Menos e Mais
Menos e Mais
Mesmo sabendo que para Juçara ‘mais’ é tudo, as diversificações com que ela vive justifica esse título de sua nova mostra: “Menos e Mais” Juçara não se cabe: entorna; ela não se contém: espalha; ela não economiza, extravasa. Seu ‘menos’ é maximalista, já que o seu ‘mais’, no olho de quem convive com ela é uma camuflagem do minimalismo. É um lugar onde uma ideia única, simples, reside, germina e percorre quiném erva daninha no seu cérebro. Essa nova exposição não se trata de pintura, pois, como sempre, trata-se de tornar viva a pintura. Poderia dizer que “Menos e Mais” não passa de uma crônica do cotidiano, na qual ela consegue sempre ver algo inusitado, possibilitando a abertura para outra e outras formas de ver e ser. Bem poderia ser para ela a citação de Duchamp: a arte tem o bonito costume de por a perder todas as teorias artísticas. Assim ela pensa, nós pensamos, pois menos é mais e muito mais. A gente quer é tudo. Entorna. Miguel Gontijo Artista plástico
Uma tarde de inverno nos Jardins de Budha. Palestra encantadora, aquecendo a esperança dos que acreditam em um mundo melhor para se viver. Juçara, atenta, está entre os participantes que comentam sobre a morte e a vida e se entusiasmam, compartilhando o café coado com afeto e flores campestres na mesa. Nesse instante, ela conversa com Angelo, que se coloca como filósofo receptivo a trocas em pequenos grupos. No diálogo, estaria plantado o germe do que viria a ser o” Buscando Saber”- encontros semanais de filosofia. Dos inúmeros que buscam decifrar os mistérios do universo, Epicuro inaugurou nosso encantamento. Juçara esbanja luz. Busca, encontra, permanece, desapega, cria e recria. Mulher de cor e de sabedoria. Intui, agradece. Acredita em mudanças e possibilidades. Sobretudo, Juçara é alma que nos a juda, em sua alma livre, a libertar de amarras e aprisionamentos. “Onde não puderes amar, não te demores”! Juçara não demora... Cecília Andre’s Caram Psicóloga , Professora, Co criadora do Grupo Buscando o Saber
Juçara Costa encanta pela originalidade ímpar de seu fazer artístico, abarcando amplos campos de expressividade, sejam eles o rigor de uma cena ou a inesperada liberdade jamais esgotável do traço no desenho bordado. Das catedrais abertas, como convite a outros planos de entendimento, à ilustração acompanhada do texto aguçado de humor e sinceridade, revela-se uma inteligência que simplesmente transpira engenho. No além de todas as cores, na proposição singular do menos que é sempre muito mais, o que salta em suas obras é tão somente essa pequena palavra, portadora de significados imensos: poiesis. Ângelo Campos
Fortes raízes fincadas na Terra, Juçara farfalha ao vento, transforma luz em cor, beleza pairando no ar. É vida circulando do chão ao céu, desvelando véus, revelando mistérios pulsantes sob a pele ou aninhados na alma sensível. Testemunhar a jornada desta amiga tão querida é privilégio pleno de contentamento e gratidão. Olavo Romano
Juçara experimentou a arte em todos os seus extremos, com o corpo, com a alma, com a técnica. Ela borda em telas e em tecidos, ousa e brinca com as matérias que a Natureza lhe oferece e nunca deixou de vestir e encenar o resultado de sua arte. Juçara é movimento, é uma artista completa, que traduz na sua arte e na sua vida aquela harmonia imperfeita que dá sentido à existência humana. Leonardo Costa
JUÇARA DO BRASIL arte fruta madura de sabor silvestre persevera colorida, no espírito das catedrais. Volátil borboleta azul baila belezas celebra a vida. Oceano de sensibilidade transborda comoção, inundando nossos corações. katiachavesromano Escritora Poetisa
Um manto negro, que lembra o escuro do universo. De repente, um traço de cor e depois outro, e outro e outro. Linhas que se cruzam seguindo cada qual seu caminho. Sem amarras. A profusão de cores parece galáxia ocupando o que antes era apenas o negro. Os olhos vão e voltam. Levam um certo espanto, e trazem na volta o encanto. É a arte da beleza e de um certo mistério. Arte que nos traz aquele agradável sentimento de que, sendo assim, bela e misteriosa, a vida é plena. Assim é, para mim, a arte de Juçara Costa. Jair Raso Neurocirurgião, autor, diretor teatral
MENOS E MAIS Quanto cabe numa obra de Juçara Costa? Profusão... de cores, formas, ritmos, expressões, suportes, linguagens... coragens. Assim, no plural. Quanto cabe numa tela bordada por pigmentos? Ou num vestido desenhado por traços e tramas? Ou num palco entrelaçado de memórias, histórias, luzes e sombras que assombram os recônditos das emoções? Quanto cabe numa obra de Juçara Costa? Nada cabe de banal. Nada em excesso, apenas o essencial que habita a experiência multicolorida e facetada dessa artista. Não há espaço para nada menos que o encanto. Se menos é sempre mais? Eu não sei, mas desconfio que não. Menos afeto, esperança, amor ou tolerância, nos levam para o abismo, do esgarçamento e ruptura social. Mais experimentação, criatividade e prospecção nas possibilidades de escolha, nos levam à transformações e descobertas. E essa é uma marca de Juçara, que nos convida sempre a fazer diferente diante da vida. Mas aqui menos é mais. Pois o que vemos é tanto mais, em menos: menos extensão de tela, menos dimensão de espaço. Mas, é tanto mais, em síntese de cor, traço, forma e linhas que dançam diante do olhar, que parecem saltar das diminutas telas para bailar no ar. Figuras que transpassam os limites do mundo humano, animal ou fantástico. Verdadeiros totens. Seres que habitam algum lugar do imaginário, que transmutam cor em emoção. Encontrar Juçara em menos não condiz com a realidade do que você verá nessa exposição. Há mais maturidade e profundidade nesse encontro com lugares que falam sutilmente de ancestralidade.
Andréa Raso
A arte de Juçara cria pontes que nos desperta e conecta com cor e luz . Esse é seu Universo! Margareth Rodrigues Pena Empresária / Coaching
Juçara Costa é a arte em vida. Vive como pinta, de forma intensa e colorida. Se relaciona como borda, dando espaço para as sombras e para a luz que existe em todas as pessoas. E estampa fé e intuição no mundo. Alexandre Frank Silva Kaitel Psicólogo
A arte de Juçara me transmite sempre algo de espiritual e de origem. De terra e de céu, me emociona muito e eu a adoro. Tânia Costa Psicóloga
Eu queria um nome ou o verbo do que muitos chamam de: a pintura de Juçara Costa. Não é pintura. É cada vez muito menos pintura. É um chamado. A chave de um cofre que não existe. Um caleidoscópio corrupto. É o espanto do encontro com a matéria do sonho. Sonho que decifra o que sentimos, mas não existe palavra pra classificar ou nominar ou compartimentar. É o fora da gaveta. É o olho no olho, dentro do olho para enchergar o breu. Mulher com com água e terra na mão, inventando a pigmentação para gritar o seu rupestre barroco. Mulher pelada de carne e coração.
Kalluh Araújo Ator, autor e diretor
Menos e Mais Cine Theatro Brasil Vallourec Presidente: Hildeu Dellaretti Junior Diretor Administrativo: Henrique Teixeira Diretor Financeiro: Marcos Marcellini Pereira Gerente de Planejamento e Ação Cultural: Sandra Fagundes Campos Produtor Cultural: Cleidisson Dornelas Produtor de Eventos: Rhondinelli Duque Silva Supervisor de Logística: Matias José Araújo Supervisor Técnico: Carlos César Godoi Monitor Programa Educativo: Thais Coimbra e Ítalo Taveira Curadoria: Robson Soares Proponente: Elaine Machado de Lima Soares Design gráfico: Clara Gontijo Fotos: Samuel Mendes (páginas 3, 4, 7, 8 e 11) Écio Valeriano (páginas 1, 16, 17, 18, 20, 22, 23, 24, 26, 27, 28, 29, 30) Acervo da artista (Páginas 2, 5, 6, 9, 10, 13, 14, 21) Exposição realizada no Espaço Cultural da Vallourec em julho de 2022
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