Curadoria: Robson Soares Design: Clara Gontijo Fotos: Nello Aun
Espaรงo Cultural V & M do BRASIL Marรงo de 2012
A pintura de Paulo Torres percorre o sentido inverso dos grafites que enfeitam nossas cidades. Se o grafiteiro acrescenta aos olhos nossos anseios, Paulo busca a sutil descarnação da fuligem que cobre as nossas cidades. São registros dos despojos do tempo acumulados silenciosamente sobre nossa frágil assepsia. Não faz isto como os artistas pop. Sua pintura afirma-se através de uma negação, criando, assim, condições de renascimento e renovação. Parece opor à espécie de limitações da realidade externa e ao materialismo, passando-nos uma sensação de sensibilidade para o relacionamento do homem com materiais, forma e cores – e o significado destes. O desafio liga campos de conhecimento e polaridades humanas, onde o caos e a ordem norteiam seus trabalhos. Se o registro da cidade for intenção do artista ao elaborar seu trabalho, seu gesto lembra o da bíblica Verônica que depara estampado em seu lenço a máscara de seu Deus. Paulo sai à cata da face urbana gravando-a em suas telas. A cidade, sua pele, seus ângulos, suas cores. Ele retira a pequena fuligem de poeira, agrega a ela finos pigmentos minerais e apresenta-nos em seus quadros. A pele da terra. Sofrida? Talvez não! Nem mesmo reveladora, quero crer. Miguel Gontijo Artista Plástico Julho de 2009
O trabalho que agora vejo a minha frente me desperta vários estímulos visuais. E, se a princípio parece que o objeto da pintura é a revelação da matéria, logo a tela vem a se revelar num outro plano, que nos faz entendê-la como espírito. Uma superfície incerta como uma onda que se desmancha no nosso frágil conhecimento prévio. O que pode parecer poético aloja-se em nosso cérebro como a mais estrita realidade. Miguel Gontijo
Têmpera Acrilíca e fragmentos urbanos, 145 x 150cm - 2012
Têmpera Acrilíca e fragmentos urbanos, 2009 - 145 x 145 cm | 145 x 220 cm Página seguinte: Têmpera Acrilíca e fragmentos urbanos, 100 x 200 cm - 2012
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O Jogo das Cadeiras. Nesta exposição, o artista brinca com coisa séria. Na brincadeira de criança a música toca e os participantes, sempre um a mais que o número de cadeiras em roda, tentam sentar. Ao se interromper a música, um deles sai do jogo. Até restar um, o vencedor. No jogo do artista, há sempre uma cadeira a mais. Um artista a mais. Uma informação a mais. Mundo over tudo. Em que não se pode mais requisitar a originalidade. Cada traço de um artista da pós-modernidade pode conter toda a pintura do mundo. A Geração 80 nos lembrou que mesmo meia década depois, ainda havia artistas querendo ser expressionistas. Enquanto a humanidade digere a velocidade de todas as novidades do modernismo, as telas continuam brancas, à espera que ao primeiro traço. O artista, diferentemente de atividades afins, cria o próprio problema e dá a solução. A história das artes, como todas as outras torna-se um emaranhado a partir do Século XX. A história, da história, da história. Uma das complexidades é a perda dos limites clássicos das Belas Artes. O próprio Paulo apresenta em suas obras a superposição de pintura, desenho e fotografia. Em entrevista em seu studio senti que Paulo Torres quer se libertar do peso de exigências equivocadas resultantes de um mundo que devora falsas novidades e exercer livremente seu ofício. Sem liberdade não se cria. Não se vive! Eraldo Pinheiro Arquiteto e designer
Têmpera Acrilíca, carvão e fragmentos urbanos, 70x70cm 2012
Paulo
Torres
- 1972
1994 / 1997 - Diplomado em Belas Artes pela UFMG EXPOSIÇÔES 2012 - Exposição Individual Espaço Cultural V & M do BRASIL - MG 2011 - Exposição Individual Potrich Arte Contemporânea Goiânia - GO 2011 - Exposição coletiva
Referência Galeria de Arte Brasília - DF
2010 - Exposição coletiva
Galeria de Arte do Senado Federal Brasília - DF
2010 - Exposição individual
Galeria de Arte PUC Minas Belo Horizonte - MG
2009 - Exposição individual
Potrich Galeria de Arte Contemporânea Goiânia - GO
2009 -
Exposição coletiva Temporada dentro da Temporada de Projetos Paço das Artes São Paulo - SP
2008 – Arte BA`08, Feira Internacional de Arte Contemporânea de Buenos Aires - Argentina 2008 - SP Arte, Feira internacional de Arte Pavilhão da Bienal Ibirapuera
São Paulo – SP
2007 - SP Arte, Feira internacional de Arte Pavilhão da Bienal Ibirapuera
São Paulo – SP
2006 - Exposição coletiva Pequenos Formatos na Contemplo Galeria 2006 - Exposição O papel do papel, Lemos de Sá Galeria de Arte 2006 - Exposição individual
Contemplo Galeria
Belo Horizonte - MG
Belo Horizonte - MG
Belo Horizonte - MG
2006 - SP Arte, Feira internacional de Arte Pavilhão da Bienal Ibirapuera 2005 - Exposição Presente de Reis, Lemos de Sá Galeria de Arte 2005 - Sala Especial Tella Galeria de Arte
Belo Horizonte -
São Paulo - SP
Belo Horizonte - MG
MG
2004 - Exposição Presente de Reis, Lemos de Sá Galeria de Arte
Belo Horizonte - MG
2000 - Exposição Projeto Cultural PUC Minas Belo Horizonte - MG 1999 - XVI Salão de Arte Contemporânea de Itabira - MG 1999
V Salão de Arte Contemporânea de Vespasiano - MG
1998 - Exposição Individual PACE Galeria de Arte - Belo Horizonte - MG 1997 - Exposição Daqui a Um Século -
Centro Cultural da UFMG Belo Horizonte - MG
1997 - IV Salão de Arte Contemporânea de Vespasiano
MG
1997 - X Integrarte. Centro Cultural UFMG - Belo Horizonte - MG. Prêmio Pró - Reitoria 1996 - IX Integrarte. Centro Cultural UFMG - Belo Horizonte - MG 1996 - Campanha APUB. Praça da Liberdade - Belo Horizonte - MG. 1996 - Primeiro prêmio, projeto arte in door. Escola de Belas Artes da UFMG Belo Horizonte - MG. .