Ano 2 Nº 15 Dezembro 2014 ISSN 2318-0145
A alegria está de volta! Após quase dois anos de inatividade, os risologistas estão de volta aos hospitais de Valadares, levando alento e esperança às crianças.
Entrevista
Bacalhau
E agora, Brunny?
Israel Salmen, o gênio do e-commerce
Chef ensina duas deliciosas receitas
Conceito entrevistou deputada sensação
Conheça nossos
Colaboradores
ADRIANA PORTUGAL
BIANCO CUNHA
CLORES LAGE
INOCÊNCIO MAGELA
JANAÍNA DEPINÉ
JOÃO PAULO
Adriana Portugal é graduada em Direito pela Faculdade Milton Campos, pós-graduada em Direito do Trabalho pelo Unicentro Newton Paiva, presidente do Grupo da Fraternidade Martha Figner e diretora do Instituto Nosso Lar
Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.
Artista notável nos mais variados campos de expressão. É pintora, escultora, escritora, documentarista, cineasta, inventora. Clores é plural.
Formado em Filosofia pelo Seminário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.
Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.
Formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Univale. Especializado em Redação Publicitária pelo Ateliê das Letras. Redator na agência Óbvio Comunicação.
JOSÉ FRANCISCO
JUAN MOISÉS ZONIS
JULIANA TEDESCO
LAURO MORAES
LUCAS PELOSO
TAINÁ COSTA
Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.
Juan Moisés Zonis é Doutor em Odontologia pela Universidade Nacional de Rosario, na Argentina, onde também leciona. É autor de diversos trabalhos publicados em revistas científicas do Brasil e do exterior. É sócio fundador da Sociedade Mineira de Estomatologia e membro da Academia Pierre Fauchard..
Jornalista valadarense, radicada nos EUA há 12 anos. Formada pela Boston University como tradutora e intérprete em 2009, é proprietária da empresa Mass Translations.
Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo. Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing e diretor da Supernova Comunicação.
Graduado em Gastronomia pela Estácio de Sá, Lucas Del Peloso já chefiou grandes empresas como o Grupo Porcão e o La Isla. Atualmente esta à frente das criações do Restaurante Villa Roberti, em BH..
Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.
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Índice Risologistas estão de volta para alegrar as crianças
24 A importância da participaçãp popular na vida dos cidadãos
10 Cerveja artesanal é diferencial na cidade de Manhuaçu
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Em Caratinga, consórcio aproxima sonho do avião próprio da realidade
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COM A PALAVRA
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LUCAS PELOSO
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BOLA DA VEZ
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JULIANA TEDESCO
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LAURO MORAES
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JUAN MOISÉS
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INOCÊNCIO MAGELA
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GLAMOUR
40
TAINÁ COSTA
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CLORES LAGE
50
COLUNA JÚLIO AVELAR
52
BIANCO CUNHA
58
JANAÍNA DEPINÉ
66
JOSÉ FRANCISCO DA COSTA JÚNIOR
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ADRIANA PORTUGAL
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COLUNA EDUARDO FRAGA
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JOÃO PAULO DE OLIVEIRA
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Palavra do Editor
O Outubro Rosa, o Novembro Azul e o Natal Nesta época do ano, somos bombardeados por notícias de doações a entidades filantrópicas, pessoas que se vestem de Papai Noel para visitar comunidades carentes e entregar presentes de Natal. É campanha disso, mutirão daquilo... A solidariedade fica mais latente, ganha força, nos sensibiliza. Possivelmente, alguém que esteja lendo este editorial já questionou os motivos de essas ações solidárias acontecerem em sua maioria somente nesta época. Por que não doar o ano inteiro? Por que não ajudar as entidades nos outros meses? É a mesma pergunta que se faz quando chega o Outubro Rosa e o Novembro Azul, ambas campanhas que têm como finalidade estimular a participação da população no controle do câncer de mama e de próstata, consecutivamente. Por que esperar esses meses para procurar o médico e fazer os exames preventivos? Por que não fazer isso em qualquer outra época do ano. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), divulgados no início deste mês, mostram que o Brasil aumentou a
“
O câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente em homens, e o de mama, o que mais acomete as mulheres em todo o mundo
sobrevida de pacientes diagnosticados com câncer de mama e de próstata, que são dois dos mais incidentes em todo o mundo. Segundo a pesquisa, a taxa de sobrevida o câncer de mama no Brasil aumentou de 78%, em 2000, para 87%, em 2005, mesmo percentual registrado em países desenvolvidos, como os Estados Unidos. Para o câncer de próstata, o
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índice foi ainda maior, chegando a 96% de sobrevida, mais que o dobro se comparado à taxa no mundo, que é de 40%. O levantamento atribui o resultado brasileiro à expansão do acesso da população aos serviços de saúde, como exames de detecção e tratamentos. No entanto, apesar de positivos os dados não escondem uma triste realidade em nosso país: a de que o câncer de próstata e o de mama feminina (assim tipificado pelo INCA) continuam entre os que mais matam todos os anos no mundo. O câncer de próstata é o segundo tipo mais frequente em homens, e o de mama, o que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Recentemente, para marcar o Dia Nacional de Combate ao Câncer, o INCA lançou o Atlas da Mortalidade por Câncer, que traz números preocupantes. Segundo o documento, a estimativa é de 68.800 novos casos de câncer de próstata para o Brasil no ano de 2014. No que se refere ao câncer de mama feminina, para o Brasil, em 2014, são esperados 57.120 casos novos. Apenas Minas Gerais deve fechar o ano com 7.990 novos casos de câncer de próstata e 5.210 novos casos de câncer de mama feminina. Se observarmos bem, nos meses de outubro e novembro vários órgãos, governamentais ou não, se mobilizam Brasil afora para conscientizar homens e mulheres sobre a importância de exames preventivos contra esses dois tipos de câncer. Também precisamos fazer nossa parte. Só que para isso, não é preciso esperar até os próximos outubros e novembros porque, se levarmos em consideração a importância do tratamento na fase inicial da doença, caso ela seja detectada, até lá pode ser muito tarde.
Um novo contexto em notícias
Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9989-4092 / 9968-7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.
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DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG 6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG-18526
Franco Dani franco.conceito@gmail.com
Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga
Designer Gráfico Lívia Barroso
Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP
Projeto Gráfico Andressa Tameirão
FOTOGRAFIA Ramalho Dias - Gov. Valadares Rhaianna Miranda - Gov. Valadares
IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG
REDAÇÃO
EDITORIA DE ARTE
Jornalista Responsável Franco Dani - MTb MG-09319 JP
Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994
TIRAGEM 4.000 exemplares Periodicidade bimestral Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9968.7171 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 8454.4880 Caratinga: (33) 9954.0297
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com a palavra
Por Abigail Gonçalves E-mail: abigail.correia@oi.com.br
A importância da
participação popular
Muitas pessoas que me veem com frequência assistindo as reuniões oficiais da Câmara Municipal devem se perguntar: o que a leva a fazer isso? Uns devem responder que é por interesse, porque tenho pretensões políticas. Porém, aos quase 60 anos, descobri que vivo a melhor fase da vida. Posso falar o que sinto e penso sem rodeios. Tal sensação vem acompanhada de uma enorme vontade de contribuir para uma vida melhor para minha netinha linda e outras lindas crianças que estão chegando e hão de chegar. Em meio a tantas decepções com a política, que faz com que muitas pessoas se afastem dela, decidi o contrário. Decidi participar. Sei que os conselhos foram instituídos com o propósito de “controle social”. Porém, não somos ingênuos e sabemos dos “arranjos” que garantem comprometimento da sociedade civil, que deixa de ser controladora. Pois bem, ciente da importância do Poder Legislativo, que cria leis e que fiscaliza as ações e contas do Executivo, visando pelo interesse coletivo, foi que decidi acompanhar de perto todo o trabalho da “Casa do Povo”. Afinal, é pelo Legislativo que nossa vida é “controlada”. É por lá que são elaboradas as leis que tratam de saúde, educação, moradia, transporte, lazer, cultura... Enfim, o nosso dia a dia. Muitas pessoas me falam, ironicamente: “É muita animação!” Se eu votei, já tenho quem me representa, não sou parlamentar e nem vou ficar em plenário batendo palmas ou brigando com vereador. Tenho mais o que fazer. Respeito quem pensa assim, mas, a importância da participação popular jamais será inútil. A união das pessoas e seu interesse pelo coletivo compõem um histórico de lutas que no passado propicia-
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ram grandes conquistas. Ficar em casa resmungando não é um caminho de sucesso. Tive uma experiência recente que mostrou claramente que a coisa funciona. Vi na pauta da Câmara uma reunião extraordinária para tratar de um projeto sobre o funcionamento dos taxis em Governador Valadares. Notei que o projeto era prejudicial à classe e comentei com um taxista. Ele rapidamente questionou o presidente do sindicato dele, que por sua vez procurou os vereadores. Fiz um cartaz sobre o assunto e afixei na parede do plenário da Câmara assim que cheguei para a reunião. Questionei o vereador ligado ao assunto e ele respondeu que eu poderia ficar tranquila, porque já havia mandado tirar o tema da pauta do dia. Reforcei que era um projeto polêmico e que precisava ser melhor estudado, debatido e que os taxistas deveriam ser ouvidos. Fato é que, se ficarmos alheios a questões como essa, com toda certeza tudo será regido pela batuta da corrupção. Aliás, o crescimento da corrupção nada mais é do que a inércia nossa em relação aos “acontecimentos políticos”. Se a cada reunião de câmaras de vereadores, assembleias legislativas, Congresso Nacional, tivéssemos inúmeras pessoas questionando, mostrando a cara dos representantes enganadores, por certo eles abandonariam o barco ou mudariam de postura. Tal presença deveria ser maciça. Uma ou duas pessoas, adianta pouco. Eu tenho consciência disso, mas, me dispus a começar. Abigail Gonçalves é Secretária voluntária do Núcleo do Juizado de Conciliação do bairro Santa Rita.
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bon vivant
Bacalhau, paixão nacional
Fotos: Outra Visão
Por Lucas Peloso E-mail: lucasdelpeloso@hotmail.com
A
história do bacalhau começa nos mares gelados do Atlântico e Pacífico Norte. De acordo com especialistas, os vikings foram os responsáveis pela descoberta do potencial do peixe, conhecido como Cod, espécie em abundância nos mares que navegavam. Como não possuíam sal, secavam o pescado ao ar livre para poder consumi-lo posteriormente ao longo das viagens que faziam. Já a técnica de salgar o peixe e comercializá-lo, é creditada aos bascos, povo que habitava os Pirineus, entre França e Espanha. Eles já dominavam o sal e utilizaram o processo para conservar o peixe por mais tempo. O bacalhau só chegou ao conhecimento dos portugueses no século XV, durante as grandes navegações. Como eles precisavam de produtos não-perecíveis para suas longas viagens, encontraram nesse peixe a chave para a sobrevivência durante as longas navegações. Nesse período de descobertas, o bacalhau chegou ao Brasil pela primeira vez em 1808 com a vinda da Corte Portuguesa conduzida por D. João VI.
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Atualmente, o bacalhau é fortemente vinculado à cultura gastronômica brasileira devido à influência portuguesa no decorrer da colonização. Datas especiais são marcadas com a presença dessa iguaria em ceias e confraternizações. Se tratando de bacalhau, é importante ressaltar que a espécie Gadus Mohua é tida como a melhor, sendo classificada como bacalhau verdadeiro. Essa espécie é proveniente do Oceano Atlântico, nas regiões do Canadá e do Mar da Noruega. A espécie Gadus Macrocephalus, que habita o Oceano Pacífico, na região do Alaska, ocupa o segundo lugar em termos de qualidade e excelência. Sendo largamente comercializado devido ao melhor custo. Já o Saithe é um tipo mais escuro e de sabor mais forte. É o tipo mais importado atualmente e é o campeão de vendas no Brasil. É utilizado para bolinhos, tortas, mexidos, saladas e ensopados de bacalhau. A arte de preparar um bom bacalhau começa pela escolha do produto, escolha sempre os com que possuírem caudas largas e abertas. Se o produto já estiver cortado, prefira as postas largas e
grossas. A escolha dos ingredientes também é importante para o sucesso da receita. Pimentões, batatas, tomates, azeitonas, cebolas, palmito e azeite extra virgem são indispensáveis na maioria das receitas. Mas, é possível ousar outras combinações como: castanhas, vinho, espinafre, alho porro, leite de coco e até mesmo azeite de dendê. Além de nutritivo e saudável o bacalhau é extremamente versátil de se fazer. Basta usar a criatividade. Receita 1: Bacalhau mantecato com creme de abobrinhas, raspas de limão caramelizadas e azeite de avelã Ingredientes: 500 gramas de bacalhau dessalgado, sem espinhos e pele 3 batatas médias sem cascas 60 ml de azeite extravirgem Sal e pimenta a gosto Preparo: Corte as batatas em 4 partes, cada, e cozinhe por 12 minutos sem sal. Acrescente ao cozimento o bacalhau cortado em cubos de 2 cm. Cozinhe por mais 5 minutos em fogo baixo. Coe e reserve 3 colheres do caldo do cozimento. Passe para um processador as batatas e o bacalhau ainda quentes. Ligue na velocidade baixa e acrescente aos poucos o azeite. Bata até obter uma pasta cremoso e lisa. Se preciso, acrescente um pouco da água do cozimento do bacalhau. Finalize temperando com sal e pimenta. Reserve. Para o creme de abobrinhas: 500 gramas de abobrinhas pequenas e bem verdes 50 ml de azeite extravirgem 50 gramas de cebola picada Sal e pimenta a gosto Preparo: Coloque uma caçarola com água abundante no fogo para ferver com um pouco de sal. Enquanto a água ferve, corte as abobrinhas ao meio no sentido longitudinal e limpe-as retirando as sementes do centro com uma colher. Corte as abobrinhas em cubos médios e cozinhe na água fervente com a cebola e um fio de azeite. Cozinhe por 8 minutos. Coe e reserve um copo da água do cozimento. Passe as abobrinhas para um liquidificador e bata por 5 minutos, acrescentando aos poucos a água do cozimento, até virar um creme aveludado e liso. Finalize com o azeite, sal e pimenta. Reserve. Para o limão caramelizado: 1 limão siciliano 20 gramas de glucose 50 ml de água 5 gramas de açúcar Preparo: Descasque o limão com cuidado, preservando a casca o mais fino possível. Lave a casca e corte em tirinhas. Em uma frigideira, junte as cascas cortadas, a água, a glucose e o açúcar. Deixe ferver até as cascas
ficarem caramelizadas. Para o azeite de avelã: 60 ml de azeite extravirgem 50 gramas de avelãs limpas Preparo: Com o auxílio de um processador, triture bem as avelãs. Acrescente o azeite a bata por mais 2 minutos na velocidade baixa. Deixe descansar por 2 horas. Montagem: Na hora de servir, primeiro esquente o bacalhau e o creme de abobrinha separadamente. Em seguida, em um prato fundo, disponha uma concha do creme de abobrinhas. Sobre o creme de abobrinhas, coloque no centro uma colher do bacalhau mantecato. Disponhas alguns fios do limão caramelizado e pingue algumas gotas do azeite de avelãs. Dica: Além de saborosa e fácil de fazer essa receita, é interessante porque permite que seja toda preparada com antecedência e aquecida na hora de servir sem dificuldades. Receita 2: Bacalhau confitado Ingredientes: 500 gramas de lombo de bacalhau dessalgado e cortado em postas 10 cebolas baby 20 ovos de codorna cozidos e descascados 1 pimentão vermelho cortado em tiras 1 pimentão amarelo cortado em tiras 10 batatinhas baby 1 ramo de tomilho 1 ramo de alecrim 50 gramas de azeitonas pretas 500 ml de azeite extravirgem Sal e pimenta do reino a gosto Preparo: Ligue o forno na temperatura máxima e deixe aquecendo por pelo menos 1 hora. Cozinhe as batatinhas em água com sal e reserve. Em uma frigideira, coloque 2 colheres de azeite, refogue os pimentões e as cebolas até que estejam dourados. Acrescente o tomilho, o alecrim e tempere com sal e pimenta. Reserve. Em uma forma refratária, disponha os pedaços do lombo de bacalhau ainda crus e intercale com as batatas, a mistura de cebolas baby e pimentões refogados, as azeitonas pretas e os ovos de codorna. Regue com o azeite extravirgem até cobrir totalmente os pedaços de bacalhau. Leve a forma refrataria ao forno pré-aquecido, conforme indicação inicial. Asse o bacalhau por 5 minutos. Em seguida, desligue o forno e não abra. Mantenha fechado por 25 minutos. Passado esse tempo, o bacalhau estará confitado e cozido. Sirva em seguida.
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bola da vez
O gênio do e-commerce Com apenas 25 anos, o jovem valadarense Israel Salmen criou um novo método de fidelização para compras pela internet e faz sucesso no disputado mercado
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Por Denise Rodrigues
Revista Conceito - Suas raízes estão em Valadares. Quais são suas lembranças de infância? Israel Salmen - Eu nasci aqui e minha família continua em GV. Sempre que posso eu tento vir passear. Minha meta é vir uma vez por mês, mas nem sempre é possível por causa dos compromissos profissionais. Eu tenho ótimas recordações de Valadares. Minha infância foi muito feliz. Eu fazia tudo que os meninos gostavam de fazer naquela época. Nadava no (clube) Filadélfia, jogava bola no (Colégio) Presbi-
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discurso é de um homem de negócios. A aparência é de um garoto ousado e sonhador. Israel Salmen, de 25 anos, tem a paixão pela sua empresa estampada no olhar e fala do empreendimento com a doçura de um pai ao mencionar o filho. O site Méliuz (www.meliuz.com.br) é o xodó do rapaz. Formado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais, o valadarense atuou no mercado financeiro, sendo um dos fundadores da Solo Investimentos, gestora de recursos que chegou a gerir uma carteira de R$ 20 milhões quando foi vendida, em 2011. Há três anos, ele e um sócio fundaram o Méliuz, site que ajuda os consumidores brasileiros a economizarem em mais de 1.200 lojas online, oferecendo descontos exclusivos e ainda devolvendo direto na conta bancária do usuário parte do valor das compras feitas nas lojas parceiras. “Eu e meu sócio sempre fomos usuários assíduos de diversos programas de fidelidade, porém, nenhum deles nos satisfazia. Juntar muitos pontos é demorado, o valor dos pontos é baixo e você não consegue trocar por nada que realmente deseja. Foi com base nisso que criamos o Méliuz, onde o usuário recebe um benefício em dinheiro vivo, direto na conta bancária. Cortamos toda a burocracia”, explicou Israel. Submarino, Walmart, Netshoes, Azul, Gol, TAM, Ricardo Eletro, Ali Express e Magazine Luiza são algumas das gigantes do mercado de compras online que são parceiras do Méliuz. A startup foi eleita pela Revista Exame um dos destaques do ano de 2012 e em 2013 foi eleita pelo Startup Chile, programa do Governo Chileno, como empresa de maior potencial para conquistar a América Latina. E foi com o entusiasmo de quem quer ganhar o mundo que Israel recebeu a reportagem da Revista Conceito para um bate-papo, durante um evento, em sua terra natal, no último mês de outubro.
teriano e no (Colégio) Ibituruna. Era bem divertido. RC - Quando você decidiu mudar-se para Belo Horizonte? IS - Eu estudei no Colégio Presbiteriano em todo o ensino fundamental e em parte do ensino médio. Em 2006, meus pais e eu decidimos que eu iria fazer o terceiro ano no Colégio Marista, em Belo Horizonte. Na época, eu pensava em fazer Medicina. Mas durante o último ano na escola eu percebi que não queria ser médico e escolhi fazer Econo-
mia. Apesar de quererem que eu seguisse a carreira médica, meus pais me apoiaram e em nenhum momento foram contrários ao meu desejo. Eu estudei muito, me esforcei bastante e consegui passar na UFMG com uma pontuação alta, que era meu objetivo. RC - Como foi sua adaptação na mudança de GV para BH? IS - Quando eu era novo, tinha medo de dormir fora. Às vezes eu pedia: “pai, deixe-me dormir na casa do meu amigo?” E ele deixava. Mas, durante a madrugada, eu ligava para ele ir me buscar. Eu ficava com medo (risos). Existia essa barreira. Quando fui para Belo Horizonte, eu superei gradativamente as dificuldades. A saudade não me matava e, até hoje, eu sou bem tranquilo com isso. Tem gente que fica muito angustiado quando sai de casa. Isso, eu nunca tive, nunca me incomodou. RC - O que mais estimulou você a empreender? IS - Desde pequeno sempre tive vontade de ganhar meu próprio dinheiro e não ficar dependente dos meus pais. Isso me fazia ter ideias e a tentar desenvolvê-las, já que eu não poderia ser empregado por ser menor. Desde então, foram vários negócios, alguns malsucedidos, outros bem-sucedidos. Quando me mudei para BH, eu comecei a me inspirar em pessoas que sonhavam mais alto que eu, que tinham pretensões maiores que as minhas, e eu fui absorvendo aquilo ali pra mim. Eu tinha muito foco no que eu queria e quando eu achava um ‘negócio’ que podia somar ao meu plano principal, eu absorvia. Isso aconteceu em vários momentos da minha vida. RC - Você vem de uma família de empreendedores. Para você, qual a influência da sua família na sua decisão de ter seu próprio negócio? IS - Eu acho que minha família não me influenciou. Eu já tinha em mim o desejo de realização pessoal, de realizar o sonho de alguém, de criar um produto e ver alguém usando aquilo. Eu me sinto mega realizado quando vejo alguém acessando o site ou quando alguém me conta que já ouviu falar do Méliuz. Considero que meus pais me influenciaram de outra forma: nunca me pressionaram. Quando eu abri as minhas empresas, eles jamais me cobraram resultados. Eu mesmo, às vezes, ficava pensativo quando via meus amigos sendo empregados, fazendo carreira em multinacionais etc. Mas, em casa, eu não tinha nenhum tipo de pressão. Meus pais me deram muito amor e me criaram como o melhor filho do mundo. Nunca me faltou nada! E nem por isso eu deixei de correr atrás das coisas que eu queria, correr atrás dos meus sonhos e de me esforçar para realizá-los. RC - Qual o segredo de sucesso? IS - O segredo, na minha opinião, não está numa ideia ou num produto. Ele está na forma que você trata as pessoas da sua equipe e, de certa forma, no modo que você trata seus clientes. Mas o principal ponto é o seguinte: as pessoas focam muito no ‘o que’. O que elas estão construindo? O que elas querem gerar com aquilo? Por exemplo, dinheiro. Ou ‘eu preciso de uma ideia avassaladora para eu lançar e ganhar muito dinheiro’. Então, isso é o principal erro. O foco principal do empreendedor que tem o desejo de crescer e ter sucesso é a forma que, não somente eu, mas todas as pessoas que trabalham no Méliuz, tão levando não só na vida profissional mas também na vida pessoal é focar no ‘por que’.
Israel Salmen (à esquerda) e a equipe da Méliuz Por que a pessoa está desenvolvendo aquilo? Por que está por trás de você? Como aquilo te completa? Como aquilo vai completar seu cliente? Então é um negócio muito maior do que o material. Não é ‘o que’ e sim o ‘por que’. Esse é o principal segredo, na minha opinião. A definição de inovação significa mudança ou criação. Neste caso, inovação, no meu ponto de vista, para o sucesso de qualquer negócio é inovação no modo de pensar. É sair do “o que” e ir para o “por que”. Fazer de um jeito novo? Fazer um jeito diferente, pensar de uma forma diferente. As empresas que têm sucesso hoje pensam ‘porque’ para ‘o que’. E não ‘o que’ para o ‘por que’. RC - Qual seu sonho? IS - A mesma satisfação que eu tive no momento em que eu lancei o Méliuz e que o primeiro cliente entrou no site, é a satisfação que eu tenho hoje. Atualmente, mais de 500 mil pessoas, todos os meses, acessam em busca de desconto, em busca de boas ofertas. Só este ano nós já geramos R$ 20 milhões em desconto no bolso dos nossos clientes. São números expressivos. A gente tem um presença muito grande no mercado. Mas o meu foco não é esse. Não é isso que me completa. Então, eu estou sempre faminto por resultado que passe do valor material, que passe do financeiro, que representam mais uma conquista minha e da minha empresa e de ajudar um cliente a ter felicidade na hora que ele for fazer uma compra. Gerando essa felicidade para o cliente a gente também consegue atingir a nossa felicidade plena dentro da empresa. Iniciamos o ano de 2014 com uma meta agressiva: crescer 6x de tamanho. Até o momento estamos batendo todas as nossas metas, e estamos muito confiantes para esse final de ano. Nosso sonho é continuar crescendo nesse ritmo e nos tornar a maior empresa do mercado de internet e tecnologia do Brasil.
Sobre o Méliuz Criado pelos empresários Israel Salmen e Ofli Guimarães, em setembro de 2011, o Méliuz é uma plataforma que une programa de fidelização e cupons de descontos gratuitos para lojas online brasileiras. Com proposta inovadora, o site permite que os usuários aproveitem ofertas dos grandes varejistas do país, por meio do comércio eletrônico, e acumule parte do valor gasto na compra de volta, podendo ser resgatados para a conta bancária do próprio cliente.
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Ricardo & João Fernando fazem um balanço de 2014 e falam das novidades da carreira
C
om nove anos de carreira e seis CDs lançados, a dupla de Americana, interior paulista, coleciona hits como “Água de bar”, “Só saio com as TOPs”, “Magnetismo”, “Segunda-feira passa” e outros. A atual música de trabalho, “Respira”, está entre as mais tocadas do país, de acordo com a Billboard Brasil.
e sugeriu que eu me dedicasse ao canto. Sem pretensões profissionais, tinha uma dupla de “quarteirão” e o destino fez com que meu parceiro Ricardo me convidasse para cantar com ele em alguns compromissos agendados após o fim de uma antiga formação de dupla que ele tinha, onde eu era tecladista. A partir daí, tudo foi crescendo até viver desse sonho.
A dupla está viajando o Brasil com a turnê “Na mesma sintonia”, título do CD e DVD que foram gravados em São Paulo e os cantores estão trabalhando na finalização do CD “Identidade”, que será lançado no próximo ano. Nesta entrevista para Conceito, Ricardo & João Fernando fazem um balanço de 2014, contam sobre o CD e falam do projeto de gravar o 3º DVD. Confira!
Conceito: “Respira” é a primeira música do novo EP [Extended Play] da dupla, e vocês já estão planejando lançar um CD. O que os fãs podem esperar desse novo trabalho? Ricardo e João Fernando: O CD vai levar o nome de “Identidade”. Sem duvida, será o CD mais maduro e mais “a nossa cara” de todos. Com canções de letra e arranjos muito bem elaborados, trazendo muito da nossa escola que foi o romantismo dos anos 90 e o que particularmente amamos interpretar.
Conceito: A dupla já tem planos para a gravação de um novo DVD? Ricardo e João Fernando: Com data marcada não, mas podemos adiantar que queremos fazer ano que vem um DVD grandioso, em local aberto, pra multidão, resgatando nossos grandes sucessos.
Conceito: Vocês são conhecidos pelas músicas agitadas e agora estão apostando em canções mais românticas. Porque essa mudança? Ricardo e João Fernando: Sentimos que essa é a hora! O mercado está propício para mostrar esse nosso lado, que é muito forte.
Conceito: Qual o balanço que vocês fazem de 2014? Ricardo e João Fernando: Sem dúvida, um ano maravilhoso, onde subimos a cada dia um degrau, várias músicas entre as mais tocadas do Brasil. Foi um ano de mudanças e grandes conquistas.
Conceito: Quais são as influências musicais da dupla? Ricardo e João Fernando: São várias: Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Gian e Giovani, Milionário e José Rico, Keith Urban. Mas, sem dúvida, a unanimidade é João Paulo e Daniel.
Conceito: Quais são os projetos da dupla para 2015? Ricardo e João Fernando: Esperamos colher muitos frutos com as canções que vão estar em nosso novo CD e tornar realidade o projeto do nosso terceiro DVD.
Conceito: Como vocês começaram a cantar e por que escolheram a carreira de cantor? Ricardo: Comecei a cantar aos 14 anos no coral da Igreja LBV, pois minha mãe me convidou pra ir um dia no ensaio. Gostei demais e fiquei no coral por três anos. Depois, fui estudar canto e violão em um conservatório na cidade de Americana. Com 17 anos já cantava na noite. Em barzinhos, lanchonetes, quermesses etc. O gosto pela música sertaneja veio de família. Sempre nas festas estava lá, o radinho, tocando os modões. Minha mãe foi minha maior incentivadora. Eu amo o que eu faço. Cantar, levar amor e alegria para as pessoas é divino. Em 2002, formamos a dupla “Ricardo e João Fernando e, graças a Deus, estamos aí, firmes e fortes, até hoje, rodando por todo Brasil”. João Fernando: Comecei a cantar na igreja com 12 anos, onde aprendi as primeiras notas musicais no violão. Quando ingressei no curso de piano, uma das matérias do conservatório era o coral. Foi aí que meu professor de música “descobriu” minha voz
Conceito: Com quais artistas vocês gostariam de dividir o palco? Ricardo e João Fernando: Com nossas influências citadas acima. Seria maravilhoso! Já gravamos em nosso primeiro DVD com Gian e Giovani e foi um momento mágico.
Desejamos gravar, também, com esses outros grandes artistas. Conceito: Como vocês fazem a escolha das músicas que serão incluídas em um CD? Ricardo e João Fernando: Ouvimos cada composição que chega até nós através dos e-mails e redes sociais. Separamos as que sentimos que é nossa “linha” e as que nos arrepiam de cara. Depois nos reunimos com o pessoal do nosso escritório. É uma decisão bem democrática. E a partir daí, é com nossos fãs. Eles nos ajudam demais a escolher qual música deve ser trabalhada.
Conceito: Deixe uma mensagem para os leitores da Revista Conceito. Ricardo e João Fernando: Gostaríamos de agradecer a todos que acompanham nossa trajetória. Sem vocês, seríamos “nada”. Amamos vocês! Forte abraço da dupla Ricardo & João Fernando!
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colaborador
Caça-níquel
Por Juliana Tedesco E-mail: julited@gmail.com
diplomático
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pós oito horas de viagem, uma senhora chega ao Consulado dos Estados Unidos na cidade do Rio de Janeiro. Embora cansada, era preciso estar bem para a maratona do dia seguinte: enfrentar uma fila quilométrica para conseguir senha de atendimento. Depois de quase duas horas de espera, a dita senhora conseguiu a senha de número 42. Vejam vocês que antes de receber a tal senha, era necessário mostrar um comprovante do Citibank no valor de 100 dólares, já pago, senão não precisaria nem entrar na fila. Imaginem que bacana: o pessoal do câmbio negro já tinha esse boleto, obviamente pago no banco, afinal de con-
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tas, nem em sonho a agência do Citibank estaria aberta às 6 horas. E aí, ao invés da senha custar 100 dólares, saiu por R$ 450. Depois disso, teve que tirar umas fotos de “lambe-lambe” para anexar aos documentos. A essa altura, as fotos já eram de “suga-suga”, chupando mais uns trocadinhos da pobre senhora. E nesse meio tempo, rola um café, ansiedade, bate-papo e muita paciência, afinal, depois de passar por tudo isso, a única coisa a fazer era esperar mesmo. Ok, no problem! Tudo valeria a pena para visitar pela primeira vez, em 18 anos, os três filhos que escolheram a terra do Tio Sam como segunda pátria.
Detalhe importante: os filhos já eram cidadãos e a senhora levou toda a documentação necessária. Era para ela um orgulho dizer ao cônsul que a viagem seria proporcionada pelos filhos. Levou fotos das lojas comerciais e mais alguns detalhes importantes para se fazer saber. Finalmente, conseguiu adentrar o palco da ânsia de muitos. Foi convidada a sentar naquele auditório lindo que mais parece um teatro. Por ali ficou mais umas duas horas. O passaporte já havia sido encaminhado para o devido departamento assim que ela entrou. De repente, ela escuta uma voz eletrônica: — Número 42. Vai a senhora toda orgulhosa sendo dirigida para um dos quatro guichês. Chegando lá, ouviu um belo “Bom dia!” e já se animou toda, pois ela conseguiu ver que o cônsul já tinha o passaporte e as informações sobre seu desejo de visitar os filhos. E, aí, começou um pequeno grande interrogatório. Depois de mais ou menos 10 minutos, tempo considerado grande para uma entrevista consular, (geralmente é “sim” ou “não”), ele diz pra ela: — Quem vai custear sua viagem? Prontamente ela informou: — Os meus filhos. Aí está toda a documentação. Com um olhar de desdém, o cônsul não checou os documentos da pobre senhora. E disse num português cheio de sotaque: — Dessa vez, a senhora infelizmente não se qualifica para viajar para os Estados Unidos da América, mas essa decisão não
é definitiva. Pode voltar aqui nas quintas-feiras para recorrer ao processo. Sem retrucar, a senhora saiu pensativa e muito aborrecida. Do lado de fora da salinha, já com todos os documentos nas mãos, ela se inteirou que seu passaporte já havia sido carimbado e o visto negado antes mesmo da entrevista, pois, na frente dela, em momento algum aquele digníssimo cônsul mexeu na documentação. Triste, ela se dirige a uma funcionária do Consulado e perguntou: — Minha filha, o cônsul me disse que eu posso recorrer ao processo. O que preciso trazer para a próxima visita? Ela respondeu prontamente: — Outra guia do Citibank paga e os mesmos documentos apresentados aqui hoje. — Outra guia? Não pode ser a mesma? Eu paguei uma hoje? — Não, minha senhora. Toda vez que a senhora visitar o Consulado ou pretender entrar aqui, tem que pagar 100 dólares. Mais do que rapidamente, a senhora fez uma conta de cabeça multiplicando as 130 senhas que haviam sido distribuídas somente naquele dia e virou educadamente para a funcionária da embaixada e disse: — Existe caça–níquel mais lucrativo que esse? E o governo brasileiro preocupado com peixe pequeno! Já vi que negar visto pelo menos uma vez para os brasileiros é muito mais do que uma mera questão política, é uma máquina de fazer dinheiro. Façam suas apostas!
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A curva do universo de
Niemeyer
Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com
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Aceitaria a pílula da eterna juventude se fosse para todo mundo; não quero a imortalidade só para mim”. Nem mesmo o raciocínio de Oscar Niemeyer era reto, cujo traçado, esquadrinhado em mais de um século de vida, foi interrompido há dois anos. Naquele 5 de dezembro de 2012, o horizonte aplanou-se, deixando, contudo, memórias físicas e imateriais de um universo curvo. Do ponto de vista psicológico, os indivíduos tendem a voltar a atenção para objetos e eventos que introduzam um ritmo inesperado ou conexão incomum no cotidiano. Mesmo que seja essencial perceber a homogeneidade dos ritmos e relações para a organização da vida social, o inédito, o diferente, a transgressão, a novidade, a mudança capturam a memória das pessoas. Por isso, o espetáculo remete ao surpreendente, ao excepcional, ao extraordinário. Por isso, o legado de Niemeyer é espetacular. Todavia, transpondo a banalidade peculiar às manifestações espetaculares, a obra deixada pelo arquiteto inspira reflexão. Mostra que a espetacularização pode ser vista por outro ângulo que não o da pura e simples sedução das aparências, o prazer imediato, a embriaguez visual, a beleza a todo e qualquer custo. E fez isso sem romper com a plasticidade visual, fundamental para a realização do
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caráter público e a produção das simbologias e dos sentidos pretendidos com o espetáculo. O mestre da arquitetura desafiou a lógica do óbvio. Conferiu leveza ao concreto e, ao invés do rigor intelectual e tecnicista, incutiu poesia, romance e ficção em seus projetos. Paradoxalmente, o comunista participou ainda da modernização que introduziu seu país, definitivamente, no mercado de consumo, projetando ícones do Brasil capitalista, como a própria capital federal. No entanto, jamais abandonou a ideologia na qual, a despeito do declínio do marxismo soviético, acreditou até o fim. No início da década de 80 do século passado, Cuba, com o apoio da União Soviética, vivia tempos de bonança, com expressivos e bem-sucedidos projetos de saúde, educação e cultura. A reação de Niemeyer às notícias trazidas de lá pelo teólogo Leonardo Boff foi externada em um artigo publicado na Folha de São Paulo: “Descendo a Serra de Petrópolis ao Rio, eu, que sou ateu, rezava para o deus de Frei Boff para que aquela situação do povo cubano pudesse um dia se realizar no Brasil”. Mais do que a intensa dedicação ao trabalho e à criatividade, o proeminente arquiteto cultivou ideais humanitários, tornando-se tão grande quanto a sua arte. Partiu o gênio de traço e alma poética. Eternizou-se, porém, uma lenda.
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Um remĂŠdio chamado
alegria Por Franco Dani
Após quase dois anos de inatividade, os risologistas voltaram a fazer a alegria de crianças nos hospitais de Valadares. Projeto deve ser expandido para Belo Horizonte 24 conceito
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les nunca cursaram medicina. Não fizeram residência médica. Provavelmente, nem conhecem o princípio ativo de um simples remédio para dor de cabeça. Trata-se apenas de um grupo de jovens estudantes. E como tal, poderiam escolher passar os fins de semana passeando, de festa em festa, curtindo alguma programação absolutamente comum na idade deles. Poderiam. Mas esse grupo escolheu doar parte dos seus sábados visitando crianças que estão em leitos de hospitais. Depois de quase dois anos parados, os risologistas voltaram à ativa em Governador Valadares para levar alegria e esperança a esses pequenos pacientes. Para entendermos melhor o trabalho desses “doutores da alegria”, é importante conhecer as raízes do projeto. O termo “risologistas” foi inventado na década de 1960, por Hunter Adams, médico norte-americano, tendo como objetivo visitar pacientes em hospitais, só que de uma maneira bem inusitada: vestido de palhaço que brinca de ser médico. Adams sempre defendeu a teoria de que, para a cura de doentes, deve existir mais contato humano entre pacientes e médicos. Quando cursava medicina, chegou a ser criticado pelo seu método de aplicar o riso como forma de recuperação. Ironicamente, por várias vezes ouviu de seus colegas que “lugar de palhaço é o circo”. Desde então, a ideia foi difundida no mundo inteiro com a criação de grupos inspirados na arte da humanização hospitalar. Segundo um dos idealizadores do projeto em Governador Valadares, o estudante de Produção Publicitária, Marlon Estiano, apesar de esses grupos mundo afora terem o mesmo nome por inspiração de Adams, não há nenhuma relação uns com o outros. Porém, segundo ele, o foco é o mesmo: servir com amor as pessoas. Em Valadares, o projeto risologistas foi idealizado por Marlon e a amiga Isabela Lemos. “Resolvemos fazer algo na arte que tivesse uma importância social”, conta Marlon. O projeto começou em 2012, durou cerca de seis meses e, por conta de problemas de agenda entre os voluntários, não teve prosseguimento. Motivados pela vontade de retomá-lo, Marlon e o estudante de Arquitetura, Jheferson Siqueira, reuniram um grupo de amigos e no segundo semestre deste ano voltaram a visitar crianças em hospitais. Atualmente, em Valadares o grupo dos risologistas é composto por 33 voluntários. Todos passaram por treinamento. Esse número, segundo Marlon, tende a aumentar, assim como o alcance do projeto, já que novos voluntários estão sendo treinados para atuar em Belo Horizonte, onde Jheferson estuda.
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O que mais nos emociona nisso tudo é ver que, naquele breve momento em que estamos perto das crianças, a dor delas parece ir embora. E, aquela carinha triste se torna alegre. O carinho que recebemos das crianças faz tudo isso valer a pena. Como funciona
Em Valadares, as visitas aos hospitais acontecem sempre aos sábados por conta da agenda de trabalho e estudo dos voluntários. “Sonhamos poder viver só do projeto e poder fazer visitas todos os dias, já que isso seria muito bom para quem precisa. Infelizmente, como o projeto é todo voluntário, isso ainda não é possível”, afirmou Marlon. Segundo ele, o grupo costuma visitar crianças com todo tipo de doença e, por enquanto, o projeto só abrange os hospitais com alas infantis. Com o crescimento do grupo de voluntários, a proposta é ampliar o projeto, estendendo as visitas hospitalares a adultos, e a idosos nos asilos. As visitas costumam durar cerca de 10 minutos em cada quarto hospitalar, o que pode variar de acordo com a quantidade de crianças internadas. A reação das crianças, segundo Marlon, é variada, mas sempre positiva. “Elas brincam com a gente, dão gargalhadas. Outras ficam mais quietinhas por causa da doença, mas, mesmo assim, querem que continuemos ali. Algumas crianças costumam não aceitar de início a nossa presença. Creio que, pelo fato de estarmos de jaleco branco, elas pensam que somos enfermeiros ou algo assim, querendo dar remédio. Mas, depois que elas percebem que estamos ali somente para levar alegria, entram na brincadeira”. Por ser um trabalho voluntário, segundo Marlon o que mais compensa nesse projeto é o retorno das crianças. “O que mais nos emociona nisso tudo é ver que, naquele breve momento em que estamos perto das crianças, a dor delas parece ir embora. E, aquela carinha triste se torna alegre. O
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carinho que recebemos das crianças faz tudo isso valer a pena”, conta o estudante, lembrando-se de um caso que marcou toda a equipe, logo no começo do projeto. “Numa das visitas, conhecemos uma garotinha chamada Fernanda, muito humilde. Ela estava internada há meses com uma doença grave. No primeiro dia de visita, a Fernanda ficou encantada com a gente, tirou foto e brincou muito. Na outra semana, quando fomos visitá-la novamente, a mãe dela nos disse que ela só dormia olhando para a nossa foto. Isso, pra gente, foi demais, pois estávamos sendo o consolo de uma garota, tão indefesa e tão frágil, mas que lutava para melhorar”. A princípio, segundo Marlon, tudo ia muito bem. Até que... “Na terceira visita, cantamos parabéns, pois era aniversário da Fernanda. Ela fez um pedido que nos marcou: que não demorássemos pra fazer a próxima visita. Uma semana depois, voltamos ao hospital e fomos direto para o quarto dela, mas não a encontramos. Começamos a perguntar por ela. Foi quando soubemos que havia falecido após uma cirurgia. De repente, tudo parecia ter acabado. Não tínhamos visitado ainda nenhum quarto além do da Fernanda e já estávamos decididos a não continuar o trabalho naquele dia. Mas, ao sairmos para o corredor, com os olhos cheios de lágrimas, várias crianças começaram a se aproximar da gente. Brincamos e dançamos ali mesmo, no corredor. É como se a Fernanda estivesse presente naquela hora, pedindo para nunca pararmos com esse trabalho”.
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Curso e doações Qualquer pessoa pode fazer parte dos risologistas, mas, para isso, não basta ter boa vontade. É preciso preparo e treinamento, que são obtidos por meio de um curso com duração de três meses. “Nesse curso, aprendemos a capelania hospitalar, arte do palhaço, humanização do palhaço, improvisos e outras coisas”, explicou Marlon. Para os que se interessaram pelo projeto, mas acham que não têm vocação para esse tipo de trabalho, existem meios de não deixar que ele pare por falta de recursos. “Hoje, cada voluntário arca com a sua própria maquiagem, jaleco, peruca e outros acessórios. Temos alguns patrocínios, mas, infelizmente, eles ainda não são suficientes”, afirmou Marlon. Além dos patrocínios, as pessoas interessadas em apoiar o projeto podem fazer doações em dinheiro. Esses recursos é que permitem os risologistas confeccionarem adesivos para ser distribuídos para as crianças nos hospitais e a comprar material para ajudar alguns voluntários. “Os patrocínios e doações, de uma maneira geral, são muito importantes, pois, quanto mais ajuda recebermos, mais pessoas serão alcançadas pelo projeto e mais crianças ficarão felizes. Toda e qualquer ajuda é muito bem-vinda”, concluiu Marlon. Para saber como ajudar, basta acessar www.risologistas.com ou a página do grupo no Facebook: www.facebook.com/risologistasgv.
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Câncer de boca tem cura se diagnosticado e tratado precocemente
Por Juan MoisĂŠs Zonis Email: juanzonis@yahoo.com.br
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âncer é uma doença crônica degenerativa que se caracteriza pelo crescimento de suas células de forma desordenada, com tendência a invadir áreas vizinhas e que se não tratada de forma precoce, pode levar à morte. O correto é falar em cânceres, já que existem mais de 100 formas deles. Mas o nosso tema será câncer de boca. Quando falamos em câncer de boca, estamos incluindo o de lábio, língua, mucosa jugal (bochecha), gengivas, palatos duro e mole (céu da boca) e assoalho de boca. Inclusive, podemos examinar também a orofaringe. As localizações mais frequentes são lábio e língua. Para termos eficácia e eficiência no tratamento e até cura, é necessário que saibamos quais são as manifestações clínicas mais frequentes. Assim sendo, podemos ter um diagnóstico precoce. Para isso, é fundamental conhecer os fatores de risco para seu aparecimento, já que são eles os que podemos evitar, não acontecendo o mesmo com os fatores genéticos. Os fatores de risco são: idade (acontece mais depois da 4ª década da vida e é mais frequente em homens, embora hoje apareça muito em mulheres); tabagismo (em qualquer forma de consumo de tabaco, álcool, má higiene bucal, próteses mal ajustadas). Os sinais e sintomas mais comuns são: feridas que não cicatrizam em uma a duas semanas e sem causas conhecidas, manchas brancas ou vermelhas que não podem ser removidas, úlceras de aparecimento sem causa (podendo sangrar ou não), dificuldade para falar (disfonia) ou para engolir (disfagia), emagrecimento acentuado (caquexia), caroços no pescoço (linfoadenomegalia) isto já nos estágios avançados. Então, para prevenir o câncer de boca, embora nem todos possam ser evitados, são necessárias as seguintes medidas: • Reduzir e/ou eliminar o consumo de tabaco e álcool (o consumo associado de ambos aumenta em 35% as chances de aparecimento de câncer); • Proteger os lábios da exposição aos raios solares com protetor labial com fator de proteção solar, ou com uso de boné ou chapéu; • Manter uma higiene bucal boa com visitas periódicas ao dentista; • Manter as próteses bem ajustadas para evitar irritações da mucosa; • Evitar infecções pelo HPV, que podem acontecer por meio do sexo oral; • Tratar as lesões cancerígenas (aquelas com potencial de transformar em câncer) leucoplasias e eritroplasia sempre; • Fazer uma dieta saudável, embora não se saiba ainda quais são as substâncias que podem provocar câncer. Embora não se possa afirmar que o exame clínico e o autoexame da boca (sempre ensinado pelo dentista) possam evitar o aparecimento da doença, é lógico que estes mecanismos são de grande importância no diagnóstico precoce e por isso os indicamos. Para finalizar e, sintetizando tudo, estejamos sempre em alerta para qualquer mudança na boca e procuremos auxílio com o dentista logo; eliminemos o cigarro, reduzamos o uso do álcool e mantenhamos uma boa higiene bucal com uma visita periódica a dentista.
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Para quem dobram os sinos de Natal? Por Inocêncio Magela E-mail: dialetika@dialetika.com.br
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á faz tanto tempo e essas lembranças continuam acesas no meu coração. Em diferentes momentos, desde a minha juventude, tentei transformar em prosa ou verso as angústias, as esperas e as esperanças que vivi. Era eu, então, criança. Penso que vivia os meus tenros seis anos de idade. Filho de Dona Tereza, hábil costureira, recém-separada de meu pai que, por sua vez, vivia num distrito de minha terra natal, Andradas, localizada no sul de Minas. Vivíamos a expensas do trabalho dela, pois meus irmãos eram ainda aprendizes em uma ferraria que produzia ferraduras para cavalos e tinha por serviços ferrá-los. Creio que dispensa esclarecer que éramos filhos da escassez, da privação e do trabalho, que marcavam o contexto em que tudo ocorreu e que passo a relatar. Eram vésperas de Natal. Alguém, de quem já não me lembro, sugeriu-nos a ideia de que poderíamos mentalizar um pedido ao Papai Noel, anunciando-lhe o que gostaríamos de ganhar de presente na noite de Natal. Mas que deveríamos fazê-lo, com toda convicção, com toda intensidade, pois o velhinho sempre ouve aqueles que lhe imploram com muita esperança. Era nosso vizinho um médico, proprietário de
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uma farmácia. Ele tinha um filho a quem chamávamos de Pedrinho. Foi Pedrinho, que nessa fase, se fez de meu amigo. Brincávamos na calçada de nossas casas e nos divertíamos com as ideias fantasiosas que fazíamos de realidade. Como dizia o poeta, “éramos felizes e não sabíamos”. Como se aproximava o Natal, dividíamos nossas ideias e intenções. Foi então que combinamos de mentalizar o que juntos queríamos, qual seja: um velocípede. Não tínhamos a real noção de que fosse um presente de Natal de significativo preço. Afinal, naquele mesmo passeio em que brincávamos, não havia diferença de classes sociais, os custos eram ignorados pela nossa imaginação e a nossa idade nos permitia criar lindos castelos de sonhos e plantar a esperança onde bem a desejávamos. Foi então que com nossa engenhosidade, mentalizamos um sonho comum e o acalentamos nos dias que se seguiram, até chegar a esperada noite de Natal. Enfim, a hora chegou. O rito teve que acontecer como para todos os que acreditam no Natal. Antes de deitarmo-nos, meu irmão Iveraldo e eu colocamos os nossos sapatinhos à disposição do Papai Noel. Penso que meu irmão não dispunha da mesma imagi-
nação que Pedrinho e eu, pois ele tinha apenas três anos de idade. Tomei esta atitude com muito zelo, pois seria naquele lugar marcado que o Papai Noel deixaria o meu presente. Então, adormeci. Dormi o sono dos anjos, com a tranquilidade dos justos. Experimentei a realidade de um desejado sonho de assistir a chegada do Papai Noel. Chegada triunfante! Em seu trenó pu-
xado por renas, com sua barba farta e branca, gorro e vestes em vermelho e branco. Estacionou ao lado da janela de meu quarto e desembarcou, retirando do seu trenó meu lindo velocípede. Eu, por minha vez, em meu sonho, fingia estar dormindo para não surpreendê-lo e afugentá-lo. Eu era feliz! Ao amanhecer do dia, levantei-me ansioso para me deparar com o velocípede, objeto de meu sonho. Fui em direção ao meu sapato e lá encontrei dois presentes, por mim não sonhados: uma maçã, dessas argentinas, que à época eram caras, e uma garrafa tradicional de Guaraná Antarctica. Permaneci extasiado diante do que vi, procurando por aquilo que eu esperava e que não via em lugar algum. Interrogativo estava eu sobre a validade de minhas crenças e encontrava-me sem chão, sem perguntas e sem respostas. Deixei o quarto. Não tenho lembranças de como minha mãe acompanhou as minhas reações. Estava eu muito centrado em minha frustração, decepção e desaponto. Dirigi-me à cozinha, onde tomei café acompanhado de um pedaço de pão. Logo após, fui ter-me com o meu amigo na nossa habitual calçada, onde diariamente brincávamos. Deparei-me com o Pedrinho, montado altivo em seu velocípede e sorrindo generosamente. Imediatamente, veio-me à mente a seguinte pergunta: “Como poderia o Papai Noel ter feito àquilo comigo? Qual a razão que ele teve para atender ao Pedrinho e esquecer-se de mim? Teria eu deixado de mentalizar ardentemente o meu pedido, de depositar verdadeiramente as minhas esperanças no Papai Noel? Onde se encontrava a razão de tal atendimento diferenciado? ”. As respostas travaram-se em minha mente e em minha garganta até o presente momento, em que valho-me da oportunidade de dividir com todos os que me leem. Com o passar do tempo, a compreensão veio-me à consciência. No entanto, ela nunca me foi suficiente para desengasgar a minha emoção. Emoção que carrego comigo e que até hoje me faz pronunciar a indagação que me vem e que expresso: PARA QUEM DOBRAM OS SINOS DE NATAL?
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Casa do Médico promete ampliar as possibilidades de eventos em Governador Valadares
Com inauguração prevista para 2016, o projeto inovador da Associação Médica deve potencializar o turismo de negócios na região 36 conceito
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erão três andares num prédio com ótima localização, próximo ao shopping da cidade, num projeto que levou em conta o que há de mais moderno em arquitetura e engenharia. O local escolhido foi o empresarial La Vitta, que terá 16 andares, três deles subterrâneos para estacionamento. A Casa do Médico é um sonho antigo da classe em Governador Valadares, que está bem perto de ser realizado. As obras já começaram e devem durar 15 meses. Na estrutura, estão previstos um salão de festas com lugar para 450 pessoas sentadas, um centro de convenções e um auditório com 220 lugares. Os ambientes vão contar com sistema de sonorização, isolamento acústico e iluminação especial. Em outro andar, ficará o escritório administrativo da Associação Médica, junto com a sede do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Sindicato dos Médicos. Nesse andar haverá ainda uma biblioteca, uma videoteca, sala de vídeoconferência, sala de estar médico e um auditório com 40 lugares. “A cidade será a primeira do Brasil a abrigar debaixo do mesmo teto a Associação Médica, o Sindicato e o Conselho Regional de Medicina”, destaca o vice-presidente da Associação, o médico Rômulo Coelho, que assumiu o cargo no último dia 21 de novembro. Atualmente, há 484 profissionais ativos de Governador Valadares e cidades vizinhas cadastrados na Associação. Rômulo foi presidente da Associação Médica por dois mandatos, seguidos de 3 anos, cada. O ginecologista Roberto Carlos Machado, que até então era vice-presidente, assumiu a função para o próximo triênio. “E a meta é dar continuidade aos projetos iniciados na gestão do Rômulo, com ênfase à Casa do Médico”, disse o Dr. Roberto. O Centro de Convenções é a grande aposta da diretoria. O destaque é para os eventos científicos e culturais que poderão ser desenvolvidos no local. A ideia é incentivar a educação continuada dos
médicos e ajudar no desenvolvimento econômico e social da região. “Com eventos maiores e melhores, os benefícios são muitos. E a população como um todo ganha com isso. Queremos desenvolver o turismo de negócios, como exposição de artes e feiras comerciais, além de ajudar na demanda de eventos de outras entidades de classe também”, completou o Dr. Rômulo Coelho.
Imagens do projeto revelam os diversos ambientes da futura Casa do Médico
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Dr. Ricardo Sacramento, Dr. Daniel Alvarenga, Dr. Anderson Pereira, Dra. Marcia Magalhaes, Dr. Rodrigo Abreu, Dr. Ubirajara Avelino, Dr. Roberto Carlos Machado, Dra. Rosimara Bonfim, Dr. Nilo Nominato, Dr. Wilsom Morlim, Dra. Eusana Milbratz, Dr. Rômulo Coelho e Dr. Lucas Coelho.
Presidente da Unimed, Dr. Manoel Arcísio, Secretário de Estado da Agricultura, André Merlo, Prefeita Elisa Costa, presidente da AMGV, que tomou posse, Dr. Roberto Carlos Machado, e ex-presidente da AMGV, que deixou o cargo, Dr. Rômulo Cesar Coelho Leite
A solenidade de transmissão de cargo da Associação Médica de Governador Valadares marcou a saída do Dr. Rômulo Cesar Coelho e a posse no novo presidente, o Dr. Roberto Carlos Machado. O evento aconteceu no dia 21 de novembro, no Ilusão Esporte Clube, e contou com a presença de representantes das classes médicas da cidade, além de amigos e familiares do ex-presidente e do presidente empossado.
Dra. Natalia Machado, Dr. Thiago Andrade e Natalia, e o advogado Walkirio Fonseca, Dr. Roberto e Maria Aparecida Machado
Dr. Rômulo Coelho e Adriana Coelho, Dr. João Douglas, Gabriel Milbratz e Dra. Eusana Milbratz
Dra. Natalia Machado, Juliana Azevedo, Dra. Eusana Milbratz
Stella Ali, Dra. Jane Débora, Dr. Darlan Correia e uma amiga
Dr. Wilson Morlin e Erick Ramalho, Dr. Antônio Valverde e Yara Maria Diniz Figueiredo
Dr. Anderson Pereira, Dr. José Levindo e Dr. Darlan Correa
Dr. Daniel Alvarenga e Dra. Paulo Petrucelli
Hercílio Diniz, Edison Gualberto e Dr. Maurício Dutra.
Dr. Aloísio Proba e Valéria Proba, Dr. Carlos Eduardo Pimentel e Ana Paula Pimentel, e Dr. Manoel Arcísio.
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Sonia Miranda
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21ª edição do Troféu Aplauso
Completando a sua 21º edição, o Troféu Aplauso é uma forma de homenagear e reconhecer as pessoas que se destacam no mercado de trabalho. Sayonara Calhau entregou o troféu ao lado de Tininho Machado.
Mauro Oscar, Luis Marcio Araujo, Renato Fraga, Pedro Vieira
Weslaiane Silveira, Geraldo Vilar, Rosângela Chaves e Gabriela Vilar
Vera Lopes, Pedro Vieira e Cristina Sobreira
Luiz Carlos Miranda, Iracy de Matos, Marcus Tulius, Andreia, Marcelo Rocha
Shirley, Sayonara e Tininho Sayonara Calhau, Eduardo Fraga, Cristina Luttembarck e João Marcos Grossi Lobo
Natalia , Carlos Wagner e Claudia
Chris e Ricardo Assunção Edvaldo Soares e Telma
Tininho Machado e Juliana
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Daniel e Isabella Cruz
Júlio Sales e Shirley
KatmosZ
KatmosZ com novidades irresistíveis que vão deixar você ainda mais bonita.
Luciana, Karina , Rhaianna e Jacqueline
Níver João Pio
Carmem Pina e Eduardo Cerqueira curtiram de montão a festa de aniversario de um aninho do filho João Pio. Familiares e a criançada se divertiram “pra lá”. E não podia faltar fotos e posts, pois foi uma festa memorável.
Arquiteto
Fotos: Wellington Sarmento
Carmen, João e Eduardo
João Previero, arquiteto e design de interiores, e com um extenso portfólio na área de decoração, inaugurou recentemente seu escritório em Manhuaçu. Para outras informações, é só ligar para: (33) 3331-3364 ou escrever para: joaoprevieiro@jp.arq.com.br 41 conceito
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O mais novo empreendimento imobiliário, Chácaras Miúra, celebrou o lançamento de vendas oficial no Rancho Miúra, de propriedade de Inês e Edvaldo Soares, presidente da Construtora e Incorporadora Beijo. A localização é privilegiada, a 8 quilômetros do centro de Valadares, com chácaras a partir de 20 mil m². O espaço permite contato direto com a natureza e é próximo ao campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Acesse o site www.chacarasmiura.com.br. Venha viver em contato com a natureza e próximo da cidade.
Edmílson Soares e Tânia recepcionados pelo anfitriões Inês e Edvaldo
Edvaldo Filho, Luiz de Castro, Bruno Luiz, deputado Leonardo Monteiro e Edvaldo Soares
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Pais e filhos, sócios do empreendimento, e Luiz de Castro
Edvaldo ao lado de Luiz de Castro, com mais de 30 anos de experiência em projetos urbanísticos
Retalhos
Blogueira de Caratinga
Para deixar os leitores ainda mais bem informados sobre o universo feminino, Karina Xavier, além da função de fonoaudióloga, também passa atuar como blogueira de Caratinga e região. Traz em seu blog dicas de moda, make, nutrição, fitness, enfim, tudo que as mulheres adoram ler. Instagram: @ blogkarinaxavier.
Dr. Marco Vinício O jovem e competente odontólogo Marco Vinício está sempre preparado para tornar o seu sorriso ainda mais bonito.
Stilos
É para celebrar momentos felizes que Diógenes Lana tem recebido com muito estilo seus convidados nos camarotes e áreas reservadas dos eventos pelo Brasil afora.
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Casa do Alumínio
O mercado ficou pequeno para tanta diversidade de mercadoria. Didinho, do Rei do Alumínio, abriu uma loja na Bárbara Heliodora com variedade de mercadorias.
Haifa, feito à mão
Bom gosto e atendimento personalizado você só encontra na Haifa. Lá, você acha móveis para compor ambientes e decoração. Tudo de muito bom gosto. Passe lá e presenteie quem você ama. Na foto, Suellen Aldo e uma amiga.
Atendimento
EB Escolar Brasil dando um show de atendimento às escolas, prefeituras e empresas. Ligue (33) 3271-8480 ou consulte o site www.escolarbrasil.com.br. Na direção, Anselmo Rodrigues.
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Todo mundo quer saber: E agora, Brunny? Por Franco Dani
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dia era 5 de outubro de 2014. Governador Valadares entrava para a história ao eleger a deputada federal mais nova da bancada do Congresso, em Brasília (DF). Hoje esposa do empresário e deputado estadual Hélio Gomes (PSD) e apresentadora de TV, Bruniele Ferreira da Silva, a Brunny Gomes (PTC), de 25 anos, já passou por momentos difíceis na vida. Mas, deu a volta por cima, superou preconceitos e mostrou que, apesar de ter alcançado uma condição de vida melhor, nunca se esqueceu de suas raízes. Dona de um sorriso do tamanho do seu coração, por onde passa ela tem mostrado uma habilidade natural e contagiante no trato com as pessoas. Natural de Valadares, Brunny conta que veio de uma família humilde: “Durante minha infância meus pais tiveram muitas dificuldades para criar a mim e minha irmã. Meu pai teve que ir para os Estados Unidos para poder dar uma condição de vida melhor pra gente”, lembra. Quando o pai de Brunny retornou ao Brasil, ela já estava adolescente. Foi quando começou a desenhar para algumas fábricas e a trabalhar como estilista. Anos depois, realizou outro sonho: cursar Odontologia. Nessa época conheceu o marido Hélio Gomes e a política se tornou um divisor de águas na vida dela. Brunny afirma que tinha aversão à política. Mas quando viu o lado social do trabalho do marido, passou a se interessar pelo tema. “Temos o hábito de julgarmos as coisas e pessoas sem conhecê-las. É assim com a política e com os políticos. Quando me envolvi com a política, mesmo que indiretamente, passei a vê-la como um instrumento que pode e deve ser usado para ajudar as pessoas. Essa, hoje, é minha responsabilidade e meu compromisso com os que votaram em mim e com os que não votaram também”. Brunny na Ásia e na África Ousada, Brunny se lançou em mais um desafio: o de produzir e apresentar um programa de TV. Para isso passou uma temporada em Belo Horizonte estudando. Assim, nasceu o “Brunny e Você”, que começou na TV Rio Doce e depois na TV Alterosa Leste, afiliada do SBT na região. Apesar da nova rotina que a aguarda em Brasília, a deputada disse que irá retomar o programa ano que vem, desta vez em rede estadual. Segundo Brunny, o programa preservará alguns quadros, como o “Dia de Princesa”, que passará a privilegiar crianças de todo o estado. A apresentadora revelou com exclusividade à Conceito que o programa será retransmitido para outros países. “Me ligaram da Alterosa, em BH, e falaram que
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o meu programa foi selecionado, juntamente com outros dois da emissora, para passar na África e na Ásia”. Perguntada sobre a votação expressiva que recebeu na última eleição (45.381 votos) e a relação do resultado das urnas com sua visibilidade por meio do programa de TV, Brunny acredita que pode ter contribuído, mas dividiu os créditos com seus cabos eleitorais. “Foi um trabalho muito bem feito, boca a boca. Durante a campanha, percorremos aproximadamente 120 municípios. Acho que a maior contribuição do programa de TV foi fazer a Brunny conhecida na região. Ele mostrou uma Brunny que ajuda as pessoas, que é do bem. Nesse ponto pode ter ajudado um pouco, sim”. Eleição e projetos Brunny conta que passou o último dia 5 de outubro visitando os locais de votação. No final do dia foi para o comitê do marido, onde, acompanhada de sua equipe, amigos e parentes, aguardou o resultado das eleições. Ao final da apuração, viveu um misto de alegria e frustração. Se por um lado ela havia sido eleita, o mesmo não aconteceu com o deputado Hélio Gomes. “Quando saiu o resultado, não queria nem comemorar. Mas ele insistiu que festejássemos. Sabe, sou uma pessoa muito temente a Deus e tenho aprendido que nem toda porta que se fecha é algo ruim. Às vezes, Deus permite que isso aconteça para nos dar livramento”. Durante o período como apresentadora de TV e durante a campanha eleitoral, Brunny visitou muitas regiões carentes de Valadares e cidades da região. A deputada, que toma posse em Brasília no dia 1º de fevereiro, conta que essa vivência tem ajudado a pensar em propostas que ela pretende apresentar na Câmara. Entre elas, a ampliação do número de creches para atender uma demanda crescente na região e projetos na área da educação que ampliem o número de vagas nas instituições de ensino superior por meio de parcerias com o Governo Federal e com a iniciativa privada. Às vésperas de sua diplomação, dia 19 deste mês, em Belo Horizonte, Brunny tem adotado uma prática incomum entre os políticos, voltando aos locais onde fez campanha para agradecer os votos. Recentemente, ela foi convidada para ser presidente nacional do PTC Mulher. Coragem para assumir toda essa responsabilidade, ao que tudo indica, não lhe falta: “A princípio, assusta um pouco pensar como será lá [em Brasília]. Mas acho que isso é normal, até conhecermos os colegas de trabalho, o ambiente. Mas, eu gosto de desafios. Sou movida a desafios”, concluiu.
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colaborador
As voltas que a vida dá Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com
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a infância, no colégio, sempre tem uns coleguinhas na sala que são mais gordinhos, outros que são magrelinhos. E nessa fase, isso quase sempre é motivo de gozação e apelidos. Os pais dos gordinhos tentam fazer com que eles emagreçam, proibindo doces e os colocando para fazer atividades físicas. Os pais dos magrelinhos tentam fazer com que eles engordem, dando suplemento alimentar e os enchendo de comida. As crianças mesmo não se importam muito. O importante é brincar com os amiguinhos. Vai chegando a adolescência e os que continuam gordinhos começam a se preocupar com o peso, entram na academia e fazem dieta (ou pelo menos tentam). Os magrelos têm a preocupação contrária e tentam ganhar peso (no caso das meninas, mais curvas e no caso dos meninos, mais músculos). O objetivo aqui, na verdade, é chamar a atenção do sexo oposto. Até porque, assim como na infância, as piadinhas e apelidos continuam e ninguém quer ser o “bullyinado” da turma. E aí, chega a vida adulta. O apelido já foi internalizado e nem dói mais. Uns, que eram do grupo dos gordinhos, com muito foco e esforço conseguem emagrecer. Os que eram magrelos, com o tempo acabam ganhando peso e entram na categoria dos de corpo “normal” (leia-se no limite dos pa-
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drões estéticos estabelecidos pela mídia). E os que tinham corpo “normal” engordam e embarangam. Basta olhar a foto da sua turma do ensino médio, identificar os perfis e entrar no Facebook ou qualquer rede social da pessoa para ver como ela está hoje. É batata, na maioria dos casos! Mas a vida não para. E quem está acostumado a ser magrelo por natureza, comer de tudo e levar uma vida sedentária, começa a ganhar mais peso e tem que correr atrás do prejuízo, já com uns 30 anos de desvantagem. Os gordinhos estão no pique, super habituados a fazer dieta e exercício. Já nem é um sofrimento, é parte da vida, tipo escovar dente. Os “normais”, que em um dado momento embarangaram, também abriram os olhos e deram um jeito de entrar nos eixos. Acontece que chega um momento que os magrelos, aqueles tão invejados, que comiam de tudo e não engordavam e que o único exercício que faziam era simplesmente existir, estes estão uns buchos. Por isso, se você é gordinho, não fique triste. Com foco, pode emagrecer e a longo prazo fazer inveja naquele magrelo que chegou aos 40 anos sedentário, comendo torresmo e chocolate, e... embarangou. Pra você ver as voltas que a vida dá.
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colaborador
Criatividade, Por Clores de Andrade Lage E-mail: cloresalage@hotmail.com
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o papel da arte
ocê sabia que o papel foi inventado junto com a própria matéria-prima? Isso no século II, na China. Os monges budistas levaram o método de fabricação do papel para outros países asiáticos, a partir do século VII. Um desses países foi o Japão, onde a técnica do origami iria se desenvolver. O origami é a arte de dobrar o papel. A partir de 1986, ele passou a fazer parte da educação dos japoneses nas escolas e é ensinado até hoje, porque desenvolve a coordenação motora, a capacidade de concentração, acalma e estimula a criatividade, auxilia nos estudos matemáticos e geométricos, entre outras vantagens. O origami pode ser feito com qualquer papel, até mesmo com folhas de jornais. Mas os origamistas, empenhados em desenvolver um trabalho sofisticado, usam papel especial chamado washi (papel importado). Feito de maneira artesanal, ele é, ao mesmo tempo, mais maleável e resistente que o papel industrializado,
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além de trazer um acabamento texturizado. Alguns origamistas conseguem sobressair com mais criatividade, logo, chamam mais atenção e nós nos rendemos aos encantos da arte deles. A criação e a execução do origami variam de acordo com o tema e o objetivo aos quais se propõem: pingentes, móbiles, quadros, marcadores de livros, mandalas de movimentos, flores, animais, pássaros, bolas, kusudamas etc. Hoje, é uma referencia perfeita para qualquer tipo de decoração, seja ela festas de épocas, como o Natal, aniversários, casamentos etc. É uma arte que deveria ser ensinada nas escolas por ser executada com material de baixo custo e o mais importante: é prazeroso, auxilia em vários setores e alegra os olhos e a alma. Eu me rendi aos encantos dessa arte e, inclusive, decorei os ambientes da minha última exposição com peças decorativas lindas, assinadas por Vânia Gomes Câmera (33.9133-0172) e Ivana Martins Lage (33.3278-1333).
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Coluna Júlio Avelar
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INOVAÇÃO TOTAL
Renato Fraga e sua nova equipe na Associação Comercial e Industrial entram com fôlego dos anos dourados de 1980 e 1990. Gente com vontade, com disposição e talento para ajudá-lo a detonar e fazer daquela instituição uma verdadeira prestadora de serviço ao empresariado local e regional. A EXPOLESTE volta a ser realizada no mês de setembro e vem com muitas boas novidades. Quem viver, verá!
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QUANDO?
Quando é que irão colocar sinais luminosos e redutores de velocidade na rotatória do Altinópolis/Coelho Diniz? Será que o Departamento de Trânsito da Prefeitura, cujo comando maior é do Sr. secretário Seleme Hilel Neto, vai aguardar que outras tragédias e danos materiais aconteçam? Agarradinho ao supermercado está sendo erguido o hospital da Unimed. A coisa só vai complicando. Cresce, Valadares, cresce!
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AGORA, SEM DESCULPA!
Prefeita Elisa Costa e o deputado federal Leonardo Monteiro, todos do PT, têm a obrigação de fazer com que a duplicação da BR-381 venha até Valadares, assim como o gasoduto e uma nova ponte Vila Isa-centro. Eles estão com a faca e o queijo nas mãos: PT em Valadares, PT em Minas Gerais e PT governando o Brasil. E, de rebarba, poderão nos dar umas estradas melhores, ligando Minas ao litoral capixaba.
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Afonso Júnior, que está em Brasília, Tendresse Teatini e seu esposo Gilberto Rebolças Hott
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PARA A IMPRENSA
A FIEMG Regional de Governador Valadares nunca esteve tão bem com a imprensa como nos últimos cinco anos. Este ano, com certeza, Rozana Azevedo se confraternizará de novo com os da comunicação. Ela sabe dar valor! Ricardo Miranda e sua esposa Márcia com a bela filha Réssica, que formou final de novembro, em Medicina, em Volta Redonda
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ENTÃO, DÁ NISSO!
Valadares agora está com tantas boas opções em restaurantes, que nenhum está dando lucro como antigamente. Faltam clientes de bom paladar. Os preços nem são tão altos.
SÓ SE ELA NÃO QUISER
Para 2015, a Revista Conceito pode ter sua Noite de Gala. Vai depender da diretora-executiva, Sônia Miranda, permitir, deixar e liberar. Aí, a gente faz!
NO COMANDO!
O PT de Elisa Costa e de Leonardo Monteiro comandará todas as indicações de cargos de confiança existentes em todo o Leste Mineiro, tanto da área federal, como estadual. E não são poucos cargos não. São centenas e importantíssimos, com gente que está no comando há 16 anos. Política é assim mesmo, uma roda gigante com gente gritando de medo, mas não desce porque quer que ela continue rodando.
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Rodrigo Mira e Francine empresariando em Valadares e região
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NÃO SE SABE O PORQUÊ!
Pois, então... A indefinição do eleitorado brasileiro marcou o momento político nas últimas eleições. Dilma foi ameaçada nas pesquisas do segundo turno porque fraquejou muitas vezes nos debates, enquanto Aécio se beneficiou do tratamento equânime dado pelas redes de televisão e por 80% da imprensa. Dilma, como a nossa prefeita Elisa Costa, se isolam da imprensa que sempre quer notícias. Ambas blindadas, veremos o que acontecerá na campanha de 2016. Quem viver, verá!
É UM ABSURDO!
Esperamos que o novo governo do PT na esfera estadual resolva de uma só vez o problema sério que é o da Delegacia Regional de Segurança Pública, no centro de Valadares. Prédio inadequado para ser o que é. Não tem elevador para deficientes e idosos, não oferece o mínimo de conforto e, além de estar no centro da cidade, não tem área de estacionamento e acabou com o comercio em volta, pois, por serem autoridades exigiram vagas e mais vagas para estacionarem viaturas e outros carros. Com isso, quem perde são os comerciantes e os fregueses, pois se pararem, são multados. Isso, quando não têm seus pneus esvaziados. Governo de Minas não investe na cidade. Muito pelo contrário, às vezes atrapalha. E como não tempos autoridades, políticos com moral no governo, dá nisso. A culpa não é nem da Polícia Civil.
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JÁ EM CAMPANHA
Tem cada assessoria de imprensa em Valadares que mais coloca a empresa para baixo do que faturando! Promotor Lélio Calhau e o empresário Rodrigo Fabiano na Nutri Center Anderson Albuquerque, Racelle, Tidim e Reni em ritmo natalino e com ano novo em Conceição da Barra
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POIS É!
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UMA DICA E UMA PERGUNTA
Se dos mais de R$ 400 mil em multas mensais que são aplicadas aos motoristas de Valadares e de cidades que por aqui passam, fosse 50% investido realmente no nosso trânsito local, Valadares já seria uma das cidades com o trânsito mais disciplinado. No entanto, só multa. Não há vagas para estacionar, carga e descargas o dia inteiro atrapalhando o trânsito e o tráfego; e agentes de trânsito que deveriam ficar nos pontos estratégicos, ficam a detonar multas e mais multas em inflações que poderiam ser apenas “um chamado de atenção”. Com certeza que eles são mandados a aplicar essas multas. Nas portas das escolas do centro e dos bairros onde o perigo é constante, não se vê um deles. Daí, uma pergunta: por que?
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Depois que acabar, acabou. E pronto! Não se chora pelo leite derramado. Todo mundo comenta, todo mundo fala, mas eles não escutam.
ALGUMA NOVIDADE?
Fala-se que com o passar das eleições, Elisa Costa pode reunir seu estafe político do PT e fazer algumas reformas já visando 2016. Uns podem subir para BH e outros ficarem, mas que com certeza alguma mexidinha ela dará.
SEM COMENTÁRIOS
É um absurdo o Mercado Municipal de Valadares fechar as portas às 18 horas neste horário de verão! Pensamento coletivo dá nisso. Quem perde?
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COLÉGIO MODELO CRIA “OFICINA” PARA ENSINAR OS ESPECIAIS
Colégio Modelo mostra mesmo que é modelo. Acaba de criar um curso especialmente para crianças e jovens com necessidades especiais, ou seja, “oficina profissionalizante”, por meio da qual essas crianças e jovens aprenderão a manusear papéis, navegar na internet, e noções de atendimento. Tudo para que, quando forem concorrer a uma vaga no mercado de trabalho, irão já sabendo e passando nos testes. Parabéns, Rozana Lacerda!
“ Mayra Rody Peixoto, Gabriella Duarte e Kassinha Peixoto em noite elegante
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SE EU FOSSE PREFEITO, A CEMIG IA VER COMIGO!
Com certeza, iria exigir da Cemig que ela incubasse todas as suas fiações nas calçadas de Valadares, para evitar os crimes que ela comete nas podas de nossas árvores assim, sem mais e sem motivo, à vista de todas as nossas autoridades, que nada fazem para impedir. Cemig tem dinheiro, tem feito isso em outras cidades. Basta negociar ou exigir e, até cobrar, o IPTU do uso do solo e calçadas que ela não paga. E se pagasse, daria para pagar toda a iluminação pública da cidade.
SE NÃO ANUNCIA, NÃO VENDE!
Leandro José, Rhaianna Miranda e Maurício Serpa, em no ite elegante em Valadares
Muitos comerciantes reclamando de “crise” e, com certeza, ela está aí mais do que nunca, forte. Mas quem não anuncia, fica ainda mais em crise e escondido. Milhares e milhares de cidadãos de outras cidades vêm comprar em Valadares. Se já não bastasse as multas que eles ganham dos “agentes de trânsito”, não sabem onde parar para comprar e os preços não são tão bons. Muitos comerciantes querendo ganhar muito de uma só vez. Quem tem bom preço e anuncia, com certeza vende!
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MUITO MELHOR, SEM MEDO E COM MAIS CORAGEM!
Dra. Rozana Lacerda, dinamismo também na educação
O “Programa Júlio Avelar”, que hoje é exibido na TV Rio Doce, vai passar por uma transformação muito boa em fevereiro de 2015, com a inclusão de novos quadros, entre eles “Direito do consumidor”. Vamos ouvir mais a população de toda a cidade, bairros e distritos. Aumentar o noticiário policial, que é garantia de ibope. Quem viver, verá. Até porque estamos há 23 anos no ar. Vamos continuar no ar, sem medo e com mais coragem. 55 conceito
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Borbulhantes... ***Com a crise que se fala haver - e há -, ao invés das coisas baixarem, algumas estão subindo. E muito. Um exemplo são as famosas “coxinhas”. Já tem lanchonete vendendo a R$ 2,50 e o custo dela não passa de R$ 0,80. É não comprar, deixar estragar! *** Célio de Paula Ferreira, que faz Arquitetura na Univale, continua sendo um exemplo de cidadania na sua comunidade de Baguari. Sempre atento aos problemas. *** As calçadas de Valadares estão um caos e não existe fiscalização para exigir dos donos dos imóveis reparações nas mesmas. Algumas são até perigosas de se passar por elas. Mas, judicialmente, os donos são culpados de qualquer dano ao pedestre. *** Maristela Chisté com seu salão de festa que é um luxo. *** Juliana Maria Azevedo advogando em Valadares com apoio do Dr. Allan Dias Toledo. Aliás, este dispensa comentários. É forte! *** Jornalista Regina Silva, que atua há anos em Araxá, agora dando o ar de sua graça em Valadares todos os meses. Não demora, virá de mudança. *** O galã Charles Costa Pimenta não perde tempo e nem dinheiro. *** Cardiologista Fernando Cruz se atualizando sempre, regressou de congresso no Recife. *** Mira Informática deverá ter nova loja na Afonso Pena muito em breve. *** Emil, da Celuflash, diz que vai ser de novo candidato a vereador e está guardando R$ 500 mil para a campanha. Tá que faz filantropia. Aliás, sempre fez. *** Dileymarcio de Carvalho ficou de cama com a derrota de Aécio Neves. *** Esgotou a revista de culinária Arte & Opinião, de Tessa Damasceno. Deve acontecer a segunda edição. Muito bom! *** Dilma só cai se o PMDB se revoltar por completo. Temer é o vice-presidente reeleito. *** Sayonara Calhau dando certo como colaboradora do “Programa Julio Avelar/TV Rio Doce”. Já bem atirada, domina tranquilamente as câmeras ao vivo. Futuro mais do que garantido. *** Gente que atua, gente que sabe brilhar: Geraldo Conrado Junior, Davi Fernandes, Antônio Damasceno e Nadia, Patrício Galdeano e Marly Valadares, Gilberto Pena e Irene, José Claudio Valadão e Regina, Carlos Nicola Perim e Romilda, Ailton Pereira e Heloisa Luca, Adalberto e Rosa Ferraz, entre outros. *** Leandro José, fazendo curso em São Paulo, só volta dia 19 de dezembro. Vai passar o Natal com os pais em Ubaporanga. *** Baulmer Soares e Menne Viana ficaram noivos e marcaram casamento para o início do ano. *** Muitos confetes são jogados na atuação do comandante do 6º BPM, Ten. Cel. Wagner Fabiano e seus comandados. *** Uma nova loja “Rei do Alumínio”, agora na Marechal Deodoro, no trecho entre Israel Pinheiro e Bárbara Heliodora. Tidinho e Dona Reni sempre crescendo. *** Ignez Vieira Cabral mais uma vez reconduzida à presidência do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino. Competência dá nisso! *** Para falar com este colunista, e-mail: julioavelargv@gmail.com. E também no Facebook Julio Avelar e WhatsApp 33.9989-9200. Nos assista ao vivo, de segunda a sexta, na TV Rio Doce, das 10h30 às 12h10. 56 conceito
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colaborador
colabora Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com
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ocê perdeu algum amigo durante as eleições? Entrou em discussões que pareciam não ter fim para defender o seu candidato? Acabou tendo algum desgaste com alguma pessoa próxima e querida? Essas foram algumas das perguntas que muitos brasileiros fizeram depois que o pleito se encerrou. As mídias sociais tiveram um papel fundamental durante a “festa da democracia” e foi por ali que muita gente se informou, criticou, debateu. O mesmo movimento já havia sido verificado durante a Copa do Mundo, quando todos nós aproveitamos o espaço virtual para comentar os jogos e participar das transmissões. É fato que vivemos hoje uma época cada vez mais conectada. É difícil separar quando estamos ou não “online”. Ficou ainda mais fácil com a popularização do smartphones. Temos internet disponível em praticamente todos os lugares. Compartilhamos com fotos e posts o que estamos fazendo, pensando e sentindo. Qual foi a última vez que você correu para uma lan house ou para a sua casa para acessar o seu computador e navegar pela internet? Eu não me recordo, pois é possível fazer quase tudo a partir do telefone. Mas, ao mesmo tempo, é estranho perceber que há uma corrente que vai em sentido contrário. Pessoas que desejam menos redes sociais e mais vida social, por assim dizer. Que querem mais contato face a face e menos linhas digitadas no chat ou no WhatsApp, o famoso “Zap-zap”. Recentemente, encontrei um amigo que abandonou seu perfil no Facebook. Em parte, se deve às discussões que não levam a lugar algum. É fato que
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entramos em muitas batalhas que já começam perdidas. Depois de muitas linhas digitadas, ficamos sem saber o exato motivo pelo qual estávamos discutindo. Outro motivo do abandono foi o grande número de horas gastas na rede social. Horas que poderiam ter sido gastas em outras atividades, como tomar uma cerveja com os amigos, ver um filme, ler um livro. Em nossa conversa, ele fez questão de dizer: “hoje estou mais feliz”. Acredito que sim, ele está feliz. Confesso que a mesma ideia já passou muitas vezes pela minha cabeça. Durante grandes eventos, também acabo por me envolver muito mais do que o normal. Mas, ainda sim, hoje, creio que alguns fatores pesam para que eu continue postando e publicando nas redes sociais. Atualmente, elas são o meu ganha-pão. Obviamente, trata-se do mais forte de todos os fatores. Preciso me manter atualizado e sabendo como as pessoas fazem uso das redes. Mas, como o cozinheiro que não sente mais o tempero de sua comida, as redes sociais perdem um pouco da graça dia após dia para mim. Depois da Copa, da eleição e do encontro com o meu amigo que abandonou o Facebook, creio que cheguei a uma conclusão: devemos encarar o espaço virtual com a mesma leveza que encaramos a vida. Não é por que estamos atrás de um computador que devemos mudar a forma de ver as coisas. Nossos valores não podem ser esquecidos quando compartilhamos algo. As redes sociais são projeções de nossas vidas. Cabe a cada um de nós projetar uma imagem fiel ao que somos. E claro, aproveitar de forma saudável os benefícios da tecnologia.
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Cerveja artesanal
é diferencial em Manhuaçu
Por Ana Paula Teixeira
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ntes de ser consumida, ela precisa ser apreciada. Esta talvez seja a principal característica da cerveja artesanal, bebida responsável por ser a verdadeira paixão dos mestres cervejeiros de plantão. Entre eles, um sentimento em comum: a satisfação em fabricar um produto de pri¬meiríssima qualidade para um público de muito bom gosto. O fato é que cada vez mais brasileiros adotam as cervejas especiais e alimentam um mercado que não para de crescer. A alta da cerveja industrial consegue impulsionar as microcervejarias que se espalham pelo estado de Minas Gerais – um total de 30, se-
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gundo informações do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral (Sindbebidas-MG). De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG), a importância que o consumidor tem dado à qualidade dos produtos, e não mais à quantidade consumida, ajuda a puxar a venda das cervejas artesanais. Cervejeiro Em Manhuaçu, o contador José Antônio da Rocha se arrisca no ofício de “cervejeiro caseiro” nas horas vagas. Grande admirador da bebida artesanal,
ele dedica-se à função de produtor de cerveja, tendo já participado de vários concursos com repercussão em âmbito nacional. Um deles foi o I Concurso Cervejeiro do Jardim Canadá, em Nova Lima, realizado em dezembro de 2013, onde se evidenciou a cerveja artesanal em MG.
são filtradas ou pasteurizadas e utiliza-se apenas água, malte, cereais maltados, levedura e lúpulo como ingredientes. Existem outras receitas em que são utilizados os chamados ‘adjuntos’, como condimentos, flores, frutas, entre outras, para fazer cervejas mais saborosas e aromáticas, mas que são aceitos pelos cervejeiros, normalmente receitas do estilo das cervejas belgas”, explicou.
José Rocha se arrisca no ofício de “cervejeiro caseiro” nas horas vagas
A cerveja artesanal é produzida de forma bem caseira, em panelas Gosto apurado Dos 70 chopes fabricados em diferentes partes do país, José Antônio de Rocha se sobressaiu na categoria American Ipa (chope com baixo teor de malte). Organizado pelo Instituto Mineiro da Cerveja e pela Comunidade dos Taberneiros, o sucesso do evento levou os organizadores a pensarem na possibilidade de realizar uma nova edição ainda em 2014, a fim de que a competição se torne tradicional em Minas. Sobre o processo de produção que tem alavancado a cultura cervejeira, José Antônio explicou que a cerveja artesanal é produzida de forma bem caseira em panelas. “Fiz um fogão próprio para a fabricação e adaptei as panelas, com registros e termômetro para o processo de fabricação”, contou. Segundo o cervejeiro, existem diferenças entre a cerveja artesanal e a convencional. Ele ressaltou que a cerveja convencional é fabricada em larga escala e de forma padronizada. “Em sua composição, são utilizados ingredientes que em uma cerveja artesanal não se usa, como, por exemplo, cereais não maltados (milho e arroz) e conservantes”, disse. Ainda de acordo com José Antônio, “as cervejas convencionais são filtradas e pasteurizadas para aumentar o prazo de validade. Já as cervejas artesanais, são feitas em pequenas quantidades. Não
Aparelhagem usada por José Rocha para produção de cerveja
O perfil do público que consome esse tipo de cerveja é diferente do que ingere a bebida tradicional. Em síntese, trata-se de consumidores com certa estabilidade financeira e que já viajaram para lugares onde a cerveja artesanal é consumida com mais frequência. Para avaliar um produto ou serviço, o consumidor considera seus três atributos intrínsecos (cor, sabor e textura) e extrínsecos (marca e propaganda). Para o advogado e professor universitário Fauze Gazel Júnior, grande apreciador das cervejas artesanais, o cheiro e o sabor são duas grandes características das cervejas caseiras que, segundo ele, são feitas com matéria-prima de primeiríssima linha. De acordo com o apreciador, comparar a bebida artesanal com a industrial é uma analogia desleal. “As cervejas artesanais têm um sabor e aroma que não é possível sentir nas industriais. Seria como você comer um presunto da sadia e comer um presunto feito à mão na Itália. Até a forma de servir as cervejas industriais (bem gelada) é para anestesiar suas papilas gustativas e você não sentir os sabores indesejáveis”, disse. “A cerveja artesanal, você bebe o copo todo, e pode levar uma hora que o gosto do primeiro gole é o mesmo do último. Eu aderi porque troquei quantidade por qualidade”, completou. A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) estima que existem hoje cerca de 200 microcervejarias em atividade, mas elas representam apenas 0,15% do setor cervejeiro nacional, dominado por grandes empresas. “Hoje, este é um ‘senhor mercado’. Imagine produzir uma cerveja com custo de R$ 2 e vender a R$ 18? O óbice hoje ao crescimento é a carga tributária, pois a pequena tem o mesmo tratamento tributário da Ambev [Companhia de Bebidas das Américas]: em média 55% de tributos”, disse. Grande adepto das cervejas artesanais, para Fauze Gazel não cabem limites quando se trata de experimentar novas marcas e sabores. “Quero ir à Europa ano que vem, pedalar na Bélgica provando cervejas em lugares como Tchecoslováquia, Hungria e Alemanha”.
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Casamento Ana Flávia e Ives Oliveira As afinidades são tantas que levaram o casal Ana Flavia e Ives Oliveira a oficializar o casamento de forma mágica, num cenário encantador do Espaço Renascença, em Brasília. O casamento, todo planejado, onde os noivos sabiam o que queriam. E foi exatamente na hora do “sim” que a avó Elzi Amorim deu a bênção ao casal. Logo após, os noivos confraternizaram com amigos e convidados.
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DEZ DICAS
para cuidar da sua imagem no trabalho Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br
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competição, a falta de tempo e o excesso de trabalho têm feito muitas pessoas ficarem perdidas na hora de cuidar da própria imagem. Como conciliar carreira e vida pessoal? Onde começa uma e termina a outra? Para ajudar a responder essas perguntas, preparei 10 dicas vitais que vão ajudá-lo (a) no seu sucesso profissional: 1. Celular tem hora – No seu horário de descanso, não responda e-mail ou atenda o celular. A não ser que você seja um obstetra, pediatra etc. Saiba impor limites. Aliás, a Justiça recentemente
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considerou que incomodar o funcionário no horário de folga configura hora-extra. Relaxe! Isso ajudará você a ser mais produtivo nos dias de labuta. 2. Celular é pessoal, com exceções – Se um colega deixa o celular na mesa e o aparelho toca insistentemente, você só deve atender se ele lhe pediu isso explicitamente. Nesse caso, diga assim: “Celular do Beltrano”, e logo explique que ele está em reunião ou outro compromisso. Agora, se ele não pediu para você atender, faça-se de surdo (a) e deixe tocar.
3. Almoço no escritório – Caso o local não tenha um refeitório ou copa, evite. Almoçar na mesa do escritório incomoda os colegas e o cliente pode flagrar você com a boca na botija, literalmente. 4. Amigos, amigos, negócios à parte – Seja na busca por um emprego ou promoção, lembre-se que seu amigo quer crescer tanto quanto você. Se estiverem disputando a mesma oportunidade, não leve para o lado pessoal e mostre sua competência. Se a pessoa for amiga de verdade, vai superar perder a vaga para você. 5. Diga “não” – Assumir mais tarefas do que pode cumprir vai, certamente, levar você ao fracasso. Por isso, tenha uma lista das suas atividades diárias. Quando surgir algo novo, mostre que terá que encaixar na data disponível e não na que o seu chefe quer. Você também pode sugerir para ele postergar algo solicitado anteriormente para a semana seguinte e atender a emergência nova. Assim, ele verá que não é má vontade, mas pura falta de tempo. 6. Dentro ou fora da “panelinha” – Não é porque a turma do trabalho se reúne nos fins de semana que você tem obri-
gação de participar. Colegas não precisam ser amigos pessoais, mas de vez em quando dê o ar da graça para não soar antissocial demais da sua parte. 7. Responda tudo – Um ou 300 e-mails na sua caixa postal? Se não for corrente ou piada, você deve responder tudo, ainda que se atrase um pouco. 8. Engula o choro – Chorar por motivos profissionais mostra que você não consegue lidar com o estresse natural do trabalho. Além disso, pode revelar falta de autocontrole. Para não ganhar fama de pessoa que não sabe lidar com a pressão, aprenda a manter uma postura serena, mesmo nas horas mais difíceis. 9. Um dia de fúria – Nem pense em ter um acesso de cólera no trabalho. Dominar as próprias emoções é uma arte que conta pontos no ambiente corporativo. Bater na mesa ou gritar depõe negativamente contra você. 10. Vista-se adequadamente – Escolha a roupa de acordo com o cargo que almeja ou como quer ser vista profissionalmente. Mulheres que investem em roupas sensuais acabam ofuscando a competência. Use roupas sóbrias e inspire confiança.
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O cheque
pré-datado
Por José Francisco da Costa Júnior E-mail: costajunior14@yahoo.com.br
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art. 32 da Lei nº 7.357/85 (Lei do Cheque) estabelece que o cheque é pagável à vista, considerando-se não escrita qualquer menção em contrário. Por isso, os juristas tradicionalmente o caracterizam sempre como uma ordem de pagamento à vista. A despeito dessa previsão, é extremamente comum nas relações comerciais a figura do chamado cheque “pré-datado” por causa dos costumes locais, oportunidade em que se combina a apresentação do cheque para pagamento ao banco sacado numa data posterior à da emissão, apondo-se geralmente em seu bojo a expressão “bom para o dia tal”. A jurisprudência brasileira, assim, aceita o cheque pré-datado e determina que o empresário cumpra
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o prazo acordado e escrito (“bom para”) entre as partes. Considerando a enorme quantidade de dúvidas gerada com tal prática, é bom que se esclareçam alguns pontos sem, contudo, encerrar a questão neste curto espaço. Primeira questão: pode o credor apresentar o cheque para pagamento antes da data convencionada com o emitente? Sim, embora tenhamos aqui duas relações a serem consideradas. A primeira é entre o credor do cheque e a instituição financeira que deverá fazer o pagamento. Nesse caso, havendo provisão de fundos de titularidade do emitente do cheque, não pode o banco recusar o pagamento, mesmo que conste no título uma data posterior à da apresentação. A segunda é a relação
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(...) se o cheque depositado antes da data convencionada for devolvido sem fundos pelo banco, os danos daí advindos devem ser suportados pelo credor do cheque que descumpriu o acordo. Sobre isso, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que “a apresentação do cheque pré-datado antes do prazo avençado gera o dever de indenizar, presente, como no caso, a consequência da devolução do mesmo por ausência de provisão de fundos” (Recurso Especial nº 557.605/ MG). contratual entre o emitente do cheque e o credor, sendo que este (credor) se comprometeu a não apresentar ou descontar o título antes da data acordada. Descumprindo esse acordo, deve o credor do cheque indenizar o emitente em caso de perdas e danos, inclusive morais, principalmente se isso gerar a inscrição do nome deste em cadastros de inadimplentes. Assim, se o cheque depositado antes da data convencionada for devolvido sem fundos pelo banco, os danos daí advindos devem ser suportados pelo credor do cheque que
descumpriu o acordo. Sobre isso, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu que “a apresentação do cheque pré-datado antes do prazo avençado gera o dever de indenizar, presente, como no caso, a consequência da devolução do mesmo por ausência de provisão de fundos” (Recurso Especial nº 557.605/MG). Segunda questão: quando prescreve um cheque “pré-datado”? A regra é que a ação executiva do cheque não pago prescreve seis meses após a data de apresentação (30 dias após a emissão), se emitido na mesma praça de pagamento, e sete meses após aquela data, se emitido em praça diversa da do pagamento. Como a Lei do Cheque determina não se considerar escrita menção que pretenda desfigurar a ordem de pagamento à vista, mesmo em caso de cheque “pré-datado”, o prazo de prescrição é contado considerando-se a data de emissão. “Por isso, melhor será se a data da emissão for aquela que corresponda ao dia da apresentação” (Wille Duarte Costa. Títulos de crédito. Belo Horizonte: Del Rey, 2003, p. 356). Terceira questão: fica caracterizado crime de estelionato se o cheque “pré-datado” depositado antes da data convencionada retornar sem fundos? Nesse caso, vêm entendendo os tribunais que não há o crime, porque o credor do título concordou com a apresentação em data futura e que não haveria, na data de emissão, provisão de fundos suficiente para a realização do pagamento. Em apertada síntese, são essas as questões envolvendo essa modalidade de cheque que geram maiores controvérsias. Deve o comerciante, portanto, tomar cuidado para não descumprir o acordo feito com o emitente de cheque “pré-datado”, sob pena de, havendo danos, ser condenado posteriormente a repará-los, além de perder um cliente em razão disso, o que pode ser bem pior que o pagamento da indenização (com excertos de Hélio Vagner de Oliveira Cota).
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colaborador
Flores
em vida Por Adriana Portugal E-mail: adrianampmportugal@hotmail.com
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stamos sem tempo. É fato! A impressão que temos é que 24 horas não correspondem mais a 24 horas. Termina o dia e sobram atividades inacabadas ou não atendidas nas agendas pessoais. Se o tempo está escasso para o trabalho, imagina para nossas relações. Não temos mais tempo de convivência com os amigos. As visitas, os encontros para colocar a conversa em dia escassearam. Não guardamos mais aquele apetitoso petisco para eventuais visitas, pois elas não fazem mais parte da nossa rotina. Convidamos amigos para comemorar um aniversário, uma formatura, um casamento ou mesmo
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para um encontro descontraído com intuito de socializar e colocar a conversa em dia e recebemos inúmeras justificativas pelo grande número de ausências, todas obviamente motivadas e justas. Fato curioso, entretanto, é que quando somos comunicados sobre a morte de alguém querido, um parente, um (a) amigo (a), empreendemos todos os esforços e comparecemos. Nossas justificativas, que em grande parte envolvem questões financeiras, contenção de gastos etc., desaparecem como poeira. E não importa distância, falta de tempo, agenda ocupada ou falta de dinheiro. Para estarmos presente num velório vale tudo:
passagens áreas parceladas em 10 vezes no cartão de crédito, empréstimo com amigos ou utilização daquele dinheiro extra que a agência bancária já deixa disponibilizado para eventualidades. Abrimos mão de nossa agenda apertada, desmarcamos compromissos, afinal, está justificado: temos que comparecer a um velório. Falando dessa forma, parece que estamos condenando as atitudes, que não deveríamos dar o devido valor a este momento de extrema dor para os que permanecem no plano físico. Definitivamente, não é essa a nossa intenção. Apenas pretendemos chamar a atenção para as flores que não são ofertadas aos que caminham conosco durante a vida. Andamos apressados. “Atrasado (a)” passou a fazer parte do nosso dicionário como palavra de utilização diária. Jesus, o Mestre por excelência, num dos seus magníficos ensinamentos conta a história de um rico (Lc. 12:16-20) cuja propriedade tinha produzido em abundância e, como não tinha como guardar, derrubou seus celeiros e construiu outros maiores e neles guardou tudo e disse pra si mesmo: “Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga”. Deus, entretanto, lhe disse: “Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Num passado próximo, presenciamos velórios em que pes-
soas se aproximavam do caixão e pediam perdão ao corpo inerte. “Vigiai e orai porque não sabeis quando chegará o tempo” (Mc. 13:33) também é uma advertência do Divino Mestre. Obviamente, esta reflexão tem o intuito de nos levar a responder alguns questionamentos: estamos prontos para morrer? Honramos nossos pais, nossos amigos, nossas relações enquanto estamos a caminho? Está pronto para morrer aquele que vive em plenitude, que não adia suas ações em benefício próprio e dos outros, que reconcilia com seu adversário enquanto está a caminho com ele (Mt. 5:25). Aprender a morrer implica em aprender a viver. A cumprir com nossos deveres no trabalho, na família, na sociedade, enquanto ser integral que somos. Separar o joio do trigo também deve se aplicar à nossa vida diária, às nossas escolhas. “A consciência seleciona as necessidades reais das que são utópicas, abrindo espaços à realização interior que induz ao amor como meio especial de alcançar a plenitude”, diz a benfeitora espiritual Joanna de Angelis, através da psicografia de Divaldo Franco, no livro “Momentos e Consciência”. Quais as nossas reais necessidades? O mandamento maior conferido ao cristão é o do amor ao próximo como a si mesmo (Mc. 12:31). O amor se constrói, se consolida nas relações, na convivência. Amor é exercício, é escolha, é decisão. Seu irmão pecou contra ti? Vá até ele, reconcilia. Está sem tempo? Reveja suas prioridades. Crie oportunidades de convivência. Nosso convite ante esta reflexão é o de que possamos honrar esta oportunidade em que estamos na carne e prestigiemos o contato, os diálogos, que vivamos em plenitude, administrando nosso tempo, pois nem só de pão vive o homem (Lc. 4:4). “Passado é história, futuro é mistério e presente é uma dádiva. Por isso se chama presente”, diz o provérbio chinês. “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”, nos ensina o saudoso Francisco Cândido Xavier. Ofertemos, pois, leitores amigos, flores em vida.
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Arquitetura e Design Fotos: Wellington Sarmento
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arquiteto e designer de interiores, João Previero, inaugurou em Manhuaçu o seu novo e luxuoso escritório na região central. Recebeu os convidados em grande estilo durante coquetel que movimentou a cidade. João é paulista e está no mercado há mais de 20 anos, realizando projetos funcionais, flexíveis e diferenciados. Atende os setores corporativo, hoteleiro, hospitalar, comercial e residencial, sempre buscando funcionalidade, conforto, beleza e sustentabilidade. Para entrar em contato com João Previero e comprovar a qualidade de seus projetos, basta ligar para o telefone 33.3331-3364 (fixo) ou 33.8862-3364 (celular).
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Fotos: Arquivo Pessoal
Consórcio aproxima sonho do avião próprio da realidade
Iniciativa de grupo de investidores em Caratinga vem despertando o interesse de empresários em Valadares e Manhuaçu Por Sônia Miranda
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er um avião à disposição é o sonho de muita gente, principalmente tratando de rapidez, tranquilidade e conforto. Foi com esse pensamento que um grupo de empresários em Caratinga investiu em dois aviões da empresa norte-americana Cirrus, ambos monomotores da série SR 22, com cinco lugares e equipado com todos os benefícios capazes de atender as necessidades dos usuários mais exigentes. Aviões que, se comparados a um carro, seriam duas Ferraris. Apesar de utilizar pouco as aeronaves para lazer, o jovem Felipe Xavier Rodrigues Vidal, um dos sócios do consórcio do compartilhamento das aeronaves e um dos proprietários do Grupo JR, com sede em Caratinga, não economiza horas de voo quando o assunto é trabalho. Ele utiliza os aviões para acompanhar os negócios das filiais em Teófilo Otoni, Ipatinga e Teixeira de Freitas (BA). A princípio, durante a entrevista de Felipe Vidal à Revista Conceito, ficou a impressão de que adquirir um avião era algo inimaginável, um sonho distante. Mas, quando ele começou a contar os caminhos que percorreu para criar um grupo de compartilhamento, percebeu que o processo para adquirir os aviões segue uma lógica e critérios um pouco complexos, mas não impossível. A Conceito procurou, então, entender como funciona o
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consórcio para adquirir avião e para isso conversou com o empresário e idealizador do projeto, o também caratinguense Geraldo Carvalho. Segundo ele, tudo começou a partir da necessidade que tinha de adquirir uma aeronave para trabalho. Porém, os altos custos e a manutenção se mostravam um empecilho para uma só empresa bancar a iniciativa. Carvalho conta que estudou o mercado e percebeu que era possível adquirir uma aeronave, desde que de forma compartilhada. Há cerca de dois anos reuniu um grupo de investidores. O grupo, formado por 11 pessoas viabilizaram o consórcio. Uma vez formada, a equipe visitou uma feira especializada em São Paulo e depois de conhecer de perto como funciona esse mercado, montou duas empresas em sociedade: a Volare I, constituída em 2012, e a Volari II, em 2013. Como toda empresa séria e respeitada, essas duas nasceram devidamente regularizadas, com todas as formalidades administrativas e contábeis exigidas por lei. para cada um das empresas foi adquirida um avião por meio do consórcio. Para tentar compreender como funciona a dinâmica de utilização dessas aeronaves dentro do consórcio aderido pelo grupo, a Revista Conceito conversou com o piloto das empresas Volare,
Rafael Coelho Lacerda. Segundo ele, tudo funciona com muita segurança e organização. “Não existe conflito de uso das aeronaves, já que usamos um aplicativo que acessa a agenda online das empresas, por meio da qual são demarcados horários e datas dos voos. Isso ocorre porque há casos em que até dois sócios utilizam a mesma aeronave. Assim, o custo é ainda menor”. Geraldo Carvalho conta que o valor do investimento para aquisição de uma aeronave Cirrus SR 22, para um grupo de 11 pessoas, baseado no dólar do dia 25 de novembro último, data da entrevista para a Revista Conceito, é de R$ 54 mil. Além disso, cada sócio paga 60 parcelas de aproximadamente R$ 3,5 mil. Após a quitação dessas parcelas, o sócio repõe as despesas quando utiliza o avião, algo em torno de R$ 1 mil /voo. As despesas de viagem com o piloto ficam por conta do Felipe Vidal, um dos sócios do sócio que está utilizando o consórcio
Empresário Geraldo Carvalho, idealizador do projeto serviço, devido às demandas serem diferentes de tempo e distância. Carvalho ressaltou que para o negócio ser viável, o ideal é que a aeronave tenha utilização de, pelo menos, 35 horas de voo/mês. Felipe, o jovem empreendedor de Caratinga, diz que vale a pena investir no negócio, mesmo com o alto valor de investimento patrimonial. Ele ressalta que é um bem que tem pouca desvalorização. Embora pouco conhecido, compartilhamento de aviões surgiu em 1976 e vem ganhando adeptos. Em Governador Valadares e Manhuaçu já existe um grupo de pessoas interessadas em trocar as estradas pela via aérea, apostando na agilidade de locomoção e segurança.
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Eduardo Fraga Um aninho Em clima de fazendinha, o casal Rafaella e Flavinho Breder recebeu convidados para comemoração do primeiro aninho do herdeiro Daniel, reunindo um forte time do eixo Caratinga/ Vitória (ES) no salão de festas do Condomínio Morada do Lago II. Fotos: Marcos Martins
Rafaella, Michelle, Laila, Rodrigo, Leonardo, Flavinho e Flávio
Felipe Xavier ladeado de amigas: Dianey, Lívia, Thaís, Isabela, Luiza e Dhamares
Flavinho, Rafaella, Romário, Corina, João Gilberto, Lívia e Joanna
Com Emydia e Eloya Caiado
Euclydes Neto, Laila Breder, Carol Zancanaro, Rafaella, Carol e namorado.
Daniel com os pais Rafaella e Flavinho
Daniel com os avós Laila e Flávio Breder
Dia “D”
Os noivos Midian Lourenço e Antônio Eduardo Xavier disseram “sim” no altar da Catedral de São João Batista. Os convidados foram recepcionados no Sítio Nova Vida com coquetel, seguido de jantar que durou a noite toda.
Fotos: Leandro de Souza
Com os pais dela, Isabel Carlos e José Joaquim Lourenço
Tim, tim... Um brinde aos noivos!
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Midian e Antônio Eduardo
Os noivos no altar da Catedral
Os noivos com a mãe dele, Maria do Carmo e a irmã Simone
Midian e Antônio Eduardo com Jason Maciel e Helena
Dia “D” de Larissa e Thiago Os noivos Larissa Pires e Thiago Bortolleto disseram "sim" no altar da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. A festa movimentou a society no salão Palácio de Cristal. Fotos: Roberta Paiva
Thiago e Larissa
Os pais do noivo, Liliane e Antônio Raddi
Os pais da noiva, Maria da Luz e Aginito Silveira
Entre irmãos
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colabora Os 15 anos de Maria Paula
Muito luxo e glamour no debut de Maria Paula Ramos, que movimentou o salão social do América Futebol Clube. Os convivas brindaram em grande estilo!
Fotos: Roberta Paiva
Bárbara, Maria Paula, Marcio e Mariclay Ramos
Gilmar Falcão, Maria Paula e Maysa Ramos
Maria Paula Ramos
Maria Paula. Jefferson e Bárbara
Projeto Flow
Flow “In The House” special edition Sitio Vista Linda aos pés da Pedra Itaúna. Congestionamento de personas ao som do anfitrião Bruno Eber e convidados: Le Braga, Lucas Melo, Lucas Alves e André Costa.
Fotos: Renato Alcântara
Márcio Rodrigues e Débora Portella
Rafael Nolla e Dhara Celeste
Larrisa Santos e Hudson Soares
Allyandra Viana e Mário Junior
Caratinga renova sua lista de talentos
Pedro Zopelar no RBMA
O deejay e produtor musical Pedro Zopelar esteve entre os 60 selecionados para participar Red Bull Music Academy em Tóquio Japão. O evento viaja as principais cidades do mundo promovendo oficinas de música e festivais: uma plataforma para aqueles que fazem a diferença na paisagem musical de hoje.
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Luana Bittencourt na escola Bolshoi
Luana Bittencourt Brandão tem apenas 12 anos e é um exemplo de dedicação ao balé. Foi com essa força de vontade que conquistou uma bolsa de estudos na Escola Bolshoi Brasil, em Joinville, Santa Catarina. É a única Escola Bolshoi fora de Moscou, na Rússia. Luana estuda na Escola Professor Jairo Grossi e há cinco anos participa das aulas de balé sob os comandos da professora Keké.
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colaborador
Meu maior idolo sou eu
colabora
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(daqui a 10 anos) Por João Paulo de Oliveira Site: http://apontadordelapis.wordpress.com
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m uma dessas profundas reflexões pessoais que fazemos durante o almoço ou fazendo a barba, quando nossos pensamentos nos levam ao passado, depois para o futuro e de volta ao presente, em um desses momentos, entre 15 centímetros de sanduíche e a volta ao trabalho, lembrei-me do discurso do ator Matthew Mcconaughey ao receber o Oscar de melhor ator. Não sou muito de assistir premiações do Oscar, mas o discurso deste ator, que é casado com uma mineira de Itambacuri, me chamou muito a atenção. Talvez por não ter a eloquência de um discurso motivacional ou político, as palavras de Matthew me pareceram tão verdadeiras que marcaram. Além de agradecer a todas as pessoas mais íntimas, como é de praxe em premiações, o ator disse: “Meu maior ídolo sou eu mesmo, só que daqui a 10 anos”. Logo depois, explicou sua colocação dizendo o quanto é importante projetar o futuro, ter sempre objetivos claros, cumprir compromissos firmados, cercar-se de boas pessoas, boas referências e tentar sempre ser melhor hoje do que foi ontem. Eu já dava muita impor-
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tância para lições assim, mas passei a interpretá-la de maneira diferente depois de ir ao cinema com meus amigos assistir ao filme Interestelar. Dá para tirar boas lições de um filme, da mesma forma que podemos tirar lições de tudo na vida se observarmos bem. E lá estava ele, Matthew Mcconaughey, em mais uma fantástica atuação, mostrando o desespero de seu personagem quando procura uma possibilidade física de voltar no tempo e recebe a notícia: “Não dá para voltar, o tempo pode ser esticado, encurtado e até distorcido, mas não dá para voltar”. Ou seja, o passado não pode ser mudado, mas o presente e o futuro estão em construção a cada segundo. Se eu voltar mentalmente 10 anos na minha vida, verei todos aqueles que eram meus ídolos e verei também que aprendi a olhar esses ídolos de perto e perceber erros, falhas e arranhões em suas imagens que são normais e compreensíveis, afinal, ninguém é perfeito. Hoje, não sou nenhum dos ídolos que eu tinha no passado, mas me sinto muito bem com o que sou, principalmente por saber que meu ídolo nunca vai me esperar, ele sempre estará dez anos à minha frente.
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