Jornal do Inpa Manaus, Junho 2012 - Ano IV - Ed.22- ISSN 2175-0866
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Pesquisa do Inpa caracteriza quintais agroflorestais em Terra Indígena Quintal agroflorestal é uma área de produção localizada próxima da residência, onde os moradores cultivam espécies agrícolas e florestais e pequenas criações de animais domésticos ou silvestres amansados Foto: Mateus Salim
Foto: Samael Padilla
Foto: Eduardo Gomes
Foto: Jéssica Vasconcelos
Inpa disponibiliza biblioteca de sapos amazônicos na internet
Inpa estuda índices de infestação de mosquitos da dengue
Alternativas de controle da Dengue desenvolvidas no Inpa foram destaques na Rio+20
A Sapoteca propõe expor em diferentes tipos de mídias - notas bibliográficas, áudios, fotografias, vídeos e gravações sonoras – informações sobre espécies de sapos da Amazônia
O estudo d Samael Padilla utiliza análises de detecção imperfeita para calcular estimativas de infestação por Aedes aegypti nas residências de Manaus
Pesquisas desenvolvidas no Inpa para controle do mosquito da dengue, atraem o público visitante da Expo Brasil Sustentável, na Conferência das Nações Unidas, a Rio+20
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Boa leitura “Guia de Samambaias e Licófitas da Rebio Uatumã”
Uma leitura completa sobre essas duas espécies, com a ajuda de imagens. Pág. 02
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Encontro Consciência esclarece dúvidas sobre novo Código Florestal
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Diretor do Inpa participa do Projeto “+20 ideias para Girar o Mundo” Pág. 02
Inpa é homenageado na Mundial semana do Meio Ambiente na ALE-AM Pág. 02 Inpa recebe exposição “Olhares fragmentados” Pág. 04
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Expediente Assessora de Comunicação: Tatiana Lima (MTB 4214/MG) - Editora Chefe: Fernanda Farias - Repórteres: Clarissa Bacellar, Eduardo Gomes, Juan Mattheus, Josiane Santos e Jéssica Vasconcelos Editoração Eletrônica: Juliana Lima - Revisão:Clarissa Bacellar - Fotos: Eduardo Gomes Tiragem: 1000 - Edição 22 -Junho- ISSN 2175-0866. Produção: Assessoria de Comunicação do Inpa/MCTI.
+55 92 3643-3100 / 3104 digital.inpa@gmail.com ascom_inpa Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA/MCTI
Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação
Tome Ciência Foto: Eduardo Gomes
Foto: Eduardo Gomes
Foto: Eduardo Gomes
Encontro Consciência busca esclarecer dúvidas sobre novo Código Florestal
Inpa é homenageado na semana Mundial do Meio Ambiente na ALE-AM
Inovação Tecnológica nos Esportes” é o tema do XXVI Prêmio Jovem Cientista
O Encontro teve a participação de estudantes e profissionais de jornalismo e dos debatedores: Niro Higuchi, pesquisador do Inpa; o repórter de rede da TV A critica/Record, Cassiano Rolim, e a assessora de comunicação do Inpa, Tatiana Lima Em sua sétima edição, o Encontro Consciência foi realizado com o objetivo de entender as principais mudanças no Novo Código Florestal. O evento aconteceu no dia 9 de junho, no auditório do Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). O evento promove aos participantes uma maior interação com os assuntos científicos, com uma linguagem prática dinâmica, tudo para facilitar a comunicação entre quem faz ciência e quem produz notícia.
No dia 4 de junho, em comemoração à Semana Mundial do Meio Ambiente, a Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), agraciou o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), durante uma sessão especial no Plenário Ruy Araújo, com placas simbolizando “Amigos do Meio Ambiente”, entregues pelo Deputado Luis Castro. Um dos homenageados, em nome do Instituto, foi o coordenador de Extensão, Carlos Bueno, por sua dedicação em divulgar as ações do Inpa. O Projeto Jovem Ambientalista, do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea/Inpa), coordenado pela pesquisadora Maria Inês Higuchi, também foi homenageado por agregar os jovens às questões do meio ambiente, além de gerar recursos humanos.
Estão abertas as inscrições para o XXVI Prêmio Jovem Cientista, destinado a estudantes de Ensino Médio, Ensino Superior ou pesquisador recémgraduado. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Fundação Roberto Marinho, a Gerdau e a GE escolheram “Inovação Tecnológica nos Esportes” como tema para esta edição. O tema proposto veio com a ideia de que o esporte é um ramo de atividade que está sempre em destaque em todas as partes do mundo. Com isso, se torna uma área promissora para o desenvolvimento e a inovação tecnológica. Nesses 31 anos, o PJC busca eleger assuntos de relevância nacional com o objetivo de permitir os cientistas possam lançar mão de seu conhecimento.
Boa Leitura | Guia de Samambaias e Licófitas A segunda edição do “Guia de Samambaias e Licófitas da Rebio Uatumã” traz uma leitura completa sobre essas duas espécies, com a ajuda de imagens espetaculares nos mais variados ecossistemas em que elas vivem, apresentando a ecologia e a identificação de 120 espécies de samambaias e licófitas. Criada em 1990, a reserva biológica Uatumã protege quase 10 mil km² de floresta amazônica e abriga uma fascinante diversidade de ambientes propícios ao crescimento das samambaias e licófitas, conhecidas também como avencas e cavalinhas, sendo que algumas dessas plantas não possuem o formato característico das samambaias cultivadas em casa. Esta obra rica em informações e figuras, traz também um importante alerta à respeito da conservação da natureza, pois é o principal habitat dessas espécies e de várias outras que contribuem para o equilíbrio dos ecossistemas. O guia está disponível na editora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), quem estiver interesse, pode entrar em contato pelo número 36433030.
Educação e Sociedade
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Inpa disponibiliza biblioteca de sapos amazônicos na internet A Sapoteca propõe expor em diferentes tipos de mídias - notas bibliográficas, áudios, fotografias, vídeos e gravações sonoras – informações sobre espécies de sapos da Amazônia Foto: Eduardo Gomes
|Eduardo Gomes Da equipe do Divulga Ciência
to, visando auxiliar na identificação das espécies.
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Arquivos compartilhados A criação da Sapoteca teve início há aproximadamente três anos, durante o doutorado da pesquisadora
É uma forma de tentar aumentar a conscientização sobre a diversidade de espécies que temos e que está em risco
Atualmente, informações sobre 40 espécies de sapos estão disponíveis na plataforma online da Sapoteca. Se o usuário busca confirmar uma identificação, ele pode procurar a espécie por seu nome científico, ou através de uma galeria de fotos, procurando o animal mais parecido com aquele que viu em campo. Para cada espécie listada, há uma página contendo foto, vídeo, sons para download, sonograma - gráfico que representa visualmente o som emitido pela espécie - e indicações de artigos científicos relacionados. Além do acervo prontamente disponível na plataforma online, a coleção conta com mais de 500 arquivos de áudio e 30 vídeos catalogados, que podem ser acessados mediante contato com os curadores.
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No campo científico, os pesquisadores deram um novo sentindo para o conceito das bibliotecas. Agora, os internautas poderão consultar informações sobre sapos em uma plataforma online. Com uma proposta que integra inovação e tecnologia, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (INCT/CENBAM), coordenado pelo pesquisador do Inpa, William Magnusson, passou a dispor na rede uma espécie de “biblioteca de sapos”, intitulada “Sapoteca”. A coleção tem como intuito principal fornecer uma ferramenta permanente, que possa ser utilizada por cientistas e professores em suas atividades de pesquisa e ensino, além de atender o público em geral com informações sobre a comunicação acústica dos sapos amazônicos. De acordo com o bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI) do Inpa, Pedro Ivo Simões, que faz parte do trabalho desenvolvido pela Sapoteca, a criação do espaço foi motivada para suprir a falta de conhecimen-
Luciana K. Erdtmann, que coordenou o projeto sob orientação da pesquisadora do Inpa, Albertina Lima. As etapas iniciais buscaram digitalizar e organizar gravações de espécies da Amazônia brasileira, realizadas por pesquisadores do grupo e colaboradores, durante expedições a campo. O passo seguinte envolveu resgatar informações sobre estas gravações, como o local, equipamentos utilizados e atributos que podem alterar as características dos sons emitidos por sapos, como a temperatura do ar e tamanho corporal dos animais gravados.
Difusão multimídia Para Simões, a difusão dos estudos realizada por meio da plataforma multimídia pode modificar a falta de conhecimento da sociedade em relação às espécies. “É uma forma de tentar aumentar a conscientização sobre a diversidade de espécies que temos e que está em risco”.
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Meio Ambiente Diretor do Inpa participa do Projeto “+20 ideias para Girar o Mundo”
Inpa recebe exposição “Olhares fragmentados” A exposição aconteceu no Paiol da Cultura, do dia 26 de junho até 29 de julho Foto: Eduardo Gomes
|Clarissa Bacellar Da equipe do Divulga Ciência
O Paiol da Cultura no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) recebeu exposição de novas telas do artista plástico amazonense José Veras. O trabalho, intitulado “Olhares fragmentados”, representa uma nova vertente na carreira do pintor. Veras, no auge de seus 55 anos, trabalha com pintura há 22 anos e atualmente está cursando o sétimo período de Artes Plásticas na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em busca de aprimorar seu trabalho. “Ser autodidata é uma coisa, mas a faculdade te mostra mais técnicas, o verdadeiro caminho da arte, o qual antes é obscuro”, conta. Os quadros da nova exposição, segundo o artista, têm agora clara influência do conhecimento adquirido na faculdade. Assim, esta é a primeira exposição de Veras com obras seguindo o surrealismo, desviando do trabalho com fauna e flora amazônica, até então principal tema de seu trabalho. “Agora eu parti para esse lado, como no quadro 'Sob domínio de aquários', onde estou falando um pouco da minha vida”, revela. Foram dois meses preparando e
produzindo cerca de 10 telas que ficarão expostas no Paiol. Veras afirma que ainda produzirá mais seis ou oito telas durante o período da exposição, que se estendeu até 29 de julho. Com o trabalho reconhecido em países do exterior, como a Alemanha, não é a primeira vez que o professor do programa Galera Nota 10, iniciativa do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer (Sejel) apresenta seus trabalhos no Paiol. “Agora, cada tela tem uma história diferente, um pensamento, uma pesquisa”, afirma. O artista afirma que continuará o novo trabalho, mas que manterá os “fragmentos” do que já produzia com paisagismo, para, assim, criar um novo caminho e usar essa linguagem de forma mais crítica. Quem se interessar pelas telas expostas basta ligar para (92) 8131-2125. O Paiol da Cultura fica no Bosque da Ciência, localizado na Av. Otávio Cabral, s/nº (Petrópolis) e funciona de terça à sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h.
O projeto, lançado na Rio +20, tem o intuito de divulgar as principais ideias e reflexões sustentáveis para o planeta |Redação ASCOM Da equipe do Divulga Ciência
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, em parceria com a Pacto Audiovisual, a TAL-Televisão América Latina a Petra Energia, lançou o projeto “+20 ideias para Girar o Mundo”, que reúne as 20 ideias mais relevantes sobre sustentabilidade que sirvam para melhorias no desenvolvimento das nações. As opiniões propostas são de personalidades de diferentes áreas profissionais do país que possuem um destaque na sociedade, entre elas o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Adalberto Val, que durante toda sua carreira tem realizado importantes intervenções na área científica. Os participantes do projeto foram indagados nas seguintes questões: qual o conceito de sustentabilidade; como podemos tornar o mundo mais sustentável; quais as prioridades e iniciativas; e ainda a responsabilidade de cada indivíduo na construção da sustentabilidade. As 20 mini-conferências, além de uma apresentação do representante da Unesco no Brasil, Lucien Muñoz, estão disponíveis gratuitamente no site do evento. Inpa na Rio +20 Durante toda Rio+20 o Instituto expôs suas atividades voltadas para a apresentação do conhecimento da biodiversidade amazônica e seu uso em potencial, incluindo produtos processados e patenteados, além da formação de recursos humanos especializados, projetos sócios ambientais e a divulgação da Editora do Inpa. O Armazém da Popularidade foi dividido em três blocos: biodiversidade; exposição dos biomas do Brasil e popularização da ciência. Conheça mais sobre o projeto: http://eventos.unesco.org.br
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Divulga Ciência
Inpa estuda índices de infestação de mosquitos da dengue por métodos não convencionais de detecção O estudo de Samael Padilla utiliza análises de detecção imperfeita para calcular estimativas de infestação por Aedes aegypti nas residências de Manaus Samael Padilla
|Juan Mattheus Da equipe do Divulga Ciência
modelos de detecção imperfeita para obter estimativas de infestação nas residências de Manaus. “No contexto da minha pesquisa, modelos de detecção imperfeita são uma forma de calcular a probabilidade de infestação por Aedes assumindo que o mosquito podia estar na casa apesar de que não foi coletado nas armadilhas”.
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O essencial no projeto é a visita regular para quantificar qual a dificuldade de detecção das espécies procuradas
As medidas tradicionais usadas no Brasil e ao redor do mundo assumem que quando os mosquitos não foram detectados em uma residência é porque não estavam lá. “É mais lógico supor a possibilidade de que algumas vezes o mosquito estava lá mais não foi detectado pelo método tradicional, pois estas falhas de detecção são incorporadas aos cálculos da infesta-
ção e percebemos que a infestação nas casas foi maior do que as estimativas que consideram que a detecção é perfeita”, relatou. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que possui um sistema de vigilância entomológica dentro do bairro Tancredo Neves, o que facilitou a realização da pesquisa, pois os moradores tinham conhecimento dos trabalhos realizados na área. “O essencial no projeto é a visita regular para quantificar qual é a dificuldade de detecção das espécies procuradas”, afirma o Professor de Ecologia das Populações do Programa de Pós-Graduação em Ecologia do Inpa, Gonçalo Ferraz.
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Um dos grandes problemas de saúde pública na cidade de Manaus, e também em várias partes do mundo onde o clima é tropical, é a infestação por mosquitos transmissores de doenças infecto-contagiosas. Um exemplo são os mosquitos Aedes aegypti e Ae. albopictus, vetores da dengue. A pesquisa desenvolvida pelo mestre em ecologia formado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Samael Padilla, revelou a dinâmica de ocorrência (infestação) dos mosquitos vetores da dengue para quantificar os efeitos das intervenções oficiais de controle sobre estas espécies em um bairro da cidade de Manaus. Uma grande dificuldade para os órgãos de saúde é detectar seus focos e agir rapidamente para prevenir epidemias. Como não há vacinas nem procedimentos eficientes para o tratamento da dengue, sua prevenção depende do controle dos mosquitos. No estudo de Padilla, foram usados
Novos rumos da pesquisa O estudo de Padilla, sobre a ocorrência dos mosquitos vetores da dengue em Manaus, mesmo após da defesa do mestrado, continuará com o monitoramento dos mosquitos nas áreas já estudadas.
Ciência e Tecnologia
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Pesquisa do Inpa caracteriza quintais agroflorestais em Terra Indígena Quintal agroflorestal é uma área de produção localizada próxima da residência, onde os moradores cultivam espécies agrícolas e florestais e pequenas criações de animais domésticos ou silvestres amansados Foto: Mateus Salim
|Josiane Santos Da equipe do Divulga Ciência
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parâmetros de fertilidade do solo possuem relação com idade e a área do quintal, e se as práticas de manejo realizadas contribuem para a manutenção da fertilidade do solo, comparando o solo dos quintais agroflorestais com capoeiras e florestas adjacentes”, explicou Salim.
Essas informações são um importante relato sobre práticas agronômicas realizadas ao redor das moradias
e pretende atender as demandas que envolvam as populações indígenas e os sistemas agroflorestais. Na TI Kwatá-Laranjal, 15 quintais agroflorestais foram selecionados para o estudo, e as informações sobre perfil socioeconômico, caracterização, manejo e composição do solo, foram realizadas por meio de inventário agroflorestal. “Essas informações são um importante relato sobre práticas agronômicas realizadas ao redor das moradias e podem indicar espécies com maior potencial produtivo nesta região. Além disto, a pesquisa levantou as demandas dos moradores para futuras ações de extensão agroflorestal”, destacou Salim.
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A pesquisa “Quintais agroflorestais em área de terra firme na Terra Indígena Kwatá-Laranjal, Amazonas”, desenvolvida pelo mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais (PPG/CFT) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Mateus Vieira da Cunha Salim, realizou uma descrição do sistema produtivo dos quintais agroflorestais na Terra Indígena (TI) KwatáLaranjal, habitada pelas etnias Munduruku e Sateré-Mawé, localizada no município de Borba, interior do Amazonas. O estudo foi orientado pela pesquisadora do Inpa, Sonia Sena Alfaia, e teve como co-orientador, Robert Pritchard Miller, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). “O objetivo da pesquisa é caracterizar estes ambientes quanto à composição florística, avaliando se os efeitos da idade de formação e área do quintal sobre a diversidade de espécies e densidade de indivíduos, assim como verificar se os
A pesquisa faz parte do projeto “Plantios florestais com finalidade de recuperação de áreas degradadas no Estado do Amazonas”, coordenado pelo pesquisador do Inpa, Paulo de Tarso, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com a participação do Programa de Agricultura Indígena da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror)
Resultados Os estudos realizados na TI KwatáLaranjal concluíram que nesses solos, predominam a textura muito argilosa, além de argila arenosa e franco argilo siltosa, cujos atributos físicos possuem um potencial expressivo para o uso agrícola, além de contribuir para o bom desempenho destes sistemas.
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Divulga Ciência
Alternativas de controle da Dengue desenvolvidas no Inpa foram destaques na Rio +20 Pesquisas desenvolvidas no Inpa para controle do mosquito da dengue, atraíram o público visitante da Expo Brasil Sustentável, feira organizada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a Conferência das Nações Unidas, a Rio+20 Foto: Jéssica Vasconcelos
|Jéssica Vasconcelos CT Petro
Nos procedimentos de construção de um prédio, são formados diversos criadouros em todos os andares. Tadei explica que as lajes são fundidas sequencialmente, e cada andar é colonizado pelos mosquitos, considerando os criadouros existentes. Assim, a presença do mosquito em cada pavimento, é um processo que se inicia no térreo e, à medida que os Ÿ andares ficam prontos, estes são colonizados gradativamente “Portanto este procedimento até atingirem a cobertura. é uma forma de controlar Segundo Tadei a proporção no a reprodução preparo da mistura é de oito pordo mosquito da ções de cal para duas porções dengue nas de cloro de piscina. “Na aplicação desta mistura nas águas residências” acumuladas nas lajes deve-se Controle nas áreas de Construção usar um copo descartável de 180 Civil ml, que é suficiente para cobrir Buscando controlar o Aedes aegypti um metro quadrado de água acumulatambém nas áreas da construção civil da”, explica. os pesquisadores do Inpa em parceria O uso do produto resultante da miscom a Fundação de Vigilância em tura, portanto, trata-se de um procediSaúde propuseram uma mistura de cal mento alternativo nas ações de controe cloro, que objetiva controlar a reprole do mosquito da dengue, para as dução do mosquito da Dengue. áreas da construção civil. A solução simples pode ser adotada nas residências como forma de controle das larvas do mosquito da dengue. Basta bater no liquidificador 60 botões de cravo-da-índia com uma xícara e meia de água. A solução deve ser aplicada nos aparadores de plantas e apresenta eficácia por um ano, quando é mantido na geladeira.
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A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que se reproduz em ambientes com água parada, entre eles os aparadores dos vasos de planta. Com o objetivo de controlar a infestação do mosquito, foi proposto, pelo pesquisador e coordenador do Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Wanderli Tadei, um tratamento dos aparadores dos vasos de plantas com uma solução de cravo-da-índia. Tadei explica que foi verificado que esta solução tem ação sobre as larvas que proliferam nas águas dos vasos, acumuladas nos aparadores. “Portanto este procedimento é uma forma de controlar a reprodução do mosquito da dengue nas residências”, afirma Tadei. Segundo Tadei a grande importância do cravo-da-índia é a elevada quantidade de eugenol que possui propriedades medicinais, tais como: inseticida, fungicida, antiviral, antibacteriana, anestésico e antioxidante.
Educação e Sociedade
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Personalidades políticas conhecem algumas pesquisas desenvolvidas pelo Inpa durante Rio + 20 Na Expo Brasil Sustentável, o Inpa apresentou em dois estandes projetos e ferramentas de popularização da ciência Foto:Jéssica Vasconcelos
|Da redação da Ascom Da equipe do Divulga Ciência
centenas de crianças por dia. Ambos têm apresentado resultados acima das expectativas, pois os visitantes têm debatido muito às questões ambientais e o desenvolvimento da Amazônia. Os professores e estudantes se prepararam para a visita e estão muito aten-
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públicas como imprescindíveis instrumentos para viabilizar o desenvolvimento regional em bases sustentáveis. O estande também recebeu, o Senador Rodrigo Rollemberg (PSBDF), presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA), que também já foi Secretário de Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), conheceu as propostas do Inpa apresentadas no galpão 4, onde elogiou o conteúdo da proposta e a postura dos pesquisadores junto aos visitantes. O Ministro de Estado da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, visitou, também no mesmo dia, o estande do Instituto, e foi recebido no Pavilhão 4 por Bueno, que mostrou todas as instituições presentes naquele espaço e em especial os programas, projetos, pesquisas e tecnologias desenvolvidas pelo Instituto.
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Durante a conferência, o Ministro Fernando Pimentel, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), conheceu no estande do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) na Expo Brasil Sustentável, feira organizada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para a Conferência das Nações Unidas, a Rio+20. O Ministro conheceu vários projetos do Inpa que contribuem para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, envolvendo temas como: tecnologias de processamento, incubação de empresas, exploração de petróleo, entre outros projetos. Todas essas informações fornecidas reforçaram a importância da integração entre os ministérios e seus órgãos executivos. “Estamos em dois estandes, um deles na Finep com informações baseadas em projetos que tem apoio daquela instituição financiadora, onde o público é mais empresarial e familiar. O outro no Galpão 4, do MCTI, prioriza a popularização da ciência, onde tem
os visitantes têm debatido muito às questões ambientais e o desenvolvimento da Amazônia
tos aos novos conhecimentos e tecnologias apresentadas e portanto estamos discutindo muito conteúdo e avaliando cenários”, destaca o Coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Roberto Bueno A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, também visitou o estande e, demonstrando grande conhecimento dos produtos amazônicos, discutiu com a equipe do Inpa a importância dos resultados apresentados aos visitantes e ainda a necessidade de incluir as políticas