O poder da inovação aberta
REVISTA
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OUT NOV DEZ 11 • 2022
tecnologia
inovação
negócios • políticas públicas
Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro
Presidente da Softex Ruben Delgado Vice-Presidente da Softex Diônes Lima
Coordenação do projeto Juliana Molezini
Jornalista responsável Fabrício Lourenço – DF2887 JP Assessoria de Imprensa (MLP) Karen Kornilovicz Mário Pereira Revisão Karine Serezuella
Diagramação e projeto gráfico Simone Silva (Figuramundo)
@2022 – Revista Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. Uma publicação institucional. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Caros amigos,
Nesta edição da Revista Softex, trazemos como matéria de capa uma reportagem especial que analisa o poder da inovação aberta com base nos dados de um recente estudo elaborado pela entidade. Ele apurou que não apenas 88% das empresas brasileiras estão investindo em inovação aberta, mas que 76% delas o fazem utilizando recursos próprios. Leitura recomendada para aqueles que se interessam pelo assunto. No ano de 2022, diversos projetos realizados pela Softex tiveram impacto extremamente positivo no setor. Como um dos grandes destaques, relembramos a segunda edição do Softex Experience, em
Brasília, e que reuniu o ecossistema de inovação nacional. O caro leitor encontrará, ainda, informações sobre as empresas brasileiras que buscaram oportunidades de negócios nos Estados Unidos e em Portugal, tendências tecnológicas para 2023, casos de sucesso e muito mais. Que 2023 seja um ano de grandes inovações, de muitas conexões e que possamos seguir fomentando e levando a transformação digital para todos os brasileiros.
Boa leitura a todos. Equipe Softex
TICS pág6 88% das empresas brasileiras já desenvolveram ações de inovação aberta, apura estudo da Softex pág12 Segunda edição do Softex Experience reuniu ecossistema de inovação na Capital Federal EVENTOS Brasil avança três posições em ranking global de inovação e tecnologia pág8 TICS pág24 4Hábitos se beneficia do Programa DF Inovador para acelerar crescimento CASES TI brasileira é destaque no Gartner IT Symposium/Xpo™ 2022 pág26 EVENTOS pág33 Projeto desenvolvido na Fiocruz vai testar drone para transporte de material biológico no enfrentamento da COVID-19 CASES
pág36 Web Summit 2022 – O que ainda não te contaram ARTIGO pág16 17 especialistas em tecnologia apontam as principais tendências para este ano pág31 Projeto MCTI com a Softex capacitará deficientes visuais em Fortaleza pág38 Plataforma gratuita incentiva inovação aberta no Brasil pág43 Vem aí a segunda edição do Conecta Startup Brasil ACONTECE NO SETOR pág40 Empresas brasileiras voltam sua atenção para as oportunidades de negócios em Portugal EVENTO pág28 Softex destaca a força do setor de TICs para alavancar o comércio exterior no Enaex 2022 EVENTO
TICS
88% das empresas brasileiras já desenvolveram ações de inovação aberta, apura estudo da Softex
Por Karen Kornilovicz
Segundo dados apurados pelo estudo “O Panorama da Inovação Aberta nas Empresas do Brasil” elaborado pela Softex, as startups (67%) são o principal perfil de parceiros em ações de inovação aberta. O levantamento envolveu 63 organizações de todos os portes, mercados e regiões do país.
Entre as respondentes, 88% já desenvolvem ações de open innovation, 76% vêm realizando investimentos em inovação com recursos próprios, e 62,5% possuem programa de intraempreendedorismo. Foi também identificada uma crescente participação e engajamento da alta liderança na estratégia (89,3%). O levantamento constatou, ainda,
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que o desenvolvimento de provas de conceito é o principal modelo de relacionamento em inovação aberta com startups para 91,9% dos participantes.
É importante destacar a participação significativa de empresas de grande porte, que representaram 42,9% dos entrevistados. As micro, pequenas e médias responderam por 19% cada uma. Em relação ao perfil dos respondentes, 41,3% são executivos (C-level), 23,8% são gerentes ou coordenadores da área de inovação, 15,9% analistas ou assistentes de inovação e 9,5% analistas, coordenadores ou gerentes de outras áreas.
"Sabemos como é importante gerar informações qualificadas sobre esse tema. A partir dos aprendizados obtidos e compartilhados, conseguimos estabelecer estratégias e desenhos de operação voltados à inovação aberta de uma forma mais palpável e direcionada para melhor apoiar empresas, startups e ICTs”, explica Rayanny Nunes, líder de inovação da Softex.
Ela destaca que o estudo contextualiza o cenário no Brasil e no mundo, sua relação na estrutura das organizações e também o contexto econômico-social causado pela pandemia da COVID-19 para que seja possível compreender – de uma forma multidimensional – de que forma a inovação aberta vem sendo praticada por empresas de diversas regiões, portes e segmentos de atuação.
O levantamento aborda também seis tendências apontadas como as principais para inovação aberta no país nos próximos anos: o amadurecimento do corporate venture capital, a adoção da estratégia de fusões e aquisições para alavancagem de negócios, o corporate venture building como alternativa de concepção de novos negócios, maior participação em hubs de inovação, aposta nas joint ventures e em outros tipos de colaboração entre grandes organizações; e adoção de processos internos de governança e compliance. Neste levantamento, a Softex contou com o apoio de Accenture, Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI), FIEMG Lab, Open Innovation Brasil, Hélice, Angel Investor Club, BR Angels, Inno Science, ACE, ADVBRS, Carlos Pinto Advocacia Estratégica, Uplab e Semente Negócios. Para baixar o conteúdo completo, acesse https:// softex.br/pesquisa-de-inovacaoaberta-landing/#download_ pesquisa_inov
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TICS
Brasil avança três posições em ranking global de inovação e tecnologia
Por Mário Pereira
OBrasil ganhou três posições, passando da 57ª para a 54ª colocação, na edição de 2022 do Global Innovation Index (GII), estudo elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês), uma agência especializada das Nações Unidas.
O ranking é liderado pela Suíça, seguida pelos Estados Unidos, Suécia e Reino Unido. No balanço dos países da América Latina e Caribe, o Brasil ficou em 2º lugar, atrás do Chile e à frente do México. É o país mais bem posicionado da Região no indicador de sofisticação empresarial, ocupando a 35ª posição.
Entre os três fatores que levaram o país a melhorar sua colocação estão baixa retração do Produto Interno Bruto (PIB), inserção de novos indicadores no ranking e a boa atuação empresarial.
“Além de promover o crescimento econômico, a inovação apoia a criação de novas tecnologias e indústrias, contribui com o PIB, soluciona problemas da sociedade, melhora a qualidade de vida e
colabora para reduzir as desigualdades sociais”, destaca Ruben Delgado, presidente da Softex.
Segundo o Índice, no ano de 2021, os investimentos por parte das empresas que mais investem em P&D cresceu quase 10%, superando a marca de US$ 900 bilhões. Equipamentos de TIC e equipamentos elétricos; softwares e serviços de TIC; fármacos e biotecnologia; e construção e metais industriais foram os setores que impulsionaram essa expansão. O Índice Global de Inovação 2022 mede o desempenho dos ecossistemas da inovação de 132 economias e identifica as tendências globais mais recentes em matéria de inovação. O IGI é um dos principais instrumentos de referência para dirigentes empresariais, formuladores de políticas públicas e aos que buscam conhecimentos sobre a inovação no mundo. Ele é formado pela média de cinco pilares: instituições; capital humano e pesquisa; infraestrutura; sofisticação de mercado e sofisticação empresarial. Também são avaliados quesitos como insumos de inovação, produtos de conhecimento e tecnologia e produtos criativos, distribuídos em 81 indicadores.
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Softex lança guia gratuito reunindo 25 boas práticas para relacionamento com startups em
estágio inicial
A Softex e a HandsOn, braço de capacitação e inovação da entidade, lançaram o pocket guide “Fast Track” reunindo 25 boas práticas para gerar conexões e melhorar o relacionamento entre empresas e startups em estágio inicial.
O conteúdo é resultado de um estudo desenvolvido junto a doze empresas que
participaram da primeira edição do Programa Conecta Startup Brasil, uma ação conjunta entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Softex e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), atuando
como parceiro executor. Seu objetivo foi estimular, capacitar, conectar e apoiar startups em estágio inicial de todas as regiões do país.
O “Fast Track” aborda aspectos gerais sobre a jornada realizada por corporações desde a decisão por trabalhar com startups early stage, passando pelo planejamento, prospecção e seleção das oportunidades até a preparação, execução e avaliação da prova de conceito. Na construção do guia foram identificados os principais gargalos e acertos em iniciativas de codesenvolvimento com startups em estágio inicial, considerando sete pilares principais: relacionamento, liderança, estratégia, investimento, estrutura, cultura e processos. As 25 boas práticas relacionadas estão divididas em quatro ações principais: start e planejamento, prospecção e seleção, prova de conceito e contratação e avaliação. “A inovação é condição sine qua non para a sobrevivência e o fortalecimento das
corporações no mercado e não é sem razão que a inovação aberta vem crescendo exponencialmente. Ela é uma ferramenta fundamental para levar o Brasil a um novo patamar ao gerar conexões de valor para o ecossistema e fortalecer o modelo da quíntupla hélice. Para que possamos seguir impulsionando iniciativas em inovação aberta, é necessário compreender o que já foi realizado e dividir aprendizados. E é exatamente isso que estamos fazendo com esse guia”, explica Elisa Carlos, head de operações da Softex. Lançado em 2019, o Conecta Startup Brasil selecionou 100 startups e promoveu 53 matches com empresas interessadas em inovação aberta. Ao longo de seus 18 meses de execução, gerou 600 empregos diretos, impactou mais de 34 mil pessoas e auxiliou na captação de mais de R$ 5 milhões em investimentos. Para baixar o conteúdo completo do “Fast Track”, acesse https://softex.br/fasttrack-conecta/#download
EVENTOS
Segunda edição do Softex Experience reuniu ecossistema de inovação na Capital Federal
Por Karen Kornilovicz
ASoftex realizou em Brasília (DF), no último dia 23 de novembro, a segunda edição do “Softex Experience”, um dos maiores encontros de inovação do país. Por meio de experiências imersivas e conversas com especialistas, a proposta dessa edição foi a de apresentar oportunidades de negócios para empresas, startups, aceleradoras e instituições de ciência e de tecnologia de todo o Brasil.
O evento também marcou o encerramento do Programa DF Inovador, realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e executado pela Softex. Lançado no ano passado como parte das celebrações dos 61 anos da Capital Federal, o DF Inovador promoveu, ao longo dos últimos 18 meses, a inovação e a transformação digital de empresas e organizações do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do
Distrito Federal e Entorno (RIDE), além de desenvolver talentos conectados à nova economia digital. No Softex Experience 2, foram destacados dois casos de sucesso do DF Inovador. O primeiro envolveu a Companhia de Saneamento Brasileira do Distrito Federal (CAESB), que se conectou à startup S.E.R.A. GAMES STUDIO em busca de soluções em formato de jogos digitais para conscientização do público da CAESB sobre a importância da proteção e preservação das Áreas de Preservação de Mananciais (APMs).
O segundo foi com a 4 Hábitos, startup que usa inteligência aplicada ao descarte e reaproveitamento de resíduos, e a empresa Mr. Brownie, que teve por objetivo reduzir o impacto ambiental da indústria por meio de uma gestão sustentável dos resíduos com destinação correta para reciclagem, compostagem e coprocessamento.
Na oportunidade, foi anunciado o lançamento da segunda edição do programa Conecta Startup Brasil, que contará com R$ 4 milhões em recursos para fomento de startups em estágio inicial sem comprometimento de participação societária ( equity free ).
Segundo o presidente da Softex, Ruben Delgado, o Conecta Startup Brasil é fundamental para que os novos negócios apareçam e ganhem destaque no mercado de inovações.
Para o gerente da unidade de difusão de tecnologias da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Bruno Jorge Soares, o aprendizado com o Conecta Startup Brasil possibilitou uma melhor interação com as empresas, gerando resultados positivos. “O processo de consolidação das políticas está coordenado e alinhado com todos os entes e parceiros que apoiam o ecossistema,” apontou. “Com isso, temos um mercado com empreendedores com foco em suas demandas criando assim produtos e soluções tecnológicas que atendem às necessidades da sociedade”. A pauta do Softex Experience também discutiu a inovação além da POC, estratégias de sucesso e boas práticas no relacionamento com startups early stage, tendências para o futuro, internacionalização como estratégia de crescimento e innovation skills para cenários dinâmicos.
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“Quando você consegue reunir startups, ICTs e aceleradoras em um mesmo ambiente, naturalmente já nascem ideias, soluções e acordos, ainda mais quando se tem o Ministério, as agências, todos reunidos e falando a mesma língua”, ressaltou.
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ACONTECE NO SETOR
17 especialistas em tecnologia apontam o que será tendência em diversos
segmentos em 2023
Por Redação Softex
O ano de 2022 foi marcado pelo investimento em tecnologia: de ferramentas simples que auxiliam a gestão e operação das empresas até as novas possibilidades trazidas pelo metaverso, soluções tecnológicas têm acelerado a inovação no mundo todo. Em 2023 não será diferente: 90% das empresas da América Latina pretendem aumentar os investimentos em tecnologias emergentes nos próximos 12 meses, de acordo com uma pesquisa do Harvard Business Review Analytic Services e NTT DATA. Ouvimos a opinião de especialistas na área de tecnologia em diferentes
segmentos para apontar quais soluções e inovações deverão ser destaque em 2023. Confira a seguir as principais tendências: Web 3.0:
tokens operacionais para mais engajamento
No âmbito da Web 3.0, para Alexandre Adoglio, CEO e cofundador da startup Sonica, plataforma sem código para projetos Web 3.0, a expectativa para 2023 é que haja um movimento de maior adoção nos tokens operacionais, que serão utilizados para gerar maior tração e
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engajamento online. “Embora tenha tido uma vertiginosa adoção inicial, as NFTs de imagens colecionáveis serão substituídas pelos tokens operacionais, que são os assets digitais com funções específicas na jornada online dos usuários em interface com marcas e negócios”, explica Adoglio. “Desde tokens gates para acesso a áreas restritas de projetos e benefícios exclusivos, NFTs sociais para acesso a comunidades e até tokens de participação e votação, que serão utilizados para ampliar o alcance de empresas, projetos e iniciativas”, exemplifica o empresário.
Finanças verdes: impacto positivo para o planeta
O aumento no número de consumidores que priorizam ações sustentáveis fez com que empresas precisassem definir resultados claros nesse âmbito. O termo finanças verdes classifica uma economia que olha para o presente pensando em um futuro com foco em sustentabilidade. Para Jackson Chirollo, CEO e cofundador da Edmond, ecossistema tecnológico para transição energética no Brasil, as finanças verdes devem ganhar força em 2023. "Seja para aderir a energia renovável, garantir economia circular ou para proteger a biodiversidade, as finanças verdes impulsionam um movimento alinhado às preocupações quanto ao não atingimento das metas do
Acordo de Paris", pontua. Chirollo compartilha que, por meio da vertical Edmond Bank, a expectativa é disponibilizar, nos próximos meses, soluções de financiamento de longo prazo para diversos perfis de públicos que desejam contribuir com a descarbonização e descentralização. "Empresas que ainda não estão pensando no desenvolvimento sustentável já estão ficando para trás", complementa.
Varejo: Execução 4.0 e o uso de dados
Pedro Galoppini, CPO da Involves, afirma que o uso de dados na relação entre varejo e indústria será cada vez mais avançado em 2023. Informações coletadas em pontos de venda, como lojas físicas e supermercados, ajudam a indústria a repensar produção e distribuição de produtos, que serão cada vez mais personalizados conforme o público-alvo, evitando desperdícios ou falta de itens em estoque. Para Galoppini, o varejo precisa caminhar para uma transição no conceito de Execução 4.0, que demonstra o papel cada vez mais estratégico na tomada de decisão baseada em dados. A nova tendência de execução nos pontos de venda está conectada à inteligência artificial que gera informações mais precisas tanto aos lojistas quanto à indústria. "O tema da Execução 4.0 está em conectar a um nível de dados e inteligência artificial a indústria e o varejo. Só assim os dois vão conseguir
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atuar juntos para atacar os problemas que ambos sofrem", explica o CPO da empresa que desenvolve plataformas de inteligência artificial que impulsionam os resultados do varejo e da indústria no ponto de venda.
Supply Chain: automação e robótica na cadeia de suprimentos
A corrida por mais velocidade e acuracidade nas operações do varejo exige investimento em tecnologia nos armazéns. Segundo Marco Beczkowski, diretor de vendas e CS da Manhattan Associates, multinacional líder em tecnologia para a cadeia de suprimentos, o ano de 2023 será marcado por uma aceleração significativa do uso de automação e robótica. “Embora não esperemos que os robôs substituam os humanos nos principais papéis da cadeia de suprimentos, veremos um progresso maior na colaboração entre homem e máquina à medida que mais robôs forem desenvolvidos para complementar a força de trabalho humana assumindo tarefas mundanas e repetitivas”, explica. A automação e a robótica têm sido temas de grande interesse para os varejistas, mas muitos não iniciaram a sua utilização devido a desafios de recursos dos fornecedores. “Vemos essas restrições diminuindo e o crescimento do modelo Robots
as a Service provavelmente aumentará em popularidade em 2023, à medida que os varejistas "alcançam" suas estratégias de automação.
Eventos híbridos: gamificação e democratização do conteúdo
Uma herança da pandemia para o setor de eventos foi a maior digitalização do mercado; com o surgimento, inclusive, dos chamados eventos híbridos, que contam com um maior uso de tecnologia e a criação de alternativas, transmissões e conteúdos online, tudo combinado às ações presenciais. No primeiro semestre de 2022, por exemplo, a Yazo, maior fornecedora de aplicativos para eventos da América Latina, teve um aumento de 245% na demanda. "Os eventos mais inovadores do país estão apostando nas plataformas digitais e no conceito de gamificação como forma de aumentar o engajamento do público com o conteúdo e as marcas presentes, além de facilitar as trocas entre os próprios participantes", afirma Guilherme Silva, CMO da Yazo. "As atrações online ganharam espaço ao longo dos meses de pandemia, democratizando o acesso ao conteúdo oferecido nos eventos, e devem se manter; com cada vez mais congressos e convenções adotando o formato híbrido."
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Agricultura: avanços em ferramentas de automação
Na agricultura, o uso de ferramentas de automação deve ganhar ainda mais força. Segundo Alexandre Alencar, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da divisão de Agricultura da Hexagon, a automação plena ainda está longe de ser realidade, mas a tecnologia vem avançando rapidamente. “Os sistemas de automação garantem uma série de benefícios. Com a utilização do piloto automático na lavoura, por exemplo, você tem certeza de estar executando a operação exatamente em cima da linha de cultivo, posicionando a máquina no local correto para a colheita, o plantio ou aplicação de insumos”, explica. Em um futuro não tão distante, as máquinas serão cada vez mais independentes da ação humana. Para 2023, segundo Alexandre, a agricultura verá ainda mais investimentos em tecnologia neste sentido. “Isso significa tirar o esforço físico e transformar a ação do homem em atividade intelectual, para que ele trabalhe com decisões e deixe o trabalho pesado e monótono apenas para as máquinas”.
Indústria 4.0:
anos. Um dos grandes desafios, entretanto, tem sido a conexão com a internet, que deve ser resolvido com a chegada da tecnologia 5G. Em 2023, a rede abrirá portas e ajudará no alcance da maturidade digital nas indústrias e negócios em geral. A análise é do diretor executivo do Join.Valle, Fabiano Dell Agnolo, movimento que promove o empreendedorismo e a inovação em Joinville e que busca impulsionar inovações na cidade industrial: "A análise de dados é essencial para um bom funcionamento das empresas e, com a chegada do 5G, a distribuição de informações das máquinas para a nuvem será otimizada. Agora, o objetivo é ampliar o acesso ao 5G e tornar possível essa hiperconexão”. Segundo ele, a geração de dados dos processos e equipamentos simultaneamente, e geridos por plataformas em nuvem possibilitam muita eficiência na gestão, o que, naturalmente, promove ganhos de competitividade global.
5G deve promover maturidade
digital
A Indústria 4.0 vem ganhando relevância no Brasil nos últimos
Outra tendência para 2023 está nas tecnologias que permitam a gestão de redes e centrais de negócios e franquias, modelos de negócios que costumam ter muita fricção nas informações e na padronização de processos, dada a particularidade das unidades de um grupo de negócios. A aposta da Área Central, pioneira
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PMEs: soluções de gestão integrada e compras conjuntas
em soluções de negociação para as centrais de negócios brasileiras, é o crescimento das plataformas integradas de gestão e de compras coletivas. Jonatan da Costa, CEO da scale-up, aponta que a redução dos custos e o equilíbrio financeiro serão foco das empresas em 2023. Em um cenário de instabilidade econômica global, unir esforços é um dos principais ganhos para empresas de diferentes segmentos. Com isso, as compras em conjunto devem ser vistas como oportunidades para que as redes de negócios negociem melhores preços. “Além da economia, essas estratégias geram aumento da competitividade, agilidade e automação das operações e fornecem uma ampla base de dados que favorece tomadas de decisão mais inteligentes”.
Segurança de dados: sistema imunológico digital
Desde a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), muitas empresas ampliaram suas políticas e diretrizes para garantir a segurança das informações dos clientes. Em 2023, a tendência é que os gestores busquem por novas práticas para que suas equipes possam agregar valor aos produtos e mitigar os riscos de vazamentos. Isso já é realidade na Aurum, empresa de tecnologia especializada em softwares jurídicos. O grupo investiu na criação de equipes especializadas
e na implantação de processos de segurança da informação e inteligência contra ameaças. A CEO, Marcela Quint, conta sobre a estratégia: “implementamos várias melhorias, como o processo de resposta a incidentes, o desenvolvimento da cultura de segurança na empresa, a montagem de um time de cibersegurança e a adoção de ferramentas de Cyber Threat Intelligence. Essas práticas reduzem os gaps, aumentam a confiança dos clientes e auxiliam no crescimento da Aurum."
Superapps: hub completo de soluções
Apontados pela consultoria Gartner como uma das dez principais tendências de tecnologia para 2023, os superapps são plataformas que oferecem uma variedade de ferramentas e serviços a partir da mesma interface. Em diferentes setores, empresas estão apresentando soluções que se propõem a responder todas as demandas e dores de seus respectivos nichos. "Nossa plataforma começou como um aplicativo para reserva de estações de trabalho, com foco no modelo híbrido", exemplifica Flahane Roza, Head de Marketing da Deskbee, empresa de tecnologia que oferece uma solução completa de gestão do workplace. "Desde que começamos, porém, expandimos nossas funcionalidades. Hoje, a Deskbee conta com diversos tipos de mapeamentos, reserva de salas
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físicas combinada com reuniões online, integração com controles de acesso a prédios, módulo de chamados customizados, dashboards inteligentes que entregam analytics sobre a ocupação de diferentes áreas da empresa... Ou seja, um hub completo para colaboradores e gestores."
Fintechs: plataformas em nuvem
Até o ano de 2027 mais de 50% das empresas usarão plataformas em nuvem para acelerar as iniciativas de negócios. A projeção foi divulgada pela consultoria Gartner, que colocou a tecnologia entre as 10 principais tendências estratégicas para o ano de 2023. No setor financeiro, as fintechs têm adotado cada vez mais soluções no modelo Software as a Service (SaaS), em vez de optar por sistemas com instalação local. A tendência deve ganhar ainda mais força em 2023. Segundo Felipe Santiago, CEO da CashWay, as soluções SaaS — ou BaaS, no caso do segmento bancário — oferecem diversas vantagens, entre as quais a redução de custos e a agilidade. “O investimento permite que a fintech foque no próprio negócio, contratando a infraestrutura como serviço. Além disso, as plataformas na nuvem oferecem atualizações automáticas, escalabilidade e facilidade para incorporar novas funcionalidades, vantagens cada vez mais necessárias para o universo das fintechs”, explica.
Mercado financeiro: integração com startups
Novidades como Pix, Open Finance e Real Digital, além do crescimento das fintechs, têm trazido mudanças para o mercado financeiro, que necessita inovar. Para 2023, essas transformações devem se intensificar, segundo André Mello, CEO da RTM, empresa da Anbima e da B3, que hoje é o principal hub integrador do mercado financeiro. “Ocorre uma movimentação para a modernização do setor bancário, impulsionada pelas fintechs e pelas regulamentações do Banco Central, que buscam a digitalização do segmento”, aponta André. Ele diz ainda que a busca por soluções ágeis e práticas para o trabalho são tendência. “A mais recente inovação da RTM nesse sentido é a RTM Community, uma soft turret que permite que traders e profissionais do setor se comuniquem via plataforma para fechar negócios, utilizando qualquer dispositivo, como smartphone, computador ou tablet, de qualquer lugar, sempre cumprindo com todos os requisitos de compliance e auditoria exigidos no setor”, pontua.
Franquias: tecnologia de autoavaliação
A padronização é uma característica fundamental do franchising – por isso existem as auditorias, comuns
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em toda empresa do segmento. Ao longo da pandemia, porém, muitas redes adotaram as chamadas autoavaliações: com apoio da tecnologia, as marcas disponibilizam listas de itens a serem verificados em cada unidade; e os franqueados, por sua vez, preenchem as listas e informam todos os pontos de atenção para manutenção da padronização e qualidade da rede. "Mesmo após o abrandamento da pandemia, as rotinas de autoavaliação se mantém populares, porque simplificam um processo que costumava exigir muito investimento de tempo e dinheiro", afirma Guilherme Reitz, CEO e cofundador da Yungas, plataforma especializada na gestão e comunicação de grandes redes, que conta com o autochecklist como um de seus módulos. "A autoavaliação provou que funciona, dá mais autonomia às unidades, e reduz o atrito entre franqueados e franqueadores."
Backoffice: hiperautomação em gestão
No segmento de gestão, a hiperautomação é uma tendência que seguirá forte em 2023 e descomplicará cada vez mais a administração e tomada de decisões no âmbito empresarial. Pelo menos essa é a avaliação feita por Odair Behnke, executivo de Operações com o Mercado da WK, empresa
especializada em ERP. “Quanto mais integrado for o sistema de gestão, melhor será o controle sobre os processos internos e externos que impactam o negócio. Isso porque, como o próprio nome sugere, a integração coloca em um único lugar todas as informações geradas na empresa, facilitando processos desde o chão de fábrica ao RH”, explica. O executivo cita como exemplo de hiperautomação o ERP WK Radar que, dentre outras coisas, oferece até serviços bancários, nativamente. “A união de tecnologias permite que o time opere todas as funcionalidades de um bom sistema de gestão e, além disso, oferece serviços bancários, como recebimentos e pagamentos de boletos através do próprio ERP, sem a necessidade de mudanças de telas e acesso a diferentes plataformas”.
Desenvolvimento: low-code para processos
Devido ao aumento do trabalho remoto, o mercado projetou um crescimento expressivo para ferramentas de desenvolvimento low-code/no-code. Isso porque a tecnologia se mostrou eficiente em lidar com alguns dos desafios no que diz respeito, principalmente, à digitalização de fluxos de trabalho. Flávio Gonçalves, CEO da SIPPulse, empresa que desenvolve soluções para o mercado de telecomunicações,
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explica que a tecnologia exige menos programação do que outros sistemas. “Plataformas low-code possibilitam a rápida criação e implementação de novos aplicativos de software sem codificação para automação de fluxos”. Segundo Flávio, a automação será prioridade estratégica para as empresas em 2023. “A adoção das plataformas com recursos lowcode vai impactar diretamente no desenvolvimento de novos produtos, melhor experiência para clientes e funcionários, mais valor e receita para as empresas”, finaliza.
RH: Continuous Sensing como modelo de gestão de engajamento
Para a Pulses, HRtech que tem soluções de clima organizacional, engajamento e performance medidos de forma contínua, as pesquisas anuais de clima já não fazem mais parte do futuro. A empresa defende um modelo de escuta contínuo, onde o colaborador pode dar opiniões através de "pulsos", que são perguntas rápidas, de forma semanal ou quinzenal. Assim, os gestores conseguem ter informações em tempo real sobre o que está acontecendo com a organização. "Ouvir continuamente já é um novo padrão da indústria que tem avançado em todo o mundo. E não só ouvir, mas também responder e fazer algo a respeito. A inteligência artificial é uma excelente aliada para isso, porque ela consegue coletar dados
sobre os principais indicadores de gestão de pessoas e trazer insights para os líderes de maneira rápida, fácil e automatizada", explica Cesar Nanci, CEO da Pulses.
E-commerces: venda de produtos através das redes sociais
Conhecido como Social Commerce, as vendas através de redes sociais, como Facebook, Instagram, WhatsApp e TikTok, já somam U$ 492 bilhões em todo o mundo. E a tendência é só aumentar: segundo uma pesquisa da Accenture, esse tipo de comércio deve crescer três vezes mais rápido que as lojas virtuais tradicionais, alcançando U$ 1,2 trilhões em 2025. Para Pedro Paranhos, gerente de marketing LATAM da edrone, startup especializada em CRM e marketing de automação para e-commerce, isso acontece porque as redes sociais oferecem um canal mais próximo dos consumidores, com uma experiência diferenciada, conteúdos criativos e troca de mensagens diretas. "Investir em Social Commerce é uma estratégia que deve estar nos planejamentos das lojas virtuais em 2023. Além do custo baixo, as vendas nas redes sociais ainda oferecem mais proximidade com o público, facilitando o processo de compra, oferecendo mais chances de promoção e aumentando a fidelização dos clientes", define.
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4Hábitos se beneficia do Programa DF Inovador para acelerar crescimento CASES
Por Mário Pereira
Separar, reduzir, recuperar e multiplicar. Esses são os pilares da 4Hábitos, startup criada em 2019 com o propósito de zerar o envio de detritos para aterros sanitários. A empresa foi surpreendida com a chegada da pandemia e acabou concentrando seus esforços no tratamento do lixo gerado pelos condomínios. “Foi um aprendizado importante para nós”, relembra Ícaro Rezende, CTO da 4Hábitos, “pois descobrimos na prática que a rentabilidade era baixa, não viabilizando a operação”. A empresa decidiu, então, mudar de rota e apostar no segmento de logística, participando de um edital de inovação aberta do Governo de Minas Gerais para o Porto Seco de Varginha. Trabalhando com um lixo de maior qualidade e fácil de ser separado – incluindo pallets de madeira, fardos, plásticos e papelão caixa – a 4Hábitos constatou a viabilidade comercial da operação. “No estágio seguinte de crescimento da nossa empresa foi muito importante o papel do DF Inovador”, destaca Ícaro Rezende.
O Programa DF Inovador, uma política pública da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) executado pela Softex, tem entre seus objetivos a inovação e o aumento da competitividade local.
A parceria com o DF Inovador viabilizou a queima de etapas. “Fizemos a expansão paralelamente à validação de mercado”, analisa o executivo, informando que hoje a empresa atende a Ambev no Distrito Federal e nos estados de Minas, Santa Catarina e Amazonas. “As perspectivas da 4Hábitos para 2023 apontam para um forte crescimento, com a consolidação do processo de expansão da empresa”, conclui Ícaro Rezende.
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“O programa nos permitiu validar um novo nicho de atuação focado na produção de alimentos, com o tratamento dos resíduos de embalagens e de alimentos através da parceria com a Mr. Brownie”.
EVENTO TI brasileira é destaque no Gartner IT Symposium/Xpo™ 2022
Por Redação Softex
Omelhor evento de todos os tempos. Foi assim que os participantes do Gartner IT Symposium/Xpo™ 2022, o maior e mais importante encontro anual de chief information officers (CIOs) e de líderes da indústria de TI dos Estados Unidos, resumiram suas experiências na conferência, realizada no final do último mês de novembro em Orlando, na Flórida. Pelo 16° ano, em mais uma ação do Projeto Brasil IT+, desenvolvido pela Softex e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Brasil esteve presente ao evento com uma delegação integrada por 22 empresas e startups. Hoje, cerca de 70% das exportações de software e serviços de tecnologia do Brasil são absorvidas pelo mercado norte-americano e o evento é uma importante porta de entrada para esse mercado, uma vez que 79% do seu público têm como sede os Estados Unidos. Nesta edição, o Gartner IT Symposium/Xpo™ recebeu mais de 9.000 CIOs e executivos de tecnologia em busca de insights e de soluções inovadoras capazes de acelerar seus negócios digitais. Segundo dados dos organizadores, o orçamento médio de compra
durante a conferência é de US$ 1,5 milhão para equipes de 3 ou mais participantes da mesma empresa. Mais de 600 leads de negócios foram captados no estande do Brasil IT+. “Foi uma experiência muito enriquecedora e nos faz realmente pensar sobre como serão os próximos anos no mercado de TI”, analisa Vinícius Boemeke, CEO & Co-Founder da Pulsus, referência em solução de gerenciamento de dispositivos móveis (MDM) com quase um milhão de aparelhos gerenciados em todo o Brasil, na América Latina e na África. Guilherme Mercurio, CTO da ROIT, startup que se tornou referência nos mercados brasileiro e internacional na gestão hiperautomatizada das áreas contábil, fiscal e financeira de empresas, destaca que “além de visitas e muitas reuniões, nosso objetivo foi nos atualizar sobre as novas tecnologias e tendências de inovação para aplicá-las em nossas soluções”.
Entre as discussões mais relevantes na conferência, o novo papel dos executivos de TI nas áreas de negócios das empresas, os desafios da economia mundial, o futuro das tecnologias emergentes e a crítica escassez de talentos no setor, uma questão que preocupa 80% dos CEOs, segundo pesquisa divulgada lá pelo Gartner.
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EVENTO
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Softex destaca a força do setor de TICs para alavancar o comércio exterior no Enaex 2022
Discutir soluções viáveis para alcançar o crescimento econômico sustentável do Brasil por meio do comércio exterior, gerando renda, empregos qualificados e inclusão social foi o objetivo do Enaex 2022, o mais importante e tradicional evento desse segmento realizado nos dias 17 e 18 de novembro em ambiente online dedicado.
Por Redação Softex
Para apresentar as oportunidades que a indústria de software e serviços de TIC tem a oferecer para alavancar a balança comercial nacional, a Softex participou de um painel especial com a presença da especialista em comércio exterior e líder de Projetos Internacionais na entidade, Jéssica Dias. Na ocasião, foram detalhados os prognósticos positivos e o desempenho superior ao global registrado pela Indústria de Software e Serviços de TIC (ISSTIC) nacional em 2021, o perfil que compõe esta área tão transformadora e impulsionadora do desenvolvimento do país, bem como o trabalho desenvolvido pela Softex em prol do fomento à internacionalização de empresas brasileiras. O relatório aponta que após dois anos de desaceleração no volume de serviços de TIC transacionados com o mercado internacional, o Brasil apresentou estabilidade em 2020, movimentando US$ 8,5 bilhões em negócios, um incremento de 7,7% que nos coloca na 24ª posição na corrente de comércio mundial. Desde o início da série histórica, em 2005, o Brasil exibe déficit na balança comercial de serviços do setor de TI e telecomunicações: o país adquire mais serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação do que fornece ao exterior. Em 2020, o saldo registrou saída de US$ 3,5 bilhões, que aprofundou o déficit comercial
Apesar do déficit comercial histórico, cabe ressaltar que o crescimento médio anual das exportações foi bastante superior ao das importações no período – de 13,8%, comparado com 7,8% das importações, entre 2005 e 2020.
Em termos de projeções futuras para o Brasil, o relatório estima para a ISSTIC gastos 8,2% maiores em 2022, chegando à casa dos US$ 69,7 bilhões, o equivalente a um aumento de 1,3% na participação no mercado mundial de serviços de TIC. Esse desempenho estaria relacionado ao mercado de software, impulsionado pelo crescimento da economia digital como resposta ao novo cenário gerado pela pandemia, demandando investimentos consideráveis em segurança de dados e na aceleração da migração para a nuvem.
Internacionalização
Recentemente, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Softex anunciaram a renovação para o biênio 2022-2024 do convênio para internacionalização competitiva de empresas desenvolvedoras de software e prestadoras de serviços de TI.
No Enaex 2022, Jéssica Dias, líder de Projetos Internacionais na Softex, comentou sobre a importância estratégica do apoio à internacionalização das empresas deste segmento para a melhora da balança comercial do país, bem como sobre os desafios e as oportunidades.
Nos próximos dois anos, R$ 20 milhões serão investidos em ações de promoção comercial no exterior e oferecidas ações estruturantes focadas em capacitação e inteligência comercial, além do suporte para a presença nos maiores eventos de tecnologia do mundo com foco em prospecção e realização de negócios com valores subsidiados.
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ACONTECE NO SETOR
Por Redação Softex
Projeto MCTI com a Softex capacitará 120 deficientes visuais como programadores em Fortaleza
No Brasil, mais de 7 milhões de pessoas apresentam alguma deficiência visual, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, cerca de 580 mil são completamente cegas e mais de 6,5 milhões apresentam baixa visão, seja por consequências
congênitas ou adquiridas ao longo da vida.
Como parte de um projeto-piloto entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Softex e a Universidade Estadual do Ceará (UECE), 120 deficientes visuais participarão de um programapiloto de alfabetização digital para transformá-los em programadores.
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“De acordo com a pesquisa nacional de saúde, apenas 1% consegue colocação no mercado de trabalho. Daí a importância de desenvolvermos políticas públicas específicas que possam ajudar a corrigir essa exclusão e, também, garantir a esse enorme contingente
de pessoas uma atividade de maior valor agregado em todos os sentidos”, explica Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex.
“O setor de tecnologia pode ajudar a corrigir essa exclusão oferecendo a esse contingente postos de trabalho mais bem remunerados, ajudando a indústria a reduzir esse gap e preenchendo as vagas em aberto para pessoas com deficiência”, complementa Ruben Delgado, presidente da Softex. Além do MCTI e da Softex, o projeto, com recursos totais da ordem de R$ 3 milhões, conta também com a parceria do Instituto Iracema, que terá a responsabilidade de desenvolver a metodologia e auxiliar na redução dos custos de produção dos teclados, mouses e impressoras a serem utilizados pelos alunos.
CASES
Projeto desenvolvido na Fiocruz vai
testar
drone para transporte de material biológico no enfrentamento da COVID-19
Por Redação Softex
Um projeto inovador da Fiocruz Brasília, em parceria com a startup H4ndsLab e o Programa DF Inovador, realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e executado pela Softex, vai testar, em cooperação técnica com a Universidade de Brasília (UnB) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF), o transporte de material biológico para a vigilância da
COVID-19 e a tuberculose utilizando drones. A proposta tem potencial para transformar a forma como é feita a logística deste tipo de conteúdo no Brasil. Em um país continental, com diferenças de terrenos e transportes, realizar este tipo de deslocamento é um marco.
A ideia se iniciou quando a pesquisadora Izabela Gimenes, do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz (INCQS), se inscreveu nas chamadas
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públicas de Intraempreendedorismo e de Inovação Aberta do Programa DF Inovador. O trabalho que ela realiza desenvolve métodos alternativos ao uso de animais e, nesta pesquisa, é necessário coletar o olho do boi para utilização da córnea para fazer um teste toxicológico de irritação ocular.
O problema é que o abatedouro disponível em cooperação com a Fiocruz fica em uma cidade distante 200km, em Barra Mansa (RJ). E o material biológico precisa ficar o maior tempo possível no laboratório. O ideal é utilizar o material em um período de quatro horas após a retirada do animal. Mas a distância torna isto inviável. O problema enfrentado pela pesquisadora era extremamente específico. Após a realização de uma pesquisa de mercado e muitas reuniões entre o pesquisador Wagner Martins, responsável pela incubadora do Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (CTIS), a equipe de inovação e jurídica da Gerência Regional de Brasília (Gereb/Fiocruz Brasília), a startup H4ndsLab e Izabela Gimenes (INCQS), decidiram expandir o negócio. Surgiu de Martins a ideia de analisar a possibilidade do uso de drones para este transporte. O pesquisador também sugeriu visita técnica ao Lacen para prospectar a viabilidade do projeto. Assim foi criada a Scilog, empresa responsável pela ideia da criação da malha aérea para gestão de processos logísticos e materiais biológicos por meio de Drone as a Service (DaaS).
O conceito provado foi uma simulação de como seria o transporte de material biológico pelo drone. Apesar de não ter o conteúdo orgânico na caixa de transporte, a demonstração utilizou o condicionamento em situação real, com controle de temperatura refrigerada, altitude, umidade e rastreamento. Para a Prova de Conceito desenvolvida durante o programa de inovação, o drone percorreu 8,2 km em 16 minutos. De carro, esta mesma distância demoraria até 40 minutos. Os custos também foram reduzidos em 28%, em comparação com o transporte terrestre, feito com automóvel. O drone em si já é inovador, e foi construído para este projeto. Ele não utiliza pista de aterrisagem ou decolagem, já que o equipamento faz o movimento de levantar e voar. “A Scilog foi convidada para ser acelerada na Fiocruz Brasília, um local onde o ecossistema está aberto para a solução de desafios. A rapidez neste desenvolvimento foi possível porque a Fiocruz Brasília tinha processos internos já mapeados para fazer essa cooperação. Tivemos parceria com a área jurídica, de propriedade intelectual, o Colaboratório de CTIS, e a startup [H4ndsLab] que tem a rapidez em trazer soluções”, ressalta Izabela. Os agentes de inovação da Fiocruz Brasília acompanharam todo o processo de inovação aberta e puderam orientar para implementação do projeto, tanto do ponto de vista da inovação, com base na Lei de Inovação Tecnológica, quanto em orientações jurídicas.
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“Esse projeto é muito importante para a entrega de órgãos para transplante, por exemplo. Ou para facilitar a entrega de sangue. Acreditamos que podemos auxiliar institutos, instituições de pesquisa, laboratórios, farmacêuticas, hospitais, entre outros, a acelerar o desenvolvimento de soluções que agreguem valor a vida do ser humano”, avalia Luis Eduardo Ludgero, fundador da H4ndsLab e da Scilog.
Próximos passos
Agora, o projeto vai para a fase de experimentação na Plataforma de Inteligência Cooperativa com Atenção Primária à Saúde (Picaps), uma parceria entre a Fiocruz Brasília e Universidade de Brasília (UnB), no núcleo da inteligência epidemiológica. Neste momento, a Picaps irá agregar o laboratório do Núcleo de Medicina Tropical, da Faculdade de Medicina, coordenado pela professora Fabíola Zucchi. A ideia é testar o uso de
drones no serviço de saúde pública em projeto de doutorado da aluna Olga Machado, de vigilância genômica para monitoramento de casos de tuberculose associados à COVID-19. O projeto utilizará dados de outro parceiro, o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen). A área de Assessoria Jurídica da Fiocruz Brasília prepara instrumentos legais para que o projeto tenha o sistema real desenvolvido e aprovado, com todas as licenças prontas para operação. “Nos últimos cinco anos, o volume de acordos entre empresas e startups cresceu 20 vezes. Políticas públicas como esta do DF Inovador, além de incentivarem os investimentos em inovação, colaboram para fomentar o desenvolvimento social e econômico, criam instrumentos regulatórios, aproximam diferentes players e ainda produzem o ambiente propício para a geração de novos negócios”, avalia Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex.
ARTIGO
Web Summit 2022 – O
ainda não te contaram
que
Por Leonardo Nogueira, CEO da Prosperi, especializada no uso da tecnologia Microsoft para Colaboração, Conteúdo e Gerenciamento de Projetos e Portfólio
No mês de novembro os feeds de nossas redes sociais e nossas principais fontes de informação nos inundaram de conteúdo sobre o Web Summit que foi realizado nos primeiros dias de novembro, em terras lusitanas, mais especificamente em Lisboa, logo, todos já sabemos da empolgação das palmas da audiência para o nosso conterrâneo KondZilla no último dia do evento. Ouvimos também que o tema das mudanças climáticas
esteve presente a todo momento, com destaque para as iniciativas de descarbonização apresentadas pela Lisa Jackson da Apple e por Brad Smith da Microsoft, e, da grande surpresa do evento de abertura, a presença da primeira-dama Ucraniana Olena Zelenska nos alertando que a tecnologia também pode ser mal utilizada ao citar que “a Rússia usa a tecnologia a serviço do terror”. Falando da presença da primeiradama, conseguem imaginar o aparato
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de segurança que foi estabelecido no evento, impulsionado pela sua presença? Agora, imaginem como circular mais de 70 mil pessoas pelas duas entradas principais? Sim, o resultado de tudo isto foi a formação de filas e mais filas, algumas de quase duas horas de espera para entrar no pavilhão. Para quem já visitou os parques em Orlando, a sensação foi muito semelhante, 90 minutos de fila para finalmente ter a oportunidade de usufruir da atração, com a pequena diferença que após a fila, os 4 pavilhões e o palco central do evento lá estavam a nossa disposição e a atmosfera dentro do “Parque das Nações” lembrava o Rio de Janeiro durante os jogos olímpicos. Pessoas de todas as partes do mundo circulando pelos pavilhões, center stage e Food & Wine Summit (diversos food trucks e barraquinhas de guloseimas e vinhos) e criando um ambiente de confraternização, alegria em torno dos stands e das competições de pitchs, que se expandiu para toda Lisboa durante toda a semana. Neste mundo de gente, o Brasil se fez muito bem representado, com mais de 600 empresas participando com o apoio da APEX/SOFTEX/SEBRAE. O stand do Brasil, localizado no pavilhão 3, estava, sem dúvida, entre os mais bonitos do evento, porém, a apresentação do stand da Alemanha, com sua arquibancada e suas diversas startups distribuídas em espaços de exposição, surpreendeu a todos, mostrando uma imagem criativa e descontraída para o País.
Dentro de cada pavilhão, além dos stands, tinham as diversas “plenárias”, divididas por temas, onde, em algumas ouviam-se pitchs de startups, em outras, assuntos como blockchain, inovação, investimentos, desenvolvimento de software, robótica, inteligência artificial, ESG etc. Praticamente todas as seções se limitavam a 20 minutos, o que parece uma tendência atual, onde a informação precisa ser transmitida de forma quase instantânea, como nos vídeos curtos das redes sociais. Mesmo em sessões tão curtas, era constante o discurso de que os investimentos estão se tornando mais escassos e que o momento é de capital mais caro, porém, em paralelo a esta quase unanimidade, muitas vezes vinha à tona que os investidores estão com olhar atento e com apetite para investir em empresas e soluções ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança, em português).
Ao final, fica a lição que, independentemente do setor, as empresas precisam comprovar o impacto social e ambiental de suas iniciativas e cumprir o papel de transformação positiva da sociedade. Agora é esperar pelo Websummit Rio de Janeiro, para assim como Portugal, mostramos ao mundo que estamos engajados, unidos e criando ambiente favorável para a disseminação da cultura do empreendedorismo e que nossa criatividade, inovação e tecnologia irão extrapolar nossas fronteiras e ajudarão a melhorar o nosso planeta.
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ACONTECE NO SETOR Plataforma
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gratuita incentiva
inovação aberta no Brasil
O Programa VIAS lança mais dois serviços gratuitos com o objetivo de conectar empresas e startups Por Redação Softex
OPrograma VIAS – Vetor de Inovação Aberta com Startups está ampliando a oferta de serviços gratuitos oferecidos na plataforma com o lançamento do VIAS teia e do VIAS verso. Iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Softex, realizada como parte da estratégia ABDI Open, o programa teve seu primeiro passo no VIAS scan, que tem por objetivo identificar o nível de maturidade do relacionamento entre empresas e startups por meio de um inédito diagnóstico personalizado e indicação de boas práticas.
Está agora também disponível na plataforma o VIAS teia, que visa fomentar as conexões com o ecossistema de inovação para impulsionar empresas e startups para um melhor relacionamento em inovação aberta. Para tanto, ele fornece uma vitrine de 12 parceiros de todas as regiões do país, com iniciativas, ações e programas que podem oferecer soluções para os diversos desafios mapeados no VIAS scan. Já o VIAS verso consiste em uma série de conteúdos online sobre boas práticas, conexão, tecnologias da indústria 4.0, tendências, estratégias e processos para que empresas e startups avancem na maturidade de seus relacionamentos. Os temas são abordados por profissionais relevantes do ecossistema de inovação brasileiro. Mais de 100 startups e empresas de todas as regiões do país já realizaram o diagnóstico do VIAS scan, entre elas a Votorantim Cimentos. “A área de inovação, como muitas outras dentro de uma organização, normalmente trabalha no automático buscando velocidade e resultados. Mas, de tempos em tempos, reavaliamos nossas estratégias e rotas e o VIAS scan nos ajudou a entender, de forma bastante detalhada, como repensar e redesenhar os processos. Essa ferramenta, construída com base nas experiências da ABDI e da Softex, encurtou bastante esses passos”, avalia Renata Vinhas Oliveira, head de inovação da Votorantim Cimentos.
“O Vias potencializa as vantagens competitivas tanto das startups, que são ágeis e têm alta capacidade de tomar riscos, quanto das empresas consolidadas, que dispõem de recursos, mercado e oportunidades para escala com mais facilidade. O que nós esperamos dessa relação é alavancar a inovação, por meio da adoção de tecnologias 4.0, e disseminar conhecimento a partir de casos reais e de conteúdos atualizados”, ressalta Igor Calvet, presidente da ABDI. “Nos últimos cinco anos, o volume de acordos entre empresas e startups registrou um crescimento de 20 vezes. A proposta do Programa VIAS é justamente aprimorar o relacionamento e potencializar a relação ganhaganha entre esses atores, beneficiando todo o ecossistema brasileiro de inovação”, destaca Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex. São parceiros do Vias teia as instituições: Angel Investor Club ; OPENSENSE ; Platt by Timenow ; Elas Projetam ; Datasyn ; Brasil Startups ; VENTIUR ; MentorApp ; Rede+ ; Instituto Para o Desenvolvimento de Empresas de Base tecnológica –IEBT; Grand Designs Consultoria em Inovação e 100 Open Startups .
Para conhecer todos os recursos do Programa VIAS e potencializar seus relacionamentos em inovação aberta de forma totalmente gratuita, acesse http://www.vias.net.br/
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EVENTO
Empresas brasileiras voltam sua atenção para as oportunidades de negócios em Portugal
Por Karen Kornilovicz
Em mais uma ação do Brasil IT+, desenvolvido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e pela Softex, 11 empresas de software e TI estiveram presentes à Web Summit em busca de novas tecnologias, novos parceiros e novos
negócios. O evento, considerado um dos mais importantes do setor de TI em todo o mundo, foi realizado em Lisboa no início do mês de novembro e recebeu mais de 70 mil visitantes. Com escritórios no Brasil e nos Estados Unidos, a Prosperi oferece soluções de gestão de inovação, colaboração e gerenciamento
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inteligente de projetos e portfólio de ponta a ponta e é considerada uma das principais parceiras da Microsoft em toda a América Latina. “No processo de internacionalização, o planejamento é essencial para tentar minimizar possíveis surpresas no meio do caminho. Estar presente nesse momento na Web Summit foi extremamente oportuno, pois permitiu aos nossos executivos mapearem oportunidades de negócios para ofertar soluções e produtos eficientes que certamente irão auxiliar companhias de diferentes setores da
economia a realizarem suas gestões de inovação e projetos de forma automatizada, ágil e eficaz”, comenta Leonardo Nogueira, CEO da Prosperi.
Após dez anos de atividades no mercado brasileiro, a Liax Tecnologia , especializada em outsourcing de TI, fez sua estreia em um evento internacional justamente na Web Summit. “Atuamos com grandes clientes em grandes projetos por meio de relações longevas. Acreditamos que a proximidade cultural, linguística e de valores que o Brasil mantém com Portugal pode nos ajudar a acelerar e a reduzir os obstáculos de uma operação na Europa, um processo naturalmente difícil”, avalia Petterson Paula, CEO e CTO da Liax Tecnologia, acrescentando que mais do que apenas uma oportunidade de negócios, a companhia vislumbra a
internacionalização como uma forma de reduzir a fuga de cérebros. Eric Monteiro, diretor-executivo da TININOVA, ressalta o ambiente positivo de negócios português como um forte atrativo. “Portugal tem uma excelente infraestrutura e baixos custos operacionais que contribuem para um ambiente propício para o desenvolvimento de negócios inovadores e estratégicos. Além, claro, de uma série de políticas públicas que apoiam o empreendedorismo e do fato de Lisboa ser hoje um dos principais polos de startups e inovação na Europa. Experimentar presencialmente todo esse potencial foi extremamente importante para apoiar e acelerar a nossa futura decisão de internacionalização”, explica. Bernardo Monteiro, diretor da Usabit, acredita que o evento foi o fórum ideal para aprimorar o entendimento sobre o mercado português e europeu em geral por meio da troca de informações e experiências com executivos e colaboradores de empresas que já atuam na Europa. “Estamos em fase de estudos para uma melhor compreensão do funcionamento e das possibilidades de atuação nesse mercado. O caminho natural seria continuar oferecendo o que a Usabit tem feito de melhor, que é o desenvolvimento de produtos digitais para empresas de diversos setores, além da oferta de outsourcing de profissionais de TI para clientes brasileiros e estrangeiros, mas com possíveis adaptações à realidade local. Sabemos das dificuldades
que as empresas vêm enfrentando com o processo de digitalização de seus produtos e da escassez de profissionais de TI no mercado e estamos empenhados em ajudá-las no que for necessário”, detalha Monteiro. Já Carlos Alberto Froes Lima, CEO da KNBS, especializada em pesquisa e inovação tecnológica e social, acredita que os desenvolvimentos realizados pela empresa têm aderência no mercado europeu, que vive neste momento uma transição digital mais forte que o Brasil, favorecendo uma expansão dos negócios. “Embora nossos clientes tenham matrizes na Europa, nós ainda não temos escritórios fora do Brasil. Mas estamos nos organizando para o entendimento da cultura de negócios do continente e também na construção de novas soluções fortemente focadas no conceito de transformação digital e de negócios a partir de dados empresariais (data-driven). Portugal capta este potencial com condições bastante atraentes e fortemente incentivadas pelo governo e por estruturas regionais para fomentar a inovação”, destaca o CEO da KNBS. “O evento foi uma grande oportunidade para realizar networking, prospecção de clientes e identificar possíveis parceiros para nos apoiar em negócios futuros”, projeta Marcelo Mac Fadden, diretor de operações da Programmers, destacando as mais de três décadas de atuação da empresa que mantém clientes não apenas no Brasil, mas também no exterior.
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ACONTECE NO SETOR
Vem aí a segunda edição do Conecta Startup Brasil
Iniciativa fará a pré-aceleração de 100 startups e selecionará 50 empresas interessadas em investir em inovação aberta
Por Karen Kornilovicz
Oprograma Conecta Startup Brasil, uma ação gratuita de pré-aceleração de startups em estágio inicial e realizada em conjunto pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Softex e o parceiro executor, o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vai ganhar uma segunda edição. Esta edição, que contará com um total de R$ 4 milhões em recursos para fomento sem comprometimento de participação societária (equity free), está dividida em três fases de inscrições. A primeira é a chamada para a seleção de 27 embaixadores, que terão o papel de multiplicadores
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de inovação e serão contratados para a fase de mobilização e divulgação de equipes empreendedoras e startups. Na sequência, serão selecionadas 50 empresas interessadas em cadastrar desafios tecnológicos próprios e praticar inovação aberta com acompanhamento e mentorias do Programa. Por fim, um edital abrirá inscrições para a seleção de 100 equipes empreendedoras ou startups – 20 de cada região do país – que receberão R$ 90 mil em recursos não reembolsáveis do Programa para apoiar o desenvolvimento de seus projetos ao longo de dez meses, em possível parceria com uma grande empresa. “A cada programa que idealizamos, temos sempre o compromisso de melhorar o impulsionamento do ecossistema de inovação. A grande novidade para esta 2ª edição será a remuneração dos embaixadores, cada um receberá R$ 5 mil para ser um multiplicador de inovação. Nosso objetivo é seguir ampliando o escopo de fomento e contribuir para o crescimento da adoção de novas tecnologias na indústria brasileira”, ressalta Igor Calvet, presidente da ABDI. Em sua primeira edição, ao longo de seus 18 meses de execução, o Conecta Startup Brasil capacitou mais de 600
empreendedores, conectandoos a 237 desafios tecnológicos de 50 empresas selecionadas em 23 áreas temáticas. Foram mais de 370 horas de mentoria e 36 mil pessoas impactadas.
“O Conecta Startup Brasil se destaca frente a outras iniciativas por focar em startups em estágio inicial de todas as regiões do país. Seu propósito é fortalecer o ecossistema de inovação brasileiro em uma ação integrada por meio da realização de conexões para solucionar demandas reais do mercado”, destaca Ruben Delgado, presidente da Softex.
Para mais informações, visite https://conectastartupbrasil.org.br/
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