#9 | Pocket Magazine Softex

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REVISTA

9 • 2022 ABR MAI JUN

EDIÇÃO ESPECIAL

SOFTEX EXPERIENCE:

o meeting point da inovação brasileira tecnologia

inovação

negócios

políticas públicas


Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro

Jornalista responsável Fabrício Lourenço – DF2887 JP

Presidente da Softex Ruben Delgado

Assessoria de Imprensa (MLP) Karen Kornilovicz Mário Pereira

Vice-Presidente da Softex Diônes Lima

Revisão Karine Serezuella

Coordenação do projeto Juliana Molezini

Diagramação e projeto gráfico Simone Silva (Figuramundo)

@2022 – Revista Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. Uma publicação institucional. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.


Caros amigos, É com muita alegria que publicamos essa edição “especial” sobre o nosso primeiro Softex Experience, Uma Vida de Inovação, realizado recentemente no Unibes Cultural, em São Paulo. Idealizado pela Softex, com correalização do IA2 MCTI e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, essa primeira edição nos levou, por meio de trilhas, a vários caminhos de sucesso de empresas e startups que contaram, de alguma forma, com o apoio da Softex. E esse reconhecimento não tem preço. A troca de experiências e o relato de casos de sucesso entre os participantes foram o ponto alto do evento. Aliás, o nosso escopo de trabalho reuniu mais de 160 participantes presenciais e 44 palestrantes distribuídos por quatro salas temáticas simultâneas, em um total de 12 horas seguidas de conteúdo. As presenças do ex-ministro do MCTI, Marcos Pontes; e do atual, Paulo Alvim, reforçaram a importância que a Softex tem no desenvolvimento da transformação digital no país. E isso é só o começo de uma jornada diária que nós, da Softex, nascemos para transformar, inovar, conectar e colaborar em prol de resultados de impacto para fazer a diferença nos universos que atuamos. Esse resumo aborda, com muito carinho,

o trabalho desenvolvido pela Softex, que se tornou uma entidade reconhecida pela competência de sua atuação. Obrigado a todos os parceiros e colaboradores da Softex por realizarem juntos esse belo evento. Que venha a segunda edição!

Boa leitura a todos. Equipe Softex


SOFTEX EXPERIENCE

Evento reuniu o ecossistema de inovação nacional

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INTERNACIONAL Painel revela como vender - com sucesso - no mercado internacional

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CASES Data Machina apresenta a parceria com a MRS Logística

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INOVAÇÃO Programa VIAS é apresentado no Softex Experience

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CASES

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Detalhado no Softex Experience, projeto da Pix Force pode ajudar a reduzir o custo de energia no Oeste da Bahia

INOVAÇÃO

Programa IA² MCTI premia ICTs

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Estudo da Logicalis aponta: inovação é um pilar da estratégia corporativa para 57% dos executivos brasileiros

pág17

Gastos do governo devem crescer 5% no mundo este ano, diz Gartner

pág29

Softex e Huwaei disponibilizam gratuitamente white papers sobre IA e tecnologia 5G

ACONTECE NO SETOR

pág33

Apenas 12% das corporações usam IA em nível de maturidade

pág41

ARTIGO

O incentivo à inovação como motor do desenvolvimento econômico de uma cidade

pág36

ARTIGO Em crescimento acelerado, Inteligência Artificial impacta cotidiano do agronegócio

pág30

ARTIGO Uma experiência incrível

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ARTIGO Tecnologia no setor hidrelétrico: a inovação será decisiva para prevenir futuras crises hídricas

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Softex Experience reuniu o ecossistema de inovação nacional Por Karen Kornilovicz

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total de 12 horas seguidas de conteúdo. As experiências foram divididas em nove blocos temáticos: Capacitação, Conexão, Internacionalização, Programas Prioritários com a Lei da Informática, Investimentos, Filantropia, Inovação Aberta, Casos de Sucesso e Inteligência Artificial. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, conduziu a abertura do evento e destacou a importância da inteligência artificial e das tecnologias emergentes como propulsoras do desenvolvimento do país.

Softex promoveu em São Paulo no último dia 17 de maio o “Softex Experience, Uma Vida de Inovação”, um dos maiores encontros de inovação do país. Por meio de experiências imersivas e debates com especialistas, sua proposta foi apresentar oportunidades de negócios para empresas e instituições de ciência e de tecnologia de todo o Brasil. Esta primeira edição reuniu 160 participantes presenciais e 44 palestrantes distribuídos por quatro salas temáticas simultâneas, em um 6


“O Softex Experience marca o encerramento do IA2 MCTI, um programa que superou todas as nossas expectativas desde o seu anúncio e que, apenas na fase de inscrições, recebeu mais de 800 startups interessadas em participar. Mesmo tendo sido realizado totalmente em meio à pandemia, os resultados foram tão animadores que nos estimularam a desenhar uma segunda edição, desta vez focada em um segmento crítico, o de segurança cibernética, e que será anunciada muito em breve”, destacou. O ministro ressaltou ainda o sucesso do modelo do IA2 MCTI, que teve gestão da

Softex, ao unir startups, universidades, ICTs e empresas. “Além de ser uma relação ganha-ganha para todos os envolvidos, a atuação conjunta desse quarteto otimiza competências e mitiga riscos. É rodar a tripla hélice dentro de uma lógica de muita cooperação, o que nos confere velocidade e concretude”. Ruben Delgado, presidente da Softex, relembrou que ser o elo entre governos, empresas e academia está no DNA da entidade. “Nascemos para transformar, inovar, conectar e colaborar em prol de resultados de impacto e para fazer a diferença em todos os locais em que atuamos”, ponderou. 7


Os benefícios de investimentos em P&D por meio da Lei de Informática Eles são cada vez mais numerosos e mais espertos. São dispositivos que usam todo o seu tempo para observar, registrar e gerar o conhecimento necessário, reconhecer imagens, textos complexos e sons, diferenciando até mesmo a entonação de nossa voz. É a inteligência artificial e o aprendizado de máquina empregados de forma cada vez mais intensiva em nosso cotidiano, tanto no campo pessoal como no profissional. Entretanto, a área de inteligência artificial é atualmente muito boa para resolver problemas isolados. Mas, quando precisamos integrar essas informações para agir em situações mais complexas, ainda nos deparamos com diversos elementos fragmentados. A ideia das arquiteturas cognitivas é dar um passo à frente, pensando em como realizar essa integração e construir uma criatura inteligente. E foi justamente para discutir o futuro das arquiteturas cognitivas e os benefícios de investimentos em P&D por meio da Lei de Informática que o Softex Experience reuniu em um painel Mário Cintra, gerente de P&D do Instituto Eldorado; Leandro Villas, professor no Instituto de Computação da Universidade de Campinas (Unicamp); Benicio Goulart, gerente de desenvolvimento de software da Motorola; e Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex. Na oportunidade, foi apresentado o Hub de Inteligência Artificial e Arquiteturas Cognitivas (H.IAAC). No ano passado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Softex, o Instituto Eldorado e a Unicamp criaram esse espaço de disseminação e desenvolvimento de conhecimento sobre tecnologias capazes de integrar recursos de inteligência em dispositivos móveis com o propósito de torná-los efetivamente inteligentes e hábeis a tomar decisões. 8


"Nós acreditamos muito no protagonismo dos smartphones na vida das pessoas. As tecnologias que serão pesquisadas e desenvolvidas pelo Hub serão de fundamental importância para oferecer uma tecnologia ainda mais inteligente para todos os consumidores”, destacou Benicio Goulart, gerente de desenvolvimento de software da Motorola. Para o professor do IC da Unicamp, Leandro Villas, o projeto oferece alto potencial de geração de pesquisa disruptiva. “Há a possibilidade de alavancar diferentes nichos tecnológicos e de inovação com a geração de publicações, patentes

de alto impacto e formação de pessoal altamente qualificado para o ecossistema de tecnologia do país em geral”, ressaltou. Integraram também a grade de palestrantes do Softex Experience, entre outros especialistas, Giuliano Mendonça, head de inovação em ciência de dados e inteligência artificial da Embraer; Carlos Ohde, diretor de inovação da Flex Brasil; Thiago Donadon, diretor de pesquisa do Instituto Federal de São Paulo (IFSP); Eros Silva, da ApexBrasil; Rogério Godoy, head de marketing na SenhaSegura; e Leandro Coletti, vice-presidente de vendas da Rocket.Chat. Benicio Goulart, gerente de desenvolvimento de software da Motorola; e Diônes Lima, vicepresidente executivo da Softex, analisam de que forma a Lei de Informática e os incentivos fiscais podem alavancar a inovação nos negócios

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INOVAÇÃO Programa VIAS é apresentado no Softex Experience

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ABDI e a Softex lançaram durante o Softex Experience o diagnóstico do Programa VIAS – Vetor de Inovação Aberta com Startups, plataforma que instrumentaliza empresas e startups para impulsionarem seu relacionamento na inovação aberta. O Programa é parte da estratégia ABDI Open, jornada de difusão e adoção de tecnologias da ABDI, utilizando a conexão com startups como vetor de transformação.

Chamado VIAS scan, esta primeira fase do programa tem como objetivo apurar o nível de maturidade do relacionamento entre empresas e startups por meio de um diagnóstico personalizado e indicação de boas práticas para potencializar as conexões. “O VIAS scan é uma abordagem inédita no país e incorpora as melhores práticas, nacionais e internacionais,

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Por Redação Softex do relacionamento entre empresas e startups, atuando como um roadmap para as respondentes. É uma ferramenta com uma inteligência robusta, que oferece o resultado situacional da empresa na sua estratégia de inovação aberta com startups, mas com uma experiência de usuário leve e dinâmica”, afirma Bruno Jorge, gerente da Unidade de Difusão de Tecnologias da ABDI. Abrangendo desde corporações que já praticam inovação aberta com startups até empresas sem nenhuma experiência, além de startups em diferentes níveis de maturidade, com metodologia exclusiva, o VIAS scan realiza um diagnóstico em seis dimensões identificadas como fundamentais: pessoas, cultura, estratégia, ecossistema, conexão e processos. O resultado apresenta, ainda, um gráfico radar com detalhes do estágio de prontidão e como ele pode ser aprimorado, além de recomendações das melhores práticas e casos de sucesso. “A maturidade dos relacionamentos entre startups e corporações considera elementos importantes

em seu contexto e serve de guia para a estratégia a ser implementada. Realizamos diversos laboratórios ao longo do processo de desenvolvimento da plataforma. A grande questão sobre inovação aberta hoje é como fazer. E é aí que o VIAS se diferencia, atuando como uma conexão entre a empresa e a startup, trabalhando o gargalo do relacionamento, alinhando expectativas e ajudando ambas as partes a entenderem o ritmo da jornada para a parceria dar certo”, explica Diônes Lima, vicepresidente executivo da Softex. Outras duas fases completam o Programa VIAS e dão suporte às empresas que desejem aprofundar seu relacionamento: o VIAS teia – direcionamento para conexões com o ecossistema de inovação capaz de impulsionar empresas e startups para um melhor relacionamento em inovação aberta, e o VIAS verso - trilhas de conteúdo em uma plataforma EAD, para que empresas e startups avancem na maturidade de seus relacionamentos, por meio de um compilado de boas práticas, conteúdos sobre conexão e tecnologias da indústria 4.0, tendências, casos de sucesso, entre outros. Estas duas fases estarão disponíveis em breve na plataforma VIAS. Para saber mais e realizar o diagnóstico da sua empresa ou startup, acesse http://www.vias.net.br/

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CASES Data Machina apresenta a parceria com a MRS Logística no Softex Experience

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Por Fabrício Santos

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riada em 2019, a startup de consultoria em TI Data Machina trabalha, como o próprio nome já sugere, como uma máquina de dados, empregando Inteligência Artificial e aprendizado computacional para analisar dados de maneira integrada e, assim, desenvolver soluções de análise de risco para utilities, gestão da cadeia de suprimentos para saúde e análise de imagens. Seu trabalho inovador com inteligência artificial garantiu a seleção para Programa IA² MCTI, do qual participou das fases de aceleração e de mercado, conectando-se com a acelerada E-volve e com o CPQD, um dos maiores centros de pesquisa e desenvolvimento da América Latina. No Softex Experience, a Data Machina, que está relacionada entre as Top10 citytechs do 100 Open Startups, apresentou o caso de sucesso desenvolvido com a MRS Logística para a previsão de ocupação dos pátios e adição de trens às frotas. “Nossa solução envolve a análise de séries históricas de dados com o objetivo de estimar o percentual de ocupação dos pátios e de cada linha específica da MRS. A partir disso, conseguimos simular cenários de adição de novos trens e de infraestrutura, permitindo assim uma análise precisa de viabilidade no longo prazo. Também utilizamos dados de geolocalização em tempo real dos trens e de tempos estimados de chegadas e partidas nos pátios, permitindo a estimativa de capacidade dos pátios, previsão em curto prazo e emissão de alertas de capacidade a partir de parâmetros técnicos”, explica Ivo Pons, sócio-fundador da Data Machina. A MRS é uma operadora logística que administra uma malha ferroviária de 1.643 km nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, região que concentra cerca da metade do PIB brasileiro. Hoje, a companhia está entre as maiores ferrovias de carga do mundo, com produção quase quatro vezes superior àquela registrada nos anos 90. Quase 20% de tudo o que o Brasil exporta e um terço de toda a carga transportada por trens no país passam pelos trilhos da MRS. 13


INTERNACIONAL Painel do Softex Experience revela como vender - com sucesso - no mercado internacional

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Por Mário Pereira

Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Softex renovaram o convênio do Projeto Setorial Brasil IT+, o maior e mais abrangente plano de internacionalização competitiva de empresas desenvolvedoras de software e prestadoras de serviços já implementado no país. Nesse painel especial no Softex Experience, Eros Silva, da ApexBrasil; Rogério Godoy, head de marketing na SenhaSegura; e Leandro Coletti, vice-presidente de vendas da Rocket. Chat, conversaram com Jéssica Dias, da Softex, sobre os muitos caminhos e as múltiplas possibilidades para a realização de um projeto de internacionalização de sucesso. Coletti, da Rocket.Chat, plataforma de comunicação empresarial que conta com mais de 12 milhões de usuários em 150 países, lembrou que uma ação da Softex realizada por ocasião da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, permitiu contatos que até hoje são importantes comercialmente para a empresa.

“É fundamental que o empresário brasileiro pense global e busque entender o país com o qual quer fazer negócio”, recomendou.

“A empresa precisa ter clareza do seu potencial e de suas limitações”, alertou Rogério Godoy, head de marketing na SenhaSegura, ressaltando que no início do processo de sua internacionalização usou uma rede de distribuidores. “Nosso foco inicial foi a quantidade e hoje já podemos buscar mais qualidade”, comentou, acrescentando que a empresa está presente em mais de 45 países em cinco continentes.

Internacionalização 360° e R$ 20 milhões em recursos Ao longo dos próximos dois anos, o Projeto Setorial Brasil IT+ investirá R$ 20 milhões em ações de promoção comercial no exterior. Os mercadosalvos prioritários do projeto são Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Portugal, Espanha, Colômbia e Chile. Nesse novo ciclo, as empresas aderidas terão a oportunidade de passar por uma análise de maturidade internacional para o desenvolvimento de ações customizadas e de participar de atividades estratégicas de apoio à internacionalização. Serão oferecidas ações estruturantes focadas em capacitação e inteligência comercial, além do suporte para a presença nos maiores eventos de

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tecnologia do mundo com foco em prospecção e realização de negócios com valores subsidiados. Outros benefícios oferecidos às associadas são acesso prévio a informações qualificadas sobre os mercados-alvos, validação de produto e conexão com potenciais clientes e parceiros no exterior, bootcamps virtuais, rodadas de negócios e missões internacionais online e virtuais. Para Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex,

“nossa proposta é traçar a melhor jornada de internacionalização de acordo com o perfil de cada empresa e de seu mercadoalvo, bem como por meio de um pack de inteligência comercial envolvendo uma ação estruturante, como capacitação ou treinamento, integrada por feira, missão comercial e análise de mercado, proporcionando assim uma internacionalização 360° e uma experiência muito mais assertiva”. Ao longo dos últimos 17 anos, o Projeto Setorial Brasil IT+ já envolveu mais de 640 companhias interessadas em expandir sua atuação para além das fronteiras nacionais. O volume de negócios gerado pelas companhias aderidas ao Projeto atingiu US$ 421 milhões em 2021. Os interessados em integrar o Projeto Setorial Brasil IT+ devem se inscrever no site https://brasilitplus.com/ participar/ e, na sequência, seguir as etapas de avaliação do potencial de internacionalização e apresentação de suas demandas e estratégias de ação no exterior. 16


ACONTECE NO SETOR Estudo da Logicalis aponta: inovação é um pilar da estratégia corporativa para 57% dos executivos brasileiros Segundo o estudo IoT Snapshot, desenvolvido pela Logicalis, para 57% das companhias brasileiras e 42% das hispano-americanas, a inovação é um pilar estratégico. O material – elaborado a partir de entrevistas realizadas com 255 executivos entre os meses de agosto e setembro de 2021 – mostra que 33% das organizações brasileiras e 13% das hispano-americanas participam de hubs de inovação, visando aproximação com startups. Tanto no Brasil quanto na América Hispânica, cerca de 30% das empresas contam com processos internos focados em inovação ou orçamento dedicado à área. Apesar disso, apenas 18% das companhias 17

brasileiras e 22% das hispanoamericanas incluem o tema de inovação dentro de seus programas de capacitação, o que pode revelar que as empresas ainda têm poucas ações estruturadas ou apresentam ações de abrangência restrita sobre o tema. “Durante o desenvolvimento desta edição do IoT Snapshot, percebemos que a tecnologia não tem apenas o potencial para apresentar soluções para os desafios atuais durante esta crise, mas também a capacidade de transformar e resolver velhos problemas nos mais diversos setores do mercado”, ressalta Yassuki Takano, diretor de Consulting Services na Logicalis.


CASES Detalhado no Softex Experience, projeto da Pix Force pode ajudar a reduzir o custo de energia no Oeste da Bahia

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Por Karen Kornilovicz

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estima em R$ 8,1 bilhões ao ano as perdas por fraudes de energia no Brasil. Mas o emprego da inteligência artificial associada a tecnologias de visão computacional e machine learning pode ajudar a mitigar o cenário do famoso “gato” no Brasil, beneficiando toda a sociedade. Em parceria com a empresa Neoenergia, a Pix Force, startup acelerada no Programa IA² MCTI, criou um sistema para identificação de furto de energia em áreas rurais a partir de software de inteligência artificial. O projeto, detalhado no Fórum IA² durante o Softex Experience, foi iniciado em setembro de 2021 e visa identificar áreas de desvio de energia no Oeste da Bahia. O desafio foi tentar, de forma relativamente simples, cobrir uma área muito grande para entregar o maior ganho possível. Empregando câmeras e drones de última geração, a empresa de tecnologia utilizou o processamento automático de imagens de satélite, visão computacional e inteligência artificial para ajudar a Neoenergia a solucionar o problema do furto de energia elétrica, conhecido popularmente como “gato”. “Com o cruzamento de dados de imagens captadas por câmeras e satélites como o CBERS-4 e Sentinel 2, o sistema inteligente consegue ranquear as unidades consumidoras

com maior probabilidade de fraude, ampliando a eficiência das inspeções de campo na hora de verificar o problema nos locais indicados”, explica Heitor Tosetto, diretor comercial da Pix Force. Para o executivo, um projeto com essa característica experimental e de alto risco teria muita dificuldade de sair do papel não fosse pelo diferencial de financiamento oferecido pelo Programa IA² MCTI. “Embora a grande empresa entenda a importância e os ganhos proporcionados pela tecnologia, o risco ainda é muito alto. A garantia do investimento por parte do governo mitiga esse risco e ele também se torna um incentivo para que novas tecnologias disruptivas sejam testadas na prática”, ressalta. A expectativa do projeto iniciado pela Pix Force e atualmente em fase de validação é contribuir para a redução dos custos da Neoenergia com os furtos de energia. Nesse esforço para aumentar a competividade do país e reduzir o custo da energia elétrica para a sociedade de forma geral, a Pix Force está desenvolvendo iniciativas semelhantes com Furnas e acaba de concluir um projeto de P&D de podas de árvores empregando visão computacional com a CPFL em Campinas. Quer saber mais sobre a solução da Pix Force? Ouça o podcast Bate-Papo Softex no Spotify https://open.spotify.com/ episode/2y2qnBwIgt7QrNMKWQalJ7

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INOVAÇÃO Programa IA² MCTI premia ICTs durante o Softex Experience

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Por Karen Kornilovicz

Softex Experience marcou o encerramento do Programa IA² MCTI, uma iniciativa do Ministério da Ciência,

Tecnologia e Inovações (MCTI) coordenada pela Softex. Seu objetivo foi acelerar projetos e soluções em inteligência artificial para aumentar a competitividade brasileira através da inovação aberta, conectando startups, ICTs, aceleradoras e empresas. Em 2021, o IA² MCTI selecionou 26 ICTs e 13 Aceleradoras de 12 estados do país em sua primeira fase e recebeu 736 inscrições de projetos de pesquisa na etapa seguinte. Destes, 28 foram acelerados.

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Em sua terceira e última fase, 15 empresas-âncora foram escolhidas para se conectar a 10 startups. Para cada R$ 1,00 público investido, houve um retorno de R$ 1,03 de investimento privado. Além dos 28 projetos acelerados, outros cinco firmaram contrato de aceleração fora do programa e as startups captaram junto ao mercado R$ 9 milhões. “O IA² MCTI se diferenciou de outras iniciativas pelo trabalho colaborativo executado entre academia, empresas, startups e ICTs desde seu kick-off. As boas práticas adotadas no relacionamento entre empresas e ICTs têm levado à ampliação do número de projetos inovadores,

com resultados muito promissores para o país e achamos importante reconhecer isso”, avalia Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex. Por isso, o Softex Experience reservou um espaço em sua programação para reconhecer sete ICTs que participaram do Programa e foram co-executoras dos projetos, garantindo a qualidade das tecnologias desenvolvidas e gerindo de forma idônea os recursos públicos oriundos do IA² MCTI a elas repassados. Na oportunidade, foram premiadas a Fundação CPQD, EMBRAPA, FUMSOFT, SENAI Londrina, SENAI – Santa Catarina, SIDIA e Instituto de Pesquisas Eldorado.

Silvana Braga (FUMSOFT), Stanley Robson De Medeiros Oliveira (EMBRAPA), Paulo José Pereira Curado (Fundação CPQD), Ruben Delgado (Softex), Diônes Lima (Softex), Paulo Henrique Da Fonseca Melo (SIDIA), Mario Henrique Reino Cintra (Instituto de Pesquisas Eldorado), Leonardo Goshi Sanches (SENAI Londrina) e Marcio da Silva Arantes Sidia (SENAI – Santa Catarina)

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ARTIGO

Uma experiência incrível

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Diônes Lima, vice-presidente da Softex

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essa nossa trajetória em busca de um país igualmente digital, encontramos, pelo caminho, grandes parceiros, histórias de sucesso que nos inspiram diariamente, pessoas que acreditam que, sim, é possível levar o conhecimento digital para todos independente da classe, cor, raça e credo. E o que mais nos motiva nessa jornada é que somos capazes de realizar grandes feitos com qualidade. No dia 17 de maio, a Softex promoveu, em São Paulo, a primeira edição do “Softex Experience, uma Vida de Inovação”. E foi uma experiência incrível. Desde a programação, criada com todo carinho, até o encontro com amigos que buscam e acreditam no mesmo ideal, o nosso evento foi pautado por importantes conexões, apresentação de empresas que

inovaram no cenário nacional e internacional com a ajuda da Softex. A troca de experiência entre os nossos convidados nos deu a certeza de que sempre estivemos no caminho certo. E o que aprendemos com tudo isso? Que devemos continuar acreditando no nosso ofício diário. E que juntos podemos elevar o patamar do nosso país quando há vontade, inovação e profissionais engajados nesse ideal. E isso temos de sobra. Quero agradecer todos os envolvidos nessa experiência incrível, ao Programa IA2 MCTI e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações por esse dia inesquecível. Certamente, teremos mais edições e mais encontros como esse. Foi muito bom dividir com todos vocês o porquê fazemos, o que fazemos e como fazemos para levar a inovação aos quatro cantos do país.

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flashes

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ACONTECE NO SETOR Gastos dos governos devem crescer 5% no mundo este ano, diz Gartner De acordo com estimativas do Gartner, os gastos governamentais com TI em todo o mundo devem totalizar US$ 565,7 bilhões em 2022, um aumento de 5% em relação a 2021. A pandemia acelerou a adoção do setor público de soluções em Nuvem e o modelo Qualquer coisa como serviço (XaaS) para modernização acelerada do legado e novas implementações de serviços. Este ano, os gastos governamentais com TI devem aumentar em todos os segmentos, exceto serviços internos (-2,1%) e serviços de telecomunicações (-1,1%). Continuando a tendência de 2021, o software deverá registrar o crescimento mais forte em todos os segmentos em 2022, com faturamento de US$ 162,2 bilhões, um aumento de 10,4% em relação ao ano anterior. Para 2023, este segmento

deve crescer 12,8%. Os governos continuam a investir em softwares de aplicativos críticos que suportam diretamente as interfaces do usuário final, impulsionando um forte crescimento neste segmento. O XaaS está ganhando popularidade em organizações governamentais, pois oferece melhor retorno sobre o investimento, normalizando os gastos de TI ao longo do tempo, tornando o orçamento de TI mais previsível, evitando o acúmulo de dívida técnica. O Gartner prevê que, até 2026, a maioria dos novos investimentos em TI das agências governamentais serão feitos em soluções XaaS. Entretanto, como a modernização do legado continua sendo uma prioridade nas organizações governamentais, o crescimento no segmento de sistemas de Data Center continuará a desacelerar em 2022. 29


ARTIGO Em crescimento acelerado, Inteligência Artificial impacta cotidiano do agronegócio

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Alexandre de Alencar, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da divisão de Agricultura da Hexagon

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mercado de Inteligência Artificial (IA) deve crescer 19,6% este ano, atingindo US$ 432,8 bilhões, de acordo com relatório da consultoria IDC. A expectativa é de que as empresas aumentem em 28% o investimento nesse recurso em relação a 2021. Setores da indústria, saúde, recursos humanos e agricultura são apontados por especialistas como os mais promissores no uso de IA. Curiosamente, há algum tempo, a agricultura era uma das áreas em que menos se imaginava a aplicação dessa tecnologia. Além do próprio ambiente rural, o fato de a atividade ser baseada em tradições e práticas consolidadas trazia essa dúvida. No entanto, mesmo a IA tendo começado a impactar diretamente o campo há apenas poucos anos, ela já causou avanços inimagináveis em eficiência. Atualmente, cerca de 10% das empresas de inteligência artificial focam na agricultura, e a tendência, com os crescentes investimentos na área, é de que a tecnologia seja implementada em grande escala nos próximos anos. As aplicações abrangem uma série de possibilidades em todos os processos do campo — desde o planejamento de plantio até o transporte da matéria-prima para a indústria.

Na prática, são duas grandes frentes de atuação: na automação, que auxilia na execução de tarefas de forma ágil e precisa, e na estratégia, que usa a análise de dados para trazer impactos na inteligência do negócio. Mas, apesar das grandes oportunidades, existem alguns desafios que dificultam seu amplo acesso, como a falta de familiaridade com a tecnologia, o alto custo inicial associado à sua implantação e a escassa conectividade no campo. Além disso, é importante lembrar que, embora o potencial da IA para o agronegócio seja enorme, ela é apenas um instrumento — um meio, não um fim, como qualquer outra tecnologia. É preciso ter um planejamento concreto e metas traçadas para aproveitar sua capacidade. A pergunta certa ao se estudar a possibilidade de adotá-la é: qual o objetivo? De acordo com uma pesquisa da consultoria global Gartner, 48% dos executivos já implantaram ou planejam implantar mecanismos de IA e aprendizado de máquina nos próximos 12 meses. Porém, só os players que tiverem um objetivo traçado para seu uso, investindo em fornecedores qualificados e na capacitação de suas equipes, é que irão se manter à frente do mercado, aproveitando efetivamente o potencial dessa inovação.

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ACONTECE NO SETOR Softex e Huwaei disponibilizam gratuitamente white papers sobre IA e tecnologia 5G Já estão disponíveis para download os white papers “IA Brasil” e “Desenvolvimento de Talentos PanIndústria 5G+ Brasil” elaborados em conjunto pela Softex e pela Huwaei. O “IA Brasil” faz um importante alerta: a capacidade de camada básica de IA no Brasil precisa ser aprimorada. O cluster de infraestrutura de IA – que consiste em chips, servidores e infraestrutura de rede – deve ser construído e desenvolvido para que essa tecnologia possa efetivamente trabalhar em prol do desenvolvimento

e da transformação do país. Já o white paper “Desenvolvimento de Talentos Pan-Indústria 5G+ Brasil” aborda os desafios que o país enfrentará a partir da entrada em operação dos serviços 5G em diversos setores, as competências nacionais, as necessárias atualizações da estrutura organizacional das empresas e as habilidades fundamentais para que o país possa surfar essa nova corrida tecnológica. O documento destaca, ainda, algumas áreas-chave relativas ao desenvolvimento de talentos 5G e ressalta que essa tecnologia tem permitido a convergência OT + TIC, interconectando sistemas de plataforma da indústria e das operadoras para formar um "Modelo de Plataforma Descentralizada de Serviço" que está impactando e promovendo mudanças nas operações, na organização, bem como nos requisitos de habilidade, funções e tipos de talentos das empresas. Para conferir gratuitamente a íntegra dos dois conteúdos, acesse https:// softex.br/estudoshuaweiesoftex/

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ARTIGO O incentivo à inovação como motor do desenvolvimento econômico de uma cidade

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Fabiano Dell Agnolo, diretor executivo do Join.Valle inovação é cada vez mais importante para a economia das cidades. Com as transformações contínuas da sociedade

e do mercado, não é possível manter os mesmos modelos de atuação das últimas décadas: a reinvenção é necessária para o desenvolvimento.

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O desafio, no entanto, é grande — inovações não surgem do dia para a noite. Nem todos estão preparados para rever questões que funcionam, mesmo que razoavelmente, há anos. Ainda mais considerando que, para isso, é preciso passar por um processo de pesquisa, desenvolvimento, testes e erros. Nesse contexto, acredito que o primeiro passo é pensar à frente. Onde a cidade quer estar posicionada daqui a 30 anos? Assim, fica mais fácil visualizar quais ações devem ser adotadas, que agenda deve ser priorizada e quais recursos precisam ser alocados. Há sete anos, o governo municipal percebeu a importância de definir diretrizes para enfrentar as mudanças econômicas previstas, criando uma entidade para olhar para o futuro da cidade: o Join.Valle, posteriormente transformada em associação sem fins lucrativos, passou a reunir setor público, iniciativa privada, academia e sociedade civil para potencializar uma mudança que envolvesse toda a sociedade. A entidade realizou estudos e viagens para identificar quais seriam os principais gaps de Joinville em um modelo conceitual de ecossistema de inovação. Capital, academia, pessoas e governo foram as maiores lacunas identificadas, e é a partir delas que o movimento vem atuando desde então. Na frente de capital, por exemplo, foi desenvolvido um fundo de investimentos de risco focado na região. Já para incentivar a relação com a academia, surgiram iniciativas

em parceria com universidades. Para fomentar a cultura empreendedora, o movimento passou a promover treinamentos e mentorias para potencializar negócios em estágio inicial. Nesse processo, foi fundamental a análise da estrutura e história da cidade. Com matriz econômica industrial, esse lado forte e competitivo da cidade não poderia ser deixado de lado. E hoje, o que vemos são empresas tradicionais investindo em inovação e acelerando startups, em uma conexão que traz muitos benefícios para ambos os lados. Esse é um dos segredos do sucesso do investimento na inovação: inserir tecnologia e atualização naquilo que já exerce seu potencial na economia local. Na última divulgação realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do PIB per capita das cidades, em 2021, foi possível ver os resultados dos trabalhos que vêm sendo realizados nos últimos anos, com um crescimento acelerado da economia de Joinville. Em números absolutos, a cidade se consolidou como a 3ª maior economia da Região Sul. O PIB também funciona como indicador da geração de riqueza, do poder aquisitivo e da qualidade de vida dos cidadãos. Por isso, esse crescimento é uma grande demonstração da importância de priorizar a inovação para o desenvolvimento econômico sustentável e para a geração de um ciclo de prosperidade onde todos são beneficiados.

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ARTIGO Tecnologia no setor hidrelétrico: a inovação será decisiva para prevenir futuras crises hídricas

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Leonardo Augusto Weiss, coordenador de projetos de P&D ANEEL e Solar na REIVAX

volume de chuvas nos primeiros meses de 2022 ajudou a melhorar o cenário de crise hídrica que o Brasil vinha enfrentando, considerada a maior dos últimos 91 anos. Para evitar um racionamento de energia, o governo lançou mão de medidas como a contratação de termelétricas e um leilão emergencial para contratação e reserva de capacidade. Com isso, as bandeiras tarifárias entraram em vigor na conta de luz dos brasileiros, chegando a custar R$ 14,20 por 100 kWh consumidos. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou um empréstimo de R$ 5,3 bilhões para as distribuidoras de energia. E esse valor, vai, novamente, ser pago pelos consumidores. Esse repasse mostra que existe um problema estrutural no setor, que acaba tomando providências apenas para solucionar o problema quando ele já aconteceu, e não em saídas para que ele não aconteça novamente. No Brasil, a busca pela gestão eficiente dos recursos hídricos passa pela organização da programação diária da operação eletroenergética. Para manter a coordenação com os modelos de planejamento energético de mais longo prazo, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) fornece uma meta de potência a ser produzida para as usinas hidrelétricas a cada

30 minutos do dia seguinte. Neste cenário, os agentes de geração devem realizar o Comissionamento de Unidades Hidrelétricas (CUH), em que devem ser definidas quais unidades estarão em operação, bem como os seus respectivos níveis de potência, levando-se em conta as restrições relacionadas com a operação da usina. E é justamente aí que entra a tecnologia. Na Usina Hidrelétrica de Santo Antônio (UHSA), que fica no Rio Madeira, em Rondônia, por exemplo, já existe um projeto em andamento (ainda em fase de laboratório) para testar um sistema de otimização para fazer a distribuição da potência entre as máquinas de forma otimizada. A UHSA contém 50 unidades geradoras (UGs) – as maiores turbinas Bulbo em operação no mundo - e, com ajuda da tecnologia, é possível fazer arranjos diferentes para, de acordo com a operação de cada equipamento, cumprir com a demanda de potência. Assim, é possível não só cumprir a meta, mas também gerar mais energia com menos água. O sistema foi desenvolvido pela REIVAX em parceria com o Laboratório de Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica (LabPlan) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele ainda está em fase de validação, mas é esperado que ele traga um aumento significativo de eficiência operacional de hidrelétrica. 37


As usinas Cachoeira Dourada, em Goiás, Isamu Ikeda, no Tocantins, e Sauzalito, no Chile, também já estão trabalhando com um protótipo de um sistema desenvolvido em uma parceria entre REIVAX, ENEL e LabPlan-UFSC, que otimiza a eficiência das turbinas hidrelétricas de tipo Kaplan (equipamento projetado para aplicações de baixa pressão de água). Com a solução, é possível monitorar constantemente a atividade das turbinas, melhorando seu rendimento, evitando desperdícios de água e permitindo a produção de energia mais sustentável. Também em fase de testes, o sistema foi responsável por um aumento de eficiência de 0,7% em Cachoeira Dourada, 4,3% em Isamu Ikeda e de 0,5% em Sauzalito. Os números, considerando que o sistema opera de forma contínua, representam uma grande economia para as usinas a longo prazo - e, consequentemente, maior segurança de suprimento para o sistema. Os dois projetos fazem parte do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), que nos últimos 20 anos investiu R$ 13,5 bilhões nas empresas do mercado de energia, e mostram a importância do desenvolvimento constante do setor. Os resultados já são mensuráveis, mas ainda há muito chão pela frente para tornar o Brasil um país energeticamente eficiente. Além da modernização das usinas hidrelétricas, também é preciso que as empresas do mercado estejam realmente focadas em inovação e buscando, em conjunto, evoluir o ecossistema. 38


ACONTECE NO SETOR Apenas 12% das corporações usam IA em nível de maturidade O estudo “The Art of AI Maturity: Advancing from Practice to Performance”, realizado pela Accenture, identificou que apenas 12% das organizações estão utilizando a Inteligência Artificial (IA) em um nível de maturidade que alcança uma forte vantagem competitiva. O levantamento revela estratégias para o sucesso da IA por meio de uma estrutura holística, que inclui um novo índice para expressar a maturidade da IA da empresa em uma escala de 0 a 100. De acordo com a pesquisa, a maturidade da IA é o grau em que as organizações superam seus pares em uma combinação de recursos fundamentais e diferenciados relacionados à IA. Esses recursos incluem a tecnologia – dados, IA, Nuvem – bem como estratégia organizacional, IA responsável, patrocínio de C-suite, talento e cultura. A análise mostra ainda que a maioria das empresas (63%) são experimentadores de IA, mal arranhando a superfície do potencial da IA com uma pontuação de

maturidade de apenas 29. Inovadores de IA (13%), pontuando 50, e Construtores de IA (12%), com 44 , estão um pouco avançados em seu nível de maturidade em IA, mas ainda estão deixando o valor total da IA inexplorado. A pesquisa coloca a maturidade mediana da IA das organizações em uma pontuação moderada de 36, revelando que a maioria das empresas tem oportunidades significativas para gerar maior valor com a IA. A pesquisa destaca um pequeno grupo (12%) de organizações que já usam IA para superar seus concorrentes. Este grupo é apelidado de AI Achievers, com uma pontuação de 64 na escala de maturidade, quase o dobro de outros e correlacionando com um crescimento de receita 50% maior do que seus pares. Independentemente do setor, o impacto da IA nas empresas está crescendo e acelerando. As maiores organizações do mundo que discutiram IA em suas chamadas de ganhos em 2021 tiveram 40% mais chances de ver o preço de suas ações aumentar – acima dos 23% em 2018. Além disso, os investimentos em IA estão aumentando. Em 2021, 19% das empresas pesquisadas usaram mais de 30% de seus orçamentos de tecnologia para projetos de IA. Até 2024, a porcentagem de organizações que investem mais de 30% de seus orçamentos de tecnologia em IA aumentará para 49%. Para acessar o conteúdo do estudo da Accenture, visite https://accntu.re/3Qu6aqN

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