Revista de educação continuada do clínico veterinário de pequenos animais
Dermatologia Lokivetmab – uma nova opção para o tratamento e controle da dermatite atópica canina – revisão
Clínica
Piotórax felino associado a presença de fragmento ósseo em lóbulo pulmonar – relato de caso
Endoscopia
Utilização de picossulfato de sódio e citrato de magnésio associado a dieta pobre em resíduos no preparo do intestino grosso para a avaliação por videoendoscopia flexível em cães adultos
A eutanásia dos animais por arma de fogo em Brumadinho
Indexada no Web of Science – Zoological Record, no Latindex e no CAB Abstracts www.revistaclinicaveterinaria.com.br
Índice
Conteúdo científico
Editora Maria Angela Sanches Fessel cvredacao@editoraguara.com.br CRMV-SP 10.159 - www.crmvsp.gov.br
Dermatologia
Publicidade Alexandre Corazza Curti midia@editoraguara.com.br Editoração eletrônica Editora Guará Ltda. Projeto gráfico Natan Inacio Chaves mkt2edguara@gmail.com Gerente administrativo Antonio Roberto Sanches admedguara@gmail.com
Clínica
Capa Filhote de gato fotografado por Lana Langlois Lana Langlois/shutterstock
Clínica Veterinária é uma re vis ta técnico-científica bimestral, dirigida aos clínicos vete rinários de pe que nos animais, estudantes e professores de medicina veterinária, publicada pela Editora Guará Ltda. As opiniões em artigos assinados não são necessariamente compartilha das pelos editores. Os conteúdos dos anúncios veiculados são de total responsabilidade dos anunciantes. Não é permitida a reprodução parcial ou total do conteúdo desta publicação sem a prévia autorização da editora. A responsabilidade de qualquer terapêutica prescrita é de quem a prescreve. A perícia e a experiência profissional de cada um são fatores determinantes para a condução dos possíveis tratamentos para cada caso. Os editores não podem se responsabilizar pelo abuso ou má aplicação do conteúdo da revista Clínica Veterinária. Editora Guará Ltda. Rua Adolf Würth, 276, cj 2 Jardim São Vicente, 06713-250, Cotia, SP, Brasil
Lokivetmab – uma nova opção para o tratamento e o controle da dermatite atópica canina – revisão Lokivetmab – a new option for the treatment and control of canine atopic dermatitis – review Lokivetmab – una alternativa para el tratamiento y control de la dermatitis atópica canina – revisión
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Piotórax felino associado à presença de fragmento ósseo em lóbulo pulmonar – relato de caso Pyothorax associated with bone fragment in the lower respiratory tract of a domestic cat – case report Piotórax y fragmento óseo en lóbulo pulmonar en un felino – relato de caso
Endoscopia
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Utilização de picossulfato de sódio e citrato de magnésio associado a dieta pobre em resíduos no preparo do intestino grosso para a avaliação por videoendoscopia flexível em cães adultos Use of sodium picosulfate and magnesium citrate associated with low residue diet to prepare the large bowel for colonoscopy using flexible video-endoscope in adult dogs Utilización de picosulfato de sodio y citrato de magnesio y una dieta pobre en residuos en la preparación del intestino grueso para la evaluación por video-endoscopia flexible en perros adultos
Conteúdo editorial Medicina Veterinária de Desastres
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A eutanásia dos animais por arma de fogo em Brumadinho
Medicina Veterinária do Coletivo
Central de assinaturas: (11) 98250-0016 cvassinaturas@editoraguara.com.br
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O impacto de animais de companhia na fauna silvestre brasileira O adestramento de cães como ferramenta para a ressocialização de presidiários
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Medicina Veterinária do Coletivo
76
28
Incentivo à pesquisa
O transporte de animais de companhia no Brasil
Ourofino abre inscrições para o PIAC no Brasil e em países da América Latina
CBA
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5º Prêmio de Pesquisa da PremieRpet®
Congresso da Anclivepa em Brasília – conhecimento científico aliado a inclusão social e preservação ambiental
Efeméride
66
A Veterinária da USP comemora seus 100 anos
CFMV
Justiça nega liminar contra a Resolução do CFMV que combate EAD
Gestão
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78
Ceva abre inscrições para a terceira edição do Prêmio de Pesquisa Clínica
80
Destaque
82
Lançamentos
84
Notícia
86
Agenda
90
Hercosul celebra 18 anos
Ceva lança campanha de combate à leishmaniose visceral canina
A PremieRpet® promove palestras em formato inédito
74
Acumular riqueza de sentimentos é o caminho para a prosperidade e a alegria
Cursos, palestras, semanas acadêmicas, simpósios, workshops, congressos, em todo território nacional e por todo o planeta
Errata
Na edição 139, no artigo Eu aqui na praça dando milho aos pombos... e sendo multado, das páginas 20 a 28, a ordem correta dos autores é Bruna Bianchi, Cláudia Staudacher, Vivien Midori Morikawa e Alexander Welker Biondo. Na edição 140, no artigo As religiões, os animais e seus tantos sacrifícios, das páginas 18 a 24, a ordem correta dos autores é Ruana Renostro Delai e Alexander Welker Biondo.
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Editorial
É com um sentimento de imensa gratidão que apresentamos mais esta edição da Clínica Veterinária a todos os colegas e futuros colegas. Somos gratos pela oportunidade de oferecer nosso trabalho aos profissionais da medicina veterinária, trazendo nossa modesta contribuição. Nesta edição, entre outros destaques, estamos dando seguimento à publicação de matérias sobre a medicina veterinária de desastres, abordando agora a questão crucial de como gerenciar a eutanásia de animais em condições de sofrimento e que estejam em local inacessível para seu socorro. A adoção dessa medida radical certamente gera uma aura de tristeza, mas de todo modo trata-se de situações que exigem atitudes implementadas com competência e eficácia, para que a cessação do sofrimento a que esses animais estejam submetidos seja levada a efeito com prontidão e da maneira menos cruel possível. Infelizmente as situações de desastres e calamidades no Brasil e no mundo têm se tornado mais frequentes. Nós, médicos-veterinários, temos um papel muito importante no auxílio às vítimas de desastres. Sua ocorrência mais frequente e a perspectiva iminente de repetição dessas calamidades têm alertado para a necessidade de tomar medidas urgentes, tanto na esfera oficial e legal, como no sentido de prover uma melhor formação acadêmica, que tenha continuidade e possa ser enriquecida com a participação em cursos e outros eventos correlacionados. No recente Congresso da Anclivepa em Brasília, em maio, a abertura do evento tratou justamente deste tema, com uma palestra a cargo da Brigada Animal de Minas Gerais. Agora, em outubro, em parceria com a Animal Health e com a Brigada Animal de 6
PlusONE/Shutterstock
A importância da Medicina Veterinária de Desastres
Cães, valiosa ajuda nas operações de resgate
Minas Gerais, convidamos todos os colegas e estudantes de medicina veterinária a participar do I Simpósio de Medicina Veterinária de Desastres. Será um aprofundamento e uma extensão desse trabalho, que objetiva desenvolver uma infraestrutura à altura da importância do resgate da vida animal. Unidos e somando esforços, estaremos com certeza criando mais uma oportunidade de melhorar nossa capacitação profissional, e abrindo caminho para aprimorar as condições de atuar com competência e cumprir nosso papel enquanto profissionais da área de saúde, com serviços de nível cada vez mais elevado, e buscando o reconhecimento mais amplo da importância do trabalho do médico-veterinário. A Clínica Veterinária tem um histórico de comprometimento com o meio ambiente e desde a edição passada passou a ser impressa com papel produzido a partir de fontes responsáveis com a natureza. Com isso, passamos a utilizar o selo de licenciamento da marca FSC Floresta para Todos para Sempre. Maria Angela Sanches Fessel CRMV-SP 10.159
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
Consultores científicos Adriano B. Carregaro FZEA/USP-Pirassununga Álan Gomes Pöppl FV/UFRGS Alberto Omar Fiordelisi FCV/UBA Alceu Gaspar Raiser DCPA/CCR/UFSM Alejandro Paludi FCV/UBA Alessandra M. Vargas Endocrinovet Alexandre Krause FMV/UFSM Alexandre G. T. Daniel Universidade Metodista Alexandre L. Andrade CMV/Unesp-Aracatuba Alexander W. Biondo UFPR, UI/EUA Aline Machado Zoppa FMU/Cruzeiro do Sul Aline Souza UFF Aloysio M. F. Cerqueira UFF Ana Claudia Balda FMU, Hovet Pompéia Ana Liz Bastos CRMV-MG, Brigada Animal MG Ananda Müller Pereira Universidad Austral de Chile Ana P. F. L. Bracarense DCV/CCA/UEL André Luis Selmi Anhembi/Morumbi e Unifran Angela Bacic de A. e Silva FMU Antonio M. Guimarães DMV/UFLA Aparecido A. Camacho FCAV/Unesp-Jaboticabal A. Nancy B. Mariana FMVZ/USP-São Paulo Aulus C. Carciofi FCAV/Unesp-Jaboticabal Aury Nunes de Moraes UESC Ayne Murata Hayashi FMVZ/USP-São Paulo Beatriz Martiarena FCV/UBA Benedicto W. De Martin FMVZ/USP; IVI Berenice A. Rodrigues MV autônoma Camila I. Vannucchi FMVZ/USP-São Paulo Carla Batista Lorigados FMU
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Carla Holms Anclivepa-SP Carlos Alexandre Pessoa www.animalexotico.com.br Carlos E. Ambrosio FZEA/USP-Pirassununga Carlos E. S. Goulart EMATER-DF Carlos Roberto Daleck FCAV/Unesp-Jaboticabal Carlos Mucha IVAC-Argentina Cassio R. A. Ferrigno FMVZ/USP-São Paulo Ceres Faraco FACCAT/RS César A. D. Pereira UAM, UNG, UNISA Christina Joselevitch IP/USP-São Paulo Cibele F. Carvalho UNICSUL Clair Motos de Oliveira FMVZ/USP-São Paulo Clarissa Niciporciukas Anclivepa-SP Cleber Oliveira Soares Embrapa Cristina Massoco Salles Gomes C. E. Daisy Pontes Netto FMV/UEL Daniel C. de M. Müller UFSM/URNERGS Daniel G. Ferro Odontovet Daniel Macieira FMV/UFF Denise T. Fantoni FMVZ/USP-São Paulo Dominguita L. Graça FMV/UFSM Edgar L. Sommer Provet Edison L. P. Farias UFPR Eduardo A. Tudury DMV/UFRPE Elba Lemos FioCruz-RJ Eliana R. Matushima FMVZ/USP-São Paulo Elisangela de Freitas FMVZ/Unesp-Botucatu Estela Molina FCV/UBA Fabian Minovich UJAM-Mendoza Fabiano Montiani-Ferreira FMV/UFPR
Fabiano Séllos Costa DMV/UFRPE Fabio Otero Ascol IB/UFF Fabricio Lorenzini FAMi Felipe A. Ruiz Sueiro Vetpet Fernando C. Maiorino Fejal/CESMAC/FCBS Fernando de Biasi DCV/CCA/UEL Fernando Ferreira FMVZ/USP-São Paulo Filipe Dantas-Torres CPAM Flávia R. R. Mazzo Provet Flavia Toledo Univ. Estácio de Sá Flavio Massone FMVZ/Unesp-Botucatu Francisco E. S. Vilardo Criadouro Ilha dos Porcos Francisco J. Teixeira N. FMVZ/Unesp-Botucatu F. Marlon C. Feijo Ufersa Franz Naoki Yoshitoshi Provet Gabriela Pidal FCV/UBA Gabrielle Coelho Freitas UFFS-Realeza Geovanni D. Cassali ICB/UFMG Geraldo M. da Costa DMV/UFLA Gerson Barreto Mourão Esalq/USP Hector Daniel Herrera FCV/UBA Hector Mario Gomez EMV/FERN/UAB Hélio Autran de Moraes Oregon S. U. Hélio Langoni FMVZ/Unesp-Botucatu Heloisa J. M. de Souza FMV/UFRRJ Herbert Lima Corrêa Odontovet Iara Levino dos Santos Koala H. A. e Inst. Dog Bakery Iaskara Saldanha Lab. Badiglian Idael C. A. Santa Rosa UFLA Ismar Moraes FMV/UFF
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
Jairo Barreras FioCruz James N. B. M. Andrade FMV/UTP Jane Megid FMVZ/Unesp-Botucatu Janis R. M. Gonzalez FMV/UEL Jean Carlos R. Silva UFRPE, IBMC-Triade João G. Padilha Filho FCAV/Unesp-Jaboticabal João Luiz H. Faccini UFRRJ João Pedro A. Neto UAM Jonathan Ferreira Odontovet Jorge Guerrero Univ. da Pennsylvania José de Alvarenga FMVZ/USP Jose Fernando Ibañez FALM/UENP José Luiz Laus FCAV/Unesp-Jaboticabal José Ricardo Pachaly Unipar José Roberto Kfoury Jr. FMVZ/USP Juan Carlos Troiano FCV/UBA Juliana Brondani FMVZ/Unesp-Botucatu Juliana Werner Lab. Werner e Werner Julio C. C. Veado FMVZ/UFMG Julio Cesar de Freitas UEL Karin Werther FCAV/Unesp-Jaboticabal Leonardo D. da Costa Lab&Vet Leonardo Pinto Brandão Ceva Saúde Animal Leucio Alves FMV/UFRPE Luciana Torres FMVZ/USP-São Paulo Lucy M. R. de Muniz FMVZ/Unesp-Botucatu Luiz Carlos Vulcano FMVZ/Unesp-Botucatu Luiz Henrique Machado FMVZ/Unesp-Botucatu Marcello Otake Sato FM/UFTO Marcelo Bahia Labruna FMVZ/USP-São Paulo
Marcelo de C. Pereira FMVZ/USP-São Paulo Marcelo Faustino FMVZ/USP-São Paulo Marcelo S. Gomes Zoo SBC,SP Marcia Kahvegian FMVZ/USP-São Paulo Márcia Marques Jericó UAM e Unisa Marcia M. Kogika FMVZ/USP-São Paulo Marcio B. Castro UNB Marcio Brunetto FMVZ/USP-Pirassununga Marcio Dentello Lustoza Biogénesis-Bagó S. Animal Márcio Garcia Ribeiro FMVZ/Unesp-Botucatu Marco Antonio Gioso FMVZ/USP-São Paulo Marconi R. de Farias PUC-PR Maria Cecilia R. Luvizotto CMV/Unesp-Araçatuba M. Cristina F. N. S. Hage FMV/UFV Maria Cristina Nobre FMV/UFF M. de Lourdes E. Faria VCA/Sepah Maria Isabel M. Martins DCV/CCA/UEL M. Jaqueline Mamprim FMVZ/Unesp-Botucatu Maria Lúcia Z. Dagli FMVZ/USP-São Paulo Marion B. de Koivisto CMV/Unesp-Araçatuba Marta Brito FMVZ/USP-São Paulo Mary Marcondes CMV/Unesp-Araçatuba Masao Iwasaki FMVZ/USP-São Paulo
Mauro J. Lahm Cardoso Falm/Uenp Mauro Lantzman Psicologia PUC-SP Michele A. F. A. Venturini Odontovet Michiko Sakate FMVZ/Unesp-Botucatu Miriam Siliane Batista FMV/UEL Moacir S. de Lacerda Uniube Monica Vicky Bahr Arias FMV/UEL Nadia Almosny FMV/UFF Natália C. C. A. Fernandes Instituto Adolfo Lutz Nayro X. Alencar FMV/UFF Nei Moreira CMV/UFPR Nelida Gomez FCV/UBA Nilson R. Benites FMVZ/USP-São Paulo Nobuko Kasai FMVZ/USP-São Paulo Noeme Sousa Rocha FMV/Unesp-Botucatu Norma V. Labarthe FMV/UFFe FioCruz Patricia C. B. B. Braga FMVZ/USP-Leste Patrícia Mendes Pereira DCV/CCA/UEL Paulo Anselmo Zoo de Campinas Paulo César Maiorka FMVZ/USP-São Paulo Paulo Iamaguti FMVZ/Unesp-Botucatu Paulo S. Salzo Unimes, Uniban Paulo Sérgio M. Barros FMVZ/USP-São Paulo
Pedro Germano FSP/USP Pedro Luiz Camargo DCV/CCA/UEL Rafael Almeida Fighera FMV/UFSM Rafael Costa Jorge Hovet Pompéia Regina H. R. Ramadinha FMV/UFRRJ Renata A. Sermarini Esalq/USP Renata Afonso Sobral Onco Cane Veterinária Renata Navarro Cassu Unoeste-Pres. Prudente Renée Laufer Amorim FMVZ/Unesp-Botucatu Ricardo Duarte All Care Vet / FMU Ricardo G. D’O. C. Vilani UFPR Ricardo S. Vasconcellos CAV/Udesc Rita de Cassia Garcia FMV/UFPR Rita de Cassia Meneses IV/UFRRJ Rita Leal Paixão FMV/UFF Robson F. Giglio H. Cães e Gatos; Unicsul Rodrigo Gonzalez FMV/Anhembi-Morumbi Rodrigo Mannarino FMVZ/Unesp-Botucatu Rodrigo Teixeira Zoo de Sorocaba Ronaldo C. da Costa Ohio State University Ronaldo G. Morato CENAP/ICMBio Rosângela de O. Alves EV/UFG Rute C. A. de Souza UFRPE/UAG
Ruthnéa A. L. Muzzi DMV/UFLA Sady Alexis C. Valdes Unipam-Patos de Minas Sheila Canavese Rahal FMVZ/Unesp-Botucatu Silvia E. Crusco UNIP/SP Silvia Neri Godoy ICMBio/Cenap Silvia R. G. Cortopassi FMVZ/USP-São Paulo Silvia R. R. Lucas FMVZ/USP-São Paulo Silvio A. Vasconcellos FMVZ/USP-São Paulo Silvio Luis P. de Souza FMVZ/USP, UAM Simone Gonçalves Hemovet/Unisa Stelio Pacca L. Luna FMVZ/Unesp-Botucatu Tiago A. de Oliveira UEPB Tilde R. Froes Paiva FMV/UFPR Valéria Ruoppolo I. Fund for Animal Welfare Vamilton Santarém Unoeste Vania de F. P. Nunes FNPDA e Itec Vania M. V. Machado FMVZ/Unesp-Botucatu Victor Castillo FCV/UBA Vitor Marcio Ribeiro PUC-MG Viviani de Marco UNISA e NAYA Wagner S. Ushikoshi UNISA e CREUPI Zalmir S. Cubas Itaipu Binacional
revistaclinicaveterinaria.com.br
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Instruções aos autores
A
Clínica Veterinária publica artigos científicos inéditos, de três tipos: trabalhos de pesquisa, relatos de caso e revisões de literatura. Embora todos tenham sua importância, nos trabalhos de pesquisa, o ineditismo encontra maior campo de expressão, e como ele é um fator decisivo no âmbito científico, estes trabalhos são geralmente mais valorizados. Todos os artigos enviados à redação são primeiro avaliados pela equipe editorial e, após essa avaliação inicial, encaminhados aos consultores científicos. Nessas duas instâncias, decide-se a conveniência ou não da publicação, de forma integral ou parcial, e encaminham-se ao autores sugestões e eventuais correções. Trabalhos de pesquisa são utilizados para apresentar resultados, discussões e conclusões de pesquisadores que exploram fenômenos ainda não completamente conhecidos ou estudados. Nesses trabalhos, o bem-estar animal deve sempre receber atenção especial. Relatos de casos são utilizados para a apresentação de casos de interesse, quer seja pela raridade, evolução inusitada ou técnicas especiais. Devem incluir uma pesquisa bibliográfica profunda sobre o assunto (no mínimo 30 referências) e conter uma discussão detalhada dos achados e conclusões do relato à luz dessa pesquisa. A pesquisa bibliográfica deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Revisões são utilizadas para o estudo aprofundado de informações atuais referentes a um determinado assunto, a partir da análise criteriosa dos trabalhos de pesquisadores de todo o meio científico, publicados em periódicos de qualidade reconhecida. As revisões deverão apresentar pesquisa de, no mínimo, 60 referências provadamente consultadas. Uma revisão deve apresentar no máximo 15% de seu conteúdo provenientes de livros, e no máximo 20% de artigos com mais de cinco anos de publicação. Critérios editoriais Enviar por e-mail (cvredacao@editoraguara. com.br) ou pelo site da revista (http:// revistaclinicaveterinaria.com.br/blog/envio-deartigos-cientificos) um arquivo texto (.doc) com o trabalho, acompanhado de imagens digitalizadas em formato .jpg . As imagens digitalizadas devem ter, no mínimo, resolução de 300 dpi na lar gura 10
de 9 cm. Se os autores não possuírem imagens digitali za das, devem encaminhar pelo correio ao nosso departamento de re da ção cópias das imagens originais (fotos, slides ou ilustrações – acompanhadas de identificação de propriedade e autor). Devem ser enviadas também a identificação de todos os autores do trabalho (nome completo por extenso, RG, CPF, endereço residencial com cep, telefones e e-mail) e uma foto 3x4 de rosto de cada um dos autores. Além dos nomes completos, devem ser informadas as instituições às quais os autores estejam vinculados, bem como seus tí tulos no momento em que o trabalho foi escrito. Os autores devem ser relacionados na seguinte ordem: primeiro, o autor principal, seguido do orientador e, por fim, os colaboradores, em sequência decrescente de participação. Sugere-se como máximo seis autores. O primeiro autor deve necessariamente ter diploma de graduação em medicina veterinária. Todos os artigos, independentemente da sua categoria, devem ser redigidos em língua portuguesa e acompanhados de versões em língua inglesa e espanhola de: título, resumo (de 700 a 800 caracteres) e unitermos (3 a 6). Os títulos devem ser claros e grafados em letras minúsculas – somente a primeira letra da primeira palavra deve ser grafada em letra maiúscula. Os resumos devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões, de forma concisa, dos pontos relevantes do trabalho apresentado. Os unitermos não devem constar do título. Devem ser dispostos do mais abrangente para o mais específico (eg, “cães, cirurgias, abcessos, próstata). Verificar se os unitermos escolhidos constam dos “Descritores em Ciências de Saúde” da Bireme (http://decs.bvs.br). Revisões de literatura não devem apresentar o subtítulo “Conclusões”. Sugere-se “Considerações finais”. Não há especificação para a quantidade de páginas, dependendo esta do conteúdo explorado. Os assuntos devem ser abordados com objetividade e clareza, visando o público leitor – o clínico veterinário de pequenos animais. Utilizar fonte arial tamanho 12, espaço simples e uma única coluna. As margens superior, inferior e laterais devem apresentar até 3 cm. Não deixar linhas em branco ao longo do texto, entre títulos, após subtítulos e entre as referências. Imagens como fotos, tabelas, gráficos e ilustrações não podem ser cópias da literatura, mesmo que seja indicada a fonte. Devem ser
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utilizadas imagens originais dos próprios autores. Imagens fotográficas devem possuir indicação do fotógrafo e proprietário; e quando cedidas por terceiros, deverão ser obrigatoriamente acompanhadas de autorização para publicação e cessão de direitos para a Editora Guará (fornecida pela Editora Guará). Quadros, tabelas, fotos, desenhos, gráficos deverão ser denominados figuras e numerados por ordem de aparecimento das respectivas chamadas no texto. Imagens de microscopia devem ser sempre acompanhadas de barra de tamanho e nas legendas devem constar as objetivas utilizadas. As legendas devem fazer parte do arquivo de texto e cada imagem deve ser nomeada com o número da respectiva figura. As legendas devem ser autoexplicativas. Não citar comentários que constem das introduções de trabalhos de pesquisa para não incorrer em apuds. Sempre buscar pelas referências originais. O texto do autor original deve ser respeitado, utilizando-se exclusivamente os resultados e, principalmente, as conclusões dos trabalhos. Quando uma informação tiver sido localizada em diversas fontes, deve-se citar apenas o autor mais antigo como referência para essa informação, evitando a desproporção entre o conteúdo e o número de referências por frases. As referências serão indicadas ao longo do texto apenas por números sobrescritos ao texto, que corresponderão à listagem ao final do artigo – autores e datas não devem ser citados no texto. Esses números sobrescritos devem ser dispostos em ordem crescente, seguindo a ordem de aparecimento no texto, e separados apenas por vírgulas (sem espaços). Quando houver mais de dois números em sequência, utilizar apenas hífen (-) entre o primeiro e o último dessa sequência, por exemplo cão 1,6-10,13. A apresentação das referências ao final do artigo deve seguir as normas atuais da ABNT 2002 (NBR 10520). Utilizar o formato v. para volume, n. para número e p. para página. Não utilizar “et al” – todos os autores devem ser relacionados. Não abreviar títulos de periódicos. Sempre utilizar as edições atuais de livros – edições anteriores não devem ser utilizadas. Todos os livros devem apresentar informações do capítulo consultado, que são: nome dos autores, nome do capítulo e páginas do capítulo. Quando mais de um capítulo for utilizado, cada capítulo deverá ser considerado uma
referência específica. Não serão aceitos apuds nem revisões de literatura (Citação direta ou indireta de um autor a cuja obra não se teve acesso direto. É a citação de “segunda mão”. Utiliza-se a expressão apud, que significa “citado por”. Deve ser empregada apenas quando o acesso à obra original for impossível, pois esse tipo de citação compromete a credibilidade do trabalho). Somente autores de trabalhos originais devem ser citados, e nunca de revisões. É preciso ser ético pois os créditos são daqueles que fizeram os trabalhos originais. A exceção será somente para literatura não localizada e obras antigas de difícil acesso, anteriores a 1960. As citações de obras da internet devem seguir o mesmo procedimento das citações em papel, apenas com o acréscimo das seguintes informações: “Disponível em: <http://www. xxxxxxxxxxxxxxx>. Acesso em: dia de mês de ano.” Somente utilizar o local de publicação de periódicos para títulos com incidência em locais distintos, como, por exemplo: Revista de Saúde Pública, São Paulo e Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro. De modo geral, não são aceitas como fontes de referência periódicos ou sites não indexados. Ocasionalmente, o conselho científico editorial poderá solicitar cópias de trabalhos consultados que obrigatoriamente deverão ser enviadas. Será dado um peso específico à avaliação das citações, tanto pelo volume total de autores citados, quanto pela diversidade. A concentração excessiva das citações em apenas um ou poucos autores poderá determinar a rejeição do trabalho. Não utilizar SID, BID e outros. Escrever por extenso “a cada 12 horas”, “a cada 6 horas” etc. Com relação aos princípios éticos da experimentação animal, os autores deverão considerar as normas do SBCAL (Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório). Informações referentes a produtos utilizados no trabalho devem ser apresentadas em rodapé, com chamada no texto com letra sobrescrita ao princípio ativo ou produto. Nesse subtítulo devem constar o nome comercial, fabricante, cidade e estado. Para produtos importados, informar também o país de origem, o nome do importador/ distribuidor, cidade e estado. Revista Clínica Veterinária / Redação Rua Adolf Würth, 276, cj. 2, 06713-250, Cotia, SP cvredacao@editoraguara.com.br
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Medicina Veterinária de Desastres
A eutanásia dos animais por arma de fogo em Brumadinho A cidade de Brumadinho, MG, foi atingida pelo rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão no dia 25 de janeiro de 2019. O desastre provocou extensa destruição local, além de isolamento e morte de centenas de animais. Dentre esses, alguns se destacaram por sobreviver, atolados, durante alguns dias em locais aos quais a equipe de resgate não tinha acesso. Assim, os animais submetidos a essa situação de sofrimento receberam eutanásia, aplicada por profissionais capacitados sob a supervisão de um médico-veterinário, por meio do uso de arma de fogo. O objetivo do trabalho é apresentar as condutas adotadas pelas equipes compostas por voluntários, médicos-veterinários e órgãos policiais, que foram designadas para o resgate de animais localizados em meio aos rejeitos, bem como as legislações que respaldam essas condutas. Muitos desses animais ficaram parcial-
mente imersos nos dejetos, submetidos a intenso sofrimento por vários dias. Quando havia possibilidade de acesso, a equipe encarregada estabelecia estratégias para minimizar o sofrimento dessas vítimas, baseadas em dessedentação, alimentação e posterior resgate, com o auxílio de helicópteros 1 (Figuras 1 e 2). Alguns desses animais, nesse caso bovinos e equinos, localizavam-se em regiões sem acesso a água, alimentação, sombra nem possibilidade de movimentação; além disso, sofriam enorme pressão nas regiões corporais que estavam submersas, devido ao processo de evaporação da água presente na lama e ao aumento da sua densidade com o passar dos dias. Dessa forma, o bem-estar desses animais estava comprometido de forma irreversível. Ademais, não havia pontos de sustentação nos quais a equipe de resgate pudesse se apoiar em segurança para chegar aos
Aldair Junio Woyames Pinto
xxxx
A
B
C
Figura 1 – Etapas do resgate de animais após o rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão. A) Resgate aéreo de bovino. B) Equipe de resgate de voluntários da Brigada Animal, apoiada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais, realizando terapia emergencial após resgate aéreo de bovino. C) Tratamento de suporte após o resgate aéreo de bovino realizado pelo Corpo de Bombeiros em parceria com a equipe da Brigada Animal 12
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
animais, reduzir a pressão da lama sobre eles e, posteriormente, içá-los. Desse modo, ficou acordado que os resgates nessas circunstâncias seriam inexecutáveis e de alto risco para os socorristas. Portanto, a eutanásia foi adotada como a maneira mais adequada de fazer cessar o sofrimento desses animais, utilizando métodos previstos (disparos de arma de fogo 2) de acordo com as espécies envolvidas. Ela foi realizada por um profissional qualificado – nesse caso, um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), supervisionado por um médico-veterinário. De acordo com a Resolução nº 1.236/2018 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), define-se maus-tratos como quaisquer atos diretos ou indiretos, comissivos ou omissivos, que intencionalmente ou por negligência, imperícia ou imprudência provoquem dor ou sofrimento desnecessário aos animais. Ademais, essa resolução considera que a definição de maus-tratos inclui não adotar medidas minimizadoras de desconforto e sofrimento aos animais, além
de mantê-los impedidos de movimentação e descanso, sem acesso a água, alimentação e temperatura adequadas. Por fim, estabelece que os médicos-veterinários são os profissionais capacitados para identificar, diagnosticar, prevenir e adotar medidas que façam cessar as situações de maus-tratos e sofrimento dos animais 3. Uma das medidas permitidas pela Resolução nº 1.138/2016 do CFMV, que aprova o código de ética do médico-veterinário, consiste em realizar a eutanásia nos casos devidamente justificados, observando os princípios de saúde pública, a legislação de proteção aos animais e as normas do CFMV 4. A eutanásia consiste em fazer cessar a vida animal por meio de método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando os princípios éticos definidos nessa resolução e em outros atos do CFMV. É um procedimento indicado em situações nas quais o bem-estar do animal esteja comprometido de forma irreversível, a fim de eliminar a dor ou o sofrimento que
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Figura 2 – Animal preso à lama em condições de resgate, sem necessidade de eutanásia, após o rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão (A); e mesmo animal após o resgate feito por via aérea por voluntários da Brigada Animal, em segurança, após receber tratamento, alimentação e demais cuidados, já em processo de restabelecimento Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Medicina Veterinária de Desastres não possam ser controlados por meio de analgésicos, sedativos ou outros tratamentos. A participação do médico-veterinário é obrigatória na supervisão ou na execução da eutanásia e em todas as circunstâncias em que ela se faça necessária. Em casos de supervisão, a técnica deve ser executada por indivíduo treinado e habilitado, e ambos devem conhecer e evitar os riscos inerentes ao método escolhido. A escolha do método depende das espécies animais envolvidas, da idade e do estado fisiológico dos animais, bem como dos meios disponíveis para a sua contenção, da capacidade técnica do executador e do número de animais 5. Com relação ao cumprimento da eutanásia, os métodos aceitáveis e aceitos sob restrição são descritos no Anexo I da Resolução nº 1.000/2012 5 e variam de acordo com a espécie envolvida. Na situação descrita, a utilização de arma de fogo é um método físico aceito pelo Concea sob restrição para a eutanásia de equinos e ruminantes, por ser rápido, prático e causar menos estresse em relação a outros procedimentos 6. Para utilização da arma de fogo como método de eutanásia, deve-se escolher um calibre compatível com a espécie animal envolvida. A pressão provocada pela alta velocidade de colisão e penetração do projétil no crânio do animal leva à perda de consciência instantânea, devido ao trauma cranioencefálico gerado e à consequente depressão do sistema nervoso central 7. Diante do exposto, esse cenário de alto risco e difícil acesso para os socorristas induziu os responsáveis pelo resgate dos animais a adotarem a eutanásia por disparo de arma de fogo, executada por profissional competente. Esse posicionamento da equipe é respaldado nas legislações e amplamente aceito no âmbito médico-veterinário nessas condições. Sendo assim, a atuação da equipe para com os animais é considerada ética. Referências
1-CONSELHO 14
FEDERAL
DE
VETERINÁRIA. Nota de apoio à atuação dos médicos-veterinários em Brumadinho, MG. CFMV, 2019. Disponível em: <http://portal.cfmv. gov.br/noticia/index/id/5985/secao/6>. Acesso em 11 de abril de 2019. 2-CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Guia brasileiro de boas práticas para a eutanásia em animais: conceitos e procedimentos recomendados. 1. ed. Brasília: CFMV, 2013. 62 p. 3-CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Resolução nº 1236, de 26 de outubro de 2018. Define e caracteriza crueldade, abuso e maus-tratos contra animais vertebrados, dispõe sobre a conduta de médicos veterinários e zootecnistas e dá outras providências. CFMV, 2018. 4-CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Resolução nº 1138, de 16 de dezembro de 2016. Aprova o código de ética do médico veterinário. CFMV, 2016. 5-CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA. Resolução nº 1000, de 11 de maio de 2012. Dispõe sobre procedimentos e métodos de eutanásia em animais e dá outras providências. CFMV, 2012. 6-CONSELHO NACIONAL DE CONTROLE DE EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL. Resolução Normativa nº 13, de 20.09.2013. Diretrizes da prática de eutanásia do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal – CONCEA. 2013. 7-AMERICAN VETERINARY MEDICAL ASSOCIATION. AVMA guidelines for the euthanasia of animals: 2013 edition. Schaumburg: AVMA, 2013. 102 p.
Aldair Junio Woyames Pinto
MV, CRMV-MG: 11.224, PhD, prof. Centro Universitário Newton Paiva aldairwpinto@gmail.com
Luiza Fernandes Fonseca
Aluna de graduação em medicina veterinária Centro Universitário Newton Paiva luizafe1@hotmail.com
MEDICINA
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Medicina Veterinária do Coletivo
O impacto de animais de companhia na fauna silvestre brasileira
Fernando Gonsales
Introdução O aumento da população de cães e gatos não domiciliados em centros urbanos tem causado problemas que envolvem pessoas ou outros animais, como zoonoses (leptospirose, toxoplasmose, brucelose) e outras doenças intraespecíficas, como cinomose, parvovirose em cães e FIV e FeLV em gatos 1,2, além de atropelamentos e danos à propriedade pública ou particular, sendo seu manejo um desafio constante para a medicina veterinária do coletivo 3. Além desses problemas visíveis, outros, como a interação nociva à fauna nativa, têm sido subestimados ou mesmo ignorados pelos órgãos competentes e a sociedade em geral. Segundo a prerrogativa do Poder Executivo, a proteção da fauna nativa tem sido atribuição do Ibama e do ICMBio, como parte do Ministério do Meio Ambiente, sendo recente-
“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros” – George Orwell (A revolução dos bichos, 1945) 16
mente repassadas suas atividades também para as secretarias estaduais e municipais de Meio Ambiente. O Ministério do Meio Ambiente tem como missão promover a adoção de princípios e estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o uso sustentável dos recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a inserção do desenvolvimento sustentável na formulação e na implementação de políticas públicas, em todos os níveis e instâncias de governo e sociedade 4. As secretarias estaduais e municipais têm semelhanças nas esferas de atuação nos estados e nos municípios, incluindo o planejamento, a coordenação, a execução, o controle, o apoio e a avaliação da preservação ambiental 5. As políticas de defesa e proteção aos animais têm sido definidas no ambiente como um todo, agrupando benefícios a todas as espécies que dividem a existência, em particular nas áreas urbanas das cidades. Assim, tornase necessário estabelecer ações relativas à fauna doméstica e à fauna nativa 3. A maior parte dos recursos aplicados por pressão social aos respectivos poderes Executivo (presidente, governadores e prefeitos) e Legislativo (senadores, deputados e vereadores) tem se restringido às castrações como a forma mais eficaz de manejo populacional, com a captura, a esterilização e a soltura de animais domésticos castrados. A soltura de qualquer tipo de animal pode gerar impacto importante no meio ambiente, em particular tratando-se de cães e gatos, pois esses animais de companhia têm colocado em risco espécies nativas de vários países, como Austrália 6, Estados Unidos 2, e em alguns fragmentos da Mata Atlântica no Sudeste brasileiro 7 e, mais recentemente, no
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arquipélago de Fernando de Noronha, no Nordeste do nosso país 8. Impacto da fauna doméstica na fauna nativa O artigo 2° da Portaria do Ibama n° 93/1998 apresenta a definição de fauna silvestre brasileira como conjunto de espécies nativas e restritas a um determinado espaço geográfico, enquanto a fauna silvestre exótica inclui todas as espécies que não habitam naturalmente o território brasileiro, havendo ou não populações livres na natureza, geralmente introduzidas pelo homem. Finalmente, como fauna doméstica são consideradas todas as espécies que se tornaram domésticas sob os artifícios habituais de manejo, possuindo atributos biológicos e comportamentais em estreita conexão com o homem 9. Tanto o cão (Canis familiaris) como o gato doméstico (Felis catus) podem apresentar características de fauna exótica invasora quando deixam a vida doméstica e passam a se reintegrar ao ambiente de maneira asselvajada, colocando em risco a fauna nativa, uma vez que são carnívoros e encontram-se no topo da cadeia alimentar 10 (Figura 1). As implicações da entrada de espécies exóticas são em geral inesperadas, tornando-se
Alexarnder W. Biondo
Figura 1 – Pressões na cadeia alimentar que levam a aumento ou redução de animais da base da cadeia alimentar
uma ameaça expressiva quando passam a ser invasoras, com consequências que podem ser graves 11. A característica de “invasor” dessas espécies é favorecida pela ausência de predadores naturais e pela capacidade de se instalarem em diversos ecossistemas 12, além de serem exímios predadores e de apresentarem rápido crescimento e eficiência de dispersão 13. O impacto perante as espécies nativas pode ser agrupado em cinco categorias: a predação e o herbivorismo; a concorrência com outras espécies; a introdução de doenças infectocontagiosas; distúrbios físicos e químicos; além do acasalamento com espécies nativas 14. A incursão de espécies hoje é a segunda maior causa de perda de biodiversidade em escala global, ficando somente atrás da destruição de habitats 15, sendo que cerca de 40% de todas as extinções desde o século XVII cujas causas são avaliadas foram provocadas pela invasão de espécies exóticas 16. Vários estudos mostraram que nos Estados Unidos os gatos errantes podem aniquilar por ano cerca de 2,4 bilhões de aves e 12,3 bilhões de mamíferos, além de 478 milhões de répteis e 173 milhões de anfíbios 17. Do mesmo modo, cães e gatos têm um alto impacto de predação em aves não voadoras na Nova Zelândia. Um único cão doméstico matou 900 kiwis nesse país. Os gatos ferais podem matar 700 répteis, 150 aves e 50 mamíferos nativos por km 2 por ano 7, sendo nomeados uma das 100 piores espécies invasoras do mundo, segundo o Invasive Species Specialist Group (ISSG) 19. Em ilhas, os gatos são responsáveis por pelo menos 14% da extinção global de aves, mamíferos e répteis, e são a principal ameaça para quase 8% dos mamíferos, aves e répteis criticamente ameaçados 20. Segundo os pesquisadores do Instituto Brasileiro de Medicina da Conservação (Tríade) e do Centro de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado (CBC), ambos do ICMBio, no arquipélago de Fernando de Noronha são estimados mais de 1.300 gatos
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Medicina Veterinária do Coletivo – constituídos por animais domiciliados (que têm um tutor responsável), peridomiciliados (que não têm um responsável e acabam vivendo nas redondezas das casas) e animais ferais (que perderam o contato com os seres humanos e têm hábitos asselvajados). Esse contigente representa uma das maiores densidades da espécie já registradas em ambientes insulares 8. A partir do momento em que esses animais passam a ser asselvajados, eles se tornam um risco para as espécies endêmicas da região – por exemplo, no arquipélago, o lagarto mabuia (Trachilepys atlantica), uma espécie endêmica, é a presa favorita dos gatos ferais 8. É importante ressaltar que não somente cão e gato afetam a fauna nativa – animais silvestres exóticos também acabam causando desequilíbrio. Invasões biológicas têm modificado a biota mundial, provocando variações nos papéis de espécies nativas em comunidades, transformando processos evolutivos e gerando mudanças radicais na abundância de espécies, levando por vezes à extinção 21. No arquipélago de Fernando de Noronha são estudados em especial os impactos social, ecológico e econômico não apenas do gato doméstico, mas também do lagarto teiú (Salvator merianae) sobre o roedor mocó (Kerodon rupestris) 22, a lagartixa (Hemidactylus mabouia), o sapo-cururu (Rhinella jimi) e a perereca (Scinax sp.) 8. O impacto das invasões biológicas é considerado relativo, pois a perda de biodiversidade pode variar entre regiões, assim como pelas espécies nativas afetadas em locais e períodos diversos. Mamíferos da Índia, Indonésia, Austrália e Europa estão sendo diretamente ameaçados pelas espécies exóticas invasoras 24. Um dos países que mais sofre com a invasão de fauna exótica é a Austrália, que tem problemas com sapos, coelhos-europeus (coelhos-bravos), raposas-vermelhas, camelos, gatos, bodes, cervos, cavalos, porcos e búfalos, entre outros. De acordo com a Lei da Biodiversidade de 1999 daquele país, os animais acima citados são reconhecidos como 18
ameaça aos animais e plantas nativos. Os impactos de alguns desses animais já foram listados (key threatening processes – principais processos ameaçadores) 25, e a partir disso vêm se desenvolvendo planos de redução de ameaça 26. Outra maneira de as espécies exóticas afetarem diretamente a fauna nativa são as enfermidades infecciosas. Muitos animais silvestres não possuem sistema imunológico competente para combater patógenos originários dos animais domésticos, como é o caso dos coalas na Austrália. Um dos principais fatores que contribuem para o declínio e a viabilidade das populações afetadas é a doença causada pela bactéria Chlamydia, que tem sido relatada em quase todas as populações de coalas do continente australiano. Estudos recentes indicam que ela pode ter se alastrado inicialmente para os marsupiais a partir dos animais levados pelos primeiros colonos europeus para o país 27. Desconfia-se também que os gatos estejam transmitindo o vírus da leucemia felina (FelV) para grandes felídeos, como o puma (leão-damontanha), na Califórnia, e a gastrenterite infecciosa para a ameaçada pantera-da-flórida. A peritonite infeciosa dos felinos (PIF) foi diagnosticada em pumas e em linces, e o vírus da imunodeficiência dos felinos (FIV) já foi detectado em panteras-da-flórida e em bobcat ou lince-vermelho 2. Além disso, um estudo realizado no Parque Nacional das Emas e entorno, em Goiás, mostrou que a presença de cães nessa região poderia estar associada à transmissão de parvovírus a gatos-palheiros e onças-pardas, e de parvovírus e cinomose a lobos-guarás, cachorros-do-mato e jaguatiricas 1. Estratégias para mitigação do impacto Espécies exóticas como cães e gatos vêm causando mudanças dramáticas em todo o sistema ecológico mundial 28. Diversos estudos vêm sendo desenvolvidos para investigar as interações entre animais domésticos e a fauna nativa, e embora tenham sido registrados em muitas unidades de conservação
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brasileiras 29,30,31,32,33, ainda há muito o que estudar, principalmente para a elaboração de estratégias de manejo voltadas para o controle e a erradicação, assim como para a prevenção de invasões biológicas em locais sujeitos a essa ameaça 34. Para enfrentar esse cenário, o Ministério do Meio Ambiente instituiu, em agosto de 2018, o Plano de Implementação da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras, que dispõe de quatro instrumentos principais para a implementação eficaz (Figura 2) 35. Os seres humanos e os animais domésticos têm relações estreitas em muitas sociedades, e os esforços para reduzir os impactos desses animais sobre a vida selvagem podem, portanto, ser reforçados por políticas públicas que melhorem consideravelmente a compreensão da população a respeito dessa questão 28. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização pública que incidam sobre os problemas criados por animais domésticos e indiquem como isso pode ser evi-
tado – por exemplo, recomendando que os tutores mantenham os animais dentro de seus domicílios 36. Os animais de estimação são considerados membros da família. Dessa maneira, é notória a necessidade de tê-los por perto em atividades recreativas, como os passeios em parques e praias. Essas atividades, quando realizadas onde existe fauna nativa e associadas à ausência de conscientização pelos responsáveis, podem resultar em efeitos deletérios para as espécies nativas. Em parques que autorizam passeios com animais, o uso de coleira é exigido, mas não é respeitado, transformando um lazer que deveria ser inofensivo em um massacre à fauna nativa, tanto pelo estresse provocado pela perseguição, que muitas vezes resulta em óbito de espécies selvagens 10, como pelo abandono e a destruição de ninhos 37,38, o que prejudica a reprodução das aves 39 e leva à perda de biodiversidade. Como estratégia de controle populacional
Instrumento
Característica
Planos de prevenção,
Instrumentos de gestão, construídos de forma participativa e articulada, com um objetivo
erradicação, controle e
definido em escala temporal. Os planos podem focar em espécies individuais, grupos de
monitoramento de espécies
espécies, recorte geográfico ou vias e vetores de dispersão. As espécies podem constituir risco
exóticas invasoras
de introdução ou já estarem presentes.
Sistemas de detecção
Sistema de monitoramento de áreas de interesse ou de espécies exóticas por rede de
precoce e resposta rápida
colaboradores, com aplicação de medidas de erradicação e/ou controle executadas com rapidez quando ocorre a detecção de uma espécie exótica invasora ou com potencial de invasão, antes do seu estabelecimento e/ou invasão.
Análise de risco
Análise da probabilidade de introdução, estabelecimento e invasão de uma espécie exótica e da magnitude das consequências, usando informação de base científica e identificação de medidas que podem ser implementadas para reduzir ou gerenciar esses riscos, levando em consideração questões socioeconômicas e culturais. O procedimento completo inclui a identificação dos perigos, a avaliação, a caracterização, a gestão e a comunicação dos riscos.
Base de dados
Sistema informatizado contendo os dados de ocorrência e informações sobre as espécies exóticas invasoras presentes no país. As informações deverão incluir características de cada espécie, impactos, métodos e experiências de manejo, e dados espaciais, entre outros.
Figura 2 – Plano de implementação da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras e os instrumentos principais para a sua implementação. Tem como objetivo evitar a introdução e reduzir o impacto e a dispersão de espécies exóticas invasoras, assim como controlar ou erradicar essas espécies. Adaptado de Portaria n º 3 da Secretaria de Biodiversidade – Ministério do Meio Ambiente – MMA (Disponível em: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/ jsp/visualiza/index.jsp?data=17/08/2018&jornal=515&pagina=75) Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Medicina Veterinária do Coletivo de gatos ferais, tem-se utilizado a técnica de captura, esterilização e devolução (CED). Como forma de identificação visual, a ponta de uma das orelhas é cortada, evitando que o animal seja capturado e anestesiado novamente. O método CED, associado à adoção responsável dos animais, foi eficaz em um campus universitário da Flórida, no qual 73/155 (47,1%) dos gatos foram adotados durante o estudo 40. Entretanto, há necessidade de mais pesquisas científicas para avaliar a eficácia do método em áreas de conservação ambiental, a fim de sanar dúvidas quanto ao retorno desses gatos para um ambiente selvagem e seus efeitos sobre a fauna nativa 41. Gatos domésticos, mesmo em condições semidomiciliares – ou seja, que recebem alimento de seus responsáveis –, acabam exercendo comportamento de caça oportunista sobre invertebrados e pequenos animais vertebrados 33,34. O uso de dispositivos como guizos em coleiras pode minimizar a predação de espécies nativas. Considerações finais Ações continuadas de educação ambiental são importantes em áreas de conservação e em seu entorno ou proximidades (área de amortização) a fim de conscientizar a população, evitando o abandono e o estabelecimento de populações de cães e gatos não domiciliados ou ferais. Essa ações devem salientar a restrição das saídas e passeios de animais, sejam eles castrados ou não, e a importância das vacinações e vermifugações, sempre tendo como objetivo a proteção integrada da saúde animal, humana e ambiental 35. Referências
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Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Silvia Neri Godoy
MV, CRMV-SP 10.925 ICMBio. CNPCMC silvia.godoy@icmbio.gov.br
Ana Pérola Drulla Brandão
Bacharel em MV, mestre, aluna de doutorado FMVZ/USP anaperola@usp.br
Alexander Welker Biondo
MV, CRMV-PR 6.203, MSc, PhD., prof. Depto. Medicina Veterinária – UFPR abiondo@ufpr.br
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Medicina Veterinária do Coletivo
Introdução Lançada em 2017 pela Netflix, a série Lock up: extended stay (“Prisão: longa temporada”) relata o dia a dia de detentos de cadeias e presídios dos Estados Unidos. Em dois dos vinte episódios apresentados, a ressocialização dos presidiários é abordada por meio da interação com animais. O primeiro episódio mostra o treinamento de cavalos selvagens realizado por detentos da Califórnia, enquanto o terceiro episódio relata o adestramento de cães no Centro de Detenção de Chatham, na Geórgia. O contato de detentos com animais nas filmagens da série Lock up: raw (“Prisão: sem edição”), outro título da mesma franquia da série, enfocou a relação positiva entre presidiários e seus gatos de estimação. O documentário retrata a importante mudança ocasionada a partir dessa política de ressocialização, tanto para os detentos como para os animais. Os criminosos têm a chance de aprender algo novo, que poderá ser usado profissionalmente após o término da pena, permitindo que tenham mais chance de ser reabsorvidos pela sociedade. E os animais que não apresentavam bons níveis de socialização, ao passarem por adestramento e treinamento, têm mais chance de ser encaminhados para adoção e encontrar um lar. Em 2016, Prison dog film (“Cães de prisão”) foi filmado na Penitenciária Estatal de Fishkill, em Nova York. O documentário acompanha três presos que cumprem uma longa pena por assassinato e assalto à mão armada. O programa de treinamento de cães nesse presídio é realizado pela organização Puppies Behind Bars (Filhotes Atrás das Grades), comandada por Gloria Gilbert Stoga, que ensina os detentos a treinarem filhotes para serem cães-guias 24
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O adestramento de cães como ferramenta para a ressocialização de presidiários
Você salva um cão. Um cão salva você
ou detectores de explosivos. O projeto é desenvolvido em seis instituições correcionais; os animais treinados entram com 8 semanas e saem entre 12 e 24 meses de idade, e aqueles que apresentam alguma dificuldade ou problema de saúde são encaminhados para doação, castrados e vacinados. O projeto Huellas de Esperanza (Pegadas de Esperança) foi iniciado em 2011 na Argentina, país pioneiro a implementar esse programa em âmbito nacional na América Latina. Voltado principalmente para presos que cumprem o final da pena, pressupõe que o contato com os animais pode resultar em ajuda emocional, além de lhes proporcionar melhores chances de emprego ao deixarem a prisão. A duração do treino varia de um ano e meio a
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dois anos. O programa argentino inspirou-se na ideia da freira Pauline Quinn, que iniciou o projeto de cães em ambiente de presídios no ano de 1981, em Washington. Nos Estados Unidos, vários programas surgiram a partir da experiência da irmã Pauline. Em suas palestras, ela relata que, em sua infância e principalmente na adolescência, passou por episódios de violência, e foi no adestramento que encontrou uma saída para sua vida. Atualmente ela coordena, entre outros, o Prison Dog Project (Projeto Cães de Prisão). Inicialmente, os cães adestrados eram encaminhados para pessoas que tinham necessidades especiais. A partir disso, a irmã Pauline passou a ajudar a implantar projetos semelhantes em outros centros de recuperação, pois acreditava que, por meio do treinamento de cães, os detentos poderiam renovar sua esperança a partir do amor aos animais, exatamente como havia acontecido com ela. Não existem dados abrangentes sobre a prevalência desses programas no mundo, mas há relatos de que o treinamento de animais por presidiários é realizado em vinte estados dos Estados Unidos, e também no Canadá, na Austrália, Nova Zelândia, Itália e Argentina. Inúmeras ONGs atuam nesse setor, oferecendo o serviço para os centros correcionais e posteriormente disponibilizando os animais para a população. No Brasil, foi divulgada a notícia de que seriam construídos canis em dois presídios de Tremembé, que receberiam cães e gatos em 2018. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, os presidiários estariam envolvidos no projeto desde a construção dos canis até o treinamento técnico para banho, tosa e adestramento dos animais, e esse trabalho redundaria em abatimento da pena dos detentos. O programa acima citado seria fruto de uma cooperação técnica entre a Secretaria de Administração Penitenciária, o Superior Tribunal de Justiça – 1ª Vara de Execuções Criminais da comarca do município de Taubaté, o Conselho da Comunidade e a Prefeitura Municipal
de Taubaté. A adoção de uma política pública de proteção e cuidado para com os animais em estado de abandono, a par da ressocialização e da construção social dos detentos, constituem o objeto dessa cooperação que está sendo implementada em unidades prisionais do município. O desenvolvimento da política pública que interliga a proteção e o cuidado aos animais e possíveis melhoras na vida de pessoas em situação carcerária é norteado por três objetivos: 1. possibilitar uma eficaz política pública de controle, recolhimento e cuidado dos animais em situação de abandono no âmbito da competência municipal; 2. criar oportunidade de trabalho para os reeducandos custodiados no Centro de Progressão Penitenciária de Tremembé, possibilitando a remissão de pena prevista no artigo 126 da Lei nº 7.210/84; 3. contribuir efetivamente com a ressocialização dos reeducandos, priorizando a humanização e o desenvolvimento da afetividade, além dos aspectos morais e éticos. Benefícios e perspectivas Apesar de os programas de treinamento de cães em instalações correcionais terem começado a ser implantados na década de 1980, seus efeitos a longo prazo não foram estudados. No entanto, existem diversos relatos extremamente positivos de presidiários, funcionários e adotantes dos cães a esse respeito. Basicamente, há três grupos diretamente beneficiados: os presidiários, os cães e a sociedade. O Journal of Family Social Work (Jornal de Trabalho Social Familiar) entrevistou vários participantes de programas de reabilitação com animais. Segundo eles, os cães são verdadeiros terapeutas, e são notáveis as mudanças de comportamento e atitudes proporcionadas por eles no ambiente hostil da prisão, onde a introdução do programa de adestramento de animais provocou melhoras evidentes no comportamento dos internos.
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Medicina Veterinária do Coletivo Além disso, o auxílio prestado pelos animais adestrados a pessoas com deficiência é visto como uma retribuição à comunidade. Diversos estudos já demonstraram os benefícios do contato de animais com crianças, idosos, pessoas com transtornos psicológicos, deficientes físicos, etc. Dessa maneira, o simples contato no ambiente penitenciário é capaz de proporcionar melhoras psicológicas aos detentos, diminuindo a tensão e o estresse entre eles. As pesquisas feitas com os participantes dos projetos revelam o potencial transformador gerado por esses programas tanto dentro como fora das paredes das prisões. Um estudo feito por psicólogos na Virgínia analisou 48 reclusos de uma prisão masculina no sudoeste do estado, 24 dos quais faziam parte do grupo de controle, e os outros 24 constituíam o grupo que realizaria a interação com os animais. O resultado das análises demonstrou uma considerável queda no número de infrações institucionais praticadas pelos participantes, bem como melhoras nas terapias físicas, ocupacionais e psicológicas leva-
das a efeito no local. Houve impacto benéfico na avaliação de sensibilidade e expressividade dos detentos, e considerável melhora na interação entre funcionários e reclusos. Segundo os pesquisadores, apesar de escassos, os estudos voltados para avaliar as implicações geradas por meio de intervenções com animais na reabilitação dos presidiários são muito importantes, considerando que essas pessoas podem se adequar à sociedade e executar um trabalho proveitoso ao terminarem de cumprir suas penas. A partir dos programas já executados internacionalmente e tendo em vista os benefícios apontados, percebe-se uma grande oportunidade para tentar solucionar ou ao menos mitigar dois grandes problemas do Brasil. O primeiro se refere aos presidiários, que necessitam de oportunidades para melhorar seu estado atual, e o segundo, aos milhares de animais em situação de abandono e maustratos, que, assim como os detentos, muitas vezes só precisam de uma chance para mudarem de vida.
Prison Pet Partnership (Parceria de Pets e Prisão)
Centro Correcional para Mulheres em Washington, EUA
Prisioneiras treinam filhotes trazidos de abrigos para serem oferecidos a pessoas com deficiência. Serve também como treinamento vocacional para as prisioneiras.
Humane Society of Oldham County (Sociedade Humanintária do Condado de Oldham) – KSR Camp K-9
Reformatório do Estado de Kentucky, EUA
Ressocializam cães com baixa probabilidade de adoção.
Wild Horse Internate Program (Programa de Internato com Cavalo Selvagem)
Departamentos correcionais do Colorado e do Arizona, EUA
Os detentos supervisionados por treinadores profissionais participam do treinamento de cavalos selvagens que estão sob a proteção do governo.
Dawgs in Prison (“Cães” em Prisão)
Instituto Correcional do Golfo, em Wewahitchka, na Flórida, EUA
Treinamento de cães abandonados e vítimas de maus-tratos, que após a socialização são encaminhados para adoção.
CPS Prison Program (Programa Prisional de Ciência do Desempenho Canino)
Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Auburn, no Alabama, EUA
Programa conjunto entre a universidade e prisões, em que se treinam filhotes para detectar bombas, venenos e outros materiais perigosos.
Cadeia Municipal de Norfolk, New England Wildlife Center (Centro de Animais Selvagens em Dedham, Massachusetts, EUA da Nova Inglaterra)
Os detentos têm a chance de trabalhar no tratamento e na recuperação de animais selvagens.
Puppies Behind Bars (Filhotes Atrás das Grades)
Adestramento de cães para detectar bombas ou para cuidar de soldados feridos em guerra, pós-desmobilização.
Programa que opera em seis prisões de Nova York, EUA
Exemplos de programas de interação entre presidiários e animais nos Estados Unidos 26
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Referências sugeridas
1-ALVERNIA UNIVERSITY. Man’s best friend: how dog training is affecting prison rehabilitation. Alvernia University, 2015. Disponível em: <https:// online.alvernia.edu/how-dog-training-is-affectingprison-rehabilitation/>. Acesso em 14 de dezembro de 2018. 2-CARMO, M. Argentina usa adestramento de cães para reabilitar presos. BBC News, 2014. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/ noticias/2014/08/140820_argentina_adestramento_ caes_pai_mc>. Acesso em 16 de janeiro de 2019. 3-BRITTON, D. M. ; BUTTON, A. Prison pups: assessing the effects of dog training programs in correctional facilities. Journal of Family Social Work, v. 9, n. 4, p. 79-95, 2006. doi: 10.1300/J039v09n04_06. 4-FOURNIER, A. K. ; GELLER, E. S. ; FORTNEY, E. E. Human-animal interaction in a prison setting: impact on criminal behavior, treatment progress, and social skills. Behavior and Social Issues, v. 16, n. 1, p. 89105, 2007. doi: 10.5210/bsi.v16i1.385. 5-FURST, G. Prison-based animal programs: a national survey. The Prison Journal, v. 86, n. 4, p. 407-430, 2006. doi: 10.1177/0032885506293242. 6-GLOBO 1. Após construção de canil, presídios de Tremembé vão receber cães e gatos abandonados. G1 Vale do Paraíba e Região, 2018. Disponível em:
<https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/ noticia/apos-construcao-de-canil-presidios-detremembe-vao-receber-caes-e-gatos-abandonados. ghtml>. Acesso em: 16 de janeiro de 2019. 7-WHEATON, L. Prison-based animal programs: a critical review of the literature and future recommendations. 2013. 24 f. Dissertação (Doutorado em Psicologia) – School of Graduate Psychology, College of Health Professions, Pacific University, Forest Grove. Disponível em: <https://commons.pacificu.edu/cgi/ viewcontent.cgi?referer=https://www.google. com/&httpsredir=1&article=2097&context=spp>. Acesso em 14 de dezembro de 2018. Daniela Patricia Tozetto MV, CRMV-PR 15.400, residente em MVC Depto. Medicina Veterinária, UFPR dany_tozetto@hotmail.com
Alexander Welker Biondo
MV, CRMV-PR 6.203, MSc, PhD., prof. Depto. Medicina Veterinária – UFPR abiondo@ufpr.br
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O transporte de animais de companhia no Brasil
Viagem de carro Viajar de carro com um animal pode ser uma experiência muito positiva quando as condições de conforto e segurança são adequadas. O transporte de animais em carros é permitido pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT), porém é preciso evitar acidentes e cuidar do conforto do animal. Devem-se adotar alguns cuidados, como evitar levar o animal no banco do carona, no colo ou na parte externa do veículo, o que é expressamente proibido, conforme os artigos 235 e 252 da Lei nº 9.503/1997 do CBT. A infração gera multa e até cinco pontos na carteira, se o motorista for flagrado no ato 2. Além disso, os animais nunca poderão ficar soltos ou sozinhos no carro 3. O animal sempre deverá ser transportado no banco traseiro. Os cães de até 100 kg devem utilizar cintos de segurança ligados a coleiras que envolvam o peito. Caixas de transporte firmes e à prova de fugas devem ser utilizadas no transporte de gatos e podem 28
ser úteis no transporte de cães de até 25 kg. O cinto de segurança deve envolver a caixa de transporte, para que ela fique bem firme. Para uma ambientação melhor, a caixa pode ser forrada internamente com panos e almofadas, assim como com tapetes higiênicos para as necessidades fisiológicas, e brinquedos ou objetos pessoais do tutor 3,4. Alguns cães podem ficar assustados com viagens de carro. Para que isso não ocorra, é importante que o animal seja previamente treinado. Exercícios simples, como deixá-lo entrar e sair do carro quantas vezes quiser e passeios curtos em parques e praças, com posterior oferta de recompensas, fazem com que o animal entenda essas experiências de forma positiva. Durante a viagem, sempre que possível, devem-se fazer paradas a fim de que o animal se acalme e faça suas necessidades. No caso dos gatos, pode ser um pouco
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Introdução Em épocas de festas e feriados, milhares de animais são abandonados nas ruas todos os anos, e no final de ano o abandono pode aumentar até 15% 1. Por outro lado, os tutores de animais de companhia conscientes e responsáveis lidam com a dúvida do que fazer com o animal de estimação durante os períodos de viagem. Algumas opções incluem deixar o animal sob os cuidados de um amigo ou parente, em um hotel especial para cães e gatos ou levá-lo consigo ao destino da viagem – o que, com os devidos cuidados, pode ser a melhor opção para ambos. O transporte de animais pelos diferentes meios deve ser sempre calculado com antecedência, tendo sempre em mente que requer cuidados diferenciados.
O médico-veterinário deve orientar o tutor a entrar previamente em contato com a companhia escolhida para reservar o lugar do animal e verificar as suas políticas de transporte e as exigências do local de destino
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mais complicado, pois muitos ficam estressados durante as viagens, vocalizando bastante. Quando isso acontecer, o mais importante é que o tutor não perca a paciência e tente acalmar o animal conversando e fazendo carinho. O animal deve passar por consulta com o médico-veterinário antes de viajar, para que seja examinado, bem como para que o tutor receba orientações e prescrição de medidas preventivas contra eventuais enjoos, além da emissão de atestado de saúde. As vacinas deverão estar em dia, principalmente a antirrábica, com prazo mínimo de cobertura imunológica e feita também contra todas aquelas doenças que colocarem em risco o animal durante o transporte e no destino da viagem Viagem intermunicipal/estadual de ônibus Em viagens intermunicipais de ônibus, de acordo com o a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o animal deverá ser obrigatoriamente transportado em caixas que respeitem os limites máximos de peso e dimensão estipulados para bagagens (30 kg por passageiro). Devem também portar um atestado de saúde emitido no máximo 15 dias antes por um médico-veterinário. O modelo de atestado de saúde se encontra no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) 5. É importante sempre entrar em contato com a empresa de ônibus responsável para descobrir quais são os pré-requisitos necessários para o transporte de animais. Algumas empresas, por exemplo, não permitem o transporte a não ser que o animal viaje sedado; outras, apenas se todos os passageiros estiverem de acordo. Outro cuidado a tomar é que as empresas de ônibus normalmente só admitem o transporte de dois animais por trajeto, sendo importante portanto certificar-se de que a vaga se encontra disponível 6,7. Metrôs e trens Alguns estados, como São Paulo, já permitem o transporte de animais em metrôs e trens.
A lei estadual foi sancionada em 2019 e permite o transporte de animais na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Veículos Leves de Transporte (VLT), metrô e ônibus intermunicipais. O transporte em ônibus municipais (SPTrans) já é permitido desde 2015. Para que isso seja possível, os animais deverão ser conduzidos em caixas de transporte e não podem ter mais de 10 kg ou serem considerados peçonhentos ou ferozes. O tutor ou responsável deve pagar uma tarifa regular para o assento que será ocupado pela caixa de transporte. É importante ressaltar que os animais não podem ser transportados em horários de pico de dias úteis (das 6h às 10h e das 16h às 19h), exceção feita caso o animal tenha algum procedimento cirúrgico agendado, com apresentação de uma justificativa assinada pelo médico-veterinário responsável pelo procedimento 8. Transporte aéreo Para o transporte de cães e gatos em aviões, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina algumas regras importantes. Os animais devem estar com a carteira de vacinação em dia e precisam ser levados em caixas de transporte com compartimentos para água e comida, e forradas com tapetes higiênicos absorventes para eventuais necessidades. As dimensões da caixa de transporte variam de acordo com a empresa. O tutor do animal deve se informar previamente a respeito, para que não ocorram possíveis imprevistos. Cãesguias podem ser transportados gratuitamente na cabine de qualquer empresa 9-11. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para qualquer viagem internacional de cães e gatos, o estado de saúde e o histórico sanitário do animal devem estar declarados num documento emitido no país de origem e aceito pelo país de destino. No Brasil, esses documentos são o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos (PTCG) e o Certificado Veterinário Internacional (CVI), emitidos pelos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affa), autoridades
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Medicina Veterinária do Coletivo médico-veterinárias do Mapa que atuam nas Unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) de aeroportos, portos, postos de fronteira e aduanas 12,13. O PTCG e o CVI atestam a saúde do animal e podem demorar até 30 dias para serem emitidos. São concedidos aos animais que atendam a algumas condições – como terem pelo menos 90 dias de vida, serem nascidos no Brasil ou terem sido importados definitivamente. Além disso, os animais devem ser microchipados e previamente examinados por médicos-veterinários regularmente cadastrados no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) do respectivo estado 13. Para a emissão do PTCG, o tutor deve imprimir e preencher duas vias do Requerimento para Concessão de Passaporte para Cães e Gatos, que pode ser encontrado no site do Mapa, entregue presencialmente em uma unidade do Vigiagro, junto do animal e portando alguns documentos como identidade, comprovante de residência, comprovante de aplicação do microchip e atestado de saúde emitido há no máximo 10 dias por um médico-veterinário cadastrado no CRMV 5,14. Fotos 5 x 7 do pet também podem ser empregadas para identificação em caso de perda ou roubo. Depois de pronto, o passaporte do animal é vitalício 15. Deve-se ressaltar a importância de sempre entrar previamente em contato com a empresa aérea para verificar suas políticas de transporte animal e as tarifas, assim como a política do país de destino na viagem, pois alguns solicitam documentos mais específicos (Figura 1). Muitos países europeus exigem que o animal tenha o exame sorológico da vacina antirrábica, que pode demorar até 60 dias para ficar pronto, requerendo portanto preparo prévio do tutor 16. Outro ponto relevante é que algumas empresas não transportam determinadas raças, como cães e gatos braquicéfalos, devido a possíveis dificuldades respiratórias, e determinados países não aceitam a entrada de cães pertencentes a raças consideradas “de briga” 9-11. Para que o animal seja transportado na ca30
bine junto com o proprietário, a GOL Linhas Aéreas determina que a soma do peso do animal mais a caixa de transporte não deve ultrapassar 10 kg, caso contrário ele será despachado. Para que o animal seja transportado no compartimento de carga do avião, a GOL deve ser contatada com antecedência. A empresa não permite o transporte de animais acima de 30 kg e nem de cães e gatos de raças braquicefálicas 9. Os documentos necessários para o transporte de animais pela GOL são a Solicitação para Transporte de Animais em Cabine de Cliente, a carteira de vacinação com as vacinas em dia, aplicadas de um ano a 30 dias antes da viagem, atestado de saúde emitido por um médico-veterinário até 10 dias antes da viagem e, em voos internacionais, o Certificado Veterinário Internacional, que é válido por até 60 dias após a emissão. O passaporte é opcional. As taxas cobradas são de R$ 650,00 para voos nacionais e R$ 800,00 para voos internacionais 9. A Azul exige que o peso do animal somado ao da caixa não ultrapasse 5 kg para que seja transportado na cabine, e não transporta animais no compartimento de carga. Os documentos exigidos são a carteira de vacinação com a vacina antirrábica em dia e atestado de saúde emitido por um médico-veterinário até 10 dias antes da viagem. A empresa cobra a taxa de R$250,00 por animal 10. Para o transporte na cabine, a Latam exige que o peso do animal somado ao da caixa não ultrapasse 7 kg, e a caixa deve caber sob o assento dianteiro. O serviço deve ser solicitado até 24 horas antes da viagem. Para que o transporte seja realizado no bagageiro do avião, o peso do animal somado ao da caixa não deve ultrapassar os 45 kg (ou 32 kg se o destino for Europa, Oceania, Argentina ou Aruba). Não são permitidas raças braquicefálicas ou consideradas agressivas no compartimento de carga 11. Os documentos exigidos pela companhia são o atestado de saúde emitido pelo médico-veterinário até 10 dias antes do voo, o atestado de vacinação antirrábica em dia e o CVI para viagens internacionais. A
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Gol
Azul
Latam
Cão-guia na cabine
Sim
Sim
Sim
Animal na cabine
Sim
Sim
Sim
Peso máximo do animal + caixa de transporte na cabine
10 kg
5 kg
7 kg
Animal no compartimento de carga
Sim
Não
Sim
Exigências de voo nacional
1) Carteira de vacinação em dia; 1) Carteira de vacinação em dia; 1) Carteira de vacinação em dia; 2) atestado de saúde; 2) atestado de saúde; 2) atestado de saúde;
Exigências de voo internacional
1 e 2 + CVI
–
Custo
R$ 650,00
R$250,00
Figura 1 – Exigências das empresas aéreas para transporte de animais de estimação nação Internacional
Considerações finais As viagens com animais de estimação devem ser planejadas com antecedência. Para viagens longas, recomenda-se que a caixa de transporte seja espaçosa, facilitando a movimentação do animal. O médico-veterinário deve orientar os tutores para deixar as vaci-
R$ 200,00 9-11
. CVI - Certificado de Vaci-
Leandro Biondo
taxa cobrada por animal é de R$ 200,00 para viagens nacionais; as taxas cobradas para voos internacionais variam de acordo com o país de destino 11. Nenhuma empresa aérea transporta animais sedados, e as dimensões da caixa de transporte variam de acordo com a companhia, mas todas especificam que o animal deve conseguir se virar e ficar em pé dentro dela 9-11. É de suma importância entrar em contato com a companhia aérea escolhida antes de viajar, para reservar o lugar do animal e verificar as suas políticas de transporte, assim como as exigências do país de destino. A aceitação do transporte dos animais tem sido cada vez maior, já que, atualmente, eles são considerados membros da família. Visto isso, muitos aeroportos e rodoviárias dispõem de espaços pet friendly. Um exemplo disso é o Aeroporto de Atlanta, nos Estados Unidos, que conta com um espaço enriquecido com diversos objetos para o entretenimento dos animais, como grama e um hidrante artificiais (Figura 2).
1 e 2 + CVI
Figura 2 – Espaço pet do Aeroporto Internacional de Atlanta Hartsfield-Jackson, EUA, considerado o mais movimentado do mundo, com 104 milhões de passageiros em 2017
nas e a saúde do animal em dia e para buscar orientações sobre o transporte junto à empresa, para que a viagem seja confortável, feita de acordo com a legislação e sem imprevistos Referências
01-CAVALCANTII, T. Festas de fim de ano fazem crescer abandono de animais. Paraná Portal, 2018. Disponível em: <https://paranaportal.uol.com. br/cidades/festas-de-fim-de-ano-fazem-crescerabandono-de-animais/>. Acesso em 7 de março de 2019. 02-BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Brasília: Diário
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cachorro-e-gato/>. Acesso em 29 de abril de 2019. 12-MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Vigilância Agropecuária. Animais de Estimação. Como levar o seu cão ou gato para o exterior e como trazer o seu cão ou gato para o Brasil. Disponível em: <http://www. agricultura.gov.br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/ animais-estimacao>. Acesso em 7 de março de 2019. 13-MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Perguntas e respostas frequentes sobre viagens internacionais com cães e gatos. Secretaria de Defesa Agropecuária. Coordenação Geral da Vigilância Agropecuária VIGIAGRO. Disponível em: <http://www.agricultura. gov.br/assuntos/vigilancia-agropecuaria/publicacoesvigilancia-agropecuaria/perguntas-respostasanimais--estimacao>. Acesso em 7 de março de 2019. 14-CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - SP. Vigilância Agropecuária Internacional: guia para emissão de atestado de saúde (cães e gatos). 1. ed. São Paulo: Serviço de Vigilância Agropecuária em Guarulhos, 2017. 45 p. Disponível em: <https://www.crmvsp.gov.br/arquivo_ midia/Guia_Emissao_de_Atestado_de_Saude_ Caes_e_Gatos.pdf>. Acesso em 7 de março de 2019. 15-CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA - SP. Vigilância Agropecuária Internacional: guia para utilização de passaporte para trânsito de cães e gatos. 1. ed. São Paulo: Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional SVA/GRU. Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários – ANFFA Sindical. Disponível em: <https://www.crmvsp.gov.br/arquivo_legislacao/ Guia_para_Utilizacao_de_Passaporte_para_ Transito_de_Caes_e_Gatos.pdf>. Acesso em 7 de março de 2019. 16-UNIÃO EUROPEIA. Sair do Brasil – requisistos. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/ assuntos/vigilancia-agropecuaria/animais-estimacao/ sair-do-brasil/requisitos-em-pdf-publicados/uniaoeuropeia.pdf>. Acesso em 7 de março de 2019. Gabriela Hartmann MV, CRMV-PR 16.731 residente (R1) em MVC UFPR gabrielahartmann96@gmail.com
Alexander Welker Biondo
MV, CRMV-PR 6.203, MSc, PhD., prof. Depto. Medicina Veterinária – UFPR abiondo@ufpr.br
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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SAC: 0800 888 7387 Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Dermatologia Lokivetmab – uma nova opção para o tratamento e o controle da dermatite atópica canina – revisão Lokivetmab – a new option for the treatment and control of canine atopic dermatitis – review Lokivetmab – una alternativa para el tratamiento y control de la dermatitis atópica canina – revisión Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, p. 34-38, 2019
Mariana B. Mascarenhas MV, CRMV-RJ: 8.014, MSc, PhD, Pós-dra, Otoderme mm.bezerra@yahoo.com
Cristiane Bazaga Botelho MV, CRMV-RJ: 7.542, Msc Otoderme vetcris@gmail.com
Resumo: Os anticorpos monoclonais são tema de pesquisa na medicina humana. Eles têm como alvo receptores específicos ou determinadas citocinas e são altamente específicos e eficazes no bloqueio de sua molécula-alvo. O lokivetmab é um anticorpo monoclonal caninizado anti-IL-31 que se liga especificamente à IL-31 circulante, e foi recentemente aprovado para o tratamento da dermatite atópica canina. Atualmente, o lokivetmab é o primeiro anticorpo monoclonal terapêutico utilizado na medicina veterinária. Este trabalho teve como objetivo revisar e atualizar os clínicos sobre esse novo anticorpo monoclonal que está disponível para tratamento da dermatite atópica canina. Unitermos: cão, biológicos, dermatite atópica canina, tratamento, anticorpo monoclonal caninizado anti-IL-31 Abstract: Monoclonal antibodies have been studied in human medicine for a while. They target specific receptors and cytokines, and are highly specific and effective in blocking their target molecule. Lokivetmab is a monoclonal caninised anti-IL-31 antibody that was recently approved for the treatment of atopic dermatitis in dogs. Currently, no other therapeutic monoclonal antibody is used in veterinary medicine. The goal of this review of literature is to update clinicians on this new biological option for the treatment of canine atopic dermatitis. Keywords: dog, biologicals, canine atopic dermatitis, treatment, monoclonal caninised anti-IL-31 antibody Resumen: Los anticuerpos monoclonales son tema de investigación en la medicina humana, y tienen como blancos receptores específicos o determinadas citoquinas. Son muy específicos y eficientes en el bloqueo de su molécula blanco. El lokivetmab es un anticuerpo monoclonal caninizado anti-IL-31 que se une específicamente a la IL-31 circulante, que fue aprobado recientemente para el tratamiento de la dermatitis atópica canina. Actualmente este fármaco representa el primer anticuerpo monoclonal terapéutico que se utiliza en medicina veterinaria. Este trabajo tiene como objetivo revisar y actualizar las informaciones científicas sobre este nuevo anticuerpo monoclonal que se encuentra disponible para el tratamiento de la dermatitis atópica en perros. Palabras clave: perro, biológicos, dermatitis atópica canina, tratamiento, anticuerpo monoclonal caninizado anti-IL-31
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Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Clínica Piotórax felino associado à presença de fragmento ósseo em lobo pulmonar – relato de caso Pyothorax associated with bone fragment in the lower respiratory tract of a domestic cat – case report Piotórax y fragmento óseo en lobo pulmonar en un felino – relato de caso Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, p. 40-48, 2019 Ana Paula F. R. Loureiro MV, CRMV-PR 2.408, mestre, dra., profa. Depto. Med. Vet. Prev. – UEL ana.bracarense29@gmail.com
Raquel C. S. Siqueira aluna de graduação CMV/UEL
rachel_loira96@hotmail.com
Andrei Kelliton Fabretti MV, CRMV-PR: 8.807, mestre, dr., prof. Depto. Clín. Vet. – UEL e Unopar akfabretti@gmail.com
Victor Furlan aluno de graduação CMV/UEL
victor_furlan@hotmail.com
Winni Alves Ladeia Bacharel em medicina veterinária, aluna de mestrado CMV/UEL winnialvesladeia@gmail.com
Victor Dellevedove Cruz aluno de graduação CMV/UEL victor_d.c@hotmail.com
Aline Ticiani P. Paschoal MV, CRMV-PR 13.690, residente UEL
Resumo: Piotórax é o termo que denomina o acúmulo de pus na cavidade pleural, muitas vezes associado a dispneia. O presente trabalho relata um caso de piotórax em uma gata, aparentemente provocado pela aspiração de fragmento ósseo ou pela sua migração desde a cavidade abdominal. A paciente apresentava distensão abdominal e dispneia de evolução progressiva. Nos exames complementares observaram-se leucocitose por neutrofilia com desvio à esquerda e linfocitose e exsudato séptico em tórax. Devido ao estado crítico, a paciente veio a óbito cerca de 24 horas após a internação. A necrópsia evidenciou a presença de um pequeno fragmento ósseo nas vias aéreas inferiores, uma causa bastante rara de piotórax, particularmente nessa espécie. Mesmo sendo raro, devemos considerar o corpo estranho como causa de piotórax e sepse na espécie felina. Unitermos: gatos, corpo estranho, supuração Abstract: Pyothorax is the accumulation of exudate in the pleural cavity. Affected patients are often presented with acute dyspnea. We report a case of pyothorax associated with the presence of a bone fragment in the lower respiratory tract of an adult domestic cat. We presume that the bone fragment reached the respiratory tract by either aspiration or migration from the abdominal cavity. The patient presented with abdominal distension and acute dyspnea. Bloodwork revealed neutrophilic leukocytosis with left shift and lymphocytosis. Thoracic fluid analysis confirmed septic exudate. The patient was unresponsive to the treatment and died within 24 hours of admission. Necropsy revealed the presence of a bone fragment in the lower respiratory tract. We suggest that foregin bodies should be considered as a rule-out cause of pyothorax and sepsis in domestic cats. Keywords: domestic cat, foreign body, suppuration Resumen: El término piotórax define el acúmulo de pus en la cavidad pleural, en muchos casos relacionado con la presencia de cuadros disneicos. El presente trabajo relata un caso de piotórax en una gata que puede haber sido provocado por la aspiración de un fragmento óseo o por su migración desde la cavidad abdominal. La paciente presentaba distensión abdominal y disnea de evolución progresiva. En los exámenes de laboratorio se observó la presencia de leucocitosis, neutrofilia con desvío a la izquierda y linfocitosis, así como también un exudado séptico en tórax. Debido al estado crítico en que se encontraba, la paciente murió 24 horas después de ser internada. Durante la necropsia se observó un pequeño fragmento de hueso en las vías aéreas posteriores, una causa bastante rara de piotórax, particularmente en esta especie. Aún siendo raro, se debe considerar a los cuerpos extraños como posibles causas de piotórax y sepsis en felinos. Palabras clave: gatos, cuerpo extraño, supuración
ticianipaschoal@gmail.com
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Diagnóstico por imagem Utilização de picossulfato de sódio e citrato de magnésio associado a dieta pobre em resíduos no preparo do intestino grosso para a avaliação por videoendoscopia flexível em cães adultos Use of sodium picosulfate and magnesium citrate associated with low residue diet to prepare the large bowel for colonoscopy using flexible video-endoscope in adult dogs Utilización de picosulfato de sodio y citrato de magnesio y una dieta pobre en residuos en la preparación del intestino grueso para la evaluación por videoendoscopia flexible en perros adultos Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, p. 50-58, 2019
Marcos Vinícius de Souza MV, CRMV-MG: 8.597, dr., prof. Faculdade do Futuro mvscardoso@yahoo.com.br
Núbia Estéfane G. Botelho aluna de graduação Faculdade do Futuro
nubia.estefane96@gmail.com
Resumo: A colonoscopia é uma técnica de endoscopia do reto, do intestino grosso e muitas vezes de final do intestino delgado. É realizada com um endoscópio flexível, que possui na extremidade uma microcâmera digital. Objetivou-se avaliar o protocolo de preparo de evacuação e limpeza do cólon com a utilização de picossulfato de sódio e citrato de magnésio e dieta pobre em resíduos em dez exemplares de cães domésticos. Descrevem-se as técnicas de preparo encontradas na literatura, nas quais se indica o uso de enema com água morna para possibilitar a avaliação em procedimentos de retossigmoidoscopia. Vale salientar que tal técnica é questionada rotineiramente pelos tutores dos animais. O protocolo proposto mostrou-se plenamente eficaz e de fácil administração em cães adultos. Unitermos: colonoscopia, retossigmoidoscopia, preparação de paciente, Picoprep ® Abstract: Colonoscopy is used to evaluate the rectum, colon and, in selected cases, the small intestine. The procedure is performed with flexible endoscope with a micro digital camera at the end. The objective of this study was to evaluate the efficacy of sodium picosulfate and magnesium citrate and a low residue diet as a protocol of evacuation and cleaning of the colon in preparation for colonoscopy. In literature review we have found that warm water enemas is the most frequently recommended technique to prepare the large bowel for proctosigmoidoscopy procedures. In our experience, warm water enemas are frequently opposed by clients, prompting us to search for an alternative method. In the ten adult dogs tested, the use of sodium picosulfate and magnesium citrate and low residue diet was easy to administer and adequately prepared the intestine for the procedure. Keywords: colonoscopy, rectosigmoidoscopy, patient preparation, Picoprep ® Resumen: La colonoscopia es una técnica de endoscopia que permite el estudio del recto, del intestino grueso y muchas veces del final del intestino delgado. Se realiza con un endoscopio flexible que posee una microcámara digital en un extremo. Este trabajo tuvo como objetivo analizar el protocolo de limpieza del colon con picosulfato de sodio y citrato de magnesio y una dieta pobre en residuos en diez perros. Son descriptas las técnicas de preparación encontradas en la literatura, en las que se indica el uso de enemas de agua tibia en procedimientos de rectosigmoidoscopia. Cabe destacar que en pequeños animales esa técnica suele ser cuestionada por los tutores para la preparación del colon. El protocolo sugerido se mostró plenamente eficiente y de fácil administración en perros adultos. Palabras clave: colonoscopia, rectosigmoidoscopia, preparación del paciente, Picoprep ®
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CBA
A Anclivepa – Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – promoveu de 16 a 18 de maio em Brasília, DF, seu 40o Congresso Brasileiro, um dos principais eventos do segmento, com programação técnico-científica a cargo de 70 especialistas nacionais e internacionais, mais de 140 horas de palestras e workshops, eventos paralelos e grande exposição de produtos. Realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães do DF, o evento reuniu mais de 80 estandes e cerca de 5 mil pessoas, entre estudantes e profissionais de medicina veterinária, visitantes e expositores. Renomados profissionais nacionais e internacionais mostraram as principais inovações do setor e discutiram as mais recentes descobertas e soluções para os diversos temas que envolvem o universo dos pequenos animais. A feira de negócios também refletiu o momento especial vivido no país pelo segmento. Inclusão social e preservação ambiental Um dos grandes destaques desta edição do CBA foi a preocupação em agregar conhecimento científico com inclusão social e preservação ambiental. Num enfoque inovador, pessoas com síndrome de Down foram colocadas na montagem de pastas, no encaminhamento de palestrantes à sala VIP e no auxílio à secretaria. Massagistas cegos atenderam o público, o projeto “Mini Gentilezas” arrecadou kits de higiene dos hotéis onde os congressistas se hospedaram para serem distribuídos a pessoas em situação de rua, e amostras de rações e de medicamentos foram encaminhadas à ONG Projeto São Francisco. Outras medidas visaram especificamente os cuidados com o meio ambiente, com ações 60
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Congresso da Anclivepa em Brasília – conhecimento científico aliado a inclusão social e preservação ambiental
Um das boas novidades desta edição do CBA foram as medidas práticas de inclusão social, como a participação de portadores de Síndrome de Down para a realização de diversas tarefas de apoio
concretas e educativas, como dispensar o uso de copos descartáveis e incentivar o uso do copo eco, usar pastas feitas com reaproveitamento de garrafas pet e distribuir lápis ecológicos com semente na ponta, fornecidos pela Idexx. A Vetnil doou 3 mil mudas de ipês como forma de compensação ambiental, que serão plantadas no período da chuva, após crescimento em estufa. Houve também coleta seletiva de resíduos em toda a área da exposição. Cerimônia de abertura e Prêmio Vetnil A cerimônia de abertura contou com o presidente da Anclivepa Brasil, Marcello Rodrigues da Roza, a presidente da Anclivepa DF, Andrea Moraes Carneiro, o presidente do CRMV-DF, Laurício Monteiro Cruz, o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida e a presidente da Anclivepa Alagoas (sede do CBA 2020). Com o final de seu mandato, Marcello Roza despediu-se da Anclivepa Brasil agradecendo seus colegas de gestão. Um destaque da cerimônia inaugural foi a outorga do tradicional prêmio veterinário do ano, oferecido pela Vetnil em parceria com a
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Paulo César Jark (à esquerda) ganhou o Prêmio Veterinário do Ano Vetnil, entregue por Cristiano Sá, diretor de marketing da Vetnil
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Anclivepa Brasil ao médico-veterinário e professor Paulo César Jark. Formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina, com mestrado e doutorado em oncologia veterinária pela Unesp-Jaboticabal e com participação no programa internacional da University of Wisconsin, Madison, EUA, Paulo César Jark, além da atuação em clínicas, é professor de clínica médica de pequenos animais e oncologia veterinária da Universidade Brasil (Campus Descalvado); professor de oncologia do Instituto Qualittas de Pós-Graduação; professor colaborador no Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Medicina Veterinária na Unesp-Jaboticabal e presidente da Comissão Científica da Sociedade Latino-Americana de Oncologia Veterinária (Slovet). De acordo com Cristiano Sá, diretor de marketing da Vetnil, há sete anos a premiação se consolidou como um importante reconhecimento aos profissionais veterinários atuantes em clínica de pequenos animais. “A Vetnil tem muito orgulho em ter criado esse prêmio para a categoria. A parceria com a Anclivepa valoriza a expertise, o conhecimento e o respeito por todos os profissionais da classe médicaveterinária”, afirma Cristiano. A Vetnil, uma das grandes patrocinadoras desta edição do CBA, atua há mais de 25 anos em pesquisas e no desenvolvimento de produtos para a saúde e performance de pets e de equinos, e está entre as líderes de mercado nestes segmentos no Brasil.
Uma justíssima homenagem foi prestada aos membros humanos e caninos do Corpo de Bombeiros Militar do DF, pela sua atuação heroica no resgate e salvamento realizado durante a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais
Ainda na abertura do evento, foi prestada homenagem aos heróis do grupo humano e canino de resgate e salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, pelos valorosos serviços prestados à comunidade de Brumadinho, MG, em apoio às forças de segurança da região. Palestra inaugural: medicina veterinária de desastres A palestra de abertura do evento ficou a cargo da médica-veterinária Ana Liz Bastos, conselheira e presidente da Comissão de Bem-Estar Animal do CRMV-MG e coordenadora geral da Brigada Animal de Minas Gerais. A especialista em medicina veterinária de desastres, que coordenou as ações de resgate de animais no recente e trágico episódio do rompimento da barragem da Cia. Vale de Mineração em Brumadinho, MG, falou sobre essa experiência e tratou ainda da necessidade da criação de um espaço acadêmico para a especialidade, dos requisitos básicos para a atuação do veterinário nos desastres e sobre a necessidade de uma articulação com os órgãos oficiais para que os profissionais veterinários sejam aceitos no rol de profissionais que atuam nessas situações, de forma paralela às ações desenvolvidas para o resgate de vidas humanas, e incluindo os animais em planos de contingência, protocolos e ações que visam prevenir e estabelecer a ordem em
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Mars e Royal Canin: “Conversa com os Feras” A Royal Canin trouxe para o congresso 3 turmas do “Conversa com os Feras”, formadas por 28 acadêmicos, e divididas em quatro grupos de sete pessoas. O bate-papo permitiu um rodízio, a fim de que todos pudessem falar com os especialistas em três turmas, cada uma com quatro especialistas, sobre os temas: cardiologia, vermatologia e medicina felina. Os especialista convidados foram: dr. Marlos G. de Sousa, prof. dr. Moacir Leomil Neto, dr. Charlys Rhands C. de Moura e dr. Aparecido Camacho (cardiologia); dr. Marconi Faria, dr. Luciano Marra, dr. Pablo Manzuc, dra. Romeika R. Lima (dermatologia); prof. dr. Archivaldo Reche, dr. Alexandre Daniel, profa. dra. Christiane S. Martins, dr. Carlos Gabriel Dias (felinos). A Mars aproveitou a oportunidade para lançar a linha de alimentos secos OPTIMUMTM e apresentou ao público seu Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal WalthamTM. Outra novidade da Mars é o petisco funcional Pedigree® Dentastix™, auxiliar no combate à doença periodontal. A importância do cuidado e prevenção da doença periodontal foi também
Bate-papo durante a iniciativa “Conversa com os Feras” 62
A Mars apresentou a Linha Satiety, a mais completa do mercado para auxiliar no protocolo de perda e controle de peso dos pets, a ser ampliada este ano com o lançamento de Satiety Feline Wet, alimento úmido para controle de peso em gatos.
tema de uma palestra patrocinada pela Mars na grade científica do Congresso, a cargo do doutor Marcello Roza, especialista em saúde bucal e presidente nacional da Anclivepa. Boehringer: novos produtos e apresentação de estudos A participação da Boehringer Ingelheim, segunda maior companhia de saúde animal do mundo, com forte ênfase em pesquisa, teve a presença do prof. dr. Daniel Ferro, especialista na área de cirurgia e odontologia veterinária, que apresentou os resultados de estudos conduzidos por ele junto com a Boehringer sobre o Stomorgyl®, medicamento para tratamento das afecções bucodentárias de cães Divulgação
casos de desastres. “É importante definir que perfil o médico-veterinário precisa ter para trabalhar nessas situações adversas. A primeira condição é a vocação, pois, para atuar nessa área, é preciso ter compaixão, sensibilidade e compromisso social, além da capacidade técnica e ética e do preparo físico e psicológico”, afirma Ana Liz Bastos.
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Notícia
Dr. Helio Autran de Morais apresenta a sua palestra sobre geriatria
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e gatos. O grande destaque da participação da empresa nesta edição do CBA foi a palestra do doutor Helio Autran de Morais, PhD em Ciências Clínicas e professor titular desse departamento na Oregon State University (EUA), que abordou questões de geriatria, em especial a transição para a medicina paliativa.
PremieRpet® A PremieRpet, outra grande patrocinadora do evento, destacou o pré-lançamento na linha PremieR Cookie, e também o projeto do Instituto PremieRpet®, além de uma palestra sobre medicina veterinária do coletivo. Ao lado de suas linhas de alimentação de alta qualidade, o foco das atenções foi o pré-lançamento de PremieR Cookie Frutas Vermelhas, extensão da linha que começou a chegar ao mercado em junho. A empresa também contribuiu para a grade científica do evento com a palestra sobre a “Interface da Medicina Veterinária do Coletivo na Clínica de Pequenos Animais”, conduzida pela profa. dra. Rita de Cássia Maria Garcia, da Universidade Federal do Paraná – UFPR, membro da diretoria da Associação Médico Veterinária Brasileira de Bem-Estar Animal (AMVEBBEA). No espaço dedicado a estandes de clínicas veterinárias, a PremieRpet® apresentou o Instituto PremieRpet®, braço social da empresa, dedicado a promover iniciativas em prol do bem-estar animal e do desenvolvimento
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Vetoquinol e o Desafio Quiz A Vetoquinol promoveu várias ações, entre elas o Desafio Vetoquinol Quiz, um teste de conhecimentos que recebeu a visita de mais de quinhentos profissionais, entre médicosveterinários e estudantes. “Também realizamos ação digital com fotos em 3D. Todas as imagens foram divulgadas no Instagram @ vetoquinolbrasil com a hashtag #SigaEsseMovimento”, explicou Luciana Nishi, gerente de marketing da companhia. A Vetoquinol também promoveu impulsionamentos pelo Facebook e pelo Instagram, impactando cerca de 1.400 médicos-veterinários e estudantes da área, que estavam em um raio de 5 km do evento. Foram registrados mais de 250 engajamentos ao “Siga esse movimento”, uma campanha da Vetoquinol que incentiva a mobilidade e o bem-estar dos cães e gatos, principalmente os mais idosos, que sofrem de problemas articulares. Em paralelo, a Vetoquinol promoveu produtos como o Flexadin Advanced, suplemento alimentar com fórmula à base de colágeno UCII e vitamina E,
Marbocyl P, antibiótico à base de marbofloxacina, para infecções cutâneas e subcutâneas e Cimalgex, anti-inflamatório não esteroidal COX-2 seletivo.
Ações variadas, entre elas um quiz com prêmios para testar conhecimentos dos congressistas, atraíram muitos visitantes ao estande da Vetoquinol
O PremieR Cookie Frutas Vermelhas, disponível nas versões para adultos de pequeno porte e filhotes. A intenção é variar o sabor dos petiscos oferecidos aos cães sem abrir mão da saudabilidade e do sabor dos ingredientes naturais, e sem adição de açúcar, transgênicos, aromatizantes ou corantes artificiais
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Notícia
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A Ourofino mostrou a nova apresentação do Condromax O suplemento Condromax, para cães e gatos, ganhou nova apresentação em blíster e com sabor carne. Antes comercializada em frasco com 30 unidades, a solução chega agora ao mercado em condições que facilitam o uso no dia a dia, e com embalagem individualizada, que preserva melhor as propriedades do produto. Além disso, em sintonia com a temática de sustentabilidade proposta pelo congresso, o estande da empresa promoveu várias ações. “Em nosso estande, demos dicas de ações sustentáveis, brindes temáticos, uso de pallets redecorados como sofás e utensílios de papel e vidro. Além disso, reduzimos o uso de material promocional para evitar o desperdício de conteúdo impresso”, explica a gerente de produto da Ourofino Pet, Laura Fleury.
A Vetlima foi recebida calorosamente pelo público A participação da empresa portuguesa no evento estimulou o público e o expositor. A oportunidade foi ideal para a apresentação da empresa e de seus produtos ao mercado. A receptividade por parte dos veterinários que lá estiveram foi bastante calorosa e todos puderam conhecer novidades do mercado europeu, entre elas, o easy pill, que a empresa trouxe ao nosso mercado. Trata-se de um composto complementar, em forma de guloseima, que facilita a administração de medicamentos a gatos. Na forma de uma massa maleável agradável ao paladar do gato, o produto permite misturar o comprimido à massa, facilitando este processo. A massa é composta por farinha de carne de frango, xarope de glucose, água, amido de arroz, matérias gordas e estimulantes do apetite.
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A Vetlima, empresa portuguesa, participou do evento com um estande de seus produtos, com destaque para o easy pill, uma massa maleável que facilita a administração de medicamentos aos gatos
A Ourofino tem linha diversificada de produtos para cães e gatos, com anti-inflamatórios, antimicrobianos, dermatológicos, desinfetantes, ectoparasiticidas, endoparasiticidas, medicamentos otológicos, suplementos, anestésicos e sedativos
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da medicina veterinária. Uma das atividades do instituto é o Projeto de Shelter Medicine, ação inédita para difundir e fomentar os conhecimentos e boas práticas da medicina de abrigos junto aos médicos-veterinários, profissionais e voluntários que atuam em ONGs. O espaço ofereceu ainda um catplay, para os congressistas interagirem com gatinhos da ONG Clube do Gato disponíveis para adoção.
Na cerimônia de encerramento do 40º CBA houve a entrega do Prêmio Frimer ao dr. Marcello Roza, uma homenagem aos participantes e a entrega da premiação aos melhores trabalhos científicos apresentados no congresso.
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Efeméride
A Veterinária da USP comemora 100 anos da Associação dos Ex-alunos da FMVZ/USP, Gláucio Pereira de Assis. Todos os presentes foram agraciados com um exemplar, bem como com alguns itens presenteados pelas empresas parceiras desse grande evento.
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Natan Chaves
No dia 27 de junho, a comunidade de professores, funcionários e alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, junto com autoridades, parceiros e convidados, reuniram-se no Centro de Difusão Internacional (CDI) da USP para a Sessão Solene de Comemoração do Centenário do Curso de Medicina Veterinária da USP. A abertura do evento contou com a apresentação da Orquestra Sinfônica da USP, que após a execução do Hino Nacional ofereceu um belíssimo concerto com obras de Haendel. Um dos destaques do evento foi o lançamento do livro Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo; 100 anos de história (1919-2019), que reúne os fatos que marcaram a história do curso desde seu o início, em 1919, até os dias atuais. O livro é fruto de uma pesquisa fartamente documentada, e constitui um registro importante de fatos, até o momento do conhecimento de poucos, que compuseram a trajetória do segundo curso de medicina veterinária mais antigo do país. A obra foi organizada pelo atual diretor da faculdade, José Antonio Visintin; pelos professores aposentados Angelo João Stopiglia, Eduardo Harry Birgel, Ricardo de V. Albuquerque; e pelo presidente
Pequeno histórico O curso de veterinária foi criado em 1919 dentro do Instituto de Veterinária, que ficava localizado no Instituto Butantan. Em 1924, foi transferido para a Rua Pires da Motta, nº 1, Bairro da Aclimação, São Paulo e, em 1928, passou a se chamar Escola de Veterinária de São Paulo, até 1934, quando foi incorporada à Universidade de São Paulo, passando então a ser denominada Faculdade de Medicina Veterinária. Em 1969, as dependências situadas na Rua Pires da Mota foram transferidas para os chamados “barracões” da Cidade Universitária, perto da Faculdade de Economia e Administração (FEA). Atualmente, todas as instalações estão reunidas num único endereço, à Avenida Professor Orlando Marques de Paiva, 87, no campus da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, exceção feita ao campus Fernando Costa em Pirassununga,
Muitos profissionais foram homenageados, como a professora Mitika Kuribayashi Hagiwara, ao centro
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Ernani Coimbra
Ernani Coimbra
A primeira sede do curso de Medicina Veterinária no Instituto Butantã, em foto atual
Fachada do prédio atual da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP
uma grande e operante fazenda-escola com 2.200 hectares. A FMVZ conta hoje com 101 docentes em seis departamentos, instalados nos campi de São Paulo e Pirassununga – Cirurgia, Clínica Médica, Nutrição e Produção Animal, Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Patologia e Reprodução Animal. A instituição mantém ainda em São Paulo o Hospital Veterinário (Hovet), a Biblioteca, o Museu de Anatomia Veterinária e o Museu Histórico que, em 2019, também está sendo reformulado. Até o momento, 4.527 discentes já colaram grau na FMVZ, e parte significativa exerceu ou exerce atividades de relevância no cenário veterinário do país. Desde 1965, quando foi implantado o curso de mestrado, pioneiro em pós-graduação no
Brasil, já foram defendidas mais de 3.455 dissertações de mestrado e teses de doutorado, pelos seus programas de pós-graduação. Programação extensa Há ainda várias atividades programadas este ano para as comemorações do centenário. No dia 23 de agosto, haverá a sessão solene para comemoração do centenário da criação do curso de medicina veterinária em Pirassununga; em 3 de setembro, a atração será a revitalização da galeria dos formandos e do museu histórico, que ficará aberto à visitação; em 14 de setembro, será promovido o encontro das turmas, organizado pela associação dos ex-alunos (Aexa). As comemorações do centenário serão finalizadas no dia 18 de dezembro com a sessão solene de colação de grau da 81a turma. Natan Chaves
Natan Chaves
O professor José Antonio Visintin autografou os livros dos convidados
Da esquerda para a direita, as professoras Masaio Mizuno Ishizuka e Denise Fantoni, os professores José Otávio Costa Auler Jr. e Angelo Stopiglia e a MV Roberta Leite, criadora do símbolo do centenário
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Efeméride
Prof. Idércio Luiz Sinhorini, com sua filha (à esquerda) e sua esposa entre as funcionárias da FMVZ Shirlei Silva e Katia Silene
Linha do tempo 1892 Criação da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Estado de São Paulo. Criação do Serviço Sanitário de São Paulo. Criação do Instituto Vacinogênico de São Paulo e do Instituto Bacteriológico do Estado de São Paulo. 1901 Criação do Instituto Serumtherápico, posteriormente Instituto Butantan.
Professores Benjamin Eurico Malucelli e Edson Pereira
tan pela Lei 1.695-C, subordinado à Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas. 1924 Transferência do Instituto de Veterinária do Instituto Butantan para a Rua Pires da Mota, no 1. 1928 31/12/1928 Transformação do Instituto de Veterinária em Escola de Veterinária de São Paulo. 1931 Transferência de parte da Escola de Veterinária de São Paulo para a Av. Água Branca, 53, subordinada à Diretoria da Indústria Animal.
1919 18/12/1919 Criação do Curso de Veterinária no Instituto de Veterinária do Instituto Butan-
1934 19/12/1934 Criação da Universidade de São Paulo. Incorporação da Escola de Veteriná-
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1917 18/12/1917 Criação do Instituto de Veterinária no Instituto Butantan.
A professora Cristina de Oliveira Massoco Salles Gomes e o professor Paulo Cesar Maiorka 68
O professor Fernando José Benesi e seu filho Alexandre Quagliuolo Benesi
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Os professores Archivaldo Reche Junior e Silvia Regina Ricci
Francisco Cavalcanti de Almeida, presidente do CFMV, e o professor José de Angelis Cortes
ria de São Paulo à USP. Criação da Biblioteca da Faculdade de Medicina Veterinária.
USP em Reprodução Animal, no sistema não unificado.
1935 Novas instalações na Rua São Luís, 79. Criação do Centro Acadêmico IX de julho.
1969 Transferência da Faculdade de Medicina Veterinária para a Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. Com a Reforma Universitária, a Faculdade passa a denominar-se Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia.
1937 Retorno por completo da Faculdade de Medicina Veterinária às instalações da Rua Pires da Mota, 159. 1957 Criação do Instituto de Zootecnia e Indústrias Pecuárias Fernando Costa (Izip), em Pirassununga. 1965 Primeiro curso de pós-graduação da FMVZ/
1975 Primeiros cursos de pós-graduação da FMVZ-USP no sistema atual como Reprodução dos Animais Domésticos e Anatomia dos Animais Domésticos. 1979 Instalação do Curso de Zootecnia na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia.
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A professora Carla Bargi Belli e Maria Angela Sanches Fessel, editora da Clínica Veterinária
Os professores Marcos Veiga dos Santos e José Cezar Paneta
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Efeméride
1984 Inauguração do Museu de Anatomia Veterinária Prof. Dr. Plínio Pinto e Silva. 1990 Transferência da Administração e da Biblioteca Virginie Buff D’Ápice para a rua prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87 2007 Ampliação das estruturas físicas da sede da FMVZ-USP.
2019 Comemoração do Centenário do Curso de Medicina Veterinária. Inauguração do Novo Museu Histórico da FMVZ-USP. Inauguração do Centro Didático Prof. Dr. Alexandre de Mello, projetado especialmente para proporcionar conforto aos graduandos e professores da Unidade. Natan Chaves
1981 Inauguração do Hospital Veterinário – Hovet.
2009 Comemoração dos 75 anos da Universidade de São Paulo e dos 90 anos do Curso de Veterinária. 2014 Comemoração dos 80 anos da Universidade de São Paulo e dos 95 anos do Curso de Veterinária. 2017 24/8/2017 Inauguração do Centro de Pesquisa em Nutrologia de Cães e Gatos (Cepen pet), fruto de Parceira Público-Privada (FMVZ-USP e Premier Pet), com vista ao desenvolvimento técnico-científico. 13/12/2017 Acreditação do curso de graduação em Medicina Veterinária da FMVZ-USP pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).
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Kit com livro, caneca, chaveiro, caneta e power bank presenteados aos participantes
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CFMV
Justiça nega liminar contra a Resolução do CFMV que combate EAD No dia 6 de maio de 2019, a 6ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal indeferiu o pedido liminar da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), que solicitava a suspensão da Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) nº 1.256/2019. O pedido de liminar também requisitava que o CFMV não divulgasse a resolução, que proíbe a inscrição de egressos de cursos de medicina veterinária realizados na modalidade de ensino a distância, nem fizesse qualquer tipo de campanha de comunicação sobre ela. A Justiça Federal de 1º grau indeferiu o pedido de liminar com base no argumento de defesa apresentado pelo próprio CFMV, alegando que há falta de interesse processual, já que “não cabe mandado de segurança contra lei em tese”, conforme prevê a Súmula nº 266 do Supremo Tribunal Federal (STF). Dessa forma, a decisão judicial considerou sem fundamento o pedido da Abmes, mantendo a eficácia da resolução. “A juíza acolheu a nossa tese e não concedeu a medida liminar para a entidade, mantendo a Resolução do CFMV em vigor. Foi um primeiro passo da nossa constante luta pelo curso de medicina veterinária integral, presencial, com aulas práticas, estágio profissional e alunos com formação sólida”, defendeu o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti. “Enquanto trabalhamos pela qualidade do ensino e dos serviços veterinários prestados, visando proteger a sociedade de profissionais despreparados, as faculdades particulares, que cobram caro pelos seus cursos, defendem na justiça a mercantilização da educação e a graduação em medicina veterinária a distância, algo que consideramos preocupante e perigoso para a população”, complementou o presidente. O CFMV entende que a modalidade a dis72
tância impede a realização de aulas práticas essenciais para preparar o bom profissional, já o curso de medicina veterinária demanda inúmeras atividades práticas e de campo, como anatomia, clínica, cirurgia e análises laboratoriais, entre outras operacionais e de manejo técnico, cuja aprendizagem só ocorre por meio de aulas presenciais, conforme prevê a Resolução/CFMV nº 595/1992. Sem a inscrição no CRMV, quem tiver concluído o curso a distância fica impedido de exercer a profissão de médico-veterinário em todo o país. E os profissionais que ministrarem disciplinas ou estiverem envolvidos na gestão dos cursos a distância estão sujeitos à responsabilização ético-disciplinar. Atualmente, a Portaria nº 1.134/2016 (art. 1º, §1º) do Ministério da Educação (MEC) admite que 20% da grade horária da graduação de medicina veterinária seja realizada por aulas on-line. O CFMV defende a aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 7.036/2017, de autoria do atual ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que é médico-veterinário. A proposição limita a 10% a carga horária na modalidade semipresencial, para que 90% das aulas sejam ministradas exclusivamente sob a modalidade presencial, inclusive com estágio profissional. Para Cavalcanti, “os avanços tecnológicos são bem-vindos e podem ser facilmente aplicados em cursos de pós-graduação, quando o aluno já passou por amplo e árduo treinamento durante toda a graduação”. O CFMV já solicitou ao MEC a participação no processo de criação dos cursos de medicina veterinária, oportunidade que já é dada a medicina, odontologia, psicologia, enfermagem e direito, por meio do Decreto nº 9.235/2017. Assessoria de Comunicação do CFMV http://portal.cfmv.gov.br/lei/index/id/232
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Gestão
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Acumular riqueza de sentimentos é o caminho para a prosperidade e a alegria
Ficar atento para evitar atitudes negativas e procurar preencher o coração com sentimentos como os de bondade, amor e beleza tem o poder de atrair coisas positivas. O segredo é aprofundar o sentimento de gratidão e valorizar todas as coisas
É muito comum vermos hoje exemplos concretos de empreendedores que perderam a chance de prosperar e ter alegria, e estão sem perspectivas de uma vida melhor. Se olharmos bem, perceberemos que esses empreendedores têm algo em comum: a pobreza de sentimentos. São quase sempre levados por desejos materiais como dinheiro e seduzidos por status, poder e influência. Com isso, o coração fica cada vez mais pobre; a pessoa perde o senso do que é “suficiente” e deixa de sentir o real valor das coisas, o prazer que podemos extrair da vida, a possibilidade de enxergar a beleza em cada momento. O pior de tudo é que essa perspectiva de vida leva a adoecer e envelhecer precocemente. É isso o que acontece quando a pessoa vive com insatisfação, reclamando, preocupada, ansiosa e expressando sentimentos negativos, sem dar valor às coisas que tem ao redor. Ao alimentar essa pobreza de co74
ração, enxerga-se apenas o que a vida tem de negativo e perde-se a preciosa oportunidade de encarar o lado positivo da evolução. A maior necessidade que todos temos é a de evoluir e participar da construção de uma sociedade e de uma humanidade melhores. Nessa evolução, os empreendedores podem dar uma contribuição significativa, a partir do próprio empreendimento. O primeiro passo, embora seja simples, nem sempre é fácil de dar. Requer do empreendedor um esforço constante para mudar a tônica de seus sentimentos; exige que fique o tempo todo atento para evitar atitudes negativas e que procure preencher o coração com riqueza de sentimentos – como bondade, amor e beleza –, pois só assim atraímos coisas boas e positivas. O grande segredo é aprofundar o sentimento de gratidão, inclusive a gratidão pelos frutos materiais obtidos. E aprender a dar valor a todas as coisas. Ao fazer isso, percebemos a força misteriosa que é gerada ao vibrar o sentimento de gratidão, que nos leva naturalmente a sentir alegria e disposição para viver o dia de hoje e o amanhã. É assim que atraímos a prosperidade. Para ser bondoso – e isso inclui ser bondoso também em nossos empreendimentos –, é preciso cultivar uma atitude de amor e sinceridade, pois é ela que desperta em nós a generosidade e tem o dom de tocar o coração de todos à nossa volta – clientes, fornecedores ou colaboradores. Para despertar em nós o sentimento de amor, temos que harmonizar nossa vibração com a vibração do universo. Então nos tornamos capazes de fazer tudo com amor, inclusive ao oferecer nossos serviços ou os produtos dos nossos empreendimentos.
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Ao abrir os olhos para a beleza de tudo, principalmente a beleza da natureza e da própria vida, na sua perfeição e nos seus mecanismos de procriação, percebemos como ela é inspiradora e como a natureza é essencial para nossa sobrevivência. Cultivar a sintonia com a natureza nos permite sentir sua energia e entrar em sintonia com ela, ver como ela nos restabelece e nos traz alegria, pelas oportunidades de evolução que coloca ao nosso alcance. Estamos na época de servir, e, se fizermos isso proporcionando alegria e felicidade ao próximo, preencheremos nosso coração de riqueza. É simples, mas requer atenção e esforço. De qualquer modo, vale muito a pena buscar isso. Só assim entraremos no caminho que leva à prosperidade e à alegria.
Vibrar o sentimento de gratidão gera uma força misteriosa que nos faz sentir alegria e disposição
Celso Morishita Gestor empresarial espiritualista celsomorishita@yahoo.com
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Incentivo à pesquisa
Estão abertas as inscrições para a 11ª edição do Piac – Programa de Incentivo ao Aperfeiçoamento Clínico, promovido pela Ourofino Saúde Animal para estimular o aperfeiçoamento clínico em hospitais universitários de animais de companhia, e incentivar pesquisas. Pela primeira vez, estudantes de medicina veterinária do México e da Colômbia também poderão participar do programa. Trata-se, portanto, do 1º PIAC America Latina – Ouro Fino. A participação é gratuita. Os interessados podem se candidatar até o dia 1º de novembro. Os dois relatos vencedores serão divulgados no ano que vem, quando os premiados serão contemplados com uma visita à fábrica e com aparelhos para a prática de atividades em consultório, entre outros prêmios. Trata-se de uma iniciativa promovida anualmente pela Ourofino Saúde Animal para incentivar a pesquisa e fortalecer o pilar Envolver e Colaborar, que objetiva transformar e evoluir todo o setor por meio de trabalhos colaborativos com a sociedade, os parceiros e os clientes, além de fomentar a inovação. Para a participação no PIAC, os inscritos devem desenvolver relatos de casos inéditos, que abordem o uso associativo ou individual de soluções do portfólio da Ourofino. Para esta edição, os relatos devem ser enviados para os escritórios da empresa no Brasil e no exterior até o dia 1º de novembro, data limite para acolher as inscrições. De acordo com Andrea Savioli, gerente técnica da linha Pet da Ourofino, são grandes as expectativas para este ano, já que o programa ganha abrangência internacional. “Alunos de todas as instituições parceiras no Programa Universidades podem se candidatar. Estamos otimistas com a participação de modo geral. As instituições do México e da Colômbia já demonstraram grande receptividade”, explica Andrea. 76
Crédito: Divulgação.
Ourofino abre inscrições para o PIAC no Brasil e em países da América Latina
Vista aérea da unidade fabril em Cravinhos, SP
Os vencedores visitam a unidade fabril em Cravinhos, SP, para conhecer o processo produtivo industrial, que é desenvolvido com base no propósito de reimaginar a saúde animal. Também recebem prêmios como notebooks e tablets e equipamentos de uso clínico. Andrea ressalta que os critérios de avaliação são o caráter inovador ou raro da patologia relatada e a qualidade da descrição feita no texto. “A comissão julgadora avalia a forma como é redigido e a riqueza de informações relacionadas ao histórico do caso clínico, bem como se envolve exames que comprovam a ação terapêutica obtida com o uso dos medicamentos”, explica a gerente. Todos os medicamentos eletivos para a produção do relato são fornecidos gratuitamente pela indústria para a universidade parceira. O regulamento, a ficha de inscrição e as demais informações relacionadas ao PIAC 2019 podem ser consultados no site da empresa, no link https://www.ourofinosaudeanimal.com/ piac/. Os interessados podem, ainda, fazer contato pelo e-mail marketing@ourofino.com.
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Incentivo à pesquisa
O 5º Prêmio de Pesquisa da PremieRpet ® foi entregue aos vencedores no dia 30 de abril, em celebração ocorrida no restaurante Terraço Itália, em São Paulo. O prêmio de pesquisa tem por objetivo incentivar a produção do conhecimento científico voltado para a nutrição de pequenos animais. “Acreditamos que é papel de todos os participantes do mercado fazer com que a nutrição assuma a importância que todos nós sabemos que ela tem para a promoção da saúde e do bem-estar dos animais de companhia. Por isso realizamos investimentos permanentes para fomentar a pesquisa e a inovação na área, e o prêmio é uma dessas iniciativas”, explicou Madalena Spinazzola, diretora de planejamento estratégico e marketing corporativo da PremieRpet®. O trabalho que alcançou o primeiro lugar foi “Influência de parâmetros nutricionais e laboratoriais na sobrevida de cães com doença renal crônica”. A autora, a médica-veterinária Vivian Pedrinelli, é aluna de doutorado pela FMVZ/USP e ganhou uma viagem para participar do ACVIM Forum – American College of Veterinary Internal Medicine, de 6 a 8 de junho, em Phoenix, Arizona – EUA. “A oportunidade de poder participar do prêmio e ter o trabalho reconhecido, em meio a tantos outros trabalhos de alto nível, é de grande importância. Em um cenário em que a pesquisa no país sofre preconceito da população e cortes de verbas constantemente, iniciativas como o 5º. Prêmio de Pesquisa PremieRpet® são essenciais para incentivar o trabalho na área de nutrologia e nutrição de cães e gatos. Em participações em congressos e simpósios internacionais, observamos sempre que a pesquisa na área de nutrição de animais de companhia no Brasil está no mesmo patamar, senão mais avançada. Assim, o incentivo torna-se mais importante ainda, pois permite que nosso trabalho seja exposto internacionalmente”, comentou Vivian. O trabalho “Percepção dos tutores frente à 78
Divulgação PremieRpet ®
5º Prêmio de Pesquisa da PremieRpet ®
Da esquerda para a direita, Thiago Henrique Annibale Vendramini, Vivian Pedrinelli, Marcio Antonio Brunetto, Mariana Porsani e Flavio Lopes da Silva, supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet®
obesidade canina e a associação com a condição corporal de seus cães” obteve o segundo lugar. A autora, a médica-veterinária Mariana Porsani ganhou a inscrição no 40º Congresso Brasileiro da Anclivepa, que aconteceu de 16 a 18 de maio, em Brasília, DF. O terceiro lugar ficou com o trabalho “Alimentação caseira versus alimentação comercial extrusada para cães: comparação de custos”. O autor, o médico-veterinário Thiago Henrique Annibale Vendramini ganhou um Kindle e um e-book. O grande vencedor do prêmio, o prof. dr. Márcio Antonio Brunetto, orientador dos três trabalhos, é responsável pela disciplina de nutrição de cães e gatos na FMVZ/USP e coordenador do Centro de Pesquisa em Nutrologia de Cães e Gatos (Cepen Pet). Todos os trabalhos inscritos no 5º Prêmio de Pesquisa PremieRpet ® foram avaliados por uma comissão julgadora formada pelas dras. Cristiana Fonseca Pontieri e Juliana Toloi Jeremias, profissionais do Centro de Desenvolvimento Nutricional (CDN) e da PremieRpet ®, além de uma especialista convidada: a dra. Cecília Villaverde Haro, membro do European College of Veterinary and Comparative Nutrition. A sexta edição do prêmio já está confirmada para 2020. PremieRpet https://www.premierpet.com.br/5premio/
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Incentivo à pesquisa
Ceva abre inscrições para terceira edição do Prêmio de Pesquisa Clínica Estão abertas as inscrições para o 3º Prêmio Ceva de Pesquisa Clínica. A iniciativa da Ceva, uma das maiores empresas de saúde animal do mundo, tem como missão promover o reconhecimento dos talentos da medicina veterinária brasileira. “Criamos o concurso para estimular a produção científica, principalmente sobre assuntos relacionados ao cotidiano da profissão. As duas últimas edições foram um sucesso, e recebemos trabalhos de altíssima qualidade técnica. Para nós é muito gratificante ver o envolvimento crescente dos profissionais, e o reconhecimento da premiação pelo segmento”, afirma Priscila Brabec, médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade Pet da Ceva. Nesta edição, o foco é o ADAPTIL™, um análogo sintético do odor materno canino, que auxilia na adaptação dos cães a situações adversas do dia a dia, trazendo a sensação de conforto e bem-estar. Os participantes do prêmio deverão apresentar um relato de caso abordando a utilização do produto. A premiação é voltada para médicos-veterinários formados, graduandos e pósgraduandos. Os relatos de caso devem contar com um orientador, que pode ser professor de curso de medicina veterinária ou médico-veterinário com título de mestre. O autor do trabalho vencedor e seu orientador participarão da North American Veterinary Conference (NAVC), o maior congresso de medicina veterinária do mundo, que acontecerá de 18 a 22 de janeiro de 2020, em Orlando, Flórida (EUA). O prêmio inclui inscrição no evento, passagem aérea e hospedagem. No ano passado, a vencedora da 2ª edição da premiação foi a doutora Fabiana Cecília Cassiano, com o trabalho “Sucesso no tratamento de pneumonia bacteriana em gato com uso de marbofloxacina”. O relato de caso da profissional trata do uso do antibiótico Marbopet. “A 80
participação no congresso foi importantíssima para minha carreira, pois pude me atualizar a respeito do diagnóstico e tratamento de várias afecções que acometem meus pacientes. Achei muito válida a oportunidade de comparar o modus operandi da medicina veterinária de pequenos animais nos Estados Unidos com o do Brasil. Este congresso com certeza foi um divisor de águas na minha vida como médica veterinária”, conta Fabiana. Para concorrer na edição deste ano, os participantes devem enviar trabalhos inéditos. Não serão aceitos estudos já apresentados em congressos, seminários, simpósios, testes, nem mesmo materiais publicados em revistas ou jornais. Os relatos serão analisados por uma comissão julgadora formada por três membros, sendo um representante de Ceva Saúde Animal e dois docentes de medicina veterinária. As inscrições e os relatos devem ser enviados até 4 de outubro de 2019. O regulamento completo e mais informações sobre o prêmio estão disponíveis em: www.premiodepesquisa. cevabrasil.com.br Ceva www.ceva.com.br
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Destaque
Hercosul celebra 18 anos
Com tradição no mercado pet food, a Hercosul celebra 18 anos no mês de junho, conquistando cada vez mais espaço no coração das famílias e de seus animais de estimação. Fabricante de alimentos secos, úmidos e petiscos para cães, gatos e pássaros, a empresa, que nasceu em Ivoti, RS, foi ampliando seu negócio e suas operações ao longo dos anos, buscando sempre evoluir para oferecer o que há de melhor em termos de qualidade e inovação para o seu segmento. A Hercosul tem portfólio diversificado e atende às mais diversas demandas do consumidor nas categorias Super Premium, Premium Especial, Premium e Standard com as marcas Biofresh (para cães e gatos), Three Dogs, Three Cats, Primocão, Primogato, Adore (cães e gatos), Apolo, Átila, Mutts e Three Birds. A empresa produz linhas de alimentos completos secos e úmidos, e de snacks, e atua nos mercados nacional – todo território brasileiro – e internacional – Angola, Bolívia, 82
Chile Colômbia, Nigéria, Paraguai e Uruguai. “Celebrar os 18 anos da Hercosul é como chegar à maioridade desta empresa que é tão querida pelo consumidor, por desenvolver alimentos de qualidade e se preocupar com o bem-estar animal e humano. Nossa missão é nutrir os animais não só com alimentos saudáveis, mas com o carinho e cuidado que são típicos da nossa empresa”, comemora Idesio Perosa, diretor executivo da Hercosul. Aos 18 anos, a Hercosul, além da sede em Ivoti, também conta uma fábrica de úmidos em Vacaria, RS, quatro centros de distribuição no Brasil (um em Santa Catarina, dois no Paraná, um em São Paulo) e um no Paraguai, onde, ainda em 2019, inaugura sua mais nova e mais moderna planta fabril. A empresa conta com cerca de 800 pessoas no seu quadro de colaboradores. Hercosul® https://www.hercosulalimentos.com.br
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Lançamentos
Ceva lança campanha de combate à leishmaniose visceral canina
Ação de conscientização sobre a doença contará com apoio de influencers digitais caninos e parceria com Taciele Alcolea e com médicos-veterinários Com alto poder endêmico, a leishmaniose está presente nas cinco regiões do país e anualmente infecta mais de três mil pessoas, e uma quantidade incontável de cães. Pesquisas indicam que cada caso humano registrado equivale a até 200 animais contaminados. A doença é transmitida para os cães principalmente por meio da picada do flebótomo Lutzomyia longipalpis infectado, popularmente conhecido como mosquito-palha. A prevenção da leishmaniose visceral canina, ou calazar, é fundamental para conter os avanços da doença, que se espalha silenciosamente pelo Brasil. Por isso, para conscientizar os tutores sobre a importância de medidas preventivas, a Ceva lançou a Campanha de Prevenção à Leishmaniose Visceral Canina. O objetivo da ação é difundir o conceito de Double Defense (“dupla defesa”), que engloba duas frentes de proteção para os cães: a vacinação e o uso de produto repelente. Para isso, a empresa lançou um Alerta em suas redes sociais, no qual apresenta aos tutores a forma de transmissão, os riscos da doença e a prevenção para os cães. “Os casos de leishmaniose visceral canina são crescentes. Por isso, criamos uma ação lúdica, em que os próprios cães explicam aos tutores como a enfermidade é transmitida, e a importância da prevenção para conter os avanços da doença. Nossa principal missão com essa ação é difundir conhecimento e instruir o tutor a procurar o médico-veterinário para fazer a prevenção da doença, que apesar de não ter cura, ainda é pouco conhecida pelo grande público”, explica Priscila Brabec, médica-veterinária e gerente de produtos da 84
Ceva. Para auxiliar nessa missão, a Ceva convidou 14 cães influencers de diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Campinas, Divinópolis, Lambari, Recife, Cuiabá e Nova Lima. São eles: @caopanheirolabra; @gigioespinheira, @golden_frederico, @golden_ninaberiba, @ pirigueti_bc, @batatinha.v, @tequilaagolden, @venusafrodite, @fridamayaethor, @macgoldenretrieverr, @pug.peppa, @preciosa_ shihtzu, @vidadenalu e @boris.dalmata. A escolha dos animais levou em consideração as localizações endêmicas para a leishmaniose. A campanha conta também com o reforço de peso de Taciele Alcolea, uma das embaixadoras da campanha que, junto com seus cães Pipoca, Babalu e Kelvin, auxiliará na conscientização dos tutores sobre a importância da prevenção da leishmaniose visceral canina em conjunto com o médico-veterinário. A campanha também contará com vídeos explicativos sobre a doença e a importância da prevenção, apresentados pelos médicos-veterinários Claudio Rossi e Fabiano Granville. “Sempre preconizamos que o tutor consulte o médico-veterinário para fazer a prevenção da doença e saber mais sobre as medidas preventivas”, conta Priscila. Ao longo da campanha, realizada de maio a setembro, são publicados vídeos sobre a leishmaniose nas redes sociais da Ceva e dos parceiros. O site Leishmaniose Visceral Canina é o canal oficial da ação. Nele são disponibilizadas informações sobre a doença e sobre sua prevenção com o uso da vacina e repelente. Os tutores e médicos veterinários
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
podem conferir esses e outros conteúdos em: www.leishmaniosevisceralcanina.com.br. A ação será encerrada com a 1ª Cãominhada Contra Leishmaniose Visceral Canina. O encontro, que trará muita informação e diversão para os tutores e cães, acontecerá em cinco cidades do país, entre os meses de agosto e setembro. Conceito Double Defense Para ajudar na prevenção da Leishmaniose Visceral Canina, a Ceva Saúde Animal desenvolveu o conceito Double Defense, que visa proteger os cães contra o vetor transmissor e o patógeno causador da doença. Para isso, a Ceva Saúde Animal conta com dois produtos exclusivos, a Leish-Tec, única vacina recombinante do mercado contra a leishmaniose visceral canina, e o Vectra 3D, uma formulação sinérgica inovadora (Dinotefuran, Permetrina e Piriproxifen), que repele e mata o mosquito transmissor da doença, além de proteger contra pulgas e carrapatos e outros insetos. “O uso combinado dos produtos ajuda na proteção dos cães contra a picada do vetor, que é a principal forma de transmissão da doença e, também, contra a infecção pela Leishmania. Por isso, a aplicação do conceito Double Defense pode ajudar na prevenção da enfermidade”, finaliza Priscila. Parceria com a Arca Brasil Em continuidade às ações de conscientização sobre a leishmaniose visceral canina,
a Ceva Saúde Animal firmou parceria com a Arca Brasil (Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal), entidade que realiza um forte trabalho na manutenção dos direitos animais no país. A Ceva, em união com a instituição, irá divulgar a campanha Prevenção é a melhor solução. “Estamos muito contentes com essa parceria. Nosso objetivo é levar informação para os tutores e profissionais da área através das mídias sociais e do site da Arca, desmistificando a leishmaniose e principalmente mostrando a importância de implementar medidas preventivas”, afirma Priscila. A Arca trabalha com foco na conscientização sobre os riscos da leishmaniose visceral canina há mais de 20 anos, abordando o tema em congressos, seminários e treinamentos. A campanha contra a doença foi lançada em 2012. “A ação foi iniciada com o objetivo de organizar e distribuir conhecimentos, de qualidade e com embasamento técnico, sobre formas de prevenir e combater a LVC, fomentando políticas públicas e estimulando novas e mais acessíveis abordagens no controle dessa doença. Ao apoiar essa campanha, a Ceva atua como um agente fundamental para a sustentabilidade e a preservação do projeto e colabora para a difusão de conhecimento científico bem embasado”, afirma o presidente da ARCA, Marco Ciampi. Ceva www.ceva.com.br
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Notícia
Divulgação
A PremieRpet® promove palestras em formato inédito
Entrada do Vet Talking – Conferências no formato TED para o público veterinário
Divulgação
Em 21 de maio, a PremieRpet® realizou a primeira edição do Vet Talking, um grande evento para médicos-veterinários e profissionais do segmento, em um formato inovador, dentro de um cinema PlayArte do Shopping Center 3, na Avenida Paulista, em São Paulo, SP. Com 319 participantes, o evento teve como novidade o formato adotado pelas palestras do TED, uma bem-sucedida série de conferências relativamente curtas realizadas nos Estados Unidos, visando a disseminação de ideias. É a primeira vez que esse modelo é adotado nesse segmento. Na entrada, todos os participantes tiveram direito a um combo de pipoca e refrigerante, com um “econudo”, pequena contribuição da empresa às medidas voltadas para a susten-
tabilidade. A PremieRpet® aproveitou a oportunidade também para apresentar no evento seu mais recente lançamento da linha de cookies super premium: o PremieR Cookie Frutas Vermelhas & Aveia, altamente palatáveis e saudáveis. “Nosso papel, como empresa especialista em nutrição de cães e gatos, é fomentar a troca de conhecimento e o aprimoramento dos médicos-veterinários, impulsionando o desenvolvimento do setor. No VetTalking mudamos o formato porque decidimos apresentar temas provocativos sobre o mercado veterinário, com o objetivo de instigar os participantes a pensarem de uma forma disruptiva. Quando essa provocação parte, como neste caso, de líderes de opinião renomados, consagrados e admirados por todos, isso estimula uma reflexão”, diz Madalena Spinazzola, diretora de planejamento estratégico e marketing corporativo da PremieRpet®. Os temas tratados foram os rumos da nutrição pet (prof. dr. Aulus Carciofi), a ascensão e perspectivas da medicina felina (prof. dr. Archivaldo Reche Jr.), um paralelo entre medicina Veterinária e medicina Humana (profa. dra. Denise Fantoni) e um enfoque da inovação como ideia a ser colocada em prática (Dado Schneider, doutor em comunicação).
Panorâmica da Conferência 86
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
Precisamos falar sobre a
Leishmaniose A Leishmaniose é uma doença potencialmente letal e ainda sem cura. É transmitida pelo mosquito-palha infectado para cães e seres humanos.
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Vet agenda Animais selvagens
17 e 18 de agosto
26 de julho
São Paulo, SP
6 e 7 de julho
Porto Alegre, RS
Curso descomplicando a Clínica de Pets Não Convencionais http://bit.ly/31Thwer 8 a 11 de outubro
Florianópolis, SC
XXVIII Encontro e XXII Congresso ABRAVAS
http://congressoabravas.com.br/
Curso de Aperfeiçoamento de Práticas Hospitalares http://santainesvet.com.br/uti/14917 Jul/2019 a out/2020
Jaboticabal, SP
2º Curso de Aperfeiçoamento em Clínica Médica de Cães e Gatos http://bit.ly/2Mex3lx
Jaboticabal, SP
II Curso e I Simpósio em Atualização de Cirurgia de Tecidos Moles https://www.facebook.com/ tecidosmolesjaboticabal 13 e 14 de setembro
São Paulo, SP
Curso Tópicos em Cirurgia de Cabeça e Pescoço https://goo.gl/Tz2gx3
13 a 15 de setembro
Citopatologia
Jaboticabal, SP
18 a 20 de outubro
Araçatuba, SP
I Workshop de Patologia em Animais Selvagens gease.silvestres@gmail.com
I Encontro de Doenças Infecciosas em Pequenos Animais http://bit.ly/2xsO7cY
23 a 25 de julho
29 de nov a 1 de dez
1º Corujão Prático de Citologia Dermatológica http://bit.ly/2X1pEpy
Jaboticabal, SP
2º Curso Avançado de Emergência e Intensivismo Direcionado à Rotina do Plantão
Anestesiologia
http://bit.ly/2NcPiYY
21 de setembro a 1 de dezembro
Campinas, SP
Cirurgia
II Curso Intensivo de Anestesia Intravenosa Total (TIVA) http://bit.ly/2J5sXah
18 de julho
São Paulo, SP
23 a 25 de outubro
Técnicas de Sutura e Reconstrução Cutânea/Plastia http://bit.ly/2IIl6QV
Foz do Iguaçu, PR
XIV EBAV http://www.congressocbav.com.br/
São Paulo, SP
Julho a setembro
São Paulo, SP
3º Curso Intensivo de Citologia Aplicada à Dermatologia Veterinária 27 e 28 de julho de 2019 31 de agosto e 1 de setembro de 2019 28 e 29 de setembro de 2019 http://bit.ly/2N8CVNo
Dermatologia
19 de julho
16 e 17 de agosto
27 e 28 de jul, 3 e 4 de ago
Curso Prático Miscelâneas Cirúrgicas http://bit.ly/2R7CukW
II Simpósio de Dermatologia Veterinária https://www.facebook.com/simdev2019
Curso Desmistificando Cães e Gatos http://bit.ly/2DJA9ac
20 e 21 de julho
Bem-estar animal
São Paulo, SP
São Paulo, SP
São Paulo, SP
Atualização em Cirurgia Toracoabdominal de Pequenos Animais http://bit.ly/2JlC1YC
Cardiologia 19 de julho
São Paulo, SP
Noções Básicas de Interpretação do Eletrocardiograma e Diagnóstico das Principais Arritmias – HOVET http://bit.ly/2ZPfpHA 30 de ago a 1 de set
23 a 26 de julho
São Paulo, SP
Técnica e Clínica Cirúrgica do Trato Gastrointestinal http://bit.ly/2J1d4my 26 a 28 de julho
São Paulo, SP
Jaboticabal, SP
Eletrocardiografia em Cães e Gatos http://vetecg.com.br/
VIII Curso Prático de Anatomia Topográfica Cirúrgica de Pequenos Animais
http://bit.ly/2YeheMW
Clínica
Porto Alegre, RS
Diagnóstico por Imagem 13 e 14 de julho
Porto Alegre, RS
Workshop de Ultrassonografia em Cães e Gatos https://vet-agenda.com/evento/ workshop-de-ultrassonografia-em-caese-gatos/ 15 de julho
São Paulo, SP
Princípios Básicos de Ultrassonografia – HOVET http://bit.ly/2IXGW4g 26 a 28 de julho
Jaboticabal, SP
22 de julho
17 e 24 de agosto
Clínica de Aves 100% Prático – HOVET http://bit.ly/2RBxJjD
3º Simpósio de Anestesia e Cirurgia https://www.instagram.com/geac_uam/
Curso de Diagnóstico por Imagem na Reprodução Animal - Pequenos Animais http://bit.ly/2VIAvIp
set/2019 a ago/2020
19 a 21 de agosto
V Curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia de Pequenos Animais http://bit.ly/2KDIQrE
Curso de Diagnóstico por Imagem na Reprodução Animal - Pequenos Animais http://bit.ly/2FAkhrI
São Paulo, SP
São Paulo, SP
22 de julho
São Paulo, SP
Jaboticabal, SP
Simulação de Atendimento Clínicos de Cães e Gatos – HOVET http://bit.ly/2X6OgSV
92
Evento online
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
Vet agenda Homeopatia
5 e 6 de outubro
São Paulo, SP
Ultrassonografia em Animais Silvestres http://bit.ly/2Y82yid
27 de julho
São Paulo, SP
17 e 18 de agosto
Interpretação Do Hemograma http://www.hospitalveterinariopompeia. com.br/cursos/interpretacao-dohemograma/
http://bit.ly/2X0staj
Módulo 1: 09 e 11 de Julho de 2019 Módulo 2: 16 e 18 de Julho de 2019
Doenças infecciosas Joinville, SC I Simpósio Sul Brasileiro de Doenças Infectocontagiosas
São Paulo, SP
23 a 25 de agosto
Botucatu, SP II Simpósio de Atualizações e Terapêutica em Moléstias Infecciosas de Pequenos Animais http://bit.ly/2JbDL6K 13 a 15 de setembro
Jaboticabal, SP I Encontro de Doenças Infecciosas em Pequenos Animais http://bit.ly/2K30g03
Hepatologia
2º Curso de Atualização em Hepatopatias de Cães e Gatos http://bit.ly/2YivAfy
Medicina veterinária desastres
13 a 15 de setembro
São Caetano do Sul, SP
Curso de Ozonioterapia Veterinária http://bit.ly/2II3y7A 14 a 17 de setembro
São Paulo, SP
Curso Terapia Com Células-tronco em Animais http://bit.ly/2IKUGhA
Medicina felina
17 de julho
São Paulo, SP
Técnicas de Sondagem Uretral e Cistocentese em Felinos – HOVET http://bit.ly/2ZKkGPJ 23 a 25 de agosto
João Pessoa, PB
14 de setembro
I Congresso de Medicina Integrativa Felina - Medifel https://www.medifel.com.br/
1° Encontro de Medicina Veterinária de Catástrofe https://www.facebook.com/emvcuniso/
9 a 10 de novembro
Sorocaba, SP
Endocrinologia
Balneário Camboriú, SC
III Simpósio Sul Brasileiro de Felinos https://goo.gl/cC3wqD
12 e 13 de julho
Nutrição
São Paulo, SP
II Curso de Endocrinologia e Metabologia do Paciente Felino endocrinovet.com.br/midia.htm
Setembro a dezembro
São Paulo, SP 2 de outubro
16 de julho
São Paulo, SP
São Paulo, SP
Endocrinopatias em Cães e Gatos http://bit.ly/2DHhWKs
1° Simpósio de Medicina Veterinária de Desastres http://animalhealthcongress.com
VII Curso de: Alimentação Natural e Medicina Nutracêutica de Cães
28 e 29/9, 19 e 20/10, 23 e 24/11, 14 e 15/12
cursos@integrativavet.com.br (11) 94598-5783
3 de agosto
4 a 11 de outubro
Fórum Internacional de Diabetes da ABEV – com Chen Gilor http://bit.ly/31VxjJV
VIII Simpósio Sobre Nutrição Clínica de Cães e Gatos http://bit.ly/2FwGZAS
Jaboticabal, SP
São Paulo, SP
27 e 28 de set, 25 e 26 de out
São Paulo, SP
III Curso de Nutrologia Aplicada às Endocrinopatias endocrinovet.com.br/midia.htm
Fisioterapia 13 a 15 de dezembro
São Paulo, SP
XV Curso Intensivo em Fisioterapia Veterinária https://fisiocarepet.com.br/cursos/
Gestão 9 de julho
Londrina, PR
5º Encontro Regional Sul de Gestão http://bit.ly/2YbFH5G
94
Medicina veterinária integrativa
Neurologia
13 de julho
São Paulo, SP
IV Workshop de Constelação Sistêmica Veterinária https://www.reikiveterinario.com.br/ Início em agosto
São Paulo, SP
Curso Intensivo de Reciclagem Para Médicos Veterinarios de Pequenos Animais da Anclivepa – SP http://bit.ly/2Xs8yFP
6 e 7 de julho
Manaus, AM
Simpósio de Neurologia Clínica Veterinária http://bit.ly/2XANrB3 16 a 18 de agosto
Rio de Janeiro, RJ
Simpósio ABNV simposios.abnv.com.br
Oftalmologia
3 de agosto
São Paulo, SP
1º Simpósio de Medicina Veterinaria Integrativa http://bit.ly/ simposiodemedicinavetintegrativa
19 e 20 de outubro
Ribeirão Preto, SP
5º Curso Básico de Oftalmologia Veterinária http://bit.ly/303alP0
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
Vet agenda Ortopedia
29 de set a 24 de dez
Jaboticabal, SP
22 a 24 de agosto
São Paulo, SP
Curso Intensivo Prático de Ortopedia Básico http://bit.ly/2FyH86R
3º Curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oncológica e Reconstrutiva em Cães e Gatos http://bit.ly/2X4Liyj
Patologia forense
17 a 19 de outubro
Agosto a novembro
Curso Intensivo Prático de Ortopedia Avançado https://goo.gl/nCtCbL
I Curso de Patologia Forense 20 e 21/8, 31/8 a 1/9, 28 e 29/9, 26 e 27/10 e 23 e 24/11 https://www.spvetschool.com.br/ product-page/i-curso-de-patologiaforense
São Paulo, SP
23 de julho
Oncologia
São Paulo, SP
Pós-graduação
São Paulo, SP
Bases de Oncologia – HOVET http://bit.ly/2JjMSSV
Início imediato
Agosto a dezembro
Pós em Acupuntura Veterinária http://bit.ly/304z8Ce
I Curso de Neoplasias Hematopoieticas em Cães e Gatos
Início em agosto
http://bit.ly/31O7co9
Pos em Patologia Clinica e Citopatologia http://bit.ly/2X7GqZa
São Paulo, SP
São Paulo, SP
24 e 25/8, 7 e 8/9, 12 e 23/10, 23 e 24/11 e 7 e 8/12
96
São Paulo, SP
Set/2019 a abr/2021
São Paulo, SP
Pós-Graduação Lato Sensu em Oftalmologia Veterinária – FAMESP http://bit.ly/2X7XVZ8 Fev/2020 a dez/2021
São Paulo, SP
Curso de Especialização (pós-graduação lato sensu) em Nutrologia de Cães e Gatos
http://bit.ly/2DPgjdK
Semanas acadêmicas 8 a 9 de julho
Itajaí, SC
1° GEMVET - Semana Acadêmica de Medicina Veterinária (UNISOCIESC)
https://vet-agenda.com/evento/ gemvet-1o-edicao/ 9 a 13 de setembro
Leme, SP
XVIII SAVET - medicina veterinária matutino (Anhanguera Leme) https://www.instagram.com/savetxviii/
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
9 a 13 de setembro XXII Semana Acadêmica Unimes de Medicina Veterinária – SAUMVET http://bit.ly/2LpnX3l
15 a 17 de agosto
Mostra de Iniciação Científica Veterinária - MICVET (UNISUL) http://bit.ly/300OqrG
II Circuito Mineiro de especialidades Veterinárias http://bit.ly/2HHvDvn
Toxicologia
12 a 14 de setembro
Mineiros, GO
25 a 28 de outubro
IV Semana Acadêmica de Medicina Veterinária (UNIFIMES) https://www.sevet.com.br/
Londrina, PR
I Simpósio Brasileiro de Toxicologia Veterinária (I SBTV) http://www.uel.br/eventos/sbtv/pages/
16 a 21 de setembro
Campinas, SP
Feiras & Congressos
XV SAMEVET 2019 (Anhanguera) https://www.facebook.com/ Samevet2019
8 a 12 de julho
Vila Velha, ES
XXVI Congresso Brasileiro de Ornitologia http://xxvicbo2019.uvv.br/index.html
14 a 18 de outubro
Campinas, SP
XX Semana Acadêmica (UFRGS) dafv@ufrgs.br
Belo Horizonte, MG
15 a 18 de agosto
Ribeirão Preto, SP
5º CBPV | XIX ENAPAVE www.enapave.com.br 21 a 23 de agosto
São Paulo, SP
Pet South America https://www.petsa.com.br/pt 30 de set a 2 de out
Itu, SP
4º Encontro de Residentes Vetnil http://bit.ly/2xn6Abb
23 a 25 de julho
Curitiba, PR
16 a 18 de outubro
Campinas, SP
21 e 22 de outubro
Tubarão, SC
Santos, SP
XVII Semevuc (Unip Campinas) https://www.facebook.com/semevuc/
Congresso Medvep Internacional de Especialidades Veterinárias 2019 http://congressomedvep.com.br/site/
2 a 4 de outubro
São Paulo, SP
Animal Health South America www.animalhealthsa.com
Clínica Veterinária, Ano XXIV, n. 141, julho/agosto, 2019
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Vet agenda 9 a 11 de outubro
7 a 9 de agosto
CONIVET 2019
Congreso Veterinario de Colombia
João Pessoa, PB
16 a 19 de outubro Las Vegas, Nevada, EUA 2019 American College of Veterinary Surgeons – Surgery Summit
Pereira, Risaralda, Colômbia
www.conivet2019.com.br
http://cvdc.com.co/
21 a 24 de outubro
3 e 4 de outubro
2º Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária – SBDV
XX Congreso Nacional AVEACA
Campos do Jordão, SP
https://www.congressosbdv.com.br/
https://www.acvs.org/surgery-summit/ upcoming-meetings
Buenos Aires, Argentina
facebook.com/AveacaArg
3 a 5 de outubro
Mississauga, Canadá
19 a 21 de novembro
Rio de Janeiro, RJ
7 a 9 de novembro Sevilla, Espanha Congreso Nacional Avepa – Southern European Veterinary Conference
Anclivepa Rio Vet
Veterinary Education Today Conference & Medical Exposition
28 e 29 de novembro
4 a 6 de outubro
26 a 29 de março
3a Petnor
Diagnostics and Management of Canine an Feline GI Disorders
2020 Annual Conference of the Veterinary Cancer Society (VCS) http://vetcancersociety.org vetcancersociety@yahoo.com
http://riovet.rio.br/
facebook.com/AveacaArg
Recife, PE
Long Beach, Califórnia, EUA
https://www.feirapetnor.com.br/
http://bit.ly/2RA4sWB
Agenda internacional
17 a 19 de outubro
16 a 19 de julho
Toronto, Canadá
WSAVA Veterinary Association Congress http://bit.ly/2KQpAHA
2020
Tóquio, Japão
Houston, Texas, EUA
23 a 26 de setembro
http://vetcancersociety.org/vcs-members/ links-of-interest-2/calendar-of-events/
WSAVA Congress https://lp.www2.kenes.com/wsava2020-lp/
Varsóvia - Polônia
Veterinary Cancer Society Annual Conference – 2019
4 DE OUTUBRO
Apoio:
https://www.avepa.org/index.php/36blocks/183-sev-2019
A Naya Especialidades, referência em assistência à saúde animal, tem o prazer de compartilhar seus conhecimentos no Simpósio Naya de Especialidades, trazendo os principais avanços nas áreas em que atua com a expertise de seu corpo clínico e de convidados especiais.
8h30 9h20
Hipertensão arterial sistêmica e pulmonar em cães com hiperadrenocorticismo Luciano Pereira (Naya Especialidades), Fabricio Lorenzini (Naya Especialidades)
9h20 10h30
Compreendendo a hipercoagulabilidade sanguínea do hiperadrenocorticismo Priscila Lopes (Naya Especialidades), Simone Gonçalves (Hemovet), Marcia Kahvegian (All Care)
10h30 11h20
Bacteriúria nas endocrinopatias: é sempre necessário o uso de antimicrobianos? Luciano Giovanini (Naya Especialidades), Marcela Fuzeti (Naya Especialidades)
11h20 12h20
Novidades na epilepsia felina Wagner Sato Ushikoshi (Naya Especialidades)
14h00 15h00
É gordinho por que come mais ou come mais por que é gordinho? Aspectos endócrinos e comportamentais da obesidade canina Viviani De Marco (Naya Especialidades), Daniela Ramos (Psicovet)
17h40 18h30
Mucocele biliar: visão do endocrinólogo x nutrólogo Viviani De Marco (Naya Especialidades), Marcio Brunetto (FMVZ-USP)
Organização:
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SIMPÓSIO DE MEDICINA VETERINÁRIA DE DESASTRES Com a intensificação do aquecimento global, inundações, furacões, incêndios florestais e secas afetarão não só as pessoas, mas o meio ambiente, os recursos naturais e os animais. A demanda por um profissional veterinário especializado nessas áreas torna-se mais necessária do que nunca. Nosso objetivo é capacitar os participantes em práticas mais eficazes na prevenção e na resposta aos desastres que envolvam animais. Os participantes irão adquirir conhecimentos em:
• • • • •
GESTÃO SAÚDE ÚNICA EM DESASTRES RESGATE DESTINAÇÃO DOS ANIMAIS RESGATADOS ASSISTÊNCIA MÉDICO-VETERINÁRIA AOS ANIMAIS ATINGIDOS • MANUTENÇÃO DE ANIMAIS • BIOSSEGURANÇA • MEDICINA VETERINÁRIA LEGAL EM DESASTRES
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