Bracher catalogo

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Espaรงo Cultural Vallourec Marรงo de 2015


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Indústria de Sonhos Estamos diante de uma fábrica de tubos ou uma usina de cultura? Para a Vallourec, ambas respostas são válidas. E, em parte, deve-se muito ao espírito visionário do próprio Juscelino Kubitschek, que a inaugurou em 1954, o homem visceralmente vocacionado não só ao progresso industrial quanto aos trajetos artísticos, humanísticos e culturais. Onde estivesse, como Prefeito de Belo Horizonte, Governador de Minas ou Presidente da República esse era seu ideário. Tudo se transformava por suas mãos, tanto os êxitos materiais como, principalmente, os imateriais. JK fez a grande conexão dos encontros e é esse exatamente o conceito que se vê aqui impresso, na Vallourec – fazendo exposições, publicando livros e redefinindo os rumos do outrora Cine Teatro Brasil numa requintada casa de cultura – nesta verdadeira usina de sonhos, de gestores sensíveis (sobretudo desse dueto memorável: Manfred Leyerer e Flávio Azevedo), e historicamente comprometida com o homem, sua evolução, a condição humana de contabilizar não apenas frios lucros financeiros, mas, acima de tudo, vislumbrar valores íntimos, substanciais e eternos, onde arte e cultura hão de levar-nos aos recintos purificados de nossa própria alma, à beleza encantada de nosso próprio espírito. Carlos Bracher Ouro Preto, 22 de janeiro 2015


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Autorretrato das Mutaçþes 1996 - 92 x 73 cm


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Flores e Frutas 2015 - 89 x 116 cm


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TrĂŞs Jarros com Flores 2015 - 89 x 116 cm


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Flores 2007 - 130 x 97 cm


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Jarro com Flores 2015 - 92 x 73 cm


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50 x 70 cm


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50 x 70 cm



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Ouro Preto 50 x 60 cm (esquerda) 60 x 80 cm (direita)


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Janelas e Ouro Preto 125 x 200 cm


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Ouro Preto 125 x 200 cm


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Paisagem de Ouro Preto 2013 - 100 x 180 cm


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Paisagem de Mariana 2005 - 97 x 130 cm


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Paisagem de Ouro Preto 2015 - 100 x 130 cm


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Paisagem de Ouro Preto 2015 - 89 x 116 cm


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Carlos Bracher Manfred Leyerer

Carlos Bracher é Ouro Preto e Ouro Preto é Carlos Bracher. É raro encontrar uma simbiose tão complementar entre um Pintor e uma cidade. A história registra poucos exemplos assim, como Gauguin em Taiti, Cézanne em Aix-en-Provence, ou mesmo Monet com seu jardim em Giverny, onde o ambiente influencia o pintor e no qual ele interpreta o universal a base deste microcosmo e, ao mesmo tempo influencia a imaginação das pessoas sobre o lugar e sobre o mundo. Carlos Bracher, admirador de Van Gogh e da música clássica, é o pintor expressionista que modernizou o Barroco Mineiro através de sua exuberante pintura da cidade histórica com igrejas antigas, ruas estreitas e acidentadas, casas feitas de madeira e barro, telhados vermelhos, praças, pontes e chafarizes. Aplicando camadas de tintas grossas em suas telas aparece uma nova interpretação do Ouro Preto antigo que, em conjunto com a paisagem única da região, formam e fundem uma nova realidade. Como apresentar uma pessoa que já foi homenageada por Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Frederico Morais, e várias outras pessoas ilustres nacionais e internacionais? Como falar de um artista que já participou em inúmeras exibições no mundo inteiro e que tem admiradores tanto do lado do mercado de arte quanto do lado dos colegas do meio artístico? Dizer algo sobre Carlos Bracher só é possível através do carinho e da amizade que as pessoas da Vallourec sentem e praticam com esta “peça”

de artista. Há uns 25 anos, na figura do presidente da antiga Mannesmann, o Dr. Hans Peter Huss, construíram-se os laços frutíferos e mútuos com Carlos Bracher. Relacionamento de geração em geração que os próximos dirigentes da empresa mantiveram e aprofundaram. Célebre são os encontros do Carlos Bracher com Flavio Azevedo, momentos de risadas altas e alegria total. Tenho experiência própria vendo como Carlos Bracher cria e pinta as telas. Uma vez ele pintou um retrato meu e em outra realizou duas obras para colocar na parede da nossa Fazenda do Pião, lugar onde recebemos clientes, visitantes e amigos da usina. Não tem cautela, nem cuidado com a mão, pincel, tela ou cor. Com traços fortes e seguros faz aparecer suas cenas. O cuidado é antes dele começar a pintar. Como ele pinta muito impulsivo, precisa de ambiente. Por isso, sempre pede a pessoa para trazer as próprias músicas clássicas favoritas antes de retrata-lo para escutar durante a sessão. Carlos Bracher precisa de um clima mental favorável para capturar as emoções onde, de forma intuitiva, transmite objeto e emoções na tela. Começa com carvão e a estrutura do quadro logo aparece. Tem poucas correções; cores se misturam sem fundir, quase não há retoque e depois de uma a duas horas a tela está terminada e é abandonada com a mesma rapidez: “Pronto! – é a minha visão, - gosta quem tem juízo.” - e eu descubro: “Caramba,- tô feio!”


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Retrato de Manfred 70 x 90 cm


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Rua Direita e Igreja São José 2015 - 89 x 116 cm


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Igreja Nossa Senhora da Conceição 2015 - 89 x 116 cm


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Paisagem com Igreja Nossa Senhora da Conceição 2015 - 89 x 116 cm


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Igreja de SĂŁo Francisco de Assis e das MercĂŞs 2015 - 81 x 100 cm


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Rua, Ladeira e Igreja São José 2015 - 81 x 100 cm


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Chafariz e Casa dos Contos 2015 - 81 x 100 cm


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Escola de Minas, Ouro Preto 2015 - 81 x 100 cm


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Retrato de Leonardo Boff 1999 - 92 x 73 cm


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Pão de Açúcar, Rio 2015 - 89 x 116 cm


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Pão de Açúcar e Aterro do Flamengo 2015 - 89 x 116 cm


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Praia de Ipanema e Morro Dois Irm達os 2015 - 89 x 116 cm


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Parati 2015 - 89 x 116 cm


EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

• MASP - Museu de Artes de São Paulo – São Paulo, 1989 • Museu Nacional de Belas Artes – Rio, 1989 • Museu de Arte Contemporânea – Curitiba, 1989 • Palácio das Artes – Belo Horizonte, 1989 • Teatro Nacional – Brasília, 1989 • Museu da Pampulha – Belo Horizonte, 1990 e 2000 • Museu Nacional – Brasília, 2007 • Centro Cultural Banco do Brasil (Fani Bracher) – Rio, 1996 • Museu da Inconfidência - Ouro Preto, 1989 e 2005 • Museu Mariano Procópio – Juiz de Fora, 1971 • Museu Mineiro – Belo Horizonte, 1991 • Fundação Jaime Câmara – Goiânia, 1997 • Câmara dos Deputados – Brasília, 1998, 99, 00, 01, 03 e 08 • Instituto de Estudos Brasileiros / USP – São Paulo, 1998 • Instituto Francisca de Souza – Cataguases, 2001 e 2006 • Casa dos Contos - Ouro Preto, 2008 • Centro Cultural USIMINAS – Ipatinga, 2000 • Centro Cultural Bernardo Mascarenhas - Juiz de Fora, 1989 e 2000 • Centro Cultural Murilo Mendes – Juiz de Fora, 1997 • Galeria Bonino – Rio, 1974, 76, 77, 79, 82, 84 e 89 • Galeria Simões de Assis – Curitiba, 1987 e 1990 • Galeria Celina - Juiz de Fora, 1968 e 71 • Galeria Tina Zappoli – Porto Alegre, 1995 • Galeria Pace Arte – Belo Horizonte, 1996 • Galeria Época – Salvador, 1985 • Galeria Ranulpho – Recife, 1989 • Galeria Sadalla – São Paulo, 1989 e 1990 • Galeria Itália – São Paulo, 1968 • Galeria OCA – Rio, 1968 • Galeria Oscar Seraphico – Brasília, 1975, 78, 80 e 82 • Galeria Azul – Goiânia, 1968 • Galeria Portal – São Paulo, 1973 e 78 • Galeria Guignard – Belo Horizonte, 1968 • Galeria MCR – Salvador, 1998 • Casa de Cultura Estácio de Sá – Belo Horizonte, 2004 • Centro Cultural Pró-Música – Juiz de Fora, 1976, 79, 97 e 2001 • Centro Cultural Oboé – Fortaleza, Ceará, 2002 • Museu Oscar Niemeyer - Curitiba, Paraná, 2010 • Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) – Belo Horizonte, MG, 2015

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Realização Realização

INDIVIDUAIS EXTERIOR • Palácio Imperial – Pequim, China, 1993 • Universidade das Nações Unidas – Tóquio, Japão, 1993 • Museu de Arte Moderna, Moscou, Rússia, 2008 • Museu d’Aubigny – Auvers-sur-Oise, França, 1992 • Palácio Doria Pamphili – Roma, Itália, 1977 e 1985 • Palácio Bolongaro – Frankfurt, Alemanha, 2008 • Palácio Toscano – Praga, República Techa, 2009 • Palácio dos Governadores – Bruges, Bélgica, 2008 • Castelo Paffendor - Dusseldorf, Alemanha, 2011 • Stiftung Brasileia - Basileia, Suíça, 2012 • Stockholm Center - Estocolmo, Suécia, 2012 • Abadia de Neümunster – Luxemburgo, 2007 • World Trade Center – Rotterdam, Holanda, 1991 • Whiteley / Atrium Gallery – Londres, Inglaterra, 1992 • Museu de Arte Contemporânea – Santiago, Chile, 1983 • Museu de Arte Moderna – Bogotá, Colômbia, 1994 • Museu Nacional de Artes Visuais – Montevidéu, Uruguai, 2005 • Palácio Foz – Lisboa, Portugal, 1969 • Museu de Évora – Évora, Portugal, 1970 • Galeria Debret – Paris, França, 1970 e 1992 • Embaixada do Brasil – Assunção, Paraguai, 2002 • Galeria de Arte Ítalo / Brasiliana – Milão, Itália, 1978 • Galeria da Casa do Brasil – Madri, Espanha, 1985 • Galeria da Embaixada Brasileira – Haia, Holanda, 1985 • Galeria Marcantônio Vilaça – Bruxelas, Bélgica, 2008 • Kingston Gallery – Kingston, Jamaica, 2005 • Cynthia Bourne Gallery (Fani Bracher) – Londres, Inglaterra, 1995 • Memorie Gallery (Juarez Machado) – Miami, Estados Unidos, 1998

Espaço Cultural Vallourec Curadoria: Robson Soares Fotos: Sérgio D’Souza Projeto gráfico: Clara Gontijo




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