Viana do Castelo, cidade náutica do atlântico - Julho 2013

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Viana do Castelo, Cidade Nåutica do Atlântico Princesa com rio e mar em fundo

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Viana do Castelo, Cidade Nåutica do Atlântico Princesa com rio e mar em fundo


Promotor Câmara Municipal de Viana do Castelo Coordenador da publicação Henrique Praça Autores António Maranhão Peixoto (Viana e o Mar) Márcia Pinto (Economia do Mar em Viana) Henrique Praça (Centro de Mar. Viana Cidade Náutica) Ricardo J. Carvalhido — Centro de Geologia da Universidade do Porto; Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da Universidade de Aveiro (Uma janela sobre 540 milhões de anos de História) Pedro Teixeira Gomes — Centro de Biologia Molecular e Ambiental da Universidade do Minho (Entre a terra e o mar, a diversidade biológica) Ilustrações e mapa Tiago Lourenço Design GSA Design Gestão Editorial Setepés Impressão gráfica Empresa Diário do Porto, Lda Edição Câmara Municipal de Viana do Castelo ISBN 978-972-588-239-9 Depósito Legal XXXXXXXX Nº de exemplares 3 000 Julho de 2013

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Créditos fotográficos Viana e o Mar Imagens 1-10, 12, AMVCT, Arquivo Municipal de Viana do Castelo Imagem 11, Rui Carvalho Economia do Mar em Viana Imagens 1,2, 4-7, Câmara Municipal de Viana do Castelo Imagem 3, Arquivo ENVC Centro de Mar. Viana Cidade Náutica Imagens 7-15, Câmara Municipal de Viana do Castelo Património natural do litoral de Viana do Castelo Imagens 1-10, Ricardo Jorge Carvalhido (Centro de Geologia da Universidade do Porto) Entre a terra e o mar, a diversidade biológica Imagens 11-15, Pedro Teixeira Gomes (Centro de Biologia Molecular e Ambiental, Universidade do Minho)


Viana do Castelo, cidade localizada no sopé da serra de Santa Luzia, apresenta uma história notável de proximidade e vivência com o Atlântico e com o rio Lima que a envolve. Com mais de sete séculos e meio de história, a Princesa do Lima sempre se associou à atividade piscatória, mercante e construção naval que foi evoluindo no sentido da valorização de outras valências potenciadoras do património natural, edificado, turístico e náutico. Ao longo dos seus 24 km de costa litoral, o Município de Viana do Castelo reconhece a importância estratégica da zona costeira em que está integrada, vindo a desenvolver ao longo dos anos um conjunto de ações promotoras do conhecimento, conservação e valorização destas potencialidades. A história de Viana e o mar, desde tempos medievos, a sua relação com a economia do mar passando pela afirmação de cidade náutica do atlântico, promotora de um conjunto de apoios à náutica de recreio e às atividades náuticas de aprendizagem e competição – como a canoagem, a vela, o remo, e diversas modalidades de surf – são realidades aqui referenciadas que permitem compreender a forte afinidade que existe com o mar. Paralelamente, todo o trabalho que vem sendo desenvolvido de forma a incentivar e fomentar o gosto pelo conhecimento, respeito e valorização do património natural que ocorre ao longo do litoral Norte, tem-se refletido nas diversas classificações de conservação que o Município tem recebido – Bandeira Azul da Europa, Praias Douradas, Rede Natura 2000, assim como a oportunidade para a classificação de geossítios como Monumentos Naturais Locais. José Maria Costa Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

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Viana e o Mar

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1.

Desde a longínqua e enigmática pré-história que está testemunhada a fruição humana do mar. Ao longo dos séculos os naturais e residentes no território vianês sempre olharam para o oceano como ondas de oportunidades e nunca como obstáculo ao conhecimento, ao progresso e à felicidade individual e coletiva. No foral que institui Viana, outorgado pelo rei D. Afonso III a 18 de Junho de 1258, está consagrada a vocação marítima desta terra e das suas gentes:

2.

Reservo para mim e para os meus sucessores a décima das coisas que entrem pela foz do Lima, a qual me deverá ser paga. E, de modo igual, reservo para mim e para os meus sucessores a portagem das mercadorias que virão a entrar e sair pela foz do Lima. Os vizinhos de Viana só darão décima ao Rei das mercadorias provenientes de França e da terra dos sarracenos. Permito que o concelho de Viana receba os direitos de passagem do porto de Viana, do rio Lima, entre uma margem e a outra. A Princesa do Lima é indissociável do Atlântico e do rio que a banham, plataformas que na continuidade dos tempos promoverão negócios e navegações e dinamizarão marinheiros e comerciantes. Desde os tempos medievos que temos documentada a atividade piscatória, não só no mar da terra, como no mar alto, assim como a insegurança gerada pelos atos de pirataria ao longo da costa nacional e galega. Apesar de todas as vicissitudes o comércio marítimo vianense estende-se aos países do Norte da Europa.

1. Treslado autografado por Fernão Lopes do foral afonsino 2. Frontispício do foral manuelino 8


D. Manuel I, o rei Venturoso, concede a 1 de Junho de 1512 foral novo a este importante polo comercial, uma povoação cosmopolita e opulenta. Nele reforça a sua propensão atlântica e institui a dízima nova, mercê do elevado movimento mercantil registado no seu porto de mar: Também se arrecadará mais para nós na dita Vila a dízima nova de todos os pescadores que à dita Vila vierem com seus pescados, assim os da dita Vila como de fora de qualquer parte de nosso Reino, salvo se os tais pescadores a tiverem já paga, em algum lugar. Porque, desde que a dita dízima nova uma vez se pagar em qualquer parte de nosso Reino, não se pagará mais, ainda que vá ter à dita Vila ou a outro porto, salvo os da dita Comarca, desde o Porto até Caminha, os quais pagarão a dita dízima nova onde forem moradores, posto que primeiro vão com seus pescados a outras partes da dita Comarca. À luz deste documento continuam também sujeitas ao pagamento da dízima de el-Rei todas as mercadorias originárias de França e da terra dos Mouros. A epopeia dos Descobrimentos revolucionou a arquitetura e o conhecimento das dinâmicas económicas do Atlântico. Na época de quinhentos os navios desta pujante vila burguesa percorriam o Oceano desde a Terra Nova ao Golfo da Guiné, da Flandres ao Brasil, de Sevilha às Antilhas, comerciando e pescando, explorando e povoando. Na gesta da Expansão têm também lugar cimeiro corajosos e audazes mareantes que, nascidos e partindo de Viana, deram novos mundos ao mundo e ancoraram em terras longínquas o nome de Portugal. Entre eles destacamos:

3. Caravela nos Antigos Paços do Concelho

João Álvares Fagundes (1470-1522) – abastado armador e mercador, foi o mentor, financiador e orientador das navegações que levaram à descoberta e reconhecimento das costas do nordeste americano, hoje as províncias atlânticas canadianas da Nova Escócia, Terra Nova e do Lavrador. Impulsionou a exploração da riqueza pesqueira daqueles mares enevoados, frios e misteriosos, o que lhe valeu o epíteto de descobridor da Terra dos Bacalhaus.

4. Estátua de João Álvares Fagundes

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Pero do Campo Tourinho (1482-1553) – dedicado ao comércio e à navegação, mestre e dono de uma caravela que negociava especiarias de Lisboa para o Norte da Europa, foi oficial da Confraria dos Mareantes e da Confraria da Misericórdia. A sua participação nas explorações do Noroeste Atlântico e as viagens realizadas às Terras de Vera Cruz para assegurar o transporte de pau­‑brasil e a vigilância do litoral daquele território sul-americano, levaram o rei D. João III a agraciá-lo com a Capitania de Porto Seguro (Pernambuco), à qual deu florescimento. Este donatário quinhentista marca, indelevelmente, a atração que a emigração vianense, até meados do século XX, sempre demonstrou pelo Brasil. Diogo Álvares, o Caramuru (1490?-1553) – aporta ainda jovem, talvez devido a naufrágio, ao paradisíaco e luxuriante Recôncavo Baiano. Ganha, de forma hábil, inteligente e astuta diplomacia, um ascendente sobre os indígenas. Vivia do comércio, mediou muitos conflitos, evitou guerras eminentes entre índios e colonizadores, e vice-versa, assim como auxiliou em numerosos desastres marítimos. Ao consorciar-se com a tupimambá Paraguassu e conhecedor da fala nativa promove a miscigenação, sendo considerado o Pai da Brasilidade, essa nação em que convivem diversas raças e etnias, verdadeiro hino à comunhão universal entre os povos. D. Sebastião intitula Viana de Vila Notável e como havendo respeito a ser uma das nobres e principais de meus reinos e de maior rendimento, a principal EntreDouro-e-Minho, e de grande povoação.

5. Estátua de Pero do Campo Tourinho 6. Epígrafe dos Mareantes. le(s)vs // ERA / d(e) 150/4 A(n)N(o)S // Esta capela MANDOV fazer / OS MAREANTES

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No apogeu do comércio do açúcar brasileiro a dinâmica do seu porto de mar confere-lhe o terceiro lugar a nível nacional em rendimentos alfandegários, chegando a ter no mar mais de setenta navios. Seguindo a generalidade da economia do reino, na primeira metade do século XVII, o comércio marítimo é afetado por uma profunda crise. É o século da crise climática durante a qual ao arrefecimento do tempo se juntou o assoreamento progressivo da barra e o avanço das dunas litorais. A união ibérica e consequente ocupação espanhola e a Guerra da Restauração provocariam uma acentuada diminuição do movimento comercial com os portos do Brasil. 7. Em primeiro plano ao centro, Fortaleza de Santiago da Barra

Além disso, a crescente intimidação dos Ingleses, Holandeses e Franceses, e numa segunda vaga dos Espanhóis, ordena um reforço e melhoramento dos dispositivos de defesa segundo novas técnicas, não só nas possessões ultramarinas, mas também ao nível local e regional. Ainda hoje podemos admirar testemunhos dessa época: a Fortaleza de Santiago da Barra, tradicionalmente conhecida como Castelo de Santiago da Barra, o Fortim da Vinha, também designado de Forte da Areosa ou Castelo Velho, e o Fortim de Montedor ou Forte de Paçô, em Carreço. Estas construções, expressão genuína e funcional da arquitetura militar, usufruindo da íntegra harmonia na paisagem, assinalam a confluência recíproca de fim de terra e início da imensidão oceânica e vice-versa, bem como delimitam o reino de Neptuno e a possessão territorial circunscrita à permanente ocupação humana.

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Todo este património militar, em contacto permanente e privilegiado com o mar, testemunha a secular importância do litoral vianense à escala nacional e, além de marcos primordiais das nossas reminiscências comunitárias, lega às gerações vindouras o diálogo constante de ousadia e respeito entre o litoral e a humanização da paisagem. O tráfego marítimo a partir da Princesa do Lima irá conhecer uma recuperação em finais de seiscentos com a dinâmica de exportação de vinhos verdes da Ribeira Lima e de Monção, ao mesmo tempo que começa a afluir o ouro do Brasil. Sofre um novo ciclo de decrescimento de meados a finais do século XVIII, vítima do centralismo político-alfandegário imposto pela governação pombalina. As remessas de ouro brasileiro começam a diminuir e instala-se a crise no próprio comércio português de vinho para Inglaterra devido às campanhas contrárias e à concorrência dos fabricantes de gin inglês. Na 2.ª metade de setecentos é reedificada e ampliada, no local onde hoje se encontra, a igreja de Nossa Senhora da Agonia. Tendo as suas raízes nas solenidades religiosas dos passos finais da Via Sacra, iniciadas ainda no século XVII, este culto mariano vem a afirmar-se devotamente no tempo como a romaria de vanguarda do Minho e na referência nacional. Nela cintilam a Procissão dos Pescadores, a Benção ao Mar e às Embarcações, bem como a Procissão ao Mar e ao Rio.

8. Epígrafe de Santiago da Barra POR MANDADO DE SUA MAG[ESTA]DE/SEIA NOTORIO AS EMBARCA/SOENS PORTUG[U]ESAS QUE/ PASAREM POR ESTA FORTA/LEZA QUE NEM A ENTRA/DA NESTE PORTO NEM A/SAIDA DELLE LHE DEVEM SELA/RIO PROPINA NEM DIREI/TO ALGUM NEM AE LLA/NSEM A NENHUMA DAS PES/SOAS QUE NELLA SERVEM/E AS EM BARCASOENS ES/ TRANGEIRAS SEIA NOTO/ RIO QUE POR ENTRADA/ NOM DEVEM TAMBEM COUSA ALGUMA E A SAIDA HAM DE PAGAR UM CRU/ZADO POR CADA EMBARCA/ÇAO E NENHUMA OUTRA/ COUZA MAIS.LIXBOA XIX/ DE NOVEMBRO MDCLVII 12


9. Planta da vila de Viana, 1759

A esta suprema manifestação da religiosidade popular que encarna todos os medos, inquietudes, vicissitudes, anseios, fortunas, sucessos e êxitos da humilde e insigne Viana marinheira, como o testemunham os seus ex-votos, teremos que aliar a piedade ancestral dos Homens do Mar a Santa Catarina e à Senhora das Candeias. Nos altares das capelas destas devotas invocações da Ribeira são igualmente veneradas Santa Bárbara, Senhora da Guia, Senhora das Mercês, Senhora dos Mares, Senhora do Livramento e Senhora do Bom Sucesso, bem como a Senhora da Candelária, ou da Candelória ou da Luz e o Santo Homem Bom.

10. Santuário da Senhora d’Agonia

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Quase nos alvores do século XIX, mercê do relançamento da pesca, irá viver um renascimento mercantil. Na época Portugal não pescava 10% do bacalhau que consumia. A instalação de uma colónia de galegos, em meados daquele século, na Ribeira, confere um reforço da classe marítima e piscatória da cidade. Fugidos às lutas civis na sua terra natal na grande maioria provenientes de Vigo, dedicam-se à pesca artesanal na plataforma continental adjacente que começa a prosperar em Viana do Castelo. Todavia, a atividade comercial marítima vai decaindo progressivamente devido ao assoreamento da barra. Este impôs vários planos e obras que, embora ficando aquém, vieram na sequência deles.

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O projeto de encanamento do rio Lima traçado pelo Eng.º Custódio José Gomes de Vilas Boas, cujas obras viriam a ser suspensas em 1807, visava o melhoramento da barra, o desassoreamento, ancoradouro, amarração e abrigo de embarcações. Começava assim a materializar-se parte do conjunto de anseios que as gentes de Viana, através de petições e requerimentos, há mais de um século reivindicavam junto da Câmara e da Realeza. A instabilidade gerada pelas invasões francesas irá protelar ainda durante algumas décadas o início de um desejado ciclo de progresso, bem como o desenhar de um novo relacionamento com o mar. As infraestruturas necessárias ganharão corpo com a Regeneração e prosseguiram no século XX.


Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, fundados em 4 de Junho de 1944 no âmbito governamental de modernização da frota de pesca do largo, consolidam a tradição multissecular da construção naval. Este empreendimento, nascido quando a cidade já alberga cerca de 14 mil habitantes e para responder às necessidades emergentes da Empresa de Pesca de Viana, instituída em 1926, matiza e renova a sua vocação marítima.

11. Procissão ao Rio e ao Mar

Registe-se que o crescimento do porto comercial, onde o aumento de navios em trânsito é reflexo dos investimentos e melhoramentos que conheceu durante décadas, é o rosto de uma luta plurissecular de criar uma maior e melhor segurança de entrada e saída da barra e de potenciar ao longo dos tempos a acostagem de navios de maior porte. Tal desiderato coagiu, inclusivamente, nos momentos mais contemporâneos, à transferência da doca comercial para a margem esquerda do rio Lima, na acolhedora vila de Darque. Viana e o mar, Viana do mar e o mar de Viana são uma trilogia única na identidade e memória coletiva deste rincão do Alto Minho e do noroeste peninsular.

12. Santa Luzia – cidade, rio Lima e Atlântico

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Economia do Mar em Viana

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O desenvolvimento do núcleo urbano de Viana do Castelo teve como fator determinante a sua condição geográfica. Antes da outorga do foral afonsino em 1258, florescia junto à foz do rio Lima a primeira centralidade urbana de Viana do Castelo. Neste lugar denominado por São Salvador do Adro, existia uma intensa atividade mercantil onde protagonizavam homens do mar, mercadores e almocreves que, por via terrestre e fluvial, acediam rapidamente às feiras de Ponte de Lima, Lindoso, Barcelos e Braga. Neste pequeno entreposto marítimo comercializavam-se produtos agrícolas e têxteis provenientes do interior com destino à Galiza.

Já desde o século XVIII que, entre a ribeira na Argaçosa e a fortaleza de Santiago da Barra, a frente urbana da cidade se encontrava bordejada por cais de acostagem. Mas em 1888, são autorizadas a realização de um conjunto de intervenções com o intuito de aumentar os terraplenos junto ao cais, ampliar e construir novos cais e muros de regularização de margens. Nos inícios do século XX deu-se início à construção da doca seca de reparação naval e da nova doca comercial servida por estrada e por via ferroviária. Em 1944 nascem os estaleiros de construção naval, época em que ainda havia forte presença da frota bacalhoeira, proporcionando o progresso da cidade e da região.

Entreposto comercial marítimo

Atualmente o porto de Viana do Castelo é constituído por quatro valências – comercial, industrial, pescas e recreio. Em 1984 foi construído o novo porto comercial na margem esquerda do Lima na freguesia de Darque. O porto comercial de Viana do Castelo dispõe de oficinas de mecânica, eletricidade, serralharia e carpintaria e tem capacidade para movimentar anualmente 900 mil toneladas de carga geral fracionada, granéis líquidos ou sólidos e contentores.

Na história do desenvolvimento económico da cidade de Viana do Castelo, o porto é sem dúvida um elemento crucial na projeção da cidade o que até atraiu a pirataria à sua costa e à foz do rio Lima. A ligação da cidade à atividade marítima, ao comércio fluvial e atlântico e às diversas atividades profissionais relacionadas com a construção naval proporcionou que Viana do Castelo se transformasse no principal entreposto comercial a norte do rio Douro até à fronteira com Espanha.

Quadro I Movimento de Mercadorias (em toneladas)

2008

2009

2010

2011

2012

Carga Geral

235 213

198 687

337 718

334 797

300 955

Granéis Sólidos

201 348

178 804

169 505

129 532

173 568

38 909

28 567

16 917

26 164

28 394

475 470

406 058

524 140

490 493

500 917

Granéis Líquidos Total

Quadro II Movimento de Navios Número GT (Gross Tonnage)

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2008

2009

2010

2011

2012

189

167

199

203

212

883 644

855 009

889 468

902 157

849 592


1. Porto comercial na margemesquerda do Rio Lima, em Darque

O porto de recreio, situado na margem direita do rio Lima, é constituído por duas docas. Uma situada a jusante da ponte metálica de Viana do Castelo, com 163 postos de amarração para embarcações até 20 metros de comprimento e 3 metros de calado. A outra doca, localizada a montante da ponte metálica, dispõe de 144 postos de amarração para embarcações de menor porte, inferior a 1,5 metros de calado. No futuro, na antiga doca comercial, constituir-se-á a Marina Atlântica com 477 metros de comprimento e 100 metros de largura máxima e 45 metros de largura mínima. Junto a esta última doca encontra-se a Doca Seca Engenheiro Duarte Pacheco com 103 metros de comprimento por 15 metros de largura. Após reconversão funcionará como unidade de apoio às embarcações que pretendam fazer reparações durante a estadia ou escala no porto de Viana do Castelo. É nesta doca que se encontra estacionado o Navio Hospital Gil Eannes, o navio museu com um Centro de Interpretação Ambiental e de Documentação do Mar.

2. Porto de recreio a jusante da ponte Eiffel

Na margem direita do Rio Lima, junto à foz, encontra-se o porto de pesca com uma forte tradição histórica na cidade no que diz respeito à expressão económica e social. Esta doca é destinada aos pequenos barcos de pesca costeira e é dotada de equipamentos flutuantes para proteger e acomodar a frota pesqueira local em perfeitas condições de segurança e operacionalidade.

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O porto industrial situado na mesma margem acolhe, desde 2007, duas unidades para o fabrico de pás e torres eólicas da empresa Enercon. A empresa líder no ramo da energia eólica criou, em Viana do Castelo, um moderno centro para a Indústria Eólica em Portugal, com fábricas de produção de componentes essenciais para os Aerogeradores ENERCON.

Construção e reparação naval Neste mesmo porto encontra-se a empresa Estaleiros Navais de Viana do Castelo, fundada em 1944, que se dedica à construção e reparação naval de tamanho médio. As duas primeiras construções foram arrastões para a pesca do bacalhau cuja entrega ocorreu em 1948, denominados por Senhor dos Mareantes e por Senhora das Candeias. Atualmente este é o maior estaleiro de construção naval de Portugal tendo construído até hoje 200 navios de vários tipos: batelões, rebocadores, ferry-boats, navios de pesca, carga a granel, porta-contentores de carga pesada, transportadores de cimento, navios tanque, LPG, transportadores de produtos químicos, vasos de guerra e navios de cruzeiro. Apesar das adversidades com que se tem confrontado ao longo da sua atividade, os ENVC são em si mesmo um símbolo vianense, quer pela área, infraestruturas, postos de trabalho, volume de negócios e prestígio, sendo por isso, reconhecido nos quatro cantos do mundo. A qualidade dos seus serviços, ao nível da construção e das atividades de recuperação e reconversão navais, inscrevem-no como referência marcante na economia nacional e acrescentam uma dinâmica própria ao porto de Viana do Castelo.

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3. ENVC, Estaleiros Navais de Viana do Castelo

Neste porto existem também dois estaleiros que se dedicam à atividade da construção e reparação naval de embarcações em madeira destinadas à pesca, nomeadamente, a Vianapesca e o construtor naval Marçal Martins de Oliveira.


Pesca e indústria transformadora de pescado As atividades fluvio-marítimas quer da salicultura quer piscatória terão começado muito antes da atribuição do foral afonsino. Mas foi a partir do séc. XVII que se formou em Viana uma colónia de pescadores. Em meados de quinhentos, com a Europa assolada por guerras religiosas e a pirataria francesa e inglesa ao largo da costa de Viana a que se juntou o assoreamento da barra, o comércio externo sofreu alterações: de mercados externos e de produtos de exportação. É nesta altura que surge um produto cujo comércio vai perdurar até ao séc. XX: o bacalhau. O livro das Sisas de 1566 e 1567 refere cinco navyos de Viana que pescavam bacalhau na Terra Nova. O apogeu dessa pesca dá-se em meados do séc. XX (anos 50-60) quer em número de embarcações quer no montante de capturas de pescado. É durante esse período que as embarcação de pesca de bacalhau ficam conhecidas por Frota Branca – lugres, navios à vela com motor auxiliar, pintados de branco, progressivamente substituídos por modernas embarcações a motor e com pesca de arrasto. A população de pescadores em Viana tem o seu apogeu na década de 1930, como mostra o gráfico seguinte. A diminuição acentuada na década de 50 do séc. passado deve-se à progressiva transferência da mão de obra para o setor da construção naval, nomeadamente para os ENVC, Estaleiros Navais de Viana do Castelo, fundados em 1944.

4. População de pescadores e a população da cidade.

1859 1900 1930 1960

Pop. Cidade: 7534 Pop. Pescadores: 112 9851 616 11544 857 14371 451

“Uma vez, andava no Divino Mestre, que era uma embarcação da pesca artesanal, e quando vínhamos para terra o mar era muito e o salva-vidas pedia gente para ir lá fora socorrer um barco. Fomos nós. E nós é que virámos e o outro barco é que nos socorreu a nós!… Quase morríamos, mas graças a Deus, salvámonos todos!… Coisas desta vida de mar!…” Arisberto Marques da Silva, in Forpescas, Viana na Pesca do Bacalhau. Viana do Castelo, 1989

Turismo de lazer, recreio e cultural Viana do Castelo tem uma orla costeira com cerca de 24 quilómetros onde se pode usufruir de uma rara beleza natural e de extensos areais, a começar pela praia fluvial em Argaçosa, em plena cidade, banhada pelas águas do rio Lima. A qualidade ambiental das suas praias valeu a atribuição de vários galardões como “Dourada”, “Bandeira Azul” e “Acessível” a várias praias de Viana do Castelo. Se, por um lado, são muito procuradas para uso balnear, por outro lado, são também muitos os que nelas praticam desportos como o surf, o bodyboard, o windsurf e o kitesurf.

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Praia da Ínsua

Para além das praias pode usufruir-se de um conjunto de espaços culturais nas proximidades que permitirão conhecer as deslumbrantes paisagens de Viana do Castelo. Por exemplo, pode visitar as exposições do CMIA, Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental, perto da praia fluvial da Argaçosa ou percorrer uma das rotas dos moinhos de vento, com a possibilidade de visitar o único moinho de vento de velas trapezoidais de madeira em funcionamento em Portugal.

Praia de Afife Praia da Arda / Bico Praia de Paçô Praia de Carreço

Praia de Canto Marinho

Tradição e modernidade: gastronomia vianense e cosmética Outra das possibilidades é conhecer a diversidade de espécies que se encontram nas praias rochosas de Viana do Castelo, onde podem ser observadas as algas, cuja utilização vem já muito antes do século XIV. Estas são responsáveis por uma importante produção primária no território nacional, sendo a apanha do sargaço característica de Viana do Castelo. Outrora esta atividade visava a sua utilização como adubo natural na agricultura. Entretanto foi dando lugar à produção de outros produtos desenvolvidos pela indústria. Por exemplo, na indústria farmacêutica é utilizado para a produção de cosméticos, medicamentos e complementos vitamínicos, entre outros usos laboratoriais. Ao nível da gastronomia e apesar da sua utilização secular na Ásia, surge como um novo conceito na nossa alimentação oferecendo as vitaminas ideais para regimes alimentares de emagrecimento. Para conhecer melhor a atividade relacionada com a apanha do sargaço, podemos visitar o Núcleo Museológico do Sargaço em Castelo do Neiva, o Núcleo Museológico Agro Marítimo na freguesia do Carreço e o Museu do Traje com um riquíssimo espólio sobre a etnografia e os tradicionais trajes vianenses.

Praia Norte

Praia do Cabedelo Praia do Rodanho Praia da Amorosa

5. Mapa das Praias de Viana Qualidade de Ouro 2012 Bandeira Azul

Praia de Castelo do Neiva

Praia Dourada Praia Acessível

6. Moinho de vento de Montedor, Carreço

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7. Bacalhau à Viana

Viana do Castelo também oferece uma rica gastronomia tradicional em que se destaca o “Bacalhau à Viana”, prato selecionado pelos restaurantes do Município, cujos sabores identificam a cidade e as suas gentes. A par deste “prato-ícone” de Viana do Castelo, podemos provar santola recheada conhecida por “Carro à Moda de Viana”; pescada à vianense; caldeirada de peixe. Todas estas iguarias acompanhadas pelo vinho verde (branco, tinto e rosé, com destaque para as castas Loureiro e Vinhão) e no final provar as deliciosas sobremesas como a Meiasluas de Viana, Torta de Viana e Biscoitos de Viana.

8. Biblioteca Municipal da autoria de Siza Vieira

Viana na rota da arquitetura contemporânea A arquitetura contemporânea está presente em Viana do Castelo com um conjunto de edifícios da autoria de arquitetos de renome, dois deles galardoados com o Prémio Pritzke: Siza Vieira que desenhou a Biblioteca Municipal e Eduardo Souto Moura que projetou o novíssimo Centro Cultural de Viana do Castelo. Ambos os edifícios integram o Plano da Marginal de Viana, da autoria de Fernando Távora. Ainda nesta frente ribeirinha e nas proximidades destes edifícios, Bernardo Távora desenhou o Posto de Turismo e o arquiteto Fernando Távora foi o responsável pelo desenho da Praça da Liberdade e dos dois edifícios de comércio e serviço que a delimitam. A juntar a estes nomes de referir os arquitetos Carrilho da Graça, autor da Pousada da Juventude de Viana do Castelo, Paula Santos, com o desenho do Quarteirão Residencial e de Comércio Vianapolis e Jorge Sodré de Albuquerque autor do Hotel AXIS Viana. 23


Centro de Mar

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1. Praticante de windsurf

2. Tripulação de remo

Viana Cidade Náutica Viana do Castelo sempre teve uma relação próxima com a água quer a que vem do Oceano Atlântico banhar a sua costa quer a que vem do rio Lima. Durante séculos essa relação foi moldando a sua economia, a sua cultura, as suas sociabilidades e a sua religiosidade. Hoje Viana do Castelo quer do mar e do rio mais do que aquilo que eles tradicionalmente proporcionam, isto é, quer incentivar as novas oportunidades que aqueles recursos naturais oferecem no plano do desenvolvimento económico sustentável. Reposicionar a cidade na região como uma cidade atlântica de qualidade a par da valorização do seu património cultural, ambiental e paisagístico é o imperativo e a vontade de Viana.

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A aposta passa pela exploração das atividades náuticas – desportivas, de lazer e recreio – suportadas por novos equipamentos, pela marina atlântica com as suas múltiplas valências, os serviços de assistência e reparação de embarcações, a exploração do valor patrimonial – cultural e ambiental da sua costa atlântica, a promoção das tradicionais e novas gastronomias, que incentivem e reforçem a indústria do turismo, nacional e internacional, e as atividades económicas a ele associadas. Reforçando e promovendo também o desenvolvimento da cultura e vivências marítimas enquanto catalizadores de uma cidade e de um concelho com melhor qualidade de vida para os seus cidadãos.


3. Praticante de surf

4. Veleiro no Atlântico

Espaço Atlântico Viana do Castelo faz parte de um grande território de cooperação transnacional, o Espaço Atlântico, que se estende da Escócia ao Algarve. Este vasto território de cooperação representa uma população residente de 60 milhões de pessoas – 12% da população da U.E. – e um PIB per capita de cerca de 94% da média comunitária.

decisões estratégicas de uma região têm que ter em conta as decisões das regiões com os quais interagem. O projeto NEA2 Nautiques Espace Atlantique em que a CIM Comunidade Intermunicipal Minho-Lima é parceira é um exemplo dessa cooperação. O objetivo do NEA2 é o desenvolvimento integrado de três domínios do setor marítimo: económico, ambiental e social.

A sua identidade comum é-lhe conferida pela herança cultural, social e económica que advém da exploração dos recursos marinhos, da fruição dos recursos paisagísticos e ambientais da orla costeira e do Oceano Atlântico enquanto rota de possibilidades e abertura para o mundo. Enquanto espaço de cooperação é um fator crítico de desenvolvimento pois, num mundo globalizado, as

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United Kingdom Cheshire Cornwall and Isles of Scilly Cumbria Devon Dorset and Somerset East Wales Gloucestershire, Wiltshire and North Somerset

Ireland Border, Midland and Western Southern and Eastern

España Andalucía (Huelva, Cádiz and Sevilla) Asturias Cantabria Galicia Navarra País Vasco

Viana do Castelo Norte

Greater Manchester Highlands and Islands Lancashire Merseyside Northern Ireland South Western Scotland West Wales and The Valleys

France Aquitaine Basse-Normandie Bretagne Haute-Normandie Pays-de-la Loire Poitou-Charentes

Centro Lisboa Alentejo Algarve

5. Mapa do Espaço Náutico Atlântico

Centro de Mar O Centro de Mar é, no plano estratégico, o veículo para a concretização do desenvolvimento do setor marítimo nos domínios económico, ambiental, cultural e social de Viana do Castelo reforçando a sua posição e ambição a ser uma “cidade náutica do atlântico”. O Centro de Mar é um projeto âncora do Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar, constituído por um conjunto integrado de projetos cujo objetivo é o desenvolvimento das atividades náuticas e do turismo náutico nas suas diferentes vertentes: desportivas, de lazer e recreio e atividades a elas associadas. 28

Projectos Estruturantes do Centro de Mar O Navio Hospital Gil Eannes, a Marina Atlântica e os novos edifícios ligados à prática desportiva e de lazer, constituem os projetos estruturantes do Centro de Mar. Os equipamentos para o remo, vela, canoagem e surf constituem um suporte para a dinamização das atividades náuticas através da articulação entre clubes locais e empresas dinamizadoras do turismo náutico, promovendo na comunidade a prática daqueles desportos e reforçando a atratividade de Viana do Castelo para a realização de eventos internacionais.


Navio Hospital Gil Eannes Centro de Interpretação Ambiental e de Documentação do Mar O Navio Hospital Gil Eannes ancorado em Viana do Castelo acolhe uma das componentes do Centro de Mar, um conjunto de valências responsáveis pela promoção da cultura marítima. Assegura a divulgação do conhecimento sobre o mar e a cultura marítima de Viana do Castelo ao público através do dispositivo museológico que constitui o próprio navio e do centro de interpretação ambiental e de documentação do mar ali instalado. O Navio Hospital Gil Eannes foi construído nos ENVC, Estaleiros Navais de Viana de Castelo, em 1955 tendo como missão apoiar a frota bacalhoeira portuguesa nos mares da Terra Nova e Gronelândia. Como o nome indica o Gil Eannes prestou serviço de assistência hospitalar a pescadores e tripulações, mas foi também navio capitania, navio correio, rebocador e quebra-gelos, abastecendo de mantimentos, redes, isco e combustível a frota da pesca do bacalhau. A partir de 1963, entre a campanhas de pesca, passou a fazer viagens comerciais como navio frigorífico e de transporte de passageiros. Em 1975 passou a fazer transporte de bacalhau da Noruega e deu apoio, como navio hospital, às populações na fase final da independência de Angola. Continuou como navio comercial até 1984 ano em deu por terminada a sua atividade ficando atracado em Lisboa durante muitos anos. Durante esses anos de abandono foi pilhado de muito do seu equipamento tendo em 1997 sido vendido a um sucateiro para abate. Perante tal destino e dada a forte ligação a Viana do Castelo, a comunidade vianense, com o apoio da Câmara Municipal, mobilizou-se para o resgatar e trazer de volta à cidade, enquanto memória do passado marítimo de Viana.

6. Navio Hospital Gil Eannes

Com o apoio financeiro de cidadãos vianenses, empresas e instituições recebe, em 1998, obras de reabilitação nos ENVC, passando a ser propriedade da Fundação Gil Eannes, fundada com a missão de preservar para memória futura aquele navio.

Marina Atlântica A Marina Atlântica, onde se encontra amarrado o Navio Hospital Gil Eannes, com 477 metros de comprimento e 100 metros de largura máxima e 45 metros de largura mínima será no futuro um porto para embarcações de recreio. Após reconversão, a Doca Seca Engenheiro Duarte Pacheco com 103 metros de comprimento por 15 metros de largura, funcionará como unidade de apoio às embarcações que pretendam fazer reparações durante a estadia ou escala no porto de Viana do Castelo. 29


7. 8. Centro de Remo, Argaçosa

9. 10. Centro de Vela, extremo poente da Frente Ribeirinha

Centro de Remo

Centro de Vela

Situado junto ao Parque da Cidade em Argaçosa na margem direita do rio Lima, resulta da recuperação e ampliação das instalações da antiga “fábrica das boinas”. O novo Equipamento de Remo está adaptado às necessidades do clube Viana Remadores do Lima, com capacidade para 75 utilizadores (70 atletas e 5 técnicos/monitores). A sua estrutura orgânica dividese em três áreas distintas: armazenamento para cerca de 60 embarcações; apoio e manutenção dos atletas e administrativo.

Situado no extremo poente junto ao novo porto de pesca, o Centro de Vela integra-se na área de intervenção do Plano de Pormenor da Frente Ribeirinha e Campo da Agonia.

Área de Implantação: 2 045.00m2 Área bruta de Construção: 2 574.50m2 Valências: ginásio, balneários, sala de massagem e 1º socorros, bar, tanque de treino, hangar, estaleiro e oficina, secretaria, arquivo, sala de estudo, sala polivalente/assembleias, gabinetes de treinadores, gabinete médico e sala de direção.

O edifício é constituído por dois volumes organizados em L, ligados por um pequeno corpo envidraçado que constitui a entrada principal do Centro. Foram criados dois novos acessos à água através de uma rampa para embarcações e um cais flutuante acessível, estando toda a área adstrita ao Centro de Vela envolvida por gradeamento e vedação que possibilitam a permanência de embarcações fora da água em condições de segurança, situação corrente na prática da vela desportiva e de lazer. Área de Implantação: 1.140,50 m2 Área de Construção: 1.892,40 m2 Valências: hangares, ferramentaria, gabinete de 1.ºs socorros, ginásio, balneários, área comercial, sala de formação, secretaria, sala de direcção, salas de sócios e bar.

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14. 15. Centro de Alto Rendimento de Surf, Cabedelo

11. 12. 13. Centro de Canoagem, Darque

Centro de Canoagem

Centro de Alto Rendimento de Surf

Um edifício novo com três corpos principais situado em Darque, na área do Plano de Pormenor da Margem Sul do Rio Lima. Com funcionalidades para armazenamento de embarcações foi desenhado para servir 40 atletas federados, 600 praticantes da canoagem de recreação, um Grupo de Desporto Escolar e 8 técnicos. O programa foi desenvolvido de acordo com o plano apresentado pelo Darque Kayak Clube, DKC, cujas atuais instalações são vizinhas do local onde o Plano prevê a localização do novo equipamento.

O Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo tem como finalidade a melhoria e optimização do rendimento desportivo, proporcionando aos praticantes de alto rendimento de surf, ou que integram seleções nacionais, as adequadas condições de preparação desportiva e de otimização de performance.

Área de Implantação: 1197 m2 Área de Construção: 1263 m2 Valências: ginásio, arrumo das embarcações, competição e lazer, garagem, oficina, assistência médica, vestiários, áreas sociais e administrativas.

Por estar situado numa zona classificada e ecologicamente sensível, foi utilizado, na fase de projeto deste edifício, o conceito de “edifício verde” com recurso a materiais ecológicos como é o caso da cortiça que envolve todo o edifício, sistema geotérmico para regulação do ambiente interior, painéis solares para aquecimento de águas e iluminação LED de baixo consumo. Outra preocupação foi a de elevar o edifício através de pilares estruturais, minimizando o impacto no sistema dunar existente. Área de Implantação: 11 000 m2 Área utilizada para o projeto: 890 m2 Valências: 7 camaratas (32 atletas), 2 salas de formação, 1 sala de aquecimento, gabinete médico, sala de massagens, sala de recuperação, refeitório, áreas administrativas e hangar. 31


Patrim贸nio natural do litoral de Viana do Castelo

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33


A

Uma janela sobre 540 milhões de anos de História Assim como uma árvore guarda a memória do seu crescimento e da sua vida no seu tronco, também a Terra conserva a memória do seu passado, registada em profundidade ou à superfície, nas rochas, nos fósseis e nas paisagens, registo esse que pode ser lido e traduzido.

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Declaração Internacional dos Direitos à Memória da Terra, Ponto 6

Rheic: o oceano ancestral O litoral de Viana do Castelo é uma área de excelência paisagística. A inquestionável beleza cénica que o carateriza deve-se à excecional geodiversidade – variedade de materiais e de processos geológicos –, cuja leitura e interpretação, permite, tal como um livro de histórias, uma janela para o passado. Um passeio à beira-mar permite-nos pisar as rochas mais antigas deste território. São sedimentos com 540 a 470 milhões de anos depositados na margem de um oceano primitivo – o Rheic – em localização próxima do atual polo sul (Fig. 1). Estes materiais ficaram preservados por terem endurecido sob intensa compressão e desidratação. A origem marinha destas rochas pode ser comprovada pelos fósseis nelas preservados, nomeadamente Scolithus (Fig. 2A) e Cruziana rugosa (Fig. 2B) que testemunham a existência de comunidades biológicas bem organizadas no leito arenoso do Rheic. A dinâmica dos fundos pode também ser apreciada nas estruturas deposicionais como a laminação horizontal, comum em águas calmas e as marcas de ondulação, geradas em zonas mais dinâmicas, em resultado da ação de correntes submarinas (Fig. 2C).

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1. Localização geográfica aproximada dos continentes ancestrais no início da Era Paleozóica (540 - 470 Ma)

Polo sul Terrenos Ibéricos Viana do Castelo

2. Estruturas fossilizadas na Formação de Sta Justa – Pedras Ruivas: A) Scolithus (icnofósseis correspondentes a perfuração de arenícolas nos sedimentos do fundo marinho do Rheic); B) Cruziana rugosa (icnofósseis correspondentes a pistas de trilobites); C) marcas de ondulação fossilizadas em quartzitos. Correspondem a uma situação de preservação das ondulas de areia que podemos observar durante a baixa-mar no areal duma praia.

2 cm

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25 cm

3. Dobramento nos quartzitos da Formação de Sta Justa (Arenigiano, Ordovícico Inferior) – Canto Marinho.


Ascensão das montanhas litorais Mas estas rochas não nos contam só episódios de prosperidade. Por todo o litoral podemos observar zonas onde as rochas-testemunho da existência do Rheic se apresentam dobradas e, por vezes redobradas (Fig. 3). São o testemunho de um ponto de viragem, inesperado, que ocorreu há 390 milhões de anos, consumado no desaparecimento do oceano primitivo.

4. Cavalgamento entre a Formação de Valongo (xistos quiastolíticos, Landeiliano-Ordovícico Médio), a Formação de Sta Justa (quartzitos, Arenigiano-Ordovícico Inferior) e o Plutonito de Bouça de Frades (granito sin-F2, Carbónico superior), cujo extravasamento terá sido responsável pelo movimento observado.

5. Aspeto da intrusão do maciço granítico da Arga (mais resistente, de difícil colonização vegetal) entre o encaixante mais antigo de xisto (rocha mais friável, de fácil colonização vegetal).

A inversão do processo de expansão do Rheic colocou em rota de colisão os continentes ancestrais, a Laurência e o Gondwana, cujo amalgamamento, há 320-290 milhões de anos, terá gerado temperaturas e pressões, que em alguns locais, atingiram valores inimagináveis. Nas zonas mais escudadas o material ficou preservado em dobras que ultrapassam vários metros e que podemos admirar como parte da paisagem da nossa costa. Outros terrenos, mais à mercê, ter-se-ão fundido permitindo que volumes gigantescos de rocha liquefeita – o magma – circulassem entre as que foram preservadas. O lento arrefecimento deste fluído, ao cabo de vários milhões de anos, originou os resistentes granitos regionais dos maciços de Arga, de Caminha ou de Viana do Castelo. A paisagem é também generosa nos detalhes sobre o encaixe destes fluídos nos terrenos mais antigos do Rheic: em Montedor, por exemplo, os granitos perpetuam na orientação dos seus minerais o fluxo ancestral do magma, mas também dos mais belos e interessantes cavalgamentos que podemos visitar no litoral noroeste (Fig. 4); na Arga vianesa, em Amonde ou em Montaria, é no contraste altimétrico e na paleta de cores que residem os principais testemunhos (Fig. 5).

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a

A forma elipsoide do maciço granítico de Viana, detalhe que à partida sugere pouco interesse, é o principal fator na génese do seu regular afastamento (cerca de 1.5 km) à atual linha de costa, só interrompida por dois espigões que derivam do corpo principal para o oceano, em Montedor e na Gelfa. O rebaixamento típico desta superfície permitiu que em diferentes períodos fosse ocupada pelo mar, pelo que hoje observamos uma escadaria de níveis ou terraços onde está inscrita, com detalhe ímpar, a evolução ambiental e climática dos últimos 400 mil anos.

b

7. Geoformas de jato de rebentação: a) entalhe basal de praia abandonada do Eemiano (Montedor); b) entalhe basal atual (Rego de Fontes).

Atlântico: 400 mil anos de avanços e recuos Na encosta de S. Sebastião (13 metros de altitude), na Areosa, observa-se o registo de um nível de praia arenosa com 330.000 anos. Os sedimentos mostramnos que o meio evoluiu, por arrefecimento climático e consequente descida do nível do mar, para uma laguna estuarina, mostrando-nos que o rio Lima terá tido a sua foz neste local, 3 km a norte da sua posição atual. Nesta localização são ainda observados fósseis de Fetocomum, com cerca de 280.000 anos, documentando as torrentes que teriam varrido a encosta de Sta. Luzia, naquele período (Fig. 6). Nas praias atuais, ainda que longe do alcance das marés (3 a 5 m de altitude) estão preservados entalhes basais (Fig. 7a e 7b), alvéolos de Paracentrotus 36

70 μm

6. Pteridium aquilinum: ilustração e imagem à lupa binocular do corte transversal de um caule subterrâneo fossilizado. A coloração da estrutura em corte é natural e reflete o processo de incarbonização que conduziu à fossilização do caule.

2 cm


lividus (ouriço-do-mar) e níveis compactos de seixos, marcando a ocupação marinha destas superfícies durante o último período quente – o interglaciar Eemiano – há cerca de 124.000 anos.

instalação de charcos confinados e pouco profundos em áreas pouco florestadas essencialmente de pinheiro (Pinus sp.), com cobertura arbustiva de Ericaceae, e herbáceas (Plantago).

O lento avanço da frente polar para menores latitudes, mais intenso a partir de há 80.000 anos, influiu na mudança de ambientes, por recuo da linha de costa. Verificou-se a substituição das praias de seixos por meios de drenagem fluvial e de intensa sedimentação eólica, com formação de amplos campos dunares (entre 67.000 a 61.000 anos), em clima temperado mas com uma estação seca bem marcada.

A progressão do arrefecimento climático culminou, há 20.000 anos, no máximo glaciário e levou a um abaixamento do nível do mar superior a 120 m, com consequente recuo da linha de costa em mais de 30 km. As condições polares, que se terão estendido até à latitude da Figueira da Foz, resultaram em profundas alterações nos ambientes e nas comunidades biológicas instaladas: a água do mar, que não ultrapassaria 4ºC no verão, era o habitat ideal para a foca-anelada (Pusa hispida) e o extinto Arau-gigante (Pinguinus impennis).

Entre os 56.000 e os 30.000 anos as condições de frio ter-se-ão agravado, ainda que com flutuações de humidade. Os ecossistemas evoluíram para a

8. Sedimentos da margem oriental da lagoa do Minho-Lima (Lumiar).

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A

15 μm

B

10 μm

10 μm

9. Conteúdo palinológico dos Siltes da Cambôa do Marinheiro: A) esporo de Ovoidites sp. (imagem de microscopia ótica) e B) pólen de Pinus sp. (imagem de microscopia ótica e de microscopia electrónica).

Em consequência do afastamento marinho, a área da costa atual ter-se-á tornado, no período entre 20.000 a 11.000 anos, numa lagoa (Fig. 8), cujos contornos exatos, apesar de ainda mal conhecidos, apontam uma extensão entre a foz do Minho e a foz do Lima.

Viana no presente: influências do passado geológico Essa antiga lagoa terá sido alimentada pelas águas de fusão primaveril dos solos dos maciços de Caminha e Viana, que estariam gelados durante grande parte do ano. Os sedimentos dessa lagoa preservam esporos de algas de água doce (Ovoidites sp. e Concentricistes sp.) (Fig. 9A) e pólens arbustivos e arbóreos que permitem sugerir que a vegetação seria escassa, dominada essencialmente por pinheiros (Pinus sp.) e raras Asteraceae (Fig. 9B). Para além do claro valor como elementos do património geológico, estes sedimentos lacustres apresentam elevada importância ecológica associada à manutenção

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das atuais zonas húmidas das veigas litorais de Carreço, Areosa e Afife (PTCON0017 – Rede Natura 2000), impermeabilizando o solo e fornecendo em contínuo nutrientes e água doce à vegetação que nela enraíza. Estas características permitem a ocorrência de flora tipicamente ripícola nas imediações do mar, como os salgueiros (Salix sp.) e de importantes populações de aves como as Garças-boieiras (Bubulcus ibis). O notável património geológico, parcial e superficialmente evocado neste texto, permite-nos compreender os vários aspetos da evolução ambiental, biológica, climática e humano do passado, e presente de Viana do Castelo. Reconhecendo a importância científica, educativa e turística, bem como a elevada vulnerabilidade do património geológico identificado, o município de Viana do Castelo, através do Observatório para a Geodiversidade Municipal, tem em curso a classificação de 7 geossítios como Monumentos Naturais Locais (ao abrigo do Decreto-Lei 142/2008 de 24 de Julho): Alcantilado de Montedor, Pedras Ruivas, Ínsuas do Lima, Canto Marinho, Galeão, Ribeira de Anha e Penedo Furado (Fig. 10).


10.

Potencial de uso e vulnerabilidade

Monumentos Naturais Locais

ao abrigo do Decreto-lei 142/2008 de 24 de Julho (em processsso de candidatura)

vulnerabilidade

educativo

1. Alcantilado de Montedor 2. Canto Marinho 3. Pedras Ruivas

4. Ínsuas do Lima 5. Galeão 6. Ribeira de Anha 7. Penedo Furado

Índices > 90% (muito elevado) 70 a 90 % (elevado) 50 a 69 % (médio) 30 a 49 % (baixo) <30 % (muito baixo)

turístico

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11. Praia rochosa

12. Tarântula 13. Duna

Entre a terra e o mar, a diversidade biológica Em Viana do Castelo, percorrendo toda a faixa litoral pode encontrar desde praias arenosas com sistemas dunares, em diferentes estados de evolução, até praias rochosas com um diversidade de fauna e flora verdadeiramente excecionais. Em comum, estes espaços naturais têm o facto de os organismos desenvolverem adaptações que permitiram lidar com situações extremas.

Sobreviver nas dunas… um desafio! Com uma relação direta com o mar, que alimenta a praia com sedimentos (areia), e com o vento (que os arrasta para o interior), as dunas são geoformas dinâmicas cujos maiores desafios para diversos organismos são a submersão por água salgada, o risco de enterramento devido à grande mobilidade do substrato, a dificuldade em obter água doce e as grandes amplitudes térmicas diárias. Para o Homem, têm uma importância vital, de que ele apenas se apercebe quando estas são destruídas. O feno-das-areias (Elymus farctus) possui um sistema de rizomas entrecruzados com crescimento vertical e horizontal rápido que formam redes sob a areia contribuindo para a retenção das areias.

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14. Cardo-marítimo

15. Macroalgas

O sapo-de-unha-negra (Pelobates cultripes) durante o dia vive enterrado nas areias das dunas interiores deslocando-se à superfície durante a noite, em busca dos invertebrados de que se alimenta. Também a tarântula é um dos predadores noturnos ativos em busca dos insetos de que se alimenta.

Bivalves como os mexilhões (Mytilus galloprovincialis) fecham fortemente as duas valvas da sua concha, mantendo alguma água no seu interior durante a maré baixa. Ao estar encerrado tem dificuldade em efetuar trocas gasosas, pode aquecer muito e não se pode alimentar - não aguenta muito tempo fora de água, logo limita a sua distribuição à praia média.

Praia rochosa… ao ritmo das marés!

Já as macroalgas possuem talos flexíveis e estruturas de fixação muito resistentes, não oferecendo demasiada resistência à força das ondas e das correntes.

A principal característica deste espaço prende-se com a variação diária do nível do mar que, duas vezes por dia, deixa a descoberto todo o espaço compreendido entre os limites da maré alta e maré baixa. Perda de água por evaporação, reduzida disponibilidade de alimentos e resistência ao efeito mecânico das ondas, são alguns dos desafios dos organismos marinhos que aí habitam.

Os peixes característicos desta zona apresentam também algumas especializações com vista a lidar com as correntes, como a alteração da barbatana ventral, que tem a forma de ventosa para melhor aderir aos substratos.

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Mapa para Caminhantes Curiosos Percurso da Viana Marinheira 1. Escultura a Diogo Álvares, o Caramuru, evocando a sua união com a tupimambá Paraguassu. Nas costas desta escultura encontra-se o Museu do Traje.

Centro de Mar. 8. Chafariz de Mercúrio. 9. Capela da Senhora das Candeias.

A. Centro de Vela

10. Edifício da Capitania, onde pode observar o painel de azulejos.

B. Marina Atlântica

2. Capela dos Mareantes/Sé Catedral e Epígrafe dos Mareantes.

11. Capela de Santa Catarina

3. Estátua-chafariz de Viana.

12. Epígrafe de Santiago da Barra

4. Edifício da Alfândega.

13. Fortaleza de Santiago da Barra também conhecido por Castelo de Santiago da Barra

5. Estátua de Pêro do Campo Tourinho. Comerciante, navegante, explorador, oficial da Confraria dos Mareantes e da Confraria da Misericórdia. Foi agraciado pelo rei D. João III com a Capitania de Porto Seguro (Pernambuco), Brasil. 6. Navio Hospital Gil Eannes. Foi construído nos ENVC, Estaleiros Navais de Viana de Castelo, em 1955 tendo como missão apoiar a frota bacalhoeira portuguesa nos mares da Terra Nova e Gronelândia. 7. Estátua de João Álvares Fagundes. Conhecido por Descobridor da Terra dos Bacalhaus por ter sido o mentor, financiador e orientador das navegações que levaram à descoberta e reconhecimento das costas do nordeste americano, hoje as províncias atlânticas canadianas da Nova Escócia, Terra Nova e do Lavrador.

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Estruturas e equipamentos

14. Torre dos Pilotos da Barra. Daqui pode admirar a entrada do porto de Viana. 15. Monumento a Viana do Castelo. A Princesa do Lima. 16. Monumento ao Pescador. 17. Santuário da Senhora da Agonia. Tendo as suas raízes nas solenidades religiosas dos passos finais da Via Sacra, iniciadas ainda no século XVII, este culto mariano vem a afirmar-se devotamente no tempo como a romaria de vanguarda do Minho e na referência nacional. 18. Fortim da Areosa ou Castelo Velho

C. Navio Hospital Gil Eannes. Centro de Interpretação Ambiental e Documentação do Mar. D. Centro de Remo E. Centro de Canoagem F. Centro de Alto Rendimento de Surf


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Promotor

Financiamento

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