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[New] MINHA VIDA, UM LIVRO ABERTO*
Confira abaixo as indicações de leitura de dois estudantes e um educador do Colégio. Se você gosta de ler e quer participar desta editoria, envie um e-mail para comunicacao@colegiofarroupilha.com.br.
RONALDO NOGUEZ, PROFESSOR DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
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O meu livro favorito: A Queda, de Albert Camus.
O meu personagem favorito: Max Demian, do livro Demian, de Hermann Hesse.
O livro que me fez sorrir: A Megera Domada, de Shakespeare.
O livro que me fez chorar: Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, de Maya Angelou, e Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves.
O livro que comecei e terminei no mesmo dia: Em busca de sentido, de Viktor Frankl.
O livro que li em outro idioma: El Hacedor, de Jorge Luis Borges.
O livro que eu li depois de ver o(a) filme/série:
O Coração das Trevas, de Joseph Conrad.
O livro que li mais rápido: A parte que falta, de Shel Silverstein.
O livro que abandonei a leitura: O Processo, de Franz Kafka.
O livro que comprei e não li: Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust.
A minha próxima leitura: O Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar.
DANIELE LACERDA JARDIM, MÃE DO ESTUDANTE BENÍCIO LACERDA JARDIM, DO 1° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS
O meu livro preferido: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry.
O livro que me fez rir: Dewey: um gato entre livros, de Micki Myron.
O livro que me fez chorar: A hora do Adeus, de Irene Pacheco Machado.
O livro que li e me fez ver o(a) filme/série: O tatuador de Auschwitz, de Heather Morris.
O livro que abandonei a leitura: O Barco Vazio, de Osho.
O livro que li em família: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry (com o meu filho).
O livro que li por indicação de alguém e gostei: Tudo é Rio, Carla Madeira.
O livro que li mais rápido: Arrume sua cama, de Willian H. McRaven.
O livro que estou lendo agora: A vida continua, de Chico Xavier.
O(a) meu/minha autor(a) favorito(a): não tenho.
O gênero literário que mais leio: depende muito do momento.
A minha próxima leitura: As coisas que você vê quando desacelera, de Haemin Sunim.
MARIA LUÍSA SILVA, ESTUDANTE DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
O meu livro favorito: Percy Jackson e o ladrão de raios, de Rick Riordan.
O meu personagem favorito: Anya, de Tatsuya Endo (Mangá).
O livro que me fez rir: Mar de monstros, de Rick Riordan.
O livro que me fez chorar: A corte de névoa e fúria, de Sarah J. Maas.
O livro que li e me fez ver o(a) filme/série: Percy Jackson e o ladrão de raios, de Rick Riordan
O livro que abandonei a leitura: Mentirosos, de E. Lockhart.
Um livro que li em família: Lino, de André Neves (com a minha irmã mais nova, de 7 anos).
O livro que li por indicação de alguém e gostei: O Príncipe Cruel, de Holly Black.
O livro que estou lendo agora: O menino do pijama listrado, de John Boyne.
O(a) meu/minha autor(a) favorito(a): Rick Riordan.
O gênero literário que mais leio: Ficção fantástica e romance.
Veronica Maria Villanova
VALENTE, ESTUDANTE DA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
O meu livro favorito: Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, porque a magia do enredo e os fatos peculiares da narrativa me cativaram muito.
O meu personagem literário favorito: o protagonista de Extraordinário, pela forma com que ele lidava com os desafios que enfrentou na vida.
O livro que me fez sorrir: alguns contos do livro Papéis Avulsos, de Machado de Assis, me fizeram rir, pois Machado é muito irônico e engraçado em sua forma de expressão.
O livro que me fez chorar: achei o livro Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva, muito emocionante pelas situações retratadas pelo personagem (nesse caso, o próprio Marcelo), mas nunca cheguei a chorar com nenhum livro.
O livro que comecei e terminei no mesmo dia: Alice no País das Maravilhas, que li em cerca de uma hora. Inclusive, tenho vontade de reler!
O livro que li em outro idioma: já li Billy Eliot, Monster House e Rebecca em inglês e, por exemplo, Verschollen in Berlin e Das Geheimnis der Statue em alemão.
O livro que li depois de ver o(a) filme/série: depois de ter visto o filme, tive a oportunidade de ler Extraordinário. Aliás, essa foi uma proposta de leitura da oitava série, feita pela professora de Língua Portuguesa, Sabrina Pacheco.
O livro que li mais rápido: Alice no País das Maravilhas foi um livro que li em, aproximadamente, uma hora. É uma leitura descontraída, em que não se vê o tempo passando e, quando você menos imagina, ela se finda.
O livro que abandonei a leitura: A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen foi uma leitura que abandonei porque quero absorver o máximo possível do conteúdo dela. Portanto, pretendo realizar essa leitura em um período de maior disponibilidade.
O livro que comprei e não li: Sapiens, uma breve história da humanidade, de Yuval Noah Harari. Ainda não pude lê-lo, mas pretendo.
A minha próxima leitura: aspiro que minha próxima leitura seja Depois é nunca, de Fabrício Carpinejar.
PATRÍCIA CORREA MIRANDA MOREIRA, PSICÓLOGA EDUCACIONAL DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS
O meu livro favorito: difícil definir um só, tenho muito livros de que gostei e os releio depois de algum tempo para encontrar novas leituras na mesma história.
O meu personagem favorito: Hercule Poirot, da Agatha Christie.
O livro que me fez chorar: Retrato em Sépia, de Isabel Allende.
O livro que abandonei a leitura: Aprender a Viver, de Luc Ferri. Ainda vou terminá-lo, porém sempre acabo colocando outros livros na frente.
O livro que li em outro idioma: gosto dos livros de Mario Benedetti (para treinar o espanhol).
Um livro que li em família: gosto muito de ler com a minha filha o livro Emocionário, pois além das ilustrações serem muito bonitas, o texto, acessível para crianças, auxilia no reconhecimento e na expressão das emoções.
O livro que li por indicação de alguém e gostei: Mindset, de Carol Dweck. Para quem se interessa por psicologia, desenvolvimento e processos de aprendizagem, é uma leitura essencial!
O livro que li mais rápido: Máquinas como Eu, de Ian McEwan, muito interessante!
O livro que estou lendo agora: Rápido e Devagar, duas formas de pensar, de Daniel Kahneman.
O(a) meu/minha autor(a) favorito(a): Ian McEwan, é um autor de ficção de que tenho gostado bastante, os últimos livros que li foram todos dele: Enclausurado e Reparação.
A minha próxima leitura: ainda não sei! Pretendo ir à Feira do Livro e me surpreender com alguma leitura interessante.
* A iniciativa conta com a parceria da professora de Língua Portuguesa do Ensino Médio, Ludmilla Mazzini, da Orientadora Pedagógica do Ensino Médio, Sharlene Marins Costa, e da Bibliotecária do Colégio, Maricélia Cezar.
Criado no ano de 2010 com o objetivo de promover debates saudáveis a toda a comunidade escolar, a iniciativa reúne professores, famílias e especialistas das mais variadas áreas para debater assuntos relacionados à infância e adolescência, consolidando-se como uma oportunidade de aproximação entre pais e escola.
Ao educar para formar cidadãos competentes, éticos e globais, o Colégio Farroupilha coloca o estudante no centro da proposta pedagógica. Além de priorizar uma formação voltada aos valores institucionais (bom relacionamento, busca pela excelência, disciplina e organização, eficiência e empreendedorismo e compromisso com a sustentabilidade), ao currículo (orientado pelas Matrizes Curriculares e Socioemocionais) e às três competências estratégicas (Criatividade e Inovação, Protagonismo e Liderança e Pesquisa), a escola oportuniza diferentes momentos para estreitar os laços com as famílias. Uma das iniciativas, que existe desde 2010, é o programa Cuidar é Básico, criado com o objetivo de promover ações saudáveis a toda a comunidade escolar. No ano da sua criação, os professores, coordenadores, orientadores e auxiliares de disciplina participaram de uma capacitação com o psiquiatra e psicanalista Dr. Sérgio de Paula Ramos. Em 2011, a realização de reuniões com as famílias de todos os níveis de ensino, sobre as mais variadas temáticas, representou a segunda fase do programa.
Desde 2013, o Cuidar é Básico trabalha em três frentes de atuação: aprendizagem, saúde e convivência. No eixo aprendizagem, são implementadas ações permanentes que contribuam para a construção de um ambiente que estimule e favoreça as rotinas, os espaços e os tempos de aprendizagem de cada estudante. No eixo saúde, são promovidas iniciativas que favoreçam o desenvolvimento de hábitos saudáveis na infância e na adolescência, envolvendo tanto aspectos da saúde física quanto emocional.Já no eixo convivência, o foco está relacionado à implantação de ações que qualifiquem as relações interpessoais, que favoreçam o bem-estar e privilegiem a convivência saudável. “O Cuidar é Básico, por ser fundamentado nessas três frentes, é um programa de conexão e de aproximação com as famílias e é fundamental para a educação dos estudantes, no sentido de desenvolvimento da saúde, do bem-estar, da convivência na escola e da aprendizagem”, afirma a Diretora Pedagógica, Marícia Ferri, Os encontros são pensados e organizados pela equipe do Serviço de Orientação Educacional (SOE). “Pensamos que, ao trabalharmos com essa tríade, podemos auxiliar na potencialização de valores que acreditamos ser imprescindíveis, dentro do âmbito educacional, no auxílio da construção de um cidadão ético, global e competente”, destacam os psicólogos escolares do Ensino Médio, Fábio Parise e Fabrícia da Silva Pereira. “É mais um momento em que as famílias são convidadas a virem à escola para dialogar e pensar em intervenções assertivas, juntamente aos educadores, que possam favorecer o desenvolvimento infantil e juvenil. Ao refletirmos sobre os temas relevantes relacionados ao desenvolvimento, à escola e à família, conseguimos aproximar suas concepções para auxiliarmos no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças e dos estudantes”, complementam a psicóloga escolar e a orientadora educacional da Educação Infantil Nadine Cabral e Luciane Jordan.
Antes da pandemia, os encontros aconteciam presencialmente, mas, em 2020, o Cuidar é Básico reinventou-se e 13 lives foram transmitidas no canal oficial do Colégio, no YouTube. No mês de outubro deste ano, mais uma novidade: foram promovidas três rodas de conversas, divididas por faixa etária, com especialistas de diferentes áreas. “Acho os temas propostos pelo Cuidar é Básico sempre úteis, e mesmo tendo conhecimento, sempre valem ser revistos, permitindo um novo olhar. Os profissionais convidados são bastante assertivos nos esclarecimentos e permitem um efetivo aproveitamento do tempo dedicado aos encontros”, disse Jacqueline Sporleder Becker, mãe de estudantes dos Anos Iniciais e dos Anos Finais.
Para Marícia, as rodas de conversa permitiram que as famílias pudessem dialogar com outros pais. “Isso ajuda a criar uma rede de sustentação e de proteção às crianças e aos jovens. “Achei fundamental a retomada do Cuidar é Básico presencial, em que tivemos a oportunidade de abrir esse espaço de diálogo, mediado por profissionais extremamente capacitados, que podem auxiliar esses adultos que, neste momento, também precisam da ajuda da escola”, comentou.
Os pais e responsáveis da Educação Infantil até o 3º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais conversaram sobre o tema “Aceleração da infância: desafios contemporâneos”. O pediatra José Paulo Ferreira e a psicóloga Kátia Wagner Radke abordaram a aceleração da infância e a busca constante pela eterna juventude, a importância da preservação do tempo de brincar, com tempo livre, ócio, criatividade e a importância dos limites. “A escola sempre tem que tentar sensibilizar as famílias para que possam comparecer às atividades. A estrutura familiar dá um suporte para todas as questões do processo de aprendizagem. O amparo, a base da família é superimportante”, frisou Kátia. “O programa Cuidar é Básico é fundamental. É uma resposta de como o Colégio pode aproximar as famílias, com palestras interessantes e grupos de discussão”, define José Paulo.
O médico Alberto Mainieri recebeu os pais e responsáveis do 4º ao 6º ano do Ensino Fundamental para um bate-papo sobre o tema “Puberdade e adolescência: entenda o cérebro e o corpo do seu filho”. Além de tirar dúvidas das famílias, ele falou sobre o desenvolvimento neurológico na adolescência, o papel da família, a importância dos grupos nessa faixa etária e o processo de identidade e independência. Por fim, o psiquiatra Thiago Pianca foi o convidado para falar sobre o tema “Conversando sobre adolescentes: festas, uso de álcool e outras substâncias” para os pais e responsáveis do 7º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais à 3ª série do Ensino Médio. Os problemas do uso de álcool na adolescência, o que é, como funciona e quais as consequências do cigarro eletrônico, como saber se há um problema com o adolescente e como equilibrar cuidado e liberdade foram algumas das questões trazidas pelo profissional.
“Para mim, foi uma das melhores palestras, porque, em primeiro lugar, a gente recebeu muitos elementos esclarecedores e de uma maneira muito sensata e objetiva, com frases que se ouvem no dia a dia, e que a gente consegue adequar à realidade de cada família, consegue empregar, utilizar aquilo. Em razão disso, as pessoas se identificam, podem expor as suas situações práticas, podem comentar o que está acontecendo nas suas casas, se sentem à vontade para compartilhar, e o que acaba acontecendo com isso é a criação de uma rede, porque um ouve o problema do outro e se sente à vontade para falar e aproveita aquela mesma ideia, ouve a experiência de outras pessoas. E o que mais eu gostaria de destacar é a importância dessas palestras, como as demais do Cuidar é Básico, porque uma coisa que o doutor expôs foi a necessidade de a gente ter uma parceria entre escola e família, no sentido de observar desde a criança até o adolescente, fazer um acompanhamento, ser pais e escola presentes na vida da pessoa, que a gente não vai na adolescência resolver os problemas. A gente vai criando um vínculo com o filho, com o aluno. Eu acredito no programa como construtivo, desde a infância até a conclusão do Ensino Médio, dando subsídio aos pais para poderem ter um relacionamento com os seus filhos”, afirmou Cristiane Gonzalez, mãe de uma estudante do Ensino Médio.
“Com o programa Cuidar é Básico, o Colégio Farroupilha se aproxima das famílias de seus estudantes, apresentando um conteúdo que vai além daqueles ensinados em sala de aula. É um momento único, em que podemos interagir com profissionais altamente qualificados, discutir sobre nossas preocupações, conhecer quais as características comuns das crianças por faixa etária e até nos divertir, vendo que muitas questões da nossa casa são comuns em tantas outras”, complementou Linda Grossi, mãe de uma estudante dos Anos Iniciais.
Para as orientadoras e psicólogas educacionais dos Anos Iniciais Diana Santos, Elisângela Kramer, Luciana Motta, Rosanita Moschini, Silvia Dias e Vanusia Salomoni, as rodas de conversa, palestras e trocas de experiências favorecem o fortalecimento, a integração e a construção de uma rede de apoio entre os pais, além de oportunizarem a aquisição de ferramentas para que as famílias consigam lidar de maneira mais assertiva e segura com seus filhos. Já os es-
Envolvimento Das Fam Lias Em Eventos E Projetos
Além do Cuidar é Básico, as famílias do Farroupilha participam de diferentes eventos e atividades, seja na Sede Campestre, seja nas dependências da escola. Na Educação Infantil, principalmente pais, mães e avós são convidados a visitarem as salas de aula para aprofundar os conhecimentos e trazer curiosidades sobre o assunto pesquisado pelas crianças nos projetos das turmas. “Aprecio muito que o Colégio ofereça um ambiente para as famílias interagirem, podendo aprender e revalidar conhecimentos, estimulando a colaboração entre as famílias. Espero que, cada vez mais, possamos ter maior percentual de famílias engajadas”, afirmou Jacqueline.
tudantes, em especial, desenvolvem competências e habilidades, a partir de ações nas quais são propostos momentos de reflexão, formação sobre diferentes temáticas a partir das atividades de sala de aula, como: rotina e hábitos de estudos desenvolvidos tanto pela equipe do SOE como pelos professores; palestras com especialistas sobre técnicas de estudos, ética e segurança digital, entre outras. Aos educadores, são oportunizadas ações formativas, de orientação e promoção de recursos didáticos e metodológicos para o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais dos estudantes.
A Participa O Da Fam Lia No Processo Educativo
Em artigo publicado no Porvir, em janeiro de 2021, Renata Trefiglio Mendes Gomes, doutoranda no Departamento de Child, Youth and Family Studies (CYAF) pela University of Nebraska-Lincoln (UNL), nos Estados Unidos, com especialização em Child Development/Early Childhood Education, bem como em Quantitative, Qualitative and Psychometric Methods (QQPM), pedagoga e psicopedagoga, palestrante, pesquisadora, consultora escolar, professora e supervisora clínica, destacou que “as famílias são os primeiros professores das crianças” e que muito do que elas aprendem acontece fora da escola. A parceria da escola e da família, portanto, “é um processo interativo de planejamento ou de resolução de problemas que é caracterizado por respeito mútuo, confiança, e comunicação aberta”. O pediatra José Paulo lembra, ainda, que é na família que a criança tem o grande marco de exemplos e de princípios. “Quando ela entra na escola, é importante que a criança possa acompanhar essa linha de pensamento. O próprio fato de a família escolher um colégio que tenha uma linha de educação em que ela acredita, que acha o melhor para as suas crianças, é fundamental”.
“A ideia é que família e escola são ambas fundamentais; exercem papéis complementares e, nesse sentido, uma não substitui a outra. E por isso que também a escolha da escola pela família precisa ser pensada com muito cuidado, porque deve ter muito mais convergências do que divergências”, analisa a doutora em Educação Denise da Silva Maia. E vai além: “O centro de tudo deve ser o aluno. A razão de ser da escola são os alunos. Se as coisas não estiverem bem para os alunos, não adianta elas estarem bem entre os adultos. O bom relacionamento entre os adultos tem que ter por meta criar uma situação favorável de aprendizagem para as crianças e os adolescentes”.
Luciane e Nadine lembram que, quando família e escola atuam em sintonia, os ganhos para o desenvolvimento integral das crianças são inúmeros. “Elas se sentem seguras, desenvolvem sua identidade, autoestima e autoconfiança para, de forma progressiva, crescer mais motivadas e engajadas nos estudos e no ambiente escolar. Os papéis da escola e da família são complementares. Quanto mais esses modelos estiverem em sintonia, mais favorecerão o desenvolvimento dos pequenos. A criança entender que escola e família dialogam auxilia a lidar com emoções e sentir-se segura para enfrentar os desafios que surgem, próprios do desenvolvimento cognitivo e socioemocional. Essa res-
Cuidar B Sico No Spotify
No final do mês de outubro, o Colégio lançou o seu perfil no Spotify. O primeiro conteúdo disponibilizado foi um podcast com três episódios do programa Cuidar é Básico, de edições realizadas em 2020 e 2021, no formato on-line: ponsabilidade recíproca - escola e família - auxilia o estudante a se perceber importante para ambas as instituições. Dessa forma, é possível estar mais comprometido com seu processo desenvolvimental”, apontam.
A mesma opinião é compartilhada por Elisângela, Luciana, Rosanita, Silvia e Vanusia. O primeiro espaço social da criança é o núcleo familiar: é ali que ela recebe amor e afeto e são trabalhados os princípios éticos e morais. “A entrada na escola marca a passagem do ambiente privado para o coletivo. Nesse sentido, o papel da escola é complementar o da família, porém de forma ampliada na medida em que está inserida na dimensão pública, favorecendo o convívio social. A ampliação das relações sociais, proporcionada pelas vivências que ocorrem no espaço escolar, contribui para o desenvolvimento da autonomia, da independência e favorece os avanços no campo das relações interpessoais e da socialização dos estudantes. As escolas, por serem espaços ricos em relações interpessoais, são instituições importantes que contribuem para o desenvolvimento moral e socioemocional dos estudantes”, comentam. Denise reforça a importância de cada escola achar o jeito de se relacionar com a comunidade escolar. “Não dá para ter uma receita que valha para todas, mas não se pode negligenciar esse aspecto: a comunicação tem que estar fluindo, na via da escola para as famílias e no caminho inverso também, ou seja, com a possibilidade de a escola escutar o que as famílias têm para dizer. Escutar não significa concordar com tudo, acatar tudo e colocar tudo que as famílias desejam em prática, mas poder ouvir e ao mesmo tempo responder com clareza por que eventualmente alguma coisa não pode ser feita daquela forma. Isso tem que ser ajustado para cada contexto. E dentro de uma mesma escola por vezes ainda criar formas distintas para algumas famílias que requerem alguma atenção especial”, explica. “A participação da família, de forma assertiva com os filhos, auxilia tanto no processo educativo quanto no emocional de nossos estudantes. Percebemos que, quanto mais próximo dos filhos os pais estão - e isso inclui também qualidade de tempo e não quantidade -, mais organizados e seguros os alunos se mostram, justamente por se sentirem escutados e apoiados”, completam Fábio e Fabrícia.
Segurança Digital: estratégias de cuidado e proteção on-line, com o psicólogo e diretor de educação da SaferNet;
Regulação emocional –como auxiliar as crianças a lidar com as frustrações, com o psicólogo Rodrigo Giacobo Serra;
O desenvolvimento da consciência fonológica na infância, com a fonoaudióloga Rosangela Marostega Santos.
“A possibilidade de ter acesso às palestras em podcast é maravilhosa, pois permite que mais famílias escutem e entendam como a educação é uma função de todos e que, quanto melhor for a parceria colégio-pais, melhor estaremos preparando nossos filhos para o mundo”, opina Linda.