Simpósio Internacionais ABNV 2018

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Anais - Simpósios Internacionais da ABNV | 2018 (Associação Brasileira de Neurologia Veterinária)

EditorEs / publishErs Arthur de Vasconcelos paes barretto editor@editoraguara.com.br CRMV-MG 10.684 - www.crmvmg.org.br

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células nervosas

Clínica Veterinária é uma revista técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos veterinários de pequenos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilhadas pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes.

contato Editora Guará Ltda. Dr. José Elias 222 - Alto da Lapa 05083-030 São Paulo - SP, Brasil Central de assinaturas: cvassinaturas@editoraguara.com.br Telefone: (11) 98250.0016 Whats App: (11) 3835-4555

Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora. A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária.

clínica Veterinária, Ano XXIII, suplemento, 2018


suplemento

Expediente

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ABNV: mensagem do presidente

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Simpósios Internacionais: palestrantes

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Consultores científicos / revista Clínica Veterinária

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Instruções para envios de artigos para a revista Clínica Veterinária

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Análise do líquido cerebroespinhal em cães atendidos com afecções neurológicas em um hospital veterinário universitário. Estudo retrospectivo de 145 casos 14 Alterações comportamentais associadas a senilidade em felinos 15 Uso de corticóide em afecções neurológicas: como os cães chegam referidos a um especialista? 16 Resultados preliminares sobre o uso de um monitor não-invasivo da pressão intracraniana em cães e gatos 17 Protocolos analgésicos no pós-operatório de cães com doença do disco intervertebral (Hansen tipo I) submetidos à hemilaminectomia 18 Proposta de sequenciamento das projeções mielográficas na identificação de compressão da medula espinhal cervical em cães com doença do disco intervertebral 19 Nível de concordância do exame termográfico em cães acometidos por fratura ou luxação crônica em coluna toracolombar 20 Estudo retrospectivo da discoespondilite em cães (2009-2018) 21 Estudo retrospectivo de neoplasias intracranianas em cães no hospital veterinário da Universidade Vila Velha, no período de 2002 a 2018 22 Efeito da temperatura de polimerização do cimento ósseo na medula espinhal de ratos wistar 23 Desenvolvimento de um protótipo de cage intervertebral lombossacro para cães 24 Caracterização das afecções neurológicas de cães referidos ao hospital veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Seropédica, RJ) 25 Análise microRNAs em cães com crises epiléticas – estudo preliminar 26 Comparação anatômica, radiográfica, tomográfica e volumétrica do crânio e junção craniocervical de cães neurologicamente normais com e sem displasia do occipital 27 Correlação entre as imagens de ressonância magnética e os achados histológicos de neoplasmas no sistema nervoso central de cães 28

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Anais - Simpósios Internacionais da ABNV | 2018 (Associação Brasileira de Neurologia Veterinária)

MENSAGEM DO PRESIDENTE Caro colega

É

com grande felicidade que apresento a vocês os anais do quarto simpósio da Associação Brasileira de Neurologia Veterinária (ABNV). Seguindo o caminho traçado 6 anos atrás, este ano estamos organizando dois eventos com temas altamente relevantes a neurologia veterinária brasileira. O simpósio de neurologia clínica dará ênfase a neuro-oncologia e neuro-geriatria, devido a grande relevância e frequência dos casos oncológicos e degenerativos. Além do simpósio de neurologia clínica, teremos um simpósio avançado de neuroanatomia e neurofisiologia aplicadas Esse tema ainda não havia sido contemplado em nossos simpósios, mas é uma competência fundamental para o exercício da neurologia veterinária. Para tal, teremos a felicidade de contar com dois renomados palestrantes internacionais, o Dra Christine Thomson da Universidade do Alaska nos Estados Unidos (EUA), e o dr. Curtis Dewey, da Universidade de Cornell, Nova Iorque, nos EUA. Contaremos também com a presença do dr. Leila Chimelli da Escola de Medicina da UFRJ, do dr. Stevens Rehen também da UFRJ, e deste que vos escreve. A organização desses simpósios é fruto de muito trabalho e para tal gostaria muito de agradecer todos membros da diretoria que trabalharam e trabalham de forma incansável para o sucesso desse e de todos outros simpósios. Gostaria de agradecer também a Andrea Sanchez e equipe pelo trabalho de organização, e aos nossos parceiros, a Agener União, o CRMV-RJ, a Boheringer, o CRV, a Cães e Gatos, e a revista Clínica Veterinária pelo apoio. Finalmente gostaria de agradecer a todos os palestrantes e participantes pela confiança, podem ter certeza que nosso objetivo é sempre organizar eventos de altíssimo nível para avançar a neurologia e a medicina veterinária brasileira. Saudações neurológicas! Ronaldo Casimiro da Costa MV, MSc, PhD, Dipl. ACVIM – Neurologia Presidente da Associação Brasileira de Neurologia Veterinária

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Palestrantes Curtis W. Dewey, DVM, MS, DACVS, DACVIM (Neurologia) Professor Associado e Chefe da Seção de Neurologia/Neurocirurgia da Cornell University O Dr. Dewey foi professor de neurologia na Texas A&M University (1995-2001) e neurologista do Hospital Veterinário Long Island Veterinary Specialists (2001-2006) antes de retornar para a Cornell University como professor e chefe do serviço de neurologia e neurocirurgia. Além de ser autor e coautor de inúmeros artigos científicos e muitos capítulos de livros, ele é palestrante reconhecido nacional e internacionalmente. Ele é co-editor do livro “Dewey e da Costa – Neurologia Canina e Felina – guia prático”. É membro do conselho editorial de uma série de revistas veterinárias (Veterinary Surgery, Journal of the American Animal Hospital Association, Compendium on Continuing Education for the Practicing Veterinarian) e revisor ad hoc de muitos outros periódicos. O Dr. Dewey foi membro do Residency Training Committee do ACVIM Neurologia (2005-2008; presidente do comitê de 2007- 2008) e da Taskforce on Neurosurgical Training of Neurology Residents do ACVIM (2004-2010; presidente do comitê de 2007-2010). Além disso, o Dr. Dewey é consultor da VIN (Veterinary Information Network) desde 2004. Também atende regularmente no Hospital Long Island Veterinary Specialists e no Veterinary Specialists & Emergency Service de Rochester. É membro não só do Conselho Diretivo da New York Veterinary Foundation desde 2008, mas também do AVMA e VECCS (Veterinary Emergency and Critical Care Society). As principais áreas de pesquisa do Dr. Dewey incluem novas terapias anticonvulsivantes e o tratamento cirúrgico de distúrbios encefálicos congênitos. 8

Recentemente, o Dr. Dewey recebeu um prêmio de grande prestígio, o ACVECC (American College of Veterinary Emergency and Critical Care) Jack Mara Scientific Achievement da Hills de 2014. Christine Thomson, DVM, PHD, DACVIM, DECVN University of Alaska Fairbanks, Department of Veterinary Medicine A Dra. Thomson obteve o BVSc (Hons) em Melbourne (1983) e O PHD em Glasgow em (1992), onde estudou a “influência axonal na expressão de genes de células

de Schwann”. Ela se tornou Dip ACVIM (Neurologia) em 1995 e Dip ECVN em 1999. Ela ensinou Veterinária Geral e Neuroanatomia nas Escolas Veterinárias de Melbourne e Glasgow e de 2006 a 2012 na Massey University veterinary school. De 2012 a 2015 trabalhou tanto para a Associação Veterinária da Nova Zelândia como diretora acadêmica quanto para Massey como professora adjunta em neurologia clínica. A Dra. Thomson atualmente trabalha como Professora Associada de Medicina Veterinária na University of Alaska e é afiliada à Colorado State University Veterinary School. Ela ensina neurobiologia e neurologia clínica a estudantes de veterinária, estagiários e residentes. Ela é a autora de Neuroanatomia Veterinária: uma Abordagem Clínica (Thomson e Hahn 2012). Os seus interesses de pesquisa incluem neurobiologia da mielina de mamíferos, cultura de células neurais e formação de mielina.

Clínica Veterinária, Ano XXIII, suplemento, 2018

Ronaldo Casimiro da Costa, MV, MSc, PhD, Dipl. ACVIM – Neurology Antes de assumir o serviço de neurologia e neurocirurgia na The Ohio State University em 2008, o Dr. Ronaldo foi profes-


sor na Universidade Federal do Paraná (Campus Palotina) de 1997-2008, a mesma universidade onde ele se formou em medicina veterinária. Depois disso, o Dr. Ronaldo obteve o título de mestre em cirurgia pela Universidade Federal de Santa Maria e, posteriormente, fez sua residência em neurologia e neurocirurgia e PhD no Ontario Veterinary College, University of Guelph no Canadá. Além de ser autor e coautor de dezenas de artigos científicos e diversos capítulos em livros de referência, ele também foi editor convidado da Veterinary Clinics of North America Small Animal Practice sobre doenças da coluna vertebral e medula espinhal, e é co-editor do livro “Dewey e da Costa – Neurologia Canina e Felina – guia prático”. O Dr. Ronaldo tem uma atuação profissional ativa, servindo a profissão como membro do ACVIM, AVMA e outras associações internacionais, além de ser o Presidente fundador e atual da Associação Brasileira de Neurologia Veterinária. Ele não só lidera um serviço clínico muito ativo, mas também é coordenador de um programa multidisciplinar de pesquisa que investiga várias doenças medulares, principalmente a síndrome de Wobbler. Ao longo de sua carreira, ele recebeu mais de 30 prêmios por excelência acadêmica em pesquisa e em ensino. O Dr. Ronaldo é conferencista frequente em congressos tanto nacionais como internacionais e tem um imenso prazer em ensinar. Ele foi condecorado com 12 prêmios de excelência didática, incluindo o Pfizer Norden Excellence in Teaching Award (a premiação máxima em ensino universitário nos EUA) e recebeu por duas vezes o prêmio por Excelência Didática na Pós-graduação na Ohio State University. O Dr. Ronaldo também teve a honra de ser finalista de seleção do prêmio de melhor professor de medicina veterinária dos EUA. Stevens Rehen Neurocientista brasileiro, especializado em pesquisas com

células-tronco. Diretor de pesquisa do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e professor titular do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ. Também é Membro do Comitê Científico do Museu do Amanhã, Membro do Conselho Científico do Instituto Serrapilheira, Membro da Câmara Técnica para Terapias Avançadas da ANVISA, Embaixador ASAPbio, Chair do Comitê Brasileiro da Pew Charitable Trust Latin American Program in the Biomedical Sciences, Membro da Academia de Ciências da América Latina e Membro Afiliado da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS). Rehen atua também em Divulgação Científica. Publicou mais de 200 textos na Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, UOL, G1, Instituto Ciência Hoje etc. Participou como entrevistado e/ou divulgador de ciência em diversos programas na TV Globo, Discovery Channel, Futura, TV Brasil, Band e SBT. Foi apresentador de programas de entrevistas com cientistas na internet e de uma coluna semanal ao vivo sobre ciência na Globo News. Possui livro publicado para o grande público sobre o tema células-tronco. É coordenador científico da ArtBio, projeto multidisciplinar que visa democratizar ciência através da perspectiva artística. É colunista do programa Conversa com Bial (TV Globo), colunista da Scientific American Brasil e realiza palestras no Brasil e no exterior. Leila Maria Cardao Chimelli Médica Patologista especializada em Neuropatologia Doutorado na Universidade de Londres Pós-doutorado na Universidade de Paris Livre-Docência na Universidade de São Paulo Prof. Titular – Universidade Federal do Rio de Janeiro Coordenadora do Laboratório de Neuropatologia do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer.

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CONSULTORES CIENTÍFICOS Adriano B. Carregaro FZEA/USP-Pirassununga

Berenice A. Rodrigues Médica veterinária autônoma

Elba Lemos FioCruz-RJ

Hector Daniel Herrera FCV/UBA

Álan Gomes Pöppl FV/UFRGS

Camila I. Vannucchi FMVZ/USP-São Paulo

Eliana R. Matushima FMVZ/USP-São Paulo

Hector Mario Gomez EMV/FERN/UAB

Alberto Omar Fiordelisi FCV/UBA

Carla Batista Lorigados FMU

Elisangela de Freitas FMVZ/Unesp-Botucatu

Hélio Autran de Moraes Dep. Clin. Sci./Oregon S. U.

Alceu Gaspar Raiser DCPA/CCR/UFSM

Carla Holms Anclivepa-SP

Estela Molina FCV/UBA

Hélio Langoni FMVZ/UNESP-Botucatu

Alejandro Paludi FCV/UBA

Carlos Alexandre Pessoa www.animalexotico.com.br

Fabian Minovich UJAM-Mendoza

Heloisa J. M. de Souza FMV/UFRRJ

Alessandra M. Vargas Endocrinovet

Carlos E. Ambrosio FZEA/USP-Pirassununga

Fabiano Montiani-Ferreira FMV/UFPR

Herbert Lima Corrêa ODONTOVET

Alexandre Krause FMV/UFSM

Carlos E. S. Goulart EMATER-DF

Fabiano Séllos Costa DMV/UFRPE

Alexandre G. T. Daniel Universidade Metodista

Carlos Roberto Daleck FCAV/Unesp-Jaboticabal

Fabio Otero Ascol IB/UFF

Iara Levino dos Santos Koala H. A. e Inst. Dog Bakery

Alexandre L. Andrade CMV/Unesp-Aracatuba

Carlos Mucha IVAC-Argentina

Fabricio Lorenzini FAMi

Alexander W. Biondo UFPR, UI/EUA

Cassio R. A. Ferrigno FMVZ/USP-São Paulo

Felipe A. Ruiz Sueiro VETPAT

Aline Machado Zoppa FMU/Cruzeiro do Sul

Ceres Faraco FACCAT/RS

Fernando C. Maiorino FEJAL/CESMAC/FCBS

Aline Souza UFF

César A. D. Pereira UAM, UNG, UNISA

Fernando de Biasi DCV/CCA/UEL

Aloysio M. F. Cerqueira UFF

Christina Joselevitch FMVZ/USP-São Paulo

Fernando Ferreira FMVZ/USP-São Paulo

Ana Claudia Balda FMU, Hovet Pompéia

Cibele F. Carvalho UNICSUL

Filipe Dantas-Torres CPAM

Ananda Müller Pereira Universidad Austral de Chile

Clair Motos de Oliveira FMVZ/USP-São Paulo

Flávia R. R. Mazzo Provet

Ana P. F. L. Bracarense DCV/CCA/UEL

Clarissa Niciporciukas ANCLIVEPA-SP

Flavia Toledo Univ. Estácio de Sá

André Luis Selmi Anhembi/Morumbi e Unifran

Cleber Oliveira Soares EMBRAPA

Flavio Massone FMVZ/Unesp-Botucatu

Angela Bacic de A. e Silva FMU

Cristina Massoco Salles Gomes C. Empresarial

Francisco E. S. Vilardo Criadouro Ilha dos Porcos

Antonio M. Guimarães DMV/UFLA

Daisy Pontes Netto FMV/UEL

Francisco J. Teixeira N. FMVZ/Unesp-Botucatu

Aparecido A. Camacho FCAV/Unesp-Jaboticabal

Daniel C. de M. Müller UFSM/URNERGS

F. Marlon C. Feijo UFERSA

A. Nancy B. Mariana FMVZ/USP-São Paulo

Daniel G. Ferro ODONTOVET

Franz Naoki Yoshitoshi Provet

Jorge Guerrero Universidade da Pennsylvania

Arlei Marcili FMVZ/USP-São Paulo

Daniel Macieira FMV/UFF

Gabriela Pidal FCV/UBA

José de Alvarenga FMVZ/USP

Aulus C. Carciofi FCAV/Unesp-Jaboticabal

Denise T. Fantoni FMVZ/USP-São Paulo

Gabrielle Coelho Freitas UFFS-Realeza

Jose Fernando Ibañez FALM/UENP

Aury Nunes de Moraes UESC

Dominguita L. Graça FMV/UFSM

Geovanni D. Cassali ICB/UFMG

José Luiz Laus FCAV/Unesp-Jaboticabal

Ayne Murata Hayashi FMVZ/USP-São Paulo

Edgar L. Sommer PROVET

Geraldo M. da Costa DMV/UFLA

José Ricardo Pachaly UNIPAR

Beatriz Martiarena FCV/UBA

Edison L. P. Farias UFPR

Gerson Barreto Mourão ESALQ/USP

José Roberto Kfoury Jr. FMVZ/USP

Benedicto W. De Martin FMVZ/USP; IVI

Eduardo A. Tudury DMV/UFRPE

Hannelore Fuchs Instituto PetSmile

Juan Carlos Troiano FCV/UBA

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Clínica Veterinária, Ano XXIII, suplemento, 2018

Iaskara Saldanha Lab. Badiglian Idael C. A. Santa Rosa UFLA Ismar Moraes FMV/UFF Jairo Barreras FioCruz James N. B. M. Andrade FMV/UTP Jane Megid FMVZ/Unesp-Botucatu Janis R. M. Gonzalez FMV/UEL Jean Carlos R. Silva UFRPE, IBMC-Triade João G. Padilha Filho FCAV/Unesp-Jaboticabal João Luiz H. Faccini UFRRJ João Pedro A. Neto UAM Jonathan Ferreira Odontovet


Juliana Brondani FMVZ/Unesp-Botucatu Juliana Werner Lab. Werner e Werner Julio C. C. Veado FMVZ/UFMG Julio Cesar de Freitas UEL Karin Werther FCAV/Unesp-Jaboticabal Leonardo D. da Costa Lab&Vet Leonardo Pinto Brandão Ceva Saúde Animal Leucio Alves FMV/UFRPE Luciana Torres FMVZ/USP-São Paulo Lucy M. R. de Muniz FMVZ/Unesp-Botucatu Luiz Carlos Vulcano FMVZ/Unesp-Botucatu Luiz Henrique Machado FMVZ/Unesp-Botucatu Marcello Otake Sato FM/UFTO Marcelo A.B.V. Guimarães FMVZ/USP-São Paulo Marcelo Bahia Labruna FMVZ/USP-São Paulo Marcelo de C. Pereira FMVZ/USP-São Paulo Marcelo Faustino FMVZ/USP-São Paulo Marcelo S. Gomes Zoo SBC,SP Marcia Kahvegian FMVZ/USP-São Paulo Márcia Marques Jericó UAM e UNISA

Maria Cecilia R. Luvizotto CMV/Unesp-Aracatuba M. Cristina F. N. S. Hage FMV/UFV Maria Cristina Nobre FMV/UFF M. de Lourdes E. Faria VCA/SEPAH Maria Isabel M. Martins DCV/CCA/UEL M. Jaqueline Mamprim FMVZ/Unesp-Botucatu Maria Lúcia Z. Dagli FMVZ/USP-São Paulo Marion B. de Koivisto CMV/Unesp-Araçatuba Marta Brito FMVZ/USP-São Paulo Mary Marcondes CMV/Unesp-Araçatuba Masao Iwasaki FMVZ/USP-São Paulo Mauro J. Lahm Cardoso FALM/UENP Mauro Lantzman Psicologia PUC-SP Michele A.F.A. Venturini ODONTOVET Michiko Sakate FMVZ/Unesp-Botucatu Miriam Siliane Batista FMV/UEL Moacir S. de Lacerda UNIUBE Monica Vicky Bahr Arias FMV/UEL Nadia Almosny FMV/UFF

Marcia M. Kogika FMVZ/USP-São Paulo

Natália C. C. A. Fernandes Instituto Adolfo Lutz

Marcio B. Castro UNB

Nayro X. Alencar FMV/UFF

Marcio Brunetto FMVZ/USP-Pirassununga

Nei Moreira CMV/UFPR

Marcio Dentello Lustoza Biogénesis-Bagó Saúde Animal

Nelida Gomez FCV/UBA

Márcio Garcia Ribeiro FMVZ/Unesp-Botucatu

Nilson R. Benites FMVZ/USP-São Paulo

Marco Antonio Gioso FMVZ/USP-São Paulo

Nobuko Kasai FMVZ/USP-São Paulo

Marconi R. de Farias PUC-PR

Noeme Sousa Rocha FMV/Unesp-Botucatu

Norma V. Labarthe FMV/UFFe FioCruz Patricia C. B. B. Braga FMVZ/USP-Leste Patrícia Mendes Pereira DCV/CCA/UEL Paulo Anselmo Zoo de Campinas Paulo César Maiorka FMVZ/USP-São Paulo Paulo Iamaguti FMVZ/Unesp-Botucatu Paulo S. Salzo UNIMES, UNIBAN Paulo Sérgio M. Barros FMVZ/USP-São Paulo Pedro Germano FSP/USP Pedro Luiz Camargo DCV/CCA/UEL Rafael Almeida Fighera FMV/UFSM Rafael Costa Jorge Hovet Pompéia Regina H.R. Ramadinha FMV/UFRRJ Renata A. Sermarini ESALQ/USP Renata Afonso Sobral Onco Cane Veterinária Renata Navarro Cassu Unoeste-Pres. Prudente Renée Laufer Amorim FMVZ/Unesp-Botucatu Ricardo Duarte All Care Vet / FMU Ricardo G. D’O. C. Vilani UFPR Ricardo S. Vasconcellos CAV/UDESC Rita de Cassia Garcia FMV/UFPR Rita de Cassia Meneses IV/UFRRJ Rita Leal Paixão FMV/UFF Robson F. Giglio Hosp. Cães e Gatos; Unicsul Rodrigo Gonzalez FMV/Anhembi-Morumbi Rodrigo Mannarino FMVZ/Unesp-Botucatu Rodrigo Teixeira

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Zoo de Sorocaba Ronaldo C. da Costa CVM/Ohio State University Ronaldo G. Morato CENAP/ICMBio Rosângela de O. Alves EV/UFG Rute C. A. de Souza UFRPE/UAG Ruthnéa A. L. Muzzi DMV/UFLA Sady Alexis C. Valdes Unipam-Patos de Minas Sheila Canavese Rahal FMVZ/Unesp-Botucatu Silvia E. Crusco UNIP/SP Silvia Neri Godoy ICMBio/Cenap Silvia R. G. Cortopassi FMVZ/USP-São Paulo Silvia R. R. Lucas FMVZ/USP-São Paulo Silvio A. Vasconcellos FMVZ/USP-São Paulo Silvio Luis P. de Souza FMVZ/USP, UAM Simone Gonçalves Hemovet/Unisa Stelio Pacca L. Luna FMVZ/Unesp-Botucatu Tiago A. de Oliveira UEPB Tilde R. Froes Paiva FMV/UFPR Valéria Ruoppolo Int. Fund for Animal Welfare Vamilton Santarém Unoeste Vania M. de V. Machado FMVZ/Unesp-Botucatu Victor Castillo FCV/UBA Vitor Marcio Ribeiro PUC-MG Viviani de Marco UNISA e NAYA Especialidades Wagner S. Ushikoshi FMV/UNISA e FMV/CREUPI Zalmir S. Cubas Itaipu Binacional

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ENVIO DE ARTIGOS

Instruções aos autores Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados.

A

Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decide-se a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para a apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais. Devem incluir uma pesquisa bibliográfica profunda sobre o assunto (no mínimo 30 referências) e conter uma discussão detalhada dos achados e conclusões do relato à luz dessa pesquisa. A pesquisa bibliográfica deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Critérios editoriais Enviar por e-mail (cvredacao@editoraguara.com.br) ou pelo site da revista(goo.gl/PXarLi) um arquivo texto

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(.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg . As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na largura de 9 cm. Se os autores não possuírem imagens digitalizadas, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de redação cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail). Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus títulos no momento em que o trabalho foi escrito. Os autores devem ser relacionados na seguinte ordem: primeiro, o autor principal, seguido do orientador e, por fim, os colaboradores, em sequência decrescente de participação. Sugere-se como máximo seis autores. O primeiro autor deve necessariamente ter diploma de graduação em medicina veterinária. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme (http://decs.bvs.br). Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 12, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3 cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos

Clínica Veterinária, Ano XXII, suplemento, 2018


e entre as referências. Imagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de autorização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Não citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Sempre buscar pelas referências originais. O texto do autor original deve ser respeitado, utilizandose exclusivamente os resultados e, principalmente, as conclusões dos trabalhos. Quando uma informação tiver sido localizada em diversas fontes, deve-se citar apenas o autor mais antigo como referência para essa informação, evitando a desproporção entre o conteúdo e o número de referências por frases. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo. Quando mais de um capítu-

lo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma referência específica. Não serão aceitos apuds nem revisões de literatura (Citação direta ou indireta de um autor a cuja obra não se teve acesso direto. É a citação de “segunda mão”. Utiliza-se a expressão apud, que significa “citado por”. Deve ser empregada apenas quando o acesso à obra original for impossível, pois esse tipo de citação compromete a credibilidade do trabalho). Somente autores de trabalhos originais devem ser citados, e nunca de revisões. É preciso ser ético pois os créditos são daqueles que fizeram os trabalhos originais. A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www.xxxxxxxxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Será dado um peso específico à avaliação das citações, tanto pelo volume total de autores citados, quanto pela diversidade. A concentração excessiva das citações em apenas um ou poucos autores poderá determinar a rejeição do trabalho. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada 12 horas”, “a cada 6 horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem ser apresentadas em rodapé, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. Nesse subtítulo devem constar o nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/distribuidor, cidade e estado. Revista Clínica Veterinária / Redação Rua dr. José Elias 222 05083-030 São Paulo, SP cvredacao@editoraguara.com.br

Clínica Veterinária, Ano XXIII, suplemento, 2018


Anais - Simpósios Internacionais da ABNV | 2018 (Associação Brasileira de Neurologia Veterinária)

Análise do líquido cerebroespinhal em cães atendidos com afeccções neurológicas em um hospital veterinário universitário. Estudo retrospectivo de 145 casos Renato T. Conceição1 *, Mônica V. Bahr Arias 2, Karina K. M. C. Flaiban 3, Fernanda C. Guimarães 4 *Universidade Estadual de Londrina, renatotcvet@gmail.com 1 - Médico veterinário, mestrando, Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Campus Universitário, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Londrina, PR 86051-990, Brasil. *Autor para correspondência 2 - Profa. Associada, Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Campus Universitário, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Londrina, PR 86051-990, Brasil. 3 - Profa. Adjunta, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, UEL 4 - Aluna de graduação do Curso de Medicina Veterinária da UEL, Bolsista de IC/UEL

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coleta e análise do líquido cerebroespinhal (LCE) é de grande importância para diagnóstico de várias doenças do sistema nervoso central, quando associado ao histórico, exame neurológico e outros exames complementares. O objetivo deste estudo foi avaliar o resultado desse exame em 145 cães com doenças neurológicas, atendidos entre 2008 e 2014. Os exames foram divididos de acordo com o diagnóstico final, sendo alterações inflamatórias/infecciosas (49/145) e doenças degenerativas (49/145) as mais comuns, seguidas pelas lesões a esclarecer (33/145), neoplásicas (6/145), traumáticas (5/145), idiopáticas (1/145), vasculares (1/145) e episódicas (1/145). Nas doenças inflamatórias/infecciosas, em 65% (32/49) havia pleocitose, em geral discreta, com predominância de células mononucleares (12/49). Nas degenerativas, em 65% (32/49) não se observou pleocitose, e em 12% houve pleocitose discreta com predomínio mononuclear (6/49). Nos casos de mielomalácia, a pleocitose foi discreta (4/6), com predomínio neutrofilico (2/4). Nas lesões traumáticas e neoplásicas, pleocitose discreta (4/6 e 2/5, respectivamente) foi mais comum, sendo o predomínio celular dividido entre mononuclear (2/6 e 1/5) e neutrofilico (2/6 e 1/5). Nos cães cujo diagnóstico não foi esclarecido, pleocitose marcante com predomínio mononuclear prevaleceu. Houve aumento no teor de proteínas em 60% (88/145), em todas as classes de afecções, na ausência ou não de pleocitose. Esse aumento foi discreto na maioria das classes, com exceção das doenças vasculares que apresentaram aumento marcante de proteína. Nos pacientes com mielomalácia, 5/6 apresentaram aumento moderado de proteína. O exame do LCE, embora inespecífico, forneceu dados importantes para o auxílio diagnóstico das afecções do sistema nervoso central. Palavras chave: sistema nervoso, líquidos corporais, líquido cefalorraquidiano Protocolo de Ética nº: 10052.208.88 Fonte de financiamento: Bolsa CNPq Acesse o trabalho

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Alterações comportamentais associadas a senilidade em felinos Ana Carolina Mortari 1*, Ananda P. B. Azevedo 2 *Universidade de Brasília, ana_mortari@yahoo.com.br 1 - Professora da Universidade de Brasília, DF-Brasil 2 - Estudante de graduação, iniciação científica, Universidade de Brasília, DF-Brasil

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aumento da expectativa de vida dos animais domésticos elevou também a prevalência das alterações comportamentais e disfunções cognitivas. Devido escassez de dados em gatos, o objetivo do estudo foi determinar a prevalência de alterações comportamentais em gatos idosos acima de 11 anos de idade. O estudo foi realizado por meio de questionário para detecção de alterações nas interações sociais, sono e vigília, atividade física, hábitos e memória de modo comparativo à idade jovem. Exame neurológico foi realizado para identificação de possíveis déficits e animais com outras afecções foram excluídos. Setenta tutores responderam ao questionário (45 gatos até 14 anos e 67 gatos entre 15 a 18 anos). Do total, 51,42% dos gatos apresentaram redução da atividade física e 61,42% apresentaram aumento do tempo de sono. Vocalização excessiva sem razão aparente foi detectada em 10% dos gatos. A diminuição na interação foi observada em 28,48%. Problemas de eliminação foram encontrados em 20 gatos (17,14% apresentaram distúrbios de micção, 18,57% de defecação e 10% apresentaram ambos). A redução dos hábitos de higiene foi observada em 34,28% e dificuldade em reconhecer familiares foi detectada em 20% dos casos.. A partir de 13 anos, 14,28% apresentaram alterações no exame neurológico, sendo a alteração mais frequente a diminuição na sensibilidade nasal esquerda (7%). Conclui-se que alterações comportamentais são frequentes em gatos idosos acima de 11 anos e em muitos casos associada a alterações no exame neurológico, podendo ser o início do desenvolvimento de alterações neurológicas e cognitivas. Palavras-chave: senilidade, comportamento, felinos.

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Uso de corticóide em afecções neurológicas: como os cães chegam referidos a um especialista? Cássia Maria Molinaro Coelho 1, Alex Gradowski Adeodato 2, Gabriela Wacheleski Brock 3, Thiago Alves Santana 4; Clarice Gonring Corrêa 3, Daniel de Almeida Balthazar 1, Maria Eduarda Lopes Fernandes 3 *Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. cassiamaria.coelho@gmail.com 1 2 3 4

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Professor(a), UFRRJ/RJ-Brasil MV, sócio diretor CRV Imagem, RJ-Brasil MV, discente PG UFRRJ, RJ-Brasil Discente UFRRJ, RJ-Brasil

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s anti-inflamatórios esteroidais são comumente utilizados no tratamento de neuropatias por sua eficácia anti-inflamatória, imunossupressora e analgésica para dor neuropática. Entretanto, seus efeitos desejáveis ou indesejáveis podem mascarar sintomas e achados em exames complementares, dificultando assim alguns diagnósticos. Deste modo, este trabalho discorre sobre a prescrição de corticoides por clínicos não especialistas, em cães acometidos por distúrbios neurológicos e referidos ao Hospital Veterinário da UFRRJ. Avaliou-se retrospectivamente o prontuário de 129 cães avaliados no Serviço de Neurologia, os quais atendidos pela mesma equipe e supervisionado por um profissional com experiência de 20 anos na especialidade (AGA). Nos cães referenciados com prescrição de corticoide, foi ponderado se, após o diagnóstico, o corticoide foi suspenso, a dose reajustada ou mantida, conforme preconizado para tal afecção na literatura. Assim, observou-se que 67% dos animais (87) já tinham sido atendidos por pelo menos um destes, e 61% (53/87) apresentavam prescrição para corticoides. Após os exames e, com o diagnóstico confirmado (27/53) ou presuntivo (26/53), a dose foi suspensa em 17 cães (32%), ajustada em 20 pacientes (38%) e mantida a mesma em 16 (30%). Estes resultados sugerem que a terapêutica para afecções neurológicas preconizada por clínicos não especialistas e sem exames complementares adequados ainda está fortemente associada a administração indiscriminada de corticoides, inclusive, sem uma correlação da dose com o efeito desejado. A instituição empírica deste fármaco pode significar detrimento ao diagnóstico, morbidade e prognóstico do paciente. Palavras chave: anti-inflamatório, prednisona, neurologia veterinária

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Resultados preliminares sobre o uso de um monitor não-invasivo da pressão intracraniana em cães e gatos Renato T. Conceição 1*; Mônica V. Bahr Arias 2, Fernanda C. Guimarães 3, Guilherme S. Cardoso 4, Gustavo H. F. Vilela *Universidade Estadual de Londrina, renatotcvet@gmail.com 1 - Médico veterinário, mestrando, Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Campus Universitário, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Londrina, PR 86051-990, Brasil. *Autor para correspondência. 2 - Profa. associada, orientadora, Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Campus Universitário, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Londrina, PR 86051-990, Brasil; 3 - Aluna de graduação do Curso de Medicina Veterinária da UEL, Bolsista de IC/UEL 4 - Prof. dr., Departamento de Clínicas Veterinárias, UEL

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monitorização da Pressão Intracraniana (PIC) raramente é realizada em pequenos animais, devido à complicações e limitações das técnicas disponíveis. Um novo método de monitoramento não-invasivo foi estudado em ratos e humanos, com bons resultados. O objetivo deste estudo é descrever os primeiros resultados obtidos com este monitor (Braincare-BcMM/2000), que utiliza um extensômetro de resistência elétrica que capta as deformações ósseas decorrentes da variação da PIC; um sistema eletrônico de aquisição de dados e um software (LabView®), para interpretar os resultados. O dispositivo foi inicialmente testado em três cães e dois gatos normais, anestesiados para procedimentos não relacionados ao estudo, para verificar a melhor localização do sensor, definida como a região parietal, com os animais em decúbito lateral. As ondas possuíam três picos característicos (P1, P2, P3), indicando que a complacência cerebral era normal. Foram avaliados então três cães com alterações do sistema nervoso central. Em um filhote com hidrocefalia, a PIC foi monitorada antes e após a retirada do líquido cerebroespinhal por ventriculocentese. No segundo paciente, com lesão medular, monitorou-se a PIC antes, durante e após a injeção de contraste no espaço subaracnóideo para realização de mielografia. Em um paciente com trauma cranioencefálico, a PIC foi monitorada após a aplicação de manitol e uma hora depois. Nesses três casos, observou-se alterações das ondas nos momentos de aumento da PIC, indicando diminuição da complacência cerebral. Este método é capaz de monitorar a dinâmica da PIC nessas espécies, mas são necessários mais estudos para implementar a técnica na rotina clínica. Palavras-chave: hipertensão intracraniana, diagnóstico, líquido cerebroespinal Fonte de financiamento: CNPq, bolsa de Mestrado Protocolo de Ética: 15257.2015.66 Acesse o trabalho completo escaneando o qr code ao lado ou pelo link:

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Protocolos analgésicos no pós-operatório de cães com doença do disco intervertebral (hansen tipo I) submetidos à hemilaminectomia Samanta S. Moro 1*, Alessandra Steil1, Mathias Wrzesinski 1, Julia S. Rauber 1, Anne Chaves 1, Angel Ripplinger 2, Dênis A. Ferrarin 2, Marcelo L. Schwab 2, Graciane Aiello 2, Alexandre Mazzanti 3 *Universidade Federal de Santa Maria, samantasimon19@hotmail.com 1 - Graduação em Medicina Veterinária. Universidade Federal de Santa Maria, (UFSM), RS, Brasil. 2 - Pós-graduação em Medicina Veterinária. UFSM, RS, Brasil 3 - Professor. UFSM, RS, Brasil.

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m cães com doença do disco intervertebral (DDIV), uma das opções terapêuticas é a cirúrgica, que visa remover o material no interior do canal vertebral. Além da dor ocasionada pela compressão da meninge e/ou raízes nervosas, verifica-se também aquela decorrente do procedimento cirúrgico, sendo necessário o uso de analgésicos no pós-operatório. Pouco se sabe sobre protocolos analgésicos utilizados no pós-operatório de cães submetidos à hemilaminectomia toracolombar. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a analgesia pós-operatória (até 48h) em cães com DDIV (extrusão) submetidos à hemilamectomia e a diferentes protocolos analgésicos. Dezesseis cães foram submetidos à hemilaminectomia e distribuídos aleatoriamente em quatro grupos de igual número, ou seja, I composto por metadona, meloxicam e dipirona; II por metadona, meloxicam, dipirona e estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS); III por meloxicam, dipirona e TENS e o IV somente por meloxicam e dipirona. Os pacientes foram avaliados (estudo cego) com base na escala visual analógica e na escala simplificada de Glasgow. As avaliações ocorreram a cada 2h até completar 24h do período pós-cirúrgico e a cada 4h por mais 24h. Não houve diferença estatística entre os grupos quanto aos escores de dor. Houve resgate analgésico em apenas dois pacientes (grupos I e II). Os quatros protocolos analgésicos promoveram analgesia nas 48 horas iniciais de pós-operatório em cães com DDIV submetidos à hemilaminectomia, permitindo o clínico optar por um deles, de acordo com a disponibilidade, situação clínica e reação aos efeitos adversos quando da presença de opioides. Palavras-chave: analgesia, cirurgia descompressiva, medula espinhal. Protocolo de Ética: nº 4457011217 (CEUA/UFSM)

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Proposta de sequenciamento das projeções mielográficas na identificação de compressão da medula espinhal cervical em cães com doença do disco intervertebral Samanta S. Moro 1*, Júlia S. Rauber¹, Mathias Wrzesinski 1, Alessandra S. Dupont1, Anne G. Chaves 1 , Denis A.Ferrarin 2, Angel Ripplinger 2, Graciane Aiello 2, Marcelo L. Schwab 2, Alexandre Mazzanti 3

*Universidade Federal de Santa Maria, samanatasimon19@hotmail.com 1 - Aluno de graduação UFSM, RS-Brasil. 2 - Aluno de pós-graduação UFSM, RS- Brasil. 3 - Professor adjunto UFSM, RS- Brasil.

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mielografia é um exame de auxílio diagnostico para compressões medulares e múltiplas projeções radiográficas são realizadas para localização da compressão. O objetivo desse trabalho foi verificar em quais projeções foi possível identificar compressão da medula espinhal em cães com doença do disco intervertebral (DDIV) cervical e propor um sequenciamento destas projeções a ser realizado no exame mielográfico. Foram avaliadas quatro projeções mielográficas (lateral, ventrodorsal e obliquas esquerda e direita) de 41 pacientes diagnosticados com DDIV cervical de forma cega por três avaliadores. As projeções mielográficas foram consideradas diagnostico quando havia desvio da linha de contraste no espaço subaracnóideo. Nos casos em que havia mais de uma compressão, os avaliadores escolheram aquela que persistisse em mais de uma projeção. Em 40 pacientes (97,5%) foi possível identificar compressão da medula espinhal na projeção lateral, em 22 (53,6%) nas obliquas e em 11 (26,8%) na ventrodorsal (p<0,05). Havia lateralização da compressão em 22 (53,6%) pacientes, no qual 100% (n=22) foram detectadas pelas projeções obliquas e 50% (n=11) pela ventrodorsal. Em 10 (24,4%) cães foi observado mais que um local de compressão, sendo que as projeções ventrodorsal e as obliquas auxiliaram na definição do local de compressão em 50% e 70%, respectivamente. Pode-se concluir que todas as projeções mielográficas estudadas permitem identificar compressão na medula espinhal em cães com DDIV cervical e sugere-se que a incidência lateral seja a primeira projeção, seguida das oblíquas e ventrodorsal. Palavras-chave: lateral, ventrodorsal, obliquas. Protocolo de Ética: nº 6553011217/2017

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Nível de concordância do exame termográfico em cães acometidos por fratura ou luxação crônica em coluna toracolombar Roberto H. C. Nomura1, Carolina Lacowicz 1*, Jéssica R. Silva-Meirelles 1, Tilde R. Froes 2, Lilian Pâmela T. C. Dornbusch 1, José Fernando Ibanez 2, Fernando W. de Souza 3, Peterson T. Dornbusch 2 *Universidade Federal do Paraná, carolina.lcz@gmail.com 1 - Pós-graduando UFPR, PR-Brasil 2 - Professor UFPR, PR-Brasil 3 - Professor UFAL, AL-Brasil

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s traumas da coluna vertebral têm alta prevalência e podem gerar graus diferentes de lesão medular. Estas podem causar variações na temperatura da pele devido as fibras motoras simpáticas controlarem a microcirculação cutânea. Dessa forma, assimetrias em territórios microvasculares possibilitam diagnóstico termográfico de lesão neurovascular. A termografia infravermelha é pouco utilizada no Brasil, apesar de tratar-se de exame não invasivo, de fácil utilização, seguro e alta resolução térmica. Para verificar o grau de concordância interobservador, foi realizado estudo prospectivo observacional cego, em que as imagens termográficas foram analisadas por especialista em diagnóstico por imagem e clínico veterinário. Para esse estudo, foram utilizados 20 cães adultos: 10 paraplégicos com fratura ou luxação de coluna toracolombar crônica (45 a 365 dias), confirmada por meio de exame radiográfico e 10 cães saudáveis (grupo controle). Em ambiente climatizado à 21°C, os animais foram submetidos a exame termográfico da coluna toracolombar, utilizando aparelho FLIR E40. As imagens captadas foram analisadas pelo software Flir Tools®. Os critérios para definir a presença de lesão foram: assimetria acentuada entre os lados; diferença de temperatura abrupta em sentido craniocaudal; pontos focais múltiplos de temperaturas assimétricas. Os observadores classificaram as imagens como lesão toracolombar presente ou ausente. O grau de concordância foi quase perfeito, com valor de kappa de 0,9 e p< 0,001. O imaginologista atingiu 100% de acerto, enquanto que o clínico obteve 95%. Conclui-se que a termografia de coluna é exame de fácil interpretação, tendo potencial para ser utilizado como método de triagem de vítimas em catástrofes. Palavras-chave: paraplegia, termografia infravermelha, método kappa Fonte de financiamento: não consta. Protocolo de Ética: n°064/2014

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Estudo retrospectivo da discoespondilite em cães (20092018) Cássia Maria Molinaro Coelho 1, Alex Gradowski Adeodato 2, Clarice Gonring Corrêa 3 Gabriela Wacheleski Brock 3, Maria Eduarda Lopes Fernandes 3, Anna Julia Rodrigues Peixoto 3, Eveliny de Oliveira Eleutério 3, Taís Ferreira Guimarães 4, Larissa Gomes Pedro 4, Thiago Alves Santana 5, Júlia Prates da Fonseca Soares 5, Beatriz Blanc Teixeira 5 *Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cassiamaria.coelho@gmail.com 1 2 3 4 5

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Professora, UFRRJ, RJ-Brasil MV, sócio diretor CRV Imagem, RJ-Brasil MV, discente PG UFRRJ, RJ-Brasil MV, CRV Imagem, RJ-Brasil Discente UFRRJ, RJ-Brasil

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bjetivou-se descrever a prevalência da discoespondilite (DS) em cães e determinar fatores de risco para a doença. Numa população de 5497 cães submetidos a tomografia computadorizada ou radiografia digital da coluna no CRV Imagem (Rio de Janeiro, Brasil) entre abril/2009 a junho/2018, realizou-se a busca por pacientes diagnosticados para discoespondilite. Variáveis como raça, sexo, idade, segmento vertebral e total de vertebras acometidas foram coletadas e submetidas aos testes de prevalência, X2 e odds ratio. Foram identificados 181 cães com DS, prevalência de 3,4%. Destes, 65% eram machos, descrevendo uma probabilidade 1,6x maior que fêmeas (CI 1,17-2,17). A idade foi similar entre os grupos (8±4 anos), porém, cães >10 anos tem probabilidade 1,5x maior (CI 1,10-2,05), enquanto que entre 2-5 anos a probabilidade diminui 51% (CI 0,34-0,77). Estratificando os acometidos pelo porte racial, observou-se o predomínio de cães de grande porte (>30 kg; 45%), os quais apresentaram 3,8x mais chances de DS (CI 2,56-5,33); seguido de 28% de cães de pequeno porte, ainda que demonstrada uma probabilidade 34% menor (CI 0,24-0,47) para o porte. Destaca-se o labrador por apresentar 3,7x mais chances do que todas as raças estudadas (CI 2,56-5,33) e o buldogue francês, que entre as raças de pequeno porte, apresenta 2,8x mais susceptibilidade (CI 1,51-5,06). Conclui-se que fatores como idade >10 anos, raças de grande porte e, especialmente labradores, apresentam maior probabilidade a serem portadores de DS. O buldogue francês deve ser mais estudado quanto a sua discrepância em comparação a raças de mesmo porte. Palavras-chaves: mielopatia, osteomielite, neurologia.

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Estudo retrospectivo de neoplasias intracranianas em cães no hospital veterinário da universidade vila velha, no período de 2002 a 2018 Leonardo L. Gorza 1, Larissa M. Souza 2, Ana Carolina J. Pinto 1, Mayra C. Flecher 3, Tayse D. Souza 3 , Luciana F. Maestri 3* *Universidade Vila Velha, lufpaula@uvv.br 1 - MV. Residente em patologia animal UVV, ES-Brasil. 2 - Aluna de graduação do curso de Medicina Veterinaria UVV, ES-Brasil. 3 - Professora UVV, ES-Brasil.

Introdução: Com a melhora da qualidade de vida dos animais domésticos diversas afecções relacionadas á senilidade, vêm sendo cada vez mais diagnosticadas, como os tumores intracranianos. Neoplasias intracranianas são relativamente comuns em cães, frequentemente acometem animais senis, e há uma marcante variação entre os tipos de tumores e as raças. Objetivo: Visto a importância e o número reduzido de pesquisas que citem as lesões neoplásicas intracranianas em uma população canina proveniente de hospitais veterinários, o presente trabalho objetivou citar a frequência de neoplasias intracranianas em cães, no período de 16 anos, no Hospital Veterinário da Universidade Vila Velha. Matérias e métodos: Foram analisados os casos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Vila Velha, entre junho de 2002 e junho de 2018, e que foram liberados para necropsia. Foi realizado exame histopatológico no setor de patologia animal e utilizada a análise estatística descritiva, utilizando o programa Microsoft Excel® 2016. Resultados: Foram diagnosticadas 12 casos, 58.3% eram neoplasias primarias, sendo 43.0% meningioma, 28.5 % astrocitoma e oligodendroglioma e linfoma ambos com 14.25%. As neoplasias secundárias representaram 41.7%, onde os carcinomas mamários representaram 80.0% dos casos e linfoma multicêntrico metastático 20.0%. Conclusão: A baixa frequência das neoplasias intracranianas em cães neste serviço é explicada pela dificuldade de liberação dos pacientes para a necropsia, já que no setor de neurologia dessa Universidade o diagnostico de neoplasias por exame de imagem chegam a 10.0% dos casos atendidos. O meningioma foi o tumor primário mais encontrado, e a metástase de carcinoma mamário teve maior relevância dentre os tumores secundários. Palavras-chave: tumor primário, tumor secundário, canino, encéfalo, raças.

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Efeito da temperatura de polimerização do cimento ósseo na medula espinhal de ratos Wistar Júlia S. Rauber 1*, Mathias Wrzesinski 1, Alessandra S. Dupont1, Samanta S. Moro1, Anne G. Chaves1, Angel Ripplinger 2, Marcelo L. Schwab 2, Denis A. Ferrarin 2, Graciane Aiello 2, Alexandre Mazzanti 3 *Universidade Federal de Santa Maria, julia.dsrauber@gmail.com 1 - Curso de Medicina Veterinária. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS-Brasil. 2 - Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária, UFSM, RS-Brasil 3 - Docente, UFSM, RS-Brasil.

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cimento ósseo é utilizado para fixação de próteses, correção de defeitos ósseos e estabilização de fraturas vertebrais e, pouco se sabe sobre o efeito da temperatura de polimerização nos tecidos nervosos. O objetivo deste estudo foi investigar se a temperatura de polimerização do cimento ósseo ocasiona sinais neurológicos e alteração histológica na medula espinhal. Foram utilizados 24 ratos, Wistar, distribuídos em grupos de acordo com a quantidade de cimento ósseo (um ou 10 gramas), o tempo de pós-operatório (24 e 72 horas) e o local de aferição da temperatura (externa e interna ao canal vertebral). O cimento ósseo foi moldado e colocado sobre as lâminas ósseas dorsais e os processos espinhosos das vértebras L1 e L2. O teste neurológico foi realizado por meio da escala BBB e do plano inclinado antes (24 horas) e decorridos os períodos préestabelecidos de pós-operatório. A temperatura de polimerização do composto foi aferida a cada 10 segundos com auxílio de termopares tipo K acoplados a um termômetro digital portátil. A temperatura máxima de polimerização e a diferença entre a temperatura externa e a interna ao canal vertebral foram maiores nos grupos que receberam 10 gramas. Não foi observada alteração neurológica em nenhum dos animais deste estudo. Na análise histológica, foi observada reação inflamatória de intensidade variável na meninge e no parênquima medular. Pode-se concluir que a temperatura de polimerização do cimento ósseo nas quantidades de um e 10 gramas provoca alterações histológicas na meninge e no parênquima medular, sem ocasionar sinais neurológicos em ratos. Palavras-chave: neurologia, cirurgia, reação inflamatória. Protocolo de Ética: 24087.011222/2010-49 (CEUA/UFSM)

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Desenvolvimento de um protótipo de cage intervertebral lombossacro para cães Diego Noé Rodríguez Sánchez 1*, Giovana Boff Araujo Pinto 1, Lidiane da Silva Alves 2, Vânia Maria de Vasconcelos Machado 2, Regina Kiomi Takahira 2, Rogério Martins Amorim 1 *Neurologia Veterinária – Dep. de Clínica Veterinária. Universidade Estadual Paulista (UNESP). diego.noemv@fmvz.unesp.br 1 - Departamento de Clínica Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rua Prof Dr. Walter Mauricio Correa, s/n, Botucatu, SP 18618-681, Brasil 2 - Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinaria e Zootecnia, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Rua Prof Dr. Walter Mauricio Correa, s/n, Botucatu, SP 18618-681, Brasil

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eningoencefalite de Origem Desconhecida (MUO) é um termo que tem sido utilizado para agrupar as doenças inflamatórias não infecciosas que afetam o sistema nervoso central de cães. Entre os subtipos estão a Meningoencefalomielite Granulomatosa e as Encefalites Necrosantes (Meningoencefalite Necrosante e Leucoencefalite Necrosante), que apresentam pouca variabilidade clínica entre si, dificultando o diagnóstico antemortem apenas pelos sinais clínicos. Este trabalho descreve os achados do exame neurológico, análise do líquido cefalorraquidiano (LCR) e imagens de Ressonância Magnética (RM) de cães com suspeita de MUO. Para seleção dos casos suspeitos foram utilizados como critérios de inclusão: cães com idade superior a 6 meses, presença de sinais multifocais progressivos, e ausência de doenças infecciosas. Entre os 210 casos analisados, 20 preencheram os critérios de inclusão estabelecidos. A forma multifocal com envolvimento cérebrocortical e do tronco cerebral representou 75% dos casos. 70% apresentaram proteinorraquia com pleocitose linfocítica leve, sendo que 28% apresentaram células plasmáticas. Foram identificadas lesões multifocais hiperintensas em tempos ponderados de T2 e FLAIR (90%), lesões isointensas em T1 (75%), contraste positivo (55%) e realce meníngeo (35%). Em 70% (14/20) houve simultaneamente sinais de inflamação no LCR e nas imagens de RM e pelo menos um sinal clínico de lesão cérebro-cortical. Os resultados indicam que para aumentar a acurácia do diagnóstico antemortem, o clínico deve associar diferentes métodos diagnóstico (exame neurológico, LCR e RM) e descartar as meningoencefalites infecciosas. Contudo, o diagnóstico definitivo da MUO depende dos achados histopatológicos, consistindo-se em enorme desafio para se estabelecer o diagnóstico antemortem. Palavras-chave: Meningoencefalite de causa desconhecida, Meningoencefalite necrosante, Meningoencefalite granulomatosa. Fonte de financiamento: Os autores não receberam apoio financeiro de pesquisa Acesse o trabalho completo escaneando o qr code ao lado ou pelo link:

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Caracterização das afecções neurológicas de cães referidos ao hospital veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Seropédica, RJ) Cássia Maria Molinaro Coelho 1, Alex Gradowski Adeodato 2, Gabriela Wacheleski Brock 3, Thiago Alves Santana 4; Daniel de Almeida Balthazar 1, Maria Eduarda Lopes Fernandes 3 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cassiamaria.coelho@gmail.com 1 2 3 4

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Professor(a), UFRRJ, RJ-Brasil MV, sócio diretor CRV Imagem, RJ-Brasil MV, discente PG UFRRJ, RJ-Brasil Discente UFRRJ, RJ-Brasil

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ste trabalho descreve a casuística de afecções neurológicas observadas em cães referidos ao Hospital Veterinário da UFRRJ, de agosto de 2017 a junho de 2018. Ao todo 131 casos foram distribuídos conforme idade, localização da lesão (prosencéfalo, tronco encefálico, cerebelo, medula - C1-C5, C6-T2, T3-L3 e L4-S3 – nervos periféricos, neuromuscular e multifocal) e categorizados no acrônimo DINAMIT-V (degenerativas, D; inflamatórias/infecciosas, I; neoplásicas ou nutricionais, N; anomalias de desenvolvimento, A; metabólicas, M; idiopáticas, I; traumáticas ou tóxicas, T; e vascular, V) pelo diagnóstico “confirmado” (46%) ou “presuntivo” (54%), tal qual determinado por exames específicos, histórico, progressão, resposta ao tratamento e exclusão de outras afecções. Deste modo, observou-se que a maior incidência de neuropatias ocorreu na medula espinhal (59% dos casos), onde a etiologias mais prevalentes foram degenerativas e traumáticas, com 38% e 27% dos casos, respectivamente. Os distúrbios prosencefálicos totalizaram 11% dos casos, com 36% de origem idiopática. As afecções multifocais constituíram 22% da casuística, sendo 55% dos casos inflamatórios/infecciosos. Destaca-se a ocorrência de cinco casos de botulismo (4% do total), doença neuromuscular de origem tóxica, neste curto intervalo de tempo. Estes resultados inferem que aspectos regionais de desenvolvimento populacional podem exercer influência na etiologia das neuropatias; sendo assim, importante o conhecimento da dinâmica populacional regional da espécie para a prática da especialidade. Palavras-chave: DINAMIT-V; neuropatias, casuística

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Análise de microRNAs em cães com crises epiléticas – estudo preliminar Ana Carolina Mortari 1*, Leidiane Lima de Sousa 2, Rodrigo Pereira da Costa Duarte 3, Gabriel Gianainie Ferreira 4, Ricardo Titze de Almeida Titze 5 *Universidade de Brasília (UnB), ana_mortari@yahoo.com.br 1 2 3 4 5

- Professor, Universidade de Brasília, DF, Brasil. - Aluno de mestrado em Saúde Animal, Universidade de Brasília, DF, Brasil. - Aluno de Iniciação Científica (bolsista), Universidade de Brasília, DF, Brasil. - Médico veterinário, técnico, Universidade de Brasília, DF, Brasil. - Professor, Universidade de Brasília, DF, Brasil.

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s microRNA (miRNAs) são RNAs curtos em dupla fita, que regulam a expressão de genes alvos em nível pós-transcricional, promovendo silenciamento gênico mediante interferência de RNA. Estudos propõem que o silenciamento de microRNAs ligados à epileptogênese, mediante oligonucleotídeos complementares – antagomirs, teriam valor terapêutico no controle da epilepsia experimental. Até o presente momento não foram encontrados artigos científicos relacionando micro RNAs ligados a crises epiléticas na espécie canina. O estudo visa avaliar a expressão de microRNAs específicos extraídos de plasma de cães com crises epiléticas, correlacionar alterações de expressão gênica destes microRNAs com a sintomatologia clínica e resposta terapêutica aos anticonvulsivantes, buscando avaliar seu valor prognóstico e possível papel na epileptogênese em cães. Neste estudo preliminar foi coletado o sangue de dois cães normais (controle) e dois cães com crises epilépticas. Após a padronização da extração e quantificação de miRNAs para a espécie canina, quantificação, os CTs de amplificação dos alvos miR26a e miR134 miR16 foram avaliados. Foi possível observar que de acordo com os CTS de amplificação existem evidencias de que há diferença na quantidade de miRNAs alvos circulantes em cães com crises epiléticas em comparação a cães saudáveis. Um maior número de animais e miR-alvos são necessários para esclarecimento do papel dos microRNAs em cães com crises epiléticas. Palavras-chave: epilepsia, microRNA, terapia gênica, canino.

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Comparação anatômica, radiográfica, tomográfica e volumétrica do crânio e junção craniocervical de cães neurologicamente normais com e sem displasia do occipital Larissa G. Valentim 1, Mônica V. Bahr Arias 2* *Universidade Estadual de Londrina, vicky@uel.br 1 - Médica veterinária, mestre, Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Campus Universitário, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Londrina, PR 86051-990, Brasil. 2 - Profa. associada, Departamento de Clínicas Veterinárias, Universidade Estadual de Londrina (UEL), Campus Universitário, Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445, Km 380, Londrina, PR 86051-990, Brasil.

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crânio e junção craniocervical de cães de raças pequenas podem apresentar alterações anatômicas, que causam ou não doenças neurológicas. Dentre elas, a displasia do occipital (DO), uma alteração do formato do forame magno, tem sido, no Brasil, confundida com a síndrome semelhante à má-formação de Chiari, na qual ocorre deslocamento do cerebelo pelo forame magno. O objetivo deste estudo foi a avaliação post mortem de doze cães (peso médio 5,5 kg), que vieram a óbito por razões não relacionadas ao estudo, sem alterações neurológicas, apresentando (grupo 1; n = 6) ou não (grupo 2, n = 6) DO. Realizou-se estudo radiográfico, tomográfico e anatômico do crânio e junção craniocervical. A seguir, por meio da tomografia, o forame magno foi mensurado, e volume total do crânio e da fossa craniana caudal foram calculados. Os valores do volume craniano, da fossa caudal e razão entre eles foram iguais nos dois grupos, apresentando correlação positiva com o peso dos cães. Houve diferença estatística entre a altura e o índice do forame magno entre os grupos, mas não na largura, sendo esses valores maiores no grupo 1. Os animais com DO apresentaram uma membrana fibrosa recobrindo o entalhe dorsal do forame magno e não se observou herniação cerebelar em nenhum cão. No grupo 1 constatou-se ainda variação anatômica na forma do osso occipital, proeminência occipital externa, crista sagital externa e crista nucal, diferenças resultantes da morfologia do crânio. Assim, nos animais do presente estudo, a DO foi somente uma variação anatômica. Palavras-chave: crânio, osso occipital, sistema nervoso Fonte de Financiamento: CAPES bolsa de Mestrado e Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Protocolo Comissão de Ética no Uso de Animais: 15169.2016.285.

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