Exposição concebida pela equipe técnica da unidade de Taubaté. Pesquisa sobre o patrimônio cultural realizada pelo Instituto Ecocultura e patrimônio ambiental pela Conceito Humanidades.
Rio Paraíba do Sul: formas de coexistir no tempo e no espaço
Os percursos traçados na relação homem e ambiente, vistos de uma perspectiva histórica, chamam a atenção pelas formas de dominação do primeiro em relação ao segundo. Um conflito com o qual lidamos de forma permanente, pois desconsidera a dimensão integrada entre indivíduos e espaço físico. Já do ponto de vista da produção dos bens culturais, tal contradição pode ser notada em relação a determinados grupos de populações que, por vezes, se vêem apartados de sua herança cultural, quando as práticas mais tradicionais encontram dificuldade de coexistir em meio a outras culturas. Nesse sentido, aspectos ambientais e culturais encerram uma mesma questão: o modo como se dá a ocupação territorial em razão das relações sociais ali construídas. Somos, no entanto, testemunhas do desejo de instaurar processos sociais que possam ultrapassar as oposições entre produção humana e sua interação no espaço físico. A complexidade deste debate pode ser vista na Exposição Na Outra Margem: O Rio Paraíba do Sul. Num enfoque ampliado, navega-se pela história deste rio tecida em alusão à sua própria geografia – desde a nascente, perfazendo o seu percurso até a foz, com ênfase para a porção paulista do Paraíba do Sul. Um mergulho em seu rico patrimônio cultural construído desde os primórdios da presença indígena na região, à passagem de aventureiros, viajantes e tropeiros até as comunidades de pescadores, ribeirinhos e quilombolas. O rio Paraíba do Sul, como fio condutor a guiar o público pela Exposição, representa assim as possibilidades de um diálogo interdependente, com respeito à memória e às tradições locais e
regionais, não sem considerar as interferências e contradições ocorridas, suas consequências para o ambiente e seus povos, tendo em vista o legado que se pretende deixar para as gerações futuras. Com mais esta iniciativa, orientada pelas diretrizes da educação para a sustentabilidade, o Sesc mantém-se atento às transformações sociais e à necessidade de repensar os padrões de uso e distribuição dos bens ambientais, a fim de contribuir para um debate que privilegia modos de viver mais equilibrados, cuja dimensão cultural possa ser agente de integração das relações sociedade-natureza, prevalecendo formas mais justas e solidárias de vida e de relação com o ambiente. Sesc São Paulo
Sobre nascentes, pontes e margens: as histórias de um rio
Um rio poderia contar sua história simplesmente dizendo: eu sou. Lembramos com recorrência que a água é o elemento gerador da vida, essencial, primordial, e insistimos que, apesar de chamarmos nosso planeta de “Terra”, é a água que define as fronteiras da vida. Mas – mesmo no universo das águas – é importante fazermos ainda outros recortes. Não foi às margens dos oceanos que a humanidade floresceu, mas às dos rios. Em um passado imemorial, há milhares de anos, nossos antepassados procuraram o primeiro lugar para deixar de ser uma cultura amplamente nômade, vagante, indo de campo em campo, em busca de oportunidades de caça, de vegetais coletáveis, e se tornar uma cultura cada vez mais estável, fixa, dedicada ao plantio, à produção da cerâmica, à criação das primeiras aldeias. Fez isso às margens de um rio. O primeiro rio, a primeira aldeia, o primeiro campo de agricultura, o primeiro vaso de barro. Desses todos, possivelmente, não saberemos os nomes que lhes deram nossos antepassados, mas sabemos – sem dúvida – que foi junto a um rio. Os rios desenharam a cultura como nós a conhecemos, e portanto nos desenharam. A exposição Na Outra Margem: O Rio Paraíba do Sul conta a longa história de um desses rios... A história? Não, digamos melhor: as histórias.
O rio Paraíba do Sul, surgido em uma época em que não existia a nossa espécie – novatos que somos no planeta – não podia ter esse nome, afinal não existiam as palavras, as línguas, era um rio entre tantos outros. Mas, se não havia a linguagem escrita, havia a do mundo natural, com a qual o rio definiu sua linguagem. Tratou de ir interagindo com os demais elementos, materializando a paisagem que herdamos quando, por fim, chegamos aqui, há poucos milhares de anos. Nesta exposição procuramos trazer um pouco da longa história não só do rio Paraíba do Sul, mas também das variantes que se construíram simultaneamente: mitos indígenas, formações geológicas, interpretações literárias, diversidades culturais, paisagísticas, históricas, da fauna, da flora, um bioma sofisticado – e por vezes maltratado, esquecido. Universos paralelos, os quais buscamos unir através de inúmeras pontes, que também são sobre o rio – características -, mas temporais, culturais, interdisciplinares, pontes e mais pontes, que ligam as inúmeras margens desse imenso rio. E as nascentes? Bom, além da óbvia nascente do rio, a nascente é sempre um convite a um novo começo, a um novo convívio, a uma reinvenção da cultura entre nós e o rio. A exposição é um percurso, mas, sobretudo, uma nascente.
Nascente, nascentes... O que é uma nascente?
Berço de um rio, nascedouro, é onde ele sai das entranhas da Terra, como um pequeno fio d’água, para, pouco a pouco, tomar volume e ir ganhando o mundo, construindo seu caminho, cortando o espaço, desenhando a paisagem. O rio Paraíba do Sul começou a nascer há, aproximadamente, 150 milhões de anos, quando os continentes começaram a se separar para dar origem ao que chamamos – hoje – de oceano Atlântico. Naquela época, o período Jurássico, o ambiente era extremamente diverso do atual, estando os dinossauros ainda habitando a Terra. Nos milhões de anos seguintes a região foi modificada, sendo ocupada por sistemas de rios e antigos lagos que hoje desapareceram. A feição atual do rio Paraíba do Sul tem “apenas” alguns milhares de anos, quando bosques de araucárias deram espaço à mata atlântica, ainda que não tenham desaparecido, e seu traçado se consolidou. Uma longa história de um rio dinâmico, que já teve muitas feições. Foi esta última feição do rio que permitiu a vida humana, que recebeu os primeiros grupos préhistóricos que ocuparam suas margens. Hoje, a nascente do rio Paraíba do Sul fica na cidade de Areias, no Estado de São Paulo, onde é chamado de rio Paraitinga; toma seu rumo e, ao encontrar com o rio Paraibuna passa a se chamar, enfim, rio Paraíba do Sul. Corre por aproximadamente 1.137 km, até encontrar o Oceano Atlântico na cidade de São João da Barra, no Estado do Rio de Janeiro, tendo sua foz na praia de Atafona.
Nascente é uma palavra que, também, permite outros cursos, caminhos para interpretação. O rio Paraíba do Sul – além de sua nascente de água – traz duas narrativas que contam seu nascimento, um geológico, outro pela mitologia tupinambá. Outras nascentes. Nascente que não é apenas geográfica, mas cultural, de identidade. Nós, eu, você, quais são nossas nascentes? Como essas nascentes se encontram?
Quando imaginamos o leito de um rio, inevitavelmente pensamos em um curso d’água que até pode exibir curvas acentuadas – os meandros, como gostam de dizer os geógrafos –, mas que no fim das contas segue uma direção, um sentido, jamais recuando. O Rio Paraíba do Sul, entretanto, contraria essa ideia e apresenta uma das anomalias fluviais mais sugestivas do território brasileiro. Isso porque, em Guararema, depois de vir descendo da Serra da Bocaina sentido sudoeste, o Paraíba do Sul sofre uma súbita inflexão de 180º, passando a fluir no sentido nordeste, exatamente o oposto daquele em que vinha. Deste ponto em diante o rio segue sua marcha até desaguar no Atlântico. Este tipo de feição hidrográfica é denominada “cotovelo de captação”, daí o nome Cotovelo do Guararema, evidência cabal de um evento de “captura fluvial”, que nada mais é do que a tomada das águas de um rio ou de um sistema de drenagem por um outro rio ou sistema vizinho, fenômeno que ocorre em áreas de falhas geológicas.
O Cotovelo do Guararema
A captura da antiga drenagem do Rio Tietê pelo Paraíba do Sul tem consequências na gestão e no aproveitamento das águas pelas cidades do vale do Paraíba, além de influenciar na biodiversidade das duas bacias, principalmente no que diz respeito à distribuição de peixes.
Margens que se unem: o Rio Paraíba do Sul e suas pontes
Pontes permitem a chegada, o retorno, a junção de dois lados que sempre flertam um com o outro, mas nunca se tocam. Projetamnos rumo ao desconhecido, mas ao mesmo tempo transmitem uma estranha sensação de conforto, como se assumissem o controle da travessia do viajante. De madeira, metal, concreto, não importa: o Paraíba do Sul é cortado por inúmeras delas ao longo do seu percurso, pontes que se impõem ao meio natural como um traço marcante, se integrando a própria paisagem. Paisagem que, lembremos, é ela própria uma criação humana, uma abstração que insere a natureza no mundo da cultura. Ao longo da história de ocupação da bacia do rio Paraíba do Sul os povoados, depois cidades, foram se distribuindo ao longo de suas margens, ora de um lado, ora de outro. As pontes, construídas primeiramente com matéria prima oriunda da própria região (madeira de lei nas mais robustas, troncos simples nas improvisadas, somente depois substituídas pelas pontes de metal) foram fundamentais para ligar as ocupações humanas e os vários caminhos que cruzavam o Vale do Paraíba. O escritor e, também, engenheiro militar Euclides da Cunha, retornando da campanha de Canudos (na Bahia) em fins do século XIX, trabalhou na recuperação de algumas dessas pontes sobre o rio Paraíba do Sul, período que, morando na região, organizou suas anotações para dar forma à obra prima Os Sertões. Deve ter lhe passado pela mente a contraposição entre a aridez do rio Vaza Barris – onde ficava o Arraial de Canudos – e a fecundidade das margens do rio Paraíba do Sul, onde fazendas, sítios, pescadores, se espalhavam. Além de servirem para cruzar o rio, as pontes nos ensinam a olhálo de outra forma, por um ângulo o qual não estamos acostumados a enxergar. Alimentam histórias e paisagens. Nesse sentido as pontes nos levam a pensar sobre como e porque somos tão ligados aos rios que nos ladeiam, por mais que não nos demos conta.
Percurso:
águas que abrem caminhos Deixando pra trás a nascente, o Rio Paraíba do Sul ganha terreno e se espraia por entre cidades, pastagens, ora trechos de mata preservada, ora profundamente alterada pelo homem. Quando os primeiros grupos humanos chegaram às margens do rio – que ainda não tinha nome, mas depois batizaram de Paraíba (rio ruim de navegar, em tupi) – encontraram um universo natural extremamente fértil, tanto dentro do rio quanto às suas margens. No rio uma vasta gama de peixes – mandís, piabas, piabanhas, curimbatás, carás, lambaris, traíras - às margens também um estoque grande de espécies que ora estavam compondo a dieta – antas, capivaras, tatus, - ora estavam povoando os temores e as lendas dos povos tradicionais – jararacas, jaguatiricas, urutus. Muitas vezes homens e animais disputando as mesmas presas. Foi essa diversidade, riqueza biológica trazida pelo rio, que atraiu os primeiros humanos e que, depois, também chamou a atenção dos colonizadores. O percurso do rio Paraíba do Sul ainda hoje é marcado pela diversidade: histórica, biológica, de paisagem. No decorrer dos séculos, desde os primeiros habitantes, o rio foi se tornando protagonista e cenário de uma longa história com muitos episódios, cenas e capítulos.
Descendo o rio, ao longo de seu percurso, encontraremos traços de suas primeiras ocupações coloniais – nos casarões, fazendas -, trechos quase que intocados que são testemunho de como teria sido sua paisagem natural original – como a região da Serra da Bocaina -, áreas nas quais a presença humana alterou profundamente a paisagem – como nos arrozais, nas grandes áreas de pastagens. Podemos ver também núcleos de grande vitalidade tecnológica ou de concentração industrial e comercial como em São José dos Campos – centro da indústria aeroespacial brasileira -, Taubaté ou Volta Redonda, no Rio de Janeiro, com seu imenso e pioneiro pólo siderúrgico. Em todas e cada uma dessas áreas o rio Paraíba se fez presente como protagonista, e mesmo que não percebamos tanto – sobretudo nas grandes cidades – ele está ali, sempre presente, e com ele toda a vida que carrega (ainda que, muitas vezes, comprometida pela ação humana). O Paraíba do Sul é, ainda, o rio do lazer: de pescar, de criança nadar, de descer de boia, de jogar água uns nos outros, de andar de barco, canoa, caiaque, de ir para suas margens no final de semana se reunir com a família e os amigos. De ficar, apenas, olhando suas águas passarem assim como a vida. Seria o Paraíba do Sul mero espectador desse espetáculo? Claro que não. É ao longo do seu percurso que o rio não apenas vê como promove a interação do homem com o meio natural. Por isso o percurso simboliza nossa própria história, de acertos e erros, de devoção e desprezo, com um rio que a todo o momento se faz e refaz protagonista.
“Entre Nhá Moça e Pindamonhangaba, encontramos matas incontestavelmente virgens, pois que ali se veem bambus, e cipós; entretanto têm muito menos vigor do que as florestas das regiões montanhosas. São necessárias à vegetação das matas virgens duas condições que nas montanhas coincidem: um abrigo contra o vento e muita umidade”. Auguste de Saint-Hilaire, Vila de Taubaté, 1822
“... O Paraíba... corre com lentidão e majestade. A esquerda da colina onde fica situada a cidade, existe outra, coberta ainda de mata virgem... A terceira colina eleva-se à esquerda da cidade. Era antigamente, como a primeira, coberta de mata, dela se cortou parte. Substituíram-na por engenho e plantações.” Auguste de Saint-Hilaire, Cachoeira Paulista, 1822
Viajante
“Aqui encontramos de novo o Paraíba, que faz uma grande curva, e, em vez de continuar na direção primitiva para o sul, volta-se para o norte... A navegação deste rio, por enquanto, não tem ainda importância alguma, sem dúvida, por causa das diversas cachoeiras consideráveis no trecho inferior, ou talvez porque o comércio nos seus arredores é ainda insignificante, e os habitantes ribeirinhos, por falta de pontes, não podem com facilidade transportar seus produtos. A navegação mais animada é feita entre a Aldeia da Escada e Pindamonhangaba.” Spix e Martius, Jacareí, 1817
O RIO PARAÍBA DO SUL VAI À MESA
Comer não é somente se alimentar. Base de toda cultura, a alimentação reúne muito mais do que ingredientes, temperos, cheiros. Ela é um ato social, econômico e simbólico, e por isso mesmo mexe tanto com a nossa cabeça (e estômago). No vale do Paraíba, a exemplo de outras regiões de São Paulo, a alimentação se moldou a partir da mistura de várias influências: a indígena, a portuguesa, as africanas, as dos demais imigrantes europeus. Culturas que, com mais ou menos afinco, voltaram-se ao rio Paraíba do Sul para compor sua dieta alimentar. O peixe – seja ele o cará, o surubim ou o cascudo – sempre esteve presente na panela do piraquara, o morador característico das margens do rio. Esse hábito se alastrou, ainda que em menor escala, para as mesas de todo o vale. A pesca, aliás, representa um elemento ímpar na relação entre o vale do Paraíba e seu principal rio, pois evidencia como poucos as possibilidades de interação, sustentáveis ou não, entre homem e natureza. Como parceira inseparável do peixe aparece a farinha de mandioca, herança indígena, fruto de milênios de domesticação de uma variante venenosa da planta que necessita de um longo tratamento para que possa ser consumida. E por falar em comida, vai uma peixada aí?
Peixada de Cascudo com pirão
Ingredientes da peixada
• 6 cascudos médios limpos • 3 tomates picadinhos, sem pele e sem sementes • 1 pitada de sal • 1/2 cebola cortada em cubinhos • 1/2 colher (sopa) de farinha de trigo • Cebolinha para decorar Ingredientes do pirão • 2 copos (americanos) do molho da peixada • 2 copos (americanos) de farinha de mandioca • 1 copo de água • 1/2 cebola picadinha • Salsa picada Modo de preparo da peixada • Em uma panela, aqueça um pouco de óleo e refogue a cebola e os tomates, deixando cozinhar de 10 a 15 minutos. • Tempere com sal e tampe a panela. • Quando o molho estiver pronto, adicione o peixe inteiro, limpo e sem a «casca». • Deixe cozinhar por 20 minutos ou até a cauda do peixe começar a abrir. • Leve ao fogo uma panela de barro com um pouco de óleo. • Quando estiver bem aquecida, coloque a peixada e apague o fogo. • Retire da peixada 2 copos de molho para fazer o pirão e enfeite a peixada com cebolinha verde. Modo de preparo do Pirão • Bata o molho no liquidificador com a água. • Em uma panela, despeje o molho batido e leve ao fogo acrescentando os temperos. • Acrescente aos poucos, a farinha de mandioca, mexendo até ficar na consistência desejada. • Se ficar muito grosso, adicione um pouco mais de água. • Deixe cozinhar durante uns 15 a 20 minutos. • Sirva a seguir.
Foz: fim ou recomeço? Quando chega a São João da Barra, no litoral fluminense, o rio Paraíba do Sul se rende à imensidão do mar e lhe entrega suas águas. Dali, mais precisamente da praia de Atafona, é difícil medir a importância de um rio que persiste a atravessar gerações e gerações, moldando sua economia, seus costumes, seu imaginário. Carregou em suas águas sedimentos de todo o percurso, material orgânico que coletou de suas margens, lixo despejado, sua longa história, memórias, uma carga gigantesca – ainda que parte tenha já ficado no caminho. Mas o Paraíba do Sul, porque rio, não se encerra em seu deságue no oceano. Ele renasce, ao mesmo tempo, quilômetros atrás, unindo nascente e foz em um processo contínuo que nunca se acaba. Renascer é renovar-se, dar possibilidade a uma nova vida. Pensar na foz é, portanto, entender que a relação que estabelecemos com o rio é passível de novos julgamentos, recuos, avanços. Afinal, foi modificando-o que o integramos a nós, que o tornamos parte indissociável de uma cultura. Se por um lado o retorno a um rio pré-ocupação humana é um sonho impossível, por outro não podemos nos furtar de pensá-lo e repensá-lo no contexto do mundo atual. O Paraíba do Sul do futuro não será o mesmo que hoje aí está, mas o que construiremos. E, por que não?, o que desejamos.
Serviço Social do Comércio Administração Regional no Estado de São Paulo PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL Abram Szajman DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL Danilo Santos de Miranda SUPERINTENDENTES Técnico Social Joel Naimayer Padula / Comunicação Social Ivan Giannini / Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina / Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli GERENTES Programas Socioeducativos Maria Alice Oieno de Oliveira Nassif / Adjunta Flávia Roberta Costa/Assistentes Denise de Souza Baena Segura, Denise Minichelli Marçon e Fabio Luiz Vasconcelos Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha / Adjunta Flávia Carvalho / Assistentes Juliana Braga e Nilva Luz / Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone / Adjunta Andréa de Araújo Nogueira / Assistente Virgínia Baglini Chiaravallot / Artes Gráficas Hélcio Magalhães / Adjunta Karina Musumeci / Sesc Taubaté Eliana Ribeiro de Lima Rahal / Adjunto Bruno Bolini Tadeucci / Coordenadores Ana Flávia Miranda / Maria Lúcia Roman / Samantha Azambuja / Dorival Gonçalves / Marcela Aguiar Oliveira NA OUTRA MARGEM: O RIO PARAÍBA DO SUL Coordenação Lucas Marques e Patrícia Grecco Pesquisa Instituto Ecocultura e Conceito Humanidades Criação, Cenografia e Projeto Gráfico Conceito Humanidades Adereços Nonon Creaturas e Divadlo Ilustrações Paulo Galvão Criações sonoras Estúdio Jacarandá Animações Paçoca Moderna Educativo Acontemporânea Projetos Culturais e Sandro Tonso Audioguia Museus Acessíveis Poesia “A Saga do Rio Paraíba” Olga de Sá