Collbusiness News Mai 17

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www.necta.com.br

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EDITORIAL Crédito Saudável. RH. Primeira edição da CollBusinessNews abordando mais de um tema. Daqui para frente esta será nossa abordagem. Um tema central, que poderá ser único, e temas periféricos não menos importantes. A Revista em constante transformação, que pode ser a sua marca. Vivemos em um mundo em constante mudança, então não podemos ser estáticos. Vivemos num mundo que se modifica não mais através de séculos, como as primeiras revoluções industriais. As transformações e os desafios são cada vez mais curtos. Tivemos períodos de 50


anos, depois 10, 5 e agora as mudanças ocorrem em meses. Ufa... como manter o interesse do leitor em uma Revista mensal? Penso que entregando a este leitor provocações que o façam pensar. Parar e pensar. Apesar da correria que caracteriza nosso tempo, é preciso parar e refletir sobre os assuntos. Aprofundar. Discutir. Aperfeiçoar. Iniciar novo ciclo de desenvolvimento. Nossos brilhantes colunistas se debruçaram sobre os temas e entregaram seus pontos de vista a respeito de temas tão interessantes e conectados. Já discutimos anteriormente sobre a

inadimplência. O Crédito saudável está conectado com este tema. Crédito que não faz bem para quem o toma não pode ser visto como saudável. Crédito tóxico. Poderíamos chamá-lo também de crédito responsável. Todos os povos têm suas características próprias. A nossa é de medir a capacidade de contrair novos compromissos pelo tamanho da prestação. Ninguém se importa com o preço final, apenas se cabe no orçamento mensal. Falta educação financeira. Planejamento zero. Noções básicas de economia zero. Marketing agressivo que nos faz comprar


até o que não precisamos. É neste cenário que nossos articulistas construíram suas teses. Estamos, com isto, buscando a sustentabilidade das empresas e da sociedade em geral. Nenhuma sociedade pode ser feliz com 62.000.000 de inadimplentes. Precisamos aprender a viver nossas finanças. Trabalhar, poupar e gastar, tudo dentro de um ciclo harmonioso. Para isto, precisamos de mais educação financeira. Desenvolver os potenciais, valorizar as competências, valorizar o ser. Quando comprar e ter é a única fonte de

felicidade, se avança ruidosamente para o caos. Crédito saudável para pessoas saudáveis. Espero que possamos estar contribuindo para uma sociedade melhor, provocando tema tão sensível neste momento para milhões de brasileiros. Aguardamos seus comentários em: eu.leitor@collbusinessnews.com.br Luciano Basile Editor & Publisher de CollBusinessNews


http://www.collbusinessnews.com.br/site/page/anuncie https://issuu.com/collbusinessnews/docs/manual_collbusiness_news_pdf

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EXPEDIENTE

EDITOR E PUBLISHER Luciano Basile luciano.basile@collbusinessnews.com.br DIRETOR INSTITUCIONAL Manoel Moraes manoel@collbusinessnews.com.br COLUNISTAS Fernando Manfio Eduardo Tambellini Jaime Enkim Denis Siqueira Luciano Basile Joseane Malize Cristiane Machado Manoel Moraes Marciano Roberto Luiz Felizardo Barroso Fabio Freitas Silva Daisy Blanco Wanderson Aires Alana Rauber Marciano Roberto Rodolfo Seifert Fernando Lemos

MISSÃO Proporcionar uma revista de alta qualidade, impactando com informações relevantes para o segmento, superando as expectativas dos leitores e anunciantes, de forma inovadora e estratégica.

Conheça mais sobre nossos articulistas:

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DIRETOR DE CRIAÇÃO Fábio Freitas Silva fabio@collbusinessnews.com.br WEB DESIGNER Mauro Swenson mauro@collbusinessnews.com.br

DIRETORA COMERCIAL Joseane Malize joseane@collbusinessnews.com.br DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Alana Rauber alana@collbusinessnews.com.br

VALORES TRANSPARÊNCIA ÉTICA

VISÃO Ser referencia no mercado, sendo a melhor no que faz, proporcionando satisfação para todos os seus clientes (internos e externos), transformando informação em conhecimento, gerando riqueza de forma a trazer modificações significativas ao produzir conteúdo de qualidade..

QUALIDADE PROATIVIDADE TRABALHO EM EQUIPE COMPROMETIMENTO MOTIVAÇÃO GOSTAR DE DESAFIOS RACIONALIDADE RESPONSABILIDADE SOCIAL

Revista mensal - Ano 1 - 5ª Edição


ÍNDICE



FERNANDO MANFIO CAFÉ COM COACH

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CRÉDITO SAUDÁVEL... PARA TODOS, SEMPRE! Temos vivido épocas de pura corrida pela sobrevivência e, por vezes, nos esquecemos da essência da vida, a nossa contribuição para que todos possam ter o suficiente, sempre. Vemos separados o “eu e o outro”, o “nós e o eles”, “um lado e o outro lado”, um “partido e o outro partido”, a “empresa e o cliente”, enfim, já sabemos desta conversa aqui, mas de alguma forma não conseguimos trazer isso para o sentir e o agir no dia a dia. Na realidade, quando olhamos somente para o corpo “físico” nos percebemos separados, embora mesmo fisicamente já começamos a perceber que esta apa-

rente separação é frágil e tentamos erguer “muros de proteção contra os outros”. Muros físicos, materiais, outras vezes emocionais e mentais. Começamos a perceber que isto tudo começou a se desmanchar, um ato nosso reflete no oceano e a soma de atos faz as ondas acontecerem e acabamos por ter que surfar na onde que nós mesmos construímos em conjunto. Como podemos então influenciar o mundo de forma que todos nós estejamos mais saudáveis e tenhamos nossas necessidades atendidas, ao menos as de sobrevivência? Sim, existe o livre arbítrio e sempre existirá, porém temos o poder da influência e se cada um se conscientizar deste poder e não permitir que pensamentos limitadores nos bloqueiem o potencial nato de contribuir ou seria a necessidade inerente ao ser humano de contribuir, então a mudança será ainda mais forte. Imagino cada um de nós como uma célula de um corpo e na medida que nos tornamos mais “saudáveis”, integralmente falando, podemos influenciar as células

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ao lado a serem mais saudáveis. Brilhe para iluminar aqueles que estão na escuridão, não somente para curtir seu brilho próprio! Hoje em dia esse conceito já está muito forte no que chamamos de empresas “B” (B the change”) ou seja as “Benefit Corporations” (www.sistemab.org/brasil), liderados no Brasil pela Natura. Prefiro descrever a mensagem deles aqui: “Cada vez mais empreendedores e empresários buscam resolver problemas sociais e ambientais utilizando os mecanismos de mercado. Enquanto o papel do Estado e da sociedade civil são essenciais, não são suficientes para enfrentar os principais desafios socioambientais globais. Para isso,

precisamos de empresas que sejam motores de bem-estar. As Empresas B são empresas que redefinem o significado do sucesso buscando, não somente ser as melhores do mundo, mas também ser as melhores para o mundo. Representamos uma grande diversidade de setores, tamanhos, territórios e, especialmente, modelos inovadores que buscam o impacto triplo desde sua atividade. Como Empresas B nos distinguimos por: 1. Resolver problemas sociais e ambientais a partir dos produtos e serviços que vendemos, e também desde nossas práticas

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laborais, socioambientais, as comunidades, os fornecedores e os públicos de interesse. 2. Para demonstrar isso passamos por um rigoroso processo de certificação que examina todos os aspectos da empresa. Devemos atender aos padrões de desempenho mínimos, além de assumir forte compromisso com a transparência ao relatar publicamente nosso impacto socioambiental. 3. Também fazemos as mudanças legais para proteger a nossa missão ou finalidade comercial e, portanto, combinar nosso interesse público com o privado. Isso também irá construir uma confiança com os cidadãos, nossos clientes, colaboradores e novos investidores. Atualmente, somos um movimento global com mais de 875 empresas em mais de 29 países. Desta forma formamos uma grande comunidade de apoio com múltiplos benefícios: alcançar novos clientes e mercados,

gerar relações comerciais entre Empresas B, ser fornecedores de empresas maiores, ter acesso a investidores e diferentes fontes de financiamento, ter espaços em televisão, jornais, seminários e fóruns nacionais e internacionais, mas, sobretudo, ser líderes de um movimento global que está crescendo rapidamente. Convidamos você a fazer parte deste movimento global de Empresas B” A GoOn “aceitou” este convite e está no processo de se tornar uma empresa B, e provoco: “por que você também não aceita este desafio”? Temos trazido este tema nos Fóruns da GoOn e proporcionado a oportunidade para que todos conheçam este trabalho. Veja mais sobre o tema no Fórum GoOn Fair no dia 7 de junho de 2017! Interesse-se pelo tema, você não se arrependerá, é um convite especial! Para isso você passa por um processo de avaliação muito rico para trazer consciência

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do que está acontecendo no dia a dia e na forma como você percebe sua atuação no mundo. Existem hoje, também, fundos de Investimento que só participam e investem em empresas de Impacto Financeiro e Social (www.forcatarefafinancassociais.org.br). Investimentos de Impacto, como são chamados, que são investimentos em empresas, organizações e fundos com a intenção de gerar impacto social e/ou ambiental além do retorno financeiro. Existem 400 fundos no mundo com essa intenção e em 2016 foram investidos mais de U$ 70 bilhões. Estudos demonstram hoje que não há diferença de retorno financeiro para empresas “B” ou empresas tradicionais. Mas acredita-se que a perenidade com o tempo possa ser bastante diferente graças à percepção das pessoas sobre este impacto positivo causado no planeta de alguma forma. As prioridades destes fundos no Brasil estão voltadas para a Inclusão Financeira, Educação, Saúde e Agricultura. Se pensamos desta forma, passamos a sentir fortemente o caminho certo a seguir e agimos com grande convicção de que estamos no caminho certo!

princípios pelos quais trabalhamos e o que desejamos colocar no mundo. Para isso, precisamos entrar em nossas próprias “mentes” individuais e perceber o que nos move como indivíduos (matéria da revista de abril) e as empresas pensarão, sentirão e agirão de acordo com o propósito dos grupos de indivíduos que a compõem. Para isso, deveremos trabalhar os modelos mentais e crenças que nos aprisionam em estado de luta por sobrevivência “egoísta” e começarmos a olhar para os princípios do altruísmo e a construção de um modelo coletivo mais saudável. Onde melhor praticar isso que no nosso mercado de Crédito? Portanto, “B the change” é o que eu proponho a todos nós, sejamos hoje em cada pensamento, sentimento e ação a mudança que queremos ter no mundo!

Nós, empresas de Crédito, podemos naturalmente buscar o tal crédito sustentável e que eu prefiro chamar de Crédito Saudável, se começarmos a entender os valores e os

Até a próxima!

Ser feliz dá trabalho amigo. Fazer o mundo mais saudável, mais ainda. Vamos juntos nessa? Crédito Saudável... para todos, sempre!

Fernando Manfio


NOVAS FORMAS DE PENSAR E AGIR EM CRÉDITO, COBRANÇA E RELACIONAMENTOS.

CICLO DO

CRÉDITO

DIAGNÓSTICOS, TREINAMENTOS, SOLUÇÕES & ANALYTICS COM VISÃO DIFERENCIADA DE IMPACTO FINANCEIRO E SOCIAL NAS EMPRESAS FÓRUM + DIFERENCIADO DO MERCADO

A

RCA D A M

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150 Clientes de impacto; 700 Projetos implantados; 100 Soluções e produtos desenvolvidos em parceiros; 10.000 Profissionais e líderes capacitados; 15 anos de conhecimento e prática em Gestão de Riscos; Confiança e cumplicidade.

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PRÊMIO DE IMPACTO+

LU Ç Ã

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EDUARDO TAMBElLLINI

TABELANDO COM O TAMBELLINI

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CRÉDITO SUSTENTÁVEL REALIDADE OU MITO? Ah se o mundo pudesse ser apenas percebido pela visão dos marqueteiros que desenvolvem campanhas publicitárias. Sem dúvida ele seria muito mais bonito. Bancos se preocupam com o cliente antes dele ficar inadimplente, outros incentivam o crédito consciente e a escolha pelo financiamento com cautela etc. Qual é a realidade de nosso mundo de verdade? Será que o crédito no Brasil já pode ser chamado de um produto maturo e sustentável.

Em edições anteriores, já tabelamos sobre o crescimento do mercado de crédito e o quando ele é importante para geração de riqueza de qualquer nação. Porém a resposta para a pergunta sobre a maturidade do crédito não pode ser apenas respondida sobre o volume de linhas de crédito disponíveis e da velocidade da concessão de crédito. Como então entender o que realmente é importante para que possamos ter um crédito realmente sustentável?

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Entendo que o crédito só vai ser realmente sustentável quando pudermos observar o quanto a população evoluiu em termos de educação financeira. Entre os dias 8 e 14 de maio foi promovida a Semana Nacional de Educação Financeira que reuniu diversas iniciativas gratuitas e buscou ampliar o conhecimento a milhares de pessoas. Presidido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste ano, a iniciativa tem como objetivo divulgar a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), política pública lançada em 2010 com a finalidade de promover a educação financeira e previdenciária da população, bem como contribuir para o fortalecimento da cidadania,

da eficiência e solidez do sistema financeiro nacional e a tomada de decisões conscientes por parte dos consumidores. Nobres iniciativas como estas, sem dúvida, tem por objetivo ajudar a ampliar o nível de consciência da população, porém a abrangência ainda é pequena. Nosso atraso em termos de educação vem dos séculos de história de um país que sempre deixou a educação básica a segundo plano. É fato que o brasileiro é um povo a ser estudado pelo seu bom humor, pela sua força de trabalho e resiliência; e que já passou por crises econômicas e políticas, aprendeu a sobreviver a hiperinflação e, após o plano real, viu um novo universo se abrir, o universo do crédito.

(Risk Trends – GoOn / BACEN – Carteira de Crédito PF Recursos Livres)

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O gráfico acima mostra a evolução da carteira de crédito aberta por produtos. Percebemos o crescimento do produto crédito pessoal – consignado desde 2007, que cresceu 317% no período; uma linha de crédito que traz um risco reduzido para quem empresta, e um valor limitado a uma margem consignada (Percentual máximo da renda do cliente), mas que, por outro lado, traz planos que hoje, em média, estão em 69 parcelas, ou seja, criam um comprometimento em um prazo longo e que impacta o já quase inexistente planejamento financeiro. O prazo do financiamento é um fator que, sem dúvida, impacta o controle financeiro da população.

Abaixo, podemos observar que o prazo médio dos empréstimos realizados para pessoas físicas, recursos direcionados no mês de março de 2017, chegaram a 52,5 parcelas. Avaliações como estas demonstradas nos gráficos mostram dados do mercado financeiro deixando de fora o comércio varejista. Por outro lado, encontramos lojas de varejo que possuem planos de até 26 meses. Tudo se explica ao famoso “Quer pagar quanto?”, o jargão que ficou no ar durante anos na propagando de uma famosa loja de varejo traduz um pouco da filosofia do brasileiro que faz a conta do valor que ele entende poder pagar no mês, mas esquece que pagar R$ 100,00 no mês pode caber

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em sua renda, porém ele tem mais 10 prestações no mesmo mês de R$ 100,00, o que na verdade gera um endividamento mensal de R$ 1.000,00. É fato que o país já evoluiu consideravelmente em suas diversidades de crédito, quando falamos de cartões de crédito e de acordo com a Abecs o nível de penetração do cartão de crédito entre consumidores brasileiros é de 28%. Nos Estados Unidos, a título de comparação, o índice é superior a 40%. Outro comparativo sempre feito é a relação crédito X PIB onde, enquanto no Brasil temos 48%, em países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra superam os 100%. Indiscutivelmente, temos muito ainda para evoluir e crescer em crédito. A cada crise o

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brasileiro sai mais fortalecido e educado. Demoraremos a conhecer o crédito sustentável; crédito este que deve ser escolhido de forma consciente e que gerará percentuais de inadimplência em padrões menores. Esperamos que, ao chegarmos nesta realidade, possamos ter também a adequação das nossas taxas de juros recorde. O caminho é o que estamos, dá até para acelerar, porém é de forma natural que o Brasil aprenderá a superar as crises. Com a criatividade do brasileiro, sem dúvida nenhuma, chegaremos a um patamar onde poderemos entender que nosso crédito é realmente sustentável. Eduardo Tambellini



ENTRE LIVROS O livro conta histórias vividas por Eduardo Tambellini durante mais de 24 anos atuando no mercado de Cobrança. Ele aborda desde a história da cobrança, passa pelas questões legais e fala sobre todas as etapas da cobrança como cobrança Interna e Externa, Terceirização, Campanhas, Ferramentas, Score, MIS; sempre com uma abordagem em fatos que aconteceram e que são cases em cada uma destas etapas. O livro traz também ensinamentos e teorias que são conteúdo de treinamentos desenvolvidos nestes anos de carreira, bem como a forma de classificar a maturidade de cada processo (metodologia GoOn).

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JAIME ENKIM 26

COM A PALAVRA O CONSULTOR


CRÉDITO: UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS!

Muito se tem falado sobre crédito sustentável ou saudável e eu gostaria de abordar este tema apaixonante de uma forma diferente, não pelos aspectos técnicos, porém sociais. De modo geral, há uma tendência de mercado ao se falar em crédito, do ponto de vista do consumidor, em associá-lo à uma utilização adequada, com consciência da sua necessidade e determinação em honrar o compromisso assumido com a instituição

financeira. Em português direto, “solicitar o que cabe no bolso”. Tem sido esse, de modo geral, o mote para as campanhas de crédito sustentável. Objetivamente, nada mais do que isso. Entretanto, quando nos debruçamos com maior profundidade na necessidade de maior acesso ao crédito como mola propulsora do crescimento do país, nos deparamos, também, com uma triste realidade; grande parte da população brasileira não é bancarizada, o que por si só já provoca uma grande limitação. O mercado deixa uma pergunta que os especialistas traduzem como a resposta de “um milhão de dólares”: como dar crédito a este contingente sem correr riscos adicionais? Acredito que a resposta vale muito mais do que isso. Há anos tenho como convicção que o exemplo a ser seguido vem de Bangladesh, através do Grameen Bank, que concedeu, nas últimas décadas, alguns bilhões de dólares para uma população de profissionais autônomos, provavelmente das mais pobres do mundo. O percentual de pagamento beira os mais de 90%, comparável às melhores taxas de recuperação de bancos altamente técnicos e com práticas sofisticadas. Nas palavras de Muhammad Yunus, seu fundador; “O mito de que o crédito é privilégio de alguns poucos afortunados deve ser erradicado; você olha para o mais ínfimo vilarejo, para o mais ínfimo personagem deste vilarejo, uma pessoa capaz, uma pessoa inteligente. Você tem apenas que

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criar as condições adequadas para apoiar estas pessoas de tal forma que elas possam mudar as suas próprias vidas”. Idealismo? Sem dúvida! O fato é que este idealismo vem de um homem que desenhou um banco que obriga os tomadores de crédito a economizarem para emergências, proporciona a eles benefícios em caso de morte e alguns seguros considerados vitais para a sua sobrevivência financeira. Evidente que temos que considerar as diferenças entre o Brasil, uma das maiores economias do mundo e Bangladesh, possivelmente, um dos 10 países mais pobres do mundo. Algumas experiências similares foram feitas nestas bandas por alguns bancos locais, porém de curto prazo e abortadas pelo alto nível de inadimplência. Apenas como referência, lembro que quando trabalhava na Credicard, o Banco Itaú havia comprado o Banerj e imediatamente foram ativados vários programas para a venda do cartão de crédito. Ocorre que uma das agências do Banerj ficava em uma comunidade de alto risco, com índices de violência que beiravam o caos. Resumindo, os cartões eram aprovados e enviados aos proponentes e, invariavelmente, boa parte destes cartões retornava. Motivo: os carteiros eram assaltados na subida do morro e como consequência o Correio se recusou a fazer tais entregas. Fomos então forçados a colocar o CEP desta localidade

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no credit score como indesejável e consequentemente recusar a proposta. Hoje, este procedimento, acertadamente, seria visto como uma discriminação e, portanto, condenável. Este fato espelha bem que temos que considerar as diferenças culturais e sociais de cada país; enquanto em Bangladesh, no Grameen Bank, eles possuem um sistema de grupos baseado na confiança entre seus membros e, portanto, o tomador escolhe os demais participantes com critérios como caráter, honestidade e comprometimento, aqui temos que lidar com outras mazelas sociais. Entretanto, estas dificuldades não devem ser encaradas como barreiras, ao contrário, devem ser entendidas como oportunidades e exploradas “ad nauseam” de tal forma que proporcione uma maior igualdade no acesso ao crédito pelas classes menos favorecidas e também como uma grande alavanca de receita para as instituições financeiras. Considerando que temos mais de 14 milhões de desempregados, muitos dos quais viraram empreendedores, não seria a hora de repensarmos o assunto? Para mim, isto sim seria um crédito saudável! Alguém se habilita a fornecer a resposta de “um milhão de dólares” aos banqueiros?

Jaime Enkim



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DENIS SIQUEIRA


RESPONSABILIDADE NA CONCESSÃO DE CRÉDITO Eu queria dividir com você a forma com que vejo as coisas: Faz parte da cultura do brasileiro gastar mais do que ganha e isso não é culpa exclusiva do consumidor. Independente do poder aquisitivo (independente de “poder” pagar), somos todos bombardeados com ofertas de produtos e serviços que prometem proporcionar qualidade de vida e bem-estar. Neste contexto é natural acabar usando o crédito para satisfazer essa necessidade de consumo que foi criada. Criticar esse comportamento consumista

é uma tolice. Entender esse comportamento e estabelecer políticas de crédito e cobrança adequadas é o que se espera de você e de mim como gestores de crédito e cobrança. Quando falo em políticas de crédito adequadas, não falo em aumentar o preço final para compensar as perdas com a inadimplência (esse tal de spread). Eu estou falando de crédito responsável. Estou falando em responsabilidade na concessão de crédito. Você já teve a impressão de que o trabalho de cobrança é um trabalho sem fim?

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Parece que estamos igual a um “cachorro correndo atrás do próprio rabo”. Sem ofensas, viu ;) Eu estou fazendo este desabafo porque todos os dias eu faço contatos de cobranças. Eu consigo receber, mas o trabalho sempre aumenta. Não estou reclamando. Até porque enquanto tiver cobranças para fazer, o meu emprego está garantido. Mas e você? Sente que o trabalho de cobrança é igual tentar secar gelo? Eu senti isso por muito tempo até descobrir que não se combate a inadimplência só com as ações de cobrança. A inadimplência tem que ser combatida desde a concessão de crédito. Isto precisa estar muito claro para o empresário. Onde tiver crédito terá inadimplência. Se você está concedendo crédito, é óbvio que vai ter inadimplência na sua carteira de crédito. Falar de inadimplência zero é uma ilusão. O que você e eu queremos é uma inadimplência aceitável e controlável. E, definitivamente, isso só é possível conseguir se você analisar e conceder crédito com qualidade.

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É aqui que entra a responsabilidade na concessão de crédito. O crédito concedido de forma irresponsável, ou seja, sem se preocupar se o cliente vai ter condições de pagar, não está prejudicando somente a sua empresa, está prejudicando também a sociedade. É verdade que este é um problema que não se resolve somente com a nossa atitude individual. É necessário, também, que existam ações envolvendo o poder público, ao exemplo das novas regras do rotativo do cartão de crédito que, apesar das críticas, é bem melhor que a tradicional inércia frente ao problema. Mas isso não nos exime da responsabilidade. Precisamos então aceitar que é nossa responsabilidade dizer NÃO para a concessão de crédito irresponsável. Dr. Denis Siqueira É fundador do site www.CreditoeCobranca.com onde publica seus vídeos e artigos.


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Foto: Humberto Teski

LUCIANO BASILE

O QUE EU VEJO


EU, ROBÔ SEU MELHOR RECURSO Spooner – Um robô poderia compor uma sinfonia? Poderia pintar sobre uma tela em branco e transformá-la em uma obra de arte? Sonny (Robô) – E você poderia? Este é um diálogo extraído da obra de Isaac Asimov. Isto foi no tempo em que ficção era obra literária (1950) ou cinematográfica (2004). Tentávamos antecipar o futuro ou imaginálo. “Laranja Mecânica” descrevia um mundo onde todos seriam vigiados por um grande irmão. Poucos percebem que isto já acontece. Em uma grande cidade qualquer pessoa é registrada pelas diversas câmeras de segurança por, pelo menos, 256 vezes. Robôs estão nas linhas de montagens da indústria automobilística há, pelo menos,

15 anos. Aviões já podem voar sem pilotos. Carros já podem ir e vir sem motoristas. Quem briga hoje contra o UBER, dentro de cinco anos, vai ter que brigar contra um carro robotizado. Sim, robôs não são mais coisas do futuro, nem de “doidim”. Eles estão em todas as partes e em todos os setores. Estão totalmente inseridos no contexto da 4ª Revolução Industrial. E vieram para ficar. Hoje, quando você liga para marcar uma consulta médica em um grande laboratório brasileiro é com um robô que você está falando. Do início ao fim da operação. Quando você liga para a central de atendimento de uma grande operadora de TV a cabo é por um robô que você é atendido. Então pare e pense. Quando eu terei robôs em minha operação de cobrança? Veja

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que a questão não é mais se terei robôs na minha operação e sim quando terei. Há alguns dias dados do Ministério do Trabalho informavam que 40.000.000 de empregos sumiriam nos próximos 20 anos, eliminados através da automação. Inevitavelmente, algumas atividades serão encerradas, mas já foi assim no passado. Por exemplo, cartas viraram e-mails e qualquer operação bancária pode ser feita facilmente através de um cartão magnético. A revolução digital continuará a avançar em ciclos cada vez menores. Hoje não discutimos mais as barreiras do impossível, mas sim quando o impossível se tornará possível. Então, o que devemos perguntar é o que um robô fará em uma empresa de cobrança. Em minha opinião, eles estarão presen-

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tes na automação de processos, no atendimento ao cliente e também nas ações de cobrança de primeira fase. Robôs de voz ou chatbots combinados com outras tecnologias como SMS inteligente, WhatsApp, Messenger e e-mail. Inteligência Artificial (AI) é a barreira a ser vencida hoje. Então não resista, pule esta etapa. Saia da caixa, monte seu quebra cabeças com muita criatividade e abra as portas de sua empresa para a inovação. Ah, hoje o diálogo inicial poderia ser assim: Spooner – Um robô poderia cobrar uma dívida? Poderia renegociá-la? Sonny (Robô) – Sim. Eu posso. E você?

Luciano Basile CEO de i-Coll Soluções Telemática



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contato@ibpdicc.com.br


JOSEANE MALIZE 40

VIVER E APRENDER Pequenos significados: 1. SER: ter identidade, característica ou propriedade intrínseca; apresentar-se em determinada condição ou situação; (...). O sentimento, a consciência de si mesmo. 2. HUMANO: relacionado com o homem; indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, pertencente à espécie humana; (...). Bondoso; que é piedoso, indulgente, compreensivo. 3. SEU: indicativo de posse. O que pertence à pessoa de quem se fala, em oposição ao alheio.


SER HUMANO: SEU MELHOR RECURSO

4. MELHOR: que é superior ao que lhe é comparado. Que possui o máximo de atributos para satisfazer certos critérios de apreciação. 5. RECURSO: ato ou efeito de recorrer. Aptidões naturais; dons, talentos. Riquezas, fundos, meios de que se pode dispor. Como podem observar, todas as palavras que compõe o título é uma correspondência à atividade de RH – Recursos Humanos. Dentro de uma empresa, o departamento de RH não é apenas o departamento que

contrata; é a área que capacitam profissionais para que gerenciem pessoas dentro de uma organização, após elaborem estratégias e planos operacionais para que haja melhores recrutamentos. As atividade e habilidades de RH não deveriam parar aí; deveriam dar continuidade ao processo de recrutamento ao treinarem os novos contratados e, para aos que já fazem parte da empresa, manterem uma política de capacitação e aperfeiçoamento de forma contínua. Na prática não é o que ocorre. Não é pri-

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mordial como parte do planejamento estratégico desenvolver competências e habilidades de forma que performem no setor alocado, inclusive nos cargos ditos administrativos e burocráticos. Buscar a otimização de processos, agiliza-los, formar melhores profissionais, com uma equipe altamente voltada para resultados, deveria ser visto como investimento e não como custo. Mas quando a empresa é obrigada a realocar recursos, seus esforços financeiros não são voltados para seu RH, nem voltados à melhoria de seus procedimentos internos. São capazes, inclusive, de cortar a última pessoa que sabe operar um software, criando novamente a necessidade de um mesmo aprendizado. Mudar uma equipe não quer dizer que se deva substituí-la. Lá trás, quando determinada pessoa foi contratada, esperava-se que atendesse determinada necessidade dentro da organização. O recurso humano

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contratado é parte de uma demanda real e deveria ser tratado como bem valioso. O ser humano possui capacidade de aprendizado, e ainda que caminhemos em direção à robotização, serão necessárias pessoas com capacidade para programar essas máquinas. Já temos casos de atendimento virtual, em que é possível o reconhecimento da vontade expressa pela voz e cujo desejo manifesto, será concluído ao ser encaminhado para o setor desejado. Também já temos nos canais de chats, mais especificamente os chatbots, atendimento feito por um robô capaz de reconhecer o que é escrito e que dará prosseguimento e conclusão ao que foi solicitado. Onde está a humanização desse processo? Pois está em quem programou esse equipamento/robô/software, e que criou mecanismos de reconhecimento de palavras, entonação de voz. Mecanismos que possui percepções sutis de aceita-


ção, concordância, irritação, negação ou agressividade e fez analogias, através das palavras captadas no diálogo, encaminhando para os passos seguintes até que quem esteja negociando, ou falando, chegue ao melhor acordo possível. Com estas inovações incrementais, temos significativa mudança no cotidiano e devemos buscar mudanças na forma de pensar e agir para nos adaptarmos a uma nova realidade. A todo o momento somos bombardeados com fatos que alteram nossa percepção de contexto, seja social, econômico, político e cultural, fatos que mexem com a cabeça das pessoas e impactam seus valores. Onde nos inserimos nesse cenário? Como podemos mudar nossa percepção? A transformação necessária será efetuada através de mudanças de paradigmas. Mudanças de nossos proces-

sos interiores. Mudar nosso olhar e, ao invés de nos atermos a nosso mundo interno e imediato, olharmos o outro como o ser humano que é, que tem vontades, sonhos, valores, qualidades e comportamento diferentes do seu próprio. Nem melhor e nem pior, só diferente. Percebermos e termos certeza de que somos únicos, mas que cada ser humano também é. Respeitarmos o outro; criar empatia; aprendermos com as diferenças do próximo. E agregamos valor para desfrutarmos de todo nosso potencial infinito. O futuro está em nossas mãos. “Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser.” William Shakespeare. Joseane Malize

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CRISTIANE MACHADO


E OS PEQUENOS? Recentemente recebi a notícia de que, no Brasil, existem mais de 20 mil assessorias de cobrança. Sei que este número pode ser um tanto quanto dinâmico tal como é o mercado de abertura e fechamento de empresas no país. De qualquer forma impressiona a quantidade de empresas assim como é impressionante também atuar em um país com mais de 60 milhões de pessoas negativadas. Neste mercado de cobrança podemos percorrer o espectro de pequenos escritórios até grandes players. As grandes assessorias são aquelas que possuem capacidade de investimento, tecnologia e pessoal de ponta para atuar sobre grandes volumes de contas em um patamar de alta produtividade. Trata-se de uma atuação de escala que

deve girar rápido o suficiente para transformar margens pequenas em resultados expressivos. Mas e quanto ao outro lado do espectro? O que determina a sobrevivência de assessorias menores? Em que os pequenos contribuem para o mercado? Desde 2015 sou gestora de uma assessoria que, apesar de crescer rápido, permanece pequena. Neste período tive a oportunidade de sentir os momentos de dor e prazer. A dor vem na constatação de que não se consegue acompanhar o ritmo e o modelo de atuação das grandes assessorias nem em termos de ferramentas nem em organização. Assessorias de dimensões menores jamais devem replicar o modelo

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das maiores. Pode-se até tentar dar um passo maior que a perna e pode até dar certo, mas, antes disso, o empresário deve ter bolso e estômago para aguentar longos períodos trabalhando no vermelho. Já vivenciamos momentos em que, pelo bom desempenho na recuperação, recebemos uma carga significativa de contratos. Este movimento acarretou em duas dolorosas consequências. Primeiro caímos rapidamente no ranking uma vez que o denominador aumenta mais rápido do que o aumento de recuperação que vem ao longo de três meses. Em segundo lugar tivemos tempo para crescer de forma inteligente e só restou a alterativa de contratar mais gente na proporção da carteira. Isso, aliado à curva de aprendizagem, te engole toda a margem e te faz viver no vermelho pelos próximos seis meses até que se estabilize a carteira, se ainda não tiver sido retirada de você.

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O prazer vem da constatação de que existe um mundo gigante fora do escopo de bancos, financeiras e teles. Trata-se de um mundo que está muito mais aberto à experimentação e até a criação de novos modelos e estratégias. A necessidade de trabalho terceirizado de recuperação de crédito vem surgindo de forma cada vez mais rápida em setores como educação, indústria e hotelaria. Estas empresas têm percebido que existe oportunidade de diminuir perdas sobre dívidas com fornecedores e clientes que até então ficavam paradas nos setores financeiros e de contas e receber. Este é o momento em que as assessorias menores entram em cena. Carteiras destas empresas não despertam interesse das grandes assessorias. Vivenciamos um movimento novo quando começamos a receber novas parcerias por


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indicação de assessorias grandes. Um interessante movimento de complementação no mercado em que os que deveriam ser concorrentes passam a colaborar entre si. E a razão disso é bastante óbvia. A carteira destes segmentos alternativos de nada interessa às grandes assessorias por conta da maior complexidade do processo e das necessidades de ajustes. Estamos falando de um mundo com mínima integração sistêmica, escassez de informação e uma série de ajustes manuais a serem feitos antes de se iniciar os trabalhos. Contribui também o fato de uma quantidade muito

pequena de contratos não justificar uma atuação de discador automático e muito menos ter uma equipe apartada. Carteiras neste perfil muitas vezes são vistas como desvio de foco nas grandes assessorias. Por mais que elas estivessem alocadas em 4 ou 5 PA’s elas consomem tempo de relacionamento da gestão já que igualmente o cliente vai querer saber como está a performance de recuperação, discutir estratégia etc. Fazer isso ao mesmo tempo em que tem que reverter um resultado ruim na carteira de um Itaú ou

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Bradesco é uma tarefa complicada e que se evita a qualquer custo. Não compensa para as grandes assessorias ter carteiras pequenas com processos que fogem do padrão a não ser que ela monte e invista em um “laboratório” para avaliar oportunidades em novos segmentos de mercado que rode apartado da operação core, mas isso, por si só, já é raro e complicado. O tipo de pessoal que atua sobre carteiras diferenciadas deve possuir um perfil mais especializado, seja por conta de ser um relacionamento PJ ou pelo produto em questão. Hoje só contratamos negociadores com experiência prévia em cobrança pelo simples fato que a curva de aprendizado e de alguém novo em algo muito específico pode ser ainda mais longa do que em uma carteira já bem estabelecida em grandes assessorias. Muitas vezes nos deparamos

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com grandes valores de contrato que demanda não uma, mas várias ligações e até a construção de relacionamento para terminar em uma negociação. Finalmente, a melhor constatação que posso chegar, depois de ver a nossa operação crescer neste curto espaço de tempo, é de que existe sim vida além das grandes instituições financeiras. E trata-se de uma vida produtiva e rentável dentro de sua dimensão. Assessorias menores devem, constantemente, estar atentas às oportunidades que surgem em vários segmentos. Existe sempre alguém ou alguma empresa devendo alguma coisa para alguém e ter um intermediador especializado pode ser um poderoso catalizador para redução de perdas. Cristiane Machado


EXCELÊNCIA É O RESULTADO DE BOAS PRÁTICAS NAS OPERAÇÕES DE COBRANÇA.

Instituto Geoc é uma entidade destinada ao fortalecimento da indústria de cobrança, através do compartilhamento das melhores práticas de gestão, da promoção de soluções inovadoras e da constituição e difusão de conhecimento, visando o desenvolvimento do mercado de crédito e cobrança e promovendo a educação e a inclusão social. Reúne as principais empresas especializadas em recuperação de crédito do Brasil, atuantes em diversos segmentos de mercado. Presentes em todo o território nacional, empregam mais de 22500 funcionários.

As associadas do Instituto GEOC detêm, ao todo, cerca de 15 mil posições de atendimento alocadas especificamente para recuperação de crédito de forma ativa, além de posições dedicadas a cobrança receptiva e cobrança inicial de produtos em atraso. Atuam em diversos segmentos, como cartões de crédito, produtos bancários, veículos, energia elétrica e grandes redes de varejo.

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MANOEL MORAES KÁNIBALIA

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SATAN NO DIVÃ Verdade insofismável: todos os ciclos de crescimento econômico por qual passou a economia brasileira foram amparados, basicamente, no crédito. Quais foram os maiores beneficiários dos ciclos de crescimento econômico? Ao abordarmos o tema Crédito Saudável, é fundamental saber diferenciar o bem do mal, pois crédito voltado para o consumo pode ser altamente pernicioso e levar o tomador a entrar em uma ciranda perigosa de risco e endividamento.

Saber discernir quando um financiamento é necessário e quando ele deve ser evitado é um grande dilema, principalmente com os níveis de juros praticados na economia brasileira que, cá entre nós, é de deixar qualquer agiota de países civilizados “roxos” de vergonha. Boa parte da população precisa de crédito para financiar sua educação, adquirir um imóvel e abrir seu próprio negócio. E a indagação que se coloca aqui é: se para abrir um negócio o empresário necessita tomar

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linhas de créditos a taxas desproporcionais, então quão saudáveis são esses créditos? Quem é o maior beneficiário, o tomador ou o credor? Temos visto, com frequência, credores orientando seus clientes para a utilização de crédito consciente, o que é importante, mas não resolve a raiz do problema. O principal objetivo destas campanhas é minimizar o nível de atolamento financeiro dos clientes, conter a inadimplência e melhorar a receita. Vários argumentos são utilizados para a manutenção de altas taxas de juros como, por exemplo, o elevado risco de inadimplência. Mas se houvesse coragem para fazer o caminho inverso, esse nível de inadimplência seria menor? E quem teria coragem de iniciar essa “loucura”? O âmago dessa questão é muito mais embaixo: quem abriria mão de obter lucro

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fácil em detrimento de um crédito realmente saudável para financiar a cadeia de produção? Alguns cenários a esclarecer: Rede bancária oligopolizada Pouco ou nenhum horizonte para o médio e pequeno empresário O Governo - principal agente econômico - inerte, ineficiente e corrupto, o qual caberia a verdadeira atribuição de fomentar o crédito saudável, não possui programas inteligentes e desburocratizados, deixando a maioria da população, que também não possui cultura, sem investir e poupar, a mercê de sua própria sorte. Quem é realmente o adversário do crédito saudável?

Manoel Moraes



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MARCIANO ROBERTO


CREDIÁRIO, A “ARMA” DE VENDAS NO INTERIOR DO NORDESTE

Nesse cenário de crise econômica que todo o país está passando, um instrumento de vendas que vem ganhando mais força e importância na região Nordeste, principalmente nas cidades do interior, sem dúvida nenhuma é “Fiado*” como é conhecido na região, onde as pessoas valorizam o crédito como maior patrimônio das suas vidas. Ter o nome limpo é mais importante do que qualquer outra coisa como títulos, posses, ou reconhecimento público. Há muito tempo os varejistas do Nordeste descobriram que o “Fiado” é uma excelente ferramenta de vendas. Em tempos de crises e restrições de créditos bancários, os lojistas que oferecem essa forma de pagamento fidelizam mais clientes. Mas eles também

já entenderam que conceder crédito apenas no “Cheiro*” já não é suficiente para garantir a continuidade de seus negócios. Afinal, um crediário mal feito, sem o mínimo de informações cadastrais e avaliação da capacidade de pagamento do cliente, não é garantia de recebimento. Por essa razão, muitos lojistas vêm acompanhando essas mudanças do crediário. Na Paraíba, por exemplo, existe a Rede Nordeste, uma Associação de lojistas de móveis e eletros, com sede em Campina Grande, com mais de 100 lojas espalhadas no interior do estado, Pernambuco e Rio Grande do Norte, que se uniram há 13 anos com o intuito de ganhar poder de compra nas fábricas. Os clientes da Rede Nordeste tem no crediário da casa

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um instrumento de realização de sonhos, do berço a TV de última geração, centenas de famílias compram todos os dias através do *carnezinho da casa e pagam na própria loja com toda atenção que só os varejistas conseguem dar. Tratam o cliente como dono da loja, o “patrão” que paga todas as contas. São clientes como o José Eduardo que mora no sítio que, na verdade, é mais conhecido por “Seu Deda”, apelido muito usado em todo Nordeste que facilita, inclusive, as confirmações de telefone, cobrança e as entregas dos produtos nas casas dos clientes. O endividamento da população e o temor do desemprego fez com que os lojistas apostassem em parcerias com instituições financeiras, novos sistemas de análise de crédito, centralização do crédito de suas

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lojas e na contratação de Gestor de Varejo. Dessa forma, a Rede Nordeste vem mo-dernizando suas operações de crediário, pois o foco hoje é manter o “Crédito Saudável” com um fluxo de caixa em dia sem perder eficiência e gestão do negócio. E continuar mantendo o “fiado” como a principal “arma” de vendas do varejo. *Fiado: Diz-se da venda ou compra feita a crédito, a prazo, sem precisar pagar nada na hora da compra. Aquilo que foi confiado. *Cheiro: Sentir a capacidade de pagamento do cliente pela cara, pelo jeito ou história. *Carnezinho: Carnê de pagamento é muito utilizado para detalhar o parcelamento de compras feitas no crediário de lojas.

Marciano Roberto


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LUIZ FELIZARDO BARROSO 58

O PAPEL, A SOBREVIVÊNCIA E O PRIVILÉGIO DAS LIDERANÇAS POLÍTICAS A atual conjuntura em que vivemos levounos a uma série de reflexões as quais gostaríamos de compartilhar com o leitor, pois cremos que o excesso de privilégios nos quais se arvoram os parlamentares está na raiz de toda a crise. Em direito público, como o sabemos, as forças políticas podem ser coletivas e individuais, estas últimas representadas pelo líder político social ou religioso. As forças coletivas, de seu lado, podem ser classificadas como orgânicas e inorgânicas; dentre as primeiras, encontramos os partidos políticos e as forças politizadas sociais, representadas pelos grupos de pressão, pela mídia; bem como pelas estatais, como a tecnoburocracia, e as Forças Armadas. Quanto às forças inorgânicas, temos a opinião pública, aliás, largamente utilizada pela classe política, da qual queremos tratar. No poder – seja em que país for – há sempre uma classe política predominante que se constitui em uma elite; grupo, mais ou menos fechado, que maneja o poder e que possui características bem definidas, tanto no plano


espiritual como no plano social e, é claro, no plano político propriamente dito. Esta elite se considera privilegiada e a própria sociedade a aceita como tal; o que lhe tem garantido força total e uma estabilidade sem par, bem como uma boa dose de impunibilidade quanto aos seus excessos. As formas de governo podem mudar, não importa. As classes políticas, em todo o mundo, sempre se adaptarão, a qualquer regime político, democrático ou não, porque é ela a que sempre manda e, embora seja uma minoria, jamais sucumbe. Seus integrantes estão por cima, liderando partidos políticos que manejam à sua vontade, ou então, criando novos ao seu redor; se tanto for necessário à consecução de seus objetivos exclusivistas. Em verdade, as lideranças políticas adaptam-se às modificações que lhes são impostas pelos fatos e, seja qual for o regime – salvo quando em jogo os seus princípios, procuram influenciar os acontecimentos, ora no poder, ora na oposição. Os privilégios desta classe política chegam a nos fazer pensar se não existiria um sistema político melhor do que o nosso. Por

mais que pensemos – à luz do exemplo de outros países que já o adotaram, na santa ilusão de se darem bem – não conseguimos encontrá-lo, pois todos fracassaram em sua escolha. Por pior que seja – de tempos em tempos – o melhor regime ainda é o democrático, com a repartição dos poderes da República entre o Executivo, Judiciário e Legislativo; todos independentes, porém harmônicos entre si. Há quem afirme que a democracia não é para quem a quer e sim para quem possa realmente adotá-la, em todo o seu esplendor, ou seja, para quem já atingiu certo grau de maturidade cívica. O exercício do processo democrático é, mal comparando, como andar de bicicleta. Não se aprende sem antes levar vários tombos. A Democracia Brasileira estaria assim, ainda na fase de sua aprendizagem, e os “tombos” seriam as crises pelas quais vivemos passando. O dilema é: até quanto? Em que século aprenderemos, afinal, a pedalar nossa “bicicleta democrática” sem cair de cima dela a todo instante? Prof. Dr. Luiz Felizardo Barroso, PHD

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FÁBIO FREITA S SILVA

ESPAÇO DESIGN

O QUE VOCÊ SENTE VAI ALÉM DO QUE VOCÊ PENSA QUE PODE VER


Seja muito bem-vindo! Nessa edição teremos, como de costume, os porquês do desenvolvimento gráfico da capa da revista e também a apresentação da interessante Sequência de Fibonacci. Você já ouviu falar de Proporção Áurea ou Retângulo de Ouro ? Essa forma está presente em diversos elementos ao nosso redor; não só nas construções e objetos como também na natureza.

É incrível como a fórmula do matemático Leonardo Fibonacci (em 1202) pode explicar tantas coisas do nosso universo. Já parou para imaginar que existe uma íntima ligação entre o formato da Via Láctea e um Náutilus? Pois é, não deixe de assistir uma linda animação 3D da Etérea Studios (feito por Cristóbal Vila) que apresenta esse tema de uma forma fantástica. Divirta-se!!! https://www.youtube.com/watch?v=Pp6D-xhJr4A

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ESPAÇODESIGN


“Criatividade é a inteligência se divertindo.” (Albert Einstein)

Se você reparar, essa capa está dividida em três áreas: • as áreas das extremidades superior e inferior - que estão com o fundo mais escuro para destacar as palavras que estão com fundo claro obedecendo uma hierarquia de informação; • e o centro, onde o conceito se destaca dentro da montagem das imagens. Os olhos no horizonte remete ao cuidado e a atenção que se deve ter com o controle financeiro. O atleta representa a performance e o direcionamento das estratégias numa direção acertada e saudável.

As águas calmas levam crer que está tudo equilibrado e sob controle; que o caminho a ser seguido não terá surpresas desagradáveis. Como o Marciano Roberto mencionou no seu artigo, com um fluxo de caixa em dia sem perder eficiência e gestão do negócio.

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ÍNDICE

ESPAÇODESIGN

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Para você que curte o assunto Arte /Design, o que imaginou quando se deparou com essa figura do índice? Envie um e-mail para: fabio@collbusinessnews.com.br com a sua opinião e a mais criativa irá aparecer no próximo Espaço Design da sexta edição (Jun/17.). Participe ! Quero te ver por aqui. Obrigado. Fábio Freitas Silva Diretor de Criação da Collbusiness News

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DAISY BLANCO


A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO CONTINUADO DAS PESSOAS E TIMES... E OS NOVOS PERFIS DA COBRANÇA

Há muito tempo é sabido que para conseguir resultados cada vez melhores e mais consistentes é necessário promover o crescimento intelectual e emocional das pessoas responsáveis por ele. Entretanto, para absorver conhecimento, o indivíduo precisa estar interessado e motivado. Com essas premissas, fica clara a importância do desenvolvimento e engajamento do funcionário na melhoria da performance na cobrança. O sistemático e contínuo aprimoramento do parque humano das empresas é, por fim, o provedor e realizador das mudanças. É evidente que quanto mais se tem conhecimento, domínio e interesse no trabalho desempenhado mais espaço é percebido para promoção de melhorias. Dessa forma, provoca-se o ciclo da evolução, com ele

a inovação e uma trajetória disruptiva da própria atividade tem início. Vincular os protagonistas, gestores e operadores neste momento é vital para o sucesso de todo o negócio porque faz validar valores, criar sentido de pertencimento, trazer fidelidade dos funcionários e gerar oportunidades para os interessados em crescer de forma sustentável. Para as organizações funcionarem de forma planejada e dinâmica é primordial colocar um olhar mais atento ao desenvolvimento do time. Assim, é preciso ajustar os perfis dos colaboradores para acompanhar essa mudança. Os tempos atuais trazem oportunidades e sob esse prisma o conhecimento deve ser valorizado para produzir evolução das pessoas. Entendo que o primeiro passo a ser dado é estimular

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uma visão ampla, crítica e autoavaliativa sobre o negócio estabelecendo uma nova perspectiva nos colaboradores. O profissional de hoje, que nada tem a ver com as gerações a qual pertence, deve apresentar um conjunto de conhecimentos e habilidades para serem usadas como combustivel para o negócio. Possuir atitudes que, de forma complementar e entusiástica, possam refletir uma nova identidade profissional. Acredito que promover essa identidade nos funcionários seja complexa, dolorosa para os envolvidos e até para a empresa, mas é chegado o tempo de transformação, portanto é preciso fazer. Minha sugestão é que se comece por entender as pessoas que integram o time. Perceber as necessidades de cada uma delas. Manifestar verdadeiro interesse em

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ajudá-las quanto a evolução profissional, carreira, pessoal e emocional equilibrando os valores pessoais aos da empresa. Trabalhar com a emoção, sinergia e equidade entre as pessoas. Responder com objetividade aos questionamentos e feedbacks. Apresentar oportunidades de crescimentos individuais, promovendo com isso uma maior perspectiva ao time. Modificar posturas e atitudes nos colaboradores através do exemplo. Transformar simples executores em questionadores, fazendo da empresa um celeiro de novas ideias e boas práticas. Fortalecer o elo do colaborador com o trabalho realizado identificando valores comuns entre eles. Por fim, estabelecer a importância da organização no mercado de atuação e na comunidade em que está inserida.


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O profissional que hora se desenha deve ter sintonia e compromisso com o resultado. Saber identificar onde está e aonde quer chegar. Ser capaz de uma atuação diretiva e atenta para corrigir rumos e desvios, revendo a própria performance. Motivar-se pela satisfação no trabalho realizado e vislumbrar crescimento pessoal e profissional através dele. Trabalhar razão e emoção de maneira equilibrada, focados em objetivos. Saber valorizar a própria contribuição como membro do time, reconhecendo a importância do trabalho individual na cadeia operacional da empresa. Ouço constantemente que é mais fácil trabalhar com essa ou aquela geração dado as características apresentadas ou dificuldades encontradas no tratamento

com alguns indivíduos dessa ou daquela geração. Na verdade, acredito tão somente na boa e velha comunicação, no ouvir com todos os sentidos, se assim posso dizer. Exigir respeito e respeitar. Fazer ao outro o que você gostaria que fosse feito a você. Sei que parecem frases prontas, e pode ser, mas apesar de repetida, há gerações tenho a percepção de que não é o praticado no ambiente organizacional. Especialistas apontam que uma nova geração surge a cada 10 anos. Para as empresas isso implica que, em períodos cada vez menores, as pessoas de diferentes idades e costumes estão vivendo em um mesmo ambiente de trabalho, gerenciando conflitos e trocando experiências. É preciso mostrar-se positivo a diversidade de gera-

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ções porque estas compõem os times, tudo junto e misturado. Apesar de diferentes características, a boa nova é que em pesquisa realizada com indivíduos das diversas gerações, por grau de importância, resultou em respostas similares sendo primeiro o bom relacionamento com as pessoas no trabalho, depois o reconhecimento profissional e em terceiro a possibilidade de trabalhar com o que se gosta. Resumindo, de 18 a 80 anos, os colaboradores querem ser ouvidos, respeitados e integrados ao ambiente corporativo. Assim, não adianta investir só em cargos e salários se o que se espera são profissionais preparados. É fundamental investir na integração, motivação e desenvolvimento continuado dos colaboradores. Vale promover pesquisa de satisfação, feedbacks de alinhamento e até uma boa conversa pode render preciosos insights. Veja abaixo algumas ações e posturas que prometem gerar ótimos resultados: 1. Estimule a criatividade dos colaboradores e colha inovação: em um mercado que busca por inovação, pessoas criativas fazem a diferença. Por isso, se você quer equipes envolvidas com seu trabalho, que opinam, sugerem, criticam e apontam melhorias, crie um ambiente propício.

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2. Promova uma comunicação efetiva: você apenas poderá criar expectativa sobre um funcionário se ele souber o que é esperado dele. Invista em ciclos de feedback entre funcionários e gestores para que todos tenham uma visão clara da estratégia e metas da empresa. 3. Não dê ordens, compartilhe responsabilidades: ajude seus colaboradores a entenderem quais dificuldades e problemas precisam ser resolvidos. A maioria dos profissionais, principalmente da geração Y, adora assumir responsabilidades e desafios. Permita que as pessoas possam enfrentar os problemas da empresa e tenham liberdade para poder ajudar com soluções. 4. Dê liberdade às pessoas e surpreenda-se com os resultados: não instale processos rígidos demais nem barreiras que limitem a capacidade de inovação das pessoas. Promova um ambiente com mais liberdade e surpreenda-se com a capacidade dos seus colaboradores em criar soluções simples e baratas, para problemas aparentemente complexos. Excelente trabalho a todos!

Daisy Blanco



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WANDERSON AIRES


CRÉDITO SAUDÁVEL Nos últimos 15 anos trabalhando com crédito, pude vivenciar uma tentativa incansável de reinventá-lo. Presenciei diversas tecnologias sendo implantadas, porém aquele formato tradicional de liberação de crédito aqui no Brasil continuou sem muitas alterações. Ainda existem grandes fichas cadastrais e algumas burocracias documentais que acarretam em demora no processo e também existe aquela visão de se analisar como principal decisório de crédito o risco de inadimplência do futuro cliente. A liberação de um bom crédito é muito importante e fundamental para a sobrevivência da empresa. As tecnologias atuais

trouxeram muitas informações para os nossos clientes e de forma muito rápida. A evolução tecnológica aproximou muito mais as empresas de crédito de seus clientes. Estar conectado, hoje, junto com seus clientes nas redes sociais é uma questão de necessidade, além de termos, também, pessoas preparadas para falarem a mesma linguagem deles. As taxas cobradas dos clientes deixaram de ser o fator decisivo para uma escolha de crédito. Com as diversas opções de crédito disponíveis hoje, a grande maioria dos clientes está escolhendo as empresas com melhores relacionamentos. As pes-

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soas querem ser bem atendidas, muitas até fazem questão de pagar mais caro por um bom relacionamento. A utilização de uma equipe de Analytics e de um CRM é fundamental para analisar o perfil dos clientes e também saber a estratégia correta de se relacionar com cada um deles. O maior desafio do crédito saudável é saber o valor ideal para se disponibilizar ao cliente, de forma que ele não se enrole ao longo do tempo. Um crédito muito alto pode levar o cliente ao consumo por impulso e, consequentemente, levá-lo a inadimplência. Hoje conseguimos liberar crédito para bons clientes que foram recusados por processos muito burocráticos. Temos um grande público de clientes autônomos informais que não conseguem comprovar sua renda, mas que são rentáveis para a operação. Acredito que ser transparente com o cliente, falar de forma simples e humana, dar a importância para suas reclamações e elogios e ser rápido e objetivo nos atendimentos são as principais formas de se aproximar dele e conseguir transformar um

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serviço financeiro em uma parceria de fidelidade. Quando criamos este vínculo com o nosso cliente, conseguimos mantê-lo por muito mais tempo, mesmo que ocorram problemas por falta de pagamento ao longo desta relação. As novas regras para o rotativo do cartão de crédito são uma tentativa do Governo fazer com que os clientes tenham um crédito saudável. Enfim, mais importante que conquistarmos um novo cliente é conquistarmos um novo parceiro que será fiel com as suas obrigações e que, em caso de qualquer contratempo, a empresa estará disposta a resolver da melhor forma para que esta parceria se estenda por muito tempo. Crédito saudável é uma consultoria que prestamos aos nossos clientes sobre a utilização consciente do crédito. Wanderson Aires Gerente de Risco Fone: (12) 2136-0120 Ramal: 150 wanderson@dmcard.com.br www.dmcard.com.br


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ALANA RAUBER

CONEXÕES


PARA ALAVANCAR O SEU NEGÓCIO Nem todo negócio precisa ter uma página na internet para ganhar dinheiro, mas alguns negócios só são rentáveis por causa da web. Uma rede de relacionamento aproxima pessoas gerando uma profusão de ideias, interesses e anseios em torno de diversos assuntos. Isso pode ser muito bom para as empresas aumentarem suas receitas, firmarem suas marcas e serem mais ágeis e assertivas no lançamento de produtos/serviços ao mercado.

Quem produz conteúdo de qualidade para as redes sociais, seja em formato de vídeo, foto ou texto e aborda assuntos de forma pessoal e diferenciada, pode recorrer aos recursos de monetização. Por exemplo, no YouTube o dinheiro vem de publicidades que você autoriza que apareçam antes, depois ou durante o vídeo. Os ganhos vão depender de vários fatores. Existe um programa próprio de parceria de anúncios com seus membros,

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mas para participar é preciso se inscrever e ser aprovado. A avaliação leva em conta o número de assinantes da conta, quantas vezes os vídeos são vistos em média e a regularidade com que novos clipes são postos no ar. O dono da conta ganha um percentual do que o portal cobra pelo anúncio. Se você é dono de uma empresa, as redes sociais são um canal como uma TV aberta, com audiência potencial de centenas de milhões de pessoas. Neste caso, você deve usar o Facebook, Twitter, Foursquare e outros como ferramentas de marketing para conquistar clientes. Outra estratégia é usar as redes como atendimento multicanal integrado, uma vez que cada reclamação resolvida em uma rede

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social custa dezenas de vezes menos que uma ligação no call center. A comunicação sobre a qualidade e as características do produto/serviço não pode mais ser feita da empresa para o mercado. A empresa e seu departamento de marketing devem entender que o que as pessoas falam entre si nas redes sociais sobre os produtos/serviços de uma empresa, ditam as regras de comunicação. O importante é ter criatividade e disponibilidade para investir seu tempo nas redes sociais e paciência para esperar o retorno financeiro que pode demorar um pouco a vir. Alana Rauber


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RODOLFO SEIFERT


“POR CINQUENTA CONTO EU VOU” Quando o assunto é turn over em operações de recuperação de crédito, um dos reclamos mais repetidos por empresários e gestores do ramo versa sobre a “promiscuidade” profissional do negociador. “Por qualquer cinquenta conto a mais o funcionário vai embora.” A frase é tão repetida que acaba tomando forma de verdade, de maneira a recair sobre o suposto caráter meretrício do negociador uma das principais razões pelas quais as empresas não mantêm um quadro operacional estável e de alto nível. O que leva o negociador a deixar uma empresa que conhece para vestir uma camisa desconhecida por uma oferta levemente superior? Certamente, algumas das razões

fogem à esfera de interferência da empresa, mas não todas. O que a empresa faz institucional e intencionalmente para combater preventivamente o turn over e, como consequência disto, estabelecer um time forte e estável? A discussão é muito ampla e eu não tenho a pretensão de esgotar o tema neste pequeno espaço. Quero apenas provocar reflexão, estimular o compartilhamento de cases e pavimentar uma via de tráfego livre de boas ideias. Dentre os tantos vieses que se apresentam a partir da questão posta, proponho conversarmos aqui sobre a percepção que o negociador tem do mercado e da carreira de recuperação de crédito.

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Normalmente, o jovem entra no ramo atraído pela carga horária reduzida, pela possibilidade de complementar o salário fixo com uma variável por resultados e pela não exigência de educação formal. Acaba por encarar o trabalho em cobrança como uma oportuna fonte de renda temporária que, de alguma forma, poderá servir de trampolim para oportunidades em outros ramos. Ocorre que, não raro, nem ele mesmo sabe que oportunidades e que outros ramos seriam estes. Enquanto desenvolve o seu transitório trabalho numa PA de cobrança, o radar fica ligado na busca de identificar alternativas de carreiras. Procura gramas

verdes em outros arraiais sem perceber o capim verdinho crescendo ao seu redor. Não consegue se dar conta do mar de oportunidades disponíveis no dinâmico mercado de recuperação de crédito. Ora, me parece evidente que, se o negociador tem uma visão limitada de uma atividade temporária numa empresa de passagem, não há muitas razões para esperar que ele crie raízes e nutra vínculos com a empresa ou mesmo com o próprio ramo de atividade. Qualquer vento que bate o leva. Ele troca com facilidade o certo pelo duvidoso, até porque nem o certo é tão certo assim. Então, na visão dele, não há prejuízos em recomeçar

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no duvidoso ganhando um pouquinho a mais. Imediatismo. Aliás, um dos predicados do nosso mercado de cobrança é o imediatismo. O resultado é sempre para já. Realiza-se uma ação hoje e espera-se colher o resultado ontem. Quer-se uma farta colheita sem investir-se tempo em preparar a terra, plantar, regar, cuidar e podar. Fato é que ações de médio e longo prazo encontram pouco espaço em empresas de recuperação de crédito. Não há tempo a “perder”. Talvez isto ajude a explicar o porquê se investe com mais facilidade em ferramentas, que repercutem quase que instantaneamente, do que em gente que carece de cuidado diuturno. A título de ilustração do imediatismo a desserviço do desenvolvimento de pessoas, compartilho uma situação recente ocorrida no Crespo e Caires. Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, ao invés

de presentearmos as mulheres de nossa empresa com uma lembrança tangível (rosas, chocolates ou cartões), escolhemos homenageá-las com uma palestra especial ministrada pela palestrante e coach Flávia Kobal. http://crespoecaires.blogspot.com. br/2017/03/palestra-dia-internacionalda-mulher.html A fim de que todas pudessem participar confortavelmente, o auditório foi cuidadosamente preparado e os grupos previamente divididos de acordo com os horários das palestras. Quando chegou a vez da turma das 13 horas, havia algumas cadeiras vazias no auditório. Fui pessoalmente a uma das áreas da operação para entender o que estava acontecendo e ouvi de alguns gestores a seguinte colocação: “O receptivo está ‘bombando’.

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Não vai dar pra liberar”. O curioso é que a resposta vinha em tom de orgulho por estarem priorizando o resultado. Surpreenderam-se ao serem admoestados pela escolha imediatista. Resumindo, estruturaram rapidamente a equipe para o receptivo e todas as homenageadas foram para a palestra. Enquanto investir em gente não for prioridade, o imediatismo continuará a fragilizar as nossas empresas, os nossos gestores e as nossas equipes. Decidir cultivar um ambiente empresarial que estimule intencional e sistematicamente o desenvolvimento de pessoas pode ser um poderoso antídoto à cultura do imediatismo. Como todo movimento contra a correnteza, esta mudança institucional exige disciplina, muita energia e envolvimento dos empresários e da linha de gestão. A ministração constante, e em doses homeopáticas, de ações que provo-

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quem o negociador a perceber o mercado de recuperação de crédito para além da PA tende a produzir engajamento, pois carrega consigo sinais claros e práticos de valorização de gente. Este tipo de ação equivale ao ato de semear. É bem verdade que as sementes nem sempre encontram solo fértil. Mas isto não deve privar a empresa de lançar sementes. Algumas germinarão e terão justificado o investimento e contribuirão para uma paulatina e poderosa mudança cultural no ambiente de trabalho. Todavia, se continuar plantando imediatismo, seguir-se-á colhendo imediatismo. E lá se vai mais um por cinquenta conto. Você não iria também?

Rodolfo Seifert


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MARCOS FATTIBENE

TO THINK

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CRÉDITO SAUDÁVEL, PROCESSOS SAUDÁVEIS... Sim, saúde é um dos bens mais escassos em nossa cotidiana sociedade, algo necessário e desejável. Sim, como na Medicina, há “princípios ativos” e “dosagens” de Crédito que são saudáveis e outros não, tanto para o consumidor quanto para as empresas que o concedem e para o governo. Na esteira deste precioso insumo, os processos que o garantem devem ser saudáveis. Vamos nos espelhar nos organismos. Segundo o Dr. Mahamad Barakat, há quatro pilares para uma vida saudável: 1) Alimentação e intestino saudável; 2) Exercício Físico; 3) Sono e Estresse; 4) Equilíbrio corpo, mente e espírito.

Que paralelos poderiam ser feitos entre um Processo e um Organismo? Vejamos a seguir: 1) Políticas, procedimentos, insumos e informações de qualidade (o “equivalente” para a alimentação). No caso da alimentação, previamente, houve uma decisão de que tipo de alimento foi ingerido, sua forma de preparo, armazenagem (se em um ambiente aprazível) e em que ritmo foi ingerido, apressadamente ou em passo saudável. Já para o processo, as políticas foram pensadas para apoio ao atingimento dos objetivos estratégicos da organização, os procedimentos tangibilizam as políticas, as informações devem ser suficientes

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e fidedignas e as etapas de consecução devem ser conforme o planejamento e no ritmo que garantam o cumprimento dos Acordos de Nível de Serviço (ou no mínimo as expectativas dos consumidores, declaradas ou não). No caso de intestinos saudáveis, a ideia de uma analogia no início pareceu estranha. Entretanto, podemos recordar que o intestino, antes de excretar, digere os alimentos e absorve os nutrientes. Sendo assim, a “digestão das informações” recolhe e processa dados para que se levante qual o perfil do proponente do crédito, quais as modalidades e produtos se adequam a este consumidor e em que montantes, ou seja, limites de crédito ou o valor máximo das transações.

2) Preparo dos colaboradores, qualidade dos algoritmos/engines de decisão e treinamento, práticas de requalificação profissional e políticas de Recursos Humanos em geral (equivalência com Exercício Físico). Nada melhor que a prática para tornar qualquer atividade mais efetiva e agradável. Assim, profissionais aptos, satisfeitos e experientes no que fazem, algoritmos “sábios” e Políticas e Procedimentos robustos tendem a

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gerar produtos e serviços com boa aceitação e fonte sustentável de receitas para as Organizações. A atração, capacitação e retenção de profissionais aptos favorecem processos robustos e que “aprendem” com seus acertos e erros. 3) Revisão frequente de políticas e procedimentos com o propósito de reparar aspectos falhos ou dúbios e de melhoria contínua/Planos de contingência e continuidade de negócios (assim como o Sono e o Estresse). Uma das principais características de um organismo vivo é a capacidade de regenerar seus tecidos e de recobrar suas funções críticas após traumas, doenças ou até mesmo a perda de certas partes do corpo. Assim devem ser os Processos: os erros cometidos devem ser reparados e os preciosos feedbacks dos clientes insatisfeitos devem insumo para a revisão crítica para garantir a melhoria continua (“Kaizen”).

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4) Balanceamento da Estratégia, da Tática e da Operação (vis a vis o Equilíbrio corpo, mente e espírito). Uma estratégia, mesmo que inovadora e brilhante, não pode ser implantada ou perdurar caso o corpo diretivo e as equipes operativas não estejam esclarecidas sobre os alvos da Organização e sobre seus papéis, e adicionalmente alinhadas e sincronizadas. Da mesma forma, uma média gerência capacitada não é sinônima de sucesso, mesmo que alinhada aos grandes alvos da Empresa: a operação pode não estar apta ou não desejar implantar o que foi desenhado. Da mesma forma, operação e gerência competente, se engajadas, não garantirão o sucesso da Companhia caso a Estratégia não seja eficaz. Espírito de equipe, entusiasmo, desafios apropriados e recompensas adequadas são elementos muito bem vindos nesta busca pelo equilíbrio. E finalmente, para meditação... - “Qualquer atividade torna-se criativa e prazerosa quando quem a pratica se

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interessa por fazê-la bem feita, ou até melhor.” (John Updike) - “Se não tomares conta do teu cliente, alguém tomará.” (Autor desconhecido) “No mundo dos negócios todos são pagos em duas moedas: dinheiro e experiência. Agarre a experiência primeiro, o dinheiro virá depois.” (Harold Geneen) - “Ser competente é acertar um alvo que ninguém acertou; ser administrador é acertar um alvo que ninguém viu.” (Erlandson F. A. Andrade) - “Por mais brilhante que a estratégia seja, você deve sempre olhar para os resultados.” (Winston Churchill) - “Sucesso é 99% fracasso.” (Soichiro Honda) - “Não tenha medo de dar um grande passo. Não se atravessa um abismo com dois passos pequenos.” (David Lloyd George)

Marcos Fattibene


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FERNANDO LEMOS

CERTIFICAÇÕES

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A GARANTIA DA QUALIDADE TECNOLÓGICA NA EVOLUÇÃO DO SEU NEGÓCIO Muito se fala, hoje, em certificações, em várias áreas do mercado. Mas de fato essa questão é valorizada há muito pelas áreas de Tecnologia. Acredito que desde o início da sua aplicação no universo corporativo. Certificações tecnológicas são importantes para se garantir o sucesso de estratégias e táticas que envolvem o presente e o futuro dos ambientes de Tecnologia, hoje responsáveis pelo suporte ao sucesso de qualquer negócio. Podemos fazer um paralelo perfeito com os demais tipos de certificação existentes em outras áreas.


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As certificações, de fato, surgiram com a necessidade de os grandes players de Tecnologia assegurarem as melhores práticas que envolvem a instalação e o uso de seus produtos ou serviços, que são implementados pelos profissionais de TI e administrados pelos seus Gestores. Técnicas de deployment, por exemplo, (a distribuição de novos equipamentos ou migração para novas versões de software em âmbito corporativo) no início, eram acompanhadas por profissionais dos próprios fabricantes. Especialmente no universo do software “pacote” e sistemas desenvolvidos externamente porque propiciavam inúmeras possibilidades de configuração e customização. Bom por um lado, mas que, invariavelmente, deixavam os ambientes tecnológicos aquém das suas possibilidades, e até permitindo inúmeras vulnerabilidades. Com essa demanda forte, os players lançaram as suas próprias certificações referentes a produtos e depois serviços, assim como um “train-to-trainner” direcionado

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aos Gestores e Profissionais de TI para garantir as melhores práticas. As certificações se desenvolveram muito e hoje movimentam uma grande parcela do mercado de treinamento, especialmente no Brasil. São centenas de títulos apresentados por milhares de empresas habilitadas, mas atenção especial ao contratar esses serviços. Sempre deve-se ter a certeza de que são parceiros cadastrados e reconhecidos pelos players ou entidades certificadoras oficiais. Assim, independentemente do tamanho da sua empresa, é sempre importante investir na certificação dos profissionais que trabalham com Tecnologia. Especialmente em ambientes financeiros onde processos de alguma maneira se integram com processos externos e por isso as boas práticas de tecnologia devem ser asseguradas. Além de ser um excelente complemento ao conhecimento adqurirido no ambiente corporativo, as certificações garantem uma atualização constant, “direto da fonte”.


Com a vantagem de serem obtidas em um curto espaço de tempo entre o início da formação e a obtenção da certificação com as suas provas (3 meses em média), algumas certificações do ambiente tecnológico são ideais para profissionais de outras áreas também. O PMP (Project Management Professional) garante os princípios e a qualidade na formação de Gestores de Projetos. Desde a formação de equipes e análise de riscos e investimentos até a sua produção e entrega. O ITIL (Information Technology Infrastructure Library), que nasceu com a forte demanda no boom de serviços de TI, é um conjunto de práticas detalhadas para o gerenciamento de serviços e alinhamento com as necessidades do negócio. O COBIT (Control Objectives for Information and Related Technologies) é um framework de boas práticas voltado ao gerenciamento e governança. Muito procurado por ges-

tores de todas as áreas porque apresenta e organiza um conjunto de controles para uma estrutura lógica de processos. Três excelentes exemplos de certificações para todos os profissionais que buscam a qualidade. A Tecnologia tem uma importância fundamental nos processos de negócios. Uma característica que surgiu com a necessidade da extrema qualidade na sua aplicação e por isso com ela nasceram tantas certificações. Muitas tão importantes que, apesar de nascidas com as demandas da Tecnologia, podem (e deveriam) ser conhecidas por todos os profissionais.

Fernando Lemos Estrategista em Tecnologia e Inovação

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