Ano 3 Nº 20 Abril 2016 ISSN 2318-0145
conceito O auge da crise Uma análise sobre a turbulência política que pode pôr fim ao mandato de Dilma Rousseff
‘Mosquitaiada’
A luta continua!
Cuba offline
Valadarenses vítimas do aedes aegypti lotam postos de saúde
Conceito entrevista Waldecir Moraes, presidente do Sinsem-GV
As peripécias de quem ficou 20 dias sem internet no Caribe
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Conheça nossos
Colaboradores
ADRIANA PORTUGAL
BIANCO CUNHA
CLORES LAGE
JANAÍNA DEPINÉ
JOSÉ FRANCISCO
Adriana Portugal é graduada em Direito pela Milton Campos e em Psicologia pela Univale. Formada em Coaching pelo IBC. Presidente do Grupo da Fraternidade Marta Figner e do Conselho Espírita Municipal. Atua como Professora, Psicóloga e Coach.
Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.
Artista notável nos mais variados campos de expressão. É pintora, escultora, escritora, documentarista, cineasta, inventora. Clores é plural.
Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.
Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.
LAURO MORAES
MARCELO BARRETO
TAINÁ COSTA
Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo. Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing.
Marcelo Barreto da Silva é fitopatologista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pósdoutor pela Kansas State University em Sistema de Informações Geográficas, coordenador do programa “Agro+: por uma agricultura mais sustentável”.
Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.
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Palavra do Editor
A morte do Eco
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conhecida expressão “há males que vêm para o bem” também é capaz de funcionar às avessas, ou seja, surpreendentemente, há bens que vêm para os males. Ao menos foi o que se pôde experimentar em meados de fevereiro, mais especificamente no dia 19, quando o mundo se despediu de um dos maiores e mais completos pensadores do século 20. As redes sociais, tão incrivelmente empoderadas da condição de receptoras, centralizadoras e propagadoras de informações, pelo menos no Brasil parecem ter deixado a morte de Umberto Eco em segundo plano. É verdade que o país atravessa uma crise política e econômica que não dá muito tempo de pensar noutra coisa, mas chega a ser injusto o alar-
conceito Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9-9989.4092 /9-9968.7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.
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de discreto dos internautas em torno de uma perda tão significativa como a do escritor italiano que se dispôs a escrever de tudo muito. Alguém mais indignado poderia dizer que é um sintoma da ignorância generalizada dos usuários das redes sociais ou mesmo refletir sobre a real utilidade da web nas horas vagas para a maioria dos internautas. Fato é que passou quase incólume a morte em Milão de Eco, aos 84 anos. Ironicamente, o autor do Best-Seller O Nome da Rosa dedicou ele próprio a refletir e condenar a internet e sobretudo as redes sociais pela capacidade de dar voz a uma legião de imbecis. “Normalmente, eles eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”, polemizou. “O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade.” Mas Eco não condenava somente a web. O intelectual dizia que o jornalismo estava em crise desde o advento da televisão, nos anos de 1950, porque passou a exigir um imediatismo da notícia que colocava em xeque a qualidade da apuração. Por isso, defendia a transformação dos grandes jornais em semanários, com tempo para uma investigação mais aprofundada e com informações de qualidade. Não só por isso, revelou-se um homem à frente do seu tempo. Umberto Eco deixou muito mais do que O Nome da Rosa e O Pêndulo de Foucault de presente para a humanidade: uma coleção de grandes livros nas áreas da filosofia, da semiótica, da história, da academia, além de grandes romances. Se a mortalidade da carne foi inevitável para o mestre, o mesmo não se pode deduzir sobre suas obras. O escritor soube, aliás, driblar o próprio fim para continuar seu legado. Apenas três dias após morrer, foi lançado seu último livro: Papa Satam Alepe – Crônicas de uma Sociedade Líquida. Os livros de Eco parecem ainda pulsar o próprio sangue do gênio.
DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG 6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG 18526 REDAÇÃO Jornalista Responsável André Manteufel - Mtb MG 10456 Repórter Caratinga/Manhuaçu: Josi Gonçalves Estagiária Nataly Maier
Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga
Designer Gráfico Júlio César
Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP
Projeto Gráfico Andressa Tameirão
FOTOGRAFIA Ramalho Dias
IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG
CAPA Lúcio Bernardo Jr. (Fotógrafo) Ana Eliza Oliveira (apoio)
TIRAGEM 5.000 exemplares
EDITORIA DE ARTE Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994
Periodicidade bimestral Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9-9968.7171 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 9-8454.4880 Coelho - (33) 9-8434.8570 Caratinga: (33) 9-9954.0297
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Índice Waldecir Moraes, presidente do Sinsem-GV, solta o verbo contra a Prefeitura
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Uma análise sobre caos político e o ódio popular nas ruas do país
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Diante de tanta demanda mundial por comida, Conceito traz uma análise sobre o futuro do agronegócio brasileiro.
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Confira quais são os direitos do consumidor na relação com os vendedores de água mineral
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COM A PALAVRA
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BIANCO CUNHA
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ESPECIAL
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CLORES LAGE
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GLAMOUR
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TAINÁ COSTA
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COLUNA JÚLIO AVELAR
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MANHUAÇU CONTRA A DENGUE
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PERSONAS
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ADRIANA PORTUGAL
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CPI DA CÂMARA DE CARATINGA
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KARINA XAVIER
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EDUARDO FRAGA
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JANAÍNA DEPINÉ
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LAURO MORAES
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com a palavra
Por Dr. Rômulo Coelho E-mail: fpf@univale.br
Univale
o grande projeto social e cultural de Governador Valadares Nasci na cidade de Virginópolis (MG) e há mais de 20 anos escolhi Governador Valadares para viver. Aqui, estabeleci uma carreira profissional sólida, constituí família e aprendi a amar esta cidade. E como toda história de amor bem-sucedida é feita de entregas, hoje me vejo totalmente comprometido e envolvido com esta comunidade. Imbuído de um sentimento misto que une responsabilidade e orgulho, tenho a imensa satisfação de fazer parte do maior projeto social e cultural já idealizado neste município. Uma história construída com a dedicação e participação de muitas pessoas. Projeto que nasceu em 7 de junho de 1967, quando 159 pioneiros visionários ousaram pensar no desenvolvimento da cidade com olhos voltados para o futuro. Dentre todas as necessidades que o município tinha naquele momento, era preciso pensar em algo que contribuísse para o desenvolvimento da cidade e região a longo prazo. Pensaram e sonharam grande, acreditando que não existe desenvolvimento de fato cujas bases não sejam sustentadas pela educação. Assim, nascia a Fundação Percival Farquhar, mantenedora da UNIVALE, uma das mais tradicionais escolas de ensino superior da região. Quase 50 anos depois, continuamos colhendo bons frutos, não apenas pelos milhares de profissionais formados pela instituição, mas pelo grande mérito e cunho comunitário da UNIVALE. Somos uma universidade presente em nossa comunidade através dos programas de bolsas de estudo, projetos de extensão e ação comunitária, e nos atendimentos gratuitos prestados à comunidade. No ano passado, a UNIVALE investiu mais de R$ 9 milhões em bolsas integrais e parciais concedidas mediante análise socioeconômica. Em 2016, mais
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1.300 estudantes já usufruem dos benefícios de nosso programa de bolsas filantrópicas. As clínicas do curso de Odontologia são outra referência de nossa inserção na comunidade. Realizamos, por ano, mais de 25 mil procedimentos gratuitos. E ainda na área da Odontologia, somos referência no tratamento de pessoas com necessidades especiais, tratamento de bebês e crianças até 24 meses e idosos. Na área do Direito, o Escritório de Assistência Jurídica (EAJ) atendeu no último ano mais de 490 cidadãos, além de promover o 9º Balcão da Cidadania, com mais de 138 conversões de união estável em casamento e várias atividades de ações sociais. Ainda na área do Direito, podemos destacar o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, o CEJUS, um projeto do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que busca agilizar os procedimentos jurídicos, instalado no Campus II da UNIVALE. No Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), foram atendidas e acompanhadas mais de 380 pessoas. Além disso, temos o Ambulatório de Lesões, especializado no tratamento de feridas crônicas, e vários outros projetos de ação comunitária. Todos esses números comprovam como o conhecimento científico produzido pela nossa instituição contribui para o desenvolvimento da região e faz diferença na vida da nossa comunidade.Fazer parte deste grande projeto nos enche de orgulho e aguça ainda mais nosso senso de responsabilidade. * Dr. Rômulo César Leite Coelho – Médico gastroenterologista e presidente do Conselho Diretor da Fundação Percival Farquhar, mantenedora da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), Escola Técnica da UNIVALE (ETEIT) e TV UNIVALE.
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bola da vez
Waldecir Moraes Por André Manteufel
As manifestações contra a corrupção, a favor da Operação Lava-Jato e, mais claramente, contra o governo federal, já levaram alguns milhares de valadarenses às ruas em 2016. Mas estes protestos não são os únicos que ecoam em frente ao prédio da Prefeitura, tradicional ponto de encontro das passeatas. Na verdade, as marchas que protagonizam os brados mais ensurdecedores e frequentes são de uma parcela de servidores revoltosos com a política salarial adotada pelo governo Elisa Costa. A exemplo de anos anteriores, a categoria colocou na mesa de negociações valores que para qualquer administração pública é considerado exorbitante: 18,21% de reajuste, o que significaria um ganho real hoje de quase 8% - levando-se em conta a inflação acumulada de 10,36% nos últimos 12 meses pelo IPCA, segundo o IBGE. Trocando percentuais por reais, é uma conta que a Prefeitura de Governador Valadares não está disposta a pagar. A alegação: no fim do ano, a fatura alcançaria R$ 50 milhões a mais com a folha de pagamentos! Mas este é só um componente do abismo que hoje separa município e servidores. O inconformismo da categoria e as claras diferenças ideológicas com o governo petista contribuem para uma postura mais enérgica adotada pela nova administração do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinsem-GV) desde 2014, ao contrário do grupo anterior, que conduziu o sindicato por quase 25 anos, muitas vezes sob críticas por agir de forma passiva em alguns momentos. Não por acaso, a entrevista com o presidente do sindicato, Waldecir Moraes, aconteceu em meio à paralisação dos servidores, durante um dos protestos quase diários que decidiram promover, claro, em frente a Prefeitura.
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REVISTA CONCEITO - Esta nova gestão do Sinsem-GV representa a quebra de uma hegemonia que perdurou por quase 25 anos à frente do sindicato. Como a categoria viu essa ruptura? WALDECIR MORAES - A gente tinha uma diretoria que era partidária e estava acompanhando o governo. Automaticamente, quando este governo no ano de 2014 começou a perder força, a própria diretoria que estava lá também começou a perder força. E uma das coisas que nós colocamos na nossa chapa é a questão da renovação. Nós queríamos renovar, ter um novo sindicato, sem partidarismo, com o intuito de ter apenas o servidor como foco principal, e brigar para que o servidor conseguisse adquirir seus direitos. Nós fomos bem recebidos nessa eleição. Nas urnas foi mostrado que havia uma insatisfação com aquele modelo de sindicato que outrora estava de acordo com o governo, e muitas vezes aquilo que era desejo do servidor não era o que o sindicato fazia pelo servidor. RC - Essa é a fala do grupo político que tinha a ambição de assumir o sindicato ou do próprio servidor? W.M. - Essa é uma fala do servidor. Tanto é que, das três chapas, a gente ganhou com uma vantagem bem expressiva. Todos os servidores entenderam que a partir daquele momento não queriam mais que o sindicato negociasse com o governo – só o sindicato –, mas que o sindicato negociasse para o servidor. E eles entenderam que precisava de uma mudança na estrutura do sindicato. Aquilo que o sindicato estava oferecendo para o servidor não era aquilo que o servidor queria do sindicato. E foi um projeto nosso. A gente tem vários projetos novos em andamento na questão social. E hoje, como você bem vê, a gente está em greve há 18 dias com uma oposição responsável, uma oposição forte contra o governo. Nós temos que ter o respeito do governo com o sindicato para que a gente consiga uma negociação justa para o servidor. RC - Qual é a atual situação do sindicato hoje, em termos de filiados e de receita mensal? W.M. - Hoje a receita de filiados do sindicato gira em torno de 50 mil reais. Nós pegamos a diretoria com em torno de 29 mil reais de receita e aumentamos um número expressivo de 1.200 servidores até o momento [atualmente, segundo ele, são cerca de 4.200 filiados]. Então a gente teve 1.200 filiações de servidores que não eram filiados. A gente fica muito satisfeito porque entende que fomos bem acolhidos. Os servidores entenderam o conceito que nós temos do sindicato hoje, que é uma prestação de serviço de qualidade, oferecer mais benefícios para o servidor. Essa questão social também é um compromisso que a gente teve com a nossa chapa e a gente está fazendo o máximo para manter. Inclusive a gente quer, nos próximos meses, reavivar um sonho do servidor, que é a Farmácia do Servidor, que era feito pelo Instituto de Previdência, mas que o instituto deixou fechar. Mas a gente está com esse projeto, estamos aguardando agora para que possa abrir essa farmácia. Vender medicamentos a preço de custo para o servidor, para que o servidor que ganha pouco e que às vezes não tem condição de comprar medicamento no preço do mercado... mas vamos oferecer desconto para que compre num preço mais barato.
Sem fins lucrativos! A ideia é manter a farmácia e repassar esse medicamento para o servidor a um preço bem baixo. RC - A reivindicação inicial junto à Prefeitura é de um reajuste salarial de 18,21%. Mas o município emitiu uma nota justificando que um reajuste dessa natureza não só oneraria os cofres municipais em mais de R$ 50 milhões por ano como também levaria a administração a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso não é um impedimento? W.M. - O aumento pode ser dado. Inclusive a legislação não impede a recomposição salarial. A recomposição salarial é garantido pela lei maior, que é a nossa Carta-Magna, de que pode se dar o reajuste mesmo que ultrapasse a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mesmo assim os dados são bem claros: no segundo e no terceiro quadrimestre de 2015, aumentou a receita e o gasto com pessoal também aumentou sem ter aumentado o salário do servidor. Então nós tivemos cerca de R$ 30 milhões nos gastos com pessoal nos dois últimos quadrimestres de 2015 sem ter nem um por cento de aumento para o servidor. A Prefeitura tem que explicar por que aconteceu esse gasto maior. Porque se não foi com o servidor, esse gasto de pessoal foi gasto com alguma coisa. E nós temos cerca de R$ 60 milhões para que se atinja o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Então você junta 60 milhões com 30, dão 90 milhões! Nem mesmo assim ela não consegue explicar o porquê do não reajuste. Fora isso, R$ 50 milhões seria o percentual de 18,21%, que a Prefeitura se nega a pagar, mas também o aumento que gira em torno de 10 a 15%, que é o aumento do Plano de Cargos e Salários, que é bem menor do que esse 18,21, ela também não garante. A Prefeitura nem ao menos garante a lei que ela própria aprovou e que a prefeita sancionou. Então ela já está na ilegalidade de não cumprir a lei. E, no mais, coloca uma nota no jornal falando que vai ‘alongar o cumprimento da lei’. Todos nós sabemos que o cumprimento da lei só pode ser alongado por um outro projeto de lei. Ela se nega a colocar o projeto de lei porque sabe que não vai ter aprovação nem do servidor e provavelmente nem da Câmara, porque o servidor já está perdendo. Você vai alongar mais o prazo de cumprimento? Então é um absurdo ela falar nesses termos de alongar esse prazo. O que nós, servidores, estamos entendendo é que ela quer prorrogar esse aumento até que uma outra gestão venha. Ou seja, nós vamos ficar aí até o mês de dezembro esperando que a Prefeitura cumpra a Lei 170/2014, que é o Plano de Cargos e Salários, que já estão aprovados os aumentos, e que ela simplesmente não cumpre a lei como deveria cumprir. RC - Sua fala dá um tom um pouco pessimista de que isso venha a acontecer pelo menos este ano, e, ao mesmo tempo, a Prefeitura decidiu cancelar a reunião que faria com a diretoria do Sinsem-GV no dia 16 de março, alegando que a categoria entrou em greve durante as negociações. No fim das contas, e na prática, vocês apostam em conseguir o quê? W.M - O que nós estamos apostando agora, até mesmo porque nós já ingressamos com uma ação na justiça, é de pelo menos o cumprimento da Lei 170. É o que nós esperamos. Nós esperamos que o judiciário não deixe que o
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colabora
Executivo tome a manta do judiciário e que descumpra a lei dessa forma vergonhosa. Está mais que provado que ela tem condição de dar esse aumento, e ela não cumpre. E esse pessimismo não é só com esse aumento salarial. É notório, e a população toda sabe, que ela não faz repasse para o Instituto de Previdência de cerca de 82 a 85 milhões; que ela não repassa para o nosso plano de saúde cerca de 5 milhões; que ela desconta do nosso contracheque o cartão de consumo e não repassa para a empresa Big Card. Então nós sofremos constrangimento de ir aos locais para fazer a compra e o cartão bloqueado. O pessimismo vem daí, da ingerência, da falta de administração da Prefeitura. Se você tem uma administração que não consegue honrar com o Instituto de Previdência, com o plano de saúde e com os descontos que são passados para os cartões, então a gente fica numa situação mesmo de descrédito com a Prefeitura. Mas ainda estamos esperançosos. Nossa manifestação é justa, ordeira, é uma greve pautada na lei. Nós entendemos que o descumprimento de lei nos dá o direito de ir às ruas e reivindicar aquilo que é nosso de direito, e nós iremos nos manifestar até que consigamos aquilo que é nosso de direito.
RC - E como está a real situação do Iprem, especificamente? W.M. - Na verdade nós estivemos reunidos no final do ano passado com os conselheiros do Instituto de Previdência pela preocupação que a gente tem com a nossa categoria. O Instituto de Previdência há muito tempo vem deixando de receber os repasses que são descontados do servidor e o repasse patronal. Se você pegar ao longo de sete anos de administração, você vai perceber que os valores que eram devidos na administração anterior eram pífios se comparados com os valores de hoje. Hoje nós temos cerca de R$ 85 milhões de déficit. O que é o déficit? É aquilo que a prefeita deveria pagar na hora para quitar o que deveria para
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o servidor. Se você pegar o cálculo atuarial para que o Instituto de Previdência consiga sobreviver nos próximos 30 anos, a Prefeitura deveria estar aí parcelando uma dívida de 500 milhões de reais ao longo desses 30 anos. Não vemos a seriedade da administração em sanar esses problemas. Arruma desculpas de encontro de contas de valores mínimos. Mesmo porque esses valores estão ajuizados. Não se faz encontro de contas de valores que estão ajuizados. Sem falar no déficit atuarial, que hoje chega em torno de 500 milhões. Então é muito difícil para o servidor pensar que o seu instituto de previdência está em risco, que seu plano de saúde está em risco. No mais, não há nenhum cumprimento daquilo que pelo menos a gente deveria receber agora. RC - Essa administração do Sinsem-GV tem se mostrado mais intransigente com a administração municipal. Por um lado é positivo porque dá uma resposta ao servidor, mas, por outro, é negativo porque amplia esse abismo que separa a categoria e o município e dificulta determinados acordos. É uma postura que ainda assim vocês vão manter? W.M. - A aproximação com o Executivo depende apenas do Executivo. Se o Executivo cumprir com todo aquele compromisso que tem com o servidor, se ele se sentar pra negociar com o servidor a sua perda salarial anualmente, se ele pagar aquilo que está previsto em lei, se ele fornecer ao servidor condições pra desempenhar suas funções com qualidade, nós não teríamos que estar nas ruas para reivindicar isso. Agora, o sindicato não é contra o governo do PT ou do PSDB ou do PL [sic].... nós somos contra o governo que não cumpre o compromisso com o servidor! E essa é uma postura que vai ser mantida porque nós queremos ser respeitados como instituição. Nós não queremos barganha com o Executivo. Nós queremos ser respeitados e queremos que a administração respeite o sindicato e o servidor e que cumpra seus compromissos com o servidor.
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colaborador
colabora
Dieta de internet
a b u C em Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com
I
magine ficar um dia todo sem poder ter acesso às suas redes sociais. Agora pense uma semana inteira sem poder conferir seus e-mails e sem poder pesquisar as suas músicas favoritas no Youtube ou em algum aplicativo de streaming. Parece ruim, não é? Então visualize 20 dias sem qualquer contato com internet. Sem contato mesmo! Não tem Google para pesquisar, não tem Instagram para compartilhar fotos e nem zapzap para mandar mensagens para os amigos e familiares. Parece que é impossível encarar esta missão, não é mesmo? Por fim, imagine um país inteiro sem internet. Ou, pelo menos, sem a internet como conhecemos aqui no Brasil. Sim, este país existe. Ele fica no Caribe e ainda hoje desperta sentimentos que vão do amor ao ódio. O nome deste lugar é Cuba! No início de 2016 tive a oportunidade de visitar o país caribenho. Realmente uma experiência incrível ter contato com um modo completamente diferente de viver a vida. Além de todas as limitações existentes na ilha, deparamos com a total falta de internet. É isso mesmo: nenhuma conexão durante os 20 dias de viagem. Ruim? Depende. Estamos tão acostumados a ter tudo a um toque que nos esquecemos que havia “vida inteligente” antes da web. A sensação ao ficarmos todo esse tempo sem sinal foi de voltarmos 20 anos no tempo, num período em que tudo era muito mais falado. E talvez seja isso que tenha tornado a viagem tão rica em detalhes: ficamos realmente presos a tudo que estávamos vendo e deixamos um pouco de lado as telinhas dos nossos celulares.
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Esse detalhe fez ainda com que tivéssemos que a todo tempo nos comunicarmos com as pessoas para descobrir pequenos detalhes de cada cidade: como chegar aos pontos turísticos, o mercado mais próximo, onde encontrar água. Da mesma forma, o funcionamento de uma sociedade pode ser totalmente alterado pela falta ou inexistência de um recurso. Não ter acesso à internet faz com que os cubanos tenham que se comunicar com todo mundo, seja estrangeiro ou não. O telefone doméstico, que praticamente perdeu sua função no Brasil, por lá ainda é muito popular. Se você precisa de algo, lá vai o cubano ligando para o primo do irmão do amigo do fulano que tem o que você precisa. De certa forma vive-se em uma sociedade onde a cultura é a da oralidade e fica difícil saber se aquele bar ainda está aberto ou se aquele ônibus ainda existe ou se determinado ponto turístico abre aos domingos. Coisas simples tornam-se tarefas mais complicadas que o normal. Em resumo, estamos realmente muito acostumados com as facilidades proporcionadas pela tecnologia. Sair da zona de conforto nos mostra que a vida não para simplesmente por que não temos como consultar o Google. Ao estar em Cuba, exercitamos o contato com as pessoas – algo que às vezes nos esquecemos quando estamos de frente para as telinhas dos nossos celulares acompanhando notificações e likes. Que fique a lição: a vida não acaba quando esquecemos o nosso celular em casa. E nem se ficarmos vinte dias, um mês ou um ano sem entrar no Facebook!
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especial
Cidade Sitiada Valadarenses são surpreendidos por surto de doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti
Por Nataly Maier (Produzida sob orientação de André Manteufel)
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ma fila interminável ultrapassa as portas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Vila Isa, a aproximadamente sete quilômetros do centro da cidade. A multidão em polvorosa é composta por homens e mulheres, crianças, jovens, gestantes, senhores e senhoras. Em comum, a pressa para ser atendidos. Dentro da sala de espera que agrupa quase 100 pessoas, uma senhora desmaia. “Filma aqui! Filma aqui!”, grita um homem, como forma de protesto, para uma equipe de reportagem que passa pelo local. Mas, logo em seguida, repórter e cinegrafista são barrados por funcionários da Unidade. Pra piorar, dezenas de semblantes cansados e corpos completamente avermelhados, debruçados sobre as cadeiras lhes servindo de travesseiros, testemunham o surto de doenças causadas por um único vilão, capaz de causar inveja a qualquer inimigo das histórias em quadrinhos: o mosquito Aedes Aegypti, que se alastrou por centenas de metrópoles e sertões do Brasil, alcançou Valadares. Oficialmente, somente dois casos de Zika Vírus foram confirmados pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais. Mas os sintomas se espalharam como uma praga. Nos dois primeiros meses de 2016 foram notificados no município 2.359 casos de Zika, 1.008 de Dengue e 81 de Chikungunya. Ao todo, 3.448 casos. É quase três vezes a população do bairro Esplanada ou quinze Distritos Industriais. O suficiente para lotar 69 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e uma UPA, já que, no Hospital Municipal, o atendimento está sendo feito com a manutenção de escala mínima (30%), devido à greve dos servidores municipais, iniciada no fim de fevereiro. A reportagem da CONCEITO acompanhou por algumas horas a aflição das pessoas que aguardam atendimento na UPA. A maioria sequer sabe diferenciar as doenças, mas acredita estar com Zika. O que parece aumentar a dor. O pequeno Joaquin, de apenas 10 meses de idade, se agarra ao colo da mãe na fila de espera, depois de uma noite inteira com febre alta. Ainda não sabem que o médico vai receitar Dipirona e antialérgico, como tem feito com os pacientes que apresentam os mesmos sintomas. Uma gestante se recusa a dar entrevistas. A justificativa é que a empresa na qual trabalha não permite que ela fale sobre o assunto. Do lado de fora da sala, há uma dúzia de boatos sobre a doença. Não é exclusividade da UPA. O cenário de incertezas gerou factoides que obrigaram o próprio Ministério da Saúde a se manifestar em rede social para desmentir um deles: a ‘tese’ de que a microcefalia surgiu após a distribuição de um lote de vacinas vencidas contra rubéola nas unidades de
saúde. A internet, aliás, está abarrotada deles. O que para a doutora Junea Ferrari, infectologista, não passa de um alarme excessivo em relação ao vírus Zika. “A doença tem riscos de trazer más formações em bebês cujas mães tiveram a doença no primeiro trimestre da gravidez. Fora isso é uma doença bem tranquila, com poucos sintomas e evolução benigna. Só receitamos sintomáticos como Dipirona ou Paracetamol”, tranquiliza Junea. “As autoridades deveriam estar informando melhor a população, mas como tem muita coisa sendo falada e é uma doença nova, acho que ficam com receio”, complementa. Se a sensação de desconfiança, incerteza e insegurança alardeia a população, a médica faz questão de desmitificar. As doenças provocadas pelo mosquito são bem diferentes e sintomas de fácil identificação. “A dengue é a mais grave delas, com chances de complicações e até óbito. O paciente inicia o quadro com muita febre e dor no corpo intensa. No quarto ou quinto dia, apresenta manchas pelo corpo. Na Zika, a febre é baixa ou inexistente, a dor no corpo é bem menor e as manchas, mais intensas, começam logo no inicio da doença. Na Chikungunya, a febre pode ser mais alta e a dor é nas articulações”, esclarece. Com a conscientização tão baixa, as filas nas unidades básicas e nos prontos-socorros não dão indícios de estarem diminuindo. Os hospitais estão lotados e a quantidade de pacientes com sintomas de Dengue, Zika e Chikungunya é assustadora, o que deixa a população de Governador Valadares ainda mais ansiosa. O mais incrível: tudo causado por um mosquito. As dores, as manchas, a febre e o medo.
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Arte
na ponta dos pés Por Clores Lage Email: cloresalage@hotmail.com
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s aulas de ballet do Instituto Educacional Fraternidade Cristã (localizado no Bairro Altinópolis), oferecidas às crianças e adolescentes da comunidade, são ministradas pela professora Tatiana Tassis e conta com o apoio de alguns poucos parceiros. Assim, a instituição atende a mais de 200 crianças com atividade de socialização e ballet. A oficina de ballet acontece na ONG desde 2009. Mas foi a partir de 2012 que proporcionou aos alunos momentos sublimes: a oportunidade de subir no palco do Teatro Atiaia para dançar e mostrar os conhecimentos adquiridos a cada ano. Para muitos, este é o primeiro contato da criança e de sua família com um momento cultural, seja no palco ou como espectador. Todos os anos chegam novos alunos ao projeto, o que difunde ainda mais a arte da dança em um meio social, sempre com a oportunidade de participar de um espetáculo de dança no principal espaço cultural de Governador Valadares. O tema escolhido no primeiro ano de apresentação foi o artista e pintor Edgar Degas. No segundo ano, em 2013, seguiram o mesmo caminho, reverenciando o artista plástico russo Vassily Kandisky com um espetáculo produzido em forma contemporânea. A música foi composta especialmente para o espetáculo e tocada ao vivo pelo músico Maurício Mansur. Uma inovação para a cidade. Em 2014, representou-se Van Gogh, com um espetáculo que deixou todos extasiados com tamanha beleza, originalidade e envolvimento de todas as crianças, desde a preparação até o momento de subir ao palco. “Querido Theo” foi o nome que ficou para a história e registrado no currículo de cada bailarina. Quem assistiu ao espetáculo também vivenciou uma experiência artística num espetáculo que foi além da dança. Sabe-se quão importante é esse momento de estar no palco, calçando uma sapatilha e usando um coque de bailarina, principalmente para meninas que têm poucas oportunidades como essa. Realmente, a apresentação se eterniza no sorriso e na alegria de cada criança. Ímpar Outro projeto elementar na cultura valadarense é o “Ímpar”, iniciativa que nasceu das mãos de um grupo de amigos obcecados em dar uma verdadeira sacudida no cenário cultural da cidade. É um tipo de espetáculo que quebra o paradigma, pois dá lugar a um novo conceito à improvisação. Ela acontece entre artistas de diferentes áreas e o público tem a oportunidade de interagir no espetáculo. Tatiana Tassis e Clênio Magalhães estão na direção e já fizeram algumas apresentações.
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Sonia Miranda
glamour
Clube da Luluzinha
Um dia só para mulheres, com direito a brindes e boas risadas. Fotos: Ramalho Dias
Luísa Martins, Laisla Pimenta, Aiandra Ornelas, Rhaianna e Rafaella Rosa
Kely Soares e Adriana Barbosa
Debora Di Spirito e Vanessa Prado
Lívia Graziela , Katia Lemgruber, Márcia Rodrigues e Alessandra Amaral
Rosália Coelho e Karina Alencar
Sonia, Pietra e Rhaianna Miranda
Fátima Simões e Lorena Martins
Wilma Trindade e Raquel Coelho
Maria Cláudia, Marcela Hastenreiter, Emília Machado
Alessandra Rezende, Adriana Bicalho, Pollyana Toledo
Marilze Costa e Karine Soares
Rafaella Rosa, Sandra Jardim e Laisla Pimenta
Noivos Silvana Souto e Tânia Koury
Salete Neves e Sonia Miranda
Carminha Luz, Mirian Santiago e Sayonara Calhau
Eliane e Vanessa Prado Lucília Dias e Angélica Andrade
Fátima Simões e Lena Trindade
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Debut da Isadora Miranda Quando acontece uma festa por merecimento e depois de muita dedicação, tudo fica diferente, tudo se completa! Certamente foi a sensação que viveu a família de Isadora Soares Neves Miranda. Foi com muito orgulho que os pais Leonardo e Karine e o irmão Caio organizaram os 15 anos da debutante. Hoje esta linda moça, dedicada, carinhosa e responsável, enche de orgulho seus familiares. Fotos: Ana Paula Assis
Dayse, Matheus, Larissa, Kely, Elton, Osmar, Pipico, Leo, Socorro, Raíssa e Ana Luísa
Leo, Caio, Karine,Rafela, Isadora, Marilene, Thaisa, Diogo, Antônia, Frederico e Renata
Pipico Soares e Getulio Miranda, com a neta Isadora
26 conceito Abril 2016 Natasha, Clara, Maria Beatriz, Ana Carolina Zatta, Júlia, Luísa, Lethycia e Ana Carolina Soares
Patricia Ferreira Matos e os filhos
Matheus, Larissa, Socorro, Pipico, Raíssa, Ana Luísa e Caio
Retalhos
Saitama
A Saitama pode se gabar por ser uma marca forte e ter excelentes profissionais. Afinal, o que mais uma empresa gostaria de ter? Certamente, alguém de qualidade para liderar esta equipe. Mas isso a concessionária também tem! O gerente comercial da Honda Saitama é André Passos, que chama a atenção pela competência e desenvoltura com que conduz todos os processos de vendas. Entres os carros destaques de venda estão: CR-V, Honda Civic, HR-V, Honda Accord, entre outros. Vale a pena visitar a loja, localizada na Rua 13 de Maio, nº 500, no Bairro são Paulo. Fotos: Mário Sudarevic
Casamento de Sílvia e Daniel
Quando dois corações revelam entre si amor, sintonia e muitas histórias, o melhor a fazer é eternizar esse sentimento. Foi com esse desejo que Sílvia Aguiar e Daniel Magalhães disseram ‘sim’ um ao outro. Sabe quando você olha para o casal e tem a sensação que realmente a escolha foi correta? Com certeza foi o que passou na cabeça de muitos convidados que estiveram no enlace entre os dois. E foi tudo exuberante. Destaque para o vestido da Katmos Confecções usado pela noiva, que simplesmente encantou! Parabéns ao casal e que Deus se faça presente em todos os momentos.
Fisioterapia Dermato Funcional Samilla Avelar
Dra. Samilla Avelar e Dra. Simone Nunes têm sempre buscado por mais qualificação para manter o diferencial no mercado. Elas contam com tratamentos estéticos avançados que garantem o melhor atendimento aos pacientes. Agende seu horário pelo (33)3082-1951. 27 conceito
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Blog Juliana Rangel Batizado como ‘1º Encontrinho’, Juliana Rangel reuniu alguns parceiros e amigos para brindar o sucesso do seu do blog, que passou por uma atualização, deixando a navegabilidade muito mais dinâmica e interativa. A página oferece várias dicas de moda, saúde, beleza, viagens e dicas de estilo. Vale a pena conferir.
SICOOB Crediriodoce
O presidente do SICOOB Crediriodoce, Alberto Ferreira, reuniu um time afiado com visão empreendedora para compor o Conselho Administrativo da cooperativa no exercício de 2016-2020. Claro que não é tarefa fácil, mas é fundamental para garantir a continuidade de um bom trabalho. Aos que deixam o conselho, parabéns pelo trabalho! Sucesso aos que chegam!
Em reunião no dia 23 março, foi discutido o projeto com empresários do Distrito Industrial de Valadares, com equipe da CODEMIG e FIEMG.
Décio, Euler, Cantidio, Alberto Ferreira, José Geraldo, Fernando, Silas e Paulo Fonte
Distrito Industrial a caminho da revitalização
O Distrito Industrial de Governador Valadares está entre os 13 municípios mineiros que serão beneficiados na primeira etapa do Programa de Revitalização e Modernização dos Distritos Industriais, ligado à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A informação foi dada pela presidente da FIEMG Regional Rio Doce, Rozâni Azevedo. Antes de serem definidos, os locais passaram por um estudo socioeconômico que avaliou os 44 municípios onde estão instalados 53 distritos industriais abrangidos pela Codemig. O mapeamento traçou o cenário de cada cidade, as características do respectivo distrito, suas necessidades em termos de infraestrutura e a vocação da região. Na análise, a Codemig contou com a parceria do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), ligado ao Sistema FIEMG, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG). Inicialmente, estão previstos R$ 30 milhões para a revitalização dos distritos, já em 2016 e no início de 2017. 28 conceito
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Kia TAG
Conhecido pela criatividade e determinação, o jovem empreendedor Fábio Valério segue sempre atento ao mercado de veículos e às novas tecnologias automotivas da Kia TAG. Faça uma visita na Rua Sete de Setembro, 3.288.
Erick Montteiro
Erick Montteiro, uma das grandes apostas no cenário da música sertaneja, vem alcançado cada vez mais espaço e sucesso. Ele lança seu mais novo DVD pela Safira Produções e Grupo Notável. Natural de São José do Safira, e valadarense de coração, Montteiro, além de cantor e compositor, já provou que tem muita ginga e desenvoltura de palco, atraindo multidões. Dentre as músicas mais tocadas, estão 15.000 por mês, Embriagado de Amor e Sócio de Boteco. Para contratar o artista, é só entrar em contato pelo telefone (71) 2105-6523 ou (71) 9-9331-1094, ou ainda enviar um e-mail para contatoem@gruponotavel. com.br. Siga o cantor também pelo seu Instagram: @ erickmontteiro.
Cachaça Ibituruna Governador Valadares está muito bem representada no universo das cachaçarias. Túlio Fagundes de Almeida, representante da família que produz a saborosa da Cachaça Ibituruna, conquistou a medalha de prata no concurso Mundial de Bruxelas 2015 – edição Brasil, realizado em São Paulo –, uma das maiores competições internacionais de bebidas. A marca valadarense competiu ao lado de 420 marcas, sendo 175 de destilados e 245 de vinhos. A bebida artesanal, produzida no distrito de Pontal, vem conquistando conhecedores da boa bebida inclusive em outros países. Hoje são produzidos de 70 a 90 mil litros de cachaça por ano. Você pode encontrar em supermercados de Valadares e região. 29 conceito
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Foto: Lúcio Bernardo Jr
Caos civil no meio da crise política
Por André Manteufel
Foto: Lúcio Bernardo Jr
Foto: Lúcio Bernardo Jr
Foto: Ananda Borges
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A
s manifestações dos brasileiros nas ruas começaram a acontecer pouco antes da realização da Copa das Confederações em solo tupiniquim, em maio de 2013. Mas só agora, quase três anos depois, o auge da crise desponta com mais clareza. Além dos novos protestos, que já proporcionam um desgaste natural, a revelação de conversas telefônicas grampeadas entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff levaram a um patamar de revolta até então amparado e focado apenas no discurso pelo fim da corrupção. Embora sempre o governo petista estivesse na mira dos manifestantes, o discurso apartidário insistia em prevalecer, mesmo que mais discretamente em relação ao início da crise. O envolvimento direto do ex-presidente não foi só por conta das conversas. Suspeito pela Polícia Federal de ter sido um dos destinatários das benesses oferecidas por empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, a indicação de seu nome para ocupar o Ministério da Casa Civil deixou claro para a oposição que se tratava de uma manobra destinada apenas a garantir-lhe o foro privilegiado e não ser preso mesmo que temporariamente. O anúncio feito pela presidente da República de Lula como ministro gerou nova onda de protestos e, mais do que isso, representou a gota d’água para que partidos da base aliada começassem a abandonar o governo. No último dia 29, o PMDB, principal aliado de Dilma, promoveu um encontro em Brasília
para decretar, por aclamação, a saída de todos os ministros do governo, mantendo-se apenas Michel Temer na vice-presidência do país. Após anos à beira do protagonismo, o partido vislumbra a oportunidade de voltar à Presidência, cargo que não ocupa desde José Sarney no fim da década de 80, por coincidência também forma indireta. Fato é que o alerta da crise corre em diversas frentes: na economia, há uma clara vinculação entre o desempenho do governo e o mal estar do Real e da própria bolsa no mercado internacional. Na política, Michel Temer começa a curtir os louros de um eventual e cada vez mais provável impeachment da presidente e de sua posse. Nos bastidores, já começa a ensaiar uma aliança com o PSDB e até a indicar nomes que porventura virão a fazer parte de alguns ministérios. No terreno do judiciário, houve seguidas declarações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o impeachment não é um ‘golpe’, legitimando o processo que corre a passos largos no Congresso Nacional. Mas nenhum campo talvez seja tão digno de preocupação quanto o da sociedade. Não é exagero afirmar que há uma verdadeira guerra civil já instalada nas redes sociais e que parte deste cenário transferiu-se para as ruas durante algumas manifestações. Há um ódio desencadeado entre os pró e os contra o impeachment. As manifestações até costumam ser pacíficas,
mas desde que não haja alguém com pensamento contrário no meio da passeata. A polarização dos debates entre ‘coxinhas’ e ‘petralhas’, como erroneamente já trataram de classificar um ao outro, deixa evidenciado que poderá haver conseqüências mais turbulentas nas ruas, com ou sem a antecipação do fim do mandato petista. O momento é de voltar os olhos às perspectivas do país sobretudo na política e na economia, mas é necessário preservar as garantias de que a ordem social seja mantida, e, ainda assim, no seu devido lugar, às margens do desencadear da crise. A preocupação deve ser ainda maior porque a votação do impeachment deve acontecer no dia 17 ou 21 de abril – ou num domingo ou num feriado. Ou seja, além de toda a espetacularização e pirotecnia em torno do tema, também já há certeza de que, seja qual for o resultado, o grupo ‘vencedor’ terá tempo de sobra para sair às ruas para comemorar. Em tempos de instabilidade como agora e de revoltas populares, a fragilidade do governo e do mercado pode vir a contaminar o ‘sistema imunológico’ do estado democrático de direito e desencadear novas conseqüências num cenário que já se mostra bastante obscuro. Certamente seria difícil convencer a uma parcela da nação, mas talvez o mais saudável no momento seja o povo – a favor ou contra o governo – embainhar a espada e erguer a pena.
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colaborador
O desafio das
mudanças
Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com
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urante a vida a gente passa por muitas mudanças. Algumas são por escolha própria, outras acontecem de repente, sem que você queira ou se planeje para elas. Mas tem um tipo de mudança que é chata e inevitável, pois provavelmente todo mundo já passou ou vai passar algum dia na vida: a mudança de casa. Vários motivos podem te levar a ter que se mudar. A família ficou maior e já não cabe mais no apartamento atual. Você passou numa faculdade que é em outra cidade e precisa se mudar urgentemente. Você finalmente vai sair do aluguel e comprar uma casa sua, própria. Seu padrão de vida aumentou ou caiu e agora você tem que encontrar uma casa adequada ao seu bolso. Você se casou ou simplesmente resolveu morar junto com seu amor. Mas aí é que tá! Resolver ou precisar se mudar é fácil. Difícil é encontrar um lugar do jeitinho que você sonhou, na localização que é mais conveniente pra você, no precinho que cabe no seu bolso. Combinar essas três características é um desafio. Muita gente joga a toalha e acaba abrindo mão de uma das três no meio do caminho porque, ó, tá complicado, viu?! Encontrar um novo lar é uma tarefa que requer paciência. Mais do que isso, requer resiliência. A palavra do momento no mundo corporativo também serve para, na vida pessoal, caracterizar pessoas bem sucedidas na tarefa hercúlea de encontrar a casa nova. O primeiro obstáculo é resolver por onde começar a procurar, o que passa por resolver onde seria o lugar o ideal. Muitas vezes temos interesses diferentes em jogo. O bairro é bom, supertranquilo, tem supermercado, farmácia, transporte, casas e prédios novos e o preço dos imóveis é muito bom… mas fica
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longe do trabalho. Vou sofrer todos os dias pra ir e voltar, chegar em casa e só querer ver minha cama. Outro problema são as visitas. Quando você vê o anúncio, fica cheio de esperança, achando que dessa vez vai! Aí você chega lá e vê que os cômodos são metade do tamanho que você tinha imaginado, mesmo vendo as fotos e metragem no site da imobiliária. As portas dos armários estão todas caindo. Os azulejos do banheiro estão estufados. No terreno ao lado tem uma obra que não tem perspectiva de terminar. E tem um ponto de ônibus bem embaixo da janela do quarto. Aí você encontra um que é do jeitinho que você sonhou e numa localização muito boa. Você tem certeza que vai ser esse! É o melhor, disparado. Você, então, vai confirmar os valores com o corretor e ao receber a informação quase fala pra ele que quer um imóvel só. Não são dois, não! É, meu amigo, não tá fácil pra ninguém! No caminho de volta você começa a pensar com mais carinho naquele do azulejo estufado, com ponto de ônibus embaixo da janela, mas que custa metade do preço. Ahh… o azulejo a gente pode consertar, né?! E vê com o proprietário se abate do valor do aluguel. E meu sono é muito pesado, não vou nem ouvir os ônibus. No final das contas, todo mundo diz que quando você encontrar o seu lar perfeito você vai saber. É tipo se apaixonar. Você vai bater o olho e saber que é aquele apartamento ou aquela casa. O preço pode não ser o mais baixo, mas vai caber no seu bolso. E a localização vai ser dentro do perímetro que você queria. Tudo vai conspirar para que vocês fiquem juntos, como nos contos de fadas.
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Coluna Júlio Avelar
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UMA GRANDE MULHER
A advogada Rosamélia de Souza Lima Apolinário tem se mostrado uma mulher preocupada com o bem-estar de todos e, em especial, com o meio ambiente em Valadares. Presidente e fundadora da AVADMA (Associação Valadarense de Defesa do Meio Ambiente), ainda é uma das poucas vozes ativas clamando para que a Justiça faça justiça contra a Samarco pelo envenenamento do Rio Doce. Uma grande mulher!
rio, uma Rosamélia Apoliná ulh grande m er
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COM TODA FORÇA
O médico Rômulo Cesar Leite vem a cada dia, na calada, mostrando que sabe administrar. Deixou encomendado o majestoso prédio La Vitta, que é a Casa do Médico, já em acabamento; e vem também aos poucos acabando com as amarguras da Fundação Percival Farqhuar, mantendo com sabedoria a grandiosa Univale. Com cortes aqui, cortes ali e outros a vir, Rômulo, que tem a palavra final, vem ajustando a Univale. A instituição está voltando a crescer e a ganhar a nota máxima dos seus alunos, professores, funcionários e da comunidade. Era o que se esperava!
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MUITO BOM
Em Alpercata, o índice de popularidade do atual prefeito Valmir Farias cresce assustadoramente, graças ao belo trabalho que ele e sua equipe vêm fazendo naquele município. Na saúde e na educação, um esforço realmente invejável! Saneamento básico e pavimentação são algumas das áreas em que Farias tem investido, para alegria da população, que durante anos esperava por melhorias. Várias academias de ginástica foram colocadas em praças públicas na cidade e nos bairros e distritos. Para quem há pouco tempo não era político, ele tem feito o que muito políticos não fizeram.
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NO CAOS
A prefeita Elisa Costa deve entregar seu governo de 8 anos com os prédios culturais em total abandono. O Teatro Atiaia, que foi mal construído, continua mal possuído: às ruínas, fedendo a mofo, caindo aos pedaços e quem tem alergia não pode passar por perto. A Açucareira, que teve discursos, fogos de artifícios e shows para início de suas obras, continua intocada.
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DEVERIA
A Câmara Municipal de Valadares deveria exigir dos seus 21 vereadores a obrigação de baterem cartão quando entram e quando saem. Só assim saberíamos quem são os participativos nas reuniões ordinárias e extraordinárias. Um vereador hoje ganha mais de R$ 8 mil mensais, fora verbas de gabinete, assessoria e outras regalias.
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Prefeito Valmir Farias com atuação brilhante em Alpercata
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ENTÃO
De um dono de restaurante em Valadares sobre as prisões de supostos empresários: “Com tanta gente sendo presa e outros assassinados, minha clientela só tá abaixando.” Nossa!
VAZIA E VAI PIORAR
O altíssimo preço dos aluguéis comerciais e residenciais exigidos pelas imobiliárias em Governador Valadares vem fechando muitas portas e levando a supor que a tendência ainda é piorar. Enquanto isso, fora das imobiliárias e nos bairros mais distantes do centro, vários imóveis vêm sendo alugados em contratos simples e com preços à altura de quem pode pagar. Uma cidade que não tem água que preste, uma prefeitura que multa no trânsito por prazer, sem aeroporto que preste, com ruas esburacadas, taxa de lixo altíssima, impostos nem se fala, melhorias que você não vê... E aí?
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PARA O FUTURO PREFEITO
Uma guarda municipal, aproveitando o trabalho dos agentes de trânsito, seria muito bom para Valadares, para os prédios públicos, escolas e creches, sem falar no auxílio ao trânsito nas esquinas sem semáforos. Uma ideia para os candidatos a prefeito estudarem e colocarem em seus programas para o crescimento de Governador Valadares. Eu sou a favor!
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DEIXA O PADRE CASAR
Mais duas polêmicas envolvendo dois padres da Diocese de Valadares num só fim de semana em Valadares – um com droga e outro com uma mulher! Mais uma vez, o tema traz à tona o debate sobre a permissão aos padres para casar. No caso que tinha a apresentadora como amante, mostrou uma necessidade natural do homem. Deixa os padres casarem, papa Francisco!
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ESFRIANDO
No ano passado se falava que as eleições municipais de 2016 poderiam ter cerca de uns oito candidatos a prefeito. Pelo andar da carruagem, me parece que não chegará a três ou quatro nomes e, no máximo, dois nomes de peso. Quem vem fazendo política 24 horas por dia a todo o tempo há 4 anos é André Merlo, que, pela aceitação, pode ganhar até no primeiro turno.
Edvaldo Soares e a bela Inez, sucesso nas chácaras Miura I e II
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MISS VALADARES
Zezinho Batista foi convidado para presidir o júri do concurso Miss Valadares na noite do dia 9 de abril, no “Bruder Butiquim”, na Rua Israel Pinheiro com Oswaldo Cruz, a partir das 23h. Belas mulheres desfilando de social e biquíni. Lá estaremos!
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MUITA DOIDEIRA
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POIS É!
Corre a boca pequena que o ex-vereador e primeiro suplente do PTB Euclydes Perttersen pode virar deputado federal. Está dependendo muito mais do PT do que do PTB.
FALTA DE...
Engraçado a vida... não só os personagens das colunas políticas estão cada vez mais presentes nas policiais como também os figurantes de capas de revistas e notas sociais passam com freqüência e agora com mais rapidez também nelas. Só que com dinheiro, todos eles abafam tudo e logo logo dão as festinhas como se nada tivesse acontecido. De repente é falta de vergonha mesmo!
Então, o Brasil parece mesmo à beira de um abismo: a política brasileira chegou a tal ponto que a falação sobre luta a mão armada e guerra civil já virou conversa nas esquinas das vidas, dos bares e restaurantes, assim, na maior naturalidade! Na maioria das vezes com muita vontade de sangue de todos os lados. A imprensa internacional está certa quando diz que o Brasil está um caos.
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Júlio Avelar
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MÁ APRESENTAÇÃO!
Os 21 vereadores da Câmara Municipal de Valadares não ganharam pontos com a população quanto ao caso Samarco. Primeiro, um vereador e apresentador de TV vai a um programa diário que apresenta e manda o povo beber as águas contaminadas de metais pesados. Já depois de mais de 90 dias, os vereadores provocam uma audiência pública que não deu em nada. Nada tem dado em nada por lá!
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DE ELOGIAR MESMO
Polícia Militar e Polícia Civil com atuação em Governador Valadares merecem elogios mil pelo trabalho que fazem em conjunto. Embora enxugando gelo porque a lei protege e muito os bandidos, estes policiais vão às ruas, becos, valas e lugares perigosos sem saberem se voltam vivos, mas andam garantindo um pouco da falta de segurança que hoje vivemos em todo o país.
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80 ANOS DE UM GRANDE HOMEM
O mês de março foi festivo para o juiz aposentado Dr. Leovogildo Pontes, que festejou com familiares seus 80 anos de vida. Uma figura humana com quem tive o prazer de conviver nos anos 80 e 90; grande homem e sério!
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UMA NOVA PONTE
Nossa representação política regional é tão pequena e fraca que você não viu ainda nenhum deles, nem federal nem estadual e nem mesmo municipal, fazer qualquer movimentação a favor da construção de uma nova ponte para substituir a da Vila Isa. Uma nova ponte se faz necessária e urgente. Renato Fraga, Edvaldo Soares e André Merlo, embora sem poderes políticos ainda, são os que ensaiam discutir o problema. Não dá mais para agüentar tal situação. Renato Fraga, o valadarense com maior representação dentro do governo mineiro, presidente do Instituto Ezequiel Dias - o maior da América Latina
Estamos todos os dias na TV Rio Doce, das 10h30 às 12h10; todo mês no jornal “Caindo na Rede”; e diariamente nas nossas redes sociais através do Face Julio César Tebas de Avelar. Whatspp: (33) 99899200.
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Manhuaçu se mobiliza no combate a dengue
Por Josi Gonçalves
O
s números de casos de doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti em todo o país não param de crescer. Já nas três primeiras semanas do ano houve 48% mais casos registrados em relação a todo o ano de 2015. No último boletim epidemiológico divulgado pelo governo federal sobre os números, as regiões Sudeste e Centro-Oeste apareceram com as maiores taxas de proliferação da doença, sendo que Minas Gerais é o Estado com maior evidência de casos de dengue, sem contar os casos de chikungunya e de zika, que também são causados pelo mesmo transmissor. A incidência por total de habitantes
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é a 3ª no ranking nacional. Em Manhuaçu, os registros também são crescentes e alarmantes. Desde o dia 21 de janeiro o prefeito Nailton Heringer decretou situação de emergência diante da falta de condições de combater a forte incidência do mosquito. A prefeitura então conseguiu ampliar a equipe de combate à dengue com novas contratações, comprar equipamentos, insumos e medicamentos para enfrentar o surto que invadiu o município. A população também se mobilizou depois de três anos livres da epidemia. Já a Secretaria de Estado da Saúde adotou
como a estratégia o lançamento da campanha “10 minutos contra a Dengue”, em parceria com os municípios e a Polícia Militar. A ideia é convocar os cidadãos a dedicarem dez minutos por semana para combater os possíveis focos que estão no entorno. Para a coordenadora do setor de Vigilância Ambiental de Manhuaçu, Emilce Estanislau Muniz, a situação do município não é diferente do restante do Estado e do país e, segundo ela, alguns vizinhos estariam sofrendo com a epidemia desde outubro do ano passado. “Aliado a essas condições, como já dito, o descuido do cidadão com os cuidados básicos com seus imóveis, haja vista que 80% são intradomiciliares. Não há combate ao Aedes Aegypti de forma eficaz sem a participação de todos, poder público e sociedade em conjunto”, salienta a coordenadora. Outra forma, conhecida como ‘fumacê’, ajuda no controle da população do mosquito adulto, ou seja, na tentativa de diminuir a transmissão imediata nas áreas. Segundo Emilce, as atividades por parte da Vigilância nunca se interromperam, com tratamento e eliminação de focos dos imóveis. Outras instituições também tomaram frente na ação contra o mosquito. A Maçonaria e Rotary Club se posicionaram diante do quadro epidemiológico que afeta o município. Juntos, entregaram um manifesto ao prefeito Nailton Heringer no fim de fevereiro, cobrando atitudes sobre o risco que pode se transformar em epidemia por conta do descontrole sobre as
áreas onde há foco. O documento propôs mutirão de limpeza na cidade, limpeza do leito do Rio Manhuaçu, criação de um canal de denúncias, criação de cartilhas educativas e uso de poder de Polícia das equipes contra a dengue e aplicação de multas para casos de resistência a entrada de agentes de saúde. A guerra contra o mosquito, ao que tudo indica, está apenas começando.
SINTOMAS
ZIKA
chikungunya
Febre
Pode estar presente: baixa
Quase sempre presente: alta e de início imediato
Sempre presente: alta e de início imediato
Dores nas articulações
Podem estar presentes: dores leves
Presente em 90% dos casos: dores intensas
Quase sempre presente: dores moderadas
Manchas vermelhas na pele
Pode estar presente: Quase sempre presente: manifestação nas primeiras 48h manifestação nas primeiras 24h (normalmente a partir do 2º dia)
dengue
Pode estar presente
Coceira
Pode estar presente: de leve a intensa
Presente em 50 a 80% dos casos: leve
Pode estar presente: leve
Vermelhidão nos olhos
Pode estar presente
Pode estar presente
Não está presente
Conjuntivite
50 a 90% dos casos
30% dos caos
Raro
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colaborador
Agricultura do
AMANHÃ
Por Marcelo Barreto Email: barretofito@uol.com.br
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pós uma longa fila de espera, tive a oportunidade de visitar o recém-inaugurado “Museu do Amanhã”, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Fiz uma visita rápida, sabendo que terei que retornar algumas vezes para aproveitá-lo ao máximo. A primeira
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impressão que fica é de um museu que, partindo da realidade atual e das projeções futuras, nos leva a pensar sobre qual sociedade queremos no futuro. Somos uma população com mais de sete bilhões de pessoas. Temos um poder gigantes-
co de destruição e poluição. Fica claro que a qualidade da vida amanhã dependerá das respostas que daremos aos temas como consumo, lixo, energia, água e alimentos. O setor produtivo agrícola brasileiro precisa prospectar sobre o amanhã, especialmente o pequeno e médio produtor rural que, por uma série de fatores, ainda se mantém distante deste tema. Por vivermos em um mundo global, é impossível fugir a esta reflexão, que tem na agricultura e sua relação com o ambiente a base de toda a projeção do futuro da humanidade. Como falar de alimento sem referir-se à agricultura? Por semelhante princípio, não há como falar de agricultura dissociando-a do ambiente e seus sistemas ecológicos. Ao contrário da população urbana que se aglutina em grandes cidades, conectadas com a ajuda dos mais diversos meios de comunicação, os diferentes elementos que compõem o ambiente rural são fragmentados e fisicamente isolados. É comum o agricultor considerar seu colega de produção mais como um concorrente que como parceiro com quem precisa se unir para participar das discussões globais. Aqueles que estão no campo precisam deixar de ser espectadores para atuarem também nas discussões sobre o futuro da sociedade.
Estudando vários sistemas de avaliação de sustentabilidade agrícola, pode-se perceber que, de uma forma sutil e inconsciente, o produtor não é considerado no processo. Há clara preocupação com o ambiente, com os trabalhadores e com o consumidor. O produtor é colocado com o explorador da cadeira produtiva. Dele é esperada uma resposta. Por outro lado ele não participou da discussão nem foi ouvido na elaboração das soluções. Criou-se um imaginário do produtor explorador – aquele que suga todo o potencial da terra e a abandona em um processo de desertificação; um produtor sem compromisso com seu semelhante, quer seja o trabalhador ou o consumidor final. Não há dúvida que este tipo de ser humano existe, não só na agricultura como no comércio, na indústria, na mídia, nas ONGs, na política e em qualquer outra atividade. A questão aqui é que este protótipo foi criado e generalizado, sem direito a defesa e sem força para se defender. No próximo texto, teremos a oportunidade de refletir um pouco sobre o agricultor de hoje e o que podemos esperar dele. É necessário que seja conhecida a cultura, os anseios, a realidade e as limitações do homem do campo. Ele é peça fundamental para a sustentabilidade da sociedade do amanhã.
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colaborador
O risco do negócio
e o Direito do Consumidor Por José Francisco da Costa Júnior E-mail: costajunior14@gmail.com
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ecentemente tive a oportunidade de explicar aos consumidores de nossa região, por meio de entrevista à televisão, que existem custos próprios do negócio que não podem ser repassados pelo fornecedor ao consumidor. O assunto discutido era a não aceitação, por parte de fornecedores de água mineral, dos galões cuja data de validade estivesse vencendo num prazo de até 90 dias. E mais: não aceitavam os galões vencidos. O tema tomou relevância maior pela situação de calamidade imposta às cidades atingidas pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro em Mariana (MG), que contaminou as águas do nosso Rio Doce, tornando-a imprópria para o consumo e forçando-nos a comprar água mineral. Nesse caso específico (galões de 20 litros de água mineral), a Secretaria de Direito Econômico, órgão do Ministério da Justiça, já tinha decidido, há pelo menos cinco anos, que a responsabilidade pelo ônus da substituição dos galões com data de validade vencida é do fornecedor, ao editar a Nota Técnica nº 61/2010, da lavra do Departamento Nacional de Defesa e Proteção do Consumidor (DPDC). Por esse documento, os fornecedores deverão promover a troca dos vasilhames de água mineral venci-
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dos, às suas expensas. O fundamento desse entendimento está no artigo 8º do Código de Defesa do Consumidor, que prevê que os produtos colocados no mercado não poderão acarretar riscos à saúde ou segurança dos consumidores. É que os galões com data de validade vencida oferecem esses riscos, já que não garantem a qualidade da água neles envasada. Por outro lado, o consumidor já paga o valor do galão quando ele o compra pela primeira vez, entrando na cadeia do mercado fornecedor-consumidor. Nesse caso, a logística tem de ser a mesma que se usa para garrafas retornáveis (vidro) de bebidas e para o botijão de gás. Não há diferença. Portanto, é prática abusiva do fornecedor – proibida pelo Código de Defesa do Consumidor (art. 39). Além do mais, o consumidor paga por um produto que o fornecedor vai reutilizar durante três anos (esse é o prazo de validade dos galões de 20 litros para água). Ou seja, não é justo nem legal imputar ao consumidor o ônus de arcar com os custos do garrafão que será reempregado por seguidas vezes posteriormente em benefício do comerciante. A bem da verdade, o consumidor compra a água. O galão é só a embalagem. Outro assunto que também gera polêmica, mas que já está pacificado pelos tribunais, é a chamada cobrança pela emissão de boleto bancário, quando o consumidor compra qualquer bem para pagar em prestações ou mesmo à vista. O artigo 51 do Código considera nulas, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que transfiram responsabilidades a terceiros; estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação. Portanto, mesmo que a cobrança esteja prevista em contrato, ela é considerada abusiva. Dessa forma, o consumidor deve se recusar a pagar os valores adicionais pela emissão de boletos bancários e carnês. Se os boletos já foram pagos e ainda restam outras parcelas, o consumidor pode solicitar à loja que proceda ao estorno e ou desconto dos valores respectivos. Se a empresa se recusar, recomenda-se acionar o Procon. É importante guardar a nota fiscal da compra com o valor do bem adquirido, assim como os boletos que originaram a reclamação. Na Justiça, já há jurisprudência (entendimento comum entre os juízes e tribunais) sobre o tema, considerando ilegal esse tipo de cobrança. Enfim, resumindo, nas duas situações analisadas, o custo é do fornecedor, porquanto se trata de risco do seu negócio, que não pode ser transferido para o consumidor.
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J.B. Coelho Aniversário da empresária Ieda Hannas
Dr. Michel Hannas e Ieda Hannas recebendo seus amigos em sua casa
Amigas da confraria foram abraçar a empresária Ieda Hannas por ocasião do seu aniversário
A empresária Ieda Hannas comemorou mais uma primavera e reuniu familiares e amigos em sua linda residência. Em clima de muita alegria, requinte e glamour, os convidados tiveram momentos super agradáveis ao lado dessa pessoa maravilhosa. Parabéns, Ieda Hannas! Que Deus abençoe você e toda a sua família.
Ieda Hannas e sua irmã Yone
Festa havaiana dos funcionários do BB Os funcionários do Banco do Brasil, agência Manhuaçu, se reuniram numa belíssima festa havaiana na AABB para comemorar os resultados obtidos no 2º semestre de 2015. A decoração ficou por conta deste colunista e o delicioso jantar foi todo preparado pela chef de cozinha Tereza.
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92 anos da Dona Ondina Cerqueira Alves da Costa
Ondina Cerqueira Alves Costa, ladeada pelo casal Gustavo e Michele e o bisneto Matheus
Dona Ondina Cerqueira Alves Costa comemorou 92 anos com muita vitalidade e disposição. A matriarca recebeu familiares e amigos em sua residência pela passagem de um momento tão especial. Parabéns e muitas felicidades!
Intercâmbio Rotary Clube de Manhuaçu O rotariano Gustavo Salazar Araújo, filho de Marcos Vinicio Araújo e Ana Salazar, realiza o exchange student de um ano pelo Rotary Clube de Manhuaçu, em Taiwan, na cidade de Hualien.
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Consumir, Consumir... Consumir-se! Por Adriana Portugal E-mail: adrianampmportugal@hotmail.com
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Quero isto”, “quero aquilo”. “Consigo isto”, “consigo aquilo”. “Agora quero este outro”, “quero aquele outro”... Insaciáveis humanos! Vivemos em busca de algo exterior que aquiete nossas angústias interiores e, quanto mais conquistamos, menos saciados ficamos. Depositamos no exterior nossa felicidade e almejamos conquistar bens materiais na certeza que trarão a paz que sonhamos. Muito comum ouvirmos em nossos colóquios alguém dizer: “ah!, uma coisa é certa: quando eu tiver minha casa e não precisar mais trabalhar feito louco(a) para pagar aluguel no final do mês, estarei em paz”. Certa vez uma criança disse que o dia que tivesse um Playstation 3 seria a pessoa mais feliz do mundo. O dia que essa criança conquistou o “sonho da sua vida”, era
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verdadeiramente possível sentir sua felicidade. Parecia mesmo a pessoa mais feliz do mundo. Uma semana depois, a felicidade parece haver esvaído com o saturar de tanto jogar. Agora, aqueles jogos não mais satisfaziam, e necessário seria consumir outros títulos de jogos para que a felicidade retornasse. Muitas pessoas ainda veem no dinheiro o bem gerador de felicidade e consomem-se para conquistá-lo. Dalai Lama, inquirido sobre o que mais lhe surpreendia na humanidade, afirmou que era o homem, pois estes “perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E, por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de
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Tudo é perecível, tudo é fugaz. Tudo é impermanente... exceto a conquista de si mesmo. Quanto mais se deposita no exterior a intenção de aquietar as angústias interiores, mais se afasta de si mesmo; e quanto mais de si se afasta, mais inquietação é gerada no interior do ser. As únicas conquistas que podem ser consideradas verdadeiras são aquelas que ninguém pode do ser retirar, e são exatamente estas que trarão o equilíbrio, a paz e a felicidade almejada. tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro, e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”. Consumir parece ser o caminho inverso da liberdade almejada. Consome-se muito alimento para obtenção de prazer, torna-se escravo da obesidade e de suas consequências físicas e emocionais; consome-se álcool para facilitar socialização e torna-se escravo dos efeitos deletérios posteriores; consome-se a ideia da necessidade de ter ou parecer ter dinheiro e bens para viver rodeado de amigos e parceiros afetivos e vive-se escravo da incerteza da lealdade desses amigos ou parceiros; consome-se o último produto lançado e torna-se escravo da necessidade de aquisição do outro mais moderno que logo em seguida é lançado. Tudo é perecível, tudo é fugaz. Tudo é impermanente...
exceto a conquista de si mesmo. Quanto mais se deposita no exterior a intenção de aquietar as angústias interiores, mais se afasta de si mesmo; e quanto mais de si se afasta, mais inquietação é gerada no interior do ser. As únicas conquistas que podem ser consideradas verdadeiras são aquelas que ninguém pode do ser retirar, e são exatamente estas que trarão o equilíbrio, a paz e a felicidade almejada. A existência terrena corresponde a uma breve incursão na carne. Viemos da casa do Pai e para a casa do Pai retornaremos. Todos os bens materiais consumidos e considerados de propriedade não o são. O homem é mero usufrutuário e quando as cortinas da vida se fecharem, tudo o que não corresponde a conquista interior passará para outras mãos. Diz-se que Sócrates passeava pelo comércio de Atenas observando tudo quanto ali era vendido e afirmava que só o fazia para observar a imensidão de coisas de que não precisava para ser feliz. Consumir bens materiais para alcance de paz, equilíbrio e felicidade corresponde a construir casa de palha, onde qualquer ‘lobo’, com um simples sopro, leva pelos ares. Significa andar em terreno movediço, onde afunda-se lentamente sem perceber, e quando se percebe difícil se torna a saída e acaba consumindo-se. A ideia é verdadeiramente consumir. Consumir boas ideias. Consumir o equilíbrio. Consumir o desejo pela paz. Consumir a responsabilidade pelo bem-estar pessoal e do próximo. Consumir a certeza de que está conectado com o universo e que seus pensamentos, sentimentos e ações repercutem no ambiente. Consumir a postura de filho de Deus e por isto co-criador. Consumir o respeito pelos reinos mineral, vegetal e animal. Consumir o hábito de fazer aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem. Consumir o hábito do perdão, da solidariedade. Consumir... O reino de Deus, a paz que almejamos, não há de vir e não virá com aparência exterior. Não está aqui nem ali. Está em nós.
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CM derruba relatório final de CPI Maioria dos vereadores votou contra conclusão de que advogado agia como fantasma na Assessoria Jurídica da Mesa Diretora Por Josi Gonçalves Caratinga/MG
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Câmara Municipal de Caratinga derrubou o relatório conclusivo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Casa para investigar a suposta contratação do advogado Alexsandro Victor de Almeida. Ele era acusado de ter trabalhado como funcionário fantasma na gestão do ex-presidente José do Carmo Fontes (Zé Mugango), atualmente licenciado do cargo de vereador. Segundo as investigações, Almeida foi empossado na Câmara em 2013 como auxiliar parlamentar, mas em seguida foi nomeado assessor jurídico da Mesa Diretora, sem, no entanto, ter cumprido a função. Após 130 dias de apuração, o documento condenou o Zé Mugango à prática de improbidade administrativa, e encaminhou cópia do relatório ao Ministério Público Estadual. Mas o plenário rejeitou a versão final do texto da CPI, mesmo com os votos favoráveis dos vereadores Betinho, Diego, Elias, Rominho e Fausto. Votaram contra o relatório os
vereadores Enoque, Andreza, Ronilson, José Ronaldo, Rosilene, Gilson, Dr. Sebastião, Mestre, Mauro e Cleon Coelho. Este último, por sinal, protagonizou talvez o momento mais curioso da CPI: embora fosse o relator da comissão e, portanto, o autor do documento que concluiu pela condenação do ex-presidente da Casa, Cleon Coelho mudou de ideia no ato da votação e decidiu por ir contra o próprio relatório. O presidente da CPI, vereador Betinho, criticou a decisão da maioria. “Ficou claro que os vereadores votaram pela amizade que tinham com os investigados e não pela defesa dos interesses do povo. Sinto que cumpri o meu dever. Agora esperamos do Ministério Público de Minas Gerais outras providências que achar pertinente”, avaliou o presidente, que ainda defendeu que o relatório foi “imparcial e embasado em documentos”. Fausto também criticou a derrubada do relatório em plenário mesmo diante da ausência de comprovação dos serviços prestados O Advogado Alexsandro Victor de Almeida (à esquerda) teria supostamente ocupado cargo público e recebido sem trabalhar durante a gestão do vereador licenciado José do Carmo, Zé Mugango (à direita).
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Ficou claro que os vereadores votaram pela amizade que tinham com os investigados e não pela defesa dos interesses do povo. Sinto que cumpri o meu dever. Agora esperamos do Ministério Público de Minas Gerais outras providências que achar pertinente.
pelo advogado investigado. “Lamento que o mesmo tenha sido rejeitado pelo plenário em uma votação política, onde ninguém refutou o fato de não haver provas da prestação de serviços do ex-servidor e advogado Alexandro Victor de Almeida”, analisou o vereador. Regimento Por outro lado, houve críticas à postura do presidente da CPI entre os parlamentares que derrubaram o relatório final.
O vereador Enoque refutou a condição de funcionário fantasma por parte de Alexsandro Victor de Almeida, de quem, segundo ele, já recebeu auxílio para o mandato parlamentar. “Quando eu percebi que a função do nosso presidente Betinho era fazer uma acusação concreta de um fato abstrato, por exemplo, que Alexsandro nunca atendeu as pessoas aqui na Câmara, votei contra, pois isso não é verdade. Eu não podia falar isso no relatório e nem dar meu depoimento como membro da comissão. Alexsandro me atendeu várias vezes como presidente da Comissão de Direitos Humanos e suplente da Comissão de Educação e Saúde”, revelou. O parlamentar, contudo, reconheceu a necessidade de se mudar o Regimento Interno da Câmara de Caratinga para evitar outros problemas no futuro. “Nosso Regimento é de 1991 e eu já pedi que fizesse alteração e não foi feito. Então, eu tive que fazer uma avaliação do que eu conheço sobre o José do Carmo, como ex- presidente e vereador da Casa, e o Alexsandro como advogado de nome na região. Eu votei contra o relatório porque eu seria injusto com a minha avaliação”, concluiu Enoque. O assessor jurídico da CPI, Alan Gustavo, mencionou que o relatório evidenciou prática ao descumprimento do Artigo 210, que determina que os atos da Mesa Diretora sejam feitos por meio de portarias e não de designações.
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KARINAXAVIER Criado em dezembro de 2014, o blog KARINA XAVIER é um espaço onde compartilho com as leitoras tudo sobre o mundo da moda, beleza e tendências. Sou fonoaudióloga atuante na área, noiva, nascida e residente em Caratinga, apaixonada por cavalos e fascinada pelo universo feminino desde sempre. Procuro sempre informar as leitoras, trocar dicas e experiência desse universo. O mundo da moda e afins muda e lança tendências constantemente. E para vocês que desejam saber quais as principais para o ano de 2015, não pode deixar de conferir as dicas a seguir! Separei as principais para vocês:
10 tendências para o
Outono-Inverno 2016
O Outono-Inverno se aproxima e eu já separei 10 das principais tendências pra vocês, apresentadas na semanas de moda do Brasil. A maioria das peças desfiladas nem sempre enquadram no nosso dia-a-dia, mas servem para nos mostrar sobre recortes, cores, texturas, modelagem, estampas, acessórios…. enfim, TUDO que será tendência na estação mais charmosa do ano: o Outono- Inverno! Jeans Moderno O jeans foi apresentado por diversos estilistas e reformulado! Nada do velho e básico jeans. É preciso atualizar o guarda-roupa com as famosas jardineiras e peças mais descoladas para uma estação mais séria e sóbria, que é o outono-inverno. Destaque para o vestido de Vitorino Campos com o decote ombro a ombro. Os decotes ombro a ombro são evidenciados com recortes assimétricos, alças caídas; eles exalam uma sensualidade menos óbvia e muito mais instigante do que a manjada fenda ou aquele decote profundo. 56 conceito
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Rendas, floral e animal print Rendas, florais e animal print foram as peças-chave da coleção que a estilista Letícia Bronstein criou em parceria com a Riachuelo. A estilista é conhecida por sua moda festa, criou looks com uma pegada street, lindas e fáceis para o nosso dia. A coleção veio mais uma vez para mostrar que a famosa estampa de “oncinha” dificilmente sairá de moda. Metalizado e veludo Muito comentado nas redes sociais, o metalizado apareceu em casacos, blazers, sobretudos e vestidos, assim como o veludo. As “malhas brilhantes” dominaram as passarelas e promete para 2016.
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Botas
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Babados e franjas
As franjas de PatBo (um dos meus desfiles preferidos) me encheram os olhos. Sempre um dos desfiles mais aguardados e comentados, a coleção trouxe muito movimento com as franjas e cintura marcada. As marcas Lollita e Juliana Jabour também apostaram. Lollita foi mais além e fez a combinação franja + fenda.
Elas são coringas no Outono-Inverno, mas seu comprimento dita moda. As over the knee boots (canos bem longos) estiveram em vários desfiles, mas quem roubou a cena e promete ser o “musthave“, o IT acessório dos pés são as botinhas ankles, aquelas de cano curto, presentes principalmente nas coleções de Ellus, Colcci, Juliana Jabour e Lilly Sarti. 57 conceito
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Preto & Branco / Caramelo A famosa dupla P&B puderam ser vistas em praticamente TODAS as coleções. Duas cores atemporais, chiques e certeiras. O look total black ou total white já vem ditando moda em várias estações, e com essa não foi diferente. O inverno 2016 traz uma cartela de cor quente, terrosa e sóbria. Destaque também para o caramelo, considerado a cor queridinha da estação! Tem cartela de terrosos, laranjas, mostardas e verdes-musgo também, presentes no desfile Gig Couture, na Coven e na Colcci.
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Franjas e tranças Os cabelos também ditam moda! As tranças foram os destaques e fizeram a cabeça da mulherada. Foi só aparecer na cabeça das modelos de Patrícia Bonaldi (PatBo) e Fernanda Yamamoto que no outro dia várias blogueiras e celebridades já ostentavam suas madeixas com as antigas e queridas tranças também. Teve para todos os gostos, algumas coleções apresentaram mais de 35 penteados trançados diferentes, porém as mais atuais trazem fios mais ajustados e aquelas que começam desde a raiz. As franjas vêm acompanhada do cabelo médio com um repicado leve e volume caprichado – o preferido de 9 entre 10 modelos nesta temporada. A franja lisa, porém sem estar chapada, é a aposta – aquela com pegada dos anos 70. Make batom bordo ou batom cereja “faz” a make da vez. Mesmo com várias coleções apresentando um desfile com maquiagens bem discretas, foram os batons escuros que chamaram mais atenção e se destacaram. A boca nesse tom de vinho foi a cor que mais apareceu nos desfiles. Eu confesso que sou viciada nessas cores no outono: imprimem um toque chique e cool à produção. Pra quem gosta, nada melhor que se jogar nessa cor que promete vir com tudo. Para o post não ficar giga, eu separei as principais tendências apresentadas e comentadas na maior semana de moda do país. Porém não podemos esquecer de enfatizar outras como: babados, cintura marcada, transparências, fendas e os plissados. Em uma semana de moda tão rica e cheia de talentos, dá pra escolher sua preferida e arrasar por aí! E aí, qual é a sua? www.karinaxavier.com.br @blogkarinaxavier https://www.facebook.com/blogkarinaxavier
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Eduardo Fraga Cinquentona
Lucrecia Gonçalves comemorou em grande estilo a chegada dos seus 50 anos com uma big festa na house do Flávio Pena. Foi uma noite animadíssima, e a aniversariante abriu mão dos presentes e pediu os convivas para doarem leite em pó para o Lar das Meninas. Fotos: Thiago Barros
Lucrecia ladeada pela irmã Luciane e pela mãe Fabíola
Marina, Cristina, Tereza, Lucrecia e Marta
Dia D para Carol e Léo
Fotos: Roberta Paiva
Ana Carolina Xavier e Leonardo Vieira Leite disseram ‘sim’ no altar da Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Caratinga. O casamento reuniu um forte time da nossa society e seguiu a linha tradicional. Os noivos receberam os cumprimentos no salão social do América Futebol Clube. No time de pais dos noivos, o casal Ana Lúcia Xavier e Pedro Tiola, e Maria Vieira Leite.
Os noivos com os pais dela, Pedro Tiola e Ana Lúcia
Bodas de Ouro
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O casal Maria Helena Nacif e Edson Ribeiro comemorou em Vitória (ES) os 50 anos de vida a dois. Promoveram um almoço na luxuosa morada na Praia do Canto.
Debut Lívia
Em família, debutante Lívia Junqueira com os pais Lia e Márcio
Fotos: Roberta Paiva
O casal Lia e Márcio Heleno Junqueira comemorou no dia 20 de fevereiro a chegada dos 15 anos da filha Lívia Junqueira. O debut reuniu amigos íntimos e familiares no espaço Villa Matter.
Batizando Benício O casal Patrícia Silveira e Eduardo Porto realizou no dia 27 de fevereiro o batismo do caçula Benício. A cerimônia foi na Catedral de São João Batista, celebrada pelo Padre Moacir. Benício teve como padrinhos o casal Denise Satler e Paulo Sérgio Silveira, Michelle Christofori, Mário Bomfim e Nilce Silveira.
Fotos: Thiago Barros
Com os pais Eduardo e Patrícia e o Padre Moacir
Com os padrinhos Denise e Paulo Sérgio
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Noite de rock’n roll na Boate Prime O Raimundos movimentou a Boate Prime em Caratinga. A banda de Brasília balançou com as estruturas do espaço e colocou a galera pra cantar os hits de sucesso. Nestes vários anos de estrada, já venderam mais de cinco milhões de discos. Foi muito bacana e muita gente bonita, em noite onde a cor black reinou. Confira alguns cliques! O Raimundos no palco da Prime Fotos: Prime
Rodrigo e Iara com Bruno e Daniele
Aparecida, ladeada pelo casal Roseane e Dr. José Antônio
Dario Junior e Marinalva Soares
Iara, Cláudia, Viviane e Daniele
Nélio e Ana Gabriela
Maria José, Ronney e Natha
Hebert e Lanne
Renato e Simone Nunes
Mariana e Sebastião Junior
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10 dicas imbatíveis
para ser mais gentil no dia a dia
Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br
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gentileza é uma forma de atenção que anda 5. Ceda o lugar para idosos, gestantes ou pessoas cada vez mais rara. Por isso, hoje decidi com limitação física. mostrar como podemos ser mais cuidados nos nossos relacionamentos com dicas simples e efi6. Seja educado no trânsito. Dê passagem. Nunca cientes. xingue. Quem pratica a gentileza mostra boa vontade. Revela-se uma pessoa distinta e educada. Gentileza 7. Abra a porta para as pessoas entrarem ou sase aprende basicamente pelo exemplo, mas se você írem. não teve essa influência dentro de casa pode começar agora com alguns atos simples de serem praticados. 8. Levante-se para cumprimentar pessoas idosas. 1. Cumprimente as pessoas (todas). 2. Agradeça sempre que alguém lhe servir ou atender de alguma forma. 3. Peça licença quando precisar passar pela frente ou entre as pessoas. 4. Ajude a carregar as compras de alguém.
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9. Espere quem está dentro do elevador sair para, então, entrar. 10. Se ficar próximo ao painel do elevador, acione os andares dos outros. As gentilezas devem ser praticadas com sinceridade e simplicidade. Portanto, não economize nesses pequenos atos.
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Abre os olhos Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com
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Parque Nacional Marinho de Abrolhos fica no extremo sul da Bahia, a quase mil quilômetros de distância de Salvador. De origem vulcânica, o conjunto de ilhas possui formações rochosas de 50 milhões de anos. O nome “Abrolhos” foi dado por Américo Vespúcio, que encontrou o lugar em 1503 e, ao ver tantos recifes, quis alertar outros navegadores, registrando em suas anotações: “quando te aproximares de terra, abre os olhos”. O arquipélago fica a 36 milhas náuticas da costa (cerca de 70 quilômetros). É formado por cinco pequenas ilhas: Siriba, Redonda, Guarita, Sueste e Santa Bárbara. Só esta última, sob jurisdição da Marinha do Brasil, é habitada. Ali vivem os militares responsáveis pela segurança do parque e pela operação de um dos mais belos faróis do litoral brasileiro. Instalado no período do Brasil Imperial, a estrutura de ferro fundido, de 22 metros de altura, veio da Inglaterra e as lentes e o maquinário da França. Seu alcance é de 30 milhas. A única ilha em que é permitido o desembarque de turistas é a Siriba. Porém, só pesquisadores e guardas do parque têm acesso à região mais alta, porque há centenas de ninhos de atobás. O ecossistema insular ainda abriga outras aves pouco conhe-
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cidas, como grazinas do bico vermelho, fragatas, beneditos, além de espécies migratórias, como o maçarico do bico torto. As visitas são controladas. O turista que quiser fazer o passeio contrata uma embarcação autorizada pelo Ibama e paga uma taxa de 360 reais, em média. Parte do dinheiro vai para o Instituto Chico Mendes, que investe nos projetos de preservação ambiental. As lanchas e catamarãs saem do município de Caravelas, onde também há alguns hotéis e pousadas. Mas, as melhores opções de hospedagem próximas do porto ficam na cidade de Prado, a 50 quilômetros. O trajeto em alto mar dura cerca de duas horas e meia. Ao chegar, a transparência e a temperatura média da água de 26°C são um convite ao mergulho. A visibilidade atinge 20 metros, revelando outro mundo. Com mais de 90 mil hectares, o parque é morada da maior diversidade de fauna e flora de todo o Atlântico Sul. O coral-cérebro só ocorre na costa da Bahia e é encontrado em abundância no mar de Abrolhos. Alguns vão do fundo até a superfície, formando raros e exuberantes bancos de recifes – chamados chapeirões – habitados por milhares de seres marinhos. A gorgônia orelha de elefante – espécie ameaçada de extinção – dança livre na batida da maré. Nesta privilegiada área de preservação, também encontram refúgio cardumes de peixes-cirurgião, tartarugas verdes, peroás-rei, tubarões, barracudas, garoupas, badejos, budiões, meros, enguias, arraias, moreias, golfinhos e muitas outras espécies. Diversidade que motivou o naturalista britânico Charles Darwin a visitar o arquipélago, onde realizou parte de seus estudos em 1830. Entre os meses de julho e novembro, são as baleias jubarte que procuram as águas calmas e quentes de Abrolhos para reproduzir. Outro espetáculo da natureza que torna o passeio inesquecível e ratifica esta região como uma das mais bonitas e preservadas do Brasil.
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