PROGRAMA: PROGRAMA REPORTÓRIO - FEV 2016

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DIREÇÃO ARTÍSTICA LUÍSA TAVEIRA


PROGRAMA REPORTÓRIO Fevereiro dias 5, 6, 12, 13, 19 e 20 às 21h dia 7 às 16h Escolas 18 de fevereiro às 15h Ensaio Geral Solidário 4 de fevereiro às 21h

SERENADE GEORGE BALANCHINE GROSSE FUGE ANNE TERESA DE KEERSMAEKER INTERVALO

HERMAN SCHMERMAN WILLIAM FORSYTHE

Este é um programa de reportório onde se reúnem alguns dos coreógrafos que mais marcaram a História da Dança. A belíssima e feminina Serenade de Balanchine que contrasta com a energia masculina de Grosse Fuge de Anne Teresa De Keersmaeker, a abstração de William Forsythe com um dueto virtuosístico e a inspiração latina de 5 Tangos de Hans van Manen são uma janela aberta para o que de melhor se produziu no séc. XX.

5 TANGOS HANS VAN MANEN

Faço crochet o crochet faz-me e nisto me desato ¯¯¯ Adília Lopes, in Os 5 livros de versos salvaram o tio, 1991. Dobra – Poesia Reunida 1983-2014


A FUNDAÇÃO EDP É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL


CORPOS EXPANDIDOS, COM E SEM SAPATILHAS DE PONTAS ¯¯¯ Maria José Fazenda, janeiro 2016

O progressivo desenvolvimento, ao longo do tempo, do trabalho técnico das bailarinas com as sapatilhas de pontas, introduzidas no ballet no início do século XIX, foi acompanhado de uma diferenciação entre o vocabulário da dança feminina e masculina e dos seus papéis na execução dos duetos não existente, segundo o que as fontes históricas nos permitem saber, no ballet do século XVIII. Aquele instrumento técnico, que começou por ser um sapato flexível reforçado na biqueira por uma cerzidura, antes de se transformar no bloco resistente que hoje conhecemos, viabilizou, no romantismo, a projeção vertical do corpo e a representação da mulher como um ser idealizado, transcendente, etéreo, de que os seres alados, como as sílfides, as willis ou as péris, eram a metáfora. Na segunda metade do século XIX, na Rússia imperial, Marius Petipa concedeu à bailarina um papel ativo e determinante nas performances, criando para ela e à volta dela solos tecnicamente muito virtuosos. No século XX, George Balanchine expande o vocabulário da técnica da dança clássica e as possibilidades de composição do movimento no espaço, explora as dobras do corpo, combina o peso e a leveza. As mulheres, em sapatilhas de pontas, são uma das suas inspirações; a outra é a música. Serenade (1935) o primeiro ballet que cria nos Estados Unidos da América, depois da estética apolínea de Apollo (1928) e da composição construtivista de The Prodigal Son (1929), obras criadas para os Ballets Russes de Serge Diaghilev, é um dos exemplos maiores da excelência de Balanchine como inventor de vocabulário, compositor de danças, da sua extraordinária musicalidade e do carácter alusivo e, contrariamente ao ballet do século XIX, não figurativo das suas danças. A primeira apresentação de Serenade foi em 1934, com estudantes da School of American Ballet, escola criada nesse mesmo ano por Balanchine e Lincoln Kirstein. A coreografia resultou de um trabalho em torno das téc-


nicas de palco, tendo o coreógrafo incorporado alguns dos incidentes que tiveram lugar durante os ensaios: uma estudante que chega atrasada e retoma o seu lugar no grupo; outra que cai e que, na obra, virá a ocupar um papel importante no inesperado (tendo em consideração a estrutura formal da peça) trio final, na Elegia. Trata-se de uma bailarina que é elevada e transportada no espaço, com os braços alongados para trás, uma cena que parece evocar a morte e a ascensão das heroínas nos ballets românticos. Há nesta coreografia, oficialmente estreada em 1935, outros elementos que nos reenviam para a estética romântica, ou melhor, para a forma como ela é convocada por Mikhail Fokine, em Les Sylphides (1909), designadamente o corpo de bailarinas, não obstante o que sobressai não ser uma homogeneização das suas performances, mas, pelo contrário, sublinhe-se, o contributo do trabalho de cada uma delas para o grupo; e os vestidos compridos translúcidos de tule azul, desenhados por Barbara Karinska, que reforçam a leveza e a flexibilidade do movimento, os quais, contudo, só foram introduzidos numa produção de Serenade de 1952. A alteração dos figurinos (os originais eram vestidos pelos joelhos, opacos, mais pesados e afins à roupa quotidiana da época) é concomitante com as várias transformações que a peça foi sofrendo ao longo do tempo, designadamente da sua estrutura. Nas primeiras produções, Balanchine só usou os três primeiros movimentos da partitura de Tchaikovski — Sonatina, Valsa e Elegia. Introduz, em 1940, o quarto movimento, o Tema Russo, mas invertendo a sua ordem, relativamente à partitura do compositor, ou seja, encerrando a coreografia em tom triste e lamentoso; um fim que, na realidade, não deixa de ser anunciado pela primeira imagem da obra: dezassete bailarinas, de pé, com o braço direito esticado para a frente, formando com o tronco um ângulo obtuso, e mão fletida, dirigindo-se a um espaço desconhecido.

Utensílio ascensional por excelência do romantismo, as sapatilhas de pontas seriam, ao longo do século XX, um artifício que os coreógrafos continuariam a explorar de formas inventivas e como expressão de diversas modalidades de representação do mundo e da figura feminina. Foi assim com Balanchine, ao longo de toda a sua prolixa carreira — mencionem-se obras como Concerto Barocco (1941) ou Agon (1957), também apresentadas pela Companhia Nacional de Bailado (CNB), em programas anteriores; seria assim com William Forsythe. Este norte-americano, que iniciou a sua carreira como bailarino profissional no Joffrey Ballet 2, tendo-se transferido, em 1973, para o Stuttgarter Ballett, e assumido, em 1984, a direção do Ballett Frankfurt, utiliza, sobretudo nas suas peças das décadas de 1980-90, o vocabulário da dança clássica, expandindo-o com o contributo das teorias de Laban, segunda as quais o movimento do corpo poderia ser desencadeado por qualquer parte do corpo, aumentando, assim, exponencialmente as potencialidades expressivas do corpo. Nas obras de Forsythe, cujo trabalho multidisciplinar contribui para modificar a paisagem da dança contemporânea europeia, o mundo é representado como uma realidade ampla, fragmentada, complexa e instável, e as bailarinas, sobre sapatilhas de pontas, são mulheres autónomas, determinadas e investidas de poder. Estas representações são bem visíveis nos virtuosíssimos pas de deux que predominam em outras peças também montadas para a CNB, designadamente, Artifact II (1984) e In The Middle Somewhat Elevated (1988), evidenciando-se também no dueto Herman Schmerman. A peça foi criada para o New York City Ballet, em 1992, mas o dueto só foi acrescentado quando o coreógrafo a remontou para o seu Ballett Frankfurt, nesse mesmo ano, sendo, desde 1999, apresentado autonomamente. Herman Schmerman é uma dança divertida, animada, como a música de Thom Willems, de uma sensualidade despreocupada (também sugerida pela transparência


do figurino criado para a bailarina por Gianni Versace), lúdica, como o jogo de sonoridades contido no título, o qual foi extraído de uma fala do ator Steve Martin do filme Dead Men Don’t Wear Plaid (1982), de Carl Reiner. Neste dueto, que a CNB apresenta pela primeira vez, homem e mulher testam o seu equilíbrio, realizam movimentos multidirecionais, rápidos, com inclinações e desvios súbitos, combinados com gestos e movimentos simples, quotidianos. A peça termina com a bailarina rodopiando como uma boneca numa caixa de música, imagem muito parecida com uma que veríamos também em Serenade, de Balanchine, coreógrafo que William Forsythe reconhece como sendo uma influência determinante no seu trabalho. Balanchine é também uma reconhecida influência para Hans van Manen, o artista holandês que foi coreógrafo residente do Nederlands Dans Theater, companhia de que também foi diretor artístico, e do Het Nationale Ballet. Desde o início da sua carreira como coreógrafo, nos anos 1960, interessa-se por fazer uma síntese entre o vocabulário da dança clássica e as linguagens da dança moderna. Van Manen é um mestre na criação de pas de deux, figura coreográfica que predomina nas suas obras, como em Adagio Hammerklavier (1973), para dar o exemplo de uma criação também montada para a CNB. Os duetos têm frequentemente uma carga erótica e, entre homens e mulheres, representados como géneros com poderes iguais, estabelece-se constantemente uma relação de atração e repulsa. 5 Tangos (1977) não é exceção. Nesta obra, a música de Astor Piazzolla contribui para a criação de uma qualidade de movimento direta, repentina, angulosa. Se para estes criadores, as sapatilhas de pontas são uma atração e um instrumento para a descoberta de novos padrões coreográficos, a belga Anne Teresa De Keersmaeker, que estudou na escola Mudra, em Bruxelas, e na Tisch School of the Arts, em Nova Iorque,

prefere os ténis, os sapatos de salto alto ou os pés nus, em contacto direto com o chão, muito embora tenha trabalho também com sapatilhas de pontas em Lisbon Piece (1998), a peça que constrói para os bailarinos da CNB, naquela que foi também a sua primeira colaboração com uma companhia de repertório. No início da sua carreira como criadora, De Keersmaeker trabalha só com bailarinas, como em Fase (1982) e Rosas danst Rosas (1983), explorando, em estruturas minimais e complexas, movimentos abstraídos de ações do quotidiano e de comportamentos femininos — apanhar o cabelo, ajustar as roupas. Quando integra bailarinos na Rosas, a companhia que funda em 1983, os gestos e as saias rodadas das mulheres e os movimentos atléticos dos homens podem reforçar estereótipos de género, como acontece em peças como Ottone Ottone (1988) ou Achterland (1990), o que, pelo contrário, não se verifica em Grosse Fuge (1992). Grosse Fuge, inicialmente interpretada como parte de Erts (1992), a primeira peça que De Keersmaeker criou na qualidade de coreógrafa residente de De Munt/La Monnaie, em Bruxelas, bailarinos e bailarinas, vestidos de igual, sem sapatilhas de pontas, realizam movimentos com qualidades idênticas. Sobre a partitura de Ludwig van Beethoven, saltam, balanceiam, rebolam no chão, projetam-se no ar, rodopiando quase com o corpo em posição horizontal, caem e voltam a levantar-se. Em Grosse Fuge, nem o movimento nem os figurinos determinam diferenças de género, para que do grupo, igual, se revele o que é único em cada intérprete, em cada pessoa, num espaço-tempo que os movimentos circulares e em espiral abrem ao infinito. —


© RODRIGO DE SOUZA

Artistas da CNB em Grosse Fuge


Š RICARDO DE BRITO

Roberta Martins e Frederico Gameiro em Serenade


SERENADE

GEORGE BALANCHINE COREOGRAFIA —

George Balanchine coreografia ©The George Balanchine Trust Piotr Ilitch Tchaikovski música Nanette Glushak assistente da Fundação Balanchine Fernando Duarte Barbora Hruskova ensaiadores

Estreia absoluta Nova Iorque, Adelphi Theatre, American Ballet, 1 de março de 1935 Estreia pela CNB Lisboa, São Luíz Teatro Municipal, 14 de outubro de 1982

George Balanchine nasceu em São Petesburgo, em 1904, tendo-se formado e integrado o Teatro Mariinsky. Aos vinte anos, no entanto, abandonava definitivamente a Rússia. Iniciou a sua carreira nos Ballets Russes de Diaghilev, hoje reconhecida como brilhante e influente companhia do séc. XX. Apollo (1928) e Filho Pródigo (1929) são ainda hoje grandes obras de repertório. Após a morte do empresário, uma breve itinerância europeia levou-o a fixar-se nos EUA. Aí colaborou em filmes, na Broadway, e fundou uma escola, base sustentadora do futuro New York City Ballet. Foi para esta Companhia que Balanchine criou a maioria das suas peças, construindo um corpo inigualável de obras primas como: Divertimento nº15 (1956), Agon (1957), Liebeslieder Walzer (1960), Jewels (1967), Sinfonia em 3 Andamentos e Concerto para Violino (1972), Who Cares? (1970), Le Tableau de Couperin (1975),Vienna Waltzes (1977) e

CAMERATA ALMA MATER

Mozartiana (1980). Estas vieram juntar-se ao grupo de coreo-

interpretação musical

Variações (1947), Sinfonia de Bizet (1947), para formar um opus

grafias criadas antes do New York City Ballet, Serenade (1934), Concerto Barroco (1941), Quatro Temperamentos, Tema e gigante, marcado pela perfeita compreensão musical e uma inesgotável invenção em todos os registos da dança clássica. George Balanchine faleceu em 30 de abril de 1983, em Nova Iorque. —


CAMERATA ALMA MATER

GROSSE FUGE

— Foi fundada recentemente e é constituída por jovens instrumentistas de cordas, talentos portugueses já com grande distinção no panorama musical nacional e internacional. Os elementos que integram este ensemble são vencedores de várias edições do Prémio Jovens Músicos, assim como distinguidos com prémios em concursos internacionais. Nos seus currículos contam-se lugares de destaque, entre os quais chefes de naipe de orquestras profissionais, residências artísticas, e atividade camarística regular e de grande relevo. A Camerata Alma Mater conta ainda com os prestigiados pedagogos destes jovens talentos, Aníbal Lima (violino) e Paulo Gaio Lima (violoncelo), que mantêm ainda uma carreira artística inconfundível. A camerata é dirigida por Pedro Neves, um dos mais promissores maestros portugueses, com uma maturidade e veracidade interpretativa notáveis. Visível no panorama musical é ainda a sua experiência alargada como violoncelista, professor e maestro. Tendo-se já apresentado em concerto na abertura do festival “Música nos Açores”, a Camerata Alma Mater conquistou por parte do público e da crítica uma aceitação e elogio extremamente positivo. A Alma Mater ambiciona a possibilidade de continuação deste projeto de grande profissionalismo, podendo assim abordar repertório e sonoridades de uma formação ainda não existente no nosso país. —

Anne Teresa De Keersmaeker coreografia

Estreia absoluta Bruxelas, Hallen van Schaerbeek, 2 de fevereiro de 1992

Ludwig van Beethoven música

Estreia pela CNB Lisboa, Teatro Camões, 26 de outubro de 2012

Jan Joris Lamers cenografia e desenho de luz Rosas figurinos Georges-Elie Octors análise musical Nordine Benchorf Bruce Campbell Vincent Dunoyer Thomas Hauert Cynthia Loemij Oliver Koch Eduardo Torroja co-criação Jakub Truszkowski assistente da coreógrafa Rui Alexandre ensaiador

QUARTETO DE CORDAS DE MATOSINHOS interpretação musical


ANNE TERESA DE KEERSMAEKER COREOGRAFIA

QUARTETO DE CORDAS DE MATOSINHOS

Em 1980, após os estudos de dança na Mudra, a escola de

Aclamado como um “caso singular de excelência no panorama

Maurice Béjart em Bruxelas, e na Tisch School of the Arts,

musical português” (Diana Ferreira, Público, 2010), foi criado

em Nova Iorque, Anne Teresa De Keersmaeker, nascida em

pela Câmara Municipal de Matosinhos, através de um concurso

1960, criou Asch, o seu primeiro trabalho coreográfico. Dois

público. Desde 2008 é residente desta cidade, onde desenvolve

anos mais tarde estreou Fase, Four Movements to the Music

uma temporada regular de concertos. Na temporada de 2014-15

of Steve Reich. Keersmaeker funda a companhia Rosas, em

o QCM foi escolhido como um dos ECHO Rising Stars, realizando

Bruxelas, em 1983, paralelamente à criação do espetáculo

uma tournée de 16 concertos em algumas das mais importantes

Rosas danst Rosas. Desde estas obras iniciais que o seu traba-

salas de concerto europeias, como o Barbican em Londres, o

lho coreográfico assenta numa rigorosa e fértil exploração da

Concertgebouw em Amesterdão e o Musikverein em Viena. O

relação entre a música e a dança. Criou, com a companhia

QCM apresenta-se também regularmente nas maiores salas de

Rosas, um vasto número de trabalhos que abarcam estruturas e

concerto portuguesas, como a Casa da Música, Fundação Calouste

partituras musicais de vários períodos, desde a Música Antiga

Gulbenkian e Centro Cultural de Belém, e colabora com alguns dos

até linguagens contemporâneas e populares. A sua prática

mais destacados músicos portugueses, tais como Pedro Burmes-

coreográfica evoca igualmente princípios formais da geome-

ter, António Rosado, Miguel Borges Coelho, António Saiote, Paulo

tria, padrões numéricos, o mundo natural e estruturas sociais

Gaio Lima e Pedro Carneiro. Desde a sua criação, o QCM assumiu

com o fim de proporcionar uma perspetiva única da articulação

um forte compromisso com o repertório português para quarteto de

do corpo no espaço e no tempo. Entre 1992 e 2007, a Rosas foi

cordas, interpretando muitas obras menos conhecidas e abraçan-

companhia residente do De Munt/La Monnaie, em Bruxelas.

do novas obras de compositores contemporâneos: o QCM estreou

Durante este período, Keersmaeker dirigiu inúmeros projetos

já mais de 20 novas obras. O outro principal objetivo artístico do

apresentados a nível mundial. Em 1995, De Keersmaeker, em

QCM vem sendo cumprido com a interpretação em Matosinhos

associação com o teatro La Monnaie, cria em Bruxelas uma

do grande repertório para quarteto de cordas: as obras completas

estrutura de formação internacional: P.A.R.T.S. (Performing

de Mozart e Mendelssohn foram já apresentadas, estando em

Arts Research and Training Studios). Numa monografia, em

curso as integrais de Haydn, Beethoven e Shostakovich. O QCM

três volumes, intitulada A Choreographer’s Score e publicada

e os seus membros foram reconhecidos com prémios nos mais

pela Rosas e a Mercatorfonds, Keersmaeker prooprciona a

importantes concursos musicais nacionais, como o Prémio Jovens

perspicácia e visão abrangentes do musicólogo Bojana Cvejic,

Músicos da RDP e o Concurso Internacional de Música de Câmara

na criação de trabalhos como Drumming, Rain, En Atendant e

“Cidade de Alcobaça”. Todos os membros estudaram na Acade-

Cesena. Para além de Grosse Fuge, que a Companhia Nacional

mia Nacional Superior de Orquestra e aperfeiçoaram a sua arte

de Bailado apresentou pela primeira vez em 2012, The Lisbon

em várias escolas de prestígio, incluindo a Escuela Superior de

Piece, Prelúdio à Sesta de um Fauno, Noite Transfigurada e

Música Reina Sofia, Madrid, a Northwestern University, Chicago

Mozart Concert Arias são outras criações de Keersmaeker já

e Conservatório de Sion, Suíça. O QCM também realizou formação

interpretadas pela CNB. —

especializada no Instituto Internacional de Música de Cámara de Madrid, onde estudou com Rainer Schmidt (violinista do Quarteto Hagen), além de trabalhar em masterclasses com membros de grandes quartetos de cordas, como Alban Berg, Lasalle, Emerson, Melos, Vermeer, Kopelman e Talich. —


HERMAN SCHMERMAN Estreia absoluta Frankfurt, Opernhaus, Ballet, Frankfurt, 26 de setembro de 1992

Thom Willems música

Estreia pela CNB Porto, Teatro Municipal do Porto, Rivoli, 29 de janeiro de 2016

Maurice Causey remontagem Fátima Brito ensaiadora

— Mantém-se ativo, no panorama da coreografia, há mais de 45 anos. É reconhecido o seu trabalho na reorientação da dança, a partir da identificação com o reportório clássico, rumo a uma

William Forsythe coreografia, espaço cénico e desenho de luz

Gianni Versace e William Forsythe figurinos

WILLIAM FORSYTHE COREOGRAFIA

forma artística dinâmica e condizente com o século XXI. Iniciou os seus estudos na Florida, dançou no Joffrey Ballet e depois no Ballet de Estugarda, onde foi nomeado coreógrafo residente, em 1976. Ao longo dos sete anos seguintes coreografou, ainda, para companhias europeias e norte-americanas. Entre 1984 e 2004 dirigiu o Ballet de Frankfurt. No ano seguinte criou a Companhia Forsythe que dirigiu ao longo de dez anos. As suas mais recentes criações foram desenvolvidas e apresentadas exclusivamente por esta companhia, mas o seu reportório anterior é dançado por elencos como os do Ballet Mariinsky, The New York City Ballet, The San Francisco Ballet, o Ballet Nacional do Canadá, o Semperoper Dresden Ballet, o Royal Ballet ou o Ballet da Ópera de Paris. Tem sido distinguido com os mais distintos prémios nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália ou Suécia. Tem recebido encomendas para produção de instalações de arquitetura e performance. Inúmeros museus, bienais e festivais têm apresentado as suas instalações e filmes. Em colaboração com especialistas em comunicação e pedagogos tem desenvolvido novas abordagens à documentação da dança, pesquisa e educação. A sua aplicação informática Tecnologias da Improvisação é utilizada como ferramenta de ensino por companhias profissionais, conservatórios, universidades ou programas de pós-graduação em arquitetura. Forsythe é regularmente convidado para apresentação de palestras e workshops em universidades e instituições culturais. Em 2015 foi nomeado Coreógrafo Associado do Ballet da Ópera de Paris. Artifact II, In The Middle Somewhat Elevated e The Vertiginous Thrill of Exactitude, são criações de Forsythe anteriormente dançadas pela Companhia Nacional de Bailado. —


Š ALCEU BETT

Carlos Pinillos em 5 Tangos


5 TANGOS

HANS VAN MANEN COREOGRAFIA —

Hans van Mannen coreografia Astor Piazzolla música Jean-Paul Vroom cenário e figurinos Jan Hofstra desenho de luz Nathalie Caris Mea Venema assistentes do coreógrafo

Estreia absoluta Amesterdão, Ballet Nacional da Holanda, 3 de novembro de 1977 Estreia em Portugal Lisboa, Grande Auditório Gulbenkian, Ballet Gulbenkian, 23 de abril de 1982 Estreia pela CNB Lisboa, Teatro Camões, 16 de maio de 2003

Hans van Manen, natural de Amstelveen, Holanda, nasceu em julho de 1932. Estudou dança com Sonia Gaskell, Françoise Adret e Nora Kiss. A sua carreira profissional iniciou-se em 1951, no Ballet Recital de Sonia Gaskell, e em 1952 no Ballet da Ópera da Holanda, onde coreografou o seu primeiro bailado, Feestgericht, em 1957. Após uma passagem pelos Ballets de Paris, de Roland Petit, van Manen ingressou na companhia Nederlands Dans Theater, onde trabalhou como bailarino, coreógrafo e, de 1961 a 1971, como Diretor Artístico. Seguiram-se dois anos como coreógrafo freelancer e, em 1973, Hans van Manen ocupou a posição de Coreógrafo Residente e Mestre de Bailado no Ballet Nacional da Holanda. As suas coreografias têm sido apresentadas em companhias como o Ballet de Estugarda, a Ópera de Berlim, o Ballet de Houston, o Ballet Nacional do Canadá, Ballet da Pensil-

Fernando Duarte ensaiador

vânia, The Royal Ballet, o Ballet Real da Dinamarca, o Ballet Sca-

A CNB agradece a Freek Damen

em 1988, van Manen criou mais de 60 bailados, sendo alguns

pino, a Ópera de Viena, o Tanzforum de Colónia e a Companhia de Alvin Ailey. Para a Nederlands Dans Theater, à qual regressou deles: Sinfonia em 3 Andamentos, Metaphors, Five Sketches, Squares, Mutations, Grosse Fugue, Opus Lemaître, Canções sem Palavras, Andante e Fantasia. Para o Ballet Nacional da Holanda criou, entre outros, Twilight, Adagio Hammerklavier, Sagração da Primavera, Cinco Tangos, Bits and Pieces e Three Pieces for Het. Para o Royal Ballet, van Manen criou Four Schumann Pieces. Ao completar 35 anos de carreira como coreógrafo, Hans van Manen foi armado Cavaleiro da Ordem de Orange Nassau, pela Rainha da Holanda. Em 1993 foi-lhe também atribuído o Prémio Alemão da Dança, pela sua influência na dança na Alemanha, durante mais de 20 anos. Hans van Manen é também um reconhecido fotógrafo. Em Portugal, o Ballet Gulbenkian dançou sete coreografias de Hans van Manen, entre 1978 e 1997, das quais se destacam Canções Sem Palavras, Cinco Tangos e Grosse Fugue. A par de Cinco Tangos, Solo, Kammerballet, Sarcasm, Adagio Hammerklavier e Twilight, são obras de van Manen interpretadas pela CNB. Em 2015, Hans van Manen tornou-se membro da Academia Holandesa para as Artes. —


DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy Konik; Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina Santos; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Henriett Ventura; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Armando Maciel; Dukin Seo; Freek Damen; Miguel Ramalho; Sergio Navarro; Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena Maldonado; Andreia Mota; Carla Pereira; Catarina Grilo; Diletta Bonfante; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Inês Ferrer; Inês Moura; Isabel Frederico; Isadora Valero; Júlia Roca; Leonor de Jesus; Margarida Pimenta; Maria Barroso; Maria Santos; Marina Figueiredo; Miyu Matsui; Patricia Keleher; Rebecca Storani; Shanti Mouget; Sílvia Santos; Susana Matos; Tatiana Grenkova; Zoe Roberts; Aeden Pittendreigh; Christian Schwarm; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Joshua Earl; Kilian Souc; Lourenço Ferreira; Nuno Fernandes; Ricardo Limão; Tiago Coelho BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Hèctor Chicote; João Pedro Costa; João Silva; Kilian Smith

MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES Didier Chazeau PROFESSORES DE DANÇA CONVIDADOS Irena Milovan*, Boris Storojkov* PIANISTAS CONVIDADOS Humberto Ruaz*; Jorge Silva*; Hugo Oliveira*

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OPART Presidente José de Monterroso Teixeira; Vogal Sandra Simões; Vogal Adriano Jordão DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS CNB Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente) ATELIER DE COSTURA CNB Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Ana Fernandes; Conceição Santos; Helena Marques DIREÇÃO TÉCNICA CNB Diretora Cristina Piedade; Sector de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA CNB Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra); Tom Colin (assistente) Conservação do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora); Cristina Fernandes; DIREÇÃO DE COMUNICAÇÃO CNB Diretora Cristina de Jesus; Pedro Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos* Bilheteira Anabel Segura; Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS CNB Luis Moreira** (coordenador) DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART António Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Lucília Varela; Marco Prezado (TOC); Sandra Correia Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Diretora Sofia Dias; Sofia Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO OPART Nuno Cassiano (coordenador); António Silva; Armando Cardoso; Artur Ramos; Carlos Pires; Carlos Santos Silva; Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho; Rui Ivo Cruz; Rui Rodrigues GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso* Secretária do Conselho de Administração Regina Sutre OSTEOPATA Altaf Jussub SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA CNB Fisiogaspar* SERVIÇOS DE INFORMÁTICA OPART Pedro Penedo (coordenador)

* Prestadores de serviço

** Regime de voluntariado


PRÓXIMOS ESPETÁCULOS

BILHETEIRAS E RESERVAS Teatro Camões Quarta a domingo das 13h às 18h (01 nov – 30 abr) das 14h às 19h (01 mai – 31 out) Dias de espetáculo até meia-hora após o início do espetáculo. Telef. 218 923 477

— TEATRO CAMÕES 29 ABR – 15 MAI

Teatro Nacional de São Carlos Segunda a sexta das 13h às 19h Telef. 213 253 045/6 Ticketline www.ticketline.pt Telef. 707 234 234 Lojas Abreu, Fnac, Worten, El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita

CONTACTOS Teatro Camões Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 193 Lisboa Telef. 218 923 470

INFORMAÇÕES AO PÚBLICO Não é permitida a entrada na sala enquanto o espetáculo está a decorrer (DL n.º 23/2014, de 14 de fevereiro); É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/ beber dentro da sala de espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 6 anos não poderão assistir ao espetáculo nos termos do DL n.º 23/2014, de 14 de fevereiro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos. Espetáculo M/6 MEDIA PARTNER:

CAPA © BRUNO SIMÃO

APOIOS À DIVULGAÇÃO:

APOIOS:

Alkantara CCB Companhia Nacional de Bailado Culturgest Festas de Lisboa Fundação Calouste Gulbenkian Maria Matos Teatro Municipal São Luiz Teatro Municipal Teatro Nacional D. Maria II Temps d’Images Lisboa www.artistanacidade.com

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© Andreas Etter

Artista na Cidade 2016 Faustin Linyekula


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