suplemento ABNV: mensagem do presidente
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Expediente
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Consultores científicos / revista Clínica Veterinária
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Instruções para envios de artigos para a revista Clínica Veterinária
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Simpósios Internacionais: palestrantes
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Analise cinética da locomoção em cães de raça golden retriever
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Aspectos terapeuticos de 21 cães com diagnóstico presuntivo de epilepsia idiopática
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Comparação dos meios de contraste iodados não iônicos iobitridol e iohexol quanto à radiopacidade e efeitos adversos em cães submetidos à mielografia
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Concentração encefálica de ivermectina após intoxicação e tratamento com emulsão lipídica intravenosa
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Efeito protetor das células-tronco mesenquimais ou dantrolene em ratos Wistar com dissinergia detrusor-esfíncter pós-trauma espinhal agudo 17 Estudo biomecânico da coluna vertebral de cães da raça dachshund após corpectomia lateral parcial isolada e suas associações com pediculectomia e hemilaminectomia
18
Estudo biomecânico da utilização de parafusos pediculares monoaxiais na estabilização de corpectomia lateral parcial isolada e suas associações com pediculectomia e hemilaminectomia, em cães da raça dachshund
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Estudo radiográfico da variação morfológica e morfométrica do forame magno de cães de raças pequenas e toy 20 Estudo retrospectivo sobre o desenvolvimento de caminhar espinal em cães paraplégicos com fraturas e luxações vertebrais toracolombares
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Intoxicação por Nerium oleander em cobaios
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Meningoencefalite de origem desconhecida em cães: um desafio para o diagnóstico antemortem
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Neuromiopatia isquêmica em cinco cães (2008-2016)
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Percepção dos alunos de pós-graduação no brasil sobre os conceitos básicos de neurologia veterinária: 2013-2017 25 Regeneração de nervo periférico induzida por transplante de células estromais mesenquimais multipotentes caninas e murinas
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Sonda uretral flexível como método alternativo para aferição invasiva da pressão intracraniana em trauma cranioencefálico induzido em coelhos
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Tratamento clínico ou cirúrgico em cães paraplégicos sem dor profunda há mais de 48 horas por extrusão de disco intervertebral (Hansen tipo i) toracolombar cranioencefálico induzido em coelhos
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Clínica Veterinária, Ano XXII, suplemento, 2017
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Anais - Simpósios Internacionais da ABNV (Associação Brasileira de Neurologia Veterinária)
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Caro colega
É com grande felicidade que apresento a vocês os anais do quinto evento da Associação Brasileira
de Neurologia Veterinária (ABNV) e do terceiro simpósio que promovemos de forma indepen-
dente. Seguindo o caminho traçado há 5 anos, este ano estamos organizando dois eventos com temas
altamente relevantes a neurologia veterinária brasileira. O simpósio de neurologia clínica dará ênfase a neurologia felina, devido a grande relevância e frequência que estamos atendendo gatos na
rotina clínica. Além do simpósio de neurologia clínica, teremos um simpósio avançado de doenças
neuromusculares onde vamos abordar toda a parte de eletrodiagnóstico e patologia do sistema ner-
voso. Esse tema ainda não havia sido contemplado em nossos simpósios, mas é uma das competências
fundamentais da neurologia veterinária. Para tal, teremos a felicidade de contar com dois reno-
mados palestrantes internacionais, o dr. Gualtiero Gandini da Universidade de Bologna na
Itália, e o dr. Kaspar Matiasek, da Universidade de Munique na Alemanha. Contaremos tam-
bém com a presença do dr. Leonardo de Souza da Escola de Medicina da UFMG, da dra.
Sandra Torelli do CALE de Jundiai, e deste que vos escreve.
A organização desses simpósios é fruto de muito trabalho e para tal gostaria muito de agradecer
todos membros da diretoria que trabalharam e trabalham de forma incansável para o sucesso desse
e de todos outros simpósios. Gostaria de agradecer também a Andrea Sanchez e equipe pelo traba-
lho de organização, e aos nossos parceiros, a Agener União, o CRMV-MG, a Nestlé Purina,
a PUC-Minas e a revista Clínica Veterinária pelo apoio. Finalmente gostaria de agradecer a
todos os palestrantes e participantes pela confiança, podem ter certeza que nosso objetivo é sempre
organizar eventos de altíssimo nível para avançar a neurologia e a medicina veterinária brasileira. Saudações neurológicas!
Ronaldo Casimiro da Costa
MV, MSc, PhD, Dipl. ACVIM – Neurologia
Presidente da Associação Brasileira de Neurologia Veterinária
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Clínica Veterinária, Ano XXII, suplemento, 2017
Anais - Simpósios Internacionais da ABNV (Associação Brasileira de Neurologia Veterinária)
EditorEs / publishErs Arthur de Vasconcelos paes barretto editor@editoraguara.com.br CRMV-MG 10.684 - www.crmvmg.org.br
Maria Angela sanches Fessel cvredacao@editoraguara.com.br CRMV-SP 10.159 - www.crmvsp.gov.br
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Clínica Veterinária é uma revista técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos veterinários de pequenos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora.
contato Editora Guará Ltda. Dr. José Elias 222 - Alto da Lapa 05083-030 São Paulo - SP, Brasil Central de assinaturas: 0800 887.1668 cvassinaturas@editoraguara.com.br Telefone/fax: (11) 3835-4555 / 3641-6845 6
A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária.
Clínica Veterinária, Ano XXII, suplemento, 2017
CONSULTORES CIENTÍFICOS Adriano B. Carregaro FZEA/USP-Pirassununga
Berenice A. Rodrigues Médica veterinária autônoma
Eduardo A. Tudury DMV/UFRPE
Hector Daniel Herrera FCV/UBA
Álan Gomes Pöppl FV/UFRGS
Camila I. Vannucchi FMVZ/USP-São Paulo
Elba Lemos FioCruz-RJ
Hector Mario Gomez EMV/FERN/UAB
Alberto Omar Fiordelisi FCV/UBA
Carla Batista Lorigados FMU
Eliana R. Matushima FMVZ/USP-São Paulo
Hélio Autran de Moraes Dep. Clin. Sci./Oregon S. U.
Alceu Gaspar Raiser DCPA/CCR/UFSM
Carla Holms Anclivepa-SP
Elisangela de Freitas FMVZ/Unesp-Botucatu
Hélio Langoni FMVZ/UNESP-Botucatu
Alejandro Paludi FCV/UBA
Carlos Alexandre Pessoa www.animalexotico.com.br
Estela Molina FCV/UBA
Heloisa J. M. de Souza FMV/UFRRJ
Alessandra M. Vargas Endocrinovet
Carlos E. Ambrosio FZEA/USP-Pirassununga
Fabian Minovich UJAM-Mendoza
Herbert Lima Corrêa ODONTOVET
Alexandre Krause FMV/UFSM
Carlos E. S. Goulart FTB
Fabiano Montiani-Ferreira FMV/UFPR
Alexandre G. T. Daniel Universidade Metodista
Carlos Roberto Daleck FCAV/Unesp-Jaboticabal
Fabiano Séllos Costa DMV/UFRPE
Iara Levino dos Santos Koala H. A. e Inst. Dog Bakery
Carlos Mucha IVAC-Argentina
Fabio Otero Ascol IB/UFF
Cassio R. A. Ferrigno FMVZ/USP-São Paulo
Fabricio Lorenzini FAMi
Alexandre L. Andrade CMV/Unesp-Aracatuba Alexander W. Biondo UFPR, UI/EUA Aline Machado Zoppa FMU/Cruzeiro do Sul Aline Souza UFF Aloysio M. F. Cerqueira UFF Ana Claudia Balda FMU, Hovet Pompéia
Ceres Faraco FACCAT/RS César A. D. Pereira UAM, UNG, UNISA Christina Joselevitch FMVZ/USP-São Paulo Cibele F. Carvalho UNICSUL
Fernando C. Maiorino FEJAL/CESMAC/FCBS Fernando de Biasi DCV/CCA/UEL Fernando Ferreira FMVZ/USP-São Paulo Filipe Dantas-Torres CPAM
Ananda Müller Pereira Universidad Austral de Chile Clair Motos de Oliveira FMVZ/USP-São Paulo Ana P. F. L. Bracarense Clarissa Niciporciukas DCV/CCA/UEL ANCLIVEPA-SP André Luis Selmi Anhembi/Morumbi e Unifran Cleber Oliveira Soares EMBRAPA Angela Bacic de A. e Silva Cristina Massoco FMU Salles Gomes C. Antonio M. Guimarães Empresarial DMV/UFLA Daisy Pontes Netto Aparecido A. Camacho FMV/UEL FCAV/Unesp-Jaboticabal Daniel C. de M. Müller A. Nancy B. Mariana UFSM/URNERGS FMVZ/USP-São Paulo Daniel G. Ferro Arlei Marcili ODONTOVET FMVZ/USP-São Paulo
Flávia R. R. Mazzo Provet
Aulus C. Carciofi FCAV/Unesp-Jaboticabal
Daniel Macieira FMV/UFF
Aury Nunes de Moraes UESC
Flavia Toledo Univ. Estácio de Sá Flavio Massone FMVZ/Unesp-Botucatu Francisco E. S. Vilardo Criadouro Ilha dos Porcos Francisco J. Teixeira N. FMVZ/Unesp-Botucatu F. Marlon C. Feijo UFERSA
Iaskara Saldanha Lab. Badiglian Idael C. A. Santa Rosa UFLA Ismar Moraes FMV/UFF Jairo Barreras FioCruz James N. B. M. Andrade FMV/UTP Jane Megid FMVZ/Unesp-Botucatu Janis R. M. Gonzalez FMV/UEL Jean Carlos R. Silva UFRPE, IBMC-Triade João G. Padilha Filho FCAV/Unesp-Jaboticabal João Luiz H. Faccini UFRRJ João Pedro A. Neto UAM Jonathan Ferreira Odontovet
Franz Naoki Yoshitoshi Provet
Jorge Guerrero Universidade da Pennsylvania
Gabriela Pidal FCV/UBA
José de Alvarenga FMVZ/USP
Gabrielle Coelho Freitas UFFS-Realeza
Jose Fernando Ibañez FALM/UENP
Denise T. Fantoni FMVZ/USP-São Paulo
Geovanni D. Cassali ICB/UFMG
José Luiz Laus FCAV/Unesp-Jaboticabal
Ayne Murata Hayashi FMVZ/USP-São Paulo
Dominguita L. Graça FMV/UFSM
Geraldo M. da Costa DMV/UFLA
José Ricardo Pachaly UNIPAR
Beatriz Martiarena FCV/UBA
Edgar L. Sommer PROVET
Gerson Barreto Mourão ESALQ/USP
José Roberto Kfoury Jr. FMVZ/USP
Benedicto W. De Martin FMVZ/USP; IVI
Edison L. P. Farias UFPR
Hannelore Fuchs Instituto PetSmile
Juan Carlos Troiano FCV/UBA
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Clínica Veterinária, Ano XXII, suplemento, 2017
Ronaldo C. da Costa CVM/Ohio State University
Juliana Brondani FMVZ/Unesp-Botucatu
Maria Cecilia R. Luvizotto CMV/Unesp-Aracatuba
Patricia C. B. B. Braga FMVZ/USP-Leste
Juliana Werner Lab. Werner e Werner
M. Cristina F. N. S. Hage FMV/UFV
Patrícia Mendes Pereira DCV/CCA/UEL
Julio C. C. Veado FMVZ/UFMG
Maria Cristina Nobre FMV/UFF
Paulo Anselmo Zoo de Campinas
Julio Cesar de Freitas UEL
M. de Lourdes E. Faria VCA/SEPAH
Paulo César Maiorka FMVZ/USP-São Paulo
Karin Werther FCAV/Unesp-Jaboticabal
Maria Isabel M. Martins DCV/CCA/UEL
Paulo Iamaguti FMVZ/Unesp-Botucatu
Leonardo Pinto Brandão Ceva Saúde Animal
M. Jaqueline Mamprim FMVZ/Unesp-Botucatu
Paulo S. Salzo UNIMES, UNIBAN
Leucio Alves FMV/UFRPE
Maria Lúcia Z. Dagli FMVZ/USP-São Paulo
Paulo Sérgio M. Barros FMVZ/USP-São Paulo
Luciana Torres FMVZ/USP-São Paulo
Marion B. de Koivisto CMV/Unesp-Araçatuba
Pedro Germano FSP/USP
Lucy M. R. de Muniz FMVZ/Unesp-Botucatu
Marta Brito FMVZ/USP-São Paulo
Pedro Luiz Camargo DCV/CCA/UEL
Luiz Carlos Vulcano FMVZ/Unesp-Botucatu
Mary Marcondes CMV/Unesp-Araçatuba
Rafael Almeida Fighera FMV/UFSM
Luiz Henrique Machado FMVZ/Unesp-Botucatu
Masao Iwasaki FMVZ/USP-São Paulo
Rafael Costa Jorge Hovet Pompéia
Mauro J. Lahm Cardoso FALM/UENP
Regina H.R. Ramadinha FMV/UFRRJ
Mauro Lantzman Psicologia PUC-SP
Renata A. Sermarini ESALQ/USP
Marcelo Bahia Labruna FMVZ/USP-São Paulo
Michele A. F. A. Venturini ODONTOVET
Renata Afonso Sobral Onco Cane Veterinária
Marcelo de C. Pereira FMVZ/USP-São Paulo
Michiko Sakate FMVZ/Unesp-Botucatu
Marcelo Faustino FMVZ/USP-São Paulo
Miriam Siliane Batista FMV/UEL
Marcelo S. Gomes Zoo SBC,SP
Moacir S. de Lacerda UNIUBE
Marcia Kahvegian FMVZ/USP-São Paulo
Monica Vicky Bahr Arias FMV/UEL
Márcia Marques Jericó UAM e UNISA
Nadia Almosny FMV/UFF
Marcia M. Kogika FMVZ/USP-São Paulo
Nayro X. Alencar FMV/UFF
Marcio B. Castro UNB
Nei Moreira CMV/UFPR
Marcio Brunetto FMVZ/USP-Pirassununga
Nelida Gomez FCV/UBA
Marcio Dentello Lustoza Biogénesis-Bagó Saúde Animal
Nilson R. Benites FMVZ/USP-São Paulo
Robson F. Giglio Hosp. Cães e Gatos; Unicsul
Márcio Garcia Ribeiro FMVZ/Unesp-Botucatu
Nobuko Kasai FMVZ/USP-São Paulo
Rodrigo Gonzalez FMV/Anhembi-Morumbi
Marco Antonio Gioso FMVZ/USP-São Paulo
Noeme Sousa Rocha FMV/Unesp-Botucatu
Rodrigo Mannarino FMVZ/Unesp-Botucatu
Wagner S. Ushikoshi FMV/UNISA e FMV/CREUPI
Marconi R. de Farias PUC-PR
Norma V. Labarthe FMV/UFFe FioCruz
Rodrigo Teixeira Zoo de Sorocaba
Zalmir S. Cubas Itaipu Binacional
Marcello Otake Sato FM/UFTO Marcelo A.B.V. Guimarães FMVZ/USP-São Paulo
Renata Navarro Cassu Unoeste-Pres. Prudente Renée Laufer Amorim FMVZ/Unesp-Botucatu Ricardo Duarte All Care Vet / FMU Ricardo G. D’O. C. Vilani UFPR Ricardo S. Vasconcellos CAV/UDESC Rita de Cassia Garcia FMVZ/USP-São Paulo Rita de Cassia Meneses IV/UFRRJ Rita Leal Paixão FMV/UFF
Clínica Veterinária, Ano XXII, suplemento, 2017
Ronaldo G. Morato CENAP/ICMBio Rosângela de O. Alves EV/UFG Rute C. A. de Souza UFRPE/UAG Ruthnéa A. L. Muzzi DMV/UFLA Sady Alexis C. Valdes Unipam-Patos de Minas Sheila Canavese Rahal FMVZ/Unesp-Botucatu Silvia E. Crusco UNIP/SP Silvia Neri Godoy ICMBio/Cenap Silvia R. G. Cortopassi FMVZ/USP-São Paulo Silvia R. R. Lucas FMVZ/USP-São Paulo Silvio A. Vasconcellos FMVZ/USP-São Paulo Silvio Luis P. de Souza FMVZ/USP, UAM Simone Gonçalves Hemovet/Unisa Stelio Pacca L. Luna FMVZ/Unesp-Botucatu Tiago A. de Oliveira UEPB Tilde R. Froes Paiva FMV/UFPR Valéria Ruoppolo Int. Fund for Animal Welfare Vamilton Santarém Unoeste Vania M. de V. Machado FMVZ/Unesp-Botucatu Victor Castillo FCV/UBA Vitor Marcio Ribeiro PUC-MG Viviani de Marco UNISA e NAYA Especialidades
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ENVIO DE ARTIGOS
instruções aos autores
A
Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados. Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decide-se a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para a apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais. Devem incluir uma pesquisa bibliográfica profunda sobre o assunto (no mínimo 30 referências) e conter uma discussão detalhada dos achados e conclusões do relato à luz dessa pesquisa. A pesquisa bibliográfica deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Critérios editoriais Para a primeira avaliação, os autores devem enviar através do site da revista um arquivo texto (.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg - http://revistaclinicaveterinaria.com.br/blog/envio-de-artigos-cientificos. As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na largura de 9 cm. Se os autores não
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possuírem imagens digitalizadas, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de redação cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail). Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus títulos no momento em que o trabalho foi escrito. Os autores devem ser relacionados na seguinte ordem: primeiro, o autor principal, seguido do orientador e, por fim, os colaboradores, em sequência decrescente de participação. Sugere-se como máximo seis autores. O primeiro autor deve necessariamente ter diploma de graduação em medicina veterinária. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme (http://decs.bvs.br/). Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 10, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3 cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos e entre as referências. No caso de todo o material ser remetido pelo correio, devem necessariamente ser enviados, além de
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uma apresentação impressa, uma cópia em CDrom. Imagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de autorização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Não citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Sempre buscar pelas referências originais. O texto do autor original deve ser respeitado, utilizando-se exclusivamente os resultados e, principalmente, as conclusões dos trabalhos. Quando uma informação tiver sido localizada em diversas fontes, deve-se citar apenas o autor mais antigo como referência para essa informação, evitando a desproporção entre o conteúdo e o número de referências por frases. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,3,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo.
Clínica Veterinária, Ano XXII, suplemento, 2017
Quando mais de um capítulo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma referência específica. Não serão aceitos apuds nem revisões de literatura (Citação direta ou indireta de um autor a cuja obra não se teve acesso direto. É a citação de “segunda mão”. Utiliza-se a expressão apud, que significa “citado por”. Deve ser empregada apenas quando o acesso à obra original for impossível, pois esse tipo de citação compromete a credibilidade do trabalho). A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www.xxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Será dado um peso específico à avaliação das citações, tanto pelo volume total de autores citados, quanto pela diversidade. A concentração excessiva das citações em apenas um ou poucos autores poderá determinar a rejeição do trabaho. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada 12 horas”, “a cada 6 horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem serlistados, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. Para todos os itens listados é necessario citar, nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/distribuidor, cidade e estado.
Revista clínica Veterinária / Redação Rua dr. José Elias 222 São Paulo - SP CEP 05083-030 cvredacao@editoraguara.com.br
1 - gualtiero gandini • Professor Associado no Departamento de Ciências Veterinárias Médicas da Universidade de Bolonha (Itália); • Graduado pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Bolonha em 1990; • Diplomado pelo Colégio Europeu de Neurologia Veterinária (DECVN) – 2003; • PhD em Medicina Interna Veterinária pela Universidade de Bolonha, 1996; • Residência em Neurologia Veterinária sob a supervisão do Prof. André Jaggy do Instituto de Neurologia Animal da Universidade de Berna, Suíça – 1998-2002; • Membro do Comitê Executivo da Sociedade Europeia de Neurologia Veterinária (ESVN) e do Colégio Europeu de Neurologia Veterinária (ECVN) nas seguintes funções: membro em geral (2000-2004), secretário (2004-2006), vice-presidente (2006-2008), presidente (2008-2010), ex-presidente (20102012); • Chefe do Comitê de Educação da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Bolonha – Itália – 2006-2012; • Coordenador do “Brain Camp” (Neuroscience course) Europeu; • Autor e co-autor de aproximadamente 100 publicações científicas, 34 em revistas internacionais.
2 - kaspar Matiasek • Professor de Neuropatologia Clínica e Comparativa da Ludwig Maximilans University de Munique (LMU) – Alemanha; • Graduação pela Ludwig Maximilans University de Munique. Doutorado na mesma Instituição; • Vice-presidente e membro fundador da Associação Européia de Neuropatologia Veterinária; • Membro associado do Colégio Europeu de Neurologia Veterinária (ECVN) e membro do conselho do ECVN entre 2004 e 2006; • Chefe de Seção do Laboratório de Neuropatologia do Animal Health Trust em Newmarket – Reino Unido – 2008-2010; • Participa de pesquisas como representante da LMU com o centro de neurociências na Escola de Medicina da Universidade de Munique na Alemanha; • Chefe do Laboratório para diagnóstico de doenças do Sistema Nervoso Central e Periférico Ludwig Maximilans University de Munique onde recebe amostras de toda a Europa, América do Norte e Austrália; • Seu interesse especial são em biópsias de cérebro, distúrbios de nervos periféricos e de raiz nervosa, doenças mitocondriais, neuro-oncologia comparativa, distúrbios do desenvolvimento e patologia da epilepsia.
3 - ronaldo casimiro da costa • Professor titular e chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia, The Ohio State University, nos EUA; • Graduação pela Universidade Federal do Paraná, Curitiba, e Mestrado pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, RS; • Residência e PhD, Neurologia e Neurocirurgia Veterinária – Ontario Veterinary College – University of Guelph – Canadá; • Diplomado pelo Colégio Americano de Medicina Interna Veterinária (American College of Veterinary Internal Medicine – ACVIM) na especialidade de Neurologia; • Co-editor do Dewey e da Costa, RC, Practical Guide to Canine
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Clínica Veterinária, Ano XXI, suplemento, 2017
and Feline Neurology, 3ª edição, Wiley, 2015 e Neurologia canina e felina – guia prático, 1ª edição, Ed. Guará, 2017; • Reconhecido mundialmente por suas pesquisas e publicações sobre espondilomielopatia cervical e neuroimagem; • Recipiente de 28 prêmios por excelência didática, acadêmica e pesquisa nos EUA, Canadá, e Brasil; • Finalista na seleção de melhor Professor de Medicina Veterinária dos EUA em 2012, e recipiente do Prêmio Norden Pfizer como melhor Professor de Medicina Veterinária da Ohio State University em 2011; • Autor de mais de 90 trabalhos científicos e capítulos de livros no Brasil, Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Editor da seção de neurologia da última edição (2017) do Ettinger e Feldman; • Presidente da Associação Brasileira de Neurologia Veterinária.
4 - leonardo cruz de souza • Graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1995/2000); • Especializou-se em Neurologia (Hosp. Madre Teresa, 2002/2004; • Título de Especialista pela Academia Brasileira de Neurologia/Associação Médica Brasileira) e em Neuropsicologia (Université Pierre et Marie Curie Leonardo Cruz de Souza- Paris VI, 2005/2006).; • Recebeu formação e treinamento em Neurologia Cognitiva e do Comportamento no Hosp. de la Pitié-Salpêtrière (Paris, França), onde desenvolveu atividades de pesquisa nessa área, entre 2005 e 2013; • Realizou o Master (2006/2007) e o Doutorado em Neurociências (2007/2011), ambos pela Université Pierre et Marie Curie – Paris VI (Sorbonne Universités) e, a seguir, fez o pós-doutorado no Institut du Cerveau et de la Moelle Épinière (Paris, 2011/2013) e no Laboratório Interdisciplinar de Investigação Médica da UFMG (2013/2015); • Tem experiência em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, atuando principalmente nos seguintes temas: demências degenerativas, neuropsicologia (funções frontais e cognição social) e marcadores biológicos da doença de Alzheimer; • Atualmente, é Professor Adjunto do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG e docente do Programa de Pós-Graduação em Neurociências da UFMG; • É pesquisador colaborador do Institut de la Mémoire et de la Maladie dAlzheimer (Hosp. de la Pitié-Salpêtrière)/Institut du Cerveau et de la Moelle Épinière. É membro do International Work Group for the Diagnosis of Alzheimers Disease.
5 - sandra regina torelli • Graduação em Medicina Veterinária – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP , Campus Botucatu-SP (FMVZ/Unesp) – 1993 a 1997; • Residência em Medicina Veterinária / Programa de Aprimoramento Profissional na área de Cirurgia de Pequenos Animais, no Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária da FMVZ/Unesp – 01/02/1998 a 31/01/2000. • Mestrado em Medicina Veterinária, na área de Cirurgia Veterinária, na FMVZ/Unesp – 2000 a 2002; • Pós-Graduação Lato sensu – Especialização em Acupuntura Veterinária – FMVZ/Unesp, no período de 05/05/02 a 07/03/04; • Doutorado em Medicina Veterinária, na área de Cirurgia Veterinária, na FMVZ/Unesp – 2003 a 2006.
Anais - Simpósios Internacionais da ABNV (Associação Brasileira de Neurologia Veterinária)
ANALISE CINÉTICA DA LOCOMOÇÃO EM CÃES DE RAÇA GOLDEN RETRIEVER Andrés Sebastian Aristizabal Escobar 1*, Alexandre Navarro de Souza 2, Maria Claudia Campos Mello Inglez de Souza 3, Paula Fratini 4, Julia Maria Matera 5. * Universidade de São Paulo, aristis318@usp.br 1 2 3 4 5
Mestrando FMVZ/USP, São Paulo, Brasil. Professor Doutor Instituto Federal do Amazonas, Manaus, Brasil. Pós-Doutoranda FMVZ/USP, São Paulo, Brasil. Pós-Doutoranda FMVZ/USP, São Paulo, Brasil. Professor titular FMVZ/USP, São Paulo, Brasil.
A
distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma enfermidade letal associada ao cromossomo X. Cães da raça golden retriever com distrofia muscular (GRMD) refletem o genótipo e o fenótipo da DMD, acometendo a função musculoesquelética e apresentando-se como condição progressiva e fatal. A análise cinética da locomoção é um método para quantificar a atividade do movimento, propiciando a caracterização da marcha em pacientes GRMD. Nosso objetivo foi mensurar as forças verticais em GRMD utilizando a plataforma sensitiva de pressão. Foram analisados 7 cães GRMD, e 4 golden retriever hígidos (grupo controle). A velocidade variou entre 0,8 a 1,2 m/s e a aceleração mantida abaixo de 0,1 m/s2. Foram mensurados o pico de força vertical (PFV), impulso vertical (IV), tempo de apoio (TA) e índice de simetria (IS). Não houve diferença entre os grupos para os valores PFV, IV e TA (T-test p < 0,05). O IS dos membros torácicos (MT) foi 5,4 ± 5,4% para GRMD e 4,3 ± 4,8% para os hígidos; e em membros pélvicos (MP) foi 13,9 ± 21,4% para GRMD 4,6 ± 4,9% para os hígidos. Apesar de não ter demostrado alteração nos parâmetros cinéticos, cães GRMD apresentaram valores de IS em MP maiores do que os relatados para cães hígidos ( < 9.6%), sugerindo uma claudicação subclínica. A analise cinética da locomoção fornece informações objetivas sobre o padrão da marcha em cães GRMD. Esta avaliação ocorreu em um único momento. Recomenda-se análise seriada durante o curso da doença com a finalidade de detectar possíveis alterações.
Palavras chave: Analise cinética, Distrofia muscular, Cães Protocolo de Ética nº: CEUA 7640080116
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ASPECTOS TERAPEUTICOS DE 21 CÃES COM DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO DE EPILEPSIA IDIOPÁTICA Graciane Aiello 1*, Amanda Oliveira de Andrades 1, Angel Ripplinger 1, Marcelo Luis Schwab 1, Mathias Reginatto Wrzesinski 2, Alexandre Mazzanti 3 *Universidade Federal de Santa Maria, graiello@hotmail.com 1 Discente de Pós-graduação, UFSM, RS-Brasil. 2 Discente de Graduação, UFSM, RS-Brasil. 3 Professor UFSM, RS-Brasil.
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iversos efeitos adversos foram relatados pela utilização crônica dos fármacos antiepilépticos em cães. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar cães com diagnóstico presuntivo de epilepsia idiopática e obter informações a respeito do fármaco antiepiléptico utilizado, dos exames complementares e dos defeitos adversos. Foram incluídos 21 cães, sendo utilizada a monoterapia com fenobarbital em 76,19% dos casos, terapia dupla (fenobarbital e brometo de potássio) em 19,05% e terapia tripla (fenobarbital, brometo de potássio e gabapentina) em 4,76% dos cães. A dose do fenobarbital variou de 1,4 a 12 mg.kg-1 e a concentração sérica teve média de 26,41 μg.ml-1. Houve redução e remissão das crises epilépticas em 90,48% e 19% dos cães após o início da terapia, respectivamente. Não foi observada diferença significativa entre as doses, as concentrações séricas e os tempos de tratamento. Foi observado aumento da FA em 23,81%, da ALT em 14,29%, diminuição da proteína total em 42,86%, hipoalbuminemia em 9,5% e não foi verificado aumento nos níveis da AST. O aumento dos valores da ALT e da FA nem sempre está relacionado com lesão hepática. Foi observado aumento dos níveis séricos de amilase (23,81%) e de triglicerídeos (14,29%), porém não foi observado sinais clínicos pancreatite. Os principais efeitos adversos foram lesão hepática (9,52%), hipotireoidismo (9,52%) e cirrose hepática (4,7%), sendo que um dos cães com lesão hepática também apresentou hipotireoidismo. O fenobarbital empregado como monoterapia pode controlar as crises na maioria dos casos, sem ocasionar efeitos adversos significativos, mesmo com alteração dos exames bioquímicos. Palavras-chave: Crise epiléptica. Efeitos adversos. Neurologia clínica.
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COMPARAÇÃO DOS MEIOS DE CONTRASTE IODADOS NÃO IÔNICOS IOBITRIDOL E IOHEXOL QUANTO À RADIOPACIDADE E EFEITOS ADVERSOS EM CÃES SUBMETIDOS À MIELOGRAFIA Débora de Mendonça Zilio ¹, Danilo Nogueira Smanioto ², Mônica Vicky Bahr Arias ³ Universidade Estadual de Londrina, vicky@uel.br 1 Mestranda UEL, PR-Brasil 2 Graduando UEL, PR-Brasil 3 Professora UEL, PR-Brasil
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iobitridol é um meio de contraste iodado não-iônico, com características químicas semelhantes ao iohexol, o meio de contraste mais seguro e mais utilizado em mielografia/mielotomografia na veterinária. É indicado apenas pela via intravenosa, mas já foi utilizado em ratos e cães pela via intratecal, com resultados satisfatórios. O objetivo deste trabalho foi comparar esses meios de contrastes em cães, em relação à radiopacidade e efeitos adversos cardiorrespiratórios e neurológicos. A mielografia foi realizada em 24 cães, utilizando-se o iobitridol em metade dos pacientes e o iohexol na outra metade, pela cisterna cerebelomedular, região lombar ou nos dois locais, dependendo da localização da lesão. Os pacientes foram avaliados no momento da punção (M1), durante a injeção do contraste (M2) e imediatamente após o término da injeção até cinco minutos após (M3), por meio da aferição da frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), pressão arterial, saturação de oxigênio e eletrocardiografia (ECG). As alterações cardiorrespiratórias foram transitórias e mais frequentes nos animais nos quais foi realizada a mielografia cervical, nos dois grupos. Não houve diferença estatística entre os grupos, momentos e locais de injeção em relação a esses parâmetros. As crises epilépticas ocorreram em 33,3% (4/12) dos animais nos quais foi utilizado o iobitridol, havendo significância estatística para associação entre esta complicação e o volume total de contraste administrado (mL), enquanto que com o iohexol a crise ocorreu em um cão (8,3% [1/12]). O iobitridol apresentou adequada radiopacidade, sendo a frequência de crises epilépticas relacionada a um volume maior de contraste. Palavras chave: Cães, Medula espinhal, Meios de contraste Fonte de Financiamento: Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina Protocolo de Ética nº 73/2016
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CONCENTRAÇÃO ENCEFÁLICA DE IVERMECTINA APÓS INTOXICAÇÃO E TRATAMENTO COM EMULSÃO LIPÍDICA INTRAVENOSA Stephanie Elise Muniz Tavares Branco*1, Ana Flávia Machado Botelho 1, Cláudio Roberto Scabelo Mattoso 2, Benito Soto Blanco 3, Marília Martins Melo 4 . *Universidade Federal de Minas Gerais, stephbranco@yahoo.com 1 2 3 4
Doutoranda, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil. Pós-doutorando, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil. Professor Associado, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil. Professor Titular, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil.
A
s emulsões lipídicas intravenosas (ELI) tem sido utilizadas recentemente no tratamento de intoxicações por agentes lipofílicos. Um dos seus possíveis mecanismos de ação é um efeito de sequestro (“lipid sink”) ou de modulação farmacocinética. Existem relatos de benefício do seu uso em intoxicações pela ivermectina, um antiparasitário lipofílico sem antídoto que tem como principal efeito tóxico sua ação no sistema neurológico. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da ELI na concentração encefálica de ivermectina. Dezoito coelhos Nova Zelândia machos adultos foram distribuídos em três grupos (n=6). Ivermectina (80mg/kg) foi administrada por sonda nasogástrica em todos os animais no momento T0. Os animais do grupo 1 não receberam tratamento, enquanto, após três horas, os do grupo 2 receberam solução ringer lactato e os do 3 receberam ELI 20% (bolus de 2ml/kg seguido de infusão contínua na taxa de 0,25ml/kg/min durante 60 minutos em ambos os grupos). Duas horas após o término da infusão, os animais foram eutanasiados com tiopental (100mg/kg, IV). O encéfalo foi coletado para realização da extração pela metodologia de QuEChERS modificado e posterior leitura com HPLC/MS/MS para quantificação da ivermectina tecidual. Não houve diferença estatística na concentração encefálica do antiparasitário entre os grupos. O resultado obtido sugere que os tratamentos realizados não alteram no período observado a concentração encefálica de ivermectina. É possível, porém, que o intervalo de duas horas entre o fim da infusão e a eutanásia tenha sido curto para a observação de um efeito de modulação farmacocinética ou de “lipid sink”. Palavras-chave: Avermectina. Intoxicação. Lipofílico. Fonte de financiamento: CAPES, CNPQ, FAPEMIG Protocolo de Ética: CEUA 369/2014
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EFEITO PROTETOR DAS CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS OU DANTROLENE EM RATOS WISTAR COM DISSINERGIA DETRUSOR-ESFÍNCTER PÓSTRAUMA ESPINHAL AGUDO Iraci Cordeiro de Oliveira Neta 1*, Juneo Freitas Silva 2, Thatyane Carla de Lima 1, Márcia Bersane Araújo de Medeiros Torres 3, Stephanie Caroline Gueiros Silva 4, Saulo Romero Felix Gonçalves 5, Bernardo De Caro Martins 6, Eliane Gonçalves de Melo 7, Bruno Benetti Junta Torres 2 *Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Garanhuns, iracioliveira.id@hotmail.com 1234567-
Graduanda UFRPE/UAG, PE-Brasil. Professor UESC, BA-Brasil. Professor UFRPE/UAG, PE-Brasil. Doutoranda UFRPE, PE-Brasil. Residente URRPE, PE-Brasil MV Autônimo, Belo Horizonte, MG-Brasil Docente EV-UFMG, MG-Brasil
O
s distúrbios da micção são uma das principais sequelas do trauma espinhal agudo (TEA), que compromete a qualidade de vida de seres humanos e, muitas vezes, determinam a eutanásia de animais de companhia. Uma das metas no tratamento do TEA consiste na reversão dos eventos secundários que levam à neurodegeneração e déficits funcionais, como a dissinergia detrusor-esfíncter (DDE). A recuperação miccional é fundamental para melhorar a qualidade de vida do paciente plégico. Objetivou-se investigar os efeitos do dantrolene (DAN) e das células-tronco mesenquimais (CTM) nas lesões estruturais das vesículas urinárias de ratos com DDE, 30 dias após o TEA. Foram utilizadas 25 bexigas de ratos Wistar, machos com três meses de idade, divididos nos grupos CTM, CTM+DAN, DAN, controle positivo (CP - trauma e placebo) e controle negativo (CN - sem trauma e placebo). Utilizou-se o software ImageJ® para avaliação quantitativa das áreas ocupadas por músculo liso detrusor das vesículas urinárias coradas com tricrômio de Masson. Animais com DDE pós TEA apresentaram redução das áreas de músculo liso. Nos animais dos grupos CTM e DAN a quantidade de musculatura lisa foi significativamente maior que nos do grupo CP (p<0,01), sendo que o grupo CTM não diferiu do CN (p>0,05). Não houve ação sinérgica entre CTM e DAN, entretanto esse grupo (CTM+DAN) não diferiu dos grupos CTM, DAN e CP (p>0,05). Conclui-se, pela primeira vez, que as CTM e o DAN, são protocolos eficientes para proteger o músculo detrusor contra as lesões da dissinergia detrusor-esfíncter, decorrentes do trauma espinhal agudo. Palavras-chave: bexiga urinária neurogênica, transplante de células-tronco mesenquimais, dantrolene, Protocolo de Ética: nº46/2012
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ESTUDO BIOMECÂNICO DA COLUNA VERTEBRAL DE CÃES DA RAÇA DACHSHUND APÓS CORPECTOMIA LATERAL PARCIAL ISOLADA E SUAS ASSOCIAÇÕES COM PEDICULECTOMIA E HEMILAMINECTOMIA Bruno Martins Araújo 1*, Durval Baraúna Junior 2, Nadyne Lorrayne Farias Cardoso Rocha 3, Pedro Henrique Novaes Cardoso 4, Nelson Cárdenas Oliver 5, Ieverton Cleiton Correia da Silva 6, Leonardo Moreira de Oliveira 6, Eduardo Alberto Tudury 7 *Universidade Federal do Piauí, bmaraujo85@hotmail.com 1 2 3 4 5 6 7
Médico Veterinário Cirurgião UFPI, PI - Brasil. Professor UNIVASF, PE – Brasil. Residente UFPI, PI – Brasil. Mestrando UNIVASF, BA – Brasil. Professor UNIVASF, BA – Brasil. Doutorando UFRPE, PE – Brasil. Professor UFRPE, PE – Brasil.
O
bjetivou-se comparar, em 10 cadáveres de cães Dachshund, as técnicas de corpectomia lateral parcial (CLP), CLP associada à pediculectomia (CLP+P) e CLP associada à pediculectomia e hemilaminectomia (CLP+P+H), verificando-se o nível de deslocamento versus força durante a realização dos movimentos de rotação, flexão, extensão, flexão lateral e compressão, para estabelecer se há diferença significante entre as técnicas na referida raça. Em todas as analises, as médias do deslocamento foram menores na avaliação antes dos procedimentos descompressivos (Normal), seguidas com acréscimos das médias da CLP, CLP+P e CLP+P+H. Para a margem de erro fixada, se comprovou diferenças significantes para cada uma das medidas (p < 0,05) entre as técnicas. Na avaliação das diferenças entre as médias de cada técnica em relação à vertebra normal, as médias foram menores na CLP, seguidas da CLP+H e maiores na CLP+P+H. Nas análises da curva de força versus deslocamento, houve aumento da zona neutra nos movimentos de flexão, flexão lateral e rotação após a realização da CLP e nas associações com as diferentes técnicas descompressivas. Os autores concluíram que a CLP e a associação de CLP+P não promoveu diferença significante em todos os movimentos avaliados e poderiam ser realizadas com poucas consequências clínicas nos cães da raça Dachshund acometidos por discopatia na região lombar. No entanto, a CLP+P+H deve ser realizada com cautela, devido ao aumento significante na amplitude do movimento, que poderia gerar instabilidade vertebral, em curto ou longo prazo. Portanto, se essa associação for necessária, recomendar-se, por precaução, que seja realizada estabilização vertebral. Palavras-chave: Sistema nervoso, coluna vertebral, hérnia de disco. Fonte de Financiamento: Capes Protocolo de Ética nº 133/2015.
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ESTUDO BIOMECÂNICO DA UTILIZAÇÃO DE PARAFUSOS PEDICULARES MONOAXIAIS NA ESTABILIZAÇÃO DE CORPECTOMIA LATERAL PARCIAL ISOLADA E SUAS ASSOCIAÇÕES COM PEDICULECTOMIA E HEMILAMINECTOMIA, EM CÃES DA RAÇA DACHSHUND Bruno Martins Araújo 1*, Durval Baraúna Junior 2, Nadyne Lorrayne Farias Cardoso Rocha 3, Pedro Henrique Novaes Cardoso 4, Nelson Cárdenas Oliver 5, Marcela Maria de Almeida Amorim 6, Leonardo Moreira de Oliveira 7, Eduardo Alberto Tudury 8 *Universidade Federal do Piauí, bmaraujo85@hotmail.com 1 2 3 4 5 6 7 8
Médico Veterinário Cirurgião UFPI, PI - Brasil. Professor UNIVASF, PE – Brasil. Residente UFPI, PI – Brasil. Mestrando UNIVASF, BA – Brasil. Professor UNIVASF, BA – Brasil. Mestranda UFRPE, PE – Brasil. Doutorando UFRPE, PE – Brasil. Professor UFRPE, PE – Brasil.
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ães e gatos com problemas neurológicos estão sujeitos a várias sequelas e complicações, em decorrência das deficiências motoras, sensoriais e viscerais. O objetivo do presente estudo foi avaliar nessas espécies a frequência do aparecimento de complicações, a epidemiologia, localização da lesão, etiologia e o tempo de sobrevida. Foram acompanhados 100 animais (83 cães e 17 gatos) com doenças neurológicas trazidos para atendimento no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina, entre agosto de 2013 e fevereiro de 2016. Observou-se que 91% dos animais desenvolveram complicações, sendo que as mais frequentes foram atrofia muscular (n=32), retenção urinária (n=24), incontinência urinária (n=24), incontinência fecal (n=17) e feridas de decúbito (n=16). O principal local de lesão associado ao aparecimento das complicações foi a medula espinhal (91,3%) e a principal etiologia foi o trauma vertebromedular (37,3%). O tempo mediano e médio de vida estimado foram, respectivamente, 2 e 7 meses, sendo que as principais causas de óbito ou eutanásia estavam relacionadas ao trauma vertebromedular, trauma cranioencefálico ou doença inflamatória/ infecciosa. O tempo de vida estimado foi menor para animais mais velhos e mais pesados. Embora o índice de sobrevivência dos animais com complicações tenha sido alto, muitos permaneceram com sequelas, indicando que a sobrevivência não significou capacidade funcional normal. Cães e gatos com problemas neurológicos requerem alto grau de atenção do veterinário e de seus tutores, sendo fundamental a orientação a respeito da real expectativa de recuperação e das dificuldades de manejo que poderão ser encontradas no curso da doença. Palavras-chave: veterinária, sistema nervoso, complicações Key-words: veterinary, nervous system, complications, rehabilitation.
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ESTUDO RADIOGRÁFICO DA VARIAÇÃO MORFOLÓGICA E MORFOMÉTRICA DO FORAME MAGNO DE CÃES DE RAÇAS PEQUENAS E TOY. Emílio Leite de Sousa Júnior ¹*, Gildenor Xavier Medeiros ², Renato Otaviano do Rêgo ³, Paulo Vinícius Tertuliano Marinho 4, Iara Macedo de Melo Gomes 5, Suelton Lacerda de Oliveira 6 *Universidade Federal de Campina Grande, emilio_juniorr@hotmail.com 1 2 3 4 5 6
Mestrando UFCG-CSTR, PB- Brasil. Professor UFCG-CSTR, PB- Brasil. Doutorando USP-FMVZ, SP- Brasil. Professor IF Sul de Minas, MG- Brasil. Médica veterinária FOCUS diagnóstico veterinário, PE- Brasil. Médico veterinário residente, UFCG-CSTR, PB- Brasil.
A
malformação do forame magno, conhecida como displasia do occipital é resultado de uma ossificação incompleta da região ventromedial do osso supraoccipital, comumente encontrada em cães de raças pequenas e toy, podendo ser classificada em grau I, II e III. Há uma divergência na literatura quanto a sua repercussão clínica, considerada por alguns autores como patológicas e outros apenas como uma malformação sem importância clínica. O objetivo do presente trabalho foi investigar por meio de estudos radiográficos as variações morfológicas e morfométricas do forame magno de 12 cães de pequeno porte sem alterações neurológicas atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande. Os pacientes foram anestesiados e submetidos à radiografia da região occipital por meio da projeção rostrocaudal. Foi observado que em 75% (9) dos cães havia algum grau de displasia do occipital, e nos outros 25% (3) morfologia normal. A prevalência encontrada no estudo de cães com displasia grau I foi de 58,4 % (7), grau II de 8,3% (1) e grau III (1) 8,3%, enquanto que (3) 25% não apresentaram grau algum de malformação do osso occipital. Concluiu-se, portanto que a observação do entalhe dorsal em projeções radiográficas é apenas um achado de imagem sem importância clínica, sendo considerada uma variação anatômica normal da morfologia do forame magno.
Palavras-chaves: displasia do occipital, raças pequenas, neuroanatomia. Protocolo de Ética nº 298/2015
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ESTUDO RETROSPECTIVO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE CAMINHAR ESPINAL EM CÃES PARAPLÉGICOS COM FRATURAS E LUXAÇÕES VERTEBRAIS TORACOLOMBARES Bruno Martins Araújo 1*, Thaíza Helena Tavares Fernandes 2, Durval Baraúna Junior 3, Marília de Albuquerque Bonelli 4, Marcela Maria de Almeida Amorim 5 e Eduardo Alberto Tudury 6 *Universidade Federal do Piauí, bmaraujo85@hotmail.com 1 2 3 4 5 6
Médico Veterinário Cirurgião UFPI, PI - Brasil. Professora UNINASSAU, PE - Brasil. Professor UNIVASF, PE – Brasil. Médica Veterinária autônoma, PE – Brasil. Mestranda UFRPE, PE – Brasil. Professor UFRPE, PE – Brasil.
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raturas e luxações vertebrais toracolombares (FLVT) são distúrbios graves e desafiadores, devido ao risco de paralisia permanente, levando muitos animais a serem eutanasiados, pelo prognóstico desfavorável nos animais sem nocicepção. Objetivou-se descrever as bases neurofisiológicas responsáveis pelo desenvolvimento do caminhar espinal e analisar, em 37 cães acometidos por FLVT, os dados referentes à taxa de recuperação dos animais com e sem nocicepção. Naqueles sem nocicepção, analisou-se ainda a frequência dos animais que desenvolveram caminhar espinal, diagnosticado pela visualização de secção medular no transoperatória e secção funcional por avaliação clínica, e o período médio para seu aparecimento. Em relação ao grau da lesão e taxas de recuperação, 14/37 animais (37,8%) possuíam nocicepção, onde a taxa de recuperação da deambulação voluntaria e das funções viscerais foi de 100%. Enquanto que 23/37 animais (62,1%) perderam a nocicepção, no qual nenhum recuperou a deambulação voluntária, ocorrendo óbito por causas diversas em sete destes. Dos 16 animais sem nocicepção sobreviventes que foram submetidos ao tratamento cirúrgico e conservativo, cinco (31,25%) readquiriram a capacidade de caminhar (tempo médio de 115 dias) sem recuperar a nocicepção, sendo esta deambulação involuntária atribuída ao caminhar espinal. Destes cinco animais, quatro foram submetidos ao tratamento cirúrgico, que possibilitou visualização de secção medular anatômica transoperatória e um animal foi submetido ao tratamento conservativo, com diagnóstico clínico de secção medular funcional. De acordo com os resultados, o parâmetro isolado da perda da nocicepção não deve desencorajar a terapia, pois em cães paraplégicos com FLVT, há possibilidade de ocorrer desenvolvimento de deambulação involuntária. Palavras-chave: Sistema nervoso, trauma medular, nocicepção. Fonte de Financiamento: Capes Protocolo de Ética nº 023/2012.
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INTOXICAÇÃO POR NERIUM OLEANDER EM COBAIOS Stephanie Elise Muniz Tavares Branco 1*, Ana Flávia Machado Botelho 1, Cláudio Roberto Scabelo Mattoso 2, Benito Soto Blanco 3, Marília Martins Melo 4. *Universidade Federal de Minas Gerais, stephbranco@yahoo.com 1 2 3 4
Doutoranda, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil. Pós-Doutorando, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil. Professor Associado, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil. Professor Titular, Escola de Veterinária, UFMG, Minas Gerais, Brasil.
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m cães da raça Dachshund alterações degenerativas indesejadas nos discos intervertebrais A Nerium oleander (NO) é uma planta ornamental conhecida no Brasil como espirradeira. Sua toxicidade deriva de glicosídeos similares à digoxina cujo mecanismo de ação é o bloqueio da bomba de Na/K/ATPase. Sinais neurológicos são descritos em casos de intoxicação espontânea em cães e pequenos ruminantes devido ao acúmulo dessas substâncias no SNC. O objetivo desse trabalho foi monitorar os sinais neurológicos induzidos pelo extrato hidroalcóolico de NO em cobaios (Cavia porcellus) e correlacionar os achados com a concentração encefálica de oleandrina. O extrato foi feito com folhas maduras com 4,2mg/g de oleandrina. 36 cobaios machos foram distribuídos em três grupos (n=12) recebendo por via oral extrato de NO nas concentrações de 150 mg/kg (G1) e 300 mg/kg (G2) e água ultrapura (G3). Foi realizado contínuo monitoramento clínico por 180 minutos até a morte/eutanásia desses animais, onde o encéfalo foi coletado para mensuração da oleandrina por método de UPLC-MS. Os sinais observados foram apatia, tremores, ataxia, paraparesia e tetraparesia, sendo mais marcantes nos animais do G2. A mensuração de oleandrina no encéfalo demonstrou acúmulo significativo no G2, com 0,3 ppm/g, enquanto o G1 apresentou apenas 0,03 ppm/g. A administração oral de NO causa sinais neurológicos de forma dose-dependente em cobaios, possivelmente devido ao acúmulo de oleandrina no encéfalo desses animais. Em casos de intoxicação por essa planta o exame e monitoramento neurológico se fazem necessários. Palavras-chave: Oleander. Glicosídeos. Neurotoxicidade. Fonte de financiamento: CAPES, FAPEMIG e CNPQ. Protocolo de Ética: CEUA 216/2014
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MENINGOENCEFALITE DE ORIGEM DESCONHECIDA EM CÃES: UM DESAFIO PARA O DIAGNÓSTICO ANTEMORTEM Diego Noé Rodríguez Sánchez 1*, Giovana Boff Araujo Pinto 1, Lidiane da Silva Alves 2, Vânia Maria de Vasconcelos Machado 2, Regina Kiomi Takahira 2, Rogério Martins Amorim 1 *Neurologia Veterinária – Dep. de Clínica Veterinária. Universidade Estadual Paulista (UNESP). diego.noemv@fmvz.unesp.br 1 Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rua Prof Dr. Walter Mauricio Correa, s/n, Botucatu, SP 18618-‐681, Brasil 2 Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinaria e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rua Prof Dr. Walter Mauricio Correa, s/n, Botucatu, SP 18618-681, Brasil
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eningoencefalite de Origem Desconhecida (MUO) é um termo que tem sido utilizado para agrupar as doenças inflamatórias não infecciosas que afetam o sistema nervoso central de cães. Entre os subtipos estão a Meningoencefalomielite Granulomatosa e as Encefalites Necrosantes (Meningoencefalite Necrosante e Leucoencefalite Necrosante), que apresentam pouca variabilidade clínica entre si, dificultando o diagnóstico antemortem apenas pelos sinais clínicos. Este trabalho descreve os achados do exame neurológico, análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) e imagens de Ressonância Magnética (RM) de cães com suspeita de MUO. Para seleção dos casos suspeitos foram utilizados como critérios de inclusão: cães com idade superior a 6 meses, presença de sinais multifocais progressivos, e ausência de doenças infecciosas. Entre os 210 casos analisados, 20 preencheram os critérios de inclusão estabelecidos. A forma multifocal com envolvimento cérebrocortical e do tronco cerebral representou 75% dos casos. 70% apresentaram proteinorraquia com pleocitose linfocítica leve, sendo que 28% apresentaram células plasmáticas. Foram identificadas lesões multifocais hiperintensas em tempos ponderados de T2 e FLAIR (90%), lesões isointensas em T1 (75%), contraste positivo (55%) e realce meníngeo (35%). Em 70% (14/20) houve simultaneamente sinais de inflamação no LCR e nas imagens de RM e pelo menos um sinal clínico de lesão cérebro-cortical. Os resultados indicam que para aumentar a acurácia do diagnóstico antemortem, o clínico deve associar diferentes métodos diagnóstico (exame neurológico, LCR e RM) e descartar as meningoencefalites infecciosas. Contudo, o diagnóstico definitivo da MUO depende dos achados histopatológicos, consistindo-se em enorme desafio para se estabelecer o diagnóstico antemortem. Palavras-chave: Meningoencefalite de causa desconhecida, Meningoencefalite necrosante, Meningoencefalite granulomatosa. Fonte de financiamento: Os autores não receberam apoio financeiro de pesquisa
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NEUROMIOPATIA ISQUÊMICA EM CINCO CÃES (2008-2016) Angel Ripplinger 1, Samanta Simon 2, Julia Rauber 2, Mathias R. Wrzesinski 2, Flavia S. da Luz 1, Rafael O. Chaves 1, Graciane Aiello 1*, Dakir Polidoro 1, Glaucia D. Kommers 3, Rafael A. Fighera 3, Alexandre Mazzanti 3 Universidade Federal de Santa Maria, graiello@hotmail.com 1 Discente de Pós-graduação, UFSM, RS-Brasil 2 Discente de Graduação, UFSM, RS-Brasil 3 Professor UFSM, RS-Brasil
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ealizou-se um estudo retrospectivo da localização da lesão e dos diagnósticos baseados no sistema DAMNIT-V de cães atendidos com afecções neurológicas. Foram revisadas as fichas clínicas de cães do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras, no período de 2011 a 2013. Com base no exame neurológico realizou-se o diagnóstico neuroanatômico das lesões: prosencéfalo, tronco encefálico, cerebelo, segmentos espinhais (C1-C5, C6-T2, T3-L3 e L4-S3), sistema nervoso periférico (SNP) ou lesão multifocal. Foram atendidos 41 cães, sendo 26 fêmeas (63,41%) e 15 machos (36,58%), com média de idade de 5 anos e 7 meses, e peso médio de 16,8kg. Os cães sem raça definida foram os mais prevalentes (14/41 [34,14%]), seguidos por Pinscher (4/41 [9,75%]); Boxer, Dálmata, Pastor e Rottweiler (3/41 [7,31%]) cada; Border Collie, Poodle e Pug (2/41 [4,87%]) cada; e Beagle, Dobermann, Dachshund, Labrador e Yorkshire (1/41 [2,43%]) cada. A lesão multifocal foi a mais observada (15/41 [36,58%]); seguida de prosencéfalo (9/41 [21,95%]), SNP (6/41 [14,63%]), C6-T2 (4/41 [9,75%]), tronco encefálico (3/41 [7,31%]), L4-S3 (2/41 [4,87%]), C1-C5 (1/41 [2,43%]) e T3-L3 (1/41 [2,43%]). A maioria das lesões foram de origem traumática (12/41 [29,26%]), infecciosa/infamatória (10/41 [24,39%]), neoplásica (8/41 [19,51%]), degenerativa (4/41 [9,75%]), idiopática (4/41 [9,75%]), e metabólica, tóxica e vascular (1/41 [2,43%]) cada. A localização das lesões é imprescindível para a utilização do sistema DAMNIT-V, que orienta no descarte/confirmação de diagnósticos diferenciais, solicitação de exames complementares e implementação de terapia. Levantamentos retrospectivos são importantes ferramentas para avaliar a distribuição epidemiológica de determinadas afecções e permitir comparações entre diferentes estudos. Palavras-chave: estudos epidemiológicos, neurolocalização, sistema DAMNIT-V, cães. Key-words: epidemiological studies, neurolocalization, DAMMIT-V system, dogs.
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PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO NO BRASIL SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE NEUROLOGIA VETERINÁRIA: 2013-2017 Iraci Cordeiro de Oliveira Neta 1, Bruno Benetti Junta Torres 2* Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Garanhuns, brunobjtorres@yahoo.com.br 1 Graduanda UFRPE/UAG, PE-Brasil. 2 Professor Adjunto, UFRPE/UAG, PE-Brasil.
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bjetivou-se avaliar conhecimentos básicos de neurologia veterinária dos alunos de diferentes programas de pós-graduação em clínica e cirurgia de pequenos animais, no período de 2013 a 2017. Os alunos responderam a um questionário com cinco perguntas, cujos conceitos estão consolidados na literatura corrente, dentre elas: 1) qual a divisão macroestrutural do sistema neural? 2) quais as etapas do exame neurológico? 3) qual a diferença entre os termos crise epiléptica, convulsão e epilepsia? 4) como diferenciar clinicamente pacientes com síndrome vestibular periférica ou central? 5) qual a localização e funções dos neurônios motores superiores e inferiores envolvidos na marcha? As respostas foram classificadas como correta, incompleta, incorreta, ou não sabe. Quatrocentas pessoas, de 11 cidades em oito estados brasileiros, responderam os questionários, sendo 73% mulheres e 27% homens. Nas questões que envolveram conhecimento anatômico (1) e semiológico (2) somente 1% e 2%, respectivamente, responderam de forma correta. A falta desses conhecimentos pode interferir na avaliação neurológica e localização da lesão, comprometendo a conduta clínico-cirúrgica e prognóstico do paciente. Não houve respostas corretas para as questões 3 e 4, sendo que, na questão 5 somente 2% responderam corretamente. Isso demonstra a falha conceitual de alunos graduados acerca das principais afecções neurológicas atendidas na rotina, como crises epilépticas e epilepsia, vestibulopatias e encefalopatias/mielopatias/neuropatias. Com isso, pode-se identificar um importante déficit na malha curricular dos cursos de graduação, que negligenciam o ensino da neurologia veterinária. Sugere-se, portanto, a inserção desta relevante especialidade no ensino da Medicina Veterinária no Brasil.
Palavras-chave: avaliação educacional; neurologia; medicina veterinária
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REGENERAÇÃO DE NERVO PERIFÉRICO INDUZIDA POR TRANSPLANTE DE CÉLULAS ESTROMAIS MESENQUIMAIS MULTIPOTENTES CANINAS E MURINAS Diego Noé Rodríguez Sánchez 1*, Giovana Boff Araujo Pinto 1, Matheus Bertanha 2, Elenice Deffune 3, Rogério Martins Amorim 1 *Neurologia Veterinária – Dep. de Clínica Veterinária. Universidade Estadual Paulista (UNESP). diego.noemv@fmvz.unesp.br 1 Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rua Prof Dr. Walter Mauricio Correa, s/n, Botucatu, SP 18618-681, Brasil. 2 Departamento de Cirurgia e Ortopedia, Laboratório Vascular, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), SP, Brasil. 3 Laboratorio de Engenharia Celular, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), SP, Brasil.
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pós a transecção de nervos periféricos a recuperação é incompleta devido à degeneração axonal. Manter o microambiente permissivo é essencial para a adequada regeneração nervosa. As células estromais mesenquimais multipotentes derivadas do tecido adiposo (CEMM-TA) mostram grande potencial neuroregenerativo e antiinflamatório. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos das CEMM-TA caninas e murinas na regeneração do nervo ciático em ratos. Ratos Wistar foram selecionados: Grupo controle – não submetidos a neurotmese (GC, n=8), grupo veia descelularizada (GV, n=8); grupo veia descelularizada + CEMM caninas (CEMMc, n=8), grupo veia descelularizada + CEMM murinas (CEMMm, n=8). Após a neurotmese com 10mm de fenda foi realizada a técnica de tubulação com veia descelularizada preenchida com 1x106 CEMM. Foram realizadas medições do índice funcional do nervo ciático (IFNC), eletroneuromiografia (ENMG), morfometria e imunoistoquímica dos nervos periféricos. No geral, os grupos CEMMm e CEMMc apresentaram melhores resultados do que o GV. O IFNC na 3º semana (p<0,011) e 4º semana (p<0,020) foi significativamente melhor nos grupos CEMMm e CEMMc, assim como a latência (m/s), a amplitude (mV) e a densidade e número de fibras nervosas. Houve imunoreatividade positiva com forte expressão da proteína de células de Schwann (S-100) nos nervos dos grupos CEMMm e CEMMc. Porém, na 4º semana as CEMM-TA murinas evidenciaram melhores resultados funcionais e eletrofisiológicos do que as CEMM-TA caninas. Apesar dos resultados positivos no processo de regeneração após lesão experimental por neurotmese, novos estudos devem ser realizados utilizando-se outros modelos experimentais antes do uso da terapia celular em lesões traumáticas de nervos periféricos em cães. Palavras-chave: nervo ciático, regeneração nervosa, terapia celular Protocolo de Ética: Comitê de ética de experimentação animal (CEUA) da Faculdade de Medicina de Botucatu, FMB-PE-2/2015.
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SONDA URETRAL FLEXÍVEL COMO MÉTODO ALTERNATIVO PARA AFERIÇÃO INVASIVA DA PRESSÃO INTRACRANIANA EM TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO INDUZIDO EM COELHOS Graciane Aiello 1*, Amanda Oliveira de Andrades 1, Angel Ripplinger 1, Dênis Antônio Ferrarin 1, Júlia da Silva Rauber 2, André Vasconcelos Soares 3, Alexandre Mazzanti 3 *Universidade Federal de Santa Maria, graiello@hotmail.com 1 Discente de Pós-graduação, UFSM, RS-Brasil. 2 Discente de Graduação, UFSM, RS-Brasil. 3 Professor UFSM, RS-Brasil.
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monitorização da pressão intracraniana (PIC) é rotineira em humanos, porém pouco realizada em pacientes veterinários. Vários são os motivos, mas o principal é o custo dos métodos empregados, sendo necessária a busca por métodos alternativos. O objetivo deste estudo foi utilizar a sonda uretral flexível como método alternativo para aferição da PIC em coelhos com trauma cranioencefálico (TCE) induzido pelo cateter de Fogarty 4Fr e comparar os dados obtidos com o método convencional de cateter de ventriculostomia. Foram utilizados 12 coelhos, machos, adultos, distribuídos aleatoriamente em dois grupos, denominados G1: mensuração da PIC com cateter de ventriculostomia (n=6) e G2: mensuração com sonda uretral (n=6). Foram realizadas duas craniotomias na região parietal direita e esquerda para a implantação do cateter de ventriculostomia ou sonda uretral flexível e o balão epidural, respectivamente. A PAM, a PPC, a FC, a FR e a TR foram mensurados antes e após a craniotomia. A PIC foi avaliada após a craniotomia e a cada 10 minutos depois do preenchimento do balonete com 0,3mL de NaCl 0,9%, durante 40 minutos, e com 0,6mL, pelo mesmo período de tempo, totalizando 80 minutos. A PIC aumentou em ambos os grupos, sendo menores os valores registrados com a sonda uretral. Foi possível reproduzir o aumento da PIC com o modelo experimental de TCE utilizando o cateter de Fogarty 4 Fr na região epidural e, embora haja a necessidade de outros estudos, a sonda uretral flexível demonstra ser um método alternativo de mensuração da PIC em coelhos com TCE. Palavras-chave: Cateter de ventriculostomia. Cirurgia. Neurologia. Protocolo de Ética nº 045/2014
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TRATAMENTO CLÍNICO OU CIRÚRGICO EM CÃES PARAPLÉGICOS SEM DOR PROFUNDA HÁ MAIS DE 48 HORAS POR EXTRUSÃO DE DISCO INTERVERTEBRAL (HANSEN TIPO I) TORACOLOMBAR Rafael Oliveira Chaves 1*, Dakir Nilton Polidoro Neto 2, Angel Ripplinger 2, Marcelo Luis Schwab 2, Mathias Wrzesinski 2, Alexandre Mazzanti 3 *Universidade de Caxias do Sul, rafaelochaves@hotmail.com 1 Professor Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul, RS, Brasil. 2 Aluno de Pós Graduação em Clínica e Cirurgia Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - Santa Maria, RS, Brasil. 3 Professor Departamento de Clínica de Pequenos Animais - UFSM, Santa Maria, RS, Brasil.
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extrusão do disco intervertebral é uma das causas mais comuns de alterações neurológicas em cães. A cirurgia descompressiva em cães paraplégicos sem nocicepção após 48 horas permite retorno à deambulação. No entanto, também se observou recuperação clínica satisfatória em cães na mesma condição submetidos à terapia conservadora, o que gerou dúvida sobre a necessidade da cirurgia descompressiva após esse período. O objetivo deste trabalho foi avaliar a recuperação funcional de 37 cães paraplégicos sem nocicepção por mais de 48 horas acometidos de extrusão de disco intervertebral toracolombar submetidos ao tratamento clínico ou cirúrgico. De acordo com a terapia instituída, cada grupo foi redistribuído em três subgrupos de acordo com a duração da perda de nocicepção, denominados de subgrupo I para cães com ausência de nocicepção entre dois e sete dias; II com perda entre oito e quinze dias e III acima de quinze dias. Dos 17 cães tratados clinicamente, nove (52,9%) apresentaram recuperação funcional satisfatória, um (5,9%) recuperação satisfatória sem dor profunda (andar espinhal) e sete (41,2%) insatisfatória. Já dos 20 cães submetidos ao tratamento cirúrgico, 10 (50%) apresentaram recuperação funcional satisfatória, três (15%) recuperação satisfatória sem dor profunda (andar espinhal) e sete (35%) insatisfatória. Não foi observada diferença significativa em relação à recuperação funcional entre cães submetidos ao tratamento clínico ou cirúrgico. Esses resultados demonstram que, independente do tratamento clínico ou cirúrgico, poderá ocorrer recuperação funcional satisfatória de cães paraplégicos sem percepção a dor profunda há mais de 48 horas e ocasionada por extrusão de disco intervertebral toracolombar. Palavras-chave: neurologia, medula espinhal, doença do disco intervertebral, nocicepção, animais de companhia. Fonte de Financiamento: CNPq Protocolo de Ética nº 3107060816
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