Ano 2 Nº 16 Abril 2015 ISSN 2318-0145
conceito Essencial, mas escassa
ONU prevê carência de água para 2025. Para as cidades abastecidas pelo rio Doce e seus afluentes, prognóstico também não é bom
Entrevista
Nhoque
Pela vida
Etelvino Bechara, de Caparaó para o Mundo
Aprenda duas “receitas da sorte”
Comunidade ajuda dependentes químicos
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Conheça nossos
Colaboradores
ADRIANA PORTUGAL
BIANCO CUNHA
CLORES LAGE
INOCÊNCIO MAGELA
JANAÍNA DEPINÉ
JOÃO PAULO
Adriana Portugal é graduada em Direito pela Faculdade Milton Campos, pós-graduada em Direito do Trabalho pelo Unicentro Newton Paiva, presidente do Grupo da Fraternidade Martha Figner e diretora do Instituto Nosso Lar
Bianco Cunha é formado em Comunicação Social pela UFJF e é pós-graduado em Marketing. Tem experiência de trabalho na Rússia e atualmente trabalha na Orquestra Sinfônica Brasileira.
Artista notável nos mais variados campos de expressão. É pintora, escultora, escritora, documentarista, cineasta, inventora. Clores é plural.
Formado em Filosofia pelo Seminário São José e em Pedagogia pela UFMG. É diretor da empresa Dialétika e coordenador técnico de cursos de capacitação do Sicoob em 8 estados.
Jornalista, especialista em Comunicação Empresarial e mestre em Ensino Superior. Consultora de etiqueta há uma década, ministra cursos e palestras e é autora do site elegantesempre. com.br.
Formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Univale. Especializado em Redação Publicitária pelo Ateliê das Letras. Redator na agência Óbvio Comunicação.
JOSÉ FRANCISCO
JUAN MOISÉS ZONIS
LAURO MORAES
LUCAS PELOSO
MARCELO BARRETO
TAINÁ COSTA
Mestre em Direito pela UGF/RJ, especialista em Direito Empresarial e em Gestão Estratégica de Cooperativas. Professor Universitário.
Juan Moisés Zonis é Doutor em Odontologia pela Universidade Nacional de Rosario, na Argentina, onde também leciona. É autor de diversos trabalhos publicados em revistas científicas do Brasil e do exterior. É sócio fundador da Sociedade Mineira de Estomatologia e membro da Academia Pierre Fauchard..
Jornalista e especialista em Políticas Públicas pela Univale, com mestrado em Cultura e Turismo. Acumula passagens por três afiliadas Rede Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo. É professor universitário nas áreas de Comunicação e Marketing.
Graduado em Gastronomia pela Estácio de Sá, Lucas Del Peloso já chefiou grandes empresas como o Grupo Porcão e o La Isla. Atualmente esta à frente das criações do Restaurante Villa Roberti, em BH..
Marcelo Barreto da Silva é fitopatologista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), pósdoutor pela Kansas State University em Sistema de Informações Geográficas, coordenador do programa “Agro+: por uma agricultura mais sustentável”.
Formada em Comunicação Social pela UFJF. Cursou parte da graduação na Universidad de Salamanca, na Espanha. Hoje é estudante de Marketing no Coppead (UFRJ) e é assistente comercial da Rede Globo.
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Palavra do Editor
Esperemos por trimestres melhores E lá se foi o primeiro trimestre do ano. Passou rápido, é verdade, mas já deixou algumas marcas, principalmente no que diz respeito à economia. Combustível subindo semana após semana, aumento na conta de luz e na tarifa de água, produtos mais caros nas prateleiras dos supermercados. O próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy, havia admitido, ainda em janeiro, a possibilidade de o país registrar contração econômica no primeiro trimestre de 2015, mesmo ponderando que a recessão seria momentânea, e que a recuperação da credibilidade e da confiança no país impulsionaria o investimento e ajudaria a preservar o emprego e o consumo nos meses seguintes. É esperar para ver! Mas até a economia tem seus efeitos antagônicos. Por exemplo, se por um lado o brasileiro está ganhando mais, segundo o IBGE, por outro a taxa de desemprego aumentou no primeiro trimestre de 2015. Outro exemplo é a alta do dólar, que é ruim em muitos aspectos, como, por exemplo, para quem pretende fazer turismo internacional. Além do que, os setores da economia mais afetados acabam sendo aqueles diretamente relacionados com a compra ou venda de produtos internacionais. No caso específico da nossa região, no leste de Minas, a alta do dólar tem lá suas vantagens em função daqueles que estão nos Estados Unidos e investem direta ou indiretamente nesses municípios, enviando remessas para o sustento de seus familiares e também na construção civil. Também nos três primeiros meses do ano se acentuaram as discussões sobre a crise hídrica no Brasil, o que levou a Revista Conceito, nesta edição, a abordar o assunto, tendo como foco cidades banhadas pelo rio Doce, tanto na região de Governador Valadares, como em cidades do Espírito Santo. A verdade é que o problema da falta d´água não está restrito a São Paulo e outras capitais da região Sudeste. Também está muito próximo de nós. O ambientalista e relações institucionais da Estrada de Ferro Vitória-Minas, da empresa Vale, Henrique Lobo, foi um dos entrevistados desta edição da Conceito. Estudioso do principal
conceito Revista Conceito Ltda. CNPJ: 16.671.290/0001-35 Endereço: Rua Olegário Maciel, 569 Esplanada - CEP: 35010-200 Governador Valadares-MG Site: www.conceitorevista.com Email: contato@conceitorevista.com Telefone: (33) 9989-4092 / 9968-7171 As opiniões emitidas pelos colaboradores no conteúdo desta revista são de inteira responsabilidade dos autores.
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Também nos três primeiros meses do ano se acentuaram as discussões sobre a crise hídrica no Brasil, o que levou a Revista Conceito, nesta edição, a abordar o assunto, tendo como foco cidades banhadas pelo rio Doce, tanto na região de Governador Valadares, como em cidades do Espírito Santo.
manancial da nossa região desde 1980, ele revelou que se secar a água do rio Doce, como temos visto, o prognóstico para daqui a 15 anos aponta para um cenário muito desfavorável, com muitos afluentes secos. A adesão de cidades da nossa região nas manifestações de rua em 2015 foi outro fato marcante no primeiro trimestre. No melhor estilo “caras-pintadas”, situação e oposição têm reivindicado o fim da corrupção no País e por reformas política e tributária. São movimentos cuja bandeira não é a de partido A ou B, mas do partido do povo, que grita pacificamente por um Brasil cada vez mais justo e igualitário, principalmente na distribuição de renda. Os protestos de repercussão nacional vêm ganhando força também na nossa região e, desde então, cada movimento articulado nas redes sociais ganha as ruas de nossas cidades em maior intensidade, na maior expressão do exercício da cidadania e da democracia.. Em meio a tudo isso, o que há de se esperar é que os próximos semestres de 2015 nos tragam notícias melhores.
Franco Dani franco.conceito@gmail.com
Correspondente em Caratinga Eduardo Fraga
Designer Gráfico Roberto Loren
Correspondente em Manhuaçu Lauro Moraes - MG 10184 JP
Projeto Gráfico Andressa Tameirão
FOTOGRAFIA Ramalho Dias - Gov. Valadares
IMPRESSÃO Gráfica Del Rey - Belo Horizonte-MG
CAPA Antônio Cota/Diário do Rio Doce
TIRAGEM 4.000 exemplares
REDAÇÃO
EDITORIA DE ARTE
Periodicidade bimestral
Jornalista Responsável Franco Dani - MTb MG-09319 JP
Diagramação Andressa Tameirão - MTb MG-14994
DIRETORIA Diretor-presidente Getúlio Miranda Diretoria Executiva Dileymárcio de Carvalho – MG 6697JP Sonia Augusta Miranda - MTb MG-18526
Contato Comercial: Valadares - Sonia: (33) 9968.7171 Manhuaçu - Ruth Almeida: (33) 8454.4880 Caratinga: (33) 9954.0297
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Índice Natural, essencial e cada vez mais escassa
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Entrevista: resíduos da melanina podem provocar câncer de pele
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Manhuaçu: Apoio a dependentes químicos
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Caratinga: CASU é destaque em tratamentos de saúde
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COM A PALAVRA
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LUCAS PELOSO
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LAURO MORAES
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CLORES LAGE
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JUAN MOISÉS
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INOCÊNCIO MAGELA
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GLAMOUR
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TAINÁ COSTA
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COLUNA JÚLIO AVELAR
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BIANCO CUNHA
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MARCELO BARRETO
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PERSONAS
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JOSÉ FRANCISCO DA COSTA JÚNIOR
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ADRIANA PORTUGAL
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COLUNA EDUARDO FRAGA
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JOÃO PAULO DE OLIVEIRA
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com a palavra
Por Jacqueline M. C. Vasconcelos E-mail: j.vasconcelos@globo.com
Qualidade:
uma questão de sobrevivência organizacional “Estamos vivendo um tempo de fortes e significativas transformações. A tão alardeada ‘era da informação’ provocou e continua provocando alterações em todos os níveis da sociedade.Se por um lado o consumidor aprendeu a exigir mais, por outro, as empresas aprenderam que o importante não é simplesmente atender a essas exigências, mas sim antecipar-se a elas e superá-las”. O trecho acima, embora soe atual, foi publicado em um artigo sobre Gestão da Qualidade, em 2006. De lá para cá, as exigências de mercado somente aumentaram.O nível de competitividade assume, agora, parâmetros nunca vistos. Maiores e menores disputam mercado em meio a um cenário político/econômico dos mais incertos das últimas décadas. O custo da “não qualidade” em tempos de mídias sociais pode ser avassalador para qualquer tipo ou tamanho de empresa. Nossa antiga “carta de reclamação” virou “post” e, em fração de segundos, atinge milhares de consumidores em compartilhamentos. Exemplo disso são os recentes resultados da indústria automotiva no Brasil. O ano de 2014 apresentou aumento de 19% no número de recalls em relação a 2013. Embora a contabilização desses dados apresente resultados divergentes em algumas fontes, podemos afirmar que mais de 200 mil veículos fizeram o caminho de volta às oficinas das fábricas por defeitos que vão, desde falhas em chaves de ignição,a acidentes fatais causados por acionamentos indevidos de airbags. Quem não se lembra da punição sofrida pela Toyota em 2012, quando a montadora foi proibida de vender o Corolla após o Ministério Público de Minas Gerais registrar nove acidentes relacionados ao travamento do pedal de aceleração? Embora a Toyota tenha alegado que a falha era causada pelo uso de tapetes não originais, a empresa foi multada em
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Crescemos ouvindo que é melhor prevenir do que remediar. Nossos antepassados com certeza já sabiam que qualidade é prevenção, não qualidade, remediação. Para sobreviver em meio a tantas cobranças e incertezas é preciso foco nos resultados.
R$ 931 mil. Além do custo direto da multa, quem ousaria calcular o impacto que a repercussão desse episódio causou na imagem da marca? Crescemos ouvindo que é melhor prevenir do que remediar. Nossos antepassados com certeza já sabiam que qualidade é prevenção, não qualidade, remediação. Para sobreviver em meio a tantas cobranças e incertezas é preciso foco nos resultados. A saída, sem dúvida, está no gerenciamento efetivo dos processos produtivos, da gestão dos riscos de produção, do investimento no diferencial humano e na estratégia de mercado. Volto ao artigo de 2006: “Para atender esse mercado cada vez mais exigente, é imperativo preparar profissionais, criando condições e despertando habilidades dentro de novos conceitos de educação para a qualidade”. Bem-vindos ao velho novo mundo! Jacqueline Martins de Carvalho Vasconcelos é engenheira civil, pós-graduada em Qualidade e Produtividade. Atualmente, é gestora da Qualidade da Universidade Vale do Rio Doce (Univale) e da Lamar Engenharia.
bon vivant
Nhoque, a receita da sor te
Por Lucas Peloso E-mail: lucasdelpeloso@hotmail.com
P
or superstição ou simples desculpa de gulodice, todo dia 29 muitas pessoas fazem nhoque ou procuram restaurantes italianos para degustar o prato italiano. Saboreando o prato, acreditam ter sorte nos próximos 30 dias seguintes. Há quem diga que essa superstição surgiu na América do Sul como estratégia dos restaurantes para aumentar as vendas no final do mês. Outra teoria mais famosa e lendária remete a origem do costume à Itália. Segundo a lenda, tudo começou também em um dia 29, por volta do século 14. São Pantaleão, vestido de andarilho, perambulava por um vilarejo da Itália. Faminto, bateu à porta de uma casa e pediu comida. A família era grande e tinha pouca comida, mas apesar disso, eles não se importaram em dividir o seu nhoque com o andarilho, cabendo a cada um sete massinhas. São Pantaleão comeu, agradeceu a acolhida e se foi. Quando foram recolher os pratos, descobriram que embaixo de cada um havia bastante dinheiro. Após rodar o mundo, a história se transformou no ritual que é celebrado em diversos países. Até hoje, famílias realizam a tradição de colocar moedas ou notas embaixo do prato
e comer as sete massas. A simpatia é simples: coloca-se uma nota de qualquer valor sob o prato com nhoque. Pode ser dólar, real ou qualquer moeda estrangeira. Em seguida, fique de pé e concentre-se para iniciar o ritual. No prato, separe sete nhoques e coma um a um. Para cada nhoque, faça um pedido diferente. Depois, sente-se e saboreie o restante do prato. O dinheiro colocado sob o prato deve ficar guardado até o próximo dia 29, para garantir a fartura. Superstição e fantasia à parte, o nhoque é um dos pratos mais importantes e difundidos da gastronomia italiana. Sua origem é bem mais antiga do que a lenda de São Pantaleão. Os romanos e gregos já preparavam a receita com miolo de pão, farinha de trigo ou arroz. A farinha era misturada à agua e as pelotinhas formadas eram cozidas posteriormente com água e sal. Com o passar do tempo o nhoque passou a ser enriquecido com castanhas, espinafre, queijos e até mesmo carnes e peixes. No século 16, com a introdução do milho na Itália, surgiu o nhoque de semolina, até hoje muito apreciado em toda a região central da Itália. Mas foi a chegada da batata, em meados do século 16, que mudou a história
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do prato e tornou-se seu ingrediente supremo. Até hoje, na Itália, existem muitas variações de nhoque, mas o de batata é o mais difundido e procurado em todo o mundo. O segredo do nhoque de batata está na escolha das batatas. Se a batata for rica em água, a receita precisará de muita farinha, o que deixará a receita pesada e com forte gosto de farinha. No Brasil, use sempre a batata asterix. Escolha sempre as mais firmes e de casca dura. Outra dica é nunca cozinhar as batatas sem casca, pois o amido da batata irá se perder e no lugar dele a batata absorverá água. E para o próximo dia 29, já escolheu sua receita? Nhoque de batata ao ragu à bolonhesa clássico Para o nhoque: 1 kg de batatas asterix 2 gemas 50 gramas de queijo parmesão 100 gramas de farinha de trigo Farinha de trigo para polvilhar a bancada Sal a gosto Papel alumínio Gelo Preparo: Cozinhe as batatas inteiras e com casca por 15 minutos em água e sal. Retire da água, embrulhe com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 25 minutos ou até que estejam macias. Em seguida, retire o papel alumínio, descasque as batatas e amasse-as com espremedor ou garfo ainda quentes. Espere esfriar e misture os outros ingredientes, amassando bem com a ponta dos dedos. Passe a mistura para uma bancada polvilhada com farinha de trigo e aos poucos forme rolos finos com a massa. Use uma espátula para cortar a massa com tamanho médio de 1,5 cm. Passe os nhoques já cortados na água
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fervendo com sal e aguarde que eles subam à superfície. Retire-os da superfície da água e imediatamente coloque-os em água com gelo para dar o choque térmico. Após o resfriamento, retire-os da água gelada e conserve-os com um pouco de azeite em uma vasilha com tampa. Para o ragu: 1 kg de patinho cortado em cubinhos 500 gramas de pernil cortado em cubinhos 100 gramas de bacon cortado em cubinhos 2 cebolas cortadas em cubos pequenos 1 cenoura cortada em cubos pequenos 1 talo de salso cortado em cubos pequenos 4 tomates sem sementes cortados em cubos pequenos 1 lata de tomate pelati 2 colheres de sopa de azeite 1 copo de vinho branco Sal e pimenta a gosto 100 gramas de parmesão Água quanto baste Preparo: Leve uma caçarola ao fogo com o azeite e doure bem o bacon. Em seguida, entre com as carnes e deixe refogar. Depois, acrescente a cenoura, a cebola e o salsão. Refogue um pouco e acrescente o vinho branco. Espere o vinho evaporar e tempere com sal e pimenta a gosto. Acrescente os tomates e o tomate pelati esmagado e deixe cozinhar por 1 hora, acrescentando água sempre que preciso. Finalização do preparo: Coloque os nhoques em uma forma refratária e sobre eles disponha o molho à bolonhesa. Salpique parmesão e leve ao forno pré-aquecido a 200 graus por 15 minutos ou até que estejam bem quentes. Sirva em seguida. Nhoque de Baroa com ragu de frango tostado
Para o nhoque: 1 kg de mandioquinha baroa 1 gema 50 gramas de queijo minas ralado 100 gramas de farinha de trigo Farinha de trigo para polvilhar a bancada Sal a gosto Papel alumínio Gelo Preparo: Embrulhe as mandioquinhas em papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 1 hora ou até que estejam macias. Em seguida, retire o papel alumínio, descasque as mandioquinhas e amasse-as com espremedor ou garfo ainda quentes. Espere esfriar e misture os outros ingredientes, amassando bem com a ponta dos dedos. Passe a mistura para uma bancada polvilhada com farinha de trigo e aos poucos forme rolos finos com a massa. Use uma espátula para cortar a massa com tamanho médio de 2 cm. Passe os nhoques já cortados na água fervendo e aguarde que eles subam à superfície. Retire-os da superfície da água e imediatamente coloque-os em água com gelo para dar o choque térmico. Após o resfriamento, retire-os da água e conserve-os com um pouco de azeite em uma vasilha com tampa.
Para o ragu de frango: 1 frango inteiro cortado nas juntas, sem pele 4 cebolas cortadas em rodelas 2 colheres de sopa de azeite 1 copo de vinho branco 1,5 litro de caldo de legumes ou água Sal a gosto Preparo: Leve uma caçarola ao fogo com o azeite e doure bem a cebola. Em seguida, entre com o frango já temperado com o vinho branco e sal. Deixe o frango dourar bem junto à cebola. Quando o frango estiver bem corado, acrescente a água ou o caldo de legumes e deixe cozinhar por 40 minutos em fogo brando. Retire os pedaços de frango do caldo de cozimento e passe o caldo por uma peneira fina. Reserve o caldo. Desfie o frango e junte ao caldo reservado. Finalização do preparo: Leve o caldo com o frango desfiado ao fogo em uma frigideira grande e espere reduzir até formar um caldo grosso. Junte os nhoques reservados ao molho e deixe cozinhar por 5 minutos ou até que o nhoque esteja quente. Salpique um pouco de cheiro verde e sirva em seguida. Se preferir, rale um pouco de queijo minas por cima.
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bola da vez
Além da química:
resíduos da melanina podem provocar câncer de pele Em entrevista à CONCEITO, o professor e pesquisador Etelvino Bechara fala da importância de seus estudos temáticos com radicais livres, pesquisas, família e projetos de vida Por Rosane Santiago
O estudioso e renomado pesquisador Etelvino José Henriques Bechara deu conselhos sensatos e sábios aos jovens para não desistirem fácil dos seus sonhos, apesar das dificuldades que vierem, e fez o que muitos deveriam fazer, que é persistir em um caminho e trilhá-lo sem tirar conclusões sem fundamento. De família humilde da pacata Caparaó, em Minas Gerais, Bechara sempre soube valorizar as pequenas e mais simples coisas de sua infância e nela teve início uma carreira promissora e cheia de lições de vida. Do contato com a natureza em suas brincadeiras de criança, vieram as respostas para os questionamentos que o levaram ao curso de Química, ao Doutorado em Bioquímica, ao contato com importantes pesquisadores do mundo e a alguns estudos, como a pesquisa sobre intoxicação de chumbo por crianças e adolescentes, e ainda com estruturas químicas excepcionalmente reativas, os radicais livres – neste caso formados a partir da fragmentação do pigmento da pele, a melanina –, que contribuem para a continuidade dos danos ao DNA, mesmo depois de horas de exposição direta ao sol, o que também provoca o câncer de pele. Aos 70 anos, com a família criada, com uma bagagem de vencedor e com um conhecimento invejável de sua área, Bechara ainda não “aposentou as chuteiras” por completo. Ele quer pesquisar as toxinas que tornam venenosas algumas espécies de cogumelos e retomar a pesquisa do envolvimento de radicais livres nas manifestações clínicas do diabetes. Mas tudo isso não seria possível sem o apoio da família. Nesta entrevista exclusiva à CONCEITO, o pesquisador fala sobre o início e o meio de sua vida profissional, porque o final parece ainda estar longe e muitas conquistas ainda virão.
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Revista Conceito - Você estudou Química. Esse curso já era um sonho e estava nos seus planos ou surgiu em sua vida por um “acaso”? Etelvino Bechara - A escolha da química como carreira foi uma consequência natural de minha vida estudantil. Nascido de uma família pobre em Caparaó - com o pai alfaiate e a mãe, doceira - onde vivi os meus primeiros 9 anos, brincava com os recursos que a natureza oferecia: cristais de mica, insetos, aves, a mata com cipós, os melões-de-São-João. Era muito curioso e queria respostas para o que observava. Ganhei da professora Lacy França o “Histórias de Tia Nastácia”, do Monteiro Lobato, o que atiçou ainda mais a vontade de descobrir como as coisas funcionavam. Em Manhuaçu, depois do curso primário no Grupo Escolar Monsenhor Gonzalez, tive a sorte de ser aluno de uma professora fenomenal de Ciências, muito avançada didaticamente no tempo, a professora. Ilza Campos Sad. Com ela, tive respostas claras e instigadoras às primeiras indagações sobre a estrutura e propriedades da matéria. O gosto pela química foi apurado no Curso Técnico de Agricultura, em Viçosa, sob a tutoria do professor Márcio Estevão de Moura e def inido mais tarde no meu primeiro emprego, em São Paulo, numa indústria química, quando fui adotado como “aluno” pelo Dr. Alexander Dubson, chefe do laboratório de análises. O pulo para o curso de Química da então Faculdade de Filosof ia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL-USP), em 1965, foi uma consequência imediata, feliz e promissora de minha trajetória. Fiz o Doutorado na área de bioquímica, ainda na USP, o Pós-doutorado nos Estados Unidos (universidades de Johns Hopkins e Harvard) e galguei a carreira acadêmica no Instituto de Química da USP (IQUSP) até a posição de professor titular. Hoje, sou professor “colaborador” sênior devido à minha idade “avançada”. No meio científ ico, criticamos a legislação da aposentadoria compulsória aos 70 anos, chamando-a jocosamente de “expulsória”. Felizmente, a USP e outras universidades nos permitem continuar a vida científ ica e docente como “colaboradores”, orientando estudantes na produção de conhecimento original e publicando artigos em revistas internacionais de excelência.
pesquisando processos biológicos dependentes do oxigênio (como a respiração) e reações onde a energia química das oxidações/ oxigenações era convertida em luz, fenômeno chamado de quimioluminescência. Sob orientação do Cilento, especializei-me em oxidações biológicas, e em Harvard (Biological Laboratories), sob a supervisão de dois renomados cientistas, Thérèse Wilson e Woody Hastings, pavimentei minha estrada científ ica em direção a três grandes áreas de pesquisa: reações radicalares no escuro (fotoquímica sem luz), doenças associadas a estresse oxidativo e bioluminescência de vagalumes. RC - Este estudo é o mais importante da sua carreira? E.B. - Em ciência não se pode dizer que o estudo “X” é mais importante que o “ Y ”. O que conta para o cientista é que ambos devem ser relevantes e originais, independentemente de terem aplicação imediata ou não. E que sejam prazerosos, pois, sem amor, curiosidade, persistência, critério e satisfação pessoal, nada de importante acontece. Por exemplo, durante 23 anos dediquei-me ao estudo da química, biologia e ecologia de insetos luminescentes no cerrado de Goiás – o Parque Nacional das Emas, onde são endêmicos os “cupinzeiros luminosos”, em que larvas brilhantes de uma espécie de pirilampo são inquilinas dos cupinzeiros. Paralelamente, desenvolvi trabalhos que esclareceram a participação de radicais livres e antioxidantes enzimáticos e nutricionais em diversas doenças, entre elas: a metahemoglobinemia e anencefalia em residentes da hiperpoluída Cubatão; desequilíbrios mentais num defeito genético chamado porf iria aguda intermitente, distúrbio bipolar e esquizofrenia; a intoxicação por chumbo em trabalhadores da indústria e em adolescentes, nesses desencadeando agressividade e delinquência; ativação eletrônica do oxigênio molecular à sua forma singlete, hiper-reativa, em reações de interesse biológico, inclusive na terapia fotodinâmica; envelhecimento e diabetes associado à dieta cetogênica, rica em açúcares e lipídios; corrosão de carros por ovos de libélulas; e, mais recenBechara (à direita) deixou a cidade de Caparaó para se tornar referência mundial em bioquímica
RC - Trabalhar com radicais livres desde o Doutorado é um desafio? Como foi a orientação do químico italiano Giuseppe Cilento e como o conheceu? E.B. - Os radicais livres – estruturas químicas excepcionalmente reativas – entraram na minha vida em virtude de meu interesse pelas propriedades do oxigênio e da luz. Sua ocorrência nos seres vivos aeróbicos foi revelada apenas em 1969 por Joe McCord e Irwin Fridovich, exatamente quando iniciei minha pós-graduação, tentando elucidar o mecanismo químico de conversão da energia química dos alimentos em ATP (Adenosina Trifosfato). O ATP é a molécula-moeda corrente de energia das células, mobilizada para realização de trabalho biológico. Por exemplo, a contração de músculos e condução nervosa. No IQUSP, Giuseppe Cilento, famoso bioquímico brasileiro, foi meu professor na graduação e estava
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temente, colaborei com o grupo de pesquisas do Dr. Douglas Brash (Yale University, EUA), para explicar a indução de lesões carcinogênicas no DNA, mesmo horas depois da exposição ao sol, portanto na ausência de luz. A propósito, é importante ressaltar que esta viagem no mundo da ciência não é solitária, ao contrário, muitos pós-graduandos e colaboradores do Brasil e exterior também são protagonistas na produção de conhecimento novo. No meu caso em particular, colaborei com colegas dos EUA, Canadá, Inglaterra, França, Itália, Japão, Hungria, Argentina, Chile, Uruguai, Cuba e México. Não posso deixar de mencionar que a contribuição que julgo mais importante para o País e para a ciência foi a formação de dezenas de mestres e doutores e milhares de estudantes de graduação. RC - O pigmento da pele, a melanina, pode se fragmentar e formar compostos químicos muito reativos que podem danificar a estrutura da molécula de DNA. O que, de fato, isto significa? O que você pode destacar sobre isso? E.B. - AA Organização Mundial de Saúde tem constatado anualmente a ocorrência de dois a três milhões de cânceres de pele, dos quais cerca de 130 mil são a forma mais letal de câncer – o melanoma. Entre as origens genéticas e ambientais, destaca-se como a principal causa a exposição à radiação ultravioleta, a qual se relaciona com a depleção da camada de ozone da atmosfera. A melanina, pigmento da pele, absorve a luz solar e dissipa sua energia como calor, protegendo-nos, assim, de danos fotoquímicos ao DNA, responsáveis por mutagênese e câncer. Os melanomas, entretanto, têm sido crescentemente relacionados à exposição à luz solar UV e a câmaras de bronzeamento. Descobrimos, através de colaboração com pesquisadores americanos, franceses e japoneses que, ao mesmo tempo em que a luz incide diretamente sobre o DNA, lesando instantaneamente sua estrutura e produzindo mutações, ela induz a melanina a fragmentar-se e gerar produtos energetizados, reativos com oxigênio, durante horas após a exposição
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Veja, é uma família grande e unida pelo culto à cultura e à ciência. Não perco uma única oportunidade de compartilhar as minhas descobertas com a família. Eles se orgulham de mim e são profissionais e cientistas igualmente produtivos. Nunca existiu qualquer incompatibilidade entre minha atividade científica e vida familiar.
à luz UV. Esses derivados excitados da melanina na ausência de luz, transferem a energia eletrônica para o DNA, danif icando-o do mesmo jeito que o faz a luz diretamente. Em outras palavras, a mutação é instantânea sob a luz e lenta no escuro. O primeiro processo é fotoquímico e o segundo, essencialmente químico. Assim, a melanina conhecida como protetora da pele, agora se revela como indutora de lesões ao DNA, principalmente mutações que são carcinogênicas, que culminam com o surgimento de melanoma, a forma mais maligna de câncer de pele. Assim, a melanina, tal como a luz e o oxigênio, é, ao mesmo tempo, protetora e carcinogênica. Uma faca de dois gumes. RC - Ainda há alguma coisa que você queira pesquisar? E.B. - Sempre tive muita curiosidade em relação aos cogumelos luminosos que observava em minhas coletas noturnas de vagalumes. Sabia da literatura que, embora percebidos por Aristóteles, três séculos A.C., a química dos cogumelos brilhantes e para quê emitem luz, não estavam descritos até recentemente. Como estava muito ocupado na pesquisa dos insetos e do papel biomédico de radicais livres, convenci um de meus ex-pós-doutorandos, Dr. Cassius Stevani (IQUSP), a encampar a pesquisa dos cogumelos. Ele já identif icou mais de uma centena de cogumelos luminosos até então inéditos, descobriu e publicou parte do que se sabe sobre a química da bioluminescência de cor verde destes fungos, mostrou que a luz deles está sob controle de um relógio biológico interno (ritmo circadiano), com máxima intensidade às 22 horas, e notou que
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várias ordens de insetos são atraídas pela luz dos cogumelos, pousam sobre a superfície deles grudando esporos nas patas, voam e dispersam estas sementes pelos troncos de outras árvores. A pesquisa de vagalumes continua vigorosa no laboratório de outro ex-aluno, o Dr. Vadim Viviani, na Universidade Federal de São Carlos. No laboratório que pretendo remontar nos próximos meses, quero pesquisar as toxinas que tornam venenosas algumas espécies de cogumelos e retomar a pesquisa do envolvimento de radicais livres nas manifestações clínicas do diabetes. RC - O que a sua família significa para você e até que ponto ela foi importante para as suas escolhas, seus estudos e sua vida profissional? E.B. - Tenho quatro f ilhos: André, artesão; Guilherme, geólogo ambiental; Fernando, engenheiro florestal especialista em restauração de matas degradadas; e Laura, estudante de Psicologia na USP. Também tenho quatro netos e um irmão, Gervásio, professor titular da Faculdade de Veterinária de Jaboticabal, especialista em doenças transmitidas por carrapatos. Minha atual esposa, Marina, foi professora da Faculdade de Educação da USP, onde se aposentou, mas continua a pesquisar, ensinar e publicar na área de educação infantil.
Veja, é uma família grande e unida pelo culto à cultura e à ciência. Não perco uma única oportunidade de compartilhar as minhas descobertas com a família. Eles se orgulham de mim e são prof issionais e cientistas igualmente produtivos. Nunca existiu qualquer incompatibilidade entre minha atividade científ ica e vida familiar. Viajamos muito pelo mundo e nos divertimos juntos. Sempre acreditei e pratiquei o amor pela família, ciência, amigos e alunos de forma intensa, cada qual no seu espaço próprio. RC - Há mais alguma coisa que você ache importante falar, ou sobre você ou sobre sua profissão e seus estudos? E.B. - Gostaria de finalizar essa entrevista, dizendo aos jovens que, mesmo com dificuldades econômicas, falta de respaldo de parentes ou amigos e a conturbada situação social e política do país, persigam os seus sonhos, não se desanimem, abram muitas portas e escolham aquelas que os farão felizes. Se não se pode controlar a política obscura de Brasília, aqui na arquibancada, façam sua parte no estudo e trabalho, que seguramente estarão contribuindo para a democracia no País. Ajam sempre com honestidade, ética e generosidade. Tudo é possível quando se sonha e persistimos no alcance de nossas metas. Nada cai do céu, tem-se que estudar e “ralar” muito, mas no fim é divertido e gratificante. Boa sorte!
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Criacionismo e Evolucionismo:
um diálogo possível
Por Lauro Moraes E-mail: lauro.jornalismo@gmail.com
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esde que os físicos “substituíram” a Criação pelo Big Bang e os biólogos “trocaram” Adão por um ancestral comum ao homem e ao macaco, iniciou-se uma batalha para definir quem era a dona do elo perdido – Ciência ou Religião. A tradição judaico-cristã pontua o início da vida como obra de um Deus Criador que, a partir da Sua palavra, dá origem a todas as coisas. No entendimento mais ortodoxo, isso teria ocorrido há menos de 10 mil anos, e não há 4,5 bilhões, como é estimado pelos cientistas. No século XVIII, o biólogo francês Chevalier Lamarck já apresentava a ideia da evolução e do parentesco entre todos os seres vivos, propondo que a vida teria evoluído de estruturas simples para mais complexas. Charles Darwin aprimoraria tal ideia, afirmando que essa evolução estaria vinculada à seleção natural, em que seres mais adaptados ao meio e com maiores condições de sobrevivência prevaleceriam, enquanto os demais seriam naturalmente extintos. Se as obras revolucionárias de Darwin, Lamarck e tantos outros tivessem sido concebidas nos dias atuais, talvez recebessem menção honrosa da Santa Sé. Nos últimos anos de pontificado, João Paulo II chegou a admitir que as teorias da evolução poderiam ser vistas como uma forma de Deus criar. Contudo, na época em que eclodiram, foram tomadas como ideias hereges, combatidas fortemente pela Igreja. Nos Estados Unidos, o evolucionismo chegou a
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ser retirado do currículo escolar no início do século XX. E, até hoje, agremiações evangélicas lideram um movimento antievolucionista em mais de 20 estados, com o intuito de vetar o que classificam como pensamento ateísta e materialista. Fato é que nem Darwin nem Lamarck estavam preocupados em sobrepor a religião ou negá-la. Os religiosos é que reagiram e ainda reagem, aparentemente muito mais por medo de perder o monopólio da verdade do que para defender suas crenças. É radical pressupor que a ciência invalida a fé, até mesmo do ponto de vista científico. Quando o primeiro astronauta chegou do espaço, ele disse: – Fui ao céu e não vi Deus. A frase aponta para um grande equívoco. Apesar da sua extensão e eficácia, a ciência também possui limites. Em algum momento, aquilo que o conhecimento científico não tem como suprir pode ser cabível a outros conhecimentos e dimensões da vida humana, como a poesia, as artes, a filosofia, a teologia, o senso comum, que, ao contrário do discurso intelectualista, também é um saber respeitável. Portanto, se sou um religioso, a narrativa das Sagradas Escrituras deve ser suficiente para afirmar a criação divina, sob o prisma da crença, da fé. Mas, se quero saber acerca da dinâmica físico-química da origem humana e do universo, não vou procurar na Bíblia ou alguma outra obra sacra. Vou procurar nas ciências, que têm competência pra falar deste processo. Nesse aspecto, ao homem de fé, compete dizer que Deus estava lá.
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especial
Natural, essencial
e cada vez mais escassa Por Rosane Santiago
O recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento. Especialistas afirmam que se medidas essenciais não forem adotadas pela população e por autoridades, a água pode vir a faltar em Valadares e outras cidades da região 22 conceito
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Foto: Antônio Cota/Diário do Rio Doce
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diminuição da água no mundo tem sido constante e, muitas vezes, silenciosa. Dela depende a sobrevivência de toda a cadeia da vida e, consequentemente, de nosso próprio futuro. Os brasileiros podem se considerar privilegiados por possuírem, em território nacional, 12% de toda a água doce disponível no mundo. Mas, apesar disso, hoje, a escassez de água potável afeta uma em cada seis pessoas no mundo, e a Organização das Nações Unidas (ONU) também projeta que em 2025, 1,8 bilhão de pessoas terão carência absoluta de água. A escassez tem feito com que muitos brasileiros, especialmente das regiões Nordeste e Sudeste, esperem apreensivos o que a mãe natureza fará durante este ano. Se as chuvas não aparecerem e a estiagem continuar, o incômodo de conviver com um possível racionamento, e em um pior estágio, com a falta da água, será inevitável. Por isso, nenhuma questão hoje é tão importante e tem sido tão discutida quanto a falta da água. Por essa razão, não se deve esperar que uma possível crise mundial surja para mudar os padrões de consumo. O ambientalista e relações institucionais da Estrada de Ferro Vitória-Minas, da empresa Vale, Henrique Lobo, que já fez muitos estudos no rio Doce, acredita que é possível reverter esse quadro, aumentar a quantidade de água no rio Doce e melhorar essa situação com a qual os valadarenses convivem hoje. Uma das medidas que podem ser feitas é a recuperação de nascentes, já que o solo da região é rico em nascentes. “Governador Valadares hoje tem 2% de seu território de 2.400 km² coberto da floresta original. E sempre teve um período do ano de chuva, de outubro a março, e um período de seca, de abril a setembro. Mas as chuvas não acontecem como normalmente deveria. Temos que recuperar as nascentes, envolvendo todos os setores da sociedade”.
O ambientalista completou: “O município tem os solos ricos em nascentes, vindas dos lenções freáticos, águas de superfície, mas somos muito pobres de capitação profunda com 100, 150 metros de profundidade. A rocha de nosso município é pouco porosa e não armazena água. Como somos uma região que tem um relevo muito acidentado, é nos topos dos morros que a água infiltra no solo. Ela pode ficar até seis meses no solo até sair nas nascentes. Cada morro é uma caixa d’água. Se recuperarmos em 1/3 parte dos topos dos morros no município com cobertura florestal nativa, não importa o que vamos plantar nas encostas, se é pastagens, capineiras, eucaliptos, café. Tenho visto em Ponte Nova, e também em São João Evangelista, que quando temos a cobertura vegetal nos topos dos morros a duração da pastagem ela é prolongada com o capim verde e não seco. Somos ricos em água de superfície e é desta que devemos cuidar para não faltar”, explica. Henrique Lobo também analisa a situação da bacia hidrográfica do rio Doce e esclarece que se não houver os cuidados necessários, a água pode vir a faltar algum dia e a situação pode se tornar ainda pior. “A água pode vir a faltar se não cuidarmos dos nossos solos que são muito frágeis. Se não mudarmos os nossos comportamentos e práticas a água vai faltar. Os nossos mananciais vão secar. Valadares e região ainda tem uma considerável quantidade de água superficial provenientes de nascente e dos lençóis freáticos. A formação geológica do município, deu origem a uma rocha pouco porosa, muito dura, e também a uma argila muito fina, formando solos com fácil compactação. Muitas vezes as nascentes secaram devido ao manejo inadequado que demos ao solo. Hoje, na bacia hidrográfica do rio Doce, temos 4% da floresta original, onde a bacia tem uma área de 83.500 km² (equivalente ao país de Portugal), sendo que 80% desta área é coberta de pastagens degradadas. Imagina que nos anos de 1970 a capacidade de
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suporte das pastagens era de cinco bois/hectare e hoje a capacidade de suporte é de 0,8 boi/hectare. Toda esta perda econômica foi devido aos anos de práticas e manejos inadequados aos nossos solos. Com isso, as nascentes também foram diminuindo e as vazões de nossos mananciais também”. De acordo com ele, o rio Doce, que sempre teve uma vazão média no período seco de 330 m³/s, no final de ano de 2014 chegou a 110m³/s. “Temos que cuidar de nossas nascentes para água nas propriedades rurais, para irrigação adequada na produção agrícola, e na descendentacão dos animais, para os abastecimentos públicos, industriais e geração de energia. Se secar a água de nosso manancial maior, que é o rio Doce, de onde vamos buscar água? Não adianta falar que vou fazer um poço de capitação profunda, se não temos água. O prognóstico para 2030 aponta para, se não fizermos nenhuma ação, no período seco, teremos um rio Piracicaba a fio d’água, um rio Caratinga a fio d’água, com muitos afluentes secos, como também os mananciais entre Linhares e São Mateus todos secos, no Espírito Santo, na foz do rio Doce. E, consequentemente, um rio Doce de baixa vazão”. O ambientalista da Vale lembrou quando, em 1980, iniciou os primeiros estudos do rio Doce, e naquela época constatou que ele poderia ficar a fio d’água em 2060. “Agora, 35 anos depois, tenho visto neste período de escassez hídrica 2014/2015 esta situação em minha própria geração. Que a nossa geração seja uma geração da mudança, que possamos ter uma cidade melhor de viver e um país melhor de morar, que tenhamos água para todos os usos, para a nossa e as futuras gerações”, concluiu. O aposentado Jair Vieira do Nascimento, 75, mora no bairro Santa Terezinha há mais de 50 anos. Nesse tempo, já teve várias experiências e carrega muitas saudades de quando o rio Doce tinha mais água em seu leito. Mas, mesmo com a situação preocupante com o nível do rio oscilando abaixo da régua do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), e, em algumas vezes, dentro da normalidade, “seu” Jair tem esperanças de um futuro bem melhor, com mais água para todos. “Muita coisa já mudou e nada é mais como antes. Mas eu espero que tudo possa melhorar novamente, e que eu ainda esteja vivo para presenciar. Essas águas do rio Doce trazem muitas lembranças boas pra mim e eu espero que elas aumentem cada dia mais, melhorando a nossa vida”. Ações do CBH-Doce A presidente da Câmara Técnica de Gestão de Eventos Críticos (CTGEC), do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), Lucinha Teixeira, compartilha da mesma opinião que o ambientalista Henrique Lobo e diz que as chuvas tem sido 50% abaixo da média e isso é preocupante. O trabalho da Câmara Técnica tem sido constante, segundo ela, e os resultados ainda podem ser bem melhores. “Nós estamos há mais de 3 anos com chuvas abaixo da média. Não choveu a quantidade necessária, pelo menos 50% abaixo que a gente esperava, e isso tem efeito acumulativo. Ano passado, nós já começamos a discutir a situação, porque já vínhamos recebendo relatórios da CPRM [Serviço Geológico do Brasil] que já indicava uma situação preocupante.
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Então, começamos a fazer alertas e a passar informações de que a situação é crítica e que todo mundo tem que pensar agora em mudar algumas atitudes e economizar água. A expectativa era de que se chovesse dentro da normalidade, ainda assim não cobriria esse déficit que já existia. Mas o que aconteceu é que a quantidade de chuva foi ainda menor. Na nossa região, o mês mais significativo é janeiro, e não caiu nenhuma gota neste período, nem aqui e nem no Espírito Santo”. Para lidar com o período de seca na bacia do rio Doce, o CBH-Doce criou a CTGEC. A competência dessa Câmara é discutir e estabelecer diretrizes para a gestão de recursos hídricos relacionados à escassez, cheias e também relacionados à questão das cianobactérias. No ano de 2014, a CTGEC trabalhou no levantamento de informações, resultando na produção sistemática de boletins sobre o período de estiagem. Também foi promovido um encontro entre representantes dos SAAEs, COPASA, Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE), Consórcios Municipais de Saneamento Básico com atuação na bacia do rio Doce, entre outros usuários, para colocar em pauta assuntos relacionados ao período de estiagem e à questão das cianobactérias. Na bacia hidrográfica do rio Doce, cujo rio principal é o 10º mais poluído do país, a atuação dos comitês de bacia tem resultados animadores. Ainda em 2011, o CBH-Doce, assim como todos os comitês das suas sub-bacias, deliberou e definiu critérios para a cobrança pelo uso da água. Isso significa que as atividades econômicas que utilizam a água em sua cadeia produtiva, em uma vazão superior a um litro por segundo em Minas Gerais e 1,5 litro por segundo no Espírito Santo, considerado uso significante, devem pagar pela utilização do recurso. Todo o valor arrecadado deve, obrigatoriamente, ser investido na própria bacia, visando à melhoria da qualidade e da quantidade de água. Na porção mineira da bacia do rio Doce, a cobrança já está implantada e, no Espírito Santo, os comitês já começam a discutir os critérios para a implementação. A aplicação desses recursos arrecadados também é decidida no âmbito dos comitês, que possuem como norteador o Plano Foto: Franco Dani
Ambientalista Henrique Lobo alerta para realidade da bacia hidrográfica do rio Doce
Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce (PIRH Doce). Nesse documento, há um diagnóstico ambiental da região, que abrange uma extensão territorial de 86.736 km² e tem um alcance de 228 municípios, sendo 202 mineiros e 26 capixabas. E há ainda os planos e projetos de recuperação da bacia.
Dicas para economizar água
Captação da água Mais otimista, o diretor adjunto do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), em Valadares, Vilmar Rios, afirma que o abastecimento em Valadares não passa por problemas e que em algumas dificuldades o SAAE já está trabalhando para melhorar a captação. “Nós passamos uma dificuldade muito grande de outubro para cá. Mas nós tivemos uma experiência muito boa quando alugamos uma bomba de captação de água, e essa bomba foi muito útil por um período para a captação. Então, Valadares praticamente não teve problema nenhum neste período. Especificamente agora, nós também não estamos tendo problemas. Tivemos que comprar essa bomba e ela está à disposição para ser usada, mas ainda não houve essa necessidade. O que acontece é que estamos em um período de dificuldade, e não é só em Valadares. Nós temos é problema de captação, mas isso já está se resolvendo”. Rios elogiou a postura da comunidade, de uma forma geral, no que diz respeito a informações de vazamentos de água. “O que percebo é que as pessoas estão muito preocupadas em nos informar sobre vazamentos, e isso é bastante positivo. Eles nos informam muito rápido, e nós tivemos que aumentar as equipes contra vazamentos, antes isso não acontecia. A economia tem que ser particular, de cada um, mas tem que ser também do SAAE. Nós temos que combater o desperdício da rua, de ligações clandestinas. Nós estamos trabalhando para que a dificuldade seja menor, pois em alguns lugares nós temos que aumentar a pressão, e isso, às vezes, causa um estouro e depois vem o vazamento. Estamos trabalhando para que a situação se mantenha sob controle”.
A principal dica é: economize! Existem algumas medidas simples que podem ajudar: No banho: Molhe o corpo, feche o chuveiro, ensaboe-se e depois abra para enxaguar. Não deixe o chuveiro aberto. O consumo cairá de 180 para 48 litros. Tome apenas um banho por dia. Tome banhos rápidos. Cinco minutos a menos no banho significam uma economia de 45 litros de água; Ao escovar os dentes, enxágue a boca com a água do copo. Economize 3 litros de água; Descarga: Verifique se a válvula não está com defeito, aperte-a uma única vez e não jogue lixo e restos de comida no vaso sanitário; Torneira: uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros/minuto. Pingando, 46 litros/dia. São 1.380 litros por mês. Feche bem as torneiras; Vazamentos: Um buraco de 2 milímetros no encanamento desperdiça cerca de 3 caixas d’água de mil litros; Caixa d’água: Não a deixe transbordar e mantenha-a tampada; Lavagem de louças: Lavar louças com a torneira aberta desperdiça até 105 litros. Ensaboe a louça com a torneira fechada e depois enxágue tudo de uma vez. Na máquina de lavar são gastos 40 litros. Utilize-a somente quando estiver cheia; Regar jardins e plantas: No inverno, pode-se regar dia sim, dia não, pela manhã ou à noite. Use mangueira com esguicho-revólver ou regador; Não lavar carros: Uma lavagem com mangueira gasta 600 litros de água; Não lave calçada nem quintal com mangueira. Use vassoura; Deixe acumular a roupa para lavar, seja na máquina ou no tanque.
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Água: indispensável ao planeta e ao seu metabolismo também Por Ana Paula Teixeira
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esde sempre água significa vida. Assim, não deveria ser surpresa o fato de que se faltar água faltará vida. Seja para um conjunto de processos metabólicos que são desencadeados diariamente no nosso organismo, ou para contribuir com a biodiversidade do planeta, a água tem um papel fundamental no cenário mundial. Não é à toa que no último dia 22 de março o tema água foi comemorado mundialmente. Traduzindo isso em porcentagem, ela corresponde, por exemplo, a cerca de 60% do corpo humano e a 70% da constituição do planeta. A necessidade de ingestão de água para adultos pode ser calculada em torno de 30 a 35 ml por quilograma de peso por dia. Sendo no mínimo 1.500 ml por dia ou 1 a 1,5 ml por quilocaloria. Além disso, é importante considerar que a necessidade de água varia de acordo com os alimentos que a pessoa ingere, com a temperatura e a umidade do ambiente, com o nível de atividade física e outros fatores. No organismo, é a água que transporta os nutrientes e os detritos celulares resultantes dos processos metabólicos. Ela transporta também outras substâncias, como hormonas, enzimas
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e células sanguíneas. Outro dos benefícios da água tem a ver com seu efeito lubrificante nas nossas articulações. A desidratação nas cartilagens provoca movimentos abrasivos quando existe um movimento ósseo resultante de uma deficiente hidratação das extremidades ósseas. Do consumo Todavia, a água do país destinada ao consumo humano, distribuída por todo sistema de abastecimento, deve ser objeto de controle e vigilância de qualidade. A Portaria 2.914, publicada dia 14 de dezembro de 2011, define os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Análises para controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano podem ser realizadas em laboratório próprio, conveniado ou subcontratado, desde que se comprove a existência de sistema de gestão da qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC 17025. No que diz respeito à comercialização de uma água mineral, o órgão responsável do
Ministério de Minas e Energia, o DNPM (Departamento Nacional de Proteção Mineral), a cada três anos realiza, por intermédio do LAMIN (Laboratório de Análises Minerais) uma análise da composição química da água e sua classificação. O resultado dessa análise, atualizado no rótulo do produto, nem sempre recebe atenção do consumidor. Em visita a uma das distribuidoras da água mineral Krenak, em Governador Valadares, conceituada pela qualidade do produto oferecido, a proprietária da fonte, Tábata Scherrer, esclarece que, para garantia e manutenção da qualidade da água mineral, todo o processo é acompanhado pela equipe técnica local através de análises laboratoriais periódicas, envolvendo os aspectos físico-químicos e microbiológicos para rastreamento de cada lote produzido. É desse modo que a água mineral Krenak chega ao consumidor recém-saída da natureza. Segue diretamente da fonte paras as salas de envase, dispensando a necessidade de prévio armazenamento. Assim, o consumidor recebe em casa ou no ponto de venda uma água sempre fresca. Águas consideradas minerais são aquelas que por sua composição química ou características físico-químicas são próprias para o consumo. A rigor, toda água natural, por mais pura que seja, tem um determinado conteúdo de sais. As águas subterrâneas são especialmente enriquecidas em sais retirados das rochas e sedimentos por onde perolaram muito vagarosamente. No caso das águas Krenak, a fonte está situada a 100 quilômetros de Governador Valadares, numa área protegida por cadeias de montanhas rochosas, ao norte do Parque Sete Salões. Tem como área de segurança pedreiras com vegetação nativa, que nunca foram degradadas pelo homem, e sem possibilidade de acesso de animais domésticos. A água nasce espontaneamente, sem bombeamento, com a altitude de 270 metros com base no rio Doce.
CURIOSIDADES: - Um sexto da população mundial, mais de um bilhão de pessoas, não têm acesso a água potável; – 40% dos habitantes do planeta (2.400 milhões) não têm acesso a serviços de saneamento básico; – Cerca de 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e a um saneamento e higiene deficientes; – Segundo a ONU, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave de água.
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Paraíso
verdejante
Um jardim para embelezar e levar frescor à sua casa Por Clores de Andrade Lage E-mail: cloresalage@hotmail.com
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uer uma solução conveniente para os dias atuais e, principalmente, para as cidades quentes como a nossa? Ter um jardim no telhado reduz as ilhas de calor, deixando o interior da casa mais fresco. Acredite, dá até pra dispensar o ar condicionado! Vamos às dicas de como ter o seu “ar condicionado natural”: 1 - O produto básico é composto de manta geodrenante, substrato de 4 a 10 cm de espessura para receber a grama e os arbustos. 2 - O arquiteto planeja, o técnico avalia o peso e naturalmente colocará um extenso gramado verde e plantas nativas da região, fazendo o mais natural possível, como se não houvesse a intervenção do homem. Flores perfumadas e o capim-do-texas - é uma grama de folhagem deusa, ornamental. Esta gramínea rústica, com aspecto de pluma, é ótima para a criação de arranjos e quase não precisa de manutenção. Cresce de 0,40
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a 0,60 cm de altura e a folhagem é ornamental, é tolerante à estiagem, responde com vigor às podas. Exige sol pleno e o movimento dela no vento é um espetáculo à parte. 3 - Em época de economizar água, seja consciente! Evite mangueira, use regador (segundo especialistas, 10 minutos de água na mangueira podem representar 186 litros). 4 - A outra opção seria o esguicho-revólver, pois o gasto cai para 96 litros. No verão, faça a rega de manhãzinha ou à noite, a fim de reduzir a perda de água por evaporação. Já no inverno, basta um dia sim, outro não. Vamos viver melhor no verão? Mais prazer de ficar em casa nos finais de semana, festejando a estação quente com um belo jardim no telhado, ouvindo os pássaros, contemplando a natureza e tendo um oásis em meio à confusão diária de uma cidade grande e quente.
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Afta vulgar e
herpes labial Por Juan Moisés Zonis Email: juanzonis@yahoo.com.br
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afta vulgar ou afta menor ou úlcera aftosa recorrente (UAR) é uma ferida (úlcera) de bordas vermelhas e centro branco-amarelado, altamente dolorosa, que pode durar de uma a duas semanas quando cura sem deixar cicatriz. Geralmente, são várias lesões de mais ou menos 2 mm, com localização em várias regiões da boca, porém, raras no dorso da língua e palato duro (parte anterior do céu da boca). Inicia-se de maneira súbita como uma mancha avermelhada com sensação de ardência que logo se transforma em uma ferida (úlcera) altamente dolorosa, de bordas nítidas vermelhas e fundo branco-amarelado. A causa das aftas ainda é muito controversa, por isso costuma-se dizer que ela é multifatorial, ou seja, existe mais de uma causa, às vezes combinando-se entre elas. Basicamente, acredita-se hoje que exista uma resposta do organismo (imunológica) para alguns microrganismos (bactérias) da boca provocando assim a afta. Outros relatam a possibilidade de que exista um desequilíbrio imunológico, e ainda se pode afirmar que existem mais fatores como pequenos traumatismos (mordidas involuntárias) que uma vez invadidos pelas bactérias da boca sejam responsáveis pelo aparecimento da úl-
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cera. Também se sabe que as alterações hormonais (menstruação ou gravidez) em algumas mulheres podem ser responsáveis pelo aparecimento periódico delas. Por último, é importante mencionar o estresse como fator, seja predisponente, seja desencadeante. As aftas são mais comuns na faixa etária de 12 a 35 anos. De qualquer maneira, é sabido que elas são dolorosas, que pioram em determinadas situações e que são recorrentes. O tratamento depende de acordo com a possibilidade de se conhecer ou não a causa. Em primeiro lugar, deve-se aliviar a dor do paciente, podendo ser usados preparados com corticoides e anestésicos de aplicação tópica. O uso do laser na nossa experiência também é muito bom, já que além de alívio da dor, acelera o processo de cicatrização (cura). A prevenção vai depender também de conhecer a história do paciente para descobrir as possíveis causas e assim evitá-las. Existem ainda outras duas lesões ulcerativas: a afta maior, que dura de quatro a seis semanas, sendo que a dor dela é muito intensa e deixa cicatriz e a Síndrome de Bécher, que se caracteriza por aftas bucais, úlceras genitais e lesões oculares e cutâneas. Se em duas semanas
Imagem da afta vulgar
não houve cura, deve-se procurar um cirurgião dentista, seja para confirmar o diagnóstico, seja para indicar um tratamento mais eficaz. Podemos dizer como uma curiosidade que fumantes, rara, mas muito raramente, desenvolvem aftas. Isso, porque sua mucosa é mais espessa por causa do cigarro e seus componentes. Com isso, não queremos incentivar ninguém a fumar para tratar ou prevenir aftas, é apenas um comentário. Falando agora do herpes labial, existem várias lesões e doenças provocadas por vírus, dentre elas uma muito comum e a lesão herpética provocada pelo vírus do herpes simplex. O herpes labial é uma infecção viral contagiosa, causada na maioria das vezes pelo vírus do herpes simplex tipo um (HSV um), mas ocasionalmente pode ser pelo tipo dois, ou herpes genital. A infecção inicial acontece na infância, quando o vírus entra no organismo, geralmente entre um e cinco anos de idade. Pode não se manifestar clinicamente e o organismo elaborar anticorpos e, assim sendo, haverá uma relativa imunidade. O vírus permanece em estado latente no tecido nervoso, ou pode ser clínica com aparecimento de coceira e queimação. Após uma semana com dor, inclusive de garganta e febre, aparecem vesículas e bolhas por parte ou quase toda a boca e pele da face com dor, dificuldade para alimentar e desconforto. Tudo isso vai evoluir para a cura sem sequelas em até duas semanas.
Imagem da herpes labial
No adulto, aparece geralmente no lábio e se manifesta como múltiplas vesículas e bolhas com um halo vermelho (eritema) com sintomas mais brandos e de menor intensidade. A exposição solar, o estresse, as alterações hormonais (menstruação, gravidez) podem desencadear os episódios recorrentes da doença herpética caracterizados por grupos de vesícula e bolhas que se rompem e liberam um líquido carregado de vírus, o que as tornam altamente contagiosas. Por ser uma doença contagiosa, devem ser tomadas algumas medidas de prevenção para evitar esse contágio, evitando compartilhar objetos como toalhas ou copos. Como as lesões desaparecem com uma a duas semanas se não há uma sintomatologia severa, nada devemos fazer. Podemos utilizar os antivirais, mas esses medicamentos funcionam melhor antes do aparecimento das bolhas. Como a doença é recorrente e a pessoa conhece já os primeiros sintomas, é esse o momento de usar a medicação que pode posteriormente ser complementada com antivirais tópicos. Se há uma frequência alta de recorrência, o cirurgião ou o médico devem ser consultados para pesquisar a real situação e elaborar um tratamento mais eficaz. É importante lembrar que as lesões herpéticas podem ser causa de DST (Doença Sexualmente Transmissível), como também manifestação de déficit imunológico.
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Desabafo “Só uma palavra me devora, aquela que o meu coração não diz”
(Sueli Costa e Abel Silva)
Por Inocêncio Magela E-mail: dialetika@dialetika.com.br
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eço licença aos meus leitores para manifestar um desabafo. Quando era criança, em festividades cívicas, exercitava e aprendia o amor à pátria, cantando o Hino Nacional Brasileiro. Em fila, ereto, como defensor da pátria, declamava palavras que mal compreendia o significado. Com o passar do tempo, fui internalizando o que de fato significavam. “O sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da pátria, nesse instante”, “Um sonho intenso, um raio vívido de amor e de esperança à terra desce”, “Paz no futuro e glória no passado”, “Verás que um filho teu não foge à luta”, “Ó pátria amada, idolatrada, salve, salve!” Com o passar dos anos e as celebrações militares, em tempo de ditadura, minha geração passou a ridicularizar tais declarações de amor à pátria. O silêncio imposto aos autênticos sentimentos da população fez surgirem músicas que se dissimulavam, através de artifícios românticos, a sua essência, a exemplo de “Jura Secreta”, de autoria de Sueli Costa e Abel Silva. Conquistas desportistas capitaneadas por personalidades que desbravavam vitórias e manifestavam o orgulho de serem brasileiros nos convida-
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vam a compartilhar de seu podium: Ayrton Senna, que com sua bandeirinha nos convocava a participar de seus momentos de glória, nos incluía num dos esportes da elite mundial. Ele foi melhor do que isso. Só soubemos postumamente. As equipes das seleções brasileiras ressuscitaram em nós o valor da pátria amada, haja vista na última Copa do Mundo, o comportamento da torcida empoderada pelo “Penta”. No entanto, a humilhação sem precedentes nos foi imposta. Fico pensando, de mim para comigo mesmo, se a vergonha que passamos não é o reflexo da vergonha nacional que o Brasil experimenta diante do cenário internacional. Ultimamente, tenho sido expropriado do mais profundo orgulho do meu país. Com que devo eu hoje me orgulhar? Do Poder Judiciário? Do Poder Legislativo? Do Poder Executivo? Atualmente, impera a cultura cínica, a mentira que prevalece, a incoerência e a contradição que são estratégias, absolutamente normais, em nossas lideranças. A corrupção, a institucionalização da propina na administração
pública e privada criaram uma nova moeda no âmbito nacional, estadual e municipal. A impunidade institucionaliza o crime. O Legislativo institucionaliza a impunidade. O Executivo a legitima. Há quem diga que nem todos os parlamentares são desonestos. Nem todos os governantes são corruptos. Nem todos os juízes se vendem. Eu me pergunto onde estão os bons que permitem a existência dos maus? Onde estão? Há bem pouco tempo cheguei a pensar que a vez do pobre tivesse chegado. Que a justiça social tivesse prevalecido. Que a distribuição de riquezas tivesse encontrado o seu momento. Ledo engano o meu! Os paradoxos prevaleceram e as contradições se evidenciaram. Não eram estratégias de promoção social. Eram estratégias de poder e de manutenção nele. Os desvios concentram riqueza e poder nas mãos daqueles que distribuem benesses. Conscientizei-me de que atitudes, aparentemente benéficas, poderiam ocultar intenções malévolas. É difícil detectar o que é oculto e é fácil enganar as castas menos favorecidas e menos conscientes, e assim, expropriá-las da condição de luta pela dignidade humana. Num arroubo de benevolência minha, poderia admitir que a intenção consciente era boa, mas que a prática foi, inconscientemente, nefasta. É doloroso admitir isso, e penso ser humilhante aos governantes do país aceitarem a minha benevolência. Não posso mais dizer que amo este país. Digo que sofro desse país: o
Brasil é o 11º mais inseguro do mundo no Índice de Progresso Social. Em qualidade de vida, o Brasil aparece na 122º lugar entre os 132 países analisados. O Brasil é hoje a sétima nação mais violenta do mundo, de acordo com o relatório Mapa da Violência. Entre 175 países, o Brasil ocupa o 69º lugar no ranking de corrupção mundial. Eu quero acreditar neste país, mas não consigo. Meu sofrimento é grande, pois o sentido que eu dava à minha existência se desvaneceu. Como posso eu pensar o futuro de meus netos e das gerações que me sucederão? O futuro que as acolherá é funesto. A juventude que um dia foi fator de revolução é hoje autocentrada, egóica e tecnocêntrica. O que esperar do que virá? Diante da fragilidade do cenário das possibilidades humanas, cedo-me à paráfrase usada por Castro Alves, que ficou a bradar aos céus: “Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes, embuçado nos céus?” Guardo para comigo, silenciosamente, os meus mais profundos e legítimos sentimentos que divido com vocês, meus leitores: de impotência, vergonha, frustração e desencanto, mas que me encorajo por acreditar naquilo que os poetas piauienses, Clésio e Clodomir, expressaram e me estimulam a me manifestar: “Quando a gente tenta, de toda maneira, dele se guardar, sentimento ilhado, morto e amordaçado, volta a incomodar”. Por essa razão, justifico o meu desabafo.
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Sonia Miranda
glamour
Pollyana Toledo
A festa encantou pelo bom gosto na decoração, música, buffet, bebidas geladíssimas e convidados pra lá de especiais. E assim foi, cercada de amigos e familiares, a noite que celebrou o aniversário de Pollyana Toleto, que estava acompanhada do marido.
Fotos: Josie Nader
Leandro e Pollyana Toledo, e Alessandra e Ricardo Rezende
Sonia Miranda, Pollyana Toledo, Raquel Stoupa
Carla e Daniel Ferreira
Aniversário quádruplo
Alyne Pascoal
Fotos: Ronaldo Pardins
A tarde de um agradável encontro de familiares e amigos na Fazenda União, de Amparo e José Geraldo Pedra Sá, não podia faltar o filho, tenista André Sá, que veio comemorar o aniversário quádruplo do irmão Vinícius (40), dos filhos Henrique (7) e Luísa (4), e da sobrinha Carolina (9), filha de Vinícius. Amparo e José Geraldo eram só orgulho da família linda e unida construída pelos filhos. A tarde foi regada de coisas agradáveis, desde o ambiente ao cardápio assinado pelos chefs Fernando Monteiro e Omar Gabriel. O parabéns foi especial, José Geraldo e Amparo, rodeados pelos Casal anfitrião, José Geraldo e filhos Vinícius e André Sá embalado pela banda Fire Boys até Amparo altas horas.
Momento do “Parabéns!”
Sonia e Rhaianna Miranda ao lado dos anfitriões
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Amigos e familiares
Amparo ladeada pelos filhos
Filhos, noras e netos ao lado dos anfitriões
Momento descontração
Karine e Isadora
Irene, Laurícia e Patrícia
Cláudia, Juliana e Conceição
Marilze, Lucília, Rhaianna, Sonia, Laisla e Gina
Sonia
Tânia, Kely, Sonia, Graziela e Saleth
Níver Sonia
Vanessa, Raquel, Patrícia
Lucília, Marilze, Gina e Laisla
Raquel, Sonia e Rozane
Sayonara, Carminha e Valéria Mol
Salete, Luciane, Wilma e Kely
Comemorar com o objetivo de celebrar a vida é sempre muito bom, principalmente quando se reune 60 mulheres para relaxar, com bons papos e experiências de vidas marcantes. E foi assim, com um buffet maravilhoso de Hélio Nazarro, Chandon da Peixe e Cia, fotos de Ramalho Dias e ao som de Cristiano, que brindamos mais um ano de vida.
Rhaianna, mãe e Sonia
Fátima e Adriana
Marcela, Fabiane, Giselle e Bárbara
Kátia, Adriana, Alessandra. Sonia e Adriana
Polyana, Carla e Alessandra
Mara, Lorena, Socorro, Sonia, Emília, Valquíria, Amparo
Marieta, Valéria Mol, Cristiane, Rosália, Sonia e Lena
Salete, Luciane, Vanessa, Raquel, Débora e Kátia
Retalhos
Juliana Tedesco
É de Valadares a nova contrata de uma empresa de Londres, com filial em Los Angeles (EUA), para fazer tradução e subtítulos para filmes, novelas e shows de TV. A Revista Conceito recebe a notícia com muito orgulho, por sabemos da competência e lealdade da nossa colaboradora Juliana Tedesco em tudo o que faz.
Deputada Brunny na Comissão de Educação
Deputada Brunny é indicada membro titular da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e promete lutar para que programas de inclusão social da educação sejam ampliados e aprimorados. “Precisamos colocar a educação como prioridade, pois acredito que só com educação de qualidade para todos, conseguiremos mudar o Brasil”, disse Brunny no ato de inclusão dos membros
Vereadora Iracy de Matos
A vereadora Iracy de Matos continua firme com seu projeto em defesa dos direitos da pessoa com deficiência. Recentemente, foi promulgada a lei nº 6.616/2015, que estabelece que as pessoas com deficiência intelectual de beneficiário provisório passam a integrar a categoria de beneficiários permanentes do passe livre. Vale a pena conhecer a lei!
Aplauso
Devido à credibilidade, responsabilidade e carisma da organizadora Sayonara Calhau, vem aí a 22ª edição do Troféu Aplauso, no dia 22 de setembro, no Ilusão Esporte Clube.
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Ramy Estética Ramy Estética Sabe aquele lugar que você depila, faz limpeza de pele, unha, massagem, sobrancelha e mais um monte de coisa, onde tem vontade de ficar o dia todo? É lá, na Ramy Estética. Vale a pena conferir o carinho, profissionalismo e a competência de toda equipe. Agende seu horário: (33) 3212-3336.
3ª Convenção Sicoob Crediriodoce
A 3ª Convenção Sicoob Crediriodoce reuniu este ano todos os colaboradores e cônjuges no China Park, em Domingos Martins (ES). Lá teve, além de muito entretenimento, palestras objetivas e rápidas sobre a evolução, objetivos e metas para 2015, as novidades no sistema e as perspectivas de futuro e, finalizando, um baile de máscara.
Feijoada
Aconteceu no Restaurante Concept, na Ilha dos Araújos, a 16ª edição feijoada realizada pelo apresentador do programa TOP TV, da TV Leste/Record, Rejes Salomão, sempre muito bem prestigiado. E vale a pena participar, porque a feijoada é maravilhosa.
Nova Mesa e Só Estofados
A Nova Mesa e Só Estafados está com uma variedade de mesas, poltronas para decorar sua casa e escritório, com preços para lá de especiais. Todo o atendimento é feito por Janildo e Sara, que trabalham com honestidade e transparência. Visite a loja da Israel Pinheiro, 122, bairro Universitário.
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colaborador
Lavartodo roupa dia
Por Tainรก Costa Email: tainaacosta@gmail.com
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inda crianças, somos iniciados em um processo de doutrinação de tarefas domésticas ministrado por nossas mães. Elas ensinam desde cedo a lavar louça, arrumar cama, entre outras atividades do cotidiano do lar. Por uma questão de cultura da sociedade patriarcal, na maioria dos casos as meninas sofrem uma pressão maior por resultados. Já os meninos têm mais flexibilidade tanto com relação à qualidade, quanto com relação à frequência das atividades realizadas. Mas, quando o assunto é limpeza de roupas, o processo de descoberta de como as coisas funcionam é mais lento, independente do sexo. O mistério de como a roupa suja sai do cesto de roupa suja, do chão dos nossos quartos ou do banheiro, e vai parar de volta no guarda-roupa, limpinha e passadinha, cerca de dois dias depois, permanece durante muito tempo. E como é um processo mágico, não ligamos muito se a roupa pode ser “reaproveitada”. Usou, larga em qualquer lugar que ela vai voltar para o armário em pouco tempo, garantido. Acontece que, mais cedo ou mais tarde, chega o fatídico momento em que é necessário sair da casa dos pais e começar a construir a própria trajetória, seja para estudar fora ou constituir família. E, normalmente, é nesse momento que o mistério da roupa suja é desvendado. E, muitas vezes, é na marra, porque a roupa jogada no chão vai se acumulando, formando um montinho, um montão e nada de reparecer limpa no armário. Aí, você pensa: Ah! Eu acabei de me mudar. A fada da roupa suja ainda não deve ter meu endereço. Vamos
aguardar um pouco mais. Passam dias, semanas até que você resolve ligar pra sua mãe, porque como ela sabe de tudo, com certeza vai saber solucionar esse mistério. Ela atende ao telefone, escuta seu relato desesperado e ri. É nesse momento que se aprende a usar uma das maiores invenções da humanidade: a máquina de lavar roupas. Sua mãe passa instruções detalhadas sobre como separar as roupas por cor e tipo de tecido e quais os programas de lavagem mais adequados para cada caso. Você, em contrapartida, absorve apenas 20% das informações e acaba misturando roupa colorida com roupa clara e seja o que Deus quiser. E apertando sempre os mesmos botões da máquina pra não ter erro e também não correr o risco de cair num daqueles programas de lavagem de quase três horas de duração. Afinal de contas, temos pressa. Não dá pra ficar perdendo tempo com esse negócio de lavar roupa. Outro detalhe importante é que quando passamos a ter que fazer tudo sozinhos, esse processo de transformação da roupa suja em limpa e passada, que antes durava cerca de dois dias, passa a durar semanas, às vezes até meses. E na maioria das vezes, ele não é concluído de forma adequada. Ou seja, em geral a roupa pode até ser lavada com certa frequência. Agora, ser passada é demais. Até porque, com a prática aprendemos que esse negócio de usar ferro para passar é bobagem, porque a roupa pode ser passada ao ser vestida, com o próprio calor do corpo, e fica ótimo!
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Coluna Júlio Avelar Tem gente que morre e não deixa saudade nenhuma, nem bons comentários. A não ser dos bajuladores ou daqueles para os quais todo mundo é bom, mesmo sendo canalhas. Por isso que sempre acho que devemos plantar coisas boas em família, na empresa e com os amigos e até desconhecidos. O ser humano precisa deixar marcas, marcas significativas. Não para que ele seja gloriado em vida, mas que deixe um legado bom para parentes e familiares que, quando ouvirem alguma conversa sobre quem já se foi, ouvir coisas boas. A idade faz a gente amadurecer, refletir e entender o que vale mesmo a pena ser, fazer ou deixar. Explodir é o caos. Paciência leva a gente às vezes ao ridículo da perda, mas a razão fala muito mais do que a perfeição, que nunca existe e nem pode. Se controlar é o limite, desconhecer não é inteligente. Viver é preciso. Viver e nunca ter a vergonha de ser feliz!
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E o bispo cancelou!
Convidamos o corajoso bispo de Valadares, Dom Félix, para uma entrevista ao vivo em nosso programa. Depois de tudo confirmado, ele cancelou. Diz que não dá entrevista ao vivo. Ele andou chateado com uma entrevista que ele deu a um programa local que, na edição, atrapalhou o que foi de fato dito. O reverendíssimo tem que entender que ao vivo se conserta. Gravado e editado, a maldade vai para o ar e não tem como voltar atrás. Estamos à disposição e, sem conhecê-lo, tenho por ele a admiração de ter vindo para mudanças. E mudanças sempre são bem-vindas, embora muitos ainda as temam.
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OBRAS DO HOSPITAL REGIONAL
As obras do Hospital Regional não pararam por picuinhas políticas, mas porque o orçamento do Estado não havia sido aprovado para 2015. As obras retomam e a inauguração está prevista para o ano que vem.
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SAYONARA CALHAU
Sayonara Calhau marcou para sexta-feira, dia 25, de setembro, sua festa Aplauso, no Ilusão Esporte Clube. Imperdível!
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BONIFÁCIO MOURÃO
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NORMAL BROCHAR
Bonifacio Mourão elogiou Renato Fraga. Renato Fraga elogiou Bonifácio Mourão. Alguma coisa em vista para 2016.
Dra. Nayara Perim com o já esposo Thiago Morais e os pais da noiva, Dr. Carlos Nicola e Dra. Romilda. Grande festa!
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É o que diz uma pesquisa feita com 1.500 homens e mulheres. Quase 60% dos homens já falharam na relação sexual. Conclusão da pesquisa foi com homens entre 40 e 69 anos. Falhar é normal, diz sexólogo.
GEREMIAS BRITO
Geremias Brito, que várias vezes chutou as oportunidades e fez várias burradas na política e com colegas políticos, está mais manso, mais terno e compreensivo. Volta em 2016. Para quê, não sei. Mas volta com direito, já que mudou. Não se pode renegar quem teve mais de 4 mil votos para vereador, que já foi vice-prefeito e... O tempo dirá!
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NENHUM PREFEITO
Nenhum prefeito ou prefeita de Valadares consegue dinheiro para a canalização do pequeno trecho do Córrego da Figueirinha, ali ao lado do BNH do bairro São Pedro, entre as ruas Afonso Pena e Israel Pinheiro. Pouco mais de 150 metros. Com isso, cada chuva é um perigo à vista!
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REI DO ALUMÍNIO
É impressionante a quantidade e variedade de coisas boas que donos de bares, restaurantes, mercearias, hotéis e pizzarias encontram no Rei do Alumínio, do meu amigo Tidim. Loja gigantesca na Marechal Deodoro.
NOVA UNIVALE
Uma nova UNIVALE da qual falo hoje com orgulho. E falo com propriedade, porque tenho visto as coisas acontecerem. Quem trabalha, recebe. Investimentos voltaram a acontecer. As falcatruas desapareceram e a honestidade anda prevalecendo. Viva a nova UNIVALE, o nosso orgulho! Francisco Silvestre e seus conselheiros andam atuando. E o diretor-executivo da FPF, Sandro Fonseca, nem se fala. Parabéns, Reitor José Geraldo Pratinha!
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Empresário Jesse James Freitas Drogaria Mais - e este colunista em noite de gala em GV
EDVALDO SOARES E EUCLYDES PETTERSEN
Edvaldo Soares e Euclydes Pettersen são marcas especiais nas redes sociais. Qual é o candidato a prefeito e qual a vice? O ano de 2016 vai dar panos para as mangas. Tem muita gente do PMDB querendo ser prefeito ou vice; outros do PTB querendo a mesma coisa. E agora, José? Edvaldo é guerreiro!
FAÇA-NOS UMA VISITA!
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Júlio Avelar
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O ex-comandante do 6º BPM, coronel Webster Andrade, está agora atuando muitíssimo bem como advogado. Advocacia e consultoria jurídica.
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PMDB
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colabora
EX-COMANDANTE DO 6º BPM
BRIGA DE PT E PSDB
Oposição agora é PSDB em Minas. Pede gastos de viagem do governador Pimentel. Com isso, a base aliada mira Aécio Neves e o que restou dele em Minas.
PMDB, em nível nacional, em busca de uma solução para o atual impasse político com Dilma. Aqui, em Valadares, ele pretende ter candidatura própria para prefeito. Cansou de ser trampolim.
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GV ÀS ESCURAS
Prefeita Elisa Costa, a senhora está deixando Governador Valadares às escuras. A responsabilidade da iluminação pública agora é da Prefeitura. Sei que os ladrões estão adorando a atitude da senhora, mas o povo de boa índole não está satisfeito.
Pastor Ângelo, Renato Fraga, Bonifácio Mourão e pastor Neirson Alves no lançamento da pedra fundamental do belo edificio da Clínica Bom Samaritano, em Valadares.
Karine Santos, Rodrigo s em Fabiano e Kátia Santo ares lad Va em la noite de ga
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DIREÇÃO DO JORNAL FIGUEIRA
Moisés de Oliveira, um jovem jornalista com vasta experiência, assumiu a direção do jornal semanal “Figueira”, até então rotulado como jornal do PT. Mudanças radicais acontecendo. Pode vir a ser totalmente colorido e tamanho tabloide.
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SINUCA DE BICO
Numa sinuca de bico “dona” Dilma se vê hoje. Como custou caro para ela abraçar Deus e o Diabo para ganhar as eleições! Pior será para se manter no poder.
IPTU
Bairros Grã-Duquesa e Morada do Vale têm os IPTUs mais caros de Valadares. Neles não têm quadra esportiva, creche e nem laser. Só cobrança!
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Fotos: Edu Dutra
FIEMG Regional Rio Doce e entidades comemoram o Dia Internacional da Mulher A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) Regional Rio Doce, o Sindicato dos Contabilistas de Governador Valadares (Sindicont/GV), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/GV), com apoio da Associação Comercial e Empresarial da cidade (ACE/ GV) e Unimed/GV, realizaram no dia 11 de março o 6º Encontro da Mulher. O evento aconteceu na sede da FIEMG e contou a participação de mulheres do segmento comercial, industrial, contábil e da comunidade de maneira geral. A programação contou com o “Circuito Saúde”, maquiagem, corte de cabelo, cabine de fotos, dicas de receitas e degustação de suco detox, além de sorteio de brindes. O estilista Fábio Ranieri deu uma palestra sobre moda/estilo e tendências para o inverno 2015. Já a advogada Rosemary Mafra Nunes Leite falou para o público feminino sobre direitos da família. Tudo coordenado de perto pela Rosane Azevedo, diretora da Regional Rio Doce.
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Júlio Avelar
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Igreja de Santa Terezinha já está ficando pequenininha para tantos fieis. Liderança é liderança, mesmo que alguns achem que é extravagância. Como diz o ditado, “Quem tem padrinho ou madrinha não morre pagão”.
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colabora
IGREJA STA. TEREZINHA
ROSANE AZEVEDO
Rosane Azevedo me faz lembrar “tia” Ignês Vieira Cabral: irreverente, apaixonada por Valadares, amante do trabalho e uma guerreira. Aos pretendentes e prepotentes senhores da política que pensam em ser candidatos a prefeito, penso que ela está livre e solta para uma boa vice.
NOVA LOJA NUTRI CENTER
Nutri Center deve inaugurar, em breve, mais uma loja. Provavelmente, no GV Shopping. Rodrigo Fabiano está expandindo sua empresa, que é séria e de qualidade.
em Turma de Ubaporanga ão noite de festa: Sebasti Cesar, Lima, Rafael Lima, Silvio é. Jos Savio Alves e Leandro
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*** Para falar com este colunista: e-mail: julioavelargv@ gmail.com. Facebook: Julio Avelar. – WhatsApp: (33) 99899200. Assista-nos ao vivo, de segunda a sexta, na TV Rio Doce, das 10h30 às 12h10.
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colaborador
Vida profissional:
colabora
é sempre tempo para mudar
Por Bianco Cunha E-mail: bianco.cunha@gmail.com
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uem acompanha as colunas aqui na Revista Conceito sabe que normalmente escrevo sobre internet e cultura digital. Mas hoje vou falar sobre outro tema: trabalho. É fato que vivemos uma época de altíssima competitividade, de muitos níveis de especialização e cada vez mais exigências para se “chegar lá”. Quem é que hoje não se preocupa constantemente em se reciclar e buscar conhecimento a todo o momento? Dos mais novos aos mais experientes, a reciclagem não pode parar nunca. Paralelamente, vivemos um dilema com a qualidade de vida. Quem é que não quer chegar em casa e ainda poder aproveitar um pouco da família, dos filhos, dos amigos? De poder passar no barzinho para uma cerveja gelada e para um papo descompromissado? É claro que temos fases da vida em que um lado da balança pesa mais que o outro. Mas, é fato que chegam determinados momentos em que as escolhas se tornam mais definitivas. Não só pelo que queremos, mas também pelo que os outros vão pensar. Lá no fundinho do nosso coração, podemos ter uma certeza que clama por se deixar libertar. Mas é fato que a pressão social pelo sucesso e o peso do fracasso nos tornam escravos de algo que por vezes não nos faz feliz. E até as redes sociais acabam atrapalhando um pouco as nossas decisões, não é? A pressão
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pela felicidade e pela realização na vida profissional e pessoal faz com que tenhamos que vencer sempre. A derrota assumiu um peso ainda maior em tempo de “likes” e compartilhamentos. É uma concorrência diária pela vida mais incrível, pelo emprego mais glamuroso e pela promoção a níveis gerenciais que conferem estatus e um relativo poder. Não que isso não acontecesse antes. O mundo sempre foi assim, mas agora, tornou-se ainda mais complicado aceitar que nem sempre seremos vitoriosos. Recentemente, mudei de emprego e hoje estou em um período de adaptação. Um duro período por sinal, já que foi uma grande mudança. De qualquer forma, estou aprendendo muito e passando por uma nova fase profissional. Considero que aprenderei uma lição muito importante disso tudo e que será fundamental para o meu desenvolvimento. E o melhor é que veio na hora certa. Mas há algo que eu já consigo ver muito melhor do que antes: precisamos entender que felicidade no trabalho não é a mesma coisa que satisfação. Arrisco dizer que são fatores que não possuem nenhuma correlação. De forma errada, acabamos associando as duas coisas. Mas a diferença que parece ser sutil, na verdade, é um grande abismo. E só compreendemos isso quando chegamos na beirinha para olhar o que está lá no fundo.
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Comunidade Terapêutica
colabora é referência em trabalho para dependentes químicos em Manhuaçu Por Josi Gonçalves
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egundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 243 milhões de pessoas em todo mundo usam drogas ilícitas. Dessa forma, com a missão de garantir atendimento especializado a dependentes químicos e alcoólicos, a Comunidade Terapêutica Santa Mãe da Providência vem desenvolvendo um trabalho inovador na cidade de Manhuaçu, que já é capaz de atender pessoas de todo Brasil. Perto da instituição completar um ano de funcionamento, Murilo da Silva Fernandes, coordenador da equipe de funcionários, disse já ter colhido bons frutos. “A cada reunião com a equipe, nós percebemos o crescimento do trabalho e o bem que estamos fazendo aos residentes, às famílias e, de forma indireta, à sociedade”. Apesar de ter sido fundada pela Igreja Católica, o tratamento é oferecido a qualquer pessoa do sexo masculino que tenha mais de 18 anos, independente de sua crença religiosa. Basta que o indivíduo queira estar ali e ser tratado. A Comunidade se baseia em três pontos chaves, que incluem: atividades ocupacionais, disciplina e equilíbrio da espiritualidade. O tratamento é iniciado após uma triagem feita por meio de entrevista com assistente social, psicóloga, coordenador e realização de exames laboratoriais e consultas médicas. Segundo a assistente social Rafaela das Dores Mística Faria, ao chegar à Comunidade, durante o tempo todo os internos estão em atividades, sendo que os horários e as regras devem ser respeitados. “Eles se sentem livres. As portas ficam abertas e não existem grades ou portões fecha-
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dos. O livre arbítrio é sempre respeitado. Portanto, como regra, se o residente sair da Comunidade, o mesmo não poderá mais voltar”. O tempo médio de tratamento é de sete meses. “Ao completar cinco meses, o paciente pode fazer uma visita à família e ficar em casa por uma semana. Após esses dias, ele retorna e fica por mais dois ou quatro meses. Aí sim, após este período, o residente é entregue à família por definitivo”, ressalta Murilo. A entrega do paciente à família é feita durante a celebração de uma missa na Matriz do Bom Pastor. Dessa forma, comunidade e família celebram juntos a conquista do ex-residente, assim como sua reintegração à sociedade. Desde outubro de 2014, a Comunidade conta com a parceria da Prefeitura de Manhuaçu para manutenção do espaço. Segundo Júlio Vilaça, diretor da Comunidade, hoje essa verba ajuda a manter os funcionários e a pagar as contas fixas. “Além disso, aceitamos doações da população e um cadastro que já pode ser feito por meio de um carnê mensal de colaboradores”, ressalta. O valor da contribuição é estipulado por quem está doando e uma pessoa vai até o local marcado receber. O prédio está localizado em uma chácara a 10 quilômetros da cidade de Manhuaçu e tem capacidade para acolher 32 residentes. Segundo o diretor da Comunidade, estar um pouco distante da cidade faz parte do tratamento, evitando, assim, o contato direto do residente com a sociedade. O espaço físico é amplo, com estrutura planejada, com poços de peixe, horta, granja, cozinha industrial, cantina, mini padaria, quartos amplos, salas para atendimento médico e odontológico, oficinas de informática, artesanato e uma grande área de lazer. Para outras informações sobre doações ou internações, basta entrar em contato com a instituição por meio dos telefones (33) 8418-6944 e (33) 8858-7673, ou por e-mail: ct.smprovidencia@ hotmail.com. Os interessados também podem conhecer um pouco mais da instituição, acessando suja página no Facebook: Comunidade Terapêutica Santa Mãe da Providência
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Resíduos de agrotóxico
em alimentos
Por Marcelo Barreto Email: barretofito@uol.com.br
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esmo para quem não acompanha de perto, é fácil saber quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). A razão é muito simples: esse tema passa a ser manchete na mídia e permeia as redes sociais. Para entender os resultados do PARA é necessário conhecer a legislação de registro de agrotóxico, toxicologia, bem como dos critérios empregado no cálculo do Limite Máximo de Resíduo (LMR). Talvez por desconhecimento do assunto, mais de 97% das reportagens e comentários das redes sociais enfatizam aspectos negativos dos dados, sem apontarem um caminho viável para solução do problema. Os últimos resultados do PARA mostram que das 1.397 amostras processadas apenas 26 apresentavam resíduos acima do LMR. Além disso, 75% das amostras estavam em conformidade com a legislação, sendo seguras para alimentação humana.
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Destes 75%, quase metade estava isenta de resíduos de agrotóxicos. O nível de 1,9% de amostras com resíduos acima do permitido é valor semelhante aos observados em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos. Ou seja, considerando o uso dos produtos regulamentados, nossos produtores estão de parabéns! Para entender porque 25% das amostras apresentaram irregularidades, utilizaremos um resultado observado em 2010. Naquele ano, 91,8% das amostras de pimentão estavam irregulares, enquanto no tomate o índice foi de 16,2%, ou seja, 5,6 vezes menor. Isso quer dizer que o agricultor usou mais agrotóxico no pimentão que no tomate? Provavelmente não. O resultado mostra que o número de produtos disponíveis para o produtor de tomate é bem maior que do pimentão. Nesse caso, qualquer quantidade de resíduo detectada, mesmo que 100 vezes menor que o LMR, é considerada irregular. Apesar das doenças presentes no tomate e no pimentão serem semelhantes. Apesar dos
produtos que controlam as doenças do tomate controlarem também as doenças do pimentão. Porque o tomate tem mais produtos registrados que o pimentão? Primeiro, porque no Brasil a regulamentação é feita por cultura, não por doença. Considerando aspectos econômicos que afetam a indústria de defensivos, o volume de venda de produtos para a cultura do tomate justifica o investimento a ser feito no seu registro, o que não é o caso para a cultura do pimentão. Isso porque em 2010 o Brasil produziu 4,1 milhões de toneladas de tomate e apenas 249 mil toneladas de pimentão. A carência de produtos registrados é observada em várias culturas monitoradas pelo PARA, como repolho, alface, pepino e uva. Os resultados do PARA indicam que é preciso avançar na política de registro de produtos para as culturas de menor importância econômica, viabilizando a determinação de valores de resíduos seguros. Isso reduziria o número de amostras irregulares, permitindo melhor controle da qualidade dos alimentos. Resolvido o problema do registro dos agrotóxicos, poderiam ser tomadas medidas legais e educativas para assegurar a correção das irregularidades remanescentes, fortificando o pequeno produtor rural e a agricultura brasileira.
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J.B. Coelho Arquiteto e designer de interiores Arquiteto e designer de interiores, João Previero vem desenvolvendo projetos arrojados, confortáveis e diferenciados, que atendem as necessidades de seus clientes. Elaborando soluções inteligentes, práticas para os mais diversos ambientes. Contato pelo telefone: (33) 3331–3364. E-mail: joaopreviero@jp.arq.br.
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Quando o Camarote Real do Gevê Folia é organizado por alguém do ramo de bebidas, com certeza irá proporcionar aos seus convidados duas noites inesquecíveis. Diógenes Lana estará recebendo esses convidados nos dias 1 e 2 de maio, com muito estilo. Na foto, Diógenes ao lado da assessora de comunicação da Stilo Eventos, Clêmia Soares, e seus patriarcas, Cleuds Souza e Nilde Neumann, no show do rei Roberto Carlos.
Trio Produtora
Com um trabalho diferenciado e uma equipe de alta qualidade, a empresa Trio Produtora, dos jovens Reinaldo, André e Cláudio, vem realizando eventos com excelência. O próximo será o Gevê Folia, nos dias 1 e 2 de maio, além da Exposição Agropecuária de Valadares. 58 conceito
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Nova diretoria do Sicoob Credilivre
Aprovada por unanimidade a chapa que irá compor a nova diretoria do Sicoob Credilivre. Deixa a presidência Nayme José de Salles, com um excelente resultado antes das destinações no ano de 2014, no valor de R$ 9.819.823,27. Entre as destinações, foram pagos juros ao capital de R$ 1.911.332,99. O resultado líquido foi de R$ 3.869.299,98. Aprovado pela assembleia a distribuição de R$ 2.100.000,00 para o capital social, e para o fundo de reserva, R$ 1.769.299,98. Assume a presidência Sebastião de Lourdes Lopes, que ocupava a função de diretor administrativo. O Conselho está composto por Vinícius Magalhães Dutra, Anderson Reynaldo Bastos, José Antônio Pena, Sérgio Fernandez de Sales, e Domingos Ferreira Rios Neto.
Mulheres dinâmicas: Regina Mussi, Ieda Hanas, Cornélia Bertolosse, Miriam Leitão, Marina Werner, Lúcia Bracks participaram do 19º Simpósio de Cafeicultura em Manhuaçu.
Sempre presente nos acontecimentos sociais, Alexandre Leitão e a esposa, Cici Magalhães, com os filhos, Luigi e Luiza.
Fabim Tupete e Larissa Atuando com dinamismo e competência nas atividades voltadas para entretenimento na cidade e região, o jovem empreendedor Fabim Tupete, que tem dedicado parte do tempo à namorada Larissa. Eles formam um lindo casal! 59 conceito
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Buona Tavola
Casal: Giovanni Esposito e Gilda Mares Esposito
A empreendedora Luma Barreira, esbanjando beleza e simpatia
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Casal empreendedor, trabalhador, simpático e amigo de todos, e proprietário do Buona Tavola. Com muita dedicação, esse casal inaugurou o restaurante em 14/12/1984 e, agora, comemora com orgulho os trinta anos de casa. Hoje quero alegremente parabenizar esse casal que, juntamente com seus colaboradores, fizeram dessa casa um lugar especial para nossa sociedade. Buona Tavola, o sabor que conquistou a cidade. Parabéns!
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Planos de saúde
e direito do consumidor
Por José Francisco da Costa Júnior E-mail: costajunior14@yahoo.com.br
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artigo 196 da Constituição Federal de 1988 (CF/88) determina que a saúde é direito de todos e um dever do Estado. Todos têm direito à saúde e o Estado tem o dever de prestá-la. Nesse sentido, será correto
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afirmar que a saúde é um serviço público. Note-se, no entanto, que a saúde, a exemplo da educação e da previdência, não foi monopolizada. Quer dizer, nada obstante ser um serviço público, a assistência à saúde é livre à iniciativa
privada, conforme dispõe o art. 199, caput, da CF/88. A Constituição Federal determinou que o Estado fizesse a sua parte, sem impedir que a iniciativa privada empreendesse ações nas áreas de saúde, de educação e de previdência, diferentemente do que ocorre com outros serviços, como energia elétrica, saneamento básico (água/esgoto) e telefonia, verdadeiros monopólios do Poder Público, que pode prestá-los, centralizada ou descentralizadamente, através das empresas governamentais ou de terceiros (concessionários e permissionários). A assistência à saúde, portanto, não será sempre um serviço público. Será serviço público quando desempenhada, diretamente ou mediante convênio/contrato (artigo 199, parágrafo primeiro, CF/88), pelo Poder Público. Será serviço particular quando desempenhada pelo particular (iniciativa privada). E é através dessa “permissão” da Constituição que as empresas de planos de saúde – hoje chamadas de operadoras de planos de saúde – estão no mercado, oferecendo aquilo que o Estado não consegue fazer: saúde de qualidade para a população. Mas é preciso ter cuidado, pois, embora as operadoras sejam reguladas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), esta, mesmo depois de 14 anos, ainda não tem condições de fiscalizar todas as operadoras. E o que se vê são abusos em quase todo o país. O consumidor precisa buscar o seu direito, procurando entender todas as mudanças que aconteceram com a regulação da saúde a partir da Lei 9.656, de 1998. De lá pra cá, muita coisa mudou. Mas, e quem tem “plano antigo”? Como fica? As pessoas que contrataram planos de saúde antes de 1999, os chamados “planos antigos”, têm direito de continuar com eles e as operadoras não podem obrigar ninguém a mudar de plano.
O que se vê, no entanto, por parte de muitas operadoras, é uma tentativa de fazer com que o seu usuário mude para o plano “regulamentado”, principalmente para os chamados “planos participativos”, onde o consumidor paga uma parte do custo da assistência médica. Às vezes, essa mudança pode até ser benéfica para o consumidor. É necessária muita atenção nessa hora, porém. É que os contratos antigos podem trazer benefícios que o consumidor não consegue enxergar (principalmente porque, em sua esmagadora maioria, foram mal redigidos). Citamos como exemplo as cláusulas ambíguas, ou seja, aquelas com dupla interpretação. O Código de Defesa do Consumidor estabelece que tais cláusulas têm de ser interpretadas favoravelmente ao consumidor. Quer dizer que, em várias circunstâncias é possível que o consumidor tenha direito a um procedimento simplesmente pelo fato do contrato não o excluir expressamente. É esse o entendimento jurídico: o que não está excluído expressamente está garantido, isto é, tem cobertura. Outro ponto importante é o caso do reajuste das mensalidades. Normalmente, os contratos antigos não traziam os índices de reajuste. Dizem apenas que na mudança de uma faixa etária para outra haverá reajuste, sem dizer o percentual. Se o contrato não indica o percentual de aumento por ocasião da mudança de faixa etária, a operadora não pode colocar um índice qualquer sem a autorização do consumidor, nem da ANS. Só por esses aspectos, já se pode observar que nem toda mudança será benéfica. O consumidor que tem plano “antigo” (antes de 1.999) deve se inteirar de tudo antes de mudar. Se tem plano “novo”, da mesma forma deve verificar se as coberturas estão de acordo com o que determina a Lei 9.656/98. Só o que a lei permite excluir é que pode ser excluído da cobertura. Tudo o mais terá de ter cobertura.
Mais que alimentos, bons momentos!
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Um dia de cada vez Por Adriana Portugal E-mail: adrianampmportugal@hotmail.com
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mundo gira cada vez mais rápido e a inquietação grassa ao nosso redor. Como acompanhar tantas novidades? Como viver num mundo em que não mais é possível acompanhar todas as descobertas? Em que o que é novidade hoje, amanhã está obsoleto? Em que nossos bebês já nascem de olhos abertos e logo cedo nos colocam em complicadas encruzilhadas com suas perguntas e ponderações não mais tão inocentes? Como meus leitores sabem, amo Jesus. Procuro vê-lo e senti-lo como Mestre, como o tipo mais perfeito que Deus deu ao homem para servir de guia e modelo (LE, 625). Sempre que sinto essas inquietações, pergunto o que diria Jesus? Qual o ensinamento este Mestre de amor e bondade teria para me ofertar? E incrível é que este Mestre da sabedoria tenha resposta para tudo: “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt. 6:34). Eis a exortação do Divino Amigo para nossas inquietações. Temos uma tremenda dificuldade em nos manter no presente. Ora nos inquietamos com episódios do passado que gostaríamos de esquecer, ora nos incomodamos com um futuro que sequer sabemos se se tornará realidade um dia. Daí, os dias passam e estamos a viver, ora no passado, ora no futuro, negligenciando nosso verdadeiro momento. Passado, diz um provérbio chinês, é história; futuro é mistério; presente, uma dádiva. Por isso que se chama presente.
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O passado, enquanto história, deve servir tão somente de orientação. Aquilo que foi benéfico, que nos trouxe alegria e paz na consciência, deve nos ser útil nas ações que necessitamos empreender na nossa jornada. Aquilo que nos gerou angústia e tristeza deve nos servir de ensinamento, como uma forma equivocada de agir e que necessita ser modificada, se for algo que está ao nosso alcance modificar. Aquilo que não for passível de modificação, que roguemos ao Mestre para que nos dê sabedoria para entender e extrair o aprendizado oportuno. Sempre que penso no passado, recordo-me de duas passagens do Evangelho que são muito significativas. A primeira, dita pelo Mestre da bondade, quando afirma que “aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus” (Lc. 9:62). A segunda, narrada nos textos do livro Gênesis (19:26), ao apontar que “A mulher de Ló, tendo olhado para trás, transformou-se numa coluna de sal”. Viver com foco no passado, paralisa. Deixa-nos estacionados. O futuro, este mistério aparentemente insondável, está sendo construído e concretizará dentro daquilo que semearmos, pois nos assevera o texto do Evangelho que “aquilo que o homem semeia, isso mesmo colherá” (Gl. 6:7). Nos ocupar do futuro implica no esquecimento das vivências necessárias no presente para que ele se concretize. O futuro será aquilo que dele fizermos. Queremos colher em abundância, precisamos semear, no pre-
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sente, em abundância, porque “aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará” (2 Co. 9:6). Viver com foco no futuro igualmente nos paralisa, pois nos impede de vislumbrar as oportunidades de ação no presente. Mas, como viver um dia de cada vez se o passado ou o futuro nos deixam assombrados ou em deleite? Vivendo. Simples assim. Manter o foco no presente é garantia certa de que aprendemos com o passado e somos conscientes de que o futuro está sendo gestado. A grande maioria das coisas que imaginamos ou tememos no nosso futuro não se concretizará. “Quem não aproveita a bênção do dia, vive distante da glória do século”. É o apontamento do benfeitor Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, que prossegue a mensagem com precioso convite: “cuida, pois, de fazer sem delonga, quanto deve ser feito a benefício de tua própria felicidade, porque o amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa, valorosamente, nas abençoadas horas de hoje” (Vinha de Luz, 170). Pensar, sentir e agir no bem hoje é receita infalível para colheita de benefícios incalculáveis no hoje e no amanhã. Quanto ao passado, mantenhamos a consciência de que fizemos o nosso melhor. Possivelmente, se lá pudéssemos novamente estar, faríamos o mesmo, pois não estaríamos com os pensamentos e conhecimentos do hoje. Acolhamos nosso passado como o melhor dos professores e extraiamos as necessárias lições para nosso aprendizado e crescimento. Lembremo-nos sempre de um precioso ensinamento atribuído ao mineiro do século XX, Francisco Cândido Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
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Rua Tiradentes, 339 - Centro - Governador Valadares - MG conceito Abril 2015 (Em frente a capela do Colégio Imaculada Conceição)
CASU é destaque
em tratamentos de saúde em Caratinga Por Josi Gonçalves Caratinga/MG
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esde maio de 2007 o CASU, Centro de Assistência à Saúde, vem realizando importantes atendimentos na área da saúde à população de Caratinga. O projeto, que é gerenciado pelo Centro Universitário de Caratinga (UNEC) e mantido pela Fundação Educacional de Caratinga (Funec) ganhou forma a partir da intenção do UNEC de agregar em um único espaço serviços que já vinham sendo desenvolvidos pelos diversos cursos que
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a instituição oferece, mas que eram disponibilizados aos usuários de maneira isolada. A ideia de fazer com que os atendimentos funcionassem em rede, proporcionando o atendimento integral à população partiu da Dra. Daniela Fonseca Genelhú Soares, professora do curso de Medicina. Segundo a médica, o UNEC já dispunha de serviços na área médica e social à comunidade de forma isolada. “Ao observar essa realidade, comecei
a planejar a implantação do CASU, já que resultados mostravam a grande carência do setor de saúde. Assim, nossa meta foi concentrar os serviços que eram ofertados em um só local, dinamizando o trabalho de professores e alunos envolvidos no projeto, e, consequentemente, ampliando a qualidade dos serviços ofertados”, destaca a idealizadora do CASU. Hoje, o Centro de Assistência à Saúde atua em várias as áreas de atendimento, como clínica médica, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, ginecologia, infectologia, nefrologia, nutrição, pediatria, pré-natal, psiquiatria, reumatologia, psicologia e fisioterapia. Além disso, a instituição oferece acesso a uma variada gama de exames, medicamentos e a pequenas cirurgias. Para Dra. Daniela, a grande missão do CASU é oferecer à população do município e região mais uma opção de acesso à saúde, com foco na qualidade, contribuindo para que o UNEC continue a exercer, assim, sua responsabilidade social, garantindo aos acadêmicos a oportunidade de colocarem em prática os ensinamentos teóricos, sempre acompanhados de preceptores especializados. Os atendimentos são abertos à população e totalmente gratuitos. As consultas são marcadas todas as segundas-feiras, às 7h, no próprio CASU. Idosos e pacientes de pré-natal têm prioridade no momento da marcação. Os atendimentos no CASU, desde a sua inauguração, são realizados conforme o protocolo da Rede Estadual e da Norma Técnica do Ministério da Saúde. Oito anos depois Hoje, o CASU está instalado em sede própria, recentemente inaugurada em um espaço moderno, muito bem equipado, operacionalizado por uma equipe extremamente competente. “A instituição quer mais e, para isso, está ampliando o prédio e construindo mais andares, de forma a atender no futuro um número maior ainda de pessoas, sem perder a excelência de seus serviços, passando a oferecer, inclusive, leitos para algumas especialidades”.
Equipe do Centro de Assistência à Saúde (CASU) Nestes oito anos de projeto, já foram realizados mais de 5 mil atendimentos médicos especializados e doados mais de 42 mil medicamentos através da Farmácia Solidária. Para Dra. Daniela, que é idealizadora do projeto, mais do que números, o CASU prioriza o lado humano. “Por trás desses números existem vidas e histórias de recuperação que confirmam a importância social do serviço”, enfatiza. Segundo ela, um dos grandes diferenciais do CASU é o atendimento humanizado. “No momento em que a realidade da saúde pública no Brasil não vive seus melhores momentos, através de um atendimento interdisciplinar sistematizado, em que as diferentes áreas de atuação passaram a ter facilidade de comunicação e de compartilhamento de informações, o CASU tem atuado de forma eficiente, humanizada, trazendo, como consequência, o aumento na procura por seus serviços. Os usuários dos serviços do CASU sentem e agradecem este acolhimento”, destaca Daniela. Uma pesquisa de satisfação realizada em 2014 obteve como resultado a aprovação de 96% das pessoas consultadas. “Quando estiverem prontos o segundo e terceiro pavimentos, teremos 93 leitos e poderemos oferecer um serviço com maior complexidade”, completa ela.
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Eduardo Fraga Dance Mix de estilos e ritmos na vibe caratinguense... O melhor da nossa juventude fervilhando nas pistas à base de muita house music e pop rock até o sol raiar. Confira os clicks de Badu Oliveira. Bruno Eber no comando das picapes
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Jéssica Ingna e Aluísio Santana
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Simone Nunes e Rogério Frade
Luciana Lutembarck, Aldo Prates e Camila Guedes
Camilla Batista e Rodrigo Breder
Marina Fernandes, Marta Ribeiro, Adrielle e Leonardo Ferreira
Rosiane, Geralda, Dr. Jose Antônio e Vanessa
Ivana e Tiago Leitão com Joana Coutinho
Enlace Dois enlaces movimentaram a nossa sociedade no mês de janeiro: Keke Rodrigues e Ricardo Colatino, mais Isabella Cunha e Lucas Louzada transferiram as alianças para a mão esquerda, reunindo um forte time da nossa society. Confira alguns momentos em fotos de Thiago Barros – Ultrazoom
Keke Rodrigues e Ricardo Colatino
Momento valsa de Keke Rodrigues e Ricardo Colatino
A noiva com as damas
Os noivos com os pais dele, Jairo e Wilma
Momento brinde em família
Os noivos com familiares dela
Os noivos Ricardo e Keke no altar
Isabella Cunha e Lucas Louzada
Isabella e Lucas
Os noivos com os avós dela, Paulo Cunha e Neuza
Os noivos com as mães Liza Lousada e Claudia Cunha
Stella Cunha e a daminha Maria Paula com os noivos
Isabella e Lucas com o pai da noiva Ronaldo e a avó Hilda
Momento álbum de família
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Vamos a la playa Por Jo達o Paulo de Oliveira Site: http://apontadordelapis.wordpress.com
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asal na garagem repassando tudo antes de pegar a estrada:
— Vamos logo, mulher, a praia nos espera! — Até que enfim! — Tudo pronto? — Não, temos que passar na farmácia para comprar protetor, repelente e mais umas coisinhas. — A gente acha uma farmácia lá na praia. — Mas nosso convênio só vale na farmácia daqui. — Ok! Tem uma farmácia na saída da cidade, a gente compra tudo lá. Podemos ir agora? — Você comprou cerveja? — Não. — Você sabe que cerveja na praia está pela hora da morte. — Beleza, a gente passa no supermercado, antes de passar na farmácia, e compra carne e cerveja. Está bom agora? Pegou tudo que faltava? Podemos ir? — Espera, deixa eu pensar: gás desligado, suspendi a entrega de marmita, janelas trancadas, aparelhos fora das tomadas, torneiras fechadas, luzes apagadas, já levamos o fubá para ficar na casa da mamãe. Você levou esse carro para a revisão? — Sim. — E aí? — E aí o quê? — O que deu? — Ficou carríssimo, mas já está tudo em ordem. Vamos agora? — Por falar em carríssimo, você já pagou os documentos? IPVA, Seguro Obrigatório e essas pataquadas todas?
— Paguei. Faltam mais duas parcelas de um deles, mas já podemos viajar. Então, vamos? — E esses pneus? — O que tem os pneus? — Estão em bom estado? — Ainda dá para rodar mais um pouco. Vamos? — E o extintor? Ouvi dizer que a Polícia Rodoviária está multando quem não tem um tal de extintor ABCDEF. — Vou comprar no posto agora, depois de passar na farmácia, no supermercado e antes de sair da cidade. — E se não tiver extintor no posto? — Tem, eu vi essa semana. — Então, por que você não encheu o tanque e comprou o extintor logo de uma vez? — Deixei para encher no posto perto do seu trabalho, lá é mais barato. — Não é não, passei lá ontem e já aumentou mais 12 centavos por litro. — O que? Isso é sério? — Sim, a não ser que baixaram o preço de ontem para hoje, mas acho improvável. — “Tá”difícil. — Podemos ir? Depois de uma breve pausa ele olha nos olhos da esposa e pergunta: — Seu pai ainda tem aquela piscininha de mil litros na casa dele? — Tem, mas está furada. — Conheço um borracheiro que está aberto hoje. — Será que tem água para encher? Dá última vez que olhei, estava faltando.
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As seis dicas para ter
conversas mais elegantes Por Janaína Depiné E-mail: contato@janainadepine.com.br
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á reparou como hoje em dia todo mundo quer falar de si mesmo? Quantos estão realmente interessados em ouvir o outro? Poucos. É verdade. Se você não se acha um bom ouvinte, preparei algumas dicas para você:
3) Evite palavras que soam negativas Certas palavras automaticamente mostram uma oposição ao que está sendo dito. Portanto, evite: “mas”, “porém”, “entretanto”, “contudo”. Sempre ache primeiro um ponto de concordância.
1) Pergunte sempre É muito chato quando alguém começa a falar de si mesmo e não para mais, não é mesmo? Prefira sempre o diálogo ao monólogo narcisista. Fale algo sobre você e logo faça uma pergunta. Manifeste interesse pelo outro. Para isso, faça perguntas que estimulem o outro a se abrir ou continue a conversa. Exemplo: — E então? — Como assim? — E o que você fez?
4) Seja humilde Para ter uma conversa agradável, é preferível ser modesto. A arrogância é algo que afasta todo mundo. Numa conversa é desnecessário mostrar superioridade.
2) Olhos nos olhos Quando estiver conversando com alguém, aja como se estivesse com uma supercola nos olhos do outro. Nem pense em ficar mexendo no celular ou se distraindo com qualquer coisa.
6) Tenha senso de humor Uma conversa agradável tem leveza e um toque de humor. Não é o caso para um stand up comedy, mas aquela dose de humor moderada e bem colocada que gera empatia automática. E então? Vamos conversar?
5) Respeite diferentes pontos de vista Só porque alguém não pensa como você, não é motivo para a conversa acabar. Um traço de humildade é ouvir opiniões diversas e se manter tolerante.
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