PROGRAMA: BG - PROGRAMA DE HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN · 12 - 29 MAR 2015

Page 1

DIREÇÃO ARTÍSTICA LUÍSA TAVEIRA


BG Março dias 12, 13, 14, 19, 20, 21, 26, 27 e 28 às 21h dias 15, 22 e 29 às 16h Escolas 18 de março às 15h

PROGRAMA DE HOMENAGEM AO BALLET GULBENKIAN EM ASSOCIAÇÃO COM A FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

TREZE GESTOS DE UM CORPO OLGA RORIZ SERÁ QUE É UMA ESTRELA? VASCO WELLENKAMP TWILIGHT HANS VAN MANEN MINUS 16 OHAD NAHARIN

O Ballet Gulbenkian é memória inextinguível da arte e, em particular, da dança em Portugal. Evocar o seu repertório e individualidades indissociáveis da sua história é a homenagem que a CNB lhe presta.


A FUNDAÇÃO EDP É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL

Será que é uma Estrela? Andreia Mota Ensaio de palco


NOS 50 ANOS DA CRIAÇÃO DO BALLET GULBENKIAN ¯¯¯ ¯¯¯ ¯¯¯ ¯¯¯

TRAZER A HISTÓRIA PARA PERTO ¯¯¯ Cristina Peres, ¯¯¯ Março 2015

Mensagem da Fundação Calouste Gulbenkian Artur Santos Silva, Fevereiro 2015

Foi com todo o interesse que a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu apoiar a justificada iniciativa da Companhia Nacional de Bailado de apresentar no ano de 2015 um programa de homenagem ao Ballet Gulbenkian, assinalando a passagem dos 50 anos sobre a criação deste agrupamento artístico. Este gesto, apresentando coreografias que marcaram de forma indelével o percurso do Ballet Gulbenkian bem como a estreia de uma obra cujo autor manteve uma estreita ligação com a Companhia, permite revisitar uma memória que constitui uma parte integrante do património artístico nacional. Com esta associação, a Fundação Calouste Gulbenkian pretendeu também significar um sentido reconhecimento a todos aqueles que, a título individual ou de forma coletiva, contribuíram e contribuem hoje com a sua dedicação, como o fez no passado o Ballet Gulbenkian, para a difusão e o desenvolvimento da Dança em Portugal. —

A distância a que nos encontramos de um certo período histórico e do conjunto da produção artística que nele aconteceu determina o modo como nos situamos perante o repertório. Aquele que já tiver sido classificado como clássico resolve-nos o problema da comparação porque aceitamos só dele conhecer versões. Inversamente, quanto mais próximo ele está de nós, mais o julgamos por intermédio de uma espécie de sentido de propriedade personalizado, que nos leva a incluir no juízo a medida da nossa relação de contemporaneidade com ele. O repertório que nos é contemporâneo beneficia menos da rarefação dos critérios próprios da época em que foi apresentado pela primeira vez ao público. Porém, em paralelo, a avaliação que fazemos dele está também dependente daquilo que se alterou entretanto na nossa faculdade de julgar por ação do que constituiu entretanto novidade. E porque o tempo não pára, as distâncias relativas a que nos encontramos dessas obras representam, em si, oportunidades de reflexão sobre o lugar que ocupam na nossa apreciação do conjunto alargado do repertório que fomos conhecendo, de que nos fomos apropriando e, desse modo, incluindo no nosso arquivo pessoal.


Estes dois parágrafos servem para nos determos sobre um privilégio que nos é oferecido pelas companhias de repertório e que não deveríamos tomar por garantido. Como uma coleção de peças coreográficas só ganha vida ao ser interpretada, um espetáculo de homenagem como o que Companhia Nacional de Bailado agora propõe, leva-nos necessariamente a repescar “matéria” do nosso património pessoal para nos reencontrarmos com elas. Talvez estas quatro peças juntas nos levem até a refletir sobre o lugar onde elas foram por nós guardadas no espaço do nosso património individual das artes. Na verdade, isto não acontece porque esse nosso “material pessoal” esteja diretamente implicado nestas peças que compõem o programa deste espetáculo, mas porque esse “material” reage à nossa relação com as coreografias, na medida em que é convocado a passar de novo por um quadro de referenciação significativo. O espólio artístico do Ballet Gulbenkian pode ser inextinguível, porém a sua atualização depende de oportunidades como a que oferece este presente programa de homenagem. Neste sentido, o facto de ele ser dançado pelos bailarinos da CNB atualiza-o, já que é desse modo que a dança existe de cada vez que é feita: sendo dançada. Ao mesmo tempo, a interpretação das peças pelos bailarinos da CNB insufla-lhes uma nova existência efémera. E fá-lo reforçada por uma nova criação encomendada pela CNB a Vasco Wellenkamp, um coreógrafo que sela a ligação entre as duas companhias. É da sua autoria uma das linguagens coreográficas e cénicas significativas do Ballet Gulbenkian e Wellenkamp foi diretor artístico da CNB em anos mais recentes. A história do Ballet Gulbenkian e do seu impacto no tecido artístico nacional não está fechada nem se resume em quatro peças de outros tantos coreógrafos. Ao homenagear o Ballet Gulbenkian em associação com a Fundação Calouste Gulbenkian a CNB põe simultaneamente à disposição dos seus bailarinos mais

uma coleção de material coreográfico de qualidade irrepetível, enriquecendo o seu património individual com a oportunidade de o reverem e de, através da sua interpretação, sublinharem hoje as mais finas qualidades dos produtos da imaginação de Olga Roriz, Vasco Wellenkamp, Hans van Manen e Ohad Naharin, no contexto daquilo que a CNB é hoje. Do ponto de vista formal, estas quatro peças são assinadas por coreógrafos representativos do repertório do Ballet Gulbenkian. Olga Roriz e Vasco Wellenkamp em particular nos anos 80 e 90. Ohad Naharin chegou nos últimos anos da companhia e as suas peças passaram a ter apresentação assídua, e Hans van Manen, um dos autores que terá sido mais dançado ao longo dos 40 anos da companhia. Se quisermos, teremos neste “BG” um conjunto de visões diferentes da contemporaneidade, à altura do que foi um dos traços distintivos do Ballet Gulbenkian, em especial a partir dos anos 70. A nova criação de Wellenkamp – Será que é uma Estrela? conta com a cumplicidade artística entre a sua linguagem coreográfica e a voz da cantora Maria João interpretando música de autores brasileiros. Treze Gestos de um Corpo fazia já parte do repertório da CNB e é uma coreografia que ilustra um traço da companhia na época em que Olga Roriz compunha para ela numa linguagem vigorosa pautada por uma dramaturgia de movimento. Se quisermos, Minus 16 pertence também a essa lógica com aquilo que é próprio ao vocabulário de Ohad Naharin. O dueto Twilight de Hans van Manen tem a tessitura coreográfica composta a partir da interação de um homem e uma mulher, um pas-de-deux que fornece material de dança à altura dos melhores intérpretes como o foram, no Ballet Gulbenkian, Graça Barroso e Isabel Queiroz. A homenagem a estas duas bailarinas é também intenção expressa da CNB. —


Twilight Barbora Hruskova e Carlos Pinillos Ensaio de palco



TREZE GESTOS DE UM CORPO Olga Roriz coreografia António Emiliano música Nuno Carinhas cenografia e figurinos Orlando Worm desenho de luz Carlos Pinillos assistente da coreógrafa Ana Lacerda ensaiadora

Estreia mundial Ballet Gulbenkian, Lisboa, Grande Auditório Gulbenkian, 25 de março de 1987 Estreia pela CNB Lisboa, Teatro Camões, 8 de março de 2007

OLGA RORIZ COREOGRAFIA — Olga Roriz, natural de Viana do Castelo teve como formação artística na área da Dança o curso da Escola de Dança do Teatro Nacional de S. Carlos, com Ana Ivanova, e o curso da Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa. Em 1976 ingressou no elenco do Ballet Gulbenkian, sob a direção de Jorge Salavisa, permanecendo até 1992, tendo sido primeira bailarina e coreógrafa principal. Em maio de 1992 assumiu a direção artística da Companhia de Dança de Lisboa. Em fevereiro de 1995 fundou a Companhia Olga Roriz, da qual é diretora e coreógrafa. O seu reportório na área da dança, teatro e vídeo é constituído por mais de 90 obras, onde se destacam as peças Treze Gestos de um Corpo, Isolda, Casta Diva, Pedro e Inês, Paraíso, Electra, Nortada e A Sagração da Primavera. Criou e remontou peças para um vasto número de companhias nacionais e estrangeiras entre elas o Ballet Gulbenkian e Companhia Nacional de Bailado (Portugal), Ballet Teatro Guaira (Brasil), Ballets de Monte Carlo (Mónaco), Ballet Nacional de Espanha, English National Ballet (Reino Unido), American Reportory Ballet (E.U.A.), Maggio Danza e Alla Scala (Itália). Internacionalmente os seus trabalhos foram apresentados nas principais capitais Europeias, assim como nos E.U.A., Brasil, Japão, Egito, Cabo Verde, Senegal e Tailândia. Tem um vasto percurso de criação de movimento para o teatro e ópera. Na área do cinema realizou três filmes, Felicitações Madame, A Sesta e Interiores. Várias das suas obras estão editadas em DVD pela produtora Real Ficção, realizadas por Rui Simões. Uma extensa biografia sobre a sua vida e obra foi editada em 2006, pela Assírio&Alvim, com texto de Mónica Guerreiro. Desde 1982 Olga Roriz tem sido distinguida com relevantes prémios nacionais e estrangeiros. Entre eles destacam-se o 1º Prémio do Concurso de Dança de Osaka-Japão (1988), Prémio da melhor coreografia da revista londrina Time-Out (1993), Prémio Almada (2004), Condecoração com a insígnia da Ordem do Infante D. Henrique – Grande Oficial pelo Presidente da República (2004), Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores e Mileniumbcp (2008), Prémio da Latinidade (2012). —


Será que é uma Estrela? Miguel Ramalho Ensaio de palco


SERÁ QUE É UMA ESTRELA? Vasco Wellenkamp coreografia Liliana Mendonça figurinos

Estreia mundial Companhia Nacional de Bailado, Lisboa, Teatro Camões, 12 de março de 2015

VASCO WELLENKAMP COREOGRAFIA — Vasco Wellenkamp ingressou, em 1968, no Ballet Gulbenkian. De 1973 a 1975 foi bolseiro do Ministério da Educação em Nova Iorque, na Escola de Dança Contemporânea de Martha Graham. Ainda em Nova Iorque frequentou o curso de composição coreográfica de Merce Cunningham e trabalhou com Valentina Pereyslavec, no American Ballet Theatre. Em 1978, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, frequentou o curso para coreógrafos e compositores da Universidade de Surrey, em Inglaterra.

Vítor José desenho de luz

CANÇÕES Eu sei que vou te amar

dente, professor de Dança Moderna e ensaiador do Ballet

Maria João voz

(Tom Jobim / Vinicius de

Gulbenkian. Em 1975 foi nomeado professor de Dança Moderna

Moraes);

da Escola de Dança do Conservatório Nacional e, em 1983,

Eu te amo (Tom Jobim /

professor coordenador da Escola Superior de Dança de Lisboa.

Chico Buarque);

Vasco Wellenkamp coreografou no Brasil para o Ballet do Teatro

Beatriz (Edu Lobo / Chico

Municipal de São Paulo, o Ballet de Niterói, a Cia. Cisne Negro

Buarque).

e o Ballet Guaíra, na Argentina para o Ballet Contemporâneo

João Farinha piano Patrícia Henriques assistente do coreógrafo Marta Sobreira ensaiadora

Foi no silêncio da tua ausência que coreografei, para ti, estas três canções de amor. Alguns dias antes de partires, quando te peguei ao colo para te deitar, percebi que tentavas levantar o braço para me abraçares. Ajudei-te a levantá-lo e a enlaçá-lo no meu pescoço. Pouco tempo depois foste embora. Mais tarde, sonhei que tinhas voltado para me dares esse abraço de despedida. Estavas ali e o teu abraço era tão quente, tão verdadeiro, tão real. Eu, louco de alegria, pensei que era tudo mentira e que não tinhas partido. Pedi-te para me contares como é o outro lado da vida. Serenamente, distanciaste-te um pouco de mim e disseste: não posso contar, meu amor, não posso. E desapareceste-me outra vez. Esse abraço, que guardarei até ao fim dos meus dias, esteve sempre presente nesta obra que te dedico. — ¯¯¯ Vasco Wellenkamp, ¯¯¯ Fevereiro 2015

De 1977 a 1996 desempenhou as funções de coreógrafo resi-

do Teatro San Martin, na Inglaterra, para o Extemporary Dance Theater, o Dance TheaterComune e a Companhia Focus On, na Suíça para o Ballet du do Grand Theatre de Gèneve, na Itália para o Balletto di Toscana, na Croácia para o Teatro da Ópera de Zagreb, na Áustria Oper Graz. Em janeiro de 1999 criou a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo que dirigiu até outubro de 2007. Foi nomeado Diretor Artístico do Festival de Sintra, em setembro de 2003. Vasco Wellenkamp foi galardoado, em 1996, com a medalha de ouro e o prémio para o melhor coreógrafo, no II Concurso Internacional de Dança do Japão, com a obra A Voz e a Paixão. Em 1994, a 10 de junho, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, por sua Excelência o Senhor Presidente da República, Dr. Mário Soares. Entre 2007 e 2010 dirigiu artisticamente a Companhia Nacional de Bailado. Em novembro de 2010, retomou o cargo de Diretor Artístico da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo. Em 2014, a co-produção, FADO/ Ritual e Sombras, que coreografou para a CPBC e o IDT, ganhou o primeiro prémio, na categoria “escolha do público” para a melhor produção apresentada na Holanda. —


MARIA JOÃO VOZ

JOÃO FARINHA PIANO

Maria João construiu uma surpreendente e brilhante carreira,

João Farinha, músico e compositor português, inicia os seus

pautada pela participação nos mais conceituados festivais de

estudos aos impensáveis 19 anos, em Lisboa, para grande

jazz da Europa e do mundo. Um percurso iniciado na Escola de

apreensão dos seus pais. Passa por algumas escolas de música

Jazz do Hot Clube de Portugal e que, em poucos anos, extrapo-

como o Hot Clube de Portugal (Filipe Melo), a Academia de

lou fronteiras, fazendo de Maria João uma das poucas cantoras

Amadores de Música (Alexandre Diniz, Mário Delgado) e o

portuguesas aclamadas no estrangeiro. Possuidora de um estilo

Prins Claus Conservatorium da Holanda (Marc Van Roon) onde

único, tornou-se num ponto de referência no difícil e competitivo

contacta com músicos de todo o mundo. Em 2008 cruza-se com

campo da música improvisada. Uma capacidade vocal notável

a cantora Maria João com quem descobre ter grande afinidade

e uma intensidade interpretativa singular valeram-lhe não só o

musical e com quem começa a apresentar-se profissionalmen-

reconhecimento internacional, como a figuração na galeria das

te. Através destes concertos com a cantora tem a oportunidade

melhores cantoras da atualidade. Unânimes no aplauso, crítica

de tocar dentro e fora do país (Itália, França, Espanha, Grécia,

e público nomearam-na “uma voz levada às últimas consequên-

Chile), em reputadas salas portuguesas como o Centro Cultu-

cias”, declarando-a “uma cantora que não para de evoluir”.

ral de Belém, a Gulbenkian ou o Hot Clube de Portugal e com

Para além da sua parceria com Mário Laginha, gravou em nome

alguns músicos de topo da cena jazz portuguesa como Júlio

próprio: Sol, João, disco dedicado ao cancioneiro popular do

Resende, Joel Silva (cúmplices companheiros do projeto OGRE)

Brasil, Amoras e Framboesas com a Orquestra Jazz de Mato-

e também Mário Delgado, Carlos Barretto, Bernardo Moreira e

sinhos e Electrodoméstico com o OGRE, o seu mais recente

Bruno Pedroso. —

projeto entre muitas outras participações. A nível internacional trabalhou com prestigiados nomes da música, tais como Aki Takase, Bobo Stenson, Christof Lauer, Gilberto Gil, Joe Zawinul, Laureen Newton, Lenine, Ginga, Wolfgang Muthspiel, Trilok Gurtu, Ralph Towner, Manu Katché, Saxofour, Brussels Jazz Orchestra, Frankfurt Big Band, entre outros, tendo ainda no seu portfólio um dueto com Bobby McFerrin. —


TWILIGHT

HANS VAN MANEN COREOGRAFIA —

Hans van Manen coreografia John Cage música Jean-Paul Vroom cenografia e figurinos Jan Hofstra desenho de luz Paulo Pacheco piano Nathalie Caris assistente do coreógrafo Fátima Brito ensaiadora

Estreia mundial Ballet Nacional da Holanda, Rotterdam Theatre, Holanda, 20 de junho de 1972

Hans van Manen é natural de Amstelveen, Holanda. Estudou dança com Sonia Gaskell, Françoise Adret e Nora Kiss. Iniciou a carreira profissional em 1951, no Ballet Recital de Sonia Gaskell, e em 1952 no Ballet da Ópera da Holanda, onde coreografou o primeiro bailado, Feestgericht, em 1957.

Estreia pelo Ballet Gulbenkian Lisboa, Grande Auditório Gulbenkian, 24 de março de 1979

Após uma passagem pelos Ballets de Paris, de Roland Petit, ingressou no Nederlands Dans Theater, onde trabalhou como bailarino, coreógrafo e, de 1961 a 1971, como Diretor Artístico. Seguiram-se dois anos como coreógrafo freelancer e, em 1973, Hans van Manen ocupou a posição de Coreógrafo Residente

Estreia pela CNB Lisboa, Teatro Camões, 12 de março de 2015

e Mestre de Bailado no Ballet Nacional da Holanda. As suas coreografias têm sido apresentadas em companhias como o Ballet de Estugarda, a Ópera de Berlim, o Ballet de Houston, o Ballet Nacional do Canadá, Ballet da Pensilvânia, The Royal Ballet, o Ballet Real da Dinamarca, o Ballet Scapino, a Ópera de Viena, o Tanzforum de Colónia e a Companhia de Alvin Ailey. Para a Nederlands Dans Theater, à qual regressou em 1988, van Manen criou mais de 60 bailados, sendo alguns deles:

O telão de Twilight é propriedade do Birmingham Royal Ballet

Sinfonia em 3 Andamentos, Metaphors, Five Sketches, Squares, Mutations, Grosse Fugue, Opus Lemaître, Canções sem Palavras, Andante e Fantasia. Para o Ballet Nacional da Holanda criou, entre outros, Twilight, Adágio Hammerklavier, Sagração da Primavera, Cinco Tangos, Bits and Pieces e Three Pieces for Het. Para o Royal Ballet, van Manen criou Four Schumann Pieces. Ao completar 35 anos de carreira como coreógrafo, foi armado Cavaleiro da Ordem de Orange Nassau, pela Rainha da Holanda. Em 1993 foi-lhe também atribuído o Prémio Alemão da Dança, pela sua influência na dança na Alemanha, durante mais de 20 anos. Hans van Manen é também um reconhecido fotógrafo. Em Portugal, o Ballet Gulbenkian dançou sete das suas coreografias, entre 1978 e 1997, das quais se destacam Canções Sem Palavras, Cinco Tangos e Grosse Fugue. Em 2003, a CNB estreou Cinco Tangos e Solo, e nos dois anos subsequentes respetivamente Kammerballet e Sarcasm. Em 2015, Hans van Manen tornou-se membro da Academia Holandesa para as Artes. —


PAULO PACHECO PIANO

MINUS 16

— Natural dos Açores, formou-se no Conservatório de Ponta Delgada com António Teves. Concluiu a Licenciatura em Música na Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou na classe do pianista Miguel Henriques e música de câmara com Olga Prats. Obteve o grau de Mestre em Artes Musicais – Piano Performance – pela Universidade do Norte do Texas, EUA, sob a orientação do eminente pedagogo Vladimir Viardo. Complementou os seus estudos em música de câmara no programa de especialização Chamber Music Center. Presentemente, frequenta o Doutoramento em Artes Musicais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, UNL / ESML. É detentor do 1º Prémio de Música de Câmara – nível superior – no Prémio Jovens Músicos com o barítono Rui Baeta; o 3º Prémio no “Concerto Piano Competition MTNA”; finalista nos Concursos Helena Sá e Costa, Nina Wideman Piano Competition e “UNT – Piano Competition”. Apresentou-se a solo com as seguintes orquestras: Sinfónica Juvenil, Metropolitana de Lisboa, Filarmonia das Beiras e Nacional do Porto. Partilha o palco com o flautista Nuno Inácio, desde 2004, e é membro fundador do Trio.pt, Trio Max Bruch, Trio Lisboa e Triunvirato. Colabora regularmente com a Orchestrutópica e gravou para a Antena 2. Leciona a disciplina de Música de Câmara na Escola Superior de Música de Lisboa e na Academia Nacional Superior de Orquestra. É membro da European Chamber Music Teachers Association. —

Ohad Naharin coreografia e figurinos Bambi desenho de luz Erez Zohar assistente do coreógrafo Rui Alexandre ensaiador

Estreia mundial Nederlands Dans Theater II, Lucent DansTheater, Haia, Holanda, 11 de Novembro de 1999 Estreia pela CNB Lisboa, Teatro Camões, 12 de março de 2015 o Ballet Gulbenkian dançou a versão Minus 7 cujo primeiro espetáculo ocorreu em Lisboa, Grande Auditório Gulbenkian, 19 de junho de 2002


MÚSICA colagem de composições de diversos autores

OHAD NAHARIN COREOGRAFIA —

C’est magnifique

Nisi Dominus (Psalm 126),

Ohad Naharin tem sido aclamado como um dos mais proemi-

Nelson Riddle & his

R.608 James Bowman

nentes coreógrafos contemporâneos mundiais. Diretor artístico

orchestra;

(Vivaldi)

da companhia de dança israelita Batsheva, desde 1990, tem-na

Adios Mi Chaparrita

Somewhere over the

guiado segundo uma visão artística audaz e revigorado o seu

Perez Prado and his

rainbow

orchestra

adapted by Marusha (D.J.)

(L.F. Esperon / B. Marcus);

(Harold Arlen & E.Y.

Solamente Una Vez Perez Prado (Agustin Lara / R. Gilbert); Patrícia Perez Prado and his orchestra; I can’t belive that you’re in love with me John Buzon trio & his orchestra; Allays in my heart Perez Prado It must be true

Hamburg) Hooray For Hollywood (cha cha) Don Swan & his orchestra (John H. Mercer & Richard E. Whiting) Sway Dean Martin (P.B. Ruiz & N. Gimbel)

repertório com as suas coreografias cativantes. Naharin criou mais de vinte trabalhos para a companhia principal e para o agrupamento júnior, Batsheva Ensemble. Para além disso recriou mais de dez outras obras e trabalhou trechos do seu reportório para criar Decadance, um espetáculo em constante evolução. Naharin iniciou os seus estudos com a companhia de dança da Batsheva, em 1974. No seu primeiro ano, Martha Graham convidou-o para se juntar à sua companhia em Nova York. Nessa cidade estudou na Escola do American Ballet, treinou no Juilliard Scholl e apurou a sua técnica com Maggie Black e David Howard. Em 1980 formou a Companhia de Dança Ohad Naharin. Recebeu encomendas de companhias de renome mundial como a Companhia de Dança Contemporânea Kibbutz

Asia 2001

e Nederlands Dans Theater. Naharin foi também pioneiro na

Nocturne Op. 9 nº 2 in

criação de uma inovadora linguagem de movimento: Gaga

E flat major

que enfatiza a exploração da sensação e disponibilidade para

Chopin

o movimento, tornando-se no método principal de treino para os bailarinos da Batsheva. Os talentos de Naharin fizeram-no

The John Buzon trio & his

acumular uma série de prémios e menções honrosas. Em Israel,

orchestra;

recebeu o Doutoramento Honoris Causa de Filosofia, pelo Insti-

Hava Nagila

tuto da Ciência de Weizmann, o prestigiado prémio israelita

(traditional music)

para Dança, o prémio Jewish Culture Achievement atribuído

Dick Dale

pela Fundação da Cultura Judaica, o Doutoramento Honoris

Echad Mi Yodea (traditional music) arranged and played by Ohad Naharin and the Tractor’s Revenge

Causa de Filosofia pela Universidade Hebraica e ainda o prémio EMET na categoria de Arte e Cultura. Naharin foi também condecorado com a Ordem de Cavaleiro das Artes e das Letras pelo governo francês, recebeu em dois anos consecutivos o prémio New York Dance and Performance – Bessie, o prémio Lifetime Achievement do Festival de Dança Americana Samuel H. Scripps, o prémio da Dance Magazine e, em 2013, o seu mais recente Doutoramento Honoris Causa, pela Juilliard. —


DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy Konik; Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco; BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina Santos; Yurina Miura; Andrea Bena; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Henriett Ventura; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Armando Maciel; Dominic Whitbrook; Freek Damen; Miguel Ramalho; Tom Colin; Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena Maldonado; Andreia Mota; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Inês Ferrer; Inês Moura; Isabel Frederico; Júlia Roca; Leonor de Jesus; Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina Figueiredo; Melissa Parsons; Patricia Keleher; Shanti Mouget; Sílvia Santos; Susana Matos; Tatiana Grenkova; Zoe Roberts; Christian Schwarm; Dukin Seo; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Kilian Souc; Lourenço Ferreira; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; Tiago Coelho BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Calum Collins; Joshua Earl;

MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES Didier Chazeu PROFESSORA DE DANÇA CONVIDADA Irena Milovan**; PIANISTAS CONVIDADOS Humberto Ruaz**; Jorge Silva**; Hugo Oliveira**

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OPART Presidente José de Monterroso Teixeira; Vogal Sandra Simões; Vogal Adriano Jordão DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS CNB Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente) ATELIER DE COSTURA CNB Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Ana Fernandes; Cristina Fernandes; Conceição Santos; Helena Marques DIREÇÃO TÉCNICA CNB Diretora Cristina Piedade; Sector de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis* Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA CNB Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra) Conservação do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO CNB Cristina de Jesus (coordenadora); Pedro Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos** Bilheteira Anabel Segura; Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS CNB Luis Moreira*** (coordenador) DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Vanda Simões; António Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC); Susana Santos Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Diretor Paulo Veríssimo; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO OPART Nuno Cassiano (coordenador); António Silva; André Viola; Armando Cardoso; Artur Ramos; Carlos Santos Silva; Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho; Rui Rodrigues; Sandra Correia e Sandro Cardoso (estágio) GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso** Secretária do Conselho de Administração Regina Sutre SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA CNB Fisiogaspar** SERVIÇOS DE INFORMÁTICA OPART Infocut

* Licença sem vencimento

** Prestadores de serviço

*** Regime de voluntariado


BILHETEIRAS E RESERVAS Teatro Camões Quarta a domingo das 13h às 18h (01 nov – 30 abr) das 14h às 19h (01 mai – 31 out) Dias de espetáculo até meia-hora após o início do espetáculo. Telef. 218 923 477

PRÓXIMOS ESPETÁCULOS

TEATRO CAMÕES 29 ABR—10 MAI

Teatro Nacional de São Carlos Segunda a sexta das 13h às 19h Telef. 213 253 045/6 Ticketline www.ticketline.pt Telef. 707 234 234 Lojas Abreu, Fnac, Worten, El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita

CONTACTOS Teatro Camões Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 193 Lisboa Telef. 218 923 470

INFORMAÇÕES AO PÚBLICO Não é permitida a entrada na sala enquanto o espetáculo está a decorrer (DL n.º 23/2014, de 14 de fevereiro); É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/ beber dentro da sala de espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 6 anos não poderão assistir ao espetáculo nos termos do DL n.º 23/2014, de 14 de fevereiro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos. Espetáculo M/6

FOTOGRAFIAS © BRUNO SIMÃO

MEDIA PARTNER:

APOIOS À DIVULGAÇÃO

WWW.CNB.PT // WWW.FACEBOOK.COM/CNBPORTUGAL

CICLO DE CONFERÊNCIAS

TEATRO CAMÕES 21 ABRIL ÀS 18H30 ENTRADA GRATUITA

EU NÃO PERCEBO NADA DE DANÇA TEMA 3: O QUE FAZ QUE UM CLÁSSICO SEJA UM CLÁSSICO? CRISTINA PERES CURADORIA E MODERAÇÃO

RICARDO SALÓ JOANA MANUEL CONVIDADOS


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.