5 minute read
Isaquias Queiroz já mira 2023 de olho na vaga para as Olimpíadas
Atleta patrocinado pela praticagem retomou participação em torneios após a conquista do ouro em Tóquio
Depois de aproximadamente dois meses e meio descansando e sem treinos, após o ouro nos Jogos de Tóquio, o canoísta Isaquias Queiroz está de volta às competições e segue firme no propósito de tornar-se o maior atleta do Brasil. Atualmente, ele coleciona o ouro, duas pratas e um bronze, atrás de Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco medalhas cada. Para atingir o objetivo de mais dois ouros, Isaquias sabe que o limite está nos Jogos de Paris, em 2024, pois acredita que não terá mais condições de competir em Los Angeles, em 2028.
O marco dessa trajetória começa no Mundial de Canoagem, em 2023, primeira oportunidade para garantir a vaga para Paris. Na sequência, virá o Pan-americano, que também credita vaga para as Olimpíadas. Isaquias buscará o ouro novamente no C1 1000 metros e, em dupla, no C2 500 metros, prova que vai substituir o C2 1000 metros. Este ano, ele foi primeiro lugar na Copa Brasil (C1 1000 metros, C1 500 metros e C2 500 metros). Já na Copa do Mundo, terminou na segunda (C1 500 metros) e sexta posições (C1 1000 metros). E no Mundial 2022, foi ouro (C1 500 metros) e prata (C1 1000 metros). Em outubro, disputará os Jogos Sul-americanos.
– Depois do Mundial de 2023, vamos avaliar melhor como está meu rendimento para as Olímpiadas. O nosso objetivo sempre vai ser o Mundial. Ano que vem, vamos evoluir ainda mais para garantir a vaga direto para Paris – afirma o atleta, patrocinado pela Praticagem do Brasil desde o ciclo preparatório para os Jogos de Tóquio.
Com campeonatos em diferentes regiões e fora do Brasil, ele pode enfrentar diversos cenários nas competições. Alguns esportes se beneficiam da realização em ambientes controlados, dentro de ginásios e piscinas, mas a canoagem ocorre onde existe total interferência das condições ambientais, principalmente do vento.
– Quando você inicia, só pode remar de um lado. Eu remo do lado direito. Quando entra um vento do lado esquerdo, é como se fosse abandonar a prova. Fica meio impossível ganhar desse jeito. Você tem que controlar o barco, puxá-lo, é muito ruim – comenta Isaquias, que não para os treinos devido a condições ruins.
Em Tóquio, o vento o favoreceu na semifinal e acabou tirando da final seu principal rival, o alemão Sebastian Brendel, que rema pela esquerda. Já na finalíssima, a ausência de vento igualou os competidores, sobressaindo a preparação de Isaquias na vitória. Dias antes, ele e Jacky Godmann não tiveram igual sorte com o vento no C2 1000 metros. Apesar disso, conquistaram o quarto lugar.
Acostumado com as altas temperaturas do Brasil e no centro de treinamento em Lagoa Santa, Minas Gerais, Isaquias reconhece a dificuldade em climas frios. Por estar sempre em ritmo muito intenso de treino, o medalhista tem sua imunidade prejudicada e fica resfriado em viagens. Além disso, temperaturas mais baixas exigem mais roupas, que o atrapalham na movimentação do remo.
– Se eu for para algum país com bastante sol, é a melhor coisa. Eu falo: agora vocês vão sentir como é remar mil metros sob sol quente – brinca.
Aos 28 anos, o atleta já pensa no fim da carreira olímpica. Nas
Olimpíadas de Los Angeles, em 2028, diz que não estará mais em condições ideais para competir:
– Apesar da pouca idade, na canoa a gente começa e termina novo. É uma modalidade que exige muito de corpo, joelhos, coluna e ombros.
A falta do convívio com a família também pesa. Por ter começado muito cedo e abdicado de muitas coisas (na seleção, está desde os 15 anos), sente a ausência de momentos sociais e com familiares.
– Quero aproveitar mais a família e um pouco a minha vida. Vivi muito dentro do esporte. Então, depois das Olimpíadas, vou aproveitar o que construí.
Isaquias pretende aproveitar seu legado, talvez incentivando alguns atletas, diz. A princípio, não deseja ser treinador pela rotina intensa que teria, mas mostra gratidão a todos que o apoiaram e estiveram com ele nesse processo.
– Sem meus treinadores, parcerias e patrocinadores, não seria este cara que todo mundo conhece.
Segundo o baiano de Ubaitaba, a colaboração dos patrocínios lhe permite focalizar seu treinamento e dar qualidade de vida para ele e sua família.
– Ter um patrocinador me dá tranquilidade. Tenho um filho que precisa de estudo e uma condição de alimentação que não tive. Fica muito mais fácil seguir treinando e se dedicando para ganhar medalhas.
Divulgação foto:
Diretor Da Praticagem Defende Planejamento Portu Rio
O diretor técnico da Praticagem do Brasil, prático Marcio Fausto, foi um dos debatedores do painel do Sul Export que discutiu a formação de corredores logísticos e o desenvolvimento do acesso aos portos da região. O evento ocorreu em 16 e 17 de maio, em Florianópolis. Marcio Fausto defendeu a importância do planejamento portuário com base nas recomendações da Associação Náutica Internacional (Pianc): "Esperamos adequação dos acessos, ou seja, que os projetos de engenharia sigam as boas práticas internacionais, manutenção do design do canal e agilidade na correção de problemas como assoreamento, cascos soçobrados e sinalização avariada. Infelizmente, não é a nossa realidade. A praticagem se adapta e passa a ser parte da solução".
LUTO
NOTA DE PESAR PELOS FALECIMENTOS DO COMANDANTE LUPPI, ALMIRANTE TARCÍSIO E PRÁTICO VITOR EMANOEL
O último quadrimestre foi de profundo pesar para a praticagem. Em julho, faleceu o secretário executivo da Praticagem da Barra do Rio Grande (RS), capitão de mar e guerra Pedro Luppi, ex-capitão dos portos do Rio Grande do Sul. Em agosto, nos deixou o assessor do Conselho Nacional de Praticagem em Brasília, almirante Tarcísio Jorge Caldas Pereira, representante da praticagem no Conselho Gestor do Instituto Brasil Logística (IBL) e ex-diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
No mesmo mês, a Praticagem do Rio de Janeiro perdeu o prático Vitor Emanoel Costa de Castro, após 36 anos de atividade exemplar. A Praticagem do Brasil presta condolências a familiares e amigos desses profissionais tão queridos pela comunidade marítima.
Divulgação foto:
Salvamento
Praticagem Da Bahia Realiza Quatro Resgates Na Ba A De Todos Os Santos
Entre maio e agosto, a Praticagem da Bahia contribuiu para quatro resgates na Baía de Todos os Santos, cumprindo dever de todo homem do mar e obrigação legal da atividade. Em maio, a tripulação da lancha de praticagem salvou um homem que se afogava nas proximidades da Ponta de Monte Serrat. Em julho, dois tripulantes de um veleiro que havia emborcado foram resgatados. Já em agosto, foram duas ações em sequência. Quando finalizava o reboque de uma embarcação que ficou à deriva perto da Ilha de Itaparica, os tripulantes da praticagem avistaram uma canoa com dificuldade para navegar e retornaram em seguida para rebocá-la para o terminal de Bom Despacho.
Livro Terceira Edi O De Direito
Processual Mar Timo
Lançamento do livro do prático do Rio de Janeiro e doutor Matusalém Gonçalves Pimenta na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Em sua terceira edição, Direito processual marítimo atualiza as mudanças sedimentadas após o novo Código de Processo Civil de 2015. Além disso, traz propostas para o Tribunal Marítimo, como uma mudança no seu regimento interno para criar um órgão superior na Corte, de forma que a pessoa julgada tenha o direito de recurso. Matusalém faz ainda uma análise atualizada do naufrágio do navio Costa Concordia, ocorrido na costa italiana, em janeiro de 2012.
Mau Tempo
Praticagens Minimizam Efeitos Econ Micos De Ciclone No Sul
Em maio, as praticagens na região Sul contribuíram para minimizar os efeitos do ciclone Yakekan nas operações portuárias, diminuindo prejuízos econômicos. Antecipando-se à chegada do mau tempo que levou a restrições de tráfego em todos os portos, as empresas de praticagem atuaram junto às autoridades Marítima e Portuária, adiantando manobras e avaliando constantemente as condições dos canais de acesso, de modo a atenuar os impactos na logística e operacionalidade dos complexos portuários.
foto: Divulgação