5º ESPAÇO PROJETA ARTE FATEC-SP/2021 - O Ser livre e as impressões do espaço e do tempo.

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5º Espaço Projeta Arte Fatec-SP

“O ser livre e as impressões do espaço e do tempo” São Paulo, outubro de 2021

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5º Espaço Projeta Arte Fatec-SP - 2021

CATÁLOGO Vínculo: Departamento de Edifícios da Fatec-SP Produção e Coordenação: Profa. Me. Arquiteta Cleusa Maria Rossetto Capa e contra capa: Design de Cleusa Rossetto com a obra “FATEC 2020”, de Jacira Rosa Design Gráfico: Juliane Mai Revisão: Cleusa Rossetto e Juliane Mai Correção: Juliane Mai Fotografias e apresentações: Proporcionadas pelos artistas Textos: Cleusa Rossetto

www.fatecsp.br O conteúdo deste catálogo tem fins educativos, sendo proibida a reprodução para fins comerciais. 2


PATROCÍNIO Gostaria de, explicitamente, agradecer à Sanhidrel-Engekit pela sua costumeira colaboração junto à Fatec-SP, não só na área técnica, como também na área cultural que por mais de 10 anos colaborou com o Espaço Cultural Tecnologia e Arte e no momento com o Espaço Projeta Arte dedicado aos discentes. Vem, portanto, trazendo a oportunidade de conhecimento e a aproximação da Cultura junto à Comunidade Acadêmica e principalmente colaborando com a formação e socialização dos discentes como indivíduos.

Profa. Me. Cleusa Maria Rossetto Departamento de Edifícios da Fatec-SP

Profa. Me. Cleusa juntamente aos representantes da Sanhidrel-Engekit, Srs. Adriano Barboza e Erick Viegas.

Patrocínio: Realização:

http://www.sanhidrel-engekit.com.br


Índice 6. Editorial 8. O ser livre e as impressões do espaço e do tempo 14.

Aderet Klein • Ana Alice Rodrigues da Silva

18.

Adrielle • Adrielle Batista da Silva

22.

Amanda Moreira • Amanda Carvalho Moreira

26.

Brena Peres • Brena Peres

28.

Jacira Rosa • Jacira Freitas de Souza Rosa


30.

Léo da Radiação • Leonardo Lopes Martins

34.

Liliana Fong • Liliana Fong

38.

Marcos • Marcos Antonio Pereira Dias

42.

Moena • Juliana Oliveira Malta

44.

Nascitart • Nathalia de Oliveira Prieto

48.

Ricardo A. Ramos • Ricardo Alan Ramos

52.

Sikagnarf • Roberta Frangakis Diniz


Espaço Projeta Arte Fatec-SP

Editorial

O Espaço Projeta Arte Fatec-SP nasceu em outubro de 2016, a partir da articulação de alunos vinculados ao Departamento de Edifícios, como uma atividade anual associada ao Congresso de Tecnologia. Visou, a princípio, atender aos anseios e reivindicações destes quanto a trazer um espaço de artes visuais, para dentro de uma faculdade de tecnologia, onde pudessem mostrar suas aptidões para as artes, no entanto, materializou-se no sentido de cumprir um papel social, já que entre outros, a arte colabora no afloramento da sensibilidade, do autoconhecimento, da criatividade, da ampliação do processo de conscientização, socialização e transformação social, ademais do estímulo para o próprio discernimento

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da Arte Contemporânea, e às tantas formas de suporte e expressões artísticas. Há de se acrescentar aqui, que além do fato de o Espaço ser direcionado às expressões artísticas dos discentes, e recém formados nos últimos cinco anos, que as atividades desenvolvidas no Projeto contribuem numa maior aproximação entre os próprios discentes, entre os discentes e o corpo docente, e a sua vez com a comunidade acadêmica e tantos outros, possibilitando aos discentes “se fazerem conhecer o quão são capazes de também produzirem na área das Artes Visuais”. Ademais manter um engajamento em atividades mais introspectivas e de relaxamento, já que a arte é capaz de conduzir a uma percepção do mundo desde


Exposição Coletiva - 2021

um ponto de vista diferente. Uma obra de arte torna-se um registro capaz de parar o tempo e permitir ser observada. É nesta hora que o observador se transporta e há uma interação com a obra. As impressões do seu consciente/inconsciente traduzem-se em recordações, novas experiências ou mesmo em sensações abrindo-lhe novas ideias. Uma mesma obra é capaz de produzir reações distintas, em momentos diversos, num mesmo indivíduo ou reações distintas em vários indivíduos. Sensações, emoções, reações e ideias traduzindose em liberdade. Quem nunca se deu a chance nesta aventura junto às artes está deixando de conseguir o poder da transformação e mudar a forma de sentir e ver o mundo.

Na edição de 2021, assim como na de 2020, por razões da pandemia do Covid-19, a mostra está sendo concretizada através de um catálogo de artes digital e divulgada durante os Congressos e em mídias diversas. No 5º Projeta Arte foram inscritos 12 alunos e gostaria de agradecer a todos pela iniciativa, já que além de nos mostrarem do quão são capazes, também podem inspirar a outros no futuro.

Profa. Me. Cleusa Maria Rossetto Departamento de Edificios da Fatec-SP rossetto@fatecsp.br

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O Ser livre e as impressões do espaço e do tempo Um pequeno transcorrido filosófico sobre a compreensão do mundo Cleusa Rossetto Ao entrarmos nesta senda sobre a compreensão do mundo, vale um pouco de filosofia, como intuito de ampliar a forma de entendimento sobre nossa participação no espaço e no tempo. Comecemos por David HUME, num texto escrito por Michelle VAZ, onde o autor explana que o pensamento parece não possuir limites, mas que encontrase detido à “limites bastante estreitos, e que todo esse poder criador da mente consiste meramente na capacidade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que os sentidos e a experiência nos fornecem” (HUME, 1999, p. 13). Os pensamentos possuem leis através das quais ligam-se ao intelecto, ou seja, há famílias de ideias que montam várias formas de discurso – desde conversas triviais até um raciocínio mais grave. Os princípios de conexões também se aplicam aos sonhos: a imaginação possui a capacidade de fazer presente o que está ausente, enquanto a memória é a capacidade de armazenar imagens e palavras. Ambas não funcionam sem regras, sem uma lógica de ligação entre os pensamentos 8

e as imagens – os quais são tarefas da memória e da imaginação. Ao admitir tais leis, faz-se notório um resquício metafísico em HUME, já que parece haver uma crença, por parte do filósofo, em uma ordem interna de acordo com as quais as associações se dão. Nas composições geniais, é imprescindível que o autor possua um plano ou objeto. Ademais, em composições narrativas, os eventos ou atos relatados pelo escritor devem estar unidos por algum elo, precisam estar ligados uns aos outros na imaginação a ponto de formar uma espécie de unidade que seja capaz de colocá-los em somente um plano, com apenas um ponto de vista. O princípio de conexão que há entre diferentes eventos forma o tema de uma história ou de um poema. HUME propõe-se a analisar o motivo que acarreta a necessidade de uma unidade mais próxima e mais estrita durante a fabulação da poesia. Primeiramente, o filósofo afirma que toda poesia – uma espécie de pintura – aproxima-nos mais do objeto do que outro tipo da narrativa, ilumina esse objeto com mais força


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e delimita de maneira mais precisa as menores circunstâncias da história, cuja função é de deixar mais vivas as imagens e satisfazer a imaginação. Essa criação do leitor é estimulada pela sequência de descrições poéticas e suas paixões são estimuladas pela simpatia constante com os atores. As mentes humanas são formadas pela natureza, de modo que se aplicam a todos os seres humanos os princípios dos quais se parte para organizar os dados da experiência. HUME, apud VAZ, aceita apenas três princípios de conexão de ideias: o princípio de semelhança, o princípio de contiguidade no tempo e no espaço, e o princípio de causa e efeito. A relação entre estes e a linguagem é evidente: é através destes princípios que as ideias entram na mente e concebem diferentes discursos, que podem ou não serem convincentes, segundo a afinidade entre aquelas (ideias). Os limites do entendimento humano são, pois, conhecer apenas o que é dado aos sentidos, e, assim, o sujeito cognoscente é tomado como finito. As ciências também embasam-se na associa-

ção de ideias ou de pensamentos, na crença da veracidade destas associações. Contudo, apoiam-se em impressões as quais originam os pensamentos e estes, ao serem combinados de acordo com os princípios mentais de associação, produzem as palavras e o relato de seu mundo. Já, para Markus GABRIEL há de se repensar a filosofia. Entre outras questões aparecem: “Como podemos entender nossa existência ou, inclusive, a existência em geral? E até onde chega nosso entendimento?” Então GABRIEL desenvolve o princípio de uma nova filosofia a partir de que o mundo não existe. Existem nossos planetas, nossos sonhos, a evolução, gente que culpa o banho pela queda do cabelo, esperanças, partículas elementais e inclusive unicórnio na lua, e a não existência do mundo inclui tudo o mais que possa ser criado pela imaginação. O novo realismo descreve uma postura filosófica para uma era “pós-moderna” tentando começar do zero, depois das grandes promessas de salvação da humanidade que anunciaram as religiões, a ciência moderna 9


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e até as idas políticas radicais de totalitarismos de esquerda e direita, ocorrendo uma ruptura com a tradição e a liberdade da ilusão de que existe um sentido para a vida que aspiramos. Criou-se então novas ilusões sobretudo das que estamos encalhados. A pós-modernidade queria dar um sinal de que a humanidade padece, desde a pré-história, de uma perigosa alucinação coletiva: a metafísica, que tenta desenvolver uma teoria do todo. De como o mundo é, e não de como se apresenta. O mundo é o âmbito de tudo o que existe sem nossa intervenção e que nos inclui. A ele pertence os Estados, os sonhos, as possibilidades não realizadas, as obras de arte e também nossos pensamentos, sobre tudo. Portanto, para GABRIEL, “o MUNDO somente pode ser definido, como o que abraça tudo, o âmbito de todos os âmbitos. Desta maneira, o ele seria no âmbito não somente de todas as coisas, e feitos que existem sem nossa intervenção, como também todas as coisas e feitos que somente existem por nós mesmos, e finalmente abrangendo tudo: 10

a vida, o universo e, evidentemente, todo o demais.” Mudamos nossa imagem própria e de nosso entorno, e a cada instante nos adaptamos a uma situação na qual nunca antes nos havíamos encontrado. Isto também passa com o mundo. Segundo GABRIEL, “Também existem muito mais coisas do esperado, a saber, tudo o quê não é mundo. Afirmo que existem unicórnios vestidos com uniformes de polícia na face traseira da lua. Pois este pensamento existe no mundo e, com ele, os unicórnios vestidos de polícia. Ao contrário, até onde sei não existem no universo. Não posso comprar um vôo à Lua com a NASA, para fotografá -los. E que passa com todas as demais coisas que aparentemente não existem: duendes, bruxas, armas de destruição em massa em Luxemburgo, etc.? Isto acontece no mundo, por exemplo, em traduções equivocadas, nos contos, ou nas psicoses.” “Existe tudo o que não existe, excepto que tudo isto não existe no mesmo âmbito. Há duendes em contos, porém não em Hamburgo, há armas de


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destruição em massa nos Estados Unidos, porém — até onde sei — não em Luxemburgo. Simplesmente a pergunta nunca deve ser se existe algo, mas sim, onde existe algo, pois tudo o que existe, existe em algum lugar, ainda que seja somente em nossa imaginação. A única exceção é, de novo, o mundo.” GABRIEL também cita que “na modernidade recente se fez evidente que, com o progresso científico, multiplicamos as perspectivas sobre o mundo, de maneira que já não se pode dizer com facilidade a que perspectiva deva se dar a prioridade. Isto conduz ao descobrimento do infinito em muitos âmbitos e pode inclusive se dizer que ainda batalhamos para pensar o infinito de uma maneira suficientemente grande de verdade, pois não somente existem infinitas coisas, como também infinitas perspectivas do infinito”. A temática segue longe, assim que, convém observar que a arte, suas impressões do tempo e do espaço apresenta uma linguagem carregada de significados e significância onde, segundo GABRIEL, qualquer que seja a interpretação o

processo de compreensão de nenhuma maneira é absurdo, mas sim livre. A liberdade para compreender obras de arte consiste em que compreendemos algo e a sua vez experimentemos como o compreendemos.

Referências Bibliográficas: - GABRIEL, Markus, Por qué no existe el mundo. ePub r1.1 Titivillus. 15.06.2020. - HUME, David, Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999. - VAZ, Michelle, Os princípios de associação de ideias. Psicologia MSN - Tudo sobre Psicologia. https://www.psicologiamsn.com/2013/11/os -principios-de-associacao-de-ideias-david-hume.htm. 14 p. 11


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Artistas selecionados do 5º Espaço Projeta


para a Mostra Virtual Arte Fatec-SP - 2021


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Aderet Klein Nome: Ana Alice Rodrigues da Silva Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: r.alice0417@gmail.com

— Somos feitos formas de muitos lados. E nem todos ficam a vista. A escrita e a fotografia são alguns desses muitos lados meus, que por ocasião ou Introversão mesmo, são pouco vistos. Sobre isso e meu envolvimento com a arte, posso dizer que tudo começa na minha curiosidade e termina na coragem de ariscar e, ocasionalmente, na covardia de perpetuar. Encontro-me sempre como uma criança em descoberta nas infinitas possibilidades que

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a poesia, a música, a fotografia, a pintura e toda sorte de expressão abstrata ou não, nos dá. E, é por isso que minhas produções – se é que posso chamá-las assim – são oriundas de hiatos, simples porém cheias de simbolismos, metáforas e sátiras. Enfim, talvez isso se explique pelo meu amor por epígrafe, apotegma e “dizer sem querer dizer”. Não obstante que curso Construção Civil na modalidade Edifícios, sou nascida em 21 de dezembro de 2002. Natural de São Paulo-SP.


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Aderet Klein. “Pôr do sol de maio”. 30 x 21 cm. Fotografia. 2021 15


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Faces Quem te vê contruído, Não te imagina fluído. Quem te vê estrelado, Não te sonha nublado. Quem te vê infinito, Não te imagina restrito. Quem te vê, Não te enxerga.

Aderet Klein. “Faces”. Poesia. Rimas no modelo (AA). 2021

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Quasar Um único indivíduo Reluzindo no espaço Sozinho No fim É o que restará. Um universo particular e lindo, Reconstituindo traço à traço Só um vizinho No início É o que buscará.

Aderet Klein. “Quasar”. Poesia. Escrita decrescente com rimas alternadas. 2021

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Adrielle Nome: Adrielle Batista da Silva Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: adriellebatista35@gmail.com Instagram: @_adriellebatista

Sou a Adrielle, nasci em Queimadas, no interior da Bahia, em 15 de março de 2000. O meu interesse pelas artes visuais iniciou-se entre meus 8 e 9 anos ao ver minha mãe pintando em tecidos, comecei a pintar pequenos retalhos de pano e depois fui para o papel. Em seguida participei de projetos culturais no ensino médio, onde consegui me envolver mais com a arte e a cultura. Aos 17 anos mudei de estado para trabalhar e começar a tão sonhada faculdade, então comecei um curso técnico de Design de Interiores na Etec Albert Einstein e foi nesse curso que tive a oportunidade de aprender e ter um contato maior com a arte e museus. O apoio que recebi da minha família e dos meus professores nesse período foi essencial para que eu continuasse a desenhar e escrever, afinal como diz Leonardo da Vinci, a “arte diz o indizível, exprime o inexprimível e traduz o intraduzível”. Após concluir o curso técnico e entrar na Fatec-SP tive a oportunidade de continuar com 18

essa ligação com as artes visuais e pretendo buscar mais conhecimento nessa área para desenvolver mais habilidades. Com base no tema, minha proposta é a recriação de um pequeno desenho que fiz aos 8 anos e ao refazê-lo com traços simples relembrei como a liberdade de se expressar desde criança é importante, um desenho simples mas cheio de significado, a casa representada simboliza a morada dos meus avós que vivi toda minha infância, o mandacaru para lembrar as dificuldades da vida mas também a força de vontade de conquistar os objetivos, o céu instável relembra os traços desajeitados do meu eu de 8 anos, o desenho em si busca mais as raízes da minha infância e dos melhores momentos proporcionados por uma família incrível que sempre me apoiou. A segunda proposta é um desenho da Catedral de São Basílio (Rússia), e uma fotografia do MASP, acredito que através da arte conseguimos viajar pelo mundo e pelas nossas fantasias, a catedral como forma de sonho de viajar e conhecer as mais belas obras de arte, o MASP simboliza as memorias, os momentos e a reflexão da vida.


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Adrielle. “A Casa”. 19 x 27,7 cm. Aquarela e lápis aquarelável sobre papel Canson. 2021

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Adrielle. “Catedral de São Basílio”. 29,7 x 21 cm. Aquarela e lápis aquarelável sobre papel Canson. 2019 20


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Adrielle. “MASP Memories”. Fotografia. 2021 21


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Amanda Moreira Nome: Amanda Carvalho Moreira Curso: Automação de Escritórios e Secretariado, Fatec-SP E-mail: amanda.cmoreira21@gmail.com

Me chamo Amanda, nasci em São Paulo, capital, em 21 de março de 1990. Sou formada em Tradutor e Intérprete pela Uninove e atualmente curso Automação de Escritórios e Secretariado na Fatec-SP. Desde que me entendo por gente, sempre gostei de desenhar e pintar, meus pais incentivaram esse lado criativo e sempre me deixaram brincar com guache, giz, etc. Conforme cresci, abandonei o hobby, apesar de continuar frequentando exposições, devorando conteúdos sobre arte, o fazia de forma passiva. Foi só depois de começar a fazer terapia que o desejo de pintar e desenhar retornou. Com

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o devido incentivo, tomei coragem. No início realmente encarei como um processo terapêutico, porém depois a coisa foi ganhando vida própria e encontrei um prazer imenso na pintura. Comecei pintando aquarelas pela facilidade do material e técnica, já havia tentado pintura à óleo, mas exige um nível mais avançado de conhecimento. Agora já utilizo técnicas mistas de aquarela e caneta nanquim. Gosto de desenhar linhas simples mas ao mesmo tempo fortes, e então misturar cores com espaços em branco, criando pontos focais. Esta é a primeira vez que participo de um evento.


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Amanda Moreira. “Ignorância é uma bênção”. Autoretrato. 2021 23


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Amanda Moreira. “Respir-Ar”. 13 x 13 cm. Aquarela sobre papel. 2021

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Amanda Moreira. “Running up that hill”. 12,6 x 9,6 cm. Aquarela sobre papel. 2021 25


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Brena Peres Nome: Brena Peres Curso: Materiais, Fatec-SP E-mail: brena.peres@outlook.com

O ato de dançar é liberdade, é expressar, mesmo sem repertório e sem habilidade o que vale é tentar. O relógio sempre está contra nós, mais rápido que nós, assim como o universo, temos agonia por não acompanhar o tempo e ficamos em ritmo robotizado. O ato de

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dançar encontra nosso eixo, tira nossa agonia, ansiedade, encontra nosso tempo, liberdade é escolher seu tempo e dançar nele e não ser comandada por ele e dançar a música dele. Tic Tac.


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Brena Peres. “Elevé, relevé”. 29,7 x 21 cm. Óleo e maquiagem de descarte sobre papel Canson. 2021 27


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Jacira Rosa Nome: Jacira Freitas de Souza Rosa Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: jacira_rosa@hotmail.com Instagram: @jacira.rosa.art

Para o 5º Projeta Arte da Fatec-SP, com o tema “O ser livre e as impressões do espaço e do tempo”, pensei no atual momento com a pandemia (Covid-19), e como consequência o isolamento social e o período de aulas online. Nesse contexto, representei o campus da Fatec-SP, localizado na cidade de São Paulo, seu entorno e bairros próximos, através da perspectiva “á vol d’oiseau” ou “voo do pássaro”. Assim, podemos refletir sobre a impor-

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tância do espaço físico da Fatec-SP para toda a comunidade acadêmica. Perceber as mudanças que ocorreram no campus ao longo dos anos e as futuras mudanças que ainda ocorrerão. Ao mesmo tempo, ressignificar esse espaço físico, dando lugar ao um novo “espaço virtual”, onde toda a comunidade se relaciona atualmente. Minhas referências para este desenho foram do arquiteto brasileiro Eduardo Bajzek e dos artistas estrangeiros Preeti Dubey, Syahmi Daud, Cola Collet e Thierry Duval.


Exposição Coletiva - 2021

Jacira Rosa. “Fatec 2020”. 21 x 29,7 cm. Marcadores, lápis, pastel seco branco e naquim sob papel Sulfite 90g. 2021

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Léo da Radiação Nome: Leonardo Lopes Martins Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: leozorro715@gmail.com

Nasci dia 29 de maio de 1995, em São Paulo, onde me criei. Como a maioria das crianças, desenhava muito no prézinho e depois replicava as técnicas em casa. Minha mãe, como professora de artes, também era bastante incentivadora e meu interesse pelas artes visuais acabou se aflorando. Durante esse tempo, ela também me ensinou a gostar muito do folclore e da cultura nacional. Durante vários anos estive praticando e desenvolvendo técnicas de pinturas em papéis utilizando lápis e canetas e

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me considero até bom nessa área. Inclusive esculturas em arame cheguei a fazer. Aos meus 20 anos, frequentei vários cursos: Photoshop, Pintura digital, Illustrator, entre outros programas, e daí em diante, adotei esta técnica em minhas pinturas. De momento estou ilustrando um livro meu, o qual pretendo intitulá-lo: “Um Compilado de Ideias por Leonardo Lopes”, assim que, podemos dizer que a escrita e a arte também estão interligadas. Agradeço a oportunidade de expor minhas obras no âmbito acadêmico.


Exposição Coletiva - 2021

Léo da Radiação. “Visão da Índia com a cotia”. Manipulação digital. 2018 31


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Léo da Radiação. “Colorido circulante roudante super alto propulsado”. Arte digital. 2019

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Léo da Radiação. “A Profundidade brasileira retratada pela historicidade e a modernidade”. Arte digital. 2021 33


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Liliana Fong Nome: Liliana Fong Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: lilianafong@gmail.com Instagram: @impressoes_distantes

Natural da cidade de São Paulo. Formação superior em Comunicação Social e formação técnica em Paisagismo. Uma das atividades que procuro fazer sempre que posso é conhecer lugares e a fotografia acompanha e registra essas andanças e descobertas. A fotografia é passatempo, distração, uma forma de guardar esses momentos e lugares. A fotografia ao mesmo tempo em que registra e congela permanentemente um instante de tempo numa imagem, esse instante do tempo é único, passou e não tem como acontecer de novo. Basicamente é isso que diz uma das reflexões semióticas (Santaella) sobre as

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características da fotografia acerca do tempo: imortalidade e finitude. Minha primeira vivência em laboratório foi em Técnicas Básicas de Revelação Fotográfica Analógica, com Célia Mello. Conheci técnicas antigas de processos artesanais de impressão fotográfica – antotipia e fitotipia – com Dani Sandrini. Antotipia é simples e acessível, não exige local escuro, equipamentos ou produtos químicos. É um processo de impressão de imagens sobre papel preparado com pigmentos naturais extraídos de plantas (flor, folha, fruto, raiz, casca) e exposto à luz solar. Resulta em imagens efêmeras que desbotam e desaparecem com a ação do tempo e da luz.


Exposição Coletiva - 2021

Liliana Fong. “Parque da Juventude Dom Paulo Evaristo Arns”. 30 x 20 cm. Fotografia. 2019 35


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Liliana Fong. “Arco di Tito (Foro Romano)”. 14,85 x 21 cm. Fotografia/Antotipia em papel. 2018

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Liliana Fong. “Tour Eiffel”. 14,85 x 10,5 cm. Fotografia/Antotipia em papel. 2019 37


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Marcos Nome: Marcos Antonio Pereira Dias Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: marcos.mapd@hotmail.com

Nasci na Cidade de São Paulo em 30 de março de 1998. Quando criança frequentava exposições de arte, concerto musical, Museu Catavento e gostava das aulas de arte, mas não tinha exatamente um foco, fazia desenhos, pinturas, esculturas através de objetos, desenhos por meio de tesouras entre outros, foi uma infância bem divertida e começo de adolescência, onde florescia minha criatividade, também tive aquele típico sonho de criança de ser Bombeiro, Astronauta ou Policial, eram profissões que chamavam minha atenção. Sempre gostei de me expressar através da arte, era uma fuga da realidade, tive influências que foram o que me animou para seguir em frente como o artista de rua Eduardo Kobra, também Vik Muniz que faz obras por meio de materias inusitados, entre outros. Entretanto nos últimos anos venho me dedicando mais a música, leitura, faculdade, agricultura susten-

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tável e poesias. Também frequentei uma instituição social que tinha aulas de esportes, informática, dança contemporânea e artes plásticas. Por meio dessa última atividade praticava desenhos variados e aguçava minha criatividade. No 1° ano do ensino médio comecei a ter mais gosto pela leitura, através de um professor de português que passava provas de livros selecionados, que era uma forma de incentivar... o primeiro que li foi “Tristão e Isolda” que deu origem a tragédia escrita “Romeu e Julieta”. Desde então cultivo o gosto pela leitura. Logo isso me influenciou a melhorar minha escrita, e por um acaso comecei a fazer pequenos textos soltos, sobre situações que observava, em uma agenda que carregava, o que ajudou bastante para que não perdesse as ideias. Ao reler o produzido percebi que poderiam ser poesias.


Exposição Coletiva - 2021

Marcos. “O Alquimista”. 29,5 x 42 cm. Feito a lápis, pintado com lápis de cor. 2011

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Sutileza Amarelo e tristeza não combinam Tentaram misturar-se Mas se repeliram A tristeza tem vida própria Faz nossa cabeça O amarelo nos confunde Como a tristeza nos alegra Marcos. “Sutileza”. Poesia. 2020

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Exposição Coletiva - 2021

Aproveitar Não sei quando meu coração vai parar Ou minha mente cessar Mas enquanto energia tiver Pessoas quero mudar Um fim de semana olhando o mar Deitado na prancha Esperando a melhor onda chegar Marcos. “Aproveitar”. Poesia. 2020

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Moena Nome: Juliana Oliveira Malta Curso: Gestão de Turismo, Fatec-SP E-mail: pensarbasemalta@gmail.com

Ler o tema me fez repensar no que é um ser livre? Como ele vive no meio de tantas transformações? Como se manter neutro em relação ao espaço tempo? Como não se influenciar pela história ou pelas experiências? Como um ser pode ser livre das coisas ao seu redor? Pensando nisso eu desenhei um compilado de tempo, espaço e partes únicas que não fazem parte do “ser”, o mesmo por sinal se mantém em um núcleo formulado por ele mesmo que o impede de se alterar pelo meio, teoricamente

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isso é impossível pois o ser é formado pelo seu meio. Mas no desenho eu quis representar o fato de que o “ser” pode se tornar inalterável, vendo, observando e vivendo as transformações. Ele representa a individualidade e a luta por querer permanecer inalterado do meio externo. Tudo que está em sua volta representa as confusões do espaço tempo que vivemos, lidando com o passado e o presente para formular o futuro. Sem contar suas próprias histórias e gostos.


Exposição Coletiva - 2021

Moena. “Individualidade e o meio externo”. 26 x 21 cm. Desenho e pintura com lápis de cor e canetinha. 2021 43


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Nascitart Nome: Nathalia de Oliveira Prieto Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: nathioliveira2003@gmail.com

Meu nome é Nathalia de Oliveira Prieto, nasci em 02 de janeiro de 2003 e sou de Osasco, São Paulo. Atualmente curso Edifícios na Fatec-SP, e também sou certificada como profissional em Artes Visuais; pode-se dizer que minha relação com as artes vem de muito nova, talvez seja algo no sangue de minha família, de onde surgiram artesãos, artistas plásticos e bailarinos. Não é com vergonha que digo que sou uma péssima bailarina, mas compenso minha falta de gingado com a habilidade nos pincéis e lápis. Algumas de minhas primeiras memórias

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são de minha avó trançando meu cabelo enquanto eu brincava com seus pincéis e tintas... eu literalmente cresci entre eles. Acredito que comecei a desenhar e pintar com cinco anos de idade e nunca mais parei, afinal, tinha o suporte e incentivo da família toda. Meu processo de criação começa com a busca de ideias e referências, o que leva cerca de uma semana, e mais alguns dias para finalizar a obra, desde a captura de forma, até minha assinatura e meu selo de autenticidade com os cuidados que devem ser tomados, para que o quadro ou desenho seja preservado.


Exposição Coletiva - 2021

Nascitart. “Cachorro de veludo”. 29,7 x 21 cm. Lápis grafite HB, 2B, 4B e 6B sobre folha 180 g/m2. 2018 45


Espaço Projeta Arte Fatec-SP

Nascitart. “Duas faces de Léia e o pato” - um presente para uma amiga. 40 x 30 cm. Óleo sobre tela. 2020 46


Exposição Coletiva - 2021

Nascitart. “Pássaros brasileiros 1/5 - O tucano”. 50 x 40 cm. Óleo sobre tela. 2020 47


Espaço Projeta Arte Fatec-SP

Ricardo A. Ramos Nome: Ricardo Alan Ramos Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: ricardo73alan@gmail.com Instagram: @drawrickalan

Eu me chamo Ricardo A. Ramos, tenho 23 anos e sou estudante de Arquitetura (Unip Alphaville) e Construção Civil (Fatec-SP). Desde cedo achei no desenho um lugar onde eu poderia colocar meus pensamentos e de certo modo materializá-los no plano real. Sempre tive o incentivo de meus pais neste campo. Mais tarde iniciei o técnico em edificações onde descobri mais uma paixão, a construção de edifícios. Não demorou muito para que eu me aproximasse da Arquitetura. Em seguida entrei na Faculdade de Tecnologia em Construção Civil e anos depois na de Arquitetura e Urbanismo. Nesta época a arte já fazia parte do meu dia a dia, sempre quando podia visitava galerias, teatros, museus e exposições que me despertassem o interesse. A Arquitetura aprimou meu olhar para a arte, onde não só a beleza da técnica constru48

tiva me envolvia, mas também o partido arquitetônico e o gradiente de possibilidades de interação com a sociedade e seu entorno proposto. Antes eu que frequentava museus para ver as esculturas e pinturas, agora apreciava as edificações que as abrigavam também, e analisava como a composição formada por ambas influenciava na experiência. Assim eu formei uma possível definição sobre a arte. Que é o equilíbrio entre a técnica e a sensibilidade ao mundo exterior traçada por alguém. As minhas obras são croquis, releituras e estudos de formas e volumes que foram realizados no último ano, em meu sketchbook. Por último, sim, a minha ideia inicial era justamente o intuito de mostrar não só minha mão, mas o fundo junto a obra, com isso fazendo uma composição visual. Mesmo que o maior foco seja ao croqui em si.


Exposição Coletiva - 2021

Ricardo A. Ramos. “Human scale”. 21 x 13,5 cm. Croqui - nanquim e lápis de cor. 2021 49


Espaço Projeta Arte Fatec-SP

Ricardo A. Ramos. “The Hobbet”. 21 x 13,5 cm. Croqui - nanquim. 2021

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Exposição Coletiva - 2021

Ricardo A. Ramos. “La tumbona house”. 21 x 13,5 cm. Croqui - nanquim e lápis de cor. 2021 51


Espaço Projeta Arte Fatec-SP

Sikagnarf Nome: Roberta Frangakis Diniz Curso: Construção Civil - Edifícios, Fatec-SP E-mail: robertafdinizrfd@gmail.com Instagram: @sikagnarf

Sou Roberta, nasci dia 09 de agosto de 2002, na capital de São Paulo. Atualmente curso Construção Civil - Edifícios, e pretendo me especializar em projetos arquitetônicos. Meu interesse pela arte iniciou logo na infância. Filha de mãe solteira e com relações familiares complexas, desde pequena sempre tive dificuldade em lidar com sentimentos humanos. Sou muito introspectiva, com isso, durante a adolescência, aprendi a apreciar o potencial de cada um desses sentimentos, tanto da dor, quanto da felicidade, do amor,

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da perda, etc. Dessa forma, não demorou para que eu me apaixonasse pela ideia de congelar o espaço e o tempo para apreciar a lembrança. Cada ponto de vista traz consigo um sentimento que nos projeta e nos torna mais fortes. Assim eu me descobri na fotografia. O foco desse meu passatempo é a fotografia de ambientes e paisagens, em sua maioria, naturais. Pois, na minha concepção, a visão mais bonita do mundo é a mais pura, é a projeção de nós mesmos onde não estamos, mas nos vemos.


Exposição Coletiva - 2021

Sikagnarf. “Fortaleza da Barra”. 39,3 x 26 cm. Fotografia. 2018 53


Espaço Projeta Arte Fatec-SP

Sikagnarf. “Estuário Santista”. 27,5 x 41 cm. Fotografia. 2018 54


Exposição Coletiva - 2021

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O 5º Espaço Projeta Arte é um evento associado ao 22º Congresso de Tecnologia da Fatec-SP.

22º

Congresso de Tecnologia da FATEC-SP

Ciência e Tecnologia na Educação Digital 06 a 08 de Outubro 2021

Faculdade de Tecnologia de São Paulo - Fatec-SP Pça. Coronel Fernando Prestes, 30 / Av. Tiradentes, 615, Bom Retiro, São Paulo, SP - 01124-060 www.fatecsp.br


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