma nova planta amazônica, a pradosia lahoziana terra-araújo. Registrada pelo estudante de doutorado Mário Henrique Terra Araújo, do curso de pós-graduação em Botânica do Inpa, esse foi o registro de número 240 mil catalogadas no herbário. Araújo explica que a planta é conhecida popularmente pelos nomes: casca doce, abiu, dentre outros. Porém, falta a identificação científica. “A planta foi coletada em 1973, mas faltava a identificação. Fui em busca de exemplares vivos e encontrei nos arredores da Escola Agrícola Federal”, disse.
A primeira reunião dos Coordenadores das Redes de Pesquisas financiadas com recursos do Fundo Setorial do Petróleo e Gás Natural (CT-Petro) aconteceu no dia 29 de julho, na cidade de Salvador (Bahia). A reunião foi realizada no auditório do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) O evento foi organizado pelo coordenador da Rede CTPetro Amazônia, Luiz Antonio de Oliveira, e o coordenador da Rede RECUPETRO, Antônio Queiroz, e contou com a participação dos coordenadores das 21 redes, além dos representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Quem nunca teve curiosidade em saber mais sobre os sapos amazônicos? Suas cores, tamanhos e como vivem? Essa é a proposta do “Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke”. A reserva, criada em 1963, já serviu de palco para o desenvolvimento de pesquisas e descobertas biológicas. Apesar das constantes depredações e ameaças do homem à Amazônia, a reserva conseguiu sobreviver às mudanças, e hoje no local, pode-se encontrar 50 espécies desses anfíbios. Um livro bastante ilustrado e escrito em português e inglês, convida naturalistas, conservacionistas e o público em geral a descobrirem os hábitos, alimentação, características físicas e reprodução dos sapos. A obra é de autoria dos pesquisadores Albertina Lima, William Magnusson, Marcelo Menin, Luciana Erdmann, Domingos Rodrigues, Cláudia e Walter Hódi. Os interessados podem adquiri-la no valor de R$40,00, no setor de vendas da Editora Inpa, localizada nas dependências do Instituto.
Foto:Eduardo Gomes
Boa leitura| Guia de Sapos da Reserva Adolpho Ducke – Amazônia Central
Ciência e Tecnologia - Divulga Ciência
Julho - Página 03
Código Florestal e qualidade na educação marcam os discursos na abertura da SBPC Durante a semana da SBPC, diversas atividades científicas estaram acontecendo nas dependências da Universidade Federal de Goiás (UFG) Foto: Daniel Jordano
Representantes de instituições, pesquisadores e autoridades locais estiveram presentes na cerimônia.
|Daniel Jordano Da Equipe do Divulga Ciência
|Josiane Santos Da Equipe do Divulga Ciência
‘‘
ve a respeito dessas áreas de transição”, avaliou. Além do diretor do Inpa, outros pesquisadores do Instituto participaram das atividades científicas durante a 63ª Reunião Anual da SBPC. Estiveram presentes nas atividades pesquisadores como Maria Inês Higuchi, Vera Val e Philip Fearnside.
Não podemos permitir que esse projeto vire lei pois será um retrocesso na construção de um sistema de ensino eficiente
um confronto entre a agricultura e o meio ambiente.”, enfatizou. Já a presidenta da SBPC, Helena Nader, declarou que a comunidade científica precisa ser mais ouvida em relação ao código florestal. “É incompreensível que, em nome de interesses, ruralistas e ambientalistas virem as costas para as possibilidades que a ciência moderna tem a oferecer para a definição de regras que harmonizem a legislação ambiental e produção de alimentos”, disse. Ela criticou ainda o projeto de lei que autoriza as Instituições de ensino superior a contratarem professores sem o curso de pós-graduação. “Não podemos permitir que esse projeto vire lei, pois será um retrocesso na construção de um sistema de ensino eficiente”, finalizou. A reunião em Goiânia aconteceu em julho. Na oportunidade, São Luiz do Maranhão foi divulgada como a cidadesede da SBPC 2012.
‘‘
Um dos maiores eventos científicos do país aconteceu no dia 10 de julho, com a abertura oficial da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Representantes de instituições, pesquisadores e autoridades locais estiveram presentes na cerimônia de abertura. O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Adalberto Val, participou da solenidade. Ele caracterizou a reunião como um momento auge na discussão da ciência no Brasil. “Debatemos aqui água, alimento e energia e esses elementos unem todas as regiões do país. A Amazônia interage com o Cerrado e o Cerrado com a Amazônia, e ambos determinam as condições de transição de cada um desses biomas. Portanto, uma ciência especial que se desenvol-
Educação e Código Florestal O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação Aloizio Mercadante, ressaltou o papel da ciência para desenvolver o país e evitar confrontos. ”A ciência é o melhor caminho para que o país evite
Página 04 - Julho 2011
Pesquisa - Divulga Ciência
SBPC pede que cientistas sejam de fato ouvidos em relação ao código florestal Uma carta foi elaborada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em relação ao tema. Em coletiva a Presidenta da SBPC, Helena Nader, cobrou parlamentares
Potencial de frutas da Amazônia foi destaque na SBPC Os dados foram apresentados pelo pesquisador do Inpa, Carlos Bueno, durante as atividades da ExpoT&C
Foto: Daniel Jordano
|Daniel Jordano Da equipe do Divulga Ciência
Pesquisadores, autoridades e membros da SBPC debateram ações, no evento que reuniu 8 mil inscritos.
|Daniel Jordano Da equipe do Divulga Ciência
O primeiro dia de atividades, palestras e oficinas da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que ocorreu em Goiânia (GO), foi marcado pela discussão em torno da proposta do novo Código Florestal. Ÿ A presidenta da SBPC, Helena Nader, em entrevista coletiva pediu que os cientistas sejam de fato ouvidos em relação ao novo Código Florestal. Ela lembrou que não é bom para o país que a discussão em torno do tema seja uma disputa entre agronegócio e meio ambiente, “Eles estão lá para representar a povo brasileiro e não interesses”, disse Nader sobre parlamentares e o Código Florestal Helena Nader afirmou ainda que no caso do Código, é preciso integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aos debates. Para o diretor da entidade, José Antônio, já há um diálogo entre ambientalistas e o agronegócio, mas é preciso rever no código as particularidades de cada região. “O tratamento do código é linear para todos os biomas e isso não pode ocorrer’’,
afirmou. Educação A presidenta da SBPC voltou a pedir que o projeto de lei 220/10, que autoriza a contratação de professores sem o curso de pós-graduação pelas Instituições de ensino superior, não seja aprovado no senado. “É um retrocesso. Há ainda uma outra situação: somos contra a revalidação de diplomas que não seja em Instituição credenciada com curso de pósgraduação com doutorado. Não estamos para servir A ou B, estamos para servir ao Brasil”, finalizou. SBPC A 63 Reunião Anual da SBPC teve a participação de mais de 8 mil inscritos. Entre a série de atividades que marcaram a programação, estão 5.947 trabalhos de pesquisa e experiências de ensino-aprendizagem, 61 conferências, 80 mesas-redondas, dez simpósios, sete sessões especiais, 80 mini-cursos e cinco assembleias. Participaram do encontro 314 palestrantes de Goiás e 124 de outros estados.
As frutas da Amazônia e como elas podem se tornar uma importante fonte de renda para produtores rurais foi tema da palestra na 63ªReunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em Goiânia. Camu-camu, cubiu, araçá-boi, buriti dentre outras frutas típicas da região fizeram parte da apresentação do pesquisador do Inpa, Carlos Bueno, durante as atividades da ExpoT&C (feira onde instituições de pesquisa expõem seus trabalhos). De acordo com o pesquisador o evento é uma vitrine importante, pois divulga as pesquisas feitas e ajuda na sensibilização das pessoas em relação à Amazônia. “Isso ajuda a ter uma sensibilização nacional sobre a diversidade da região e o que as pesquisas podem trazer de bom principalmente em relação a um desenvolvimento mais inteligente, mais sustentável”, explicou. Potencial econômico Bueno lembrou que as pesquisas apresentadas podem interessar ao mercado. “Para quem está na Amazônia, são frutos tradicionais, mas aqui é uma novidade e assim podemos inclusive mostrar eventualmente para as empresas ”, finalizou. A 63ª Reunião Anual da SBPC teve mais de 8 mil inscritos mais de 5 mil trabalhos de pesquisas e experiências de ensinoaprendizagem, 61 conferências, 80 mesas-redondas, dez simpósios, sete sessões especiais, 80 mini-cursos e cinco assembleias. Prática Os valores nutricionais presentes em frutos da região amazônica, como o açaí e camu-camu, fazem parte dos estudos e pesquisas que são desenvolvidas no Instituto, esclarecendo curiosidades sobre as propriedades das frutas e como podem auxiliar no funcionamento do organismo.
Julho- Página 05
Edição Especial - 57 anos - Divulga Ciência
Inpa, 57 anos fazendo ciência Revitalização da ilha da Tanimbuca e novo registro no Herbário marcaram o dia de comemorações no Inpa Foto: Eduardo Gomes
No Bosque da Ciência, pesquisadores comemoram os 57 anos do Instituto destinado à pesquisas científicas.
|Fernanda Farias Da equipe do Divulga Ciência
nologia, não se faz sozinho. Meu agraO Instituto Nacional de Pesquisas da desenvolver a sustentabilidade. “A decimento a todas as pessoas, as Amazônia (Inpa/MCTI) realizou uma população ribeirinha precisa usar os instituições que têm nos ajudado esses semana de comemorações dos 57 recursos da floresta, mas também tem anos todos, as varias organizações, as anos de sua existência, na busca cons- o dever de cuidar dela, para isso temos agências de fomento, e ao próprio tante de inovar suas pesquisas e socia- que investir em educação ambiental Ministério da Ciência e Tecnologia”, lizar ciência e tecnologia. para que a população use de forma declarou o diretor do Inpa, Adalberto O Instituto vem desenvolvencorreta esse potencial”, ressalta Val. do um importante trabalho em Carlos Bueno, coordenador de O Inpa realizou diversas toda Amazônia, investindo na atividades em comemoração ao sua biodiversidade, dinâmica Nesses tempos, seu aniversário. O Instituto ambiental, tecnologia e inovaa palavra de ordem homenageou os servidores ção, focando na sociedade, aposentados com o certificado meio ambiente e saúde. é agradecimento, “Inpa Orgulho da Amazônia”. Para o diretor executivo da porque ciência e tecnologia, Na manhã do dia 27, houve um Fundação Amazônica de Defesa não se faz sozinho culto ecumênico na Ilha da da Biosfera (FDB), José SeráfiTanimbuca, campus I, para os co, há grandes motivos para servidores do Instituto. comemorações. “Esses 57 anos do extensão do Inpa. Nesses 57 anos, o Inpa conta com a Na sexta-feira 29 aconteceu Inpa tem se mostrado produtivo para a colaboração de vários parceiros locais, uma palestra sobre “Biodiversidade e pesquisa na Amazônia. O Inpa tem Saúde Indígena” com o palestrante mostrado que se avança muito mais regionais, nacionais e internacionais, Renato Athias, professor do Núcleo de com conhecimento e com menos cus- como pesquisadores, técnicos, analistas, estudantes de pós-graduação, Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade to”, declara. da Universidade Federal de PernamToda população tem o direito de estagiários, todos ajudam na dissemibuco (UFPE). As atividades encerraconhecer e explorar a diversidade nação da ciência. “Nesses tempos, a palavra de ordem é ram no sábado (30) com a edição espebiológica da floresta Amazônica, assim agradecimento, porque ciência e teccial do Circuito da Ciência. como usar seus recursos naturais e
‘‘
‘‘
Página 06 - Julho 2011
Educação e Sociedade- Divulga Ciência
ExpoT&C: dissemina conhecimento e oferece oportunidades Neste ano, o número de visitações foi de aproximadamente 8 mil pessoas. Um dos motivos do sucesso foi a dinâmica adotada Foto: Daniel Jordano
Degustação de frutos e pequenos exemplares da biodiversidade da região, foram destaques no stand.
| Josiane Santos Da equipe do Divulga Ciência
‘‘
de Goiás e vai ser uma grande oportunidade para o Inpa mostrar os seus produtos que já estão prontos e ganhar o mercado brasileiro como o todo, por meio da transferência dessa tecnologia”, disse Santos.
Isso nos permite que nos próximos anos sejamos mais ousados, sempre com essa interatividade toda que o Inpa leva nas feiras
o interesse dos visitantes em conhecer o processo de desenvolvimento de alguns produtos, inclusive para fins comerciais, principalmente a sopa de piranha, e o grande interesse dos jovens em cursar os programas de pósgraduação do Inpa. Para o Coordenador de Extensão do Instituto, Carlos Bueno, o sucesso do Inpa na ExpoT&C acontece por conta da dinâmica que o grupo adotou como sorteio de livros, degustação e exposição de vários frutos amazônicos. A ExpoT&C é uma das atividade da 63ª Reunião Anual da SBPC e traz estandes de institutos de pesquisas, universidades e órgãos ligados à área de ciência.
‘‘
Nos cinco dias de exposição na ExpoT&C da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de algumas amostras de produtos e processos que são produzidos dentro do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), deu para firmar futuras parcerias e disseminar o conhecimento sobre a região amazônica. Dentre os contatos feitos, a analista de ciência e tecnologia, Deuzanira Santos, da Coordenação em Extensão Tecnológica e Inovação (CETI) do Inpa, destacou o contato com empresários do setor de cosméticos e de higiene pessoal do estado de Goiás, principalmente da cidade de Aparecida de Goiânia, um dos principais pólos neste setor. “Nós fizemos esse contato para firmar algum tipo de parceria. Então a gente espera que isso renda frutos para toda a instituição. Marcamos uma reunião para setembro com os empresários do setor de cosméticos
Segundo o coordenador do Bosque da Ciência, Jorge Lobato, o Inpa, a cada edição da ExpoT&C, vem se destacando com o aumento no número de visitações no estante do Instituto. “No geral, dentro da ExpoT&C, o Inpa se destacou como vem se destacando desde as últimas edições. Isso nos permite que nos próximos anos sejamos mais ousados, sempre com essa interatividade toda que o Inpa leva nas feiras”, explicou. Outro resultado citado por Lobato foi
Foto: Josiane Santos
Julho - Página 07
Ciência e Tecnologia - Divulga Ciência
SBPC: Amazonas participa de debates sobre marcos legais para pesquisas Autoridades e pesquisadores pediram mudanças na lei para alavancar pesquisas. Houve ainda o debate sobre investimentos em Ciência com recursos do pré-sal
Foto: Daniel Jordano
| Daniel Jordano Da Equipe do Divulga Ciência
ria para que a gente possa ser competitivo”, disse. O País ocupa hoje a posição de número 13 no ranking da produção científica mundial. “O Brasil caminha para ocupar uma posição de maior destaque na produção científica sendo que temos a competência, infraestrutura e material biológico. O que precisamos é de leis apropriadas para fazer isso”, enfatizou Val.
‘‘
de Amparo à Pesquisa do Estado Amazonas (Fapeam), Maria Olívia Simão, afirmou que o momento é bom para discutir o tema. “Essas articulações vão possibilitar um ambiente mais favorável do ponto de vista legal para desenvolver ciência”, afirmou. A presidenta da SBPC, Helena Nader, declarou que a entidade propõe mais diálogo com os órgãos reguladores. “Nós queremos diálogo com as controladorias e procuradorias. Queremos conversar com todos”, finalizou a presidenta.
‘‘
Autoridades e membros da comunidade científica brasileira debateram no dia 12 de julho, os marcos legais para incentivar às pesquisas no país. A tônica das discussões, que ocorreram durante a 63ªReunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foi a mudança de algumas leis para agilizar os investimentos em ciência, tecnologia e inovação. Um dos gargalos apontados pela comunidade científica é a demora dos processos de licitação para compras de materiais, por exemplo, que de alguma forma atrasa o processo de pesquisa. De acordo com o diretor do Inpa, Adalberto Val, as leis precisam ser mais ágeis para acompanhar os avanços da ciência. “O fazer científico de hoje é diferente do realizado há 20 anos e o que está acontecendo é que temos um sistema emperrado, por conta da não atualização dos marcos legais. Não se trata de afrouxar o sistema e sim dotá-lo da agilidade necessá-
O Brasil caminha para ocupar uma posição de maior destaque na produção científica
Articulações A movimentação para os marcos legais é coordenada pelo Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) e o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Cosnecti). A diretora-presidenta da Fundação
Pré-sal As verbas que podem ser geradas com o pré-sal (extração de petróleo) também foram discutidas na ocasião. O titular da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT-AM), Odenildo Sena, lembrou que o país precisa saber como utilizar os recursos. “É fundamental a luta para que grande parte desses recursos se destine à educação, ciência, tecnologia e inovação”, declarou.
Página 08 - Julho 2011
Educaçlão e Sociedade - Divulga Ciência
Inpa realiza ”Feira de Ciências Indígena” em Roraima O projeto é desenvolvido com professores e estudantes das etnias Macuxi, Wapichana, Taurepang e Ingarikó do município de Amajari Foto: acervo Projeto Wazaka'ye
Nas oficinas foram discutidos temas como manejo ambiental, lixo, arte e culinária.
|Eduardo Gomes Da Equipe do Divulga Ciência
mínimo, uma das três oficinas realizadas nas comunidades Araçá, Mutamba e Guariba, onde se construíram ideias sobre temas variados que podem ser trabalhados em sala de aula, como tipos e manejo de solos, experimentos de física, alimentação e saúde, artesanato tradicional etc.
‘‘
Essa iniciativa visa dar continuidade às atividades desenvolvidas pelo projeto Wazaka'ye/Guyagrofor, coordenado pelo Inpa desde 2006, e projeto Agroflorr, pelo Instituto Olhar Etnográfico de 2006 a 2009. “Nossa experiência tem mostrado que o envolvimento das escolas é essencial para a condução dos viveiros. A união entre escola e comunidade na organização e planejamento é o melhor caminho para trazer a independência comunitária na gestão de um viveiro bem sucedido”, observa Pinho.
‘‘
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT) realizou no dia 14 de junho, em Roraima (RR), a apresentação das atividades que complementam o projeto “Feira de Ciências Indígena”, coordenado pela pesquisadora Sonia Alfaia, da Coordenação de Tecnologia e Inovação (COTI) do Instituto, que apóia atividades escolares e comunitárias relacionadas ao ambiente e cultura regional. A engenheira florestal Rachel Pinho, bolsista do Inpa, é a coordenadora de campo e organiza as atividades do projeto. O Projeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e construído com professores e estudantes das etnias Macuxi, Wapichana, Taurepang e Ingarikó do município de Amajari, na região do “Lavrado” (savanas) de Roraima (RR). Das 17 escolas indígenas do município de Amajari, 11 participaram de, no
A união entre escola e comunidade na organização e planejamento é o melhor caminho para trazer a independência comunitária
Nas oficinas também se discutiram os projetos desenvolvidos por cada professor em temas como manejo ambiental, lixo, arte e culinária, que serão apresentados na ”Feira de Ciências Indígena do Amajari”. Além disso, os projetos serão premiados com livros e 3 bolsas de Iniciação Científica Junior do CNPq.
Foto: acervo Projeto Wazaka'ye