Ano 5 Nº 25 Setembro de 2017 ISSN 2318-0145
conceito Jovem imperador Shirleyson Kaiser desponta à frente de grupo empresarial que leva seu sobrenome, e projeta voos mais altos ainda para 2017
Vida de jornaleiro
Economia circular
Sem gemidão
Comerciante mantém o mesmo ponto em Caratinga há 45 anos
Proposta de preservação sugere um novo modelo contra degradação ambiental
Janaína Depiné dá dicas de comportamento no WhatsApp
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Conheça nossos
Colaboradores
APARECIDA NÓBREGA
Diretora do Colégio Franciscano Imaculada Conceição. Socióloga, pós-graduada em Planejamento Educacional e História Moderna e Contemporânea. Especialista em Gestão de Projetos, Gestão de Negócios e Empreendedorismo.
BIANCO CUNHA
Formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.
CLEUZANY LOTT
FÁBIO ARAÚJO
JANAÍNA DEPINÉ
Dona de casa, advogada, jornalista, publicitária, diretora executiva do Movimento das Donas de Casa (MDC-GV), presidente do Conselho Comunitário dos Bairros de GV e conselheira municipal dos Direitos da Mulher.
Médico clínico geral, speaker da Eli Lilly do Brasil, diretor da Clinivida em Manhuaçu MG e membro efetivo da Academia Manhuaçuense de Letras.
Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.
JÉSSICA ALBERTON
JOSÉ FRANCISCO
MARCELO BARRETO
TAINÁ COSTA
Jéssica Alberton é neuropsicopedagoga. Tornou-se life coach para ajudar pessoas a escreverem suas histórias e transformarem suas vidas. Faz palestras e cursos com ênfase em relacionamentos, gestão de empresas e de pessoas, metas e conquistas pessoais.
Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.
Fitopatologista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pósdoutor pela Kansas State University em Sistema de Informações, Secretário de Agricultura de São Mateus-ES e coordenador do Programa Agro+: por uma agricultura mais sustentável.
Formada em Comunicação Social pela UFJF, cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. É pós graduada em Marketing pela UFRJ e em Gestão de Inovação Social pelo Amani Institute. Atuou por cinco anos em grandes empresas e hoje trabalha no terceiro setor.
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Palavra do Editor
O pós-adeus a Edison Gualberto Ratificando o título do editorial, informamos que o propósito deste texto não se concentra na morte de um dos maiores empresários da comunicação que Minas Gerais já teve. Há duas razões para isso: a primeira é em respeito ao próprio caráter de um Edison Gualberto capaz de esbravejar e de fazer inimigos, se preciso fosse, em reverência e amor ao jornalismo diário, àquele especializado em lutar e agarrar as factualidades como um leão sobre sua presa. Ora, se estivesse vivo, provavelmente censuraria a ideia de se publicar no mês de setembro um texto que trata de um fato ocorrido no fim de julho – mais precisamente no dia 30, data em que deixou os valadarenses mais órfãos. O segundo e principal motivo é a necessidade de se colocar à mesa o futuro da comunicação no Leste de Minas. Boa parte dos veículos ainda estão vivos, mas não plenamente, como algum desavisado pode imaginar. A maioria – para não dizer todos – respira com a ajuda de aparelhos. Se os sócios Edison Gualberto e Getúlio Miranda, juntos, durante anos foram símbolos de uma imprensa efervescente e prestigiada em todo o Vale do Rio Doce e região, sua separação pelo destino obriga a uma reflexão sobre a representatividade dos veículos de comunicação nos dias atuais. E aqui falamos tanto de força quanto de credibilidade. Um privilégio que não é dos veículos aqui sediados. Primeiramente, se são recorrentes as notícias de que a receita com publicidade decresce a cada ano, é passível de se imaginar o quão essa realidade é impactante numa região desprovida de indústrias, de desenvolvimento, e completamente absorvida por uma crise político-econômica que já alcança a idade infantil. O jornalismo tem seu custo, e a receita para cobri-lo vai se esvaindo dia-após-dia.
conceito Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9-9989.4092 /9-9968.7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.
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[..] O jornalismo, praticado com a excelência tantas vezes declamada pelo próprio Edison Gualberto, parece ir sucumbindo à presença de um número cada vez maior de “empresas jornalísticas” virtuais, hospedadas em sites “não-especializados” de notícias, transformadoras vorazes de boatos em grandes fatos – movimento que ganhou o apelido de pós-verdade. [..]
Não bastasse a realidade de mercado, a concorrência – e este é o ponto! – com “veículos” de outras naturezas é crescente. A questão é de ordem nacional. O jornalismo, praticado com a excelência tantas vezes declamada pelo próprio Edison Gualberto, parece ir sucumbindo à presença de um número cada vez maior de “empresas jornalísticas” virtuais, hospedadas em sites “não-especializados” de notícias, transformadoras vorazes de boatos em grandes fatos – movimento que ganhou o apelido de pós-verdade. O resultado disso – o que não é de todo ruim – é a cobrança cada vez maior do público sobre os verdadeiros jornalistas apuradores de fatos. Mas é preciso separar o joio do trigo, estabelecer as fronteiras entre os bons e os maus. São ecos que, associados à morte do comunicador, nos levam a indagar: ainda é possível existir aquele jornalismo?
DIRETORIA
Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP
Projeto Gráfico Andressa Tameirão
FOTOGRAFIA Ramalho Dias
IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG
FOTO DE CAPA Marquinho Silveira
TIRAGEM 5.000 exemplares
REDAÇÃO
EDITORIA DE ARTE
Periodicidade trimestral
Jornalista Responsável André Manteufel - Mtb MG 10456
Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994
Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga
Publicitário Roberto Ribeiro
Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Deborah Di Spirito Sonia Augusta Miranda - MTb MG 18526
Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9-9989.4092 Deborah: (33) 9- 9936.7497 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 9-8454.4880 Coelho - (33) 9-8434.8570 Caratinga: (33) 9-9954.0297
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Índice Shirleyson Kaiser fala sobre fracassos e ascensão até alcançar sucesso com seus empreendimentos
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Passageiros devem abrir os olhos com franquias de bagagens em viagens aéreas
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Em cerimônia prestigiada, Clores Lage celebra sua mais nova obra-prima: Borboletando.
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COM A PALAVRA
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ESPECIAL CARATINGA/MANHUAÇU
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Jéssica Albertoni dá boas dicas de como conter a ansiedade sem recorrer ao apetite.
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com a palavra
Por Venilson M. Almeida E-mail: professor.venilson@hotmail.com
Curiosidades da
Língua Portuguesa É indiscutível a dificuldade que as pessoas têm para com a escrita correta das palavras da nossa Língua Portuguesa, o que de certa forma é plenamente justificável, pois nela podem ser encontradas mais de 600 mil palavras – entre oficiais e não-oficiais. Como conhecer todos esses verbetes? Praticamente impossível, haja vista que um homem usa em média, em toda a sua vida, três a cinco mil palavras, sem, contudo, considerarmos que a quantidade que circula no nosso cotidiano é ainda menor, o que torna possível a compreensão. Agora, o melhor método de aprendizagem de ortografia é a leitura, mas não a que estamos acostumados a fazer no dia-a-dia, isto é, aquela de conteúdo, sem uma atenção especial com a grafia das palavras. Mas, sim, uma leitura crítica, mais detalhada, minuciosa, letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por palavra. Por exemplo, diante da oração “o aulno é etsuosdio”, eu posso fazer esses dois tipos de leitura: a crítica e a de conteúdo. Tudo irá depender da atenção que damos ao que está escrito. Na leitura crítica, obviamente que não estaria ali escrito “o aluno é estudioso”, o
que se confirma apenas numa leitura de conteúdo, em razão do seu cérebro captar as letras nas extremidades das palavras, cujas grafias e significados já são do seu conhecimento. Por isso, trata-se de um aprendizado em que teremos uma experiência com cada palavra, observando atentamente a sua forma correta de escrita, nos termos do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (documento oficial do nosso idioma, disponibilizado pela Academia Brasileira de Letras), bem como o seu próprio significado num bom dicionário, os quais são gratuitamente e atualmente disponibilizados no formato de aplicativos. Essa experiência é pessoal e intransferível para o seu real aprendizado, e, para iniciar esse exercício, o interessado necessitará escrever a forma como você acha que a palavra é escrita, e, só depois, confirmá-la ou não, corrigindo pelos meios acima citados. Parece ser uma dica muito simples, e na verdade é, mas são poucas as pessoas que têm esse cuidado, que é imprescindível para a adequada aprendizagem. O estudo exaustivo de regras e suas exceções, bem como os estudos etimológicos, são importantes, mas não tão eficazes nos dias atuais, principalmente para os candidatos de concursos públicos e vestibulares, pois o tempo é um pequeno e grande detalhe que deve ser otimizado. Em se tratando desses estudantes, torna-se imprescindível, para essa relação de ensino e aprendizagem, o auxílio direto de um professor que tenha um rol de palavras que são mais ortográfica e semanticamente cobradas nas provas, explorando esta bela e culta Língua Portuguesa. * Professor de Língua Portuguesa Bacharel em Direito - UNIVALE Licenciado em LETRAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS Pós -graduado em Direito Público - NEWTON PAIVA
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Fotos: Marquinho Silveira
bola da vez
O império de Shirleyson Kaiser
“Kaiser”, não há quem negue, é um sobrenome forte! Na Alemanha, até o início da I Guerra Mundial, representava ainda mais do que isso: tratava-se do cargo mais alto e absoluto do império germânico. E por aqui, o Kaiser genuinamente brasileiro é de Governador Valadares e um corajoso jovem de 27 anos que, passo-a-passo, vem construindo um verdadeiro império, só que bem mais pacífico do que o do seu homônimo. Nas terras mineiras, o império é de saúde e bem-estar, com foco benéfico aos clientes. Proprietário da Kapsula, empresa já consolidada no segmento de nutracêuticos, Shirleyson Kaiser - que detém mais de 300 fórmulas registradas pela Anvisa e clientes em todo o território brasileiro - prepara para alçar voos mais altos. A atuação, a perseverança, a humildade e a visão inovadora e empreendedora, digna dos grandes imperadores, sobre o mercado em amplo crescimento, servem de inspiração a outros empreendedores, como você confere nesta entrevista à REVISTA CONCEITO.
REVISTA CONCEITO - Seu início de carreira foi como a de muitos outros empreendedores mundo afora: o sucesso veio depois de alguns fracassos. O que o lado ruim dessa história te ensinou até fundar Kapsula? SHIRLEYSON KAISER - Me ensinou a ter perseverança. Existe um dado do Sebrae que diz que muitas empresas que abrem, fecham até o seu segundo ano. A perseverança vai fazer você passar esse primeiro ano e não desistir jamais. No começo é muito difícil, mas, cada dia que passa, vai ficando mais fácil. A vida real é o contrário do videogame. Aqui, a primeira fase é a mais difícil. Quanto mais você joga, mais expertise você tem para passar as fases vitorioso. R.C - A Kapsula já desponta como uma empresa consolidada. Como se deu essa trajetória? S.K. - O negócio foi concebido a partir de uma demanda latente do mercado por uma empresa que cuidasse de todos os processos para que empreendedores digitais pudessem trabalhar com produtos físicos, sem ter a necessidade de in-
Proprietários, Kaiser e Cláudio Pêgo, com sua equipe na sede da empresa em Governador Valadares.
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colaborador mais de 300 formulas registradas na Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] e toda infraestrutura de suporte de vendas – call center e logística – em Minas Gerais.
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Nascemos na crise, no ápice da crise, mas eu sempre tive muita confiança, pois já vendia na internet e, com muita luta, já tinha minha própria estrutura. Então a crise acabou ajudando, porque era difícil lançar um produto e ter uma estrutura de logística. Como eu já tinha essa estrutura, por que não alugá-la para outros? Foi assim que o negócio deslanchou. Temos crescido a uma taxa média de 10 a 30% por mês. Então podemos dizer que não sentimos nenhum efeito da crise. Além disso, o mercado de produtos saudáveis vem ganhando destaque. Cada vez mais, as pessoas buscam como ter maior qualidade de vida, longevidade, e os nossos produtos se encaixam bem nessas necessidades.
vestir milhares de reais em infraestrutura ou ter que fazer um investimento gigantesco em pedidos iniciais, sem ter a certeza de que daria certo ou não o negócio. Hoje a Kapsula é uma empresa do mercado de nutracêuticos provedora de suplementos encapsulados de compostos naturais. A empresa possui um laboratório no Espírito Santo que detém
R.C – Como você disse, a empresa atua no ramo de nutracêuticos, um setor que ainda desponta como novidade no mercado nacional. Há projeções para este campo mesmo em meio à atual crise econômica? S.K.- Nascemos na crise, no ápice da crise, mas eu sempre tive muita confiança, pois já vendia na internet e, com muita luta, já tinha minha própria estrutura. Então a crise acabou ajudando, porque era difícil lançar um produto e ter uma estrutura de logística. Como eu já tinha essa estrutura, por que não alugá-la para outros? Foi assim que o negócio deslanchou. Temos crescido a uma taxa média de 10 a 30% por mês. Então podemos dizer que não sentimos nenhum efeito da crise. Além disso, o mercado de produtos saudáveis vem ganhando destaque. Cada vez mais, as pessoas buscam como ter maior qualidade de vida, longevidade, e os nossos produtos se encaixam bem nessas necessidades. R.C – De que forma essa aliança entre esse novo mercado e as novas mídias contribuem para alavancar o sucesso da empresa? S.K. - Cuidamos de todos os processos para que empreendedores digitais possam trabalhar com produtos físicos, sem ter a necessidade de investir milhares de reais. Desta forma, o novo mercado e as novas mídias só contribuem para o crescimento da Kapsula. R.C - Paralelamente ao sucesso da Kapsula, você se prepara para o lançamento da Kosmética, já neste segundo semestre de 2017. Haverá alguma aliança entre as duas empresas? S.K. - Sim, as duas empresas vão trabalhar de forma integrada, porém a Kosmética será totalmente voltada para produtos do segmento de beleza e bem-estar. Juntas, ela fazem parte de um único Grupo, o Grupo Kaiser. R.C – O fato de ter alcançado o sucesso bastante novo pode inspirar outros jovens no empreendedorismo com essa pegada digital? Dá pra arriscar uma fórmula que seja sinônimo de sucesso? S.K.- Algo que me ajuda muito é me inspirar em outros empreendedores. Eu adoro ler, adoro saber histórias de pessoas comuns que fizeram o impossível. Isso me motiva até hoje. Vi que a maioria dos grandes empresários começaram do nada ou falharam várias vezes. Isso me motiva muito, eu adoro essas histórias!
O que é ser um LÍDER? Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com
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e fato, existem muitas definições em diversos campos da vida. Podemos citar diversas personalidades que exerceram liderança na política. Outros, lideraram equipes vencedoras no esporte, conquistando títulos e reconhecimento. Há ainda os líderes religiosos, que em todo mundo arrastam multidões pela fé. São muitas as faces da liderança nos mais diversos campos da vida. Porém, no campo profissional, este conceito é cada vez mais discutido e debatido. De certa forma com razão. Foram anos e anos com a figura do chefe atrás da mesa, apenas demandando enquanto os subordinados executavam e ouviam broncas e recomendações acerca do trabalho. Hoje o debate está concentrando em como liderar uma equipe, colocando-a alinhada com os objetivos da empresa, além de gerar satisfação profissional e pessoal aos colaboradores. Não é uma missão simples, uma vez que são muitos os interesses envolvidos, e alinhá-los nem sempre é fácil. Digo isso até com experiência própria, já que recentemente recebi uma equipe para liderar. É uma missão desafiadora. O primeiro ponto é que cada pessoa tem uma personalidade. Parece óbvio, mas não é. Quando se fala em equipe, a ideia que se tem é de homogeneidade, de um grupo que tem objetivos e maneiras comuns de se chegar ao mesmo lugar. Não é assim que funciona na prática. No dia-a-dia, não existe uma reta que leve todos ao mesmo lugar de forma fácil, nem um livro de regras que mostre como fazer. A orientação individual é muito importante para alinhar isso. Digo, também como experiência própria, que o feedback é uma ferramenta valiosa para contribuir com este ponto. Outro aspecto importante: despir o líder como um ser que de tudo sabe; um ser que tem todas as “manhas” de como conseguir um excelente resultado. O fato é que o resultado é fruto de um esforço
que depende muito mais de quem está à frente. Mas que, com orientação, pode tornar-se mais efetivo. Neste ponto, acredito que a presença do líder é importante colocando-se sempre acessível quando necessário para discutir eventuais pontos de dúvidas. Destaco ainda que o líder da capa da revista pode até ser evocado como líder pelo título que a revista lhe concede. Mas, de fato, um líder é aquele que é visto pela sua equipe como tal. Durante a minha vida profissional, vi muitos líderes que espalhavam para os quatro cantos o quanto eram bons, mas que na realidade tinham equipes desmotivadas ou pouco engajadas. Neste sentido, o feedback da equipe também aparece como um componente muito importante para formar um líder de fato. Nunca se deve impedir que o caminho para a crítica seja fechado. Uma boa crítica contribui muito para aparar arestas. Por fim, se você está se preparando para liderar ou tem como objetivo liderar uma equipe um dia, eu gostaria de dar um conselho. Sei que se conselho fosse bom, não seria de graça. Mas fique sempre atendo aos exemplos ruins. Isso na verdade é algo que levo para todos os campos da vida. Quando algo ruim acontece a você, aquilo marca provavelmente por grande parte da sua vida. Por isso, utilize isso sempre como uma baliza para evitar que seja repassado à frente. Se você não gostou, avalie sempre e tente não repetir. Busque alternativas para realizar de forma diferente. Lidere sempre com o objetivo de melhorar aquilo que sempre foi deficiente. Claro, escute todos que estão a sua volta. No fim das contas, estamos vivendo uma época de constante mudança. Hierarquias, cada vez mais, são coisa do passado!
R.C - O que o empresário Shirleyson Kaiser planeja para os próximos anos? S.K. - Queremos ampliar nossa atuação para o mercado internacional e iniciaremos com os Estados Unidos. E já temos planos para expandir para a Europa.
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BNCC o que muda na educação brasileira? Por Aparecida Nóbrega E-mail: direcao@cfimaculadadaconceicao.com.br
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uito se tem falado e discutido sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Afinal, o que é uma base nacional? No Brasil ainda não havia uma? Várias pessoas estão fazendo essas perguntas, a partir do lançamento da BNCC pelo Governo Federal, em abril deste ano. A base nacional é um documento normativo, que servirá como referência para a elaboração dos currículos das escolas públicas e privadas, a partir de sua homologação. Ela determina um conjunto de aprendizagens fundamentais, a ser desenvolvidas durante a educação básica. Muitas pessoas confundem a Base Nacional com os currículos escolares, tendo em vista a quantidade de informações que circularam na mídia ultimamente, tentando explicar não somente a base mas também as mudanças no ENEM e no Ensino Médio. De modo bem simplificado, a BNCC define que tipo de jovem o Brasil quer formar, diferentemente dos currículos que indicam os caminhos, isto é, como fazer para alcançar o que determina a base. Esta, por sua vez, define o mínimo de competências e habilidades para cada segmento da educação básica, cabendo, então, a cada Rede de Ensino e aos municípios traçarem os caminhos e a forma como chegarão ao destino final: o último ano do Ensino Médio. As formas são variadas e cada setor educacional, seja ele público ou privado, pode traçar o seu, adaptando-se à base de acordo com as opções metodológicas, processos de ensino e características regionais. Questiona-se então: por que não tínhamos uma base como nos países desenvolvidos? Até agora, a educação brasileira vinha sendo gerida por um conjunto de diretrizes, como a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), e, em geral, os currículos co-
meçaram a ser organizados a partir das avaliações em larga escala, como o ENEM. Isto é contraditório, pois as avaliações foram criadas para que se saiba o que o estudante aprendeu e não o que ele deve aprender. Daí a importância de se ter uma base nacional que determine o que cada estudante deve estudar em cada ano/série, como neste modelo proposto. Para entrar em vigor, a BNCC ainda precisa ser homologada pelo MEC, após as audiências públicas e a aprovação do Conselho Nacional de Educação. Especialistas afirmam que, na prática, teremos a base vigorando somente a partir de 2019. Entre críticas e aplausos nas audiências públicas, especialistas em várias áreas debatem as mudanças que serão geradas, afetando mais de 41 milhões de estudantes de norte a sul. O governo defende que o objetivo da base é orientar as escolas para que, além da vida acadêmica, preparem as crianças e os jovens para enfrentar os desafios do século XXI. Como? Através das competências socioemocionais. Essas competências estão relacionadas com o aprendizado integral, que propicia autonomia ao aprendiz e trabalha habilidades: lidar com as próprias emoções; saber resolver problemas; enfrentar desafios; ser tolerante e capaz de colocar-se no lugar do outro; abrir-se a novas experiências, ser consciente e responsável. Muitas escolas, até hoje, têm privilegiado as competências cognitivas. Porém, é fundamental, no contexto em que vivemos, que as escolas planejem cuidadosamente atividades para desenvolverem essas habilidades, pois os estudantes levarão para a vida toda os benefícios conquistados, atuando de forma consciente e saudável na sociedade onde estiverem inseridos.
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O fim da franquia de bagagem nas viagens aéreas um golpe contra o consumidor Por José Francisco da Costa Júnior E-mail: costajunior14@gmail.com
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ecentemente entraram em vigor novas regras para o transporte aéreo no Brasil, dentre as quais a que permite às companhias aéreas cobrar pela bagagem despachada. Trata-se da Resolução nº 400 (de 13/12/2016, e que entrou em vigor no dia 14/03/2017), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Antes da vigência dessa norma, o consumidor tinha direito de despachar uma mala pesando até 23 quilos e, ainda, levar uma bagagem de mão pesando até cinco quilos, para os voos domésticos. No caso de voos internacionais, a franquia era de
duas malas pesando até 32 quilos e, relativamente à bagagem de mão, o peso variava entre oito e 10 quilos, dependendo da companhia aérea. O consumidor não pagava nada a mais, porque o preço dessa franquia de bagagem estava incluso no valor da passagem aérea. Segundo as novas regras, o transportador deverá permitir uma franquia mínima de 10 quilos de bagagem de mão por passageiro, de acordo com as dimensões e a quantidade de peças definidas no contrato de transporte (o transporte da bagagem passou a ser considerado um contrato acessório). Mas o
transportador poderá restringir o peso e o conteúdo da bagagem de mão por motivo de segurança ou de capacidade da aeronave. A resolução acaba com a obrigatoriedade de franquia de bagagem despachada, tanto para os voos nacionais quanto para os internacionais. Assim, cada companhia aérea está livre para definir suas próprias regras de como será a cobrança pela bagagem despachada. Embora a cobrança pelo despacho da bagagem seja uma realidade no restante do mundo, com raras exceções, no Brasil a norma abre a oportunidade para as companhias desrespeitarem o direito do consumidor. É que, para a Anac, o fim da franquia para bagagem objetiva a uma redução dos preços das passagens, como ocorre em outros países. Porém não concordamos com essa afirmação, pois estamos cansados de constatar que as mudanças raramente favorecem o consumidor. Basta ver o que ocorre com o preço dos combustíveis. Nem o Ministério Público foi capaz, até agora, de acabar com os cartéis. Nos Estados Unidos e Europa, como vimos, isso já é normal. Mas lá as passagens são acessíveis, e as empresas são efetivamente punidas no caso de descumprimento das normas, e o Estado busca o bem-estar do consumidor, diferentemente do que ocorre por aqui. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) tentaram barrar as mu-
danças na Justiça, mas a liminar conseguida na Justiça Federal em São Paulo foi cassada pela mesma Justiça Federal no Paraná. Para o presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, “é muito fácil dizer que teremos uma redução do valor das passagens na medida em que as empresas tenham a possibilidade de cobrar pela bagagem extra que vai despachar. Mas quero saber quem vai fazer esse acompanhamento e se isso, de fato, vai ocorrer. Isso me parece muito mais um argumento falacioso para aprovar e dar vozes de legalidade para uma decisão que é, evidentemente, contrária aos interesses dos consumidores e contrária à lei”. A afirmação teve repercussão na imprensa nacional no fim do ano passado. Finalmente, na verdade, o que ocorreu foi a Agência Reguladora ceder às pressões das companhias aéreas, como, aliás, acontece com frequência no Brasil: o cidadão, consumidor ou contribuinte sempre “paga o pato”, com o perdão da expressão. Portanto cuidado, porque, agora, além da cobrança para despachar a bagagem, você deverá ficar atento à cobrança de outros serviços dos quais as empresas aéreas também estão liberadas, tais como pagar para fazer a reserva com ajuda de um funcionário, preço do lanche cobrado a bordo, dentre outros. Esses custos precisam ser considerados na hora de adquirir seu bilhete de passagem aérea. Perdemos, mais uma vez.
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glamour
Retalhos
KatmosZ
Sonia Miranda Hausmalte – cerveja artesanal Karina Lencar lançou na KatmosZ a marca Lore Premium. O evento foi um sucesso!!! Moderna e com estampas exclusivas, a marca chega com todo o glamour e requinte, com seus vestidos de festa, abrilhantando o ateliê mais sofisticado da cidade. Você é nossa convidada especial para conhecer e se encantar com cada detalhe da Lore. O endereço é Av. Brasil, 2.110, bem no centro de Governador Valadares. O telefone é (33) 3271-5087.
Champanhe e vinhos
Vale a pena experimentar o champanhe e os vinhos da Monte Paschoal. Eles dão muito mais leveza e sabor às festas, coquetéis e reuniões casuais. Faça sua reserva para as festas de fim de ano pelo telefone (33) 98890-0003.
Matheus e Adriano
Hobby que virou negócio! Quer entender como fazer cerveja artesanal, os tipos de ingredientes e conhecer os equipamentos para fabricação? O curso de como produzir e ter várias dicas é na Hausmalte, recém-inaugurada pelos empreendedores Matheus Magalhães e Adriano Juliano. Vale a pena dar uma passadinha na Rua Sete de Setembro, 1.890, loja 2, no Bairro Esplanada.
Leilões
Avaant
A Associação Valadarense de Autos e Antigos (Avaant) realiza o seu próximo encontro dias 28 e 29 de outubro, no Bairro Lagoa Santa. Qualquer pessoa que tenha carro antigo pode participar levando um quilo de alimento não-perecível, que será doado para uma instituição filantrópica.
AudioStar
Empresário Adriano Damasceno ao lado do Gerente Gabriel.
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Visite a Audiostar Soluções Auditivas. Você vai encontrar o aparelho que irá se adapta às suas necessidades. Audiostar fica na Rua Israel Pinheiro 2.400. Contato pelo telefone (33) 3025-2625.
Com ótimas oportunidades para os pecuaristas da região, os proprietários da Minas leilões, Fernanda e Denner Esteves, têm sempre em seus leilões aninais selecionados e de excelente genética.
Danielly Leal
Para manter seu cliente bonito e saudável, Danielly Leal tem buscado se especializar. O resultado é um atendimento cada vez melhor aos seus clientes. Harmonização facial, lentes de contato, implante e prótese são alguns dos procedimentos feito por ela. Agende seu horário. O contato é pelo telefone (33) 3271-0274. 21 conceito
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Os diretores da Nissan, Marral Lages e Wagner Gomes, reuniram clientes, amigos e equipe de funcionários para um momento ímpar na concessionária: o lançamento da nova Nissan Frontier. Não é por acaso que a pick-up é sucesso de mercado. Quem já dirigiu uma sabe que ela se destaca pelo estilo moderno, econômico e robusto.
Borboletrando
Clores Lage Vereador Dandan, Marral, Lúcio e Wagner
Marral Lage
Igor, Gilmar Moratori, Lúcio, Marral e Dr. Afrânio
Clores Lage em mais um momento épico
A noite de lançamento do livro Borboletrando da artista plástica Clores Lage, foi super prestigiado e reuniu no Salão do Filadélfia pessoas de todos os setores de Valadares. A artista em seu livro mescla em forma de poesia, a história da cidade, família e seus conhecimentos durante suas viagens. Teve também a exposição de suas peças e quadros no salão
Dr. Luiz Murta, Marília, Clores, Dra. Marisa
Dr. Anderson, Lúcio, Paulo Lobato e Marral
Sandra, Mourão, Vereador Betinho, Dandan e Marral
Paulinho Costa, Aguiar e Clores
Os irmãos Elke e Marral
Paulinho Costa, André Merlo, Alexandre Prado e Clores Lage Deborah e Alexandra
Bruno, Marral e Clores
Sayonara e George Wady
Sérgio e Marral
“Borboletrando” é a nova obra-prima da artista valadarense
Petras, Elke, Clores e Kamila Clientes
Marcelo, Evandro, Wagner, Aline, Daniel e Paulo Fernando
Clientes
Rodeada pelos filhos Elke, esposo Bruno, Petras, Andreiev, Marral
Marral e Pedro Collen
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Setembro 2017 Prefeito André, Clores e Creuza Merlo
Dr. Paulo Bianchini
Elke, Clores e Kamila
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O BARATO que saiu
CARO
Por Cleuzany Lott E-mail: cleo.lott@yahoo.com.br
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omo dizia minha vó, o tempo está ‘voando’ e ano-novo ‘atrás da porta’. A época é de planejamento da pintura ou reformas que irão proporcionar a sensação de casa nova na celebração natalina. Nessas horas, aquele panfletinho deixado na caixa dos correios tem grande valia, mas também pode ser uma grande armadilha. Afinal, não faltam profissionais ofertando seus serviços, alguns com preços muito atraentes. Foi numa dessas propostas que, ano passado, uma vizinha amargou um prejuízo incalculável. Era sábado à tarde quando ela encontrou a propaganda na caixa de correspondências. Empolgada com os dizeres do papel, não titubeou, e entrou em contato com o sujeito. Do outro lado da linha, atendeu um homem com uma voz firme e muito simpática se prontificando a visitá-la no outro dia. Surpresa pela disposição do pintor, ela separou um tempinho do domingo para atendê-lo. Muito falante e extrovertido, o homem logo justificou o cheiro de álcool com motivo nobre: estava completando 55 anos naquele dia. Celebrou a data levando a mãe, uma se-
Dona Isabel - estavam na lixeira externa do condomínio. Junto a elas, cacos das peças produzidas por Ulisses Gomes e Maria José, a Zezinha, conceituado casal de ceramistas daquela região. Como se não bastasse, ao lado havia estilhaços de uma moringa em forma de galinha feita de barro. O utensílio é uma das riquezas artísticas do Vale do Jequitinhonha, citado no livro “Artes Plásticas no Brasil - artes populares”, da escritora Cecília Meireles. Com o coração partido, minha vizinha juntou os cacarecos como se ainda fossem obras de arte, e os colocou bem à vista, de forma que o pintor os enxergasse, imaginando que teria uma explicação plausível para o ocorrido. Ledo engano! À noite, ao chegar em casa, nenhuma manifestação do pintor. E o pior estava por vir. Seguindo a rotina de retirar os resíduos de casa, teve a sensação de “déjá vu”, ao deparar-se com as peças na lixeira, como no dia anterior. Perplexa com o menosprezo, ela teve a noite mais longa da vida. Pensou em várias formas de “trucidar” aquele insensível. Entretanto, não poderia cometer um crime. Além do mais, havia adiantado o pagamento da empreitada e pouco se podia fazer. Optou, então, pelo modo civilizado
de resolver o problema. No dia seguinte, esperou pelo pintor e calmamente olhou no fundo dos olhos dele e perguntou o que havia acontecido. A resposta foi simples: acidentes acontecem e, como ele não tinha dinheiro para pagar pelas peças, jogou-as no lixo. Diante da explicação estapafúrdia, a vizinha sofreu um ataque de nervos. Os gritos alcançaram quem morava no final do quarteirão. O socorro chegou rápido, entretanto quase provocou outra tragédia. A moradora do lado revelou que além das cerâmicas, o danado do pintor havia bebido toda a cachaça da coleção de Salinas, além de perturbar os condôminos todos os dias, oferecendo-se para pintar os apartamentos a preço de banana. O caso só não virou de polícia porque os outros moradores impediram o linchamento do pintor, que sequer devolveu o dinheiro da empreitada. A história é triste, contudo é real e deixa algumas lições: não acredite nos panfletos; jamais contrate alguém sem referência profissional e tenha sempre os vizinhos como aliados para evitar que você seja a última a saber o que está acontecendo na sua casa. Fica a dica.
nhorinha de 80 anos, à missa, depois tomou uma cervejinha com a família, que o esperava para um almoço especial. Além das paredes, o trabalho incluía pequenas reformas que exigiriam um pedreiro, o que não impediu o pintor de fechar a empreitada. Já na segunda-feira ele estava a postos na loja de tintas, à espera da vizinha. As sugestões de cores aos ambientes, além da promessa de modernizar uma parede com textura (o que seria sua especialidade), convenceram a dona de casa de que tinha contratado o melhor profissional do mercado. Mas o entusiasmo durou pouco. No primeiro dia de labuta, o pintor continuava ‘alegre demais’ e ‘espaçoso’. Sem cerimônia, disse à patroa que não resistiu às castanhas-do-pará que estavam no barzinho, e meteu a mão no pote. No segundo dia, a patroa deu falta de algumas peças da coleção de cerâmica do Vale do Jequitinhonha. Porém, como a casa estava “de pernas pro ar”, pensou que estivessem guardadas. A contrariedade surgiu no terceiro dia, quando partes de uma das bonecas esculpidas por Izabel Mendes da Cunha, a renomada
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A MODA DA ECONOMIA CIRCULAR Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com
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o ano passado publiquei um texto aqui na CONCEITO dizendo que não existe “jogar fora”. Foi um tema de que me aproximei durante um evento sobre “Lixo Zero”, e que chamou muito a minha atenção. Até então, nunca tinha parado para pensar no assunto. Era um ato tão automático jogar as coisas fora e achar que elas iam simplesmente desaparecer que quando ouvi a expressão pela primeira vez fiquei me perguntando como eu não tinha pensado nisso antes. Fiquei tão interessada que resolvi estudar mais sobre o assunto. Descobri, então, um negócio chamado Economia Circular. De acordo com a Fundação Ellen Macarthur, uma das embaixadoras do tema no mundo, a Economia Circular é um modelo regenerativo e restaurativo por princípio. Seu objetivo é manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor o tempo todo. Ou seja, a Economia Circular prega um modelo bem diferente do que temos hoje, que pode ser chamado de linear e consiste em extrair, transformar, descartar. O problema é que dispomos de recursos limitados no planeta. O próprio planeta é finito, então não é possível extrair recursos para sempre e ao mesmo tempo ir acumulando o que foi descartado. Uma hora a conta não vai fechar. É pensando nisso que a Economia Circular acredita em um modelo fechado, como o próprio nome sugere. Ou seja, ao invés de ocorrer o descarte no final do processo, esse resíduo é reinserido num novo processo, como matéria-prima. Assim, é possível retroalimentar o sistema, sem esgotar recursos. Uma das inspirações para esse modelo é a própria natureza. Se pensarmos no ciclo da água ou na fotossíntese, por exemplo,
veremos que tudo é reaproveitado e os ecossistemas não se esgotam. Pelo contrário. Por ser um conceito interessante e atrativo, várias empresas e mesmo países estão se envolvendo e criando iniciativas para implementar a Economia Circular em seus processos de produção, na medida do possível. Países como China e Japão e empresas como Google e Nike são alguns exemplos. Mas esse processo de “fechar o ciclo” é muito complexo e seria necessário realizar mudanças muito profundas no modelo vigente para alcançar o processo ideal. Um grande esforço em pesquisas e experimentos vem sendo feito para desenvolver estratégias de implementação, novos produtos e usos para resíduos. São iniciativas louváveis, mas que ainda estão em estágio embrionário. E como qualquer modelo que ainda está sendo desenvolvido, a Economia Circular recebe críticas. Uma das mais relevantes diz respeito à questão do consumo. O modelo resolve apenas uma parte do problema: o processo de produção. Mas uma outra face muito importante é a conscientização da população com relação ao consumo. Ainda que os processos sejam revistos, se os níveis de consumo continuarem crescentes, a Economia Circular por si só não pode garantir a “sobrevivência” do planeta. Esse é um longo e relevante debate. E nosso papel, enquanto habitantes do planeta, é termos responsabilidade por “o quê” e “como” consumimos.
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Coluna Sayonara Calhau
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Um casal que rima com sucesso: Leisa Castanheira e Tanner Diniz.
A 20ª edição do Troféu Aplauso irá acontecer no dia 29 de setembro, no Ilusão Esporte Clube, em Governador Valadares. Uma noite de homenagens naquela que já considerada uma das melhores festas de Minas Gerais, e quem assina o evento é a jornalista Sayonara Calhau. O ponto alto da festa é a entrega de uma linda estatueta de bronze às cidadãs e aos cidadãos que se destacaram em todo o Estado de Minas Gerais pelos relevantes serviços prestados a nossa população mineira. A programação da noite será a seguinte: 21h: Chegada dos homenageados e convidados com Show Acústico de Nêga Ágna e Arnaldo Júnior. 22h: Entrega dos troféus aos homenageados 23h: Jantar à francesa 00h: Show com Marcelo Tiradentes e Banda Durante toda a noite festiva, haverá um delicioso coquetel, servido pelo buffet Célia Bitencourt, o qual conta com bebidas de qualidade, fornecidas pela Peixe e Cia; sobremesas da Bel Oliveira; e decoração da Feliz Aniversário. Já a recepção ficará por conta da cerimonialista Tatiana Bretas; o mestre de cerimônias será Joselita Pereira; a segurança Geus e equipe; fotógrafo Ramalho Dias e, por final, a filmagem: Nacib Helal. Agradecimentos às pessoas e empresas: Cenibra, Tininho Machado, Supermercados Coelho Diniz, Valéria Mol, Armazém Vargas, O Boticário, Prool Luminosos, Shirley Henriques Calhau, Carminha Luz, Dejay Baleia, TV Leste, TV Rio Doce, Pão Total, Carlos Wagner, Castelo Fraga, Konnet, Inah Simões, NEO, Barman Sonny, Maria Salvino Nega Vieira, garçons, imprensa e, acima de tudo, é claro, Deus! O sucesso do evento “Troféu Aplauso” deve-se à responsabilidade social, à credibilidade, à seriedade e à qualidade de sua realização. A escolha dos homenageados é feita por jornalistas conceituados de todo o leste de Minas. Ou seja, “Aplauso” é para quem merece!
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Parabéns aos jornalistas Marcos Mendes e Daniel Antunes. Os fofos fazem um excelente trabalho na Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Governador Valadares.
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Agora é oficial: a edição do Gevê Folia Mix Festival já está marcada! A grande folia será no dia 21 de outubro, no Parque de Exposições José Tavares Pereira, em Governador Valadares. As atrações serão Gabriel Diniz, Psirico, Tomate e Wesley Safadão. Tudo com muito estilo! A inauguração da Casa do Médico é um marco na história valadarense. O edifício abriga a Associação Médica, o Conselho Regional de Medicina e i Sindicato dos Médicos. O auditório ganhou o nome do neurologista Hatem Homaidan, escolhido através de concurso. Na foto: O presidente da Associação Médica de GV, Dr. Roberto Carlos Machado, Fátima Homaidan e os filhos e médicos Natashy e Hatem Filho. Justa homenagem.
Os diretores da Faculdade ImesMercosur Gustavo Mendes, Eliana Luz, José Geraldo Lemos Prata (Secretário municipal de Educação de GV), Henrique Mendes e Professor Luiz Lelis. A Faculdade ImesMercosur oferece vários cursos. Destaque para o Vestibular Agendado dos cursos de Pedagogia e Gestão Comercial.
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Vem aí o “Outubro Rosa”! O mês é dedicado à conscientização da população, principalmente das mulheres, sobre a prevenção do câncer de mama. O Núcleo de Especialistas em Oncologia (NEO), em Governador Valadares, vive o “Outubro Rosa” durante os 365 dias do ano. O Núcleo é anexo ao Hospital Bom Samaritano, e é referência em oncologia em todo o Estado de Minas Gerais.
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Ninguém gosta de carregar encomenda! Mas, quando carrega, faz por gentileza. Governador Valadares conta com o serviço da Azul Cargo Expresso. A Azul Cargo Expresso leva sua encomenda para os quatro cantos do Brasil.
O Núcleo de Dança Myller Araújo faz, em Governador Valadares, um trabalho diferenciado. E foi selecionado pela Qualité (que tem olheiros por todo o Brasil) para participar do Programa Disney Performing Arts – um festival de dança em Orlando (FL), em julho de 2018, nos Estados Unidos. O grupo, que irá representar a escola de Governador Valadares, é formado por 30 alunos com idades entre 12 e 40 anos. Lá, o grupo irá participar e apresentar um espetáculo brasileiro no palco da Disney. Para realizar esse sonho é preciso estabelecer parcerias que possam contribuir financeiramente, pois há alunos que não conseguem custear suas despesas de viagem. Muitos alunos são bolsistas e de classe média ou baixa.
Homens que brilham e trabalham em prol da saúde da nossa gente: Ren ato Fraga (Hospital Bom Samaritano e vereador Enes Cândido.
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Agora Tehnee e Vítor fazem parte do rol dos casados. Tehnee é filha de Antônio Pereira Lopes e Ezira Mota Lopes. Já o Vítor é filho de Marcos Antônio Bosser Monteiro e Maria do Carmo Luz de Oliveira. A cerimônia foi emocionante. O casal trocou alianças em Governador Valadares, mas reside na Capital Mineira. Foi uma noite linda, organizada pela cerimonialista Priscila Graciolli. 29
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A tribuna da Câmara Municipal de Governador Valadares, por iniciativa do vereador e presidente Paulinho Costa, assinada pelos 21 vereadores, agora é denominada de “Tribuna Edison Gualberto”. O empresário das comunicações morreu aos 77 anos de idade, deixando um legado para os valadarenses – em especial para toda a imprensa – e não poderia ficar sem tal homenagem numa Casa Legislativa, de onde saem as decisões mais importantes da nossa cidade e região.
Apresente Comunicação – uma nova agência em Governador Valadares, com uma equipe formada por Kamille Souto, Juliana Pio, Maurício Fernandes e Luciely Elorrany. Atendimento personalizado e com foco em resultados para o seu negócio!
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A Samarco continua tripudiando dos valadarenses. Ficamos impressionados como esse crime ambiental que destruiu a fauna e a flora. Isto é, a referida empresa assassinou o nosso Rio Doce, o que não poderá ficar impune. Samarco não “Vale” nada!
Gente que a gente gosta: vereador Regino Cruz e Irmã Wanderlita.
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Os “cônsules” voltaram a agir na região do Vale do Rio Doce, pois estão traficando pessoas para os Estados Unidos e para a Europa.
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Em 2018 teremos eleições. Votaremos em candidatos aos cargos de presidente da República, governador, senadores, deputado federal e deputado estadual. Vamos votar em quem contribui para o progresso e desenvolvimento de Governador Valadares e de todo o Estado de Minas Gerais.
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Utilidade Pública: agende o número (33) 98447-5372. É só ligar e denunciar animais de grande porte que circulam pelas ruas de Governador Valadares. Um serviço relevante da Prefeitura Municipal.
Uma grande emoção: ser homenageada pelo Corpo de Bombeiros de Governador Valadares. Tenente-coronel Silvane (comandante do CB) e eu.
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Brevemente, a Inter TV dos Vales irá inaugurar em Governador Valadares a sua nova sede. 31 conceito
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Emagrecimento
ansiedade Por Jéssica Alberton Email: jessicaalbertonba@gmail.com
“Chica, me ajude! Meu maior sabotador é a minha ansiedade.” Essa tem sido a maior de todas as reclamações nas minhas redes sociais. Percebeu a afirmação? Você disse que a ansiedade é
sua. Essa afirmação já é sua grande sabotagem porque você aceitou a condição de ser ansiosa. É fácil mudar algo que você aceita? Isso pode parecer confuso, mas o que posso dizer é que o objetivo funcional da ansiedade é exatamente conduzir a uma estratégia de “luta ou fuga”. Sabe essa ansiedade que você sente? Ela permitia que os nossos ancestrais se mantivessem salvo dos ursos, leões e vários animais perigosos. Trata-se desse estímulo emocional conhecido como adrenalina, que nosso corpo libera quando sente que há algum perigo e nos prepara para que nos protejamos. A ansiedade é só aquele monstro que se alimenta da nossa adrenalina! E imagine que esse “monstro” pode ser despertado! Pense na hora que você está fritando aquele torresmo maravilhoso toda animada e de repente o óleo salpica da frigideira! Oxe! Qual sua reação? – entendeu? Nesse momento nossa adrenalina é disparada, e ajuda a nos distanciar imediatamente do fogão antes que o pior possa acontecer. Em outras palavras, nossa adrenalina nos coloca em movimento e nos ajuda a agir rápido. Agora você deve estar pensando: Chica, e o que isso tem a ver com emagrecimento? Pois é, no mesmo instante em que a adrenalina é liberada, o grande monstro da ansiedade desperta de sua inconsciência e corre para se alimentar. Como disse, no primeiro momento a ansiedade faz parte do nosso instinto de proteção, que contribui para que a gente fuja da
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A ansiedade representa uma forma natural nossa de agir diante de algo que nosso corpo ou nossa mente entende como perigo imediato. É perigoso continuar seu processo de emagrecimento?
queimadura no fogão. No entanto, apesar do afastamento do fogão ser uma situação cotidiana, pode ser que o “monstro” da ansiedade acorde e você não consiga continuar a fazer seu torresminho. Dentro de você a ansiedade, que é alimentada pela adrenalina que liberamos, vai te deixar sentindo o coração acelerado e com medo do susto. Então a gente começa a pensar que é melhor parar por ali, porque achamos que não vamos ser capazes de dar conta e que o pior pode acontecer. Agora pense em você alimentando diariamente esse “monstro” nos seus pensamentos com relação ao seu processo de emagrecimento? Quais são seus desafios e medos que você precisa enfrentar para se aproximar do seu ob-
jetivo de emagrecimento e que você se afastou com medo de “ligar o fogo” novamente e continuar a “fritar a alma gorda”? Enquanto esse monstro continuar tendo a adrenalina para se alimentar, você o sentirá dentro de você. Ele está cada vez mais ansioso para se alimentar do seu medo de não conseguir continuar. Então, todas as vezes que você se desespera, esse monstro se torna maior e mais agressivo, tomando conta da sua mente. E ele fica ali, penetrando no seu dia-a-dia. Só quero te dizer que você não precisa aceitar os “gritos assustadores” desse “monstro” como algo normal. Se você perceber que ele está ali, mas fechar seus ouvidos para não o escutar, ele não terá adrenalina ou outra saída a não ser voltar a dormir. Ele só pode assustar o corpo, entendeu? A ansiedade representa uma forma natural nossa de agir diante de algo que nosso corpo ou nossa mente entende como perigo imediato. É perigoso continuar seu processo de emagrecimento? Vale a pena se afastar do “fogo da vontade de emagrecer” levada pelo medo de não conseguir? Você percebeu o “monstro” da ansiedade? Tudo bem! Respire, acalme-se. “Liga o fogo” e recomece. Está em suas mãos torná-lo menor e irrelevante.
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O Agro Por Marcelo Barreto Email: barretofito@uol.com.br
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urante a maior crise social e econômica por que passa o país, nosso setor é responsável por 70% do crescimento do PIB. Crescimento decorrente do trabalho sério, da inserção em mercados exigentes, sustentado por muito estudo, ciência e tecnologia. Dele participam produtores, técnicos, comerciantes, pesquisadores, exportadores, empresários e outros profissionais que se envolvem desde o plantio até o consumidor final. É uma atividade que desperta paixão, valoriza quem produz e traz distribuição de riqueza. Como diz uma vinheta veiculada na TV, o Agro é pop! A maximização do peso do agronegócio no crescimento do PIB brasileiro infelizmente é decorrente da perda de competitividades dos outros setores e do aprofundamento da recessão na economia nacional. Como brasileiro, gostaria que todos os demais setores da economia apresentassem bom desempenho, especialmente a indústria, por se tratar de um processo de geração de emprego e renda que puxa vários outros setores da economia. No primeiro trimestre de 2017, a indústria cresceu apenas 0,9% e o setor de serviços não cresceu no período, enquanto o agronegócio avançou 13,4%. Por outro lado, não tenho dúvida de que o agronegócio é a via que poderia alavancar a retomada do crescimento econômico do país. Afirmo isso considerando que é um setor que exige baixo investimento e através do qual conquistamos competitividade internacional reconhecida. Além disso, o retorno dos recursos investidos é rápido se comparado à indústria. Outros pontos a favor decorrem do fato de atendermos ao mercado nacional e internacional e contarmos com mão-de-obra qualificada. Sendo assim, por que não explorarmos
melhor aquilo que já possuímos? Nossas frutas são desconhecidas tanto do mercado interno quanto do internacional. Podemos aproveitar a procura mundial por alimentos saudáveis e apresentar as frutas tropicais. Veja o exemplo do que aconteceu com o açaí. Que mercado fantástico foi criado em torno desta fruta! Mesmo assim, há muito a ser feito desde o cultivo, colheita, processamento e distribuição deste produto. Há uma enormidade de derivados que podem ser gerados a partir do açaí. A indústria de fitoterápicos também apresentou crescimento considerável. Esta é outra área em que estamos patinando. O potencial é ilimitado. Nossa flora possui compostos naturais que podem ser utilizados na indústria farmacêutica, cosmética e de alimentos. É preciso acordar para este setor, que compreende a segunda indústria mundial – perdendo apenas para a indústria bélica. Especificamente na área de medicamentos, nós nos acostumamos a ser importadores de tecnologias dos grandes laboratórios farmacêuticos europeus e americanos. Para alavancar este setor, vários outros seriam beneficiados como a farmacologia, medicina e química. É a oportunidade de fortificar os mecanismos oficiais de incentivo e proteção do conhecimento. Outro caminho é apostar na exportação de produtos processados. Agregar valores às commodities tradicionalmente exportadas, como soja, milho, café e produtos animais. Se exportarmos menos soja e mais proteína, óleo e farelo, a indústria será beneficiada. Serão geradas novas receitas e impostos. Com os poucos exemplos citados acima, podemos afirmar, sem vacilar, que o agro pode muito mais, pois o agro é mais que plantar e colher.
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J.B. Coelho Casamento Ana Carolina e Fabiano Silveira Fotos: Ultrazoom Fotografia
Cerimônia presidida pelo padre Marlone Pedrosa
Pais da noiva: Jairo Mageste e Vilma Mageste
Familiares
Dr. Wagner Rodrigues Uma lição de bom gosto. Assim foi o casamento dos sonhos de Ana Carolina e Fabiano Silveira, que aconteceu na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Caratinga. A CONCEITO deseja que o amor, a alegria e a felicidade sejam detalhes constantes na vida de vocês.
A competência e dedicação à cirurgia plástica fazem do médico Wagner Rodrigues um profissional de sucesso imenso, ajudando seus pacientes a se sentirem mais felizes.
Talentos reunidos
O talentoso arquiteto João Previero, ao lado das empresárias Viviane da Oficcina e Rosely Perigolo: mulheres de visão que conquistaram seu espaço com trabalho, carisma e honestidade.
Pais do noivo: Paulo Sergio da Silveira e Denise Silveira
90 anos de Agripina Rosa da Silveira Quantas experiências e sabedorias, quantas histórias para contar! E foi no clima de muito amor e alegria que os filhos, netos, bisnetos e tataranetos, juntamente com os amigos, celebraram os 90 anos de Agripina Rosa da Silveira, no Haras Vila Rosa, em Campo Grande. A REVISTA CONCEITO parabeniza e deseja muita saúde e paz sempre!
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Fotos: Wilson Martins
A mesma praça, o mesmo banco e...
o mesmo jornaleiro
Há 45 anos Josemar Fialho leva informação a Caratinga e cativa amizades que perduram desde os primeiros anos no mesmo lugar Por José Horta
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om os avanços tecnológicos de hoje, o ano de 1972 parece uma galáxia distante. Naquela época não tinha internet, TV a Cabo nem celular. A informação custava a chegar. Afinal, televisão ainda era para poucos. Boa parte da população se servia do rádio e dos jornais para saber do noticiário. E foi nesse cenário, na Praça Getúlio Vargas, que Josemar Fialho começou sua carreira de jornaleiro. “Já havia trabalhado como borracheiro e pedreiro. Meu pai tinha essa banca e passei a trabalhar com ele. Tomei gosto pela coisa e aqui estou, há 45 anos”, conta, hoje no auge dos seus 72 anos. Durante a ditadura militar, nos grandes centros, as bancas de jornal foram alvos de vários ataques, e algumas chegaram a ser incendiadas. Mas em Caratinga a história foi bem diferente. “Minha banca sempre foi lugar de paz. O pessoal discute de forma sadia coisas como futebol e política. Posso dizer que nestas quase cinco décadas nessa profissão, fiz muitos amigos. Isso que é o importante na vida. Sou feliz por isso, afinal sou um homem sem inimigos”, frisa o jornaleiro, casado e pai de uma filha. Fialho lembra que até 1988 o seu trabalho deu boa remuneração. Depois, as coisas foram mudando. “Hoje nem se fala. Dá mal pra pagar as contas. Mas houve uma época que dava um bom dinheiro. Tenho casa e carro graças a essa banca. Mas também não reclamo da sorte, pois sou feliz com o que tenho. Não me imagino em outra profissão”, comenta, soltando um riso tímido, porém de contentamento. Dentre as publicações que marcaram a trajetória de Josemar está a revista de esportes Placar. “O pessoal procurava demais a Placar. Tinha que deixar reservada. Ainda mais quando era edição com pôster de algum time campeão. Era uma procura danada. Hoje parece que per-
deu a graça, né. As pessoas recebem as notícias pelo celular, baixam fotos pela internet. Tudo na hora mesmo”, diz, com a autoridade de quem tem um dos empreendimentos que mais sofreram com o imediatismo dos dias atuais. Ele também se ressente com a falta de circulação dos jornais. “Já vi muito jornal nascer e morrer em Caratinga. Sem falar nos jornais de renome nacional ou estadual. O Globo e o Estado de Minas eram muito procurados. Tinha até fila para comprar. Mas, como disse anteriormente, agora tudo mudou. Só os assinantes recebem estes jornais.” Jornaleiro informado Mas Josemar não vive só de vender informação aos clientes. O jornaleiro garante estar antenado com as notícias. “Se a manchete é boa, leio na hora. Gosto de me manter informado. Uma coisa que a banca me deu foi opinião, embora costumo guardar pra mim o que penso”, brinca, aos risos. “Sou reservado nesse ponto. Também penso que quem trabalha diretamente com o público tem que ouvir mais do que falar”, ensina. Uma das coisas de que Josemar mais acha graça é o fato de alguns confundirem jornaleiro com jornalista. “Tem gente que chega perguntando sobre tal fato. Só vendo os jornais, não escrevo a notícia”, brinca.
Em meio à conversa, para a alegria do jornaleiro, a entrevista é interrompida. São fregueses à procura de alguma coisa. “Tem apostila para o concurso da Copasa?”, pergunta um jovem. “Acabou, mas novos exemplares das apostila chegam amanhã”, responde Josemar. “Deixa um reservado pra mim”, pede o cliente antes de deixar a banca. No mesmo instante chega um idoso: “Me arruma uma palavra-cruzada. Quero ocupar minha mente”, pede. “Então vai essa, que é nível ‘Fácil’”, provoca o comerciante. “É meu amigo. Por isso brinco assim com ele.” Futuro Josemar não esconde o gosto pelo que faz, e mesmo com tantas tecnologias à disposição das pessoas, profetiza um futuro tranquilo – independente do que aconteça, sempre haverá uma banca de jornal. “Não importa o quanto evolua a tecnologia. Num lugarzinho vai ter uma banquinha. Sempre haverá alguém que vai comprar uma revista, um jornal. Isso nunca vai acabar.” E essas palavras de Josemar parecem refletir sua trajetória. Afinal, em 1972, na Praça Getúlio Vargas, havia a sede do Fórum de Justiça e um cinema. Hoje, a paisagem é outra. O fórum mudou-se para um bairro, e o prédio do cinema agora são só escombros. Mas algumas coisas não mudam: lá estão a mesma praça, o mesmo banco e o mesmo jornaleiro.
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KARINAXAVIER Criado em dezembro de 2014, o blog KARINA XAVIER é um espaço onde compartilho com as leitoras tudo sobre o mundo da moda, beleza e tendências. Sou fonoaudióloga atuante na área, casada, nascida e residente em Caratinga, apaixonada por cavalos e fascinada pelo universo feminino desde sempre. Procuro informar as leitoras, trocar dicas e experiência desse universo. O mundo da moda e afins muda e lança tendências constantemente. E você, que deseja saber quais as principais tendências para o ano de 2017, não pode deixar de conferir as dicas a seguir! Separei as principais para vocês:
Leitoras da REVISTA CONCEITO, hoje compartilho com vocês uma novidade que eu planejava há tempos e já estava louca para contar: O BLOG ESTÁ DE CARA NOVA!!! Havia meses que eu planejava essa mudança, e essa vontade latente de mudar me perseguia há tampos. Foi então que decidi trazer um novo design, uma nova cara para vocês, que sempre me acompanham por aqui e merecem o melhor! Desde o início queria um blog clean, moderno, profissional e que não perdesse a essência. Para esse trabalho, contei com o André Daniel (quem criou o 1º blog) e o Jorge Lucas. Os brothers da influid.com.br trouxeram esse novo visual, e tenho certeza que vocês vão amar! Além do novo visual, trouxe novos menus também – todos com o intuito de informar ainda mais e deixar vocês ainda mais pertinho de mim. Pensando nisso, fiz alguns menus especiais. Irei escrever posts mostrando um pouquinho da minha rotina, pontos de vista, preferências e opiniões sobre vários assuntos. Vou explicar um pouquinho sobre cada um pra vocês:
página inicial do blog.
SOBRE:
a maioria de vocês que acompanha o blog há mais tempo já me conhece, mas não custa voltar e me conhecer novamente. Vai que passou alguma informação despercebida..rs!
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lifestyle:
viagens:: dicas:
O famoso “look do dia” que vocês já estão acostumadas a acompanhar. Neste link estão os principais looks usados durante a semana ou em eventos. Aqui você fica por dentro do mundo da moda e do que eu visto.
mais conhecido como estilo de vida, traz um pouquinho do meu dia-a-dia e das coisas que eu amo fazer.
lugares que valem a pena visitar, conhecer mais, que me apaixonei e que recomendo (ou não) para minhas leitoras!
esse quadro é para dar dicas de temas variados, com o intuito de nos tornar ainda mais próximas. Podem ser dicas de séries (amo!), beleza, decor, onde comprei, gostei, não gostei…enfim, dicas válidas e informativas.
contato: :
entre em contato conosco. Será um prazer te ajudar, responder alguma pergunta ou ter você, sua empresa ou sua marca como parceira no blog KX.
Além do novo formato, já trouxe algumas inspirações e looks maravilhosos pra vocês, que são super antenadas na moda e querem saber quais os looks mais pedidos e as tendências mais vistas: Blusa Rosa Chá, Saia MOB e bolsa Ellus Second Floor.
As antigas camisas ganham uma versão mais estilizada e fashionista, através de truques de styling como o nó na amarração. As peças têm outra cara e ficam completamente modernizadas e descoladas. Uma dica: pegue a camisa do namorado ou marido também. As camisas masculinas são excelentes para usar e abusar dessa dica, e você ganha uma peça a mais no guarda-roupas sem gastar.
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Vestido Banabana
não é segredo o quanto eu sou fascinada no comprimento midi e o quanto ele agrega elegância e feminilidade a mulher. Os modelos tubinho são certeiros, principalmente os de gola alta, que eu adoro e traz um charme a mais à peça. Fotos - Edu Dutra: @oedudutra - Contato (33) 9.9145-8833
LOOK:
lançamentos, resenhas, impressões de produtos de beleza, maquiagem, dermocosméticos. Aqueles produtos que nós amamos e que servem pra cuidar e realçar ainda mais a beleza feminina!
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Look City Blue
Os plissados continuam com tudo, juntamente com as blusas com laçarote. Amei essa pegada delicada e romântica transmitida pelos plissados e laços nas camisas. Apostem, eles estão com tudo!
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INÍCIO: Ao clicar nessa opção, você volta à página inicial e confere todas as postagens mais recentes e, claro, a
BELEZA::
Espero que gostem do novo formato, super fácil e simples de acompanhar e não deixem de acessar : www.karinaxavier.com.br Acompanhe também pelas redes sociais @blogkarinaxavier e facebook.com/blogkarinaxavier ! 45
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Eduardo Fraga Feijoada Du Fraga 2017 Momentos que marcaram mais uma edição de sucesso da Feijoada du Fraga, em Caratinga. Selecionamos alguns cliques de Luciano Oliveira, e agradecemos às empresas amigas: Frical, Construtora RG, Carvalho Imobiliária, Unec, Play Kids, SCTV, Nobre, Auto Giro, Di Santana. Até 2018!
José Antônio e Rose
Geraldo, Eloisa, Alexandra e Leonardo
Paulinho Costa e Leia
Gicélia, Rogério e Maria Aparecida
Cláudia, Alexssandro e Camila
Lucimar, Bruno e Elenara
Joviane, Eduardo e Gustavo
Sefora, Ângela, Eleonora, Marina e Michele
Maria Armanda, Rivanne e Márcia
Malu, Renata, Liliane e Marina
Lucrécia Gonçalves
Ângela Nacif e Arlene Ferreira
Karina e Leonardo
Charles e Lurdinha
Sérgio e Meirinha
Geraldo e Érika
Kamila e Isabela
Marcos e Rovenia
Rodrigo e Iara
Lia e Márcio Heleno
Almir e Mari
Nélio e Ana Gabriela
Tadeu e Tamires
Aníbal e Renata
Alexandre e Alessandra
Neyde e Belkiss
Ednilson e Poly
Charles e Nara
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Etiqueta nos grupos de Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br
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stamos em vários grupos de WhatsApp. Alguns escolhemos; outros, de repente, acordamos neles. Surge muita dúvida sobre o comportamento elegante nessa rede social tão usada nos dias de hoje. É por isso que compartilho algumas dicas valiosas para ajudar você a ter etiqueta também no grupo de WhatsApp. 1. Não dê bom dia/boa tarde/boa noite Na vida isso é ótimo. No WhatsApp isso cria um looping eterno de cumprimentos que ninguém aguenta. 2. Respeite horários Não mande mensagens motivacionais às 5h da manhã ou à meia-noite. Cada um tem um ritmo de vida. Tente respeitar o horário comercial. 3. Não espalhe o que não tem 100% de certeza Antes de passar adiante, tenha a certeza de que você pode defender a autenticidade do assunto ou já consultou fontes seguras. Não acredite em tudo o que lê. 4. Foque no tema Não crie ou aumente polêmica sobre assuntos que não são de interesse do grupo. Não poste mensagens com conteúdo de brincadeiras, piadas, racismo, correntes, político ou religioso (se não forem o tema central do grupo). 5. Pense antes Antes de postar, releia e analise se o conteúdo não ofende algum dos membros do grupo ou tem relevância e interesse para o tema central do grupo. 6. Não exagere Quanto mais gente no grupo, mais objetiva deve ser a mensagem. Modere também no volume de postagens. Geralmente quem escreve muito demonstra falta de critério ou excesso de tempo livre. Em ambos os casos isso faz com que o autor perca a credibilidade. Poste pouco, mas quando o fizer que seja um conteúdo de valor.
7. Não confunda com chat Ver e não responder é perfeitamente aceitável. Ninguém fica o tempo todo online ou quando está pode ter que resolver outras questões mais urgentes ou importantes. Não espere respostas em tempo real. 8. Áudio com moderação O áudio é um recurso útil, porém não deve ser usado como se você estivesse numa rádio ao vivo. É inconveniente escutar vários áudios seguidos. Envie só nas urgências. 9. Não pique a conversa “Oi. Tudo bem? Por favor.” Ninguém merece. Quem escreve. Picado. A. Cada. Mensagem. Escreva tudo o que precisa de uma vez! 10. Respeite as pessoas Assim como no mundo aí fora, as pessoas pensam de forma diferente e têm variados níveis de educação. Se não gostou de algo, você pode simplesmente ignorar. Se achar insuportável, pode sair do grupo. Se precisar chamar a atenção de alguém, faça com mensagens privadas. Lembre-se que elogiamos em público e criticamos em particular (e coloque amor nas palavras). O mesmo vale para dar sequência a uma conversa que começou no grupo. E, claro, aproveite! O melhor de um grupo é fazer amizades, crescer em conhecimento e sabedoria. Qualquer dúvida, problema ou reclamação fale em privado com o administrador do grupo.
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Uma nova visão sobre o
Por Fábio Araújo E-mail: dr.fabiosa@gmail.com
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stamos vivendo uma nova era na luta contra o diabetes. Medicamentos mais eficazes, que reduzem significativamente não só os riscos de eventos cardiovasculares mas também os efeitos adversos graves como a hipoglicemia, são descobertos e aprimorados num ritmo jamais visto na história recente da medicina. Globalmente, 415 milhões de pessoas sofrem com diabetes nos dias de hoje, e esse número aumentará para 642 milhões em 2040, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes. O alto prejuízo na qualidade e tempo de vida do paciente pode ser constatado quando se toma como exemplo um diabético com 60 anos de idade, com histórico prévio de infarto e que terá, consequentemente, a sua expectativa de vida reduzida em cerca de 12 anos. Isso sem falar no imenso prejuízo financeiro, pois o Brasil é o 5º país em gastos com diabetes, atingindo cerca de 30 bilhões de dólares. É de suma importância salientar que o diabetes, principalmente o tipo 2, já atingiu proporções epidêmicas, e que, infelizmente, a maioria dos pacientes estão fora da meta estipulada pelas diretrizes internacionais. Isso ocorre por vários motivos, dentre os quais podemos citar a falta de aderência ao tratamento por parte dos pacientes, bem como a tão discutida inércia clínica por parte dos profissionais de saúde, que demoram muito para adicionar uma nova droga ou simplesmente negligenciam a correção precoce dos vários defei-
tos fisiopatológicos. No Brasil, onde temos um número muito reduzido de especialistas nessa área, é muito importante que as mais variadas especialidades estejam, no mínimo, esclarecidas e atentas sobre os novos fármacos e condutas relacionadas ao diabético, para que tais pacientes sejam diagnosticados precocemente e também tratados de uma forma correta. Para que isso ocorra, será necessário que haja uma grande interação e troca de conhecimentos principalmente entre os endocrinologistas, cardiologistas, nefrologistas, geriatras e clínicos. Quem sairá ganhando, com certeza, será o paciente.
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