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A inspegao de Lucres Cessantes

Assim comoacobertura de Lucres

Cessantes sempre e complementar ^apolices de Danes Materials,as avalia?6es dos riscos de interrupcao de negodos decorrentes dos referidos danos tambem devem se censtituir numa ex,tensao eu segunda etapa da anMse glo bal,juntamente com osestudos de aceitafao e taxa?ao,que os medios e grandes riscos de LCsegurados e ressegurados devem softer, senao de forma periddica, pelo menos a epoca da contrata^ao ou de certas renova?6es. Aqui, vale lembrar que este entendimento & vdlido para qualquer carteira ou ramo envoivido, como, por exemplo, os de Inclndio e de Riscos de Engenhaiia, sendo que neste ultimo, a garantia 6 oferecida dentro das proprias apdiices de R.E.

Desta forma, os responsdveis pe lo desenvolvimento de inspe?6es desta natureza, precisam direcionar os seus trabalhos de campo para a checagem dosefeitosindiretos que seriam provocados por eventuais sinistros no Smbito da apdlice basica ou da cessao de Da nos Materials. Assim, d de primordial importancia a veriflca?ao de que sao colocados em prdtica suflcientes mecanismos operacionais e estrategicos pa ra evitar e/ou minimizar qualquer tipo e magnitude de colapso na produ^ao do segurado,o que levaria, por conseguinte,k materializa^o das perdas,que sao normalmente amparadas pelos contratos de seguro em questao.

Em termos prdticos,precisam ser enfocados nestes trabalhos, aspectos como: m'veis ou capacidades de produ(ao nominais e reais, ociosidade de equipamentos vitais e de linhas de processo inteiras, possibiiidades concretas de transferSncia da produ?ao para outras instala?6es(prdprias ou de terceiros),sazonalidade de mat6rias-primas e de produtos finals, disponibilidade de fomecedores adicionais e formalizacao de pianos de emergfincias que prevejam a?Ses e altemativas regularizadoras de situacoes provaveis e ate possi'veis. Obviamente,a dependerda profundidade e abrangencia que se queira imprimir a andllse, a rela^ao de topicos acima podera ser ampliada com a inserpao de fatores gen^xicose particulares dos riscos. Aldm dos referidos, podemos citar: posi(^ do segurado dentro do seu seg ment© industrial, quaIifica?ao da maode-obra, necessidade de pn^ose estruturas especiais, posturas municipals pa ra reconstrufao,indice de nacionaliza?ao dos projetos,chances de aquisifao ou substitui?ao de itensimportados por similares nadonaise possiveis efeitos de mercado,tais como:moda,esta^ao do ano,restrigoes aduaneiras e alfandeg^rias.

Com destaque, mas nao exclusivamente sob o ponto de vista da cartei ra de Riscos de Engenharia,ou seja, na avaliaoao dascoberturas de Quebra de Maquinas e de Riscos Operacionais com cldusula de Interrupcao de Negdcios, e interessante registrar outros fatoresjulgados indispens^veis ao referido trabalho, a saber: pianos e programasde manutenfao,capaddade de oficinas prdprias e de terceiros, localiza?ao e capadtafao de firmas de assistlncia tecnica, tempo mddio de reparos importantes, nivele condi^oes de armazenamento de conjuntos completos e pegas sobressalentes. Alem do histdrico de acidentes reladonados ao assunto, bem como as medidas adotadas posteriormente para sanar os problemas ocorridos.

Outrafaceta das inspegdes de LC ou de BI{BusinessInterruption),como se usa na lingua inglesa,6 a necessida de de que a tarefa de avaliagao seja cumprida em duas etapas, a primeira no campo,percorrendo-se os setores de produgao,utilldades, depdsitose almoxarifados, aldm das breves reunioes com OS responsdveis pelas citadas ireas para a confirmagao dos aspectos mais relevantes docomplexo,quer sejam favordveis ou desfavoriveis k sua qualifi- cagao.Paralelamente a esta fase,e pre cis© tomar conhecimento e fazer o devido registro, mesmo de passagem,das condigoes de operagao e seguranga que suportam e protegem os bens materials.

A segunda etapa a que nos referimos,deve ser desenvolvida junto aos departamentos e diretorias financeiras, 0 que nem sempre e possivel realizar nos mesmos locals das inspegdes de campo. Nestas ocasioes, devemos ter como interlocutores, os respectivos gerentes e diretores das areas contabeis e de finangas, pois o levantamento diz respeito a custos, folhas de pagamento. lucros e niimero de dias trabalhados em cada exercicio financeiro". Dadosestes que requerem total precisao para o preenchimento de questiondrios especificos e a conseqiiente definigao dos parametros de aceitagao das cobertu ras. Outras informagoes que devem ser questionadas junto a estes setores sao OS valores atuais e de novo dos princi pals equipamentos, maquinas e prMios segurados. Jd que estas importancias sao de extrema utilidade no balizamento de elementoscomo:Importancia Segurada, Limite Mdximo de Indenizagao, Franquias,Dano Mdximo Provdvel e outras "ferramentas" dos under writers.

Tambdm merece citagao, o fato de que,quandoem discussao o LC por Incendio,deve-se ter em mente a neces sidade de serem identificados os conjuntos "prddios/equipamentos" criticos em relagao a toda a planta, do angulo da caiga-incendio,ou seja, os gargalos da produgao, por onde passa majoritariamente o lucro auferido pelo process© all desenvolvido. Entretanto, se estivermos anaiisando um conglomeradocom vdrias fdbricas,tem-se que apontar qual ou quais as plantas que ocupam esta posigao em relagao ao todo representado pelo grupo, discutindo o m'vel de interdepend§ncias entre elase atentandotambdm para o fato de quea maior carga-incendio podese tor- nar secund^a,se todo o process© passar por uma unica e modesta fdbrica, que concentre por demais o risco,mes mo nao sendo a mais perigosa em ter mos de incendio e explosao. Pols este configuragao Ihe dard uma posigao mais critica do que outras com maior probabilidade de sinistros, porem pulverizada pela existenciade vanaslinhas de produgao ou mesmo com mais de uma planta ou fornecedor a produzir OS mesmos insumos.

Por outrolado,se a cobertura em questao for de Quebra de Mdquinas ou Riscos Operacionais,a6tica do Inspetor deve se nortear pela maior ou menor importSncia e risco representados pelas mdquinas eequipamentos deca dasetor produtivo ou de utilidades,de maneira que sejam conhecidas as pos siveis paralisagoes, individuals on to tals,que cada um possa causar.Pordm, de qualquer forma,serao andlises isoiadas, salvo algumas possibiiidades dentro de coberturas de Riscos Opera- cionais,quando o procedimento deverd ser identic© ao explicitado no pardgrafo anterior.

De posse destas informagoes, o Inspetor precisa ordena-las de mod© a transcreve-las para o seu relatdrio,buscando obedecer uma sequencia 16gica de apreseniagao,discussao e conclusao. Tend© as duas primeiras cessoes o nii mero de tdpicos que se fizer necessdrio (introdugao, objeto do seguro e segu rado, descrigao da empresa e de seus processos, potencialidade dos riscos, protegees e altemativas disponiveis, etc). Jd a conclusao deve ser linica e objetiva, contend© a opiniao do redator sobre a qualidade do risco inspecionado, perante as condigoes da apdlice e aos padroes de operagao e seguranga empregados por organizagoes e processamentos similares.

Olinico desmembramento que se permite fazer na conclusao,quando ne cessdrio, d o que trata das sugestQes e recomendagoes para a melhoria das condigoes de funcionamento ou de prevengao de danos diretos e indiretos, que alem de citadas durante a inspegao,de vem ser incluidas nos relalorios de for ma Clara,contendo nao s6 as razoes pa ra a apresentagao de cada uma,como tambem o mod© de implemenld-las dentro de prazos condizenies com a gravidade da situagao.

Finalmente,6 desnecessario repetir que asinspegoesenvolvendo Lucros Cessantesexigem maiores tempose cuidados para as corretas avaliagoes dos riscos assumidos. Na medida em que o pone e valor de uma maquina ou fdbrica sao de relativa importSncia,se comparados com o volume de produgao que poderd ser perdido se a mdquina falhar ou se a fabrica interromper o seu process© de geragSo de utilidad« e/ou fabricagao.

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