Ano 3 Nº 21 Julho 2016 ISSN 2318-0145
conceito Perigo virtual Comentários ‘sem maldade’ publicados na web podem ser enquadrados como crimes cibernéticos
Fábrica de vidas
Bichos x crianças
Paraíso logo ali
Médicos trazem a GV a primeira clínica de inseminação da região
Conheça a história de uma família que fez dos cães “filhos caçulas”
Lauro Moraes apresenta as belezas de Trancoso, no sul da Bahia
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Conheça nossos
Colaboradores
BIANCO CUNHA
CLEUZANY LOTT
CLORES LAGE
INOCÊNCIO MAGELA
JANAÍNA DEPINÉ
Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.
Dona de casa, advogada, jornalista, publicitária, diretora executiva do Movimento das Donas de Casa (MDC-GV), presidente do Conselho Comunitário dos Bairros de GV e conselheira municipal dos Direitos da Mulher.
Artista notável nos mais variados campos de expressão. É pintora, escultora, escritora, documentarista, cineasta, inventora. Clores é plural.
Formado em Filosofia pelo Seminário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.
Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.
JOSÉ FRANCISCO
Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.
LAURO MORAES
Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo. Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing.
MARCELO BARRETO
ROSIMARA BONFIM
SUSAN E ALICE DUARTE
TAINÁ COSTA
Marcelo Barreto da Silva é fitopatologista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pósdoutor pela Kansas State University em Sistema de Informações Geográficas, coordenador do programa “Agro+: por uma agricultura mais sustentável”.
Cirurgiã plástica, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), diretora de Assuntos profissionais da AMGV. Membro do Conselho Ético-Técnico da Unimed-GV e ganhadora do Prêmio Bruno Bonfante, da SBCP-MG.
Suzan e Alice Duarte são diretoras da C’est Brasil. Suzan é psicóloga, pedagoga e psicopedagoga, com mestrado em Educação pela Universidad San Jose (Havana – Cuba). Alice é designer de Moda, especializada em Consultoria de Imagem, com formação na Universidade Belas Artes (SP), e maquiadora profissional.
Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.
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Palavra do Editor
De novo elas... as eleições Caríssimo leitor, iniciamos este editorial já pedindo desculpas. Afinal, com um título desses, nem demos tempo para respirar. Já fomos direto ao ponto. Só que, com um título desses, não tem surpresa nenhuma. Já fomos direto ao ponto. Mas seja sincero: na hora que leu a palavra ‘eleições’ no título acima, te deu um estalo repentino porque você já tinha até se esquecido dessa tal disputa, certo? Talvez você tenha até se dado conta de que já estamos no mês de julho e que já já vai chegar a hora de ir votar. O pior vem antes. Não demora muito e logo veremos circulando por aí os santinhos, os carros de som, os cavaletes colocados bem no meio da avenida principal e, é claro, um monte de gente desconhecida te cumprimentando como se te achasse o melhor amigo – e já pedindo que você prove o valor dessa amizade lá nas urnas. Mas a verdade é que o brasileiro agora não parece estar com muito tempo pra pensar no assunto, não. A não ser, é claro, que você tenha pretensões eleitorais ou seja parente de algum candidato. Mas se não for o caso, convenhamos: tem muita coisa ocupando mais espaço na cabeça do povo. E olha que nem é tão difícil assim de enumerar: a in-
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É como se um clima diferente nos norteasse para outras coisas. A política não saiu da nossa listinha de prioridades, mas é tanta troca de ministros em Brasília e de delações premiadas que não dá tempo nem de pensar muito no que anda acontecendo no município.
conceito Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9-9989.4092 /9-9968.7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.
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flação, o preço do feijão e da carne, a lama do Rio Doce, a Operação Mar de Lama, o Michel Temer, o frio que tomou conta do Brasil em junho, a derrota para o Peru na Copa América, a demissão de Dunga da Seleção, a chegada do Tite, o desempenho do seu time no Campeonato Brasileiro, os planos de viajar ou trocar de carro no meio da crise, os preparativos pro churrasco do fim de semana... ufa! Do que falávamos mesmo? Ah, sim, das eleições! Agora não se vê mais nenhuma manifestação, mas dá aquela sensação de que precisa mudar muita coisa ainda. É como se depois de tanto protesto o povo estivesse tomando um grande fôlego pra começar as passeatas de novo. E, quem sabe pela primeira vez, isso não aconteça finalmente nas urnas, com um grito de “basta” à turminha de corruptos que insistem em transitar pela política em todas as esferas? É como se um clima diferente nos norteasse para outras coisas. A política não saiu da nossa listinha de prioridades, mas é tanta troca de ministros em Brasília e de delações premiadas que não dá tempo nem de pensar muito no que anda acontecendo no município. A não ser que estejamos falando de Valadares, onde quase todo dia tem uma novidade – sempre ruim – no campo político. Já foi vereador, secretário, servidor, empresário... muitos envolvidos num ‘mar de lama’. E parece que a lista negra da Justiça Federal só vai aumentando. Mas nada disso inibe a turma. Já tem gente envolvida dizendo pra quem quiser ouvir que vai se candidatar este ano. Pensando bem, talvez seja mesmo a hora de acordar de vez para a disputa que vem pela frente. A hora é de espantar os ratos da casa antes de pensar em coisas mais importantes. Até porque, não podemos nunca nos esquecer, temos coisas maiores pra pensar: o churrasco do fim de semana, o futebol, a viagem dos sonhos...
DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG 6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG 18526 REDAÇÃO Jornalista Responsável André Manteufel - Mtb MG 10456 Repórter Caratinga/Manhuaçu: Josi Gonçalves Estagiária Nataly Maier
Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP FOTOGRAFIA Ramalho Dias EDITORIA DE ARTE Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994 Designer Gráfico Júlio César
Projeto Gráfico Andressa Tameirão IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG TIRAGEM 5.000 exemplares Periodicidade bimestral
Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9-9968.7171 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 9-8454.4880 Coelho - (33) 9-8434.8570 Caratinga: (33) 9-9954.0297
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Índice Entrevista em dose dupla: médicos falam sobre nova clínica de inseminação
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Bianco Cunha traz boas dicas para economizar comprando na web
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Unimed inaugura hospital que já nasce como referência em Valadares
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Cirurgiã plástica alerta para os cuidados antes de fazer uma cirurgia plástica
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COM A PALAVRA
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JOSÉ FRANCISCO DA COSTA JÚNIOR
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PERSONAS
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com a palavra
Por Pe. Francisco Vidal E-mail: catedralgv@webgv.com.br
A Consciência A tomada de decisões morais requer uma responsabilidade madura. Procurar entender a realidade, estar atento à sabedoria do passado, discernir as propensões e as exigências de uma situação particular... todos esses esforços exigem uma tomada de decisões madura. Tudo isso depende do papel central da consciência. Consciência é um termo muito usado – e, às vezes, mal usado. Dessa forma, analisemos. Às vezes a descrevemos como um sentimento interior, dizendo-nos o que devemos fazer; outras vezes imaginamos a consciência como um agente policial interior ou como uma gravação vinda de nossos pais. Essas imagens não são satisfatórias. A consciência é realmente o eu pessoal, uma vez que procura fazer julgamentos acertados a respeito de nossas perguntas morais fundamentais: “o que devo ser?”, “o que devo fazer?”. Na consciência, como o âmago e o santuário mais secreto do indivíduo, a pessoa descobre uma lei natural para fazer aquilo que é bom e evitar o mal. Através da escuta à consciência, somos chamados a buscar a verdade e a correta solução dos problemas morais, individuais e sociais, considerando três dimensões. A primeira dimensão da consciência é o sentido geral do valor, que é característico do ser humano. Temos consciência de que devemos fazer o bem e evitar o mal. Um sinal certo desta consciência geral é o fato de as pessoas discutirem sobre o que é certo e o que é errado. Não haveria um debate se não sentíssemos a responsabilidade da escolha entre o bem e o mal. Nosso desejo de fazer a coisa certa reflete esse sentido geral do valor. A segunda dimensão da consciência é o esforço para descobrir o rumo certo da ação. Esta investigação no comportamento humano e no mundo é a busca da verdade. Se formos honestos em nossa busca, então nos encaminharemos para uma variedade de fontes para o saber e para a orientação. Muitas vezes podemos deparar com conflitos nesta busca, pois podemos descobrir uma variedade de in-
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terpretações da verdade. A vida nos conduz a inúmeras comunidades diferentes: política, social, econômica, religiosa. Essas comunidades diferentes têm, todas elas, seus “peritos”, juntamente com seus valores, significados e mensagens fundamentais. Nossa busca da verdade deve reconhecer e ponderar sobre esses valores e significados, às vezes conflitantes entre si. Nosso critério último a respeito do problema moral que deparamos envolve necessariamente a escolha da comunidade mais significativa para nós, quais os valores e a cosmovisões desta comunidade que nos proporcionam o fundamento da nossa própria comunidade. A terceira dimensão da consciência é o julgamento real e concreto que fazemos em relação a uma ação imediata. Após buscar a verdade, chegamos a um ponto em que deve ser tomada uma decisão específica. Muitos de nós já dissemos: “devo seguir a minha consciência”. Este princípio é absolutamente verdadeiro – se for devidamente entendido. Ele pressupõe também algo muito importante: que o trabalho da consciência na segunda dimensão – a coleta de dado – seja plenamente informado. Este processo é também conhecido como a formação da consciência. Em outras palavras, devo seguir a minha decisão (terceira dimensão) somente após ter feito o possível para buscar a verdade em relação ao problema perante o qual me encontro (segunda dimensão). Seguir a minha consciência não significa fazer aquilo que me sinto disposto a fazer. Na verdade significa o trabalho – muitas vezes árduo – de discernir o que é certo e o que é errado. Na declaração sobre a liberdade religiosa a Igreja ensina: “os seres dotados de razão e vontade livre são impelidos por sua natureza a busca da verdade, que é a escuta da voz da consciência”, chegando assim ao fim último e à plenitude, que é Deus.
* Pe. Francisco Vidal – pároco da Catedral de Santo Antônio.
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bola da vez
Promotores de vidas Por André Manteufel Jefferson Oliveira
O sonho de ser pai e mãe não é um privilégio para todos os homens e mulheres. Pelo contrário, revela a Organização Mundial de Saúde (OMS), a infertilidade é um problema que atinge cerca de 10% dos casais brasileiros. O número pode parecer de uma pequena minoria – embora não seja –, mas traz consigo uma série de dramas não muito difíceis de se prever, como traumas e incertezas sobre o futuro familiar. Mas é importante fazer distinção entre infertilidade e esterilidade, dois termos muito próximos e com significados bem diferentes. O primeiro refere-se à dificuldade de um casal de engravidar dentro do prazo de um ano – ou dois, como é contado na Europa – em condições favoráveis à concepção, ou seja, sem o uso de contraceptivos e com vida sexual ativa. Já a esterilidade 12 conceito
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é a impossibilidade total imputada ao homem, à mulher, aos dois ou até mesmo a nenhum deles de ter filhos, sendo, neste último caso, por razões muitas vezes desconhecidas. No primeiro caso, o acompanhamento médico pode ter uma solução definitiva e com final feliz para o casal. E em Governador Valadares, essa possibilidade fica ainda mais próxima, a partir de uma clínica de inseminação artificial – a primeira do município. Os idealizadores do local, que está em fase final de construção, são ninguém menos do que os médicos Roberto Carlos Machado e Mário Moreira Murta – ambos especializados em reprodução. Machado reúne 32 anos de experiência, com mestrado na área pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enquanto o Murta, com 8 anos de profissão, tem mestrado pela Universitat Autònoma de Barcelona. CONCEITO reuniu-se com os dois para uma entrevista ‘em dose dupla’. REVISTA CONCEITO - Em primeiro lugar, por que abrir uma clínica de reprodução e qual o ganho de um projeto desta natureza para Governador Valadares? DR. ROBERTO - Em números globais, cerca de 10% dos casais têm problemas para engravidar, seja grave ou não. Esses que têm dificuldades procuram um ginecologista, e, se ele não conseguir, é encaminhado até clínicas especializadas. Nossa intenção é ajudar casais que não conseguem engravidar. DR. MÁRIO - A infertilidade não se adequa somente a pessoas com dificuldades de engravidar. As mulheres que sofreram 2, 3 abortos, também entram dentro de infertilidade e devem procurar um especialista. O ganho para a cidade com a clínica de reprodução é fazer com que pacientes que anteriormente deveriam fazer o tratamento em Belo Horizonte já não precisarão fazer esse deslocamento. Tem outro fator: não é somente uma visita ao especialista. Até chegar a conclusão, você poderia passar várias vezes por esse médico, no intervalo de 3, 4 meses. RC - Como serão os serviços oferecidos na clínica? D.R - Dentro de uma clínica de reprodução, nós podemos pensar primeiro em relação programada ou coito programado, depois estimulação ovariana com coito programado. Teremos também inseminação intrauterina – aquele tratamento que induz a ovulação da mulher com medicamentos e colhe o sêmen do homem, separa e injeta na cavidade uterina da mulher para que ela possa ter chance de gravidez. E, depois disso, a fertilização in vitro. A mulher toma a medicação durante o período ovulatório, tira-se os óvulos da mulher, colhe o sêmen do homem, misturam-se os dois para fecundar, faz-se um embrião externo chamado bebê de proveta. Depois, pega esse embrião e injeta no útero da mulher para conseguir a gravidez. Além desses, teremos também a oncofertilidade. Nesse tratamento existe a possibilidade de mulheres e homens deixarem guardados seus gamelas para uma futura gravidez, preservando sua fertilidade. Esse tratamento é indicado em situações em que qualquer um dos dois corre o risco de perder a fertilidade devido a algum tratamento.
RC - Mulheres que sofrem com menopausa pode por exemplo fazer fertilização in vitro? D.M. - Se a paciente não tem a intenção de ter filho agora, o ideal é que ela não chegue na menopausa. Que ela congele o óvulo antes para fazer a fertilização mais tarde. Se ela chegou na menopausa, não tem mais óvulos, existe um tratamento chamado doação de óvulo. Uma paciente mais nova doa, fertiliza com o sêmen, forma o embrião e depois coloca na mulher. RC - O casal fora do processo de tratamento natural, fazendo fertilização in vitro, pode manter relações sexuais?
Dr. Mário Murta
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Nós acreditamos nesses dados de que 10% da população têm problemas de infertilidade. É uma grande demanda que às vezes é reprimida. Muitos casais deixam de fazer o tratamento porque não existe na cidade. Além disso, nossa experiência mostra a necessidade. Por isso decidimos abrir. 13 conceito
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D.R.- Durante a indução de ovulação e dos medicamentos não existe problema nenhum. Porém, quando estiver perto da coleta e depois da implantação do embrião é pedido para evitar as relações sexuais. Normalmente isso dura de 12 a 15 dias.
Dr. Roberto Carlos Machado
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Nós já trabalhamos nessa área, mas não tínhamos clínica. Na nossa região existem muitas pessoas necessitadas. Então queremos oferecer um serviço de qualidade sem a necessidade de viagem. É isso dentro da nossa cidade. Nas condições que vamos oferecer, é um ganho enorme.
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RC - Vocês percebem que há uma demanda reprimida em Valadares para esse tipo de serviço? D.M. - Nós acreditamos nesses dados de que 10% da população têm problemas de infertilidade. É uma grande demanda que às vezes é reprimida. Muitos casais deixam de fazer o tratamento porque não existe na cidade. Além disso, nossa experiência mostra a necessidade. Por isso decidimos abrir. D.R. - Nós já trabalhamos nessa área, mas não tínhamos clínica. Na nossa região existem muitas pessoas necessitadas. Então queremos oferecer um serviço de qualidade sem a necessidade de viagem. É isso dentro da nossa cidade. Nas condições que vamos oferecer, é um ganho enorme. RC - Já há previsão de inauguração? D.R. - A clínica se chamará Neovitae, [que significa] Nova Vida. Uma parceria da nossa clínica com a clínica Origem, de Belo Horizonte, uma das maiores da América Latina. Será inaugurada agora, no final de julho.
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colaborador
Como poupar comprando pela internet!
Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com
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bem verdade que a crise está batendo na porta de todo mundo. Menos dinheiro no bolso significa ter que pensar muito mais antes de investir ou de comprar. Por isso, para quem consegue juntar um dinheirinho, comprar à vista continua sendo a melhor opção. Para quem não tem essa opção ou não consegue poupar, o jeito é pesquisar. Recentemente comecei a montar a minha casa e tive que pesquisar muito antes de realizar cada compra. Depois de horas navegando em diversos sites e mecanismos de busca, acabei me tornando um pequeno expert na arte de conseguir encontrar o menor preço. Meu objetivo é compartilhar alguns macetes que podem ajudar você a poupar também! A primeira ação que recomendo é uma boa pesquisa na internet. Muita gente já se habituou a comprar online por conta das vantagens oferecedidas pelas lojas. Normalmente os preços praticados são menores do que os das lojas físicas. Outro ponto é que na internet é possível realizar uma comparação em várias lojas com apenas alguns cliques. Além disso, muitas marcas praticam descontos personalizados nas redes sociais. Para quem gosta de negociar, a internet se tornou um excelente caminho. Ao iniciar a sua busca, utilize a ferramenta Google Shopping. Nela é possível selecionar um produto e realizar uma única pesquisa de preço em várias lojas. Por exemplo: digite “máquina de lavar”, vá ao Google Shopping e verifique o valor do item em cada uma das principais lojas com apenas um clique. Assim você já conseguirá ter uma excelente noção do custo do produto que você está buscando! Outra dica importante e que poucos sabem: iniciar e desistir de uma compra. Quando você inicia o processo de pagamento, o sistema das lojas entende o seu comportamento e o que você está
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em busca. Indo até a parte de fechamento da negociação, o sistema entenderá que você é um comprador potencial. Neste momento, cancele a compra, mas deixe o site da loja aberto. Depois disso, visite o seu perfil nas redes sociais ou o seu e-mail. Provavelmente você será bombardeado por uma série de anúncios com o produto que você estava comprando. Mas o melhor é que o preço agora tende a ser diferente. Como você desistiu da compra na última etapa, a loja irá oferecer o produto com um preço um pouco menor ou com algum tipo de benefício. Por exemplo, frete grátis. Outro ponto é tentar negociar com as marcas pelas redes sociais. Esta opção é para quem gosta de poupar cada centavo! Ao escolher o produto, vá até o canal da loja e solicite o desconto. Algumas lojas já possuem até “descontadores” oficiais. São sites responsáveis pela emissão de cupons de desconto para determinados produtos. Um outro ponto é tentar comprar vários itens na mesma loja. Comprando uma cesta de produtos é possível barganhar mais e pagar apenas um frente. Por fim, acompanhe as ofertas e as datas especiais para o comércio, como Dia das Mães, Dia dos Pais e a Black Friday, que é a principal data da internet. Em algumas oportunidades, os descontos chegam a 50% do valor do produto. Mas para ter certeza que o desconto é verdadeiro, acompanhe diariamente. Existem vários sites que mostram a variação dos preços durante um determinado espaço de tempo. E, por fim, a principal dica: foco! Se você vai comprar uma geladeira, foque a busca na geladeira. A dinâmica da compra na internet é muito parecida com ir a uma loja física. Se você não souber exatamente o que procura acaba saindo com uma sacola cheia de itens que você nem imaginava que iria comprar.
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Amizade boa pra cachorro!
Manter um cãozinho de estimação em casa dói no bolso, mas é saudável para as crianças e para o crescente mercado pet Por Nataly Maier (Produzida sob orientação de André Manteufel)
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Da esquerda para direita: a mãe Jennipher, a filha Ana Clara (9), o pai Lucas e o filho Gabriel (7) são apenas uma parte da família composta também pelos “dodoizinhos da casa”, Maya e Mel
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os 30 anos de idade – e desempregada há dois meses – Jennipher Guireli divide o apartamento com o sogro, a sogra, o marido e os quatro filhos num condomínio próximo à esquina da Rua Afonso Pena com a Avenida Moacir Paleta, no Bairro São Pedro, em Governador Valadares. A situação de angústia momentânea pela falta de trabalho contrasta com o sorriso sempre presente da mãe em meio às brincadeiras das crianças, que não se intimidam com a falta de espaço no pequeno apartamento. Quando está em casa, encontra paz no barulho dos filhos. São eles a Ana Clara, de 9 anos, o Gabriel, de 7, e duas cadelas da raça shih tzu, a Maya e a Mel. Ambas são tratadas como os “dodoizinhos da casa”, como intitula a mãe. Desde que os animais chegaram, Jennipher viu a necessidade de redobrar os cuidados com a casa, numa dedicação que mais se parece com a de um trabalho externo. Em contrapartida, encontra tanta alegria que não tem vontade de sair. Nesta ‘grande família’ sob o mesmo teto, Mel veio primeiro. Um ano depois, nasceu Maya. As duas peludas, dotadas de um preto-e-branco similares e de corpos mais compridos do que altos – pouco menos de trinta centímetros de altura. O que difere mãe e filha são as personalidades que, por coincidência ou não, combinam com o jeitinho do Gabriel e da Ana. Mel, a mais carinhosa, é, às vezes, acanhada. Aos poucos, dá para perceber que é a preferida do
Gabriel, que é o mais tímido da casa. Enquanto isso, a Maya, ‘espoleta’, se diverte na maior parte do tempo correndo atrás de uma barata de plástico. Parece enfeitiçar Ana, que não resiste e se joga na brincadeira também. Vez ou outra, a cachorra larga a barata para ganhar carinho da irmã mais velha – típico da raça. O carinho natural dos cães é bem-vindo, mas não é barato. A própria Jennipher admite. “Com as cachorras, gastoem média duzentos reais por mês. Isso se não ficarem doentes, porque aí tem mais gastos com consulta e remédios”. Ao ano, são quase três salários mínimos. E, em três anos, ela desembolsou cerca de R$ 7,2 mil só com a saúde e a alimentação dos animais. O valor daria, por exemplo, pra comprar uma moto popular nova, de 125 cilindradas. Mas, garante a mãe, valeu cada centavo manter as duas filhas caninas em casa. O último censo de animais domésticos realizado pelo IBGE, em 2013, permite uma projeção de que existam mais de 360 milhões de cães no mundo inteiro. Só no Brasil, existem cerca de 52 milhões há mais cães com moradia em terras brasileiras do que habitantes na Espanha ou na Coreia do Sul. O número também supera o de crianças no país e ajuda a explicar por que o mercado pet no Brasil, mesmo em meio à crise, teve um faturamento de R$ 18 bilhões no ano passado, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Não se assustem. A tendência ainda é de aumentar.
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Mesmo com as dificuldades de Jennipher, as despesas não parecem ser grande coisa. Na pequena sala, em meio a brinquedos, sofás e estante, a Ana, o Gabriel, a Maya e a Mel festejam o sabor da amizade entre crianças e animais de estimação. No fim do dia, como é de costume, as camas continuarão abandonadas – exceto a dos pais, que agora não é de casal, mas de meia dúzia. “Mais fácil as cachorras dormirem na minha cama do que eu”. Esse é o ‘protesto’ do Lucas, o pai, que endossa o discurso da esposa: jamais trocaria as filhas peludas por uma moto do ano.
calma e feliz. Já que essa prática divide opiniões, o veterinário Vinícius Toletino faz questão de esclarecer. “O pet pode ficar dentro de casa. Só ensiná-lo a fazer as necessidades em um lugar reservado, usar produto de limpeza indicado para essa situação e caprichar na higiene. Se estiver bem cuidado, não é necessário separá-lo da família. Pelo contrário, o contato só irá ajudar”, explica.
Convívio faz bem às crianças A psicóloga Ana Clara Aubin, especialista em psicoterapia cognitivo-comportamental, conta que o convívio com os animais é um forte aliado ao bom desenvolvimento das crianças. “Muitas pesquisas apontam inúmeros benefícios para vários aspectos da vida social, afetiva e intelectual da criança, o que acaba por se tornar um importante recurso na psicoterapia infantil”, explica. Um dos benefícios é que a relação ajuda a desenvolver sensibilidade, observação, compreensão, carinho e respeito, o que auxilia na capacidade da criançade se relacionar afetivamente e socializar com pessoas – bom para Gabriel. Sem contar que a prática de atividades físicas, através das brincadeiras – como a Ana tem feito –, contribui para aliviar ansiedade e estresse, deixando a criança mais
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Quem é Maya e quem é Mel? Só os ‘pais e irmãos’ podem definir
colaborador
Por Clores Lage Email: cloresalage@hotmail.com
Vaidadeou não?
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rtistas da beleza e estética existem desde os primórdios. São mestres que promovem o belo, coisas da alma. Enquanto alguns já mostraram, outros ainda estão em ação. A moldura do rosto é o cabelo. Ter unhas bem feitas implica beleza e higiene. No passado, já se usou Bombril, cerveja no cabelo para ficar mais armado e mais bonito. Heloisa Helena Resende colocou “Miss Valadares”. Ganhou. Nessa galeria desfilaram uns e outros ainda em plena atividade: Benjamim Assunção, Murilo Soares Caldeira, Bidu Nunes Coelho, Amaro e Ismael Freitas, Eustáquio Flor, Eros Vinicius, Renner Halabi, Selma Santos, Marlene Brum, Aroldo José Barbosa, Wando Fernandes da Silva, Zulma e Zoila Oliveira, Cláudia Ribeiro. Merecem destaque os excelentes profissionais: Tereza Gomes Roberto, Alexsandra Martins Nunes, Douglas Passos e Irene Gomes Roberto.
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glamour
Sonia Miranda Inauguração do Hospital Unimed
Fachada
O Hospital da Unimed foi oficialmente inaugurado e apresentado à comunidade valadarense. Na solenidade, o então presidente da Unimed, Manoel Arcísio Araújo, falou da iniciativa de oferecer à população mais esta opção de serviço na área médica que vem para fortalecer a área da saúde. Para descerrar a fita inaugural, o presidente convidou o Dr. Anderson Pereira, que, mais tarde, foi empossado como novo presidente da Unimed-GV, em noite de coquetel realizado para a classe médica e convidados, na Sociedade Esportiva Filadélfia. Fotos: Ramalho Dias
Dr. Deodoro Gonçalves, Dra. Eusana Milbratz e Gabriel Milbratz
Rodrigues Guedes - Dr. Robson Silva Franco
Padre Vidal e Zulma Pitanga
Dr. Anderson Pereira dos Santos , Dr. Manoel Arcísio Rocha Araújo e Dr. Arcênio Coelho Mendonça
Hercílio Diniz, Dr. Manoel Arcísio Rocha Araújo, Edison Gualberto e Luiz Fernando
Cerimonial
Dr. Rômulo Coelho e Cantídio Ferreira
Lili e Dr. Paulo Fontes
Dra. Eusana Milbratz e Dr. Célio Cardoso
Fotos: Pierry Aires
Tiago Colnago Cabral, juiz execução penal, Desembargador Alexandre Vitor, Felipe Martins advogado criminalista e professor da UFMG, artista plástica Maria Lúcia Ramos, da Nevestones Beatriz, Douglas e Antônio Neves.
Projeto Lapidar-se ensina arte da lapidação e criação de artesanato mineral a detentos O projeto Lapidar-se ensina técnicas de criação e lapidação de peças artesanais a 15 detentos da Penitenciária Francisco Floriano de Paula (Paca), em Governador Valadares. Esses detentos serão multiplicadores de um trabalho que, assim como as pedras brutas, são transformados em belas joias. E o futuro deles também pode ser lapidado. O projeto tem parceria com a UFMG, Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Instituto de Advogados de Minas Gerais e Nevestones. Todo o equipamento usado para essa ressocialização será doado pela Nevestones, comandada por Antônio, Beatriz e Douglas Neves, responsável pela Mina Cruzeiro, considerada a maior mina de Turmalinas do mundo.
Momento da assinatura da oficialização do projeto: Felipe Martins e Douglas Neves
Gabriela Valadares e Antônio Neves
Douglas Neves e Alyne Pascoal
Ivan Menezes e Beatriz
Antônio Neves e Beatriz
Bratriz, Maria Lucia e Alyne
Casamento Laisla e Júnior
Quem acompanhou a história de Laisla Pimenta e Junior Dias sabia que o momento de oficializar o amor existente no casal era mais que esperado. A promessa de aliança ‘até que a morte os separe’ foi presenciada por amigos e familiares. Esta colunista faz votos para que o carinho e o respeito mantenham os dois unidos para sempre! Fotos: Marquinhos Silveira
Lorena e Paulinho Cunha, noivos, Rhaianna Miranda e Ângelo Almeida
Alberto e Mara Esteves, noivos, Celso e Marcela Mol
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Karoline, Anderson, Janete, noivos, Gabriel e a dama Letícia Pimenta
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Retalhos
Foto: Ramalho
49 anos do Filadélfia
A criatividade, organização e inovação são algumas das marcas que sempre caracterizaram a Sociedade Recreativa Filadélfia. Não por acaso, o clube celebra 49 anos de fundação e abre suas portas com um ambiente familiar aos seus associados e convidados. Este ano, o público já cantou e dançou ao som de Zezé di Camargo & Luciano e Léo Santana. A CONCEITO parabeniza toda a direção do Filadélfia através do presidente Carlos Thebit e também aos promotores de eventos João Wellington e Diógenes Lana, da Stillo Eventos, pelos espetáculos realizados no clube. Foto: Ramalho
KIA HG
Manifestamos nosso carinho a Fábio Valério, que montou uma equipe altamente capacitada e qualificada em vendas de veículos KIA HG. O resultado é o melhor possível: todos os seus colaboradores atendem aos clientes com soluções sempre eficazes.
Sayonara Calhau
Vem aí a 23ª edição do Troféu Aplauso, marcado para o dia 30 de setembro, no Ilusão Esporte Clube. As atrações desta vez ficam por conta da dobradinha composta por Agna e Arnaldo, além de Banda Hera em parceria com Fabiano Magalhães. A decoração será de Patrícia Campos, da Feliz Aniversário, e o buffet será assinado pelo chef Hélio Nazzarro. A anfitriã Sayonara Calhau todo ano faz questão de liberar parte dos recurso para o Gapon e a Irmã Gecemy. Aplausos para quem merece!
Hélio Nazzarro
Para se ter um evento inesquecível - seja casamento, aniversário, formatura, confraternização de fim de ano entre outros eventos - é preciso ter a assinatura de Hélio Nazzarro Buffet.
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A canjiquinha terminou em
a z z i p Por Cleuzany Lott
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ara quem não nasceu com o dom de cuidar do lar e da família, ser dona de casa pode ser um grande problema. Se fosse fácil, não existiriam tantas publicações ensinando como administrar um lar, decorar, cozinhar e até arrumar a casa. Quando falta o talento para cozinhar, por exemplo, uma simples canjiquinha transforma o jantar num pesadelo. Por ser um prato corriqueiro, muitas seguem a dedução. Porém, em se tratando de culinária, nem sempre a lógica surte o efeito desejado. A canjiquinha é um exemplo. Convidada para apreciar a iguaria tipicamente mineira, encontrei um cenário no mínimo cômico: uma anfitriã desesperada! Isto porque já se passava da hora do jantar e o prato principal não ficava pronto. No desespero, entraram em cena a mãe e a sogra, que pelo telefone tentavam salvar o xerém (nome popular do prato no Nordeste). A carne, primeira a ir para a panela de pressão, estava macia, mas a canjica, que cozinhava ao lado, não amolecia de jeito nenhum (descobri que o milho não ficou de molho e sequer foi lavado). Então surgiu a brilhante ideia: colocar a canjica na panela de pressão junto com a carne, assim ela cozinharia mais rápido. Na primeira pressão, a água escorreu da panela, causando um susto danado no marido, que esperava afoito pelo jantar. Foi um pulo do sofá até o fogão para desligar a trempe, afinal, do jeito que estava saindo fumaça e água, parecia que a panela iria explodir. Mais apavorada ainda, a anfitriã recorreu ao WhatsApp, procurando socorro no grupo da família (afinal, dona de casa moderna domina as ferra-
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mentas tecnológicas) para saber como recuperar o controle da panela. Encorajada, ela voltou confiante para o fogão: aguardou o vapor da pressão sair e provou o tempero. Ao procurar a carne, percebeu que só os ossinhos estavam visíveis. Deduziu, então, que a carne havia desfiado, não comprometendo o sabor. Como boa visita, prontifiquei-me a arrumar a mesa. Apesar da beleza do aparelho de sopa, pela informalidade do momento algumas regras de etiqueta relativas a posição dos utensílios foram quebradas. O sousplat, por exemplo, foi colocado embaixo do prato fundo; ao lado veio a cumbuca com o cheiro verde, enquanto o cesto de pão foi posicionado quase ao centro. À direita do prato fundo foi colocada a colher, enquanto o guardanapo de tecido aguardava à esquerda. O glamour foi a tigela: uma lindíssima peça de porcelana portuguesa com pinturas em relevo. A relíquia, herdada da avó da anfitriã, tornou a pela égua (como a canjiquinha é conhecida no Espírito Santo) em prato sofisticado. O solene momento atraiu todos para a mesa. A anfitriã me deu a honra de ser a primeira a servir. Foi quando notei que algo não estava conforme o esperado: estava ralo demais. A graça ficou na tentativa de “fisgar” um pedaço de carne. Porém, mal sabíamos o que vinha pela frente: a canjica estava crua, por isso se concentrava no fundo da tigela. O jeito foi “beber” a água temperada. O anfitrião, muito perspicaz, não pensou duas vezes e propôs uma mudança urgente de cardápio: “hoje vamos de pizza, e eu pago”. A estratégia deu certo. Todos concordaram. O jantar terminou em pizza e boas gargalhadas à noite toda. E sabe o que mais? No dia seguinte, todos do grupo de WhatsApp preparam uma canjiquinha à moda mineira, inspirados pela inexperiência e pela aflição da anfitriã.
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A idade
está chegando Por Tainá Costa Email: tainaacosta@gmail.com
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inda não inventaram uma maneira de parar ou voltar no tempo. Ele passa e não tem jeito, não tem como controlar. Há quem tenha a impressão de que o tempo passa mais rápido hoje do que antigamente. E há quem culpe a tecnologia. Um monte de coisas acontecendo ao mesmo tempo e todo mundo super conectado. Se a culpa é da tecnologia eu não sei. Só sei que realmente o tempo tá passando e eu tô ficando velha. Você percebe que o tempo está passando conforme vai completando etapas da vida. Tirar o primeiro título de eleitor, prestar vestibular (na minha época o ENEM ainda não servia para entrar na faculdade - sinal de idade), tirar carteira de motorista, concluir o ensino superior, conseguir o primeiro emprego, começar a pagar as próprias contas, ver seus irmãos mais novos entrando na faculdade, ver seus amigos casando, ver seus primos mais novos casando… Aliás, uma excelente maneira de entender se você está entrando na vida adulta de fato é começar a ter um grande descompasso entre o número de convites para formaturas e casamentos. Quanto mais casamentos e menos formaturas, mais adulto você está ficando. Outra métrica que eu me dei conta recentemente é o número de visitas a cartórios. Se você anda frequentando cartórios e já foi a mais de um cartório na mesma semana, meu amigo, parabéns! Você é um adulto. Cartório é muito coisa de gente grande. Este mês fui num cartório eleitoral, num cartório de notas e num de registro de títulos e do-
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cumentos de pessoa jurídica. Tudo isso na mesma semana. Zerei a fase de cartórios da vida adulta. Mas tem um fator que eu acredito ser decisivo pra saber que o tempo passou e você está ficando velho. Se você completou esse, não tem mais como voltar atrás. É quando você já não mora mais na casa dos seus pais, nem numa república ou dividindo apartamento com colegas. Você tem a SUA casa. Que você organizou do SEU jeito. Decorou da maneira que VOCÊ quis. Nada daqueles móveis das Casas Bahia que você tinha na república. Ou da decoração com móveis de 30 anos atrás da casa dos seus pais. Você faz questão de escolher uma geladeira boa, um sofá decente… E por falar em sofá, se você sabe quanto mede um sofá de três lugares e a palavra “suede” te soa familiar, você avançou três casas rumo a vida adulta. Junto com a casa você começa a ter na sua agenda do celular telefones de eletricista, bombeiro hidráulico e “maridos de aluguel”. Pela primeira vez na vida você se preocupa em colocar pano de prato de molho pra tirar o encardido. Convida seus amigos pra ir a sua casa e fica mais tempo na cozinha do que se divertindo com eles. Aliás, o tempo que você passa na cozinha fica igual ou superior ao que você passa na sala. Portanto, se você andou ganhando de presente itens como panela, facas especiais, jogo de xícara e ficou feliz de ter ganhado esse tipo de coisa, é irreversível. Você é um adulto.
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Quando fazer uma
cirurgia plástica?
Por Rosimara Moraes Bonfim E-mail: rosimarabonfim@yahoo.com.br
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ão as condições de saúde que determinam quando fazer, dependendo do procedimento indicado ou desejado. Usualmente, esperam-se os 18 anos quando falamos em cirurgias mamárias femininas, mas questões como desenvolvimento hormonal e outros aspectos podem influenciar na decisão. Em crianças e adolescentes, a indicação vai depender também da natureza do problema. Assim, orelhas em abano que interfiram na vida social da criança, já em idade escolar, podem ser operadas antes dos 10 anos. Nos pacientes mais velhos, a textura da pele, condições de saúde e as queixas são aspectos fundamentais na decisão cirúrgica. Peles mais flácidas não são adequadas para lipoaspiração. Cirurgias prévias vão interferir nas decisões sobre a técnica e resultado. Muitas pessoas aproveitam o inverno para cirurgias pela comodidade de férias escolares, pouca exposição ao sol e uso de cintas compressivas em alguns casos.
Mais importante do que o quando fazer é o que se espera da cirurgia plástica. Hoje temos divulgações sugerindo “cirurgia plástica sem riscos e sem cicatrizes”. A cirurgia plástica tem que ser indicada de maneira criteriosa, precedida de uma boa análise da saúde do paciente, de suas expectativas e do que é possível solucionar com as diversas técnicas. Apesar de as cicatrizes serem posicionadas em áreas menos visíveis rotineiramente, elas existem. São necessários exames complementares para checar a saúde e é fundamental que o paciente informe medicações que usa, seus antecedentes de saúde, limitações e expectativas. Antes de pensar em quando fazer, o importante é definir o que se deseja e quem será o médico a ser consultado. É importante buscar um profissional com boa formação, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia plástica e receber orientações corretas. Promessas de perfeição e de que não há risco podem acabar em desastres. Poderá até ser sugerido um procedimento não cirúrgico, como preenchimentos, toxina botulínica e outros menos invasivos, que atenderão aos desejos do paciente sem necessidade de grande cirurgia. A cirurgia plástica, como toda especialidade médica, é antes de tudo o cuidado com a saúde. Por isso, deve-se evitar aqueles que anunciam “milagres baratos” ou que não são especialistas. Os desastres maiores estão nas falsas promessas. Beleza com saúde é fundamental!
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Agricultura do
AMANHÃ Por Marcelo Barreto Email: barretofito@uol.com.br
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agricultor do amanhã já está em nosso meio! Podemos ver sua alegria e simplicidade, inerentes à vida no campo. Na última confraternização que participei, após a assembleia de uma cooperativa de café e pimenta-do-reino, não pude deixar de ver esta
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geração que começa a surgir em um ambiente repleto de desafios. Sem dúvidas a sustentabilidade será cada vez mais o driver na tomada de decisão do agricultor. Água, fauna e flora terão espaço e proteção para se recompor, após tantos anos de degradação. Hoje, já
é possível observar o reaparecimento de aves e outros animais que não víamos comumente nos centros urbanos. A educação ambiental tem produzido efeito positivo nesta geração e certamente colheremos mais frutos na próxima. O trabalho pesado e rotineiro aos poucos deixará de ser executado pelo homem e passará a ser tarefa das máquinas. Processos mecanizados serão responsáveis por plantar, adubar, irrigar, colher, processar, armazenar e transportar os frutos da lavoura. A agricultura se aproximará da indústria em seu funcionamento. A mão de obra reduzirá e se qualificará. Os equipamentos serão mais caros e sensíveis. O planejamento físico e financeiro nesta nova forma de produzir será fundamental. Para dominar as novas tecnologias, uma boa formação acadêmica e continuada é decisiva. Um mundo global demanda um campo conectado. A tecnologia será o instrumento que ajudará a vencer as barreiras decorrentes das grandes distâncias. Mesmo hoje, a atividade rural demanda atualização constante. São novos produtos, serviços, métodos e problemas a serem solucionados. As tecnologias de informação se aproximarão do campo e estreitarão as relações entre o rural e o urbano, o produtor e o consumidor e entre o nacional e o internacional.
A fazenda estará melhor equipada e preparada para receber os visitantes que virão das cidades. Em 2050, de acordo com projeções do Banco Mundial, apenas 30% da população mundial viverá no campo. O transtorno de déficit de natureza terá na fazenda seu local terapêutico preferido. Algumas grandes indústrias serão instaladas no interior e o agroturismo estará na agenda das férias de muitos. Paz e tranqüilidade, alimentação saudável e um lazer diferenciado serão as demandas dos moradores das metrópoles. Finalmente, a saúde chegará ao campo também por meio dos recursos de comunicação e transmissão de informação a longa distância. A consolidação da telemedicina tanto no diagnóstico quanto nos tratamentos virão ao encontro do agricultor. Políticas públicas e planos de saúde atenderão esta fatia importante da população, levando mais tranquilidade e segurança ao ambiente rural. Finalmente percebo que os veículos aéreos não tripulados poderão levar vários serviços e produtos à porta de quem vive e trabalha no campo. Para tanto é preciso que a legislação de hoje sinalize para as demandas do campo e não estejam focadas apenas nas realidades urbanas. Pensar em um Brasil melhor em 2050 necessariamente passará por planejar uma vida rural melhor, mais produtiva, saudável e sustentável.
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O Brasil não tem estrutura moral
estrutura moral Por José Francisco da Costa Júnior E-mail: costajunior14@gmail.com
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oda vez que se fala em criminosos, presidiários e sistema prisional no Brasil, invariavelmente o tema desanda e a discussão se torna acalorada, com os defensores dos direitos humanos aplicados aos presos de um lado e os que defendem um rigor cada vez maior para com os criminosos de outro. Na maioria das vezes, prevalece a opinião de que se deveria adotar a “Lei de Talião”, quer seja, “dente por dente, olho por olho”. Isso, quando não se defende abertamente a pena de morte. Para os cidadãos que não têm conhecimento da ciência jurídica, dos meandros da lei penal ou processual, de fato há motivo de sobra para se indignar com decretações de prisões de um lado e ordens de soltura de outro. Não só para eles. Para os próprios advogados também. Jabor disse bem que, em nosso sistema, a polícia é a goiaba e o Judiciário o mamão (Uma prende, o outro solta). Como admitir que um acusado e condenado por crime de homicídio tenha direito a apelar para novo julgamento pelo simples fato de que,
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no primeiro julgamento, sua condenação ultrapassou o lapso temporal de 20 anos? Pior ainda é, com base nos mesmos elementos de prova, aquele condenado a uma pena de reclusão por 28 anos, por exemplo, poder no segundo júri ser considerado inocente e, por isso, ser absolvido. Felizmente, após quase dois séculos de vigência, o vetusto recurso chamado “Protesto por Novo Júri” foi, enfim, abolido do ordenamento jurídico brasileiro pelo artigo 4º da Lei n.º 11.689/08. E quem aguenta tantos habeas corpus, seja por falha nos atos processuais ou na própria legislação? O Direito nasce junto com a sociedade. E não existe sociedade sem um ordenamento jurídico. As leis são o resultado daquilo que todos concordamos que seja bom para regular nossos direitos e nossas obrigações. Obedecendo-as, vivemos em harmonia. Algumas pessoas, porém, por não saberem viver em sociedade, desrespeitam essas normas que todos se obrigam a obedecer. E, para apren-
der a respeitá-las, são retirados da convivência social e encaminhados a presídios onde possam, de um lado, pagar sua dívida para com a sociedade que foi agredida pela desobediência às normas estabelecidas e, de outro lado, para aprender a conviver em paz e a obedecer à norma que infringiram, porque ninguém pode desrespeitar a lei feita para todos. Esse é o princípio, é o fundamento do Direito Penal. Esse é o objeto do sistema prisional. Mas o Brasil não tem uma estrutura moral. O nativo, índio, até que tinha essa estrutura, baseada nos costumes de cada tribo. Havia o respeito, e a harmonia reinava na sociedade indígena. Mas chega o homem “civilizado” e logo de início já faz uma chantagem (ato de extorquir dinheiro, favores ou vantagens a alguém sob ameaça de revelações escandalosas, ou secretas, na definição do Dicionário Aurélio), colocando fogo na “água” (álcool, na verdade), para enganá-los e obrigá-los a colaborar com seus planos de conquista, subjugando-os. O resultado disso e de tantas outras manobras é o que temos hoje: o Brasil é o país que tem a maior população de presos em toda a América Latina, segundo dados da Fundação Internacional Penal e Penitenciária. Já de acordo com o Departamento Penitenciário Nacional, há no Brasil um déficit de mais de 135 mil vagas. Dos mais de 622.202 (em 2008 eram 336 mil) presos existentes no país, 400 mil cumprem pena em penitenciárias sob condições precárias. São mais de 345 mil mandados de prisão expedidos e não cumpridos, em um país onde são praticados mais de 1 milhão de crimes por ano. Só para se ter uma idéia, o custo que o Estado tem por mês com cada preso é quatro vezes maior do que a manutenção de um aluno na escola pública do ensino fundamental. Somos nós quem pagamos por isso. Pagamos para formar mais delinquentes que vão nos atormentar ainda mais. Que lógica burra e absurda é essa? É por demais sabido que manter um condenado em uma prisão sem ter nada para fazer é o mesmo que lhe
criar oportunidade para arquitetar novas práticas criminosas, a infernizar as nossas vidas. O Congresso aprovou a Lei 12.403/11, que altera o Código de Processo Penal. A referida lei aumenta as medidas cautelares e representa um avanço do sistema processual penal. Deve-se por em relevo que, embora a sociedade brasileira seja favorável à prisão provisória de forma irrestrita, sobretudo em casos de repercussão, essa mesma sociedade elegeu um modelo constitucional altamente democrático. Resta saber se estamos à altura da Constituição construída em 1988. Penso que não temos estrutura moral para abstrair e vivenciar o conteúdo de nossa Constituição. Quer me parecer que o Estado não tem recursos (ter, sabemos que tem) para manter o sistema prisional. Por essa lei, podem ser soltos cerca de 219 mil presos provisórios. E essa redução da população carcerária representa uma vantagem econômica (para o Estado, claro). Cada preso custa, em média, R$ 3,4 mil por mês ao Estado. Com a educação, o Estado gasta cerca de R$1,25 mil por ano. Por isso, passa da hora de darmos um basta em toda essa situação. Assistimos passivamente aos nossos “representantes” políticos aumentarem seus “salários”, numa afronta a toda a população. A todo instante, vemos políticos e “empresários”, cada um mais corrupto do que o outro, lesando escancaradamente os cofres públicos. Raramente se consegue devolver aos cofres públicos o que foi desviado. Exceção tem-se visto com a Lava Jato. É vergonhoso ouvir as desculpas mais esfarrapadas na TV: “Eu não sei de nada...” Ou mudamos nossa postura em relação a quem elegemos, mudando, também, nossa moral hipócrita, ou podemos nos mudar deste país, deixando-o às cobras. Elas que se autodestruam. Do jeito que está, este não é um país para gente decente viver.
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J.B. Coelho 2 meses da princesa Laura Alves
Cirurgião plástico Dr. Wagner Além da competência e credibilidade do médico cirurgião plástico Dr. Wagner Rodrigues, todo mundo é recebido por sua equipe de trabalho com simpatia e agilidade. E convenhamos: nada melhor que chegar ao consultório e ser recebido com esse sorriso e simpatia.
O sonho se tornou realidade para o casal Denise e Daniel Pereira Gonçalves, que curte os 2 primeiros meses de vida da princesa Laura Alves, num ambiente de puro amor. Parabéns a esta linda família.
Jantar da Casa da Amizade O jantar da Casa da Amizade aconteceu no badaladíssimo restaurante Buona Tavola, onde reuniu parte das mulheres conceituada da sociedade de Manhuaçu. 42 conceito
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Arquiteto João Previero
Na hora da reforma ou construção, um arquiteto competente faz toda a diferença na hora de ajudar a deixar o ambiente mais funcional e harmônico. João Previero tem se destacando no mercado por unir a técnica, criatividade, funcionalidade e estética ao bolso do cliente, sem perder o foco.
Férias em família
Curtindo as férias em nossa cidade e revendo amigos e familiares, meus queridos amigos Axel, Izabela, Caio e Esther. Atualmente estão residindo na cidade de Uelzen, na Alemanha. Sejam bem-vindos!
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A D O M
e d a d i t n e d i e d o ã s e r p x e como N
Por Suzan Duarte Alice Duarte
ossas escolhas, conscientes ou não, disparam a todo o momento mensagens sobre o que somos e como desejamos ser vistos ou conhecidos. Os objetos que utilizamos não só atendem por suas funcionalidades; eles falam de nossas vivências e são atravessados por símbolos e signos que representam valores emocionais e sociais. Marcas e produtos contribuem tanto para a confirmação de uma imagem como também para permitir novas identificações e mudanças, permanecendo sempre na fronteira entre o desejo subjetivo e a necessidade objetiva. Nosso corpo é o espaço de representatividade mais livre que possuímos e nele imprimimos nosso status, nossa condição social, nossos valores, nossa possibilidade criativa, nossos interesses, nossas ligações emocionais e nossa trajetória de vida. Talvez por isso, a moda, especialmente o vestuário, seja aquilo que mais exprima e componha uma identidade. As roupas que usamos carregam
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uma abordagem filosófica e moral, muitas vezes maior do que imaginamos, e podem servir ou não a nossas intenções sobre o que mostrar ao mundo sobre nós mesmos. Freud disse: “Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo. Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos”. Neste sentido podemos dizerque é preciso assumir que nossas roupas são expressão de nossa personalidade para não correr o risco de nos mostrar de uma forma que não desejávamos. Quanto mais tentamos esconder partes do nosso corpo ou aspectos de nossa vida ou personalidade, mais inadequadamente eles vão aparecer. É necessário assumir o controle sobre nossas escolhas. Para tanto, o autoconhecimento é indispensável, além da avaliação minuciosa de tudo que escolhemos usar. Entender e gostar do próprio corpo, distinguindo pontos fortes e fracos, para enfatizar os primeiros e ofuscar os segundos, faz parte do aprendizado. Observar e entender o efeito das cores, estampas, modelagens, peças do vestuário sobre nosso corpo e nosso estado de espírito ajudam a construir uma imagem coerente. Afinal de contas, as opções são infinitas e a moda que usamos é a expressão de nossa identidade!
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A crise
onde dói mais... Por Inocêncio Magela E-mail: dialetika@dialetika.com.br
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mpregos e desempregos sempre houve e sempre haverá. Porém, quando a situação se torna crônica e o desemprego, com o passar do tempo, não vai encontrando solução, ela impacta dentro do coração do homem. Anteriormente, o desemprego tinha uma causa facilmente identificável. As pessoas menos preparadas não tinham chance de se localizar no contexto econômico. O mercado só oferecia chance aos que se dedicaram à aquisição de conhecimentos, sobretudo técnicos, e ao desenvolvimento de atitudes e habilidades requeridas pelos empregadores ou pelas empresas. Havia uma certa facilidade no diagnóstico de seus fatores. Agora, já não mais. O desemprego não é fruto de apenas uma causa. É resultado de uma síndrome de causas: culturais, políticas, econômicas, sociais e psicológicas. Culturais, pois a população brasileira parece admitir o vai-e-vém da crise. Políticas, porque a crise decorre de interesses de quem dela se be-
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neficia. Econômicas, pois a condução irresponsável do equilíbrio de contas encontra-se na história brasileira. Sociais, enquanto apenas aqui existe uma boa distribuição do custo da crise (com o perdão da ironia). Psicológicas: ah! É aqui que eu quero me deter. A crise produz o desemprego. O desemprego torna-se estável, quase que duradouro. Os mais bem preparados enfrentam as mesmas dificuldades dos menos preparados. A especialização já não encontra lugar nas empresas, pois elas já não encontram lugar no mercado. É quando chega a penalidade socializada. Todos pagam! Os mais e os menos preparados. Assim, a situação conduz ao desespero, à desesperança pessoal. O impacto dá-se bem no coração das pessoas. Pois não há perda pior do que a do patrimônio de uma pessoa em estado de bem-estar: o patrimônio da esperança. Esperar é uma condição do presente com olhos positivos no futu-
ro, que sinalizam que dias melhores vão chegar. Mas, não é este o caso. Triste perda!... No início dos anos 1990, Viviane Forrester produziu um de seus livros denominado “O Horror Econômico”. Ela considera que o impacto mais nefasto da crise dá-se em nível da experiência da autoestima, da eliminação do amor próprio. São dela os seguintes dizeres: “Os desempregados são os primeiros a se considerarem incompatíveis com uma sociedade da qual eles são os produtos mais naturais. São levados a se considerar indignos dela e sobretudo, responsáveis pela sua própria situação... Eles se acusam daquilo de que são vítimas.” Então, o desemprego reveste-se de outras decorrências. Com o passar do tempo as pessoas vão experimentando o limite da dignidade, a partir do qual deságuam na experiência da perda da consideração social, da autoconsideração e da autoestima. São consequências da perda do teto, salário, conforto, desaponto do cônjuge, dos filhos e dos parentes mais próximos. Por vezes tais consequências traduzem-se em rupturas, penalizado que foi o desempregado, culpabilizado por quem o cerca, como sendo o principal responsável: o julgamento do desempregado. A decorrência desastrosa reveste-se da vergonha. Vergonha de ser quem é e das próprias circunstâncias. Não é o desemprego em si que é nefasto, mas o sofrimento que ele gera. O desempregado, pela sua permanência de sê-lo, não é mais objeto de uma
marginalização provisória: agora experimenta uma implosão intrapessoal. Ora, o desemprego duradouro só terá fim se, hipoteticamente, houver uma mudança conjuntural. Mudança esta que negativamente ocorreu pela entronização da crise em um dado momento. Desta maneira o desempregado vive uma experiência paralela à de Sísifo. Sísifo foi condenado pelos deuses a carre¬gar uma pedra imensa para o topo de uma montanha. Cada vez que atingia o topo da montanha, a pedra escorregava para a base e Sísifo tinha que levá-la ao topo novamente. Sí¬sifo está fadado a fazer isto por toda a eterni¬dade. Castigo insuportável! Se os deuses o liberassem da maldi¬ção, ele não teria outra coisa para fazer. Como poderá Sísifo encontrar um novo sentido de existir? Haverá de ocorrer que num dia tal mudança conjuntural aconteça. O que fará o desempregado, já adaptado à sua menos-valia, à sua desconsideração, a sua baixa autoestima? É de se esperar que múltiplas barreiras lhes sejam impostas para superar as dores que a crise lhe impôs no passado: a dor de ser a si mesmo. Então será a hora de se redescobrir, a maneira de aprender a se amar e acreditar em si mesmo. “Quando me desespero, eu me lembro que durante toda a história, o caminho da verdade e do amor sempre vence. Têm existido tiranos e assassinos e por um tempo eles parecem invencíveis, mas, no final, eles sempre caem.” – Mahatma Gandhi
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Crime diante dos próprios olhos
Crimes cibernéticos crescem no Brasil e levam a uma pergunta direta e ousada: será que você já cometeu algum?
Por Josi Gonçalves André Manteufel
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Ladrão safado, dizia que detestava político ladrão e agora que podia fazer alguma coisa” (sic). “Corrupto que pregava justiça em seu programa de televisao e é tao criminoso quanto os bandidos dos casos que apresentava. Lixo humano. Parasita” (sic). As frases, claramente carregadas de revolta, proferidas por internautas na página do gabinete do vereador afastado Ricardo Assunção (PTB), foram apenas duas dentre inúmeras de ataque direto ao parlamentar. O motivo para as manifestações de ódio contra o valadarense foi a primeira etapa da operação Mar de Lama, realizada na manhã do dia 11 de abril pela Polícia Federal, que colocou Assunção na lista de suspeitos de desviar cerca de R$ 1,5 bilhão dos cofres municipais desde 2013. O dinheiro foi repassado pela União após um estado de emergência decretado naquele ano pela prefeita Elisa Costa. O
recurso tinha como destino conter os estragos causados pelas chuvas que caíram sobre Governador Valadares pouco antes, como na contenção de barreiras e reparos de estradas vicinais do município. Mas o Ministério Público Federal identificou que boa parte do montante foi parar no bolso de gente graúda da política valadarense, como Ricardo Assunção, outros 11 vereadores e secretários municipais, além de servidores da Prefeitura e empresários. Dono de uma voz grave, comunicador por excelência, apresentador de TV e radialista, o que lhe conferiu uma fama diferenciada dos demais parlamentares, Assunção chegou a publicar um vídeo em sua página do Facebook naquela mesma manhã do dia 11, no qual se dizia confuso com as acusações e com a abordagem da PF em sua residência. “Eu resolvi gravar este vídeo para desmentir uma onda de fatos que se espalha rapidamente em Governador
Valadares, principalmente nas redes sociais”, esclarecia, antes de explicar que o que houve foi apenas um mandado de busca e apreensão, que não havia sido preso, que apoiava as investigações da PF e que exigiria que elas acontecessem a fundo, até encerrar: “peço a todos vocês que antes de qualquer tipo de comentário acompanhe aqui na minha página, no Facebook. Eu vou atualizar as informações pra vocês. Se existe uma pessoa que vai atrás da verdade, esse alguém sou eu.” Hoje, Ricardo Assunção está preso em caráter preventivo na Penitenciária Francisco Floriano de Paula, ainda aguardando os desfechos da operação, suspeito de ter praticado corrupção passiva e de receber valores indevidos para práticas de ofício como parlamentar. Mas na reportagem narrada até aqui, ele e os demais envolvidos na Mar de Lama não são os únicos suspeitos de cometer crimes. Os autores das mensagens que abriram a matéria, bem como outros zilhões de internautas que todos os dias despejam textos depreciativos contra alguém na internet, também estão sujeitos a indiciamentos pelos chamados crimes cibernéticos. E vale o alerta:
as leis contra crimes dessa natureza têm ganhado corpo nos últimos anos, à medida que casos emblemáticos vieram à tona. O mais famoso aconteceu em 2012, quando a atriz Carolina Dieckmann teve fotos íntimas vazadas na web, provocando um debate nacional que culminou na criação da Lei 12.737, que ficou mais conhecida pelo nome da vítima. A amplitude da lei é um dos aspectos que permitem ter uma noção de quantos crimes são vistos todos os dias na rede: calúnia, injúria, difamação, crimes sexuais, pedofilia, homofobia, intolerância religiosa e neonazismo são apenas alguns deles. “Desta forma, para julgar casos deste tipo, a lei, popularmente conhecida como Carolina Dieckmann, permitiu-se acrescentar ao Código Penal dispositivos legais que tipificam delitos cibernéticos e configurar melhor esses tipos de crimes”, esclarece o advogado especialista em Direito Cível Richard Pereira Guimarães. Além da Lei Carolina Dieckmann, o Marco Civil da Internet, que vigora desde 2014, também vem proporcionando novas leituras jurídicas acerca dos crimes virtuais que têm levado a novas reflexões sobre danos pessoais cometidos por usuários. O fato de ainda não ter sido julgado nem condenado pela Justiça já seria o suficiente para transformar Ricardo Assunção também em vítima de injúria e calúnia. A recomendação às vítimas desses crimes, bem como as de difamação e ameaças de identidade, explica o advogado, é imprimir as postagens, dirigir-se a uma delegacia e registrar um boletim de ocorrência. Já para crimes mais graves, como pedofilia, homofobia, intolerância religiosa e neonazismo, as denúncias podem ser feitas também na delegacia ou na Central Nacional de Crimes Cibernéticos, no site www.safernet. org.br. Uma comissão fará a investigação e trabalhará para retirar o conteúdo ofensivo da web. Tudo isso, é claro, sem a vítima deixar de colher provas que façam valer seu direito de defesa. “É recomendado que a vítima faça um print delas, que imprima o conteúdo, anote o endereço eletrônico do site e que faça um boletim de ocorrência em uma delegacia e procure um cartório e registre uma ata notarial. Assim ela vai constar todo o ocorrido e, aí sim, poderá deixar nas mãos das autoridades”, explica Guimarães. Clonagem Entre tantos crimes identificados, há outros que também colecionam vítimas: os de clonagem e estelionato na internet. Dados do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, mostram que os cibercriminosos não são poucos. Entre janeiro e dezembro do ano passado, foram registradas 168.775 fraudes pela internet, enquanto houve 2.457 denúncias por invasões a computadores. Claro que os números não representam a totalidade de casos, visto que nem todas as vítimas registram devidamente a reclamação. O próprio advogado Richard Guimarães vem se familiarizando com casos desta natureza. Recentemente, ele defendeu uma cliente de 65 anos de Manhuaçu vítima de crime cibernético. “Essa vítima, minha cliente, tem o costume de usar seu cartão de crédito para realizar compras na internet. E, entre essas
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compras, ela acessou um site desconhecido. Sem que percebesse, seus dados ficaram armazenados, foram clonados e ela teve de arcar com toda a clonagem”, conta, referindo-se aos prejuízos da cliente. Trata-se de mais um tipo de crime cibernético a entrar na mira da justiça. No atual momento, a Lei Carolina Dieckmann segue com debates sobre alterações que a tornem ainda mais rigorosas. O objetivo é exatamente o de coibir a prática de crimes num universo ainda carente de regras solidificadas. “Se bem elaborado, nos ajudará a configurar estes crimes e dar julgamento necessário por parte do infrator”, conclui o advogado. Portanto, convém pensar bem antes de postar algum comentário maldoso na rede. Os três crimes estão previstos no Código Penal e muita gente faz confusão entre eles. Mas, afinal, qual a diferença? Calúnia (art. 138): acusar alguém de um crime sem ter provas. Difamação (art. 139): ofensa à reputação de alguma pessoa, como, por exemplo, boatos maliciosos, com ou sem provas.
Criminosos? Internautas entraram na página do gabinete do exvereador Ricardo Assunção e dispararam ofensas
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Injúria (art. 140): xingamentos ditos diretamente a alguém.
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KARINAXAVIER Criado em dezembro de 2014, o blog KARINA XAVIER é um espaço onde compartilho com as leitoras tudo sobre o mundo da moda, beleza e tendências. Sou fonoaudióloga atuante na área, noiva, nascida e residente em Caratinga, apaixonada por cavalos e fascinada pelo universo feminino desde sempre. Procuro sempre informar as leitoras, trocar dicas e experiência desse universo. O mundo da moda e afins muda e lança tendências constantemente. E para vocês que desejam saber quais as principais para o ano de 2015, não pode deixar de conferir as dicas a seguir! Separei as principais para vocês:
Tendências incríveis para
primavera-verão 2017 O inverno mal se intensificou e as principais apostas para a primavera-verão já foram feitas. Não poderia deixar de trazer para vocês e adiantar tudo para minhas leitoras super antenadas. Por isso, fiz um apanhado do maior evento de moda do Brasil e trouxe pra vocês arrasarem nas próximas estações Primavera-Verão 2017. Reuni as mais comentadas e vistas nas passarelas para vocês que já querem garantir alguma peça ou já começar a se inspirar no que foi apresentado. Lembrando que os desfiles de moda são fashions shows, com exagero de shapes, cores, decotes, comprimentos e afins, justamente pra deixar tudo bem glamouroso e dar um enfoque bem maior à tendência e salientar ainda mais. Foram mais de 30 marcas, e a maioria já tem peças à venda. Isso mesmo: se antes nós só víamos nas lojas meses depois, agora nós encontramos já no pós-desfiles. Em 2017 o calendário da moda será reordenado.
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Mas o que esperar para o próximo verão? Confiram só: Slip Dress
É o vestido camisola, peça que foi vista nas principais semanas internacionais e repetido aqui no Brasil. São vestidos e tecidos fluidos, com toque acetinado e a cara daquela camisola charmosa dos anos 90. 52 conceito
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Makes
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As famosas maquiagens clean continuam. Com batons nudes, gloss e iluminador. A maioria dos desfiles apresentou maquiagens bem leves, sombras marrons bem clarinhas. O gloss, além de ser usado na boca, foi usado nas têmporas também, pra ajudar a iluminar ainda mais e dar aquele efeito glow, bem molhadinho.
Gargantilhas
Peças oversized
Conhecidas também pelos cortes volumosos e exagerados. Foram apresentados nas semanas de moda internacionais também, e vários estilistas repetiram a dose no SPFW, confirmando a tendência.
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Foco no pescoço é o trend dos acessórios. Em vários desfiles foi possível ver o acessório, de variados tamanhos e formas.
Maxi coletes
Super modernos e estilosos, eles conferem um ar super cool aos looks, e bombaram nas passarelas.
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Ombro a ombro
Sensual e feminino na medida certa, o decote foi o musthave do verão passado e promete para o próximo.
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Metalizado
Já falei sobre essa tendência aqui no blog, e pelo visto ela continuará fazendo a cabeça da mulherada e dos estilistas. Dá pra continuar brilhando.
E ai, qual sua escolha? Bjs e até a próxima!
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Eduardo Fraga Feijoada Feijoada du Fraga movimentou a society caratinguense no dia 21 de Maio. O Armazém Diesel fervilhou de gente bonita e transada da cidade e região. Confira alguns momentos! Fotos: Thiago Barros
Carol, Tércio e Karina
Cláudia, Sayonara e Carminha
Léia, Paulinho e filhos
Eduardo e Paulo César
Dadinho, Keyla, Renata, Geovana, Arthur e Darcy
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José Antônio, Rose e Rafael
Ana Martha, Lorena, Márcia e Eneide
Lia, Márcio e Helena
Lurdinha e Charles com Eduardo
Emanuela, Irene, Viviane, Camila e Samantha
Sayonara, Ednilson e Polyanna
Tamires e Tadeu
Alexandra e Leonardo
Pedro e Lara
Eleonora e Clesus
Rafaella e Flavinho
Diógenes e Isabela
Elaine, Maria Fernanda e Vitor Hugo
Maria Armanda e Márcia
Pedro, Manoel Vitor, Bárbara e Lívia
Eliana, Eduardo e Karina
Martinha, Fabíola e Angélica
Márcio e Larisse entre os filhos
Erika e Tales e amigos
Nara e Charlinho
Eduardo e Lucrécia
Juliana e Leandro
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Eduardo, Rosely e Kadu
Márcio e Rosanea
Poliana e Maxwell
Gicélia e Adilson
Leninha, Eduardo e Cristina
Carol e Leonardo
Camila e Rodrigo
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Marina e Cacá
Mariana e Sebastião
Jerôme e Sefora
Arthur e Liliane
Edvaldo e Vânia
Família Salim
Patrícia e Eduardo
Márcio, Débora, Anderson e Alexandre
Ronney e Maria José
Jesus e Serginho
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COMO TER UMA
comunicação inteligente
Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br
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ós nos comunicamos muito antes 5. Memorize o nome da pessoa apresentada e de falar. Um olhar, um gesto e até o chame-a pelo nome durante a conversa. silêncio comunicam. Esse tem sido 6. Seja gentil e sincero(a). um dos temas de muitas palestras que faço para empresas, por isso hoje vou dar dicas de como Comunicação verbal melhorar sua comunicação como um todo. 1. Tenha uma voz firme e evite a monotonia da voz. Comunicação escrita 2. Durante uma fala não seja linear. Enfatize 1. Seja polido. algumas palavras. 2. Organize as ideias. 3. Fique atento à má dicção, voz nasalada ou 3. Fuja dos vícios de linguagem. outros problemas de fala. Procure um fonoaudiólo4. Melhore seu vocabulário investindo em leitura. go. 5. Tenha objetividade. 4. Não fale numa velocidade excessiva ou lenta. 6. Revise sempre. 5. Incorpore gestos e pausas na sua fala. 6. Lembre-se que o silêncio também comunica. Comunicação visual 1. Olhe nos olhos. Espero que com essas simples dicas você dê um 2. Mostre interesse pelo que a outra pessoa fala. grande avanço na sua comunicação. Afinal, coSaiba ouvir sem interromper. municar-se bem é um grande diferencial na vida 3. Sorria ao ser apresentado a alguém. profissional e nos relacionamentos pessoais. Avance 4. Cumprimente com a mão firme. sempre!
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colaborador
Trancoso: sombra, história e água fresca
Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com
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Esta terra traz ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, umas vermelhas, e outras brancas. De ponta a ponta, é toda praia.” O cenário descrito na carta de Pero Vaz de Caminha fascina até hoje. Setenta quilômetros ao norte, depois de avistar o Monte Pascoal, os colonizadores, enfim, encontraram um porto seguro. Criaram vilas, como a charmosa Trancoso. Para chegar, é só seguir sentido Porto Seguro (BA), pela BR 367. No KM 33, fica a entrada para a rodovia estadual que leva até o vilarejo. A ocupação desta região ocorreu com as missões, instituídas para catequização dos povos indígenas. Antiga aldeia de São João Batista dos Índios, Trancoso foi fundada em 1586 e até hoje conserva antigas construções. São duas fileiras de casas centenárias no alto de um platô, cercado de amendoeiras e mangueiras. No centro, o antigo colégio jesuíta, transformado em igreja no século XVIII. No famoso Quadrado de Trancoso, estão os bares, restaurantes, lojas de artesanato e bou-
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tiques. À noite, o clima fica intimista, com iluminação baixa espalhada nas árvores e estabelecimentos. A Praia dos Coqueiros e a Praia dos Nativos são as mais próximas do centro da vila. Reserve um tempo pra uma caminhada pelo litoral quase deserto. Contato com a natureza sem perder o conforto. Mesmo as pousadas mais luxuosas mantêm o clima de interior. As diárias variam de R$ 120 a R$ 1.800 na baixa temporada e R$ 200 a R$ 2.000 na alta. Com uma gastronomia refinada, a vila tem o melhor da culinária baiana e internacional. A parrillada de frutos do mar é uma boa dica pra fechar o dia. Na manhã seguinte, vale a pena preparar a bagagem e pegar estrada... de terra. Aventure-se pelos 25 quilômetros até a Praia do Espelho. O passeio também pode ser feito de bicicleta, passando por trilhas no meio da mata. É aconselhável realizar o trajeto com acompanhamento de guias locais. Do alto das falésias, o cenário é ainda mais
Foto: Terravista Golf
encantador. O reflexo do sol no mar de águas azuis dá a impressão de um espelho. Daí o nome desta que é considerada uma das mais belas praias do Brasil. E, aqui mesmo, o turista encontra estrutura de hospedagem em pequenas e aconchegantes pousadas, além de boa comida, como um saboroso pei-
xe ao molho de camarão. A temperatura da água, mesmo no inverno, se mantém agradável, entre 25 e 28 graus. E quando a maré está baixa, piscinas naturais se formam bem perto da praia. Momento ideal para um relaxante banho de mar.
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