Revista Rede Yamaha News - 13º ed

Page 1

REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 1

26-Jul-12 11:03:00 AM


REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 2

26-Jul-12 11:03:01 AM


EDITORIAL EDITORIAL

CRESCIMENTO E UNIÃO ANDAM JUNTOS Participamos da Convenção da Yamaha, no início de agosto e, entre os dias 21 e 23 do mesmo mês, do XVIII Congresso Fenabrave. Em ambos os eventos, como poderão apurar os leitores do YNOVAÇÃO, fica claro o cenário que temos pela frente.

Presidente Marcos Medrano de Almada Vice-Presidente Paulo Henrique Coutinho Melo

Aumento da concorrência no setor de duas rodas que, apesar das vendas em Diretor Administrativo Financeiro crescimento – ainda que mais moderado do que em 2007-, nos faz brigar mais Paulo Ricardo Kirchner pelas fatias do mesmo bolo. Para isso, agilidade, gestão enxuta e novas ferramenDiretoria Regional tas deverão ser acionadas para que a Yamaha possa conquistar mais espaço na Nesta edição da Revista, trazemos a posição da YAMAHA sobre o Projeto de Competitividade. participação do mercado, porém, sempre tendo em vista a rentabilidade da rede de PAULO RICARDO KIRCHNER 1A / RS Um breve resumo para estimular sua leitura: a YAMAHA destaca que não acredita em nenhuma ENOIR BUTZKE (suplente) concessionários.

Caros companheiros.

estratégia que não seja estabelecida a partir de reflexões profundas e negociações que envolvam VAGA 1B / SC

Isso porque, não devemos conquistar mercado a qualquer preço. Ao contrário, será a participação de todas as partes do negócio, isto é, montadora e rede, juntos FERNANDO CESAR KURIKI FIORIO buscando o melhor 1C / PR com resultados positivos que poderemos preparar nossas equipes e adequar nossa o seuo cliente. Esta é uma das maiores conquistas que já tivemos: RICARDO BERGAMINIsermos considerados par2A / SP1 infra-estruturapara para prestar melhor ceiros nas definições estratégicas da fábrica. E você participou dessa conquista quando atendeu atendimento ao nosso consumidor. MARCELO LUIZ MARAUCCI 2B / SP2 Devemos fidelizar nosso cliente àda nossa à convocação Assembléia Geral (em Guarulhos) onde marcamos nossa unidade e criamos MÁRCIO SPADÃO 2Cum / SP3 concessionária, pois assim estaremos plano de ação. ODAIR PREVEDELLO JUNIOR 2D / RJ - ES garantindo a supremacia da Yamaha e CARLOS PORTO (suplente) Esse era o objetivo magno da nossa diretoria: ser considerado parceiro estratégico na formua manutenção e crescimento de nossas MARCELA MARIA AGRIZZI / MG1 lação de políticas o nosso negócio. E, 2Ecom empresas. Esta união entre montadora,e influenciar nas decisões que impactam diretamente JOSÉ ALBERTO MURAD (suplente) muito esforço para construir confiança, estamos dando passos que fazem uma história em nossa associação e rede é preponderante CRISTIANO GUIMARÃES 2F / MG2 para o sucessorelação. de qualquer marca Mais doqueque denunciar problemas, nosso papel é buscar, de forma conjunta e inteligente, CLÁUDIO ELISIO LOPES COTRIM 3A / BA queira permanecer e se desenvolver JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS FILHO (suplente) soluções que sejam sustentáveis. no Brasil. Oferecer mais do que bons ANA BEATRIZ FERREIRA de LEÃOgrandes NEVES 3B /junto AL-PE-SE Um efato presidentes bancos produtos, com qualidade preçorecente e muito importante foi a nossa visita a CARLOS ALBERTO TEIXEIRA LYRA (suplente) o Vice Presidente Mundial da YAMAHA e diretores, assunto que trataremos na próxima ediadequado, emcom condições pertinentes FRANCISCO WILLIAM DA SILVA FIGUEIREDO 3C / PB-CE-RN ção juntamente ao mercado. Devemos construir um com a reunião estratégica que eles pediram para ouvir a Rede. São sinais de um PAULO HENRIQUE COUTINHO MELO 3D / MA-PI relacionamento com longevidade entre novo relacionamento, não apenas entre a Rede e a YAMAHA do Brasil mas também uma postura FREDERICO TOLEDO JAYME 4A / DF-GO nossos clientes. diferenciada da YAMAHA Motors para o Brasil. ADÃO LEITE FILHO

4B / MT-MS

E quando falamos em união em busca boas notícias: a fábrica decidiu crescer seus negócios no Brasil e o Governo FeTemos outras EMERSON FERNANDES SALES 5A / PA-AP-TO de propósitos comuns, não posso dei-sinais que deseja ampliar o mercado de motocicletas. deral está dando CLAUDIO NORIO HIKAGUE 5B / AC - AM - RR - RO xar de mencionar o associativismo. O São frutos de umdegrande esforço da daABRACY nossa nos diretoria, a quem devo tanto e agradeço com emoção. desejo de concessionários inadimplentes voltar a participar dá Coordenação Editorial a certeza de que a rede temcontinuarmos consciência dos benefícios que uma entidade coesa e Sérgio Vianna – e-mail: Para nessa trajetória de construção precisamos, mais dogerencia@abracy.com.br que nunca, estar juntos. representativa pode trazer a toda uma categoria. Devemos nos auxiliar mutuamenJornalista Responsável Nossa diretoria não é política, é executiva... e quer ver resultados. Estamos abertos a ouvir suas te. Cada concessionário é importante no processo. Não importa se sua estrutura é Rita Mazzuchini (Mtb 22128) propostas e a apensarmos emTodos soluções que vão realmente melhorar nossos resultados. pequena, média ou se pertence um grande grupo. pertencemos à mesma Textos e Coordenação Visual categoria econômicaVenha e, se elatrabalhar resvalar, seráconosco. a imagem de todos que naufragará e Envie sugestões, atenda aos convites, responda às mensagens. MCE Mazzuchini Comunicação e Eventos ficará à deriva, podendo ser sucumbida pela concorrência que, certamente, virá A YAMAHA que nós queremos, somos nós que fazemos. R. Frei Rolim, 59 – sl 62 Jardim da Saúde – São Paulo,SP ainda em maior grau e intensidade.

Forte abraço.

CEP: 04151-000 – Tel.: (11) 2577-6533

e-mail: ritamce@terra.com.br Por isso meus amigos, peço que reflitam sobre suas atitudes e que passem a pensar na longevidade de seus negócios, em como seus clientes podem e devem ser Redação Porto é está Presidente danesta Abracy – Associação Brasileira dos Concessionários Yamaha. seus parceiros e Carlos como a ABRACY a seu lado trajetória, rumo ao Frontier Solange Suzigan 2020!!!! Gestão 2011 / 2012.

Boa leitura!

Projeto gáfico, edição de arte, diagramação e pré-impressão Heraldo Galan

Marcos Almada é presidente da ABRACY Associação Brasileira dos Concessionários Yamaha.

Impressão Grupo Impressor - C & D - Editora e Gráfica Ltda

REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 3

Cartas e sugestões para a redação por e-mail ritamce@terra.com.br

3

26-Jul-12 11:03:02 AM


SUMÁRIO

10

06

Giro ABRACY

07

Giro Geral

14 08 18

REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 4

n Fazer Blueflex, lançamento da YAMAHA n Década Mundial de Segurança no Trânsito foi tema de Workshop n As Reuniões Regionais da YAMAHA n O parcelamento em cartão de crédito

Vantagens ABRACY Produtos e serviços a preços especiais

10

Quiz ABRACY

12

Congresso FENABRAVE

14

ABRACY entrevista

16

Você Aqui

30 4

n Mauro Sucasas é o novo Gerente Comercial da ABRACY n Reunião do NYR 2C

21

Desafie seus conhecimentos sobre a Factor YBR 125 Black Edition

Os destaques para o setor de motos

O Coordenador do Grupo dos 20 da FENABRAVE, Diego Lobariñas Alvarez

n Família Yamaha de São Paulo passeia com a YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 n Bingool Motos de Rondônia realiza I Feirão e Gincana de Manobras

26-Jul-12 11:03:06 AM


18 21

Máquina da Capa

23

Finance&insurance

24

Gestão de Concessionária

26 27 30

ABRACY Saúde

Nova Yamaha YZF-R1 2013

Projeto Competitividade YAMAHA e ABRACY acelerando juntas

Vanessa Bergamini fala sobre Cartilha de Crédito para Vendedores e F&I

É hora de compartilhar conhecimentos também nas empresas

Gripe no ambiente de trabalho.

Estilo ABRACY A parceria entre vinho e fondue

YZF-R1 2013 Crédito: Divulgação Yamaha

Viagem YAMAHA A primeira parte da saga de pai e filho pela Argentina

UNIÃO

Abracy – Associação Brasileira dos Concessionários Yamaha

agosto e, entre os dias 21 e m ambos os eventos, como ponário que temos pela frente.

apesar das vendas em 007-, nos faz brigar mais ão enxuta e novas ferramenonquistar mais espaço na sta a rentabilidade da rede de

quer preço. Ao contrário, será sas equipes e adequar nossa

Presidente 2011/2012. Presidente, Carlos Porto; Vice-Presidente, Enoir Butzke; Dir. Adm. Financeiro, Asdrubal L. C. de Paula. Gestão Marcos Medrano de Almada Diretores de NYR´s: 1A, Enoir Butzke; 1B, Ricardo Teixeira; 1C, Fernando Fiorio; 2A, Roberto Esperancine; 2B, Arlindo F.Vice-Presidente Pereira; 2C, Asdrubal L. C. de Paula; 2E, José A. Murad; 2F, Cristiano Guimarães; 3A, José Francisco dos S. Filho; 3B, Paulo Henrique Coutinho Melo Fernando A. S. Hunka; 3C, Olavo B. Cruz Neto; 3D, Sued S. de Vasconcelos; 4A, Shirley L. O. Leal; 4B, Elias do Prado; 5A, Diretor Administrativo Financeiro Olavo R.Kirchner das Neves; e 5B, Claudio N. Hikague. Gerente Administrativo, Simone Ricardi; Gerente Comercial, Mauro Sucasas. Paulo Ricardo Diretoria Regional

REVISTA REDE YAMAHA: direcionada aos concessionários Yamaha. Edição 13, Jun/Jul 2012. Editor/Jornalista Res­ponsável: PAULO RICARDO KIRCHNER 1A / RS ENOIR BUTZKE (suplente) Marcelo Nicolósi - MTb.: 20.959, e-mail, jornalistanet@terra.com.br, Comercial: Assistente Comercial: Grace Viana, VAGA 1B / SC comercial@abracy.com.br, Serviços Gráficos: C&D Gráfica e Editora - grupoimpressor@terra.com.br - Produção Gráfica: FERNANDO CESAR KURIKI FIORIO 1C / PR Reginaldo Coelho – O conteúdo de artigos e anúncios é de responsabilidade exclusiva de seus autores. A Abracy e a Revista RICARDO BERGAMINI 2A / SP1 Rede Yamaha não se responsabilizam pelo conteúdo de anúncios e artigos assinados. MARCELO LUIZ MARAUCCI 2B / SP2 MÁRCIO SPADÃO ODAIR PREVEDELLO JUNIOR CARLOS PORTO (suplente) MARCELA MARIA AGRIZZI JOSÉ ALBERTO MURAD (suplente) CRISTIANO GUIMARÃES

2C / SP3 2D / RJ - ES

Av. Pedro Bueno, 1.328 - Jabaquara - CEP 04342-001 - São Paulo/SP 2E / MG1 TEL/FAX: (11) 5034-9656 - www.abracy.com.br - abracy@abracy.com.br 2F / MG2

CLÁUDIO ELISIO LOPES COTRIM JOSÉ FRANCISCO DOS SANTOS FILHO (suplente)

3A / BA

ANA BEATRIZ FERREIRA LEÃO NEVES CARLOS ALBERTO TEIXEIRA LYRA (suplente)

3B / AL-PE-SE

FRANCISCO WILLIAM DA SILVA FIGUEIREDO

3C / PB-CE-RN

PAULO HENRIQUE COUTINHO MELO

3D / MA-PI

FREDERICO TOLEDO JAYME

4A / DF-GO

ADÃO LEITE FILHO

4B / MT-MS

REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 5 EMERSON FERNANDES SALES CLAUDIO NORIO HIKAGUE

5A / PA-AP-TO 5B / AC - AM - RR - RO

5 26-Jul-12 11:03:08 AM


GIRO ABRACY Novo Gerente comercial da ABRACY Mauro Sucasas iniciou seu trabalho em 17 de maio na ABRACY como Gerente Comercial. Ele explica seu objetivo: “Desenvolver um foco comercial de suporte à rede , tanto na resolução das demandas quanto na busca de soluções e novos produtos/serviços, com o objetivo de rentabilizar a operação da Concessionária e ao mesmo tempo oferecer diferenciais ao cliente final, nos destacando assim da concorrência”. Formado em Administração de Empresas e com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, atua no mercado automotivo há 17 anos, tendo passado pelas seguintes instituições: Bic Banco Financeira, Saga Fortaleza (Concessionária VW), Assobrav, Motosaga Fortaleza (Concessionária Yamaha ), Assurant Solutions (Seguradora F&I), e Usebens Seguradora (Seguradora F&I). Ele pode ser contatado pelo celular 11 - 9948-3685 ou e-mail gerenciacom@abracy.com.br.

NYR 2C realiza Reunião A Reunião foi realizada em São José Rio Preto em 25 de maio 2012 com os representantes das concessionárias: Azamoto, Futura, Nora, Mirai, Wind Rode e Moto 36 e o Diretor de NYR, Asdrubal Lacerda Coelho de Paula, quando foram abordados entre outros assuntos: peças, mão de obra das oficinas, comercialização do óleo, união dos concessionários, bônus de localização e fundo de capitalização.

6 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 6

26-Jul-12 11:03:09 AM


GIRO GERAL Yamaha lança Fazer BlueFlex

3º Workshop Abraciclo debateu segurança no trânsito

Sempre atenta as tendências de mercado e as novas tecnologias, a YAMAHA apresenta o seu mais novo lançamento: FAZER YS250 BlueFlex - A PRIMEIRA DA CATEGORIA A TER A TECNOLOGIA FLEX! Visando maior opção de escolha para os clientes e preocupada com o meio ambiente, a nova tecnologia BlueFlex permite utilizar como combustível etanol, gasolina,ou uma mistura etanol/gasolina em qualquer proporção, sem prejudicar o desempenho da motocicleta. Para este novo modelo foi incluído um sistema de partida a frio, onde através do painel é possível verificar se a temperatura externa e do motor estão em condições para a condução da motocicleta.Após dar a partida no motor se a luz indicadora BLUEFLEX permanecer acesa significa que o sistema YAMAHA de segurança entrou em funcionamento. Nessa situação o condutor deverá aguardar que a luz BLUEFLEX se apague para engatar uma marcha. Caso o condutor engate uma marcha com a luz acesa o motor será desligado automaticamente pelo sistema YAMAHA de segurança.

ABRACICLO promoveu no dia 18 de maio, na Câmara Americana de Comércio – Amcham, em São Paulo, o III WORKSHOP ABRACICLO – DÉCADA MUNDIAL DE SEGURANÇA NO TRÂNSITO. Entre os temas debatidos estavam as reais causas dos acidentes de trânsito. No talk show “Não é só Acidente!”, com duração de 40 minutos, especialistas abordaram a necessidade de se estabelecer os fatores desencadeadores das ocorrências de trânsito envolvendo motociclistas, traçando um panorama que permita uma atuação mais precisa no combate a essas fatalidades. A educação no trânsito, tanto de motoristas como de pedestres foi enfatizada. Motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres devem seguir regras e exercitar respeito mútuo. Como sucesso de campanha educativa, foi dado o exemplo da campanha de respeito a faixa de pedestres que reduziu em 40% o atropelamento no centro de São Paulo. Outro destaque foi a médica, professora e coordenadora do HC em Movimento (Programa de Prevenção de Acidentes – HCFMUSP), Julia Greve: “as motos vêm se destacando no quadro de acidentes. A maioria são homens e jovens com menos de 35 anos, que usam a moto como meio de transporte. A motocicleta é um veículo que está propenso a um acidente mais grave”, disse a coordenadora do HC em Movimento – Programa de prevenção de acidentes do Hospital das Clínicas. “Não é o tamanho da frota que é a causa. Na Europa, o número de motos é maior e não possuem tantos acidentes como aqui. Queremos estudar quais são as reais causas dos acidentes”, disse Julia. O estudo está em andamento em parceria entre a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo e a Abraciclo.

Reuniões Regionais Regionais pelo A Yamaha realizou Reuniões sendo 13 e 14 Brasil, durante o mês de junho, 20 e 21, Recife; em Atibaia- SP; 18 e 19, Brasília; za e 27 e 28, 22 e 23, Manaus; 25 e 26, Fortale com a participaCuritiba. Os eventos contaram , da ABRACY ção de representantes da Fábrica tivas Regiões. e de Concessionários das respec vam: cenário Entre os assuntos tratados esta esentação de apr de negócios de motocicletas; acy; a imporWataru Endo; apresentação da Abr idade Yamaha tância do Projeto de Competitiv desta Revista) (com matéria especial nesta edição Yamaha; aprediferencial dos atuais produtos apresentação do sentação do Gerente regional; flex; cotas para Marketing; lançamento da Fazer do DSC. o próximo trimestre e workshop

7 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 7

26-Jul-12 11:03:10 AM


GIRO GERAL

vantagens abracy

Parcelamento em cartões de crédito Não parcele a entrada no cartão

Veja a lista de empresas que oferecem vantagens e descontos para concessionários e aproveite desde já.

Flavio A. Meneghetti, Presidente do Conselho Deliberativo e Diretor da Fenabrave informou que após negociações ficou restabelecida a condição de parcelamento de venda de peças e serviços através de cartões de crédito, em até 6 pagamentos sem juros na função parcelado lojista ou acima disso, de acordo com a política de cada banco e o perfil de crédito do cliente. Ele enfatiza que o uso de cartões para financiamento na entrada de veículos, é considerado pelo setor bancário como prática danosa, pois as decisões de concessão de crédito são tomadas sob a suposição de uma entrada à vista. Eles são, portanto, induzidos a um erro na concessão de créditos cujas entradas foram também financiadas pelo cartão de crédito. Segundo ele, o Setor de Distribuição deve dar a sua contribuição para ajudar a melhorar a qualidade do crédito, a Concessionária que estiver usando este canal de crédito para completar o financiamento de veículos poderá enfrentar problemas com seus bancos parceiros que financiam suas vendas, como também prejudicar o seu status e seu contrato de correspondente bancário. Informações até o fechamento desta edição. Eventuais atualizações serão informadas.

Você na sua Revista!

n ITENS PROMOCIONAIS: A VRM confecciona camisetas, bonés, chaveiros dentre outros itens. n BRINDES: A Califórnia-Pró produz porta manual, porta documento, chaveiros, porta ordem de serviço etc. n GARANTIA PARA CHEQUES RECEBIDOS: A Segura Check garante o recebimento dos valores dos cheques emitidos por seus clientes. Além disso, ela oferece um serviço de antecipação de recebíveis. n UNIFORMES: A Ussler confecciona uniformes para todos os departamentos da concessionária, dentro do padrão Yamaha. n ALARMES: A Positron e a Make Safe oferecem alarmes universal e dedicado. n DESCONTO EM VEÍCULOS: A Ford em Parceria com a CYA Abracy, oferece aos concessionários e a seus funcionários condições diferenciadas na compra de veículos. n PLANO MÉDICO E ODONTOLÓGICO: A Fukimoto proporciona plano médico e odontológico com melhores condições para os associados e seus colaboradores. n DESCONTOS NA COMPRA DE NOTEBOOK: A DELL Oferece aos concessionários e a seus funcionários descontos de 7% em alguns equipamentos. n MOTO PROTEGIDA: Grav System consiste na gravação de números do chassi em peças da moto, desestimulando o furto ou roubo, devido ao reconhecimento das peças gravadas, delatando quem as estocam, vendem ou compram. n GARANTIA ESTENDIDA: Com a garantia da TWG o cliente Yamaha poderá adquirir 1 ou 2 anos de garantia adicionais ao período já oferecidos pela fábrica. n Para mais informações contate a Abracy

Conte sua história! comercial@abracy.com.br

pelo e-mail comercial@abracy.com.br ou tel. (11) 5034-9656 falar com a assistente comercial Grace Viana.

8 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 8

26-Jul-12 11:03:13 AM


9 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 9

26-Jul-12 11:03:15 AM


QUIZ ABRACY

Teste seus conhecimentos

ou aprenda mais sobre a FACTOR YBR 125 BLACK EDITION 4

1

Versão 2012 do modelo mais vendido e premiado da Yamaha traz elementos exclusivos em seu design e o confiável e econômico motor de: o a) 125cc. o b) 250cc. o c) 223cc.

2

A Yamaha lançou a versão Black Edition de sua campeã de vendas, a Factor YBR 125, em edição limitada de 3.000 unidades em comemoração a quantas unidades fabricadas da linha YBR 125 desde o seu lançamento, em 2000? o a) 500 mil. o b) 1 milhão. o c) 2 milhões.

3

Por três anos consecutivos - 2009, 2010 e 2011 - a Factor YBR 125 foi eleita na categoria Street, em pesquisa realizada pela revista Motociclismo Magazine como: o a) “Melhor Negócio”. o b) “Maior Negócio”. o c) “Bom Negócio”.

Esteticamente, a Factor YBR 125 Black Edition apresenta alguns elementos exclusivos, como: o a) aletas laterais do tanque, para-lama dianteiro, tampas laterais, detalhes do motor, suporte da pedaleira traseira e escapamento todos pintados em preto fosco. o b) fitas reflexivas em vermelho nas rodas de liga leve e piscas dianteiros e traseiros com lentes cristal e novos grafismos em vermelho nas laterais da moto. o c) todas as anteriores.

5

A Factor Black Edition reúne a praticidade da partida elétrica e a segurança do freio: o a) a disco. o b) freio convencional. o c) nenhuma das anteriores.

6

Está equipada com o consagrado motor monocilíndrico, quatro tempos, com comando simples no cabeçote (OHC) de 125cc capaz de gerar: o a) 5,2 cv de potência máxima a 6800 rpm. o b) 7,2 cv de potência máxima a 7800 rpm. o c) 10,2 cv de potência máxima a 7800 rpm.

7

O torque é de: o a) 1,13 kgf.m a 4000 rpm. o b) 1,13 kgf.m a 6000 rpm. o c) 1,10 kgf.m a 6000 rpm.

10 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 10

26-Jul-12 11:03:17 AM


factor_ybr125_black_edition.aspx

9

É dotada de: o a) carburador eletrônico. o b) sensor de posição do acelerador. o c) todas as anteriores.

Para garantir o máximo de conforto, mesmo em superfícies irregulares, esta edição especial também conta com: o a) suspensão dianteira telescópica de 120 mm de curso. o b) suspensão dianteira telescópica de 90 mm de curso. o c) suspensão dianteira telescópica de 110 mm de curso.

10

A traseira é do tipo: o a) braço oscilante (100 mm de curso) assistido por sistema bichoque, que oferece cinco regulagens da carga da mola. o b) braço oscilante (95 mm de curso) assistido por sistema bichoque, que oferece cinco regulagens da carga da mola.

11

Para ajudar no trabalho de absorção de impactos, a Factor YBR 125 Black Edition está calçada com: o a) os novos pneus Metzeler ME Street, nas medidas 2,75 - 18 42P (D) e 90/90 - 18 57P (T), desenvolvido especialmente para a Factor YBR 125 Black Edition. o b) os novos pneus Metzeler ME Street, nas medidas 2,85 - 18 42P (D) e 90/90 - 18 57P (T), desenvolvido especialmente para a Factor YBR 125 Black Edition. o c) os novos pneus Metzeler ME Street, nas medidas 2,95 - 18 42P (D) e 90/90 - 18 57P (T), desenvolvido especialmente para a Factor YBR 125 Black Edition. Respostas: 1- a) 125cc; 2 – b) 1 milhão; 3 – a) “Melhor Negócio”; 4– c) todas as anteriores; 5- a ) disco; 6 – c) 10,2 cv de potência máxima a 7800 rpm; 7- c) 1,13 kgf.m a 6000 rpm; 8– c) todas as anteriores; 9 – a) suspensão dianteira telescópica de 120 mm de curso; 10 - c) braço oscilante (105 mm de curso) assistido por sistema bichoque, que oferece cinco regulagens da carga da mola; 11- a) os novos pneus Metzeler ME Street, nas medidas 2,75 - 18 42P (D) e 90/90 - 18 57P (T), desenvolvido especialmente para a Factor YBR 125 Black Edition.

8

o c) braço oscilante (105 mm de curso) assistido por sistema bichoque, que oferece cinco regulagens da carga da mola.

11 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 11

26-Jul-12 11:03:18 AM


Congresso fenabrave

Xxii Congresso Fenabrave e Expofenabrave acontecem em agosto Evento brasileiro destinado ao segmento de distribuição de veículos já é o segundo maior do mundo. XXII Congresso e ExpoFenabrave, a serem realizados em SP, entre os dias 16 e 18 de agosto, já têm grade de programação divulgada e desconto para inscrições antecipadas. Realizados pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, que representa mais de 7 mil concessionários no Brasil, e organizados pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, os eventos devem reunir cerca de 3 mil congressistas no Pavilhão Azul do ExpoCenter Norte, em São Paulo-SP. Composto de temas gerais, que interessam a todos os segmentos e temas específicos, o Congresso revela tendências de economia e gestão que influenciarão nos negócios dos Concessionários.

A inscrição deve ser feita por meio do site www. congresso-fenabrave.com.br. Nesta edição o tema principal será “Excelência em Gestão”. Os desafios enfrentados pelas concessionárias, como o giro ideal do estoque, vendas pela internet e as vantagens de serviços agregados são alguns dos destaques da programação. Realizados anualmente, o Congresso e Expo Fenabrave chegam, em 2012, à sua 22ª edição reconhecidos como os maiores eventos da distribuição automotiva da América Latina. Ocupam o segundo lugar entre os eventos mundiais do setor, atrás apenas dos EUA. A ExpoFenabrave, que este ano deve reunir mais de 70 expositores em 15.000 m2, trará montadoras, empresas de F&I e outros players ligados à distribuição automotiva no País.

Destaques na Programação 16 de Agosto de 2012 Palavra do Presidente JD POWER - A historia de JD POWER e a importância da satisfação do consumidor FINBARR O’NEIL Mesa Redonda Internacional Debatedores: Representantes de Entidades Internacionais Workshop Caso de sucesso: Grupo dos 20 Diego Alvarez (Consultor) Workshop O que esperar do volume de vendas e participação de mercado de motos Francisco Trivellato (Consultor)

Fidelização + Qualidade = Maior lucro Claudio Tomanini (Consultor) Workshop Visão da economia no mercado 14h00 - 15h30 Workshop Oficina como centro de resultado Otílio Rodrigues Neto (Consultor) Workshop Como obter resultados com a internet Fúlvio Kaminski Massaro (Consultor) O que pensa um dos maiores grupos de capital aberto de concessionárias Americanas Earl Hesterberg (Presidente & CEO Grupo 1 Automotive)

Workshop 9 hábitos para ajudar vendedores a aumentarem suas vendas José Carlos Fonseca Ferreira (consultor)

17 de agosto Workshop Excelência em gestão Francisco Nunes (Consultor) Workshop Internacional A internet como ferramenta de vendas David Kain (Consultor, EUA) Uma fotografia do futuro do Brasil Alexandre Tombini (Presidente do Banco Central do Brasil)

12 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 12

26-Jul-12 11:03:18 AM


Workshop Giro ideal de estoque e políticas comerciais - Osmar Hidalgo (Consultor) Workshop Potencialidades e desafios do mercado de veículos de Duas Rodas no Brasil Marcos Zavin Fermaninam - Presidente da ABRACICLO Workshop Lucro pela liderança dos gestores Paulo Campos (Consultor) Workshop Internacional 100% absorção - Jomar Rabello Workshop Internacional A nova visão do negócio de concessionaria Jon Lancaster (Consultor - EUA)

18 de agosto Mesa Redonda Industria X Concessionários Moderadora: Mônica Waldvogel Debatedores: Celina Ramalho (Economista FGV); Representantes de Montadoras: Antonio Figueiredo Netto, Flavio A. Meneghetti Recursos Humanos Alcançando Maiores resultados através da Gestão de pessoas Consulte a grade completa e atualizações em r www.congresso-fenabrave.com.b

Serviço XXII Congresso e ExpoFenabrave Data: 16 a 18 de agosto de 2012 Horário: Congresso – dia 16, das 8h30 às 19h; dia 17, das 8h30 às 18h; dia 18, das 8h30 às 15h30 ExpoFenabrave – 9h às 18h30 Local: Pavilhão Azul do Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333, São Paulo www.congresso-fenabrave.com.br

13 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 13

26-Jul-12 11:03:19 AM


ABRACY ENTREVISTA A Fenabrave firmou, em 2011, uma parceria com a NADA - National Automobile Dealers Association e trouxe ao Brasil o chamado Grupo dos 20 (NADA 20 Group). Fenabrave, em parceria com a NADA - National Automobile Dealers Association trouxe ao Brasil o chamado Grupo dos 20. O programa, em funcionamento nos Estados Unidos há mais de 40 anos, já conta com a participação de 1,9 mil membros que formam 130 grupos de concessionários dos EUA, Canadá e México. No Brasil, o Grupo dos 20 já conta com 52 concessionárias participantes, divididas em três grupos de trabalho. Cada grupo reúne empresas de portes semelhantes, porém, não concorrentes. O trabalho inicial aconteceu por meio de uma parceria firmada com a Abracaf e está sendo ampliado a outras marcas. “Este trabalho é sucesso no mercado norte-americano e já tem mostrado grandes resultados aqui no Brasil. A NADA nos forneceu a tecnologia de análise dos balanços e, com isso, estamos conseguindo levar aos concessionários brasileiros um serviço muito importante para suas operações”, explica o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghetti. Os concessionários que participam do Grupo dos 20 têm acesso a um programa chamado O COMPOSITE - Ferramenta de Gestão. Mensalmente, esses distribuidores preenchem os formulários, sigilosos, que são enviados para a NADA processar. Está ferramenta possui 57 páginas de análise, onde o concessionário, depois de enviar os dados, acompanha os resultados mensais de sua empresa e o desempenho dos outros membros do Grupo. Por meio desta plataforma de gestão é possível obter o resultado de um balancete financeiro padronizado. Com os resultados compilados, os concessionários se reúnem, a cada semestre, para discutir os pontos de interesse e também traçar estratégias entre os membros do Grupo.

Após a implantação do sistema da NADA e a fase inicial do projeto, a Fenabrave estima formar mais 13 grupos em 2012, envolvendo mais de 200 concessionários. A iniciativa de levar esse convite para o setor de duas rodas integrar o Grupo dos 20 é inédita no mundo. O coordenador do Grupo dos 20 no Brasil, Diego Lobariñas Alvarez, conversou com esta Revista Rede Yamaha.

Revista Rede Yamaha: qual o primeiro passo para o concessionário de duas rodas brasileiro integrar o Grupo? Diego Lobariñas Alvarez: Primeiro é estabelecer um relatório padrão, que mostra a posição econômica financeira da concessionária. Rede Yamaha: esse relatório é desenvolvido por quem? Alvarez: pela própria concessionária, mas seria possível junto a Associação desenvolver esse relatório e a partir daí extrair números para depois montar um Composite com todas as variáveis dos participantes do grupo. O grupo é composto por 15 a 20 concessionárias. Os envolvidos apresentam suas posições econômicas financeiras e seus membros tem a oportunidade de se compararem entre si, analisar quem está melhor em determinado setor e quem está pior. Desta forma as experiências bem sucedidas são transmitidas aos outros. Eu conheço a minha posição atual e tenho oportunidade de saber se dentro daquele grupo, os meus pares estão melhor ou pior em determinadas áreas e recebo informações do que os que estão melhores estão fazendo e ao mesmo tempo eu também contribui oferecendo os meus dados em áreas em que estou melhor. A filosofia do grupo dos 20 é buscar a melhoria dos seus resultados operacionais.

14 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 14

26-Jul-12 11:03:21 AM


Rede Yamaha: os melhores sucedidos trocam ideias com os menos sucedidos? Alvarez: eu posso ser bem sucedido na área de mecânica, por exemplo, porém me comparando a outro concessionário em outra área, ele pode estar melhor e então eu busco alguma coisa que ele fez que pode me ajudar. O meu departamento de peças pode estar melhor e posso sugerir coisas que vão ajudar o outro concessionário a melhorar o seu negócio. Rede Yamaha: não existe receio de passar a “receita”? Alvarez: não, porque o que se prevê aqui é que o Grupo seja composto por concessionários mais ou menos do mesmo porte e que estão atuando em áreas distintas e distantes, não concorrendo entre si. Nós temos três condições básicas: 1) o Grupo ser formado por empresas de tamanho aproximado; 2) não concorrem entre si porque estão em áreas distintas e 3) confidencialidade das informações. Quer dizer, quando os participantes entram no grupo, tem conhecimento que as informações não podem sair do Grupo. Tanto assim que nem a montadora é convidada a participar dessas reuniões. Essas reuniões são exclusivamente com concessionários. O participante do grupo assina um documento formal de confidencialidade das informações. Rede Yamaha: qual o valor que o concessionário deve investir para participar desses grupos? Alvarez: para o mercado de quatro rodas é cobrado um valor mensal de R$ 500,00 do concessionário. Além disso, acontecem as reuniões anuais, duas ou três vezes ao ano e as despesas são do concessionário (hospedagem, transporte e as despesas com o facilitador). Para duas rodas, esse valor poderá ser negociado. Rede Yamaha: como são essas reuniões? Alvarez: essa reunião tem a presidência executiva formada por um grupo de executivos, onde temos o presidente e o vice-presidente, sendo esses sempre do grupo de concessionários. A gestão é renovada a cada ano, onde o vice assume na saída do presidente e elege-se um novo vice. Essa é a política legislativa do negócio. O presidente conduz a reunião, e incentiva os concessionários a participarem ativamente dessas reuniões, fazendo com que todos falem. A atividade que eu considero a mais im-

O facilitador impõe que o concessionário tem que sair da reunião com uma lição de casa. Diego Lobariñas Alvarez

portante é a sessão de troca de ideias, ou seja, cada concessionário traz para a reunião alguma ação que ele tomou dentro da sua concessionária e que gerou um resultado positivo, melhorou algum processo ou produto. Ele traz essa informação em papel em quantidade suficiente aos participantes do grupo. Então, a pessoa vem para a reunião com uma ideia e num grupo de 15 pessoas, por exemplo, ela volta para sua região com 14 novas ideias. A reunião é coordenada por mim como um facilitador do grupo ou dos grupos.

Rede Yamaha: qual a experiência que pode relatar dessas reuniões que já aconteceram? Alvarez: posso dar exemplo de uma experiência bastante positiva da última reunião. Um concessionário implantou três ideias da reunião anterior que deram resultados. O concessionário reconheceu que o programa é bom. Rede Yamaha: com qual intervalo de tempo acontecem as reuniões? Alvarez: com intervalo de quatro meses. Por que a gente não faz a reunião mensal? Porque depois da fazer uma análise dessas variáveis que nós temos no Composite, verifica-se quais são os pontos fracos e onde é possível melhorar. O facilitador impõe que o concessionário tem que sair da reunião com uma lição de casa. Então, existe um formulário próprio que se chama “Objetivo para a próxima reunião”. O concessionário sai da reunião com o formulário preenchido já com o ponto franco que ele detectou e que ele vai querer trabalhar nos próximos meses. Ele sai da reunião com um objetivo de melhorar resultados nos pontos fracos já com um plano de ação que é montado com a ajuda dos demais concessionários que estão em melhor situação naquele item específico. Então o concessionário sai da reunião com uma obrigação de apresentar melhores resultados na próxima naquele quesito, fazendo uma prestação de contas do trabalho que foi realizado para a melhoria do negócio.

15 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 15

26-Jul-12 11:03:21 AM


VOCÊ AQUI

Concessionário, conte a história de um passeio, uma viagem, algum evento ou comemoração importante em sua cidade. Envie e-mail com fotos em alta resolução para comercial@abracy.com.br.

Passeio da Família Yamaha arcelo Ishida, Gerente de Vendas da Concessionária Família Yamaha de São Paulo relata os prazeres de um passeio simples “tipo bate e volta”, saindo de São Paulo, passando por Ibiúna e Juquitiba, para percorrer estradas de terra e testar a nova YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200, então pilotada pelo Tulio França. Junto, foram também outras três YAMAHAS, a LANDER 250, a XT-660R e uma TTR-230, pilotadas respectivamente pelo Claudio Tang, Alexandre Leite e pelo próprio Marcelo Ishida. “Passamos por estradas de terra com muitos obstáculos, como pedras soltas, buracos, lama, subidas e descidas, onde a habilidade em off Road foi fundamental”, conta Marcelo que acrescenta: “passamos o dia nos divertindo com as motos da YAMAHA e pudemos conferir o porquê da marca ser referência no Off Road”. A saída de São Paulo no dia 12 de Fevereiro de 2012 da concessionária Família, seguindo pela Rodovia Raposo Tavares até Ibiúna. De lá passaram por estradas de terra até Juquitiba e retornaram pelo mesmo caminho.

Marcelo Ishida depõe sobe a viagem:

Momento cômico: “Foi quando nos demos conta que estávamos sujos de lama”. As máquinas: “Para a TTR-230 foi tarefa fácil, pois a moto já vem toda preparada de fábrica par o off Road, já as demais só teve dificuldade por conta dos pneus do tipo on/off, porque suspensões e ciclística são perfeitas para esse tipo de uso. Destaque maior para a Super Ténéré 1200 que mostrou eficiência no sistema TCS (controle de tração) e das suspensões que faziam os obstáculos parecerem uma brincadeira”.

Momentos marcantes: “Foi incrível ver a Super Ténéré 1200 passando por obstáculos difíceis em meio a pedras soltas e galhos no meio da trilha. Foi lá que o sistema de controle de tração fez toda diferença”. Momentos perigosos: “Foi uma semana chuvosa, então toda trilha estava muito escorregadia. Toda atenção era pouca, pois em subidas e descidas as motos escorregavam para todos os lados”.

16 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 16

26-Jul-12 11:03:23 AM


os br.

Bingool Motos realiza

I Feirão e Gincana de Manobras

A

Bingool Motos realizou o I Feirão e Gincana de Manobras em Nova Dimensão, distrito que pertence ao Município de Nova Mamoré, de oito a dez de junho. Nova Mamoré localiza-se a 300 km de Porto Velho-RO e o distrito fica a 65 km por terra, sendo acessível somente durante o período da seca (verão amazônico). O evento foi organizado pela Bingool Motos em parceria com a Lanchonete e Sorveteria Pit Stop. No sábado daquele período foi realizada uma grande Carreata pelas principais avenidas do Distrito de Nova Dimensão, conduzida pela Camioneta com carretinha com motos e puxada pela Carretinha de som da Bingool Motos. Foram comercializadas motos Factor K, consórcio e feito agendamentos para os dias seguintes.

17 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 17

26-Jul-12 11:03:25 AM


MÁQUINA DA CAPA

chega com gráficos e colorização exclusivas para o Brasil A cor azul identifica a Yamaha Motor - Marca dos três diapasões, a branca é tendência mundial e a preta brilhante é uma opção clássica

Inédito Sistema de Controle de Tração (TCS) com sete modos, que combinados com os três de condução – “STD”, “A” e “B”, oferece 21 diferentes posibilidades. Em conjunto com o propulsor do tipo Crossplane atua sem perdas para uma condução esportiva Novo mapeamento de injeção eletrônica que entrega de modo progressivo, constante e controlada a potência, principalmente em rotações mais elevadas Maior controle e desempenho otimizado pelo piloto. A R1 conta com relógio e cronômetro, além da Speed Light com regulagem da faixa de rotação para ajuste fino. Novo acionamento do pisca alerta junto ao painel de controle. Alinhada as tendências mundiais as luzes de posição são de LED e novos faróis que recebeu um

18 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 18

26-Jul-12 11:03:32 AM


novo conjunto superior da carenagem melhorando o coeficiente de resistência aerodinâmica A Yamaha YZF-R1, que já estava repleta de tecnologias derivadas da campeã YZR-M1 das pistas de MotoGP, agora foi atualizada com mais inovações da Yamaha YZR-M1 do atual líder do mundial de MotoGP. A maior adição é um inédito Sistema de Controle de Tração (TCS) com sete níveis de atuação – incluindo a posição OFF (desligado), que em conjunto com uma nova configuração da ECU otimizada para a aceleração e controlabilidade em médias e altas velocidades. O sistema de controle de tração controla completamente o sistema FI, o ponto de ignição e a abertura do acelerador (YCC-T). As funções de TCS somadas aos três níveis de controle de respostas - função D-Mode, proporciona ao piloto 21 diferentes opções disponíveis para se adequar ao tipo de piso e as preferências de condução. A grande variedade de combinações permite que o Sistema de Controle de Tração compense as sutis mudanças da área de contato entre o pneu e o piso. Outras mudanças influenciadas pela Yamaha M1 do MotoGP incluem uma nova mesa superior mais leve, utilização de elementos em fibra de carbono, além do novo ajuste da pré carga da mola da

suspensão traseira, piscas com lente cristal e lâmpada âmbar, pedaleiras com melhor ergonomia e aderencia a sola do calçado, entre outras. A R1 2013 recebeu ainda uma nova carenagem superior, melhorando o coeficiente de resistência aerodinâmica, com um farol revisado – com mecanismo semelhante ao da Yamaha XT 1200Z Super Ténéré, e estilo mais moderno e agressivo, novas luzes de posição em LED para um olhar mais ameaçador e distinto, e novas tampas em forma de hexágono sobre o silencioso e proteções anti-queimadura. O chassi Deltabox de alumínio e com um estilo agressivo, trouxe a essa geração da YZF-R1 um olhar novo e radical trazendo tecnologia inovadora para a categoria. Da mesma forma que a antiga geração da YZF-R1 lançou um novo padrão na categoria, a geração atual estabelece um novo marco para a categoria supersporte de 1.000 cc.

O motor

Os engenheiros da Yamaha optaram por soluções mecânicas com características como: alta performance, motor compacto e

19 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 19

26-Jul-12 11:03:34 AM


MÁQUINA DA CAPA Nasce um ícone

com virabrequim do tipo crossplane, o que proporciona características de torque excepcionalmente puro e altos níveis de tração. Desta forma, as características do propulsor de torque linear e controlável, constituem a própria essência da YZF-R1. Dispondo de um motor de 998cc completamente influenciado pelo desenvolvimento da campeã Yamaha YZR-M1, o propulsor de alta tecnologia desenvolve 182 cv a 12.500 RPM. De fato, na sua longa e ilustre história. Nasce um Ícone abaixo, o motor da R1 nunca se beneficiou de tanta tecnologia do MotoGP como atualmente. O motor de 270° irregulares - 180°, 90°, 180° de intervalo, transmite uma sensação mais precisa e imediata de controle sobre a disponibilidade imediata do torque . Além disso, a entrega linear de torque inspira maior confiança, o que faz com que cada virada no punho do acelerador, transmita de maneira vigorosa, porém sutil, toda entrega da força ao pneu traseiro. O resultado deste torque proporciona níveis anteriormente inatingíveis de tração nas curvas e de desempenho. Para acentuar o ganho de performance foram otimizados os sistemas de suspensão e freios e o estilo radical e agressivo que enfatiza a YZF-R1, assim como a concentração das massas. A Yamaha YZF-R1 2013 tem preço público sugerido, posto Guarulhos, São Paulo, de R$ 61.490,00, nas cores branca, azul ou preta com um ano de garantia de fábrica, sem limite de quilometragem, e chega a Rede Autorizada de Concessionários Yamaha na segunda quinzena de junho.

A tormenta teve início em Milão, Itália, em setembro de 1997 e se transformou em um grande ciclone, quando um pouco depois, os jornalistas internacionais entraram em contato direto com a avançada tecnologia da Yamaha YZF-R1 e saborearam o seu rendimento em uma sessão de testes realizados em Alicante, na costa mediterrânea da Espanha. Desde então nada pode controlar a força devastadora que a R1 espalhou sobre o mundo. Ao final de 1998 quando as revistas especializadas começaram a publicar seus modelos premiados como Moto do Ano, ninguém duvidava que a YZF-R1 já havia conquistado o coração de usuários e jornalistas. Moto Revue, a conceituada revista francesa a nomeou, por exemplo, Moto Internacional do Ano 1998-99. A eleição foi baseada em 69 % dos votos recebidos de onze revistas especializadas espalhadas pelo mundo. A imprensa motociclística britânica elogiou unanimemente a R1. A revista mais vendida do país, a Motor Cicle News, escolheu a R1 como a Máquina do Ano de 1998, ao mesmo tempo lhe concedendo o prêmio de Destaque de Desenho na categoria Engenharia e Estética. A Revista Superbike e Bike, elegeu a R1 como a Moto do Ano. Na Alemanha a R1 ganhou os prêmios de Melhor Moto Esportiva acima de 600 cc e Melhor Moto Esportiva de 1998 da Revista PS, além de a Moto do Ano da Mopped. A Revista portuguesa Moto Jornal a nomeou Moto Internacional do Ano, e este ano, os leitores da Revista Motociclismo portuguesa e Motociclismo espanhola, a elegeram como A Moto do Ano, assim como a Revista italiana Motosprint. No Japão, uma das maiores revistas especializadas, concedeu a R1 os prêmios de Moto do Ano e Melhor Modelo de Exportação. s eros prêmios pela No Brasil são inúm o Duas especializadas com principais revistas oto de (M o), Motociclismo Rodas (Moto do An Imde sociação Brasileira Ouro), Abiauto – As timos entre outros nos úl a, iv ot m to Au sa en pr anos.

20 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 20

26-Jul-12 11:03:37 AM


PROJETO COMPETITIVIDADE

Soluções que gerem

resultados positivos Iniciado em abril,

está em andamento o Projeto de Competitividade Yamaha, composto de seis equipes de estudos estratégicos para encontrar otimização para gestão de: política de Comercialização (Produtos e Peças); Banco: Crédito Varejo e Floor Plan; Fortalecimento da Rede; Fortalecimento da Marca (Comunicação/Mídia e Fidelização do Cliente); Consórcio; e Sistema Operacional/Infra-estrutura REDE & YAMAHA.

Mário Rocha, Diretor Comercial da Yamaha aborda a importância do Projeto: “Consideramos este assunto como sendo um projeto da mais alta importância, e não faltam razões para isso. Primeiro, porque a Yamaha decidiu crescer sua participação e seus negócios no Brasil, e todos sabemos que neste setor da economia, ter uma rede forte e com presença nacional é imprescindível para alcançar sucesso. Segundo, porque os tópicos selecionados e que fazem parte do conteúdo do projeto de competitividade são os pilares do negócio; estamos falando de política de comercialização, de consórcio, de comunicação e marketing, de fortalecimento da rede, entre outros. Além disso, estamos vivenciando um momento especial do mercado de motocicletas, onde enfrentamos sérias dificuldades de crédito, que sem dúvida se constitui na principal ferramenta de vendas de nossos produtos. A política de competitividade deve ser desenvolvida com o objetivo de cada “player” so-

21 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 21

26-Jul-12 11:03:39 AM


PROJETO COMPETITIVIDADE

... montadora e rede, sempre priorizando o interesse do consumidor final. breviver em qualquer ambiente ou situação de mercado. Ademais, por questões de princípios, não acreditamos em nenhuma política que não seja estabelecida a partir de reflexões profundas e negociações que envolvam a participação de todas as partes do negócio, isto é, montadora e rede, sempre priorizando o interesse do consumidor final. E como foi amplamente divulgado em nossas recentes reuniões regionais, a determinação do Presidente é sempre no sentido de estreitar o relacionamento e a discussão com nossos concessionários. Neste sentido, Yamaha e Abracy, a meu ver, estão comprometidas com a mesma visão, com ideias convergentes visando o fortalecimento do negócio YAMAHA no país”. Carlos Porto, Presidente da ABRACY foca o diálogo entre Concessionários, ABRACY e Fábrica. “A Abracy tem recebido apoio da Fábrica para encontrar as melhores e mais viáveis soluções junto

às seis equipes de estudos estratégicos para encontrar iniciativas que melhorem nosso resultado líquido e market share. Contamos na condução dessas reuniões com a experiência de um dos maiores especialistas no mercado automotivo e de duas rodas, o consultor Francisco Trivellato”. Francisco Trivellato, assessor da ABRACY e coordenador do Projeto de Competitividade depõe sobre os comitês de trabalho. “Os Comitês de Trabalho são os motores do desenvolvimento do Projeto Competitividade. A sua amplitude foi definida em conjunto pelos parceiros (Rede de Concessionários e da Montadora) visando atingir o objetivo do projeto e abrange: Política de Comercialização (Produtos e Peças), Banco, Consórcio, Fortalecimento da Marca e Rede e Infra-estrutura & Sistemas de Comunicação. A metodologia consiste na análise da situação, definição de ações de melhoria e metas para acompanhamento posterior. Isso é feito em conjunto pelos representantes dos parceiros através de agenda de trabalho pré-definida envolvendo estudos e reuniões para apresentação e tomada de decisão. O essencial neste processo é a qualidade das informações utilizadas e a postura positiva e pró-ativa de todos envolvidos, focando sua energia no encaminhamento das soluções que façam a diferença no mercado e gerem resultados positivos para ambos os parceiros”.

22 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 22

26-Jul-12 11:03:39 AM


f&i

Cartilha de Crédito para Vendedores e F&I Os consumidores de menor poder aquisitivo sempre foram privados de crédito, mas com a estabilização da inflação e aumento de renda, eles passaram a ter acesso a crédito e a contrair dívidas em longo prazo. A conclusão disso foi o alto endividamento e a crescente inadimplência. sse consumidor está aprendendo a lidar com essa ferramenta chamada crédito que pode construir ou desestruturar famílias quando não usada de forma consciente. Do outro lado, os bancos também estão aprendendo a lidar com esse consumidor. Alguns foram mais conservadores e permaneceram de forma estável no mercado, e outros, mais agressivos e menos criteriosos, tiveram maiores danos na carteira e estão passando por algumas profundas reestruturações, antes de retornar ao mercado. Isso demonstra o aprendizado dos bancos diante das experiências negativas e dos concessionários que aprenderam que não é saudável centralizar financiamentos em apenas um ou dois parceiros. Mas de forma geral, eles estão adequando suas ferramentas de crédito. Não é possível continuar a financiar com os mesmos critérios de 2010 e 2011, quando o cenário era outro. O consumidor estava menos endividado, a inadimplência era menor e as aprovações mais flexíveis. Ajustes no crédito estão sendo necessários. Desde o final do ano passado os bancos estão mudando a maneira de financiar, e a conseqüência disso é que as novas safras de financiamento estão com a inadimplência controlada, mas quando misturada com as safras antigas de 2010 e 2011, o resultado ainda não é positivo. Encontrar o equilíbrio da operação é o desafio constante dos bancos. Os índices de inadimplência precisam reduzir, para que os bancos voltem a ter confiança e apetite em financiar motocicletas.

As concessionárias possuem um papel fundamental para uma construção saudável da carteira de financiamento futura e os primeiros passos começam com uma venda de qualidade, o correto preenchimento das propostas de financiamento e a cobrança das parcelas em atraso. Uma venda com qualidade inicia-se com uma boa entrevista com o cliente a fim de colher os dados necessários para um excelente preenchimento de ficha. Quando a proposta de financiamento é encaminhada aos bancos, ela não deve conter erros, pois a ficha é recusada por divergência de informações e em muitos casos são caracterizadas como tentativa de fraudes, manchando assim a imagem da concessionária. Além disso, quando o erro é corrigido e

23 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 23

26-Jul-12 11:03:40 AM


f&i reenviado aos bancos, a ficha é avaliada por muito mais filtros e, portanto maior a dificuldade em aprovar. Isso compromete e muito a venda. Dessa forma, a ficha deve ser preenchida com perfeição. Os principais motivos de recusa dos bancos por mau preenchimento são: preenchimento incorreto do nome dos pais, CEP da residência e do trabalho, tempo de carteira de trabalho assinada, tempo de residência fixa, telefone de referencia, cliente que é reconhecido pelo apelido e não pelo nome, entre outros. No momento atual de mercado, não podemos perder vendas por esses motivos, e foi pensando nisso, que desenvolvemos uma cartilha de crédito para os vendedores e F&I da rede com os seguintes temas: entrevista com o cliente, preenchimento de propostas para diversos perfis de clientes e relacionamento com bancos. A previsão de distribuição é agosto de 2012. O objetivo é que os vendedores e F&Is tenham essa cartilha no bolso para consulta. Além de distribuirmos fisicamente, também disponibilizaremos um treinamento e-learning no Portal da Universidade Yamaha. Esperamos com essa medida, diminuir a perda de vendas, causados por mau preenchimento das propostas de financiamento. Mas apenas aprovar a ficha não basta. É necessário que o vendedor ou F&I, pergunte ao cliente a melhor data de vencimento das parcelas. Essa é uma medida tão simples, mas é o primeiro passo para minimizar a inadimplência, pois muitas vezes, essa pergunta não é feita e as parcelas vencem antes do recebimento do salário do cliente. Feito isso, é necessário acompanhar se os clientes estão pagando no prazo. Peça semanalmente o relatório de inadimplência aos bancos. Ligue para os clientes em atraso, faça o intermédio da negociação entre cliente e banco. Na maioria das vezes, eles preferem negociar com a concessionária ao invés dos bancos. Essas são apenas algumas iniciativas que fazem a diferença e são essenciais para construir uma carteira de financiamento saudável e parcerias duradouras com os bancos.

gestão

É hora de compartilhar também nas empresas estão de Conhecimento é um assunto “gelatinoso”, mas que pode ser encarado com muita praticidade. Por meio de uma gerência estratégica, voltada à informação e à pesquisa de seu capital intelectual, ou seja, de seus funcionários, uma empresa consegue produzir melhor e mitigar gastos. Para isso, é preciso gerar conhecimento, codificá-lo (“passar para o papel” a experiência) e distribuir esses aprendizados. Hoje em dia, nenhum funcionário precisa ser uma peça insubstituível na engrenagem de uma organização. Veja abaixo por quê.

O caso do vigilante

Valter Pieracciani*, especialista em modelos inovadores de gestão de competitividade, cita o episódio do incêndio em uma fábrica da Elma Chips na cidade de Curitiba no final de 2007, que ficou conhecido como caso Pepsico. Segundo Pieracciani, pouco antes do fogo principiar, o vigilante daquela madrugada tinha voltado para casa e não conseguiu ser contatado. Só ele sabia onde estava a chave geral para interromper o fornecimento de energia, impedindo, assim, o desastre maior. Mesmo com o corpo de bombeiros a postos, não foi possível conter totalmente o incêndio, que consumiu a fábrica. Como isso poderia ter sido evitado?

Os biscoitos da vovó Vanessa Bergamini é Analista de Negócios - Vendas Especiais e Novos Negócios.Formada em Comunicação e Marketing e Pós Graduada em Gestão Estratégica e Econômica de Mercado pela FGV.

O pesquisador explica que o conhecimento tácito, aquele que não é repassado e que corre o risco de se perder no tempo, é extremamente prejudicial dentro de uma empresa. Essa apropriação dos saberes

24 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 24

26-Jul-12 11:03:40 AM


obriga o empreendimento a voltar à estaca zero, no que diz respeito a um tipo de informação, quando poderia continuar do momento em que o processo foi interrompido. É o caso também dos biscoitos que só a vovó sabe fazer e tem ciúmes de dar a receita, explica Pieracciani. Se ela não passar a “fórmula” para seus filhos e netos, o doce poderá deixar de existir, mas, se ela ensinar a eles como fazer os biscoitos, estará transmitindo o aprendizado e a receita pode continuar existindo por anos.

Fim do monopólio do saber

O conhecimento dentro de uma empresa precisa ser patrimônio dela e não somente de seus funcionários mais antigos. Para criar esse alicerce é que entra a gestão de conhecimento, que primeiro vai a fundo para entender o funcionamento da organização, para daí criar uma sólida coluna, que assinala os pontos fortes e os fracos, além de, entre outros benefícios, permitir o seguimento das atividades diante de alguma eventualidade. Com métricas avançadas, os gestores de conhecimento conseguem identificar o que não anda bem na empresa. Imagine um funcionário recém-contratado, que chega no emprego novo sem que haja alguém para lhe mostrar o serviço, tudo porque o funcionário anterior não repassou a função para mais ninguém na empresa. O novo empregado se vê, então, tendo que começar tudo de novo, quando poderia partir de outro ponto. Numa empresa, o conhecimento difuso, isto é, mal transmitido a seus membros, reflete em um “impacto não só para quem sai, mas para quem entra”, afirma Pieracciani, que também é sócio-diretor da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas. As informações têm de ser comunicadas e transportadas. Deve-se deixar de lado toda e qualquer ganância nesse sentido. “Não existe uma cultura estática dentro da empresa. Boas práticas levam a uma boa cultura”, arremata Pieracciani.

Arrumando a casa

A administradora Ambra Nobre, especialista em gestão organizacional e também diretora da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, conhece bem como fazer “faxinas” corporativas e explica os passos fundamentais reformular seus mecanismos. Em primeiro lugar, é preciso ter definido o objetivo da organização. A pergunta é “o que quere-

mos ganhar com isso?”. Em seguida, monta-se um comitê (de preferência, multidisciplinar) com membros-chave da empresa, embrião que vai entender e mapear a dinâmica do conhecimento dentro da instituição. “O diagnóstico permitirá a apresentação de lacunas”, explica Ambra. Após a pesquisa pormenorizada e de olho nesses hiatos, o comitê entende o que precisa ser transformado e realoca pessoas e funções, redesenhando o “fluxo dos processos da gestão”, diz. Para criar um mapa da empresa, as consultorias utilizam softwares organizadores de esquemas gráficos (como o CMAP) que, após construídos, desvendam visualmente como se comunicam – ou não – as pessoas dentro do empreendimento. É possível perceber conexões que se interrompem, funções que se repetem e entradas e saídas de processos que geram conhecimento.

O caso da Magneti Marelli Cofap

“O que é compartilhado cresce e agrega valor”, anuncia Mauro da Conceição, gestor de Know-how da Magneti Marelli Cofap, que atua no segmento de amortecedores. Na experiência dele, foi preciso fazer uma análise de Gestão de Conhecimento na empresa onde trabalha quando ainda nem se falava no assunto. Assim surgiu o projeto Saber. Junto a uma equipe, Conceição foi a campo e esmiuçou cada função dentro da empresa, descrevendo as atividades de todas as áreas. Descobriu, assim, as matrizes de conhecimento de cada departamento, melhor explicando, as pessoas mais importantes em cada setor, que concentravam as principais funções. Os saberes intangíveis, práticas difíceis de serem descritas, foram registrados oralmente – um dos principais objetivos do projeto. Posteriormente, foi criado um painel com toda a estrutura organizacional, suas conexões e falhas. O resultado foi uma redução no número de funcionários inaptos e um conclusivo aumento de produtividade. “Concentrar conhecimento é um grande erro. Na era do compartilhamento, aprendizados devem ser partilhados”, conclui. * Valter Pieracciani, Ambra Nobre e Mauro da Conceição palestraram no Simpósio SAE Brasil de Gestão de Conhecimento, evento voltado ao setor automotivo realizado na cidade de São José dos Campos em 30 de maio de 2012. Artigo publicado originalmente no portal do Sincodiv-SP www.sincodiv.org.br.

25 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 25

26-Jul-12 11:03:40 AM


ABRACY SAÚDE

Quando a temperatura desce e começam a encurtar-se os dias, surgem os primeiros espirros como parte do prelúdio do que acontecerá: um resfriado, ou ainda, uma gripe. O ruim é que quando uma pessoa contrai a gripe, logo os que a rodeiam e compartilham o mesmo lugar de trabalho podem ser contaminados também.

No escritório Durante o inverno, estima-se que a produtividade caia cerca de 20% por causa da gripe. Calcula-se que este ano, nos Estados Unidos, o custo econômico produzido pela Influenza (o vírus da gripe) chegará aos 10 milhões de dólares. Isto porque a enfermidade não representa só um gasto significativo com hospitalização, tratamento e medicamentos, mas também a ausência dos indivíduos em seus postos de trabalho. Para evitar que o vírus se espalhe pela empresa, Carlos Pérez - epidemiólogo e chefe do Serviço de Medicina do Hospital Clínico da Universidade do Chile, apresenta as seguintes recomendações: n Não compartilhar toalhas: utilizar toalhas de papel em escritórios é uma medida muito mais higiênica. n Higienizar os banheiros: Banheiros podem tornar-se uma grande fonte de infecções. n Monitorar as condições de trabalho: um bom local de trabalho deve conter uma adequada ventilação, temperatura moderada, pouco barulho e pouca umidade. n Manter uma boa higiene na cozinha: não compartilhar pratos e copos na época da epidemia. Cuidar para que os utensílios de cozinha sejam lavados adequadamente. n Evitar contato com pessoas infectadas: se alguém no escritório apresentar os sintomas da gripe é melhor que fique em casa para não contaminar os outros.

n Ter uma dieta variada: com frutas, vegetais e cereais, evitando o excesso de café. n Dormir ao menos 7 horas por dia: não descansar aumenta os riscos de contaminação. n Em caso de gripe repousar na cama: Não regressar ao trabalho até que a gripe tenha cessado.

Micróbios no Ar O vírus da Influenza caracteriza-se por febre súbita com arrepios, dor de cabeça, tosse seca e uma sensação de mal estar geral. Depois de 24 horas surgem os primeiros sinais da dor de garganta, congestão nasal e tosse com rasgos. Além disso, o paciente pode sofrer de conjuntivite, dor abdominal, náuseas, vômitos e às vezes diarréia. Os sintomas duram 5 dias em média, porém algumas pessoas podem permanecer cansadas e com dores por até 2 semanas. A gripe é altamente contagiosa, sendo transmitida por contato direto e também pelas mãos ou objetos contaminados pelas secreções respiratórias, (quando a pessoa contaminada fala, tosse ou espirra ao nosso lado). Dado que o vírus da gripe pode estar em qualquer lugar, a melhor ferramenta para combatê-lo é a prevenção. Mantenha um estilo de vida saudável e não esqueça nossas recomendações.

Francisca Beseler é Jornalista - AreaSalud - Chile. Artigo enviado para publicação pela Fukimoto Suporte Empresarial.

26 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 26

26-Jul-12 11:03:41 AM


Arthur Azevedo ESTILO ABRACY

Fondue: um desafio para o vinho Arthur Azevedo

O inverno é uma estação do ano em que as pessoas estão mais propensas a consumir alimentos mais calóricos, geralmente em ambientes mais aconchegantes. Dentro deste contexto, os fondues assumem um importante papel, pois além de serem deliciosos, permitem longas conversas ao redor da simpática panelinha, proporcionando bons momentos para os participantes. ma das dúvidas mais comuns com relação a esta deliciosa invenção dos suíços é qual seria o melhor vinho para acompanhar o ritual. Para se obter a resposta a esta complexa questão, temos que recorrer aos princípios básicos da harmonização enogastronômica, ou seja, a combinação de vinho e comida. Primeiro, temos que fazer uma distinção entre os principais tipos de fondues: de queijo, carne ou chocolate. Os primeiros, mais tradicionais, são preparados com diversos tipos de queijo, fundidos lentamente em fogo brando, dando como resultado uma massa deliciosa e muito saborosa. A principal característica do fondue de queijo é a untuosidade proporcionada pela gordura do queijo, que acaba revestindo a língua e dificultando a apreciação de vinhos tintos, espe-

cialmente os mais tânicos e de baixa acidez, bastante comuns nos dias de hoje. Neste caso, as opções mais interessantes são os espumantes e os vinhos brancos de acidez mais elevada e bom corpo, que têm estrutura suficiente para enfrentar a textura do fondue e frescor para compensar o elevado teor de gordura e untuosidade do prato. Boa escolha seria uma Cava Brut, como o Gramona Imperial, um espumante espanhol, produzido com as uvas Xarel-lo, Macabeo e Chardonnay, que exibe boa estrutura, acidez refrescante e delicados aromas de frutas secas e tostado. Se a opção for pelo vinho branco, a escolha poderia ser um chardonnay da Austrália, fermentado em barrica que apresenta

27 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 27

26-Jul-12 11:03:43 AM


ESTILO ABRACY

A principal característica do fondue de queijo é a untuosidade proporcionada pela gordura

aromas de frutas maduras, entremeadas a baunilha e manteiga, sabor intenso e muito elegante. Um bom exemplo seria o Wakefield Estate Chardonnay. Outras opções seriam os modernos vinhos brancos do Alentejo, como o JP Ramos Marquês de Borba Reserva, baseado principalmente na aromática uva Arinto. Ainda na seara dos brancos, não se esqueça dos elegantes Bordeaux Brancos, cortes de Sémillon e Sauvignon Blanc, dos quais o Denis Dubourdieu

Clos Floridene Blanc é um bom representante, e dos sofisticados brancos alsacianos produzidos com a nobre Riesling, tal como os biodinâmicos rieslings Barmes-Buecher. A Itália, mais especificamente a Campania, poderia estar presente com seus personalíssimos e deliciosos Antonio Caggiano Fiano di Avellino ou Greco di Tufo. No entanto, se você for daqueles que não abre mão dos tintos, prefira os de maior acidez e menos taninos, como os Pinot Noir do Novo Mundo, como o Kevin Judd Greywacke Pinot Noir, da Nova Zelândia, ou os tintos mais leves da Itália, como os Valpolicella da Bertani ou o Yume Montepulciano d’Abruzzo, aromáticos e de boa acidez. Na Espanha, uma indicação segura seria o moderno e frutado Marquês de Tomares Excellence, um ótimo tinto baseado principalmente em Tempranillo, a uva emblemática do país. Em Portugal, tintos leves como o Quinta do Zambujeiro Monte do Castanheiro, do Alentejo, certamente farão boa figura. Já o fondue de carne pede vinhos tintos mais estruturados e com taninos maduros, plenos de frutas maduras, como por exemplo: Shiraz da Austrália (Mitolo Jester Shiraz), Malbec argentino (Nieto Senetiner Don Nicanor Malbec) ou Cabernet Sauvignon do Chile (Santa Carolina Barrica Selección Cabernet Sauvignon). Ainda na ala dos tintos, lembre-se dos sofisticados vinhos à base de Touriga Nacional, de Portugal (Duorum Reserva DOC); dos intensos e potentes Ribera del Duero (Zifar) e Priorato (Cims de Porrera Classic) da Espanha e dos super-toscanos da Itália (Poderi del Paradiso Saxa Calida). Os complexos Cabernet Sauvignon do Napa Valley (Ironstone Reserve Cabernet Sauvignon) também certamente serão boa escolta para o fondue de carne. Por fim, vamos ao fondue de chocolate, onde as frutas conferem ao prato grande diversidade de sensações. Aqui é imperativo um vinho fortificado e doce. Boas opções seriam o Porto Vintage Duorum, ou um Justino Madeira Malmsey 10 anos. Boa diversão!!! E não se esqueça da lareira e de escolher bem as companhias. Arthur Azevedo é diretor-executivo da Associação Brasileira de Sommeliers-SP, editor do website Artwine (www.artwine.com.br) e consultor de vinhos da Casa Flora/Porto a Porto. (Todos os vinhos indicados no texto são importados para o Brasil, com exclusividade, pela Casa Flora/Porto a Porto)

28 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 28

26-Jul-12 11:03:44 AM


29 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 29

26-Jul-12 11:03:46 AM


Fotos: Valter Branco

VIAGEM YAMAHA

Pai e filho em uma aventura de 8.500km pela Argentina Valter Branco Júnior enviou para esta Revista Rede Yamaha o seguinte e-mail: “no último mês de maio realizei uma viagem de moto para a Argentina, com o meu pai, e gostaria de compartilhar com vocês. Fomos eu e ele, eu em minha Ténéré 250 (2011) e ele em sua XT 225 (2002). Coincidentemente as mesmas motos que aparecem em uma viagem parecida na edição de abril/maio da Revista. Entramos na Argentina por Misiones, passando pelas províncias de Misiones, Corrientes, Chaco, Santiago del Estero, Tucuman, Catamarca, Salta, Córdoba, Santa Fé, Buenos Aires, Entre Rios e voltamos pelo Uruguai. Só um trechinho pequeno do Uruguai, mas passamos por ele...hehe... Foram trinta dias ao todo, 8.500 km rodados e imagens e lembranças que ficarão para o resto da vida”.

Parte 1

alter Branco, 60 anos, catarinense de Joaçaba, pai de três filhos, Sarah Julieta, Andrea e o Valter Júnior, atualmente trabalha como representante comercial. Júnior o descreve como um aventureiro por natureza: “desde cedo criou o gosto pela estrada e nunca mais parou”. No ano de 1971, com apenas 19 anos, realizou uma viagem que até esta última (segundo suas próprias palavras) tinha sido a principal de todas as suas andanças. Ele, seu irmão mais velho, Oscar e um amigo, Paulo Breda, foram de Joaçaba, Santa Catarina, até Detroit nos EUA a bordo de um automóvel FORD 1929. Ao todo, foram 45 dias de estrada, 16 mil quilômetros por 13 países. A seguir em seu texto ele faz também alusão à viagem de “Fordeco”. Nunca mais parou de viajar. Não por acaso, dois de seus filhos (Sarah e Valter Junior) nasceram na Bolívia e um (Andrea) na Argentina.

30 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 30

26-Jul-12 11:03:47 AM


Essa viagem foi pelo caminho. Expressão redundante, mas apropriada. Curtir o inesperado. E de moto é desafiante. É exclusivo. Cada minuto amplificado no tempo. Cada metro um desafio de equilíbrio e sorte. De atenção

PASSEIO EM MOTO PELA ARGENTINA Valter Branco Quem já na juventude não teve preconceitos, prá não dizer “reservas”, com comportamentos e culturas diferentes, pode-se dizer que não viveu o suficiente ou viveu demais sem aprender. Já as tive e me redimo. Uma delas foi com as milongas platinas. Do Uruguai, Argentina e as dolentes flautas andinas. Até mesmo com o repertório “gauderio” do nosso Rio Grande. Música raiz que molda culturas pelo ritmo e conceitos no modo de viver. O mote da aventura foi o show do conjunto de rock “La Renga” em Tucuman, norte argentino. Um quarteto de quarentões com força de movimentar milhares de jovens argentinos em tours pelo país, potencializado pelo desejo de viajar, como os hermanos gostam de fazer e cumprem. Viajar, pela Argentina, ou pelos argentinos, é como respirar. É como matar a sede com vino, anunciado na Avenida 9 de Julio perto do Obelisco em Buenos Aires, num grande cartaz flamejando: ”El vino, bebida Nacional Argentina”. É claro que eles têm cervejas de excelência como a “Quilmes”, ou até recentemente a Brahma lá instalada e sabor aclimatado ao gosto local, todas servidas em litrões, assim como têm o Fernet misturado com Coca-cola, também instituição nacional, sempre presente em noitadas de todas as idades e imagino, incrementado até em mamadeiras pra acostumar desde criança o pibe e a piba com o gosto amargoso de bitter. Para quem não conhece, parece a nossa velha e salvadora “Olina” só que alcoólica, disponível não em farmácias, mas em cada mercearia e bodegas de esquina. Em doses garrafais. Das coisas que salvam ou diferenciam uma cultura de outra, dando ao argentino um padrão de

ser e desfrutar maior longevidade média que a nossa, posso atribuir sem medo, ao onipresente mate curto e doce, de comadres e homens como também costume dos nossos gaúchos churrasqueiros, remédio desentupidor para as artérias e coração. O Fernet adocicado com Coca-cola para o sistema pancreático e a milonga para os recuerdos da alma. Milonga e tangos acrisolados e aclimatados aos novos tempos com som e sabor de nostalgia dos bons tempos idos. E que continuam. Na melhor definição dada ao “La Renga” pela jovem cordobesa Flor Sabino, morenaça chiquita de olhos e coração “pícaro”, dos que desde cedo sabem das verdades redundantes, traduzido igual em nosso vernáculo como a “renga” sem distinção de gênero, inclui todos nós como “personas rengas”, as que andamos por esse mundo. Rengos, mas andando, já é um fenomenal avanço. Sem perder o ritmo milongueiro, porém em tom do Rock, batem de longe nossa atual barulheira de música cacofônica dita sertaneja ou batidão, endeusadas pela mídia sensacionalista da nossa TV. Os argentinos ainda resistem à algumas idiotices. Talvez pela cultura mais generalizada, com universidade pública acessível em tese, a todos. O mote da viagem poderia ter sido também: Tirar uma foto em frente ao Obelisco e voltar, como ouvi dizer de um ufano porteño, sobre o “brasileño” aparecido por lá com uma grande motocicleta. “Solo para sacarse una foto en frente al Obelisco y volver para Goiânia” feliz. Já é um acontecimento merecedor de registro. Nos últimos tempos tenho recebido de alguns amigos e conhecidos endereços no you tube, contando sobre uma dita fantástica e memorável aventura ocorrida há mais de quarenta anos, de joaçabenses até os EE.UU., fronteira com Canadá, a bordo de um Fordequinho 1.929. Estive nessa. Tinha 19 fevereiros, o último cumprido a bordo e adentrando pelo Texas. Eduardo Sganzerla rodou um livro misturando as aventuras: Caminhos que levam para o Norte. A capa com um Fordequinho estilizado. Existem viagens, algumas de aventura como aquela, que são traçadas pelo destino a chegar. Um trajeto de mais de vinte mil quilômetros e quarenta e cinco dias, parando o mínimo, nem para “desaguar”,

31 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 31

26-Jul-12 11:03:48 AM


VIAGEM YAMAHA

contribuindo com míseras gotas de urina no infinito e sedento deserto do Atacama, de pé e desavergonhados por falta de platéia, bem postados sobre o estribo do fordeco sacolejante. Existem viagens de recreio por avião ou navio, talvez mais interessantes para quem gosta de vagar por elas e viajar pelas fotos depois. Das coisas que estamos cansados de ver em cartões postais de internet sem, no entanto, nos deixar inalar o som, ou ouvir o ardume das queijarias francesas e do sovaco geral dito civilizado. Da Argentina, pouco se fala como turismo além das compras não tão vantajosas na calle Florida em Buenos Aires. Essa viagem foi pelo caminho. Expressão redundante, mas apropriada. Curtir o inesperado. E de moto é desafiante. É exclusivo. Cada minuto amplificado no tempo. Cada metro um desafio de equilíbrio e sorte. De atenção. O vento deslizante sobre a pele. O frio cortante das alturas da pré cordilheira andina aos 3.600 metros sobre o nível do mar, homem e motor sofrendo da “puna”, ou escassez de oxigênio. Vales com fendas abissais, cumes estonteantes em cores de matizes caleidoscópicos disputando a atenção do trecho marcado com uma linha fina no mapa. O calor asfixiante do deserto além do chaco argentino que se estende até a Bolívia árida em direção aos salares de Yuni. Vontade irracional de desvestir a jaqueta protetora mesmo na iminência de tombos espalhafatosos com antevisão aterradora dos estragos, pelas

estradas arenosas e traiçoeiras. A moto, sem aviso e sem direção desembesta desgovernada como touro de rodeio. O único pensamento é o de como e onde vou cair. Não há dúvida de se eu vou cair. É certeza de queda. E o tombo pra beijar o solo que se oferece em cada rodada não acontece. Parece que legiões de anjos protetores se unem em esforço hercúleo e em uníssono a segurar a moto de um lado, e de outro, até sair ileso do arenal (areial em espanhol) O coração pára na boca. Vai-se acostumando até que se sente que, cair de moto não é tão fácil. Cuidado com a presunção. A gineteada se repete. É só reação por impulso. Parece que a melhor fórmula é não desistir mesmo que a fé desapareça. A viagem foi proposta por Valter Junior. Para ele, saindo de Sampaulo, ultrapassa os oito mil quilômetros numa Ténéré 250cc. A minha, uma XT 225 parecida, da mesma família Yamaha. Trinta dias de moto pela Argentina em viagem de aventura e, por consenso, sem modernismos do GPS alienante. Apenas um mapa rodoviário e o sol causticante como referências cardeais. O bastante para desnortear-se, sem perder-se. Sair do asfalto de preferência. Abastecer-se e à moto, não em postos às margens da rodovia, mas dentro dos povoados no entorno. Dar uma voltinha de popularidade e trocar impressões com os paisanos lugarenhos. Dos iniciais e previstos cinco mil quilômetros indicados pelo Tio Google Maps para rotas de turismo pasteurizado, alonga-se para uns oito mil, por indicações preciosas dos locais. Cada dia mais enfurnados nos meandros sinuosos e

32 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 32

26-Jul-12 11:03:49 AM


Córdoba. A segunda maior cidade do país. Um milhão e meio de habitantes. A Barcelona sem mar das Américas

acidentados da pré cordilheira. Um estupor atrás do outro. Conhecer os vales “calchaquies” dos ancestrais conquistadores Incas, os Aimaras, os Quilmes, onde por falta de água se mata a sede com vino bueno y barato. Conversar com os paisanos e ouvir de algum deles que o mapa deve ser lido “al revés”, de cabeça para baixo como aprendeu sozinho, nos doze anos que trabalhou como camionero e por desgosto com a dita ciência cartográfica, agora vivendo como ermitão num casebre de adobe e suas cabras mais inteligentes que engenheiros fazedores de mapas com “patas p´arriba”. De apreciar o gosto da uva mais doce que o mel bíblico, de onde sai o “vino blanco torrontês”. Estamos no mês de abril, época de vindima. Com pouca ou nenhuma chuva, se não dá para “vino”, dará “uva passa” no pé, tamanha aridez e sol de rachar o côco. Paisagens extasiantes para chegar-se a Cachi nas alturas, e refúgio turístico dos Salteños. Cafayate, terra também dos vinhos “pateros” mais caros porque amassados com “las patas”, - um dos preciosismos do idioma espanhol que trata o homem como animal de patas que é. Podrian ser pies. Son patas, igual que los asnos. Montanhas e vales abissais. Desertos repetitivos e asfixiantes. Paisagens indescritíveis. Já perto da exaustão e da falta de combustível, como oásis inesperados surgem algumas aglomerações de casas de pedra e tijolos de adobe. Isotérmicos necessários na inclemência das estações com matéria prima abundante e resistente aos tempos. Muros e taipas de pedra por quilômetros serpenteantes, delimitando propriedades ou arrimando encostas arenosas esperando por avalanches. O equilíbrio daqueles mundos é apenas estável por falta de uma boa chuvarada. Quando acontece é melhor estar longe. Pedras rola-

das nãos lhes faltam nem a experiência herdada dos Incas pedreiros. Os Incas conquistadores são os romanos imperiais das Américas. Córdoba. A segunda maior cidade do país. Pequena para nossos padrões. Um milhão e meio de habitantes. A Barcelona sem mar das Américas. No estilo de viver e trabalhar. Pouca atividade comercial pela manhã. Vai despertando aos poucos, tempo que se estende até depois da siesta lá pelas quatro horas da tarde. O frenesi de quiosques abertos, lan-houses, panaderias, mercaditos, bares e restaurantes todos e, sempre lotados, começa às dez da noite e não tem hora para fechar. Famílias inteiras incluindo abuelitas quase centenárias sempre adeptas ou adictas de alguma “copita” mais generosa. Dizem alguns, que os argentinos são latino-americanos que pensam ser ingleses. Acho um exagero. Para mim, são uma espécie de humanos diferentes e noctívagos como os morcegos. Porteños

33 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 33

26-Jul-12 11:03:51 AM


Relate também sua viagem de Yamaha.

VIAGEM YAMAHA podem parecer empertigados como os ingleses, mas são acolhedores como nenhum outro povo que conheci. As mulheres, bonitas, mas arredias. Talvez por isso os homens se beijem na face sem constrangimentos, nem afetação ou homofobia. Jovens e adultos tratam-se com a informalidade carinhosa de “papá e mamá”. _Que decís, papá? À simples vista, sou levado a pensar que Córdoba tem mais cafés, restaurantes e centros gastronômicos que Sampaulo. Em minha primeira passada pela Argentina nos tempos da grande aventura de Fordeco senti um ranço de superioridade, ao ouvir alguma referencia a “los macaquitos brasileños” comedores de banana. Os tempos mudam e os conceitos também. Hoje, os brasileños são admirados pelos hermanos. Evoluímos. Talvez mais que eles economicamente. Trabalhamos mais arduamente que eles. Comparando, nossa geografia e potencialidades de gigante são tacanhas. A Argentina é um país como um grandalhão malemolente fruto dos abastados pela natureza e amadrinhado pela Pacha Mama opulenta. Suas terras e planícies formadas em eras pela erosão do nosso solo levado e sedimentado ao longo das bacias dos rios Uruguai, Paraguai e Paraná, acabam no grande estuário continental do Rio de la Plata, tão portentoso quanto o Amazonas. A bacia do Prata, o estuário maior e mais fértil do planeta. Sem contar dos assados de “chuparse los dedos”, têm as verduras, a cenoura, o tomate de sabor incomparável. O refri de pomelo soberbo. As estradas bem conservadas devem-se mais à falta de caminhões abarrotados que à políticas públicas. O grosso da produção de grãos chega placidamente aos portos por via fluvial, como querendo não chegar ao destino inexorável. A Argentina renovou seu parque automotor. Poucos carros velhos. Até os ônibus são novos, mas com o design parecido dos antigos. O tratado Mercosul serviu para igualar os modelos com os nossos. Carros populares. Pouquíssimos de luxo. Quando muito e isso sim, em quantidade impressionante o

As histórias selecionadas serão publicadas aqui. Mande informações e fotos em alta resolução para: comercial@abracy.com.br

desfile de Toyotas Hilux, como sinal de abastança no campo. No geral, nada de muita ostentação, apenas utilidade. Pragmatismo com os elevadores de prédios desde sua invenção, com portas múltiplas de fechamento manual. Não importa o modernismo. Simplesmente funcionam desde que cada passageiro ao entrar e sair feche a corrediça e a porta, manualmente. São mais baratos de instalar e a diferença economizada será gasta na buena vida e na arte. O aquecimento dos ambientes e da água a gás é geral e um tanto exagerado. O argentino tem mania de artista. Qualquer material e lugar de exposição serve. Troncos secos são trabalhados com criatividade. Pedras soltas, empilhadas, buriladas. Calçadas das casas com mosaicos diferenciados, imitando a “Guernica” de Picasso, recortes, marchetaria, tijolo cozido refletindo a parede da própria casa no chão, e por ai se vai viajando. Num lugar ermo, desabitado até de cabras em curva íngreme com pedras soltas, sem explicação um painel de vidro grosso temperado do tamanho de umas dez espichadas braçadas, somadas em altura e comprimento. Visão desafiadora. Surreal aproximando do esquisito. Um painel sem medir economias para observar-se a si mesmo em meio à desolação. Um monumento sem medo de ser estilhaçado por uma única pedra em mãos doentes. Assim são os artistas e a platéia argentina. Acho que não erro muito se digo que a metade do PIB argentino é gerado e consumido pela gastronomia e a dolce vita. Nem tudo são flores, porém. O populismo e demagogia lá são uma praga mais antiga que a nossa. Iniciada com o peronismo com suas Isabelitas e sempre imitado pelos governos de plantão desafia o entendimento sobre um povo dito com tanta cultura. O gigante malemolente abençoado pela Pacha Mama segue sem pressa. Que Dios los conserve así.

Continua na próxima edição

34 REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 34

26-Jul-12 11:03:55 AM


racy.com.br

REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 35

26-Jul-12 11:03:56 AM


A YAmAhA tem mAis um item de segurAnçA:

seguro Fácil YAmAhA.

Quando seu cliente compra uma Yamaha, ele leva para casa 40 anos de qualidade comprovada e a maior rede de concessionários. Sem falar no melhor pós-venda. Mas, agora, ele pode levar também mais um item de segurança: o Seguro Fácil Yamaha. Um produto que a Yamaha e as grandes seguradoras do mercado criaram especialmente para assegurar a motocicleta do seu cliente de eventuais acidentes e roubos. Porque, melhor do que pilotar uma motocicleta, é pilotar uma Yamaha com tranquilidade e segurança.

Acesse www.yamaha-motor.com.br e saiba mais sobre o seguro Fácil Yamaha.

REVISTA ABRACY JULHOFINAL.indd 36 AF_An abracy 21x28.indd 1

26-Jul-12 11:03:59 AM 5/27/10 11:47 AM


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.