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«Queremos promover uma adoção responsável»

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"camões"

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José Polido, vereador do Pelouro da Proteção Animal, foi um dos grandes impulsionadores do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia de Sesimbra. Hoje, quase dois anos depois da abertura, não esconde o orgulho pelo trabalho desenvolvido pela equipa e reconhece que o novo equipamento foi fundamental para melhorar a resposta do município ao nível do bem-estar animal. «O canil antigo, junto à fonte de Sesimbra, já não reunia as condições desejáveis para acolher os animais e, portanto, a Câmara Municipal lançou um concurso para construção deste espaço, onde conseguimos proporcionar condições das melhores que existem a nível nacional, quer para cães quer para gatos», garante.

Continua A Haver Abandonos

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«Como é óbvio não conseguimos acolher todos os animais que gostaríamos», lamenta. «Continua a haver falta de civismo por parte de alguns cidadãos que abandonam os seus animais, particularmente em período de férias», critica. «É o CROAC que tem a obrigação de acolher esses animais, cuidar deles, até serem adotados». Esta realidade faz com que muitas vezes o espaço seja pouco para tantos animais e que seja necessário encontrar alternativas. «Temos dois protocolos com associações. Um com a Bianca, que fica mesmo aqui junto ao CROAC, e outro com a associação Cantinho da Milú, que fica no concelho de Palmela. Fizemos esses protocolos dada a necessidade de transferir alguns animais. Quisemos alargar o leque de possíveis contactos de adoção para que os nossos animais encontrem um lar em condições para terem uma vida digna».

O Croac N O Um Gabinete Veterin Rio

Há quem contacte ou se desloque ao CROAC julgando tratar-se de uma clínica que presta serviços veterinários. No entanto, o âmbito do equipamento e do serviço é bem diferente. «Fazemos alguns tipos de atos médicos veterinários, mas sobretudo aos nossos animais», explica José Polido. «Não queremos competir com as clínicas privadas, às quais também recorremos. Quando há necessidade de fazer algum tipo de intervenção cirúrgica para o qual não temos os meios necessários e suficientes socorremo-nos de clínicas privadas do concelho e, eventualmente, de concelhos vizinhos», esclarece.

Ado O Respons Vel

O vereador destaca a importância da adoção responsável. «Aquilo que eu gostava é que as pessoas viessem ao CROAC e adotassem um animal, e que nos ajudassem a passar a mensagem para que os nossos animais consigam ter um lar onde se sintam felizes», afirma. «É esse o nosso grande objetivo, e é para isso que estamos a trabalhar».

Um Cabaz Alimentar Para Animais

Este serviço municipal tem promovido e apoiado o bem-estar animal de diversas formas.

Uma delas é a disponibilização de ra ção, tanto para as colónias de animais existentes no concelho, como para as famílias carenciadas que têm animais de companhia. «Há uns anos apercebi-me que alguns dos nossos voluntários compravam comida para dar às suas colónias», conta José Polido. «É uma obrigação que deve ser assegurada pelo município, pelo que começámos a garantir o alimento para essas colónias», assume.

Para além disso, aquando da pandemia, algumas pessoas atravessaram dificuldades financeiras e não tinham alimentação para si próprias, nem para os seus animais de companhia. «Através do serviço de Ação Social identificámos esses casos e começámos a apoiá-los com a atribuição de um cabaz com alimentos para os animais», revela o responsável máximo pelo serviço.

Investir no bem-estar animal

O investimento na compra de alimentação e medicação para os animais que vivem no CROAC é de cerca de 40 mil euros por ano. «São uns bons milhares de euros que investimos no bem-estar animal», frisa o vereador José Polido. Em 2022, foram cerca de 16 mil quilos de ração seca para cães e 2,5 mil quilos para gatos. Para os apoios sociais foram disponibilizados cerca de 860 quilos de ração seca para cães e a ração doada a cuidadores de colónias de gatos ultrapassou os 3 mil quilos.

Para José Polido, todo este investimento no bem-estar animal só é possível graças ao empenho e à cooperação dos funcionários do CROAC. «É uma equipa empenhada, composta por pessoas que tratam destes animais como se fossem seus filhos ou familiares. Vivem 24 sobre 24 horas toda esta problemática. E tudo isso é feito com carinho», salienta.

São professores, engenheiros, empresários, estudantes, designers. Encontram no seu próprio olhar a inspiração para escolher espetáculos para o palco do Cineteatro Municipal João Mota. Têm idades, interesses, histórias de vida diferentes. São os Olharápios, espectadores ativos do Cineteatro, verdadeiros embaixadores culturais na comunidade.

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