Revista Educação Física

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Ano XII • n 50 • dezembro - 2013

ISSN 2238-8656

Órgão Oficial do CONFEF

o

CONFEF comemora 15 anos de existência em Encontro Interativo

Foram três dias de muito trabalho e de intensas discussões acerca do legado social e legal do Sistema CONFEF/CREFs

Artes Marciais, Lutas e Capoeira são reconhecidas como esporte



Palavra do Presidente Em 2013 celebramos quinze anos de trabalho em prol da Profissão e do Profissional de Educação Física, defendendo a sociedade no direito de ser atendida nos serviços de atividades físicas e esportivas por profissionais habilitados. Chegamos à adolescência - fase que marca a transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada por alterações em diversos níveis e pelo amadurecimento. As ações que desenvolvemos ao longo desses anos estão aliadas com nossa missão e confere a confiabilidade que estamos buscando nesse processo de maturidade. Trabalhamos duro com a finalidade de tornar o Sistema CONFEF/CREFs uma entidade ágil, eficaz e eficiente, principalmente com credibilidade perante os profissionais e a sociedade. A valorização profissional é conquistada através do reconhecimento da comunidade. Razão pela qual se faz imperiosa a participação de todos os profissionais no processo de desenvolvimento e crescimento da entidade. No mês em que comemoramos o Natal e Ano Novo, temos a oportunidade de reafirmar nossa fé em nossa causa, de renovarmos nossas esperanças e exercitarmos nossos sentimentos e emoções simples, como a solidariedade, a fraternidade, a amizade e a compaixão. Sempre acreditamos no que plantamos e irrigamos e não deixaremos de sonhar. Permaneceremos acreditando que a passagem pela adolescência nos tornará mais fortes e a nossa Profissão cada vez mais reconhecida. Que o começo de um novo ano, nesse momento de transição de fases, nos faça perceber que sempre é possível recomeçar e que nunca estaremos sozinhos. Feliz Natal e Próspero Ano de 2014! Mensagem do nosso Mestre Maior: “Amai o próximo como a ti mesmo e não façais ao outro aquilo que não quereis que façam a ti”.

Jorge Steinhilber CREF 000002/G-RJ - Presidente CONFEF

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Presidente Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice Presidente Marino Tessari 1º Secretário Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Tesoureiro Sérgio Kudsi Sartori 2º Tesoureiro Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Camilo Nacimento Carlos Alberto Oliveira Garcia Elisabete Laurindo Emerson Silami Garcia Georgios Stylianos Hatzidakis Janine Aparecida Viniski Jeane Arlete Marques Cazelato Lúcio Rogério Gomes dos Santos Luisa Parente Ribeiro R de Carvalho Márcia Regina Aversani Lourenço Roberto Jorge Saad Sebastião Gobbi Solange Guerra Bueno Teófilo Jacir de Faria Tharcisio Anchieta da Silva Valéria Sales dos Santos E Silva Wagner Domingos Fernandes Gomes Walfrido José Amaral Presidentes de CREFs André Dias de Oliveira Fernandes (CREF1/RJ-ES) Eduardo Merino (CREF2/RS) Eloir Edílson Simm (CREF3/SC) Flavio Delmanto (CREF4/SP) Antônio de Pádua Muniz Soares (CREF5/CE-MA-PI) Claudio Augusto Boschi (CREF6/MG) Cristina Queiroz Mazzini Calegaro (CREF7/DF) Jean Carlo Azevedo da Silva (CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR)

Antonio Eduardo Branco (CREF9/PR) Francisco Borges de Araújo (CREF10/PB-RN) Ubiratam Brito de Mello (CREF11/MS-MT) Nadja Regueira Harrop (CREF12/PE-AL) Paulo César Vieira Lima (CREF13/BA-SE) Rubens dos Santos Silva (CREF14/GO-TO) CONFEF Rua do Ouvidor, 121 – 7º andar -Centro CEP 20040-031 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275 2242-3670 / 2242-4228 comunicacao@confef.org.br www.confef.org.br Periodicidade: trimestral Tiragem: 220.000 Distribuição gratuita Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF

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Muito além do lugar comum

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Operação Apolo interdita seis estabelecimentos na Bahia

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Atividades especiais para paralisados cerebrais

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Investindo em pesquisa e produção científica

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Prêmio Petrobras de Esporte Educacional oferece até R$50 mil a vencedores

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Congresso ABQV debate inovação para a qualidade de vida

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Há vagas em residência multiprofissional

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CONFEF comemora 15 anos de existência em Encontro Interativo

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Carta de Florianópolis

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O exemplo que vem de Hortolândia (SP)

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Sede do CREF14/GO-TO se transforma em sala de aula

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Artes marciais, lutas e Capoeira são reconhecidas como esporte

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Congresso da Fiep movimenta Sergipe

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Remando contra a maré

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Um ótimo exemplo vindo de Rio Claro (RJ)

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Atividades físicas em alto mar – Um mercado promissor

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Espaço do leitor

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Panoramas

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Agenda


Muito além do lugar comum

Alguns Profissionais se destacam por fazer das aulas de Educação Física verdadeiras experiências de vida para os alunos. São os mestres que não se atêm somente ao que manda o usual ou o convencional. Estes se destacam justamente por ir além. Nesta edição trazemos dois casos de Profissionais que se encaixam perfeitamente nesse exemplo: Jairo José de Souza Júnior [CREF 008702-G/MG] e Kaled Ferreira Barros [CREF 083175-G/SP]. O primeiro criou em uma escola estadual um Departamento de Educação Física (DEF) que é responsável pelas atividades de treinamento, pesquisa, ensino e extensão no campo da Educação Física. O outro resolveu deixar o tradicional Futebol e investir em Capoeira, atividade totalmente nova para os alunos. Os resultados não poderiam ser melhores. Conheça as experiências de sucesso desses professores que são exemplo e não se contentam em ficar no lugar comum. 4

Departamento de Educação Física: multiplicando saberes Dentro da Universidade é responsabilidade dos Departamentos atuar em todos os âmbitos do tripé acadêmico. Incentivando, desenvolvendo e distribuindo atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão entre os docentes. Mas e na rede básica de ensino, como ele funciona? Aliás, tem departamentos dentro das escolas? Em Virginópolis, município do estado de Minas Gerais, mais especificamente na Escola Estadual Nossa Senhora do Patrocínio, os alunos


contam sim, desde 2011, com um Departamento de Educação Física (DEF). O projeto, completamente voluntário, é responsável pelas atividades de treinamento, pesquisa, ensino e extensão no campo da Educação Física. Sua perspectiva interdisciplinar busca contribuir com o desenvolvimento crítico, criativo e inventivo de monitores, alunos e toda a comunidade escolar, como explica Jairo José de Souza Júnior [CREF 008702-G/MG], Professor da instituição e coordenador do projeto. “Já há algum tempo eu imaginava desenvolver um departamento de educação física na escola. Tarefa difícil, mas nada impossível, eu pensava. Conversava com as pessoas a respeito dessa possibilidade, mas muitos não acreditavam. Acreditava nos benefícios de ter uma ferramenta como essa em prol da Educação Física e até mesmo da própria escola. Eu imagina, pensava e sonhava”. Além do coordenador, fazem parte do projeto uma nutricionista e oito alunos do 2º grau, que atuam como monitores. Para ocupar o cargo, os alunos passam por uma avaliação física e são instruídos sobre vários assuntos, como primeiros socorros, por exemplo. O projeto funciona três vezes por semana e atinge cerca de 100 alunos, entre 7 e 17 anos. A sala onde funciona o departamento foi cedida pelo colégio e conta com computador, impressora, televisão, aparelho de som, programa de avaliação física, materiais e aparelhos para avaliação física e nutricional, bolas, cones, coletes, dentre outros. Visando a produção do conhecimento interdisciplinar e resultados significativos, o DEF conta ainda com os demais docentes e discentes para a manutenção dos Núcleos de Extensão. São eles: o Núcleo de Composição Corporal (NUCOMCOR) que promove programas relacionados à melhora da aptidão física e das condições de saúde individual ou coletiva, bem como na prevenção e tratamento de sobrepeso e obesidade; o Núcleo de Teatro e Esportes (NUTE) desenvolve atividades lúdico-recreativas e esportivas visando contribuir na formação do cidadão, além de desenvolver a comunicação/ expressão através de uma investigação corporal; o Núcleo de Esportes (NUES) aplica, multiplica e mostra o conceito de esporte como fator educacional e de desenvolvimento humano. De acordo com o coordenador, o objetivo principal do projeto não é formar atletas, mas trabalhar a inclusão de todos os alunos no esporte e contribuir com a educação através do mesmo. E as mudanças já são perceptíveis. Os alunos mudaram positivamente seus comporta-

“Através do nosso projeto conseguimos divulgar os benefícios da prática de atividade física regular e o quanto o esporte pode contribuir para a vida, além de demonstrar que somos capazes, enquanto profissionais, de desenvolvermos grandes projetos que poderão mudar a rotina de toda a comunidade escolar”

mentos no que se refere à disciplina, e socialização ao encontrar no esporte uma ferramenta fundamental para a melhoria da qualidade de vida. Além disso, muitos ex-alunos hoje estão cursando a faculdade de Educação Física, comprovando a dedicação e doação dos integrantes do projeto. Mas o sucesso do Departamento foi além e em 2012 o projeto foi selecionado e elogiado, entre os poucos programas de Educação Física, pela Superintendência - que convocou os professores envolvidos a participarem da montagem do caderno de boas práticas da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Jairo enfatiza que um projeto como esse, envolve crenças e valores, relacionando-se diretamente à comunidade. “Fomentar um projeto e colocá-lo em prática não é uma tarefa fácil. Porém pensar e executar um projeto pedagógico nos faz refletir sobre a finalidade e o papel da escola na sociedade”, reforça. Visite o site do projeto através do link: www.deeensdop.webnode.com.br/ Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 5


Na roda: tolerância racial, cultural e religiosa Quando começou a lecionar no Colégio Ônis, em Santos (SP) no ano de 2010, o Profissional de Educação Física, Kaled Ferreira Barros [CREF 083175-G/SP] foi pelo caminho mais fácil. Devido à insegurança pela pouca experiência, Kaled acabou por explorar apenas os esportes com bola. No ano seguinte, bem mais seguro do seu potencial e a fim de fugir da “cultura de bola”, o Professor decidiu trabalhar com seus alunos a Capoeira. As orientações dadas por meio dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a obrigatoriedade da Lei 10.639/03, bem como o interesse em ampliar os horizontes dos educandos, foram fundamentais na sua decisão. Além disso, ainda em 2011 seria comemorado o Ano Internacional dos Afrodescendentes. “O objetivo desta iniciativa foi fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos e, também, promover o respeito à diversidade e heranças culturais. Portanto, uma ótima oportunidade para trabalhar a Capoeira como tema das aulas de Educação Física”, explica o Profissional. A partir daí foi elaborado um projeto para os educandos do 4º e 5º ano sobre o ensino da Capoeira durante os meses de maio, junho e agosto. Além de rever as atitudes preconceituosas e ações discriminatórias na nossa sociedade, os objetivos específicos do projeto focaram no domínio das técnicas convencionais de ataque e esquiva; na identificação e compreensão do universo simbólico da modalidade; no respeito à diversidade e heranças culturais; na valorização e preservação do patrimônio cultural e na participação de situações que promovam aprendizagem intergeracional. Durante a primeira roda de conversa, surgiram comentários e muitas dúvidas: A Capoeira é uma luta? É dança, já que tem música? Se não encosta-se ao outro, é demonstração? Ao final da conversa foi constatado que a Capoeira não era um elemento estranho aos educandos, entretanto, o conhecimento era apenas superficial. Na vivência corporal, os educandos conheceram e aprenderam a ginga, algumas esquivas e ataques básicos, além dos deslocamentos por meio dos aús – conhecido popularmente por estrela. “No início alguns alunos apresentaram certo grau de inibição, mas no decorrer das aulas ela foi deixada de lado e a curiosidade em explorar as capacidades físicas e coordenativas foi ganhando espaço”, conta Kaled. Mas o projeto ia muito além da prática. Para a semana alusiva à Abolição da Escravatura, os alunos do 4º ano produziram um varal pedagógico, com exposições orais e palestra sobre o tema “Diversidade Cultural e a Figura do Ancião dentro das Comunidades Africanas”. Houve ainda projeção de vídeo, roda de conversa sobre religião e tolerância, vivência instrumental, aula teórica de capoeira entrelaçando o tema: Respeito e Preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro e visita às Ruínas do Engenho de São Jorge dos Erasmos, monitoradas por educadores da Universidade de São Paulo (USP). Atividades que fizeram deste, um projeto interdisciplinar e inesquecível para todos os envolvidos. Para a semana do Dia do Capoeirista, bem como na última aula do trimestre, foram realizadas rodas de capoeira pelos próprios educandos, eles tocaram os instrumentos, jogaram capoeira e responderam ao coro das cantigas cantadas pelo professor. Se no início do trimestre era comum ver risos ou chacotas daqueles mais desengonçados, com o passar das aulas notou-se uma mudança gradual e progressiva nas relações por meio de atitudes e comportamentos solidários e afetuosos. 6

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“Como os próprios educandos descreveram, foi um desafio. Um desafio que exigiu a participação e a dedicação de todos para atuarem coletivamente, a crença de que todos são capazes, a superação em melhorar o que sabem fazer e a segurança em colocar o aprendizado em prática” conta com orgulho o professor. Atualmente Kaled continua na coordenação do projeto, agora no formato de curso extracurricular. Para esse ano a Coordenação Pedagógica do colégio propôs uma proposta interdisciplinar em conjunto com os professores de Informática e de Ciências, de nome “Prova e Comprova”. Quem sabe Kaled não conta essa experiência em uma próxima edição? Desejamos sucesso! Envie sua experiência Caro Profissional de Educação Física que atua dando aulas em escolas, temos muito interesse em conhecer e divulgar suas experiências que saem do lugar comum. Se você tem algum projeto interessante que foi registrado em fotos, nos envie. As melhores experiências terão publicação garantida na sua Revista Educação Física. Para envio, favor mandar e-mail para revistaef@confef.org.br


Operação Apolo interdita seis estabelecimentos na Bahia

A ação realizada em Salvador mobilizou mais de 30 profissionais em fiscalizações que resultou na interdição de seis estabelecimentos e notificação de proprietários e instrutores sem registro no CREF13/BA-SE. Com o objetivo de averiguar as condições de funcionamento das academias de ginástica em Salvador, a Polícia Civil da Bahia em parceria com o CREF13/BA-SE, a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) e o Procon, realizou no mês de outubro uma operação conjunta de fiscalização. A ação envolveu mais de 30 profissionais, entre policiais e fiscais. Seis dos 10 estabelecimentos vistoriados foram notificados e interditados pela Sucom. As academias irregulares terão que se adequar às exigências dos órgãos fiscalizadores para voltarem a ser abertas. Realizada na capital Salvador (BA), as equipes de fiscalização percorreram os bairros de Brotas, Santa Cruz, Canela, Federação, Iguatemi, Campo Grande, Ondina, Garcia, Graça e Rio Vermelho, onde foram encontradas academias com Profissionais atuando sem registro no CREF13/BA-SE, equipamentos defasados e com defeitos, além da ausência de alvará, que colocavam em risco a saúde dos usuários. Após serem flagrados no exercício ilegal da profissão, cinco indivíduos sem registro no CREF13/BA-SE foram encaminhados à Decon. Assim como eles, representantes das dez academias, entre proprietários e instrutores de Educação Física, também foram ouvidos e liberados. Dependendo da natureza da infração, eles poderão ser indiciados em inquérito policial por crime contra a relação de consumo, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 7


Os resultados da operação exitosa foram apresentados à imprensa no auditório da Polícia Civil. Estiveram presentes a delegada Carla Santos Ramos, Titular da Decon, o Supervisor do Departamento de Fiscalização do CREF13/BA-SE, Jehorvan Carvalho de Melo [CREF 000757-G/BA], o representante do Procon, Guilherme Morais, e a representante da Sucom, Anna Kelly Marques. Na ocasião, Jehorvan Carvalho de Melo apontou os riscos da prática de atividade física sem a presença do Profissional de Educação Física habilitado e registrado no sistema CONFEF/CREF. “As consequências virão a médio e curto prazo em decorrência de exercícios mal orientados. Podem trazer grandes lesões e provocar, muitas vezes, até a morte”, afirma. A orientação dos envolvidos na operação é que antes de se matricular em uma academia é recomendado que o usuário preste atenção em alguns fatores como conservação dos equipamentos e se os Profissionais são licenciados pelo CREF. Além disso, os alvarás também devem estar visíveis. De acordo com a Delegada Carla Santos Ramos, a Operação Apolo será intensificada na Capital e na Região Metropolitana visando o verão, época em que tradicionalmente aumenta a frequência de alunos nesses estabelecimentos.

Operação GR fecha academia e notifica 17 em Barreiras Em Barreiras, oeste baiano, uma academia foi fechada e 17 foram notificadas por não possuírem credenciamento do sistema CONFEF/CREF, durante Operação GR. Os estabelecimentos receberam um prazo de 30 dias para regularizar a situação, sob pena de ajuizamento de ação junto à Justiça Federal, caso continuem irregulares. Ao todo, 29 empresas foram fiscalizadas, sendo 27 academias e duas escolas. Cinco pessoas foram conduzidas para a Delegacia da Polícia Civil, por não atenderem os critérios para registro no Conselho e por serem reincidentemente flagradas no Exercício Ilegal da Profissão. A ação cumpriu mais uma etapa do Planejamento de Ações Conjuntas do CREF13-BA/SE. Para executar a operação, o Conselho contou com a parceria da Vigilância Sanitária Municipal, e das Policias (Civil e Militar). A operação conjunta foi batizada de GR e ocorreu entre os dias 22 e 23 de outubro.

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“Após serem flagrados no exercício ilegal da profissão, cinco indivíduos sem registro no CREF13/BA-SE foram encaminhados à Decon. Assim como eles, representantes das dez academias, entre proprietários e instrutores de Educação Física, também foram ouvidos e liberados”


Entrevista com o Presidente do CREF13/BA-SE Paulo César Vieira Lima [CREF 000481-G/BA], Presidente do CREF13/BA-SE, fala sobre a importância das ações de fiscalização, explica como foi feito o planejamento estratégico da Operação Apolo e o que os Profissionais de Educação Física podem esperar das próximas ações do Conselho na Bahia. Que balanço o senhor faz da Operação Apolo? Essa foi a primeira operação realizada em Salvador que repercutiu bastante em todos os municípios da Bahia, levando a uma divulgação em todos os meios de comunicação e excelente resultado prático. Além do Conselho, a operação contou com mais três entidades. Qual a importância desse trabalho conjunto? Dar capilaridade e propiciar a possibilidade de intervenções em diferentes espectros, inclusive aqueles que não são competência do CREF13/BA-SE, além de reforçar os desdobramentos da fiscalização naqueles locais e pessoas que persistem em estar na irregularidade. Como foi planejada a ação? As operações conjuntas foram iniciadas nas principais cidades do interior. O Departamento de Orientação e Fiscalização (DEOFIS) adotou como critérios a anterioridade e tipicidade das infrações, perfil dos municípios e o histórico das fiscalizações. A operação Apolo, na capital, foi planejada usando os mesmos critérios por bairros, observando algumas peculiaridades da região metropolitana que não podemos detalhar para assegurar o sucesso nas próximas incursões. Para o DEOFIS, iniciar no interior também foi estratégico para ir dando experiência à equipe, usando um antigo preceito: do menor para o maior, do mais simples para o mais complexo. Quais serão as próximas cidades a serem fiscalizadas? Os fatores sigilo e surpresa são fundamentais para o êxito desse tipo de ação. Infelizmente não é possível anunciar diretamente, mas é certo que novas diligências ocorrerão na região metropolitana e nas principais cidades do interior da Bahia e do Sergipe.

“O objetivo da operação é garantir que a sociedade seja atendida em estabelecimentos equipados, legalizados e por Profissionais de Educação Física devidamente habilitados e registrados no sistema CONFEF/CREFs”

Qual a importância dessas ações para a sociedade e para os Profissionais de Educação Física? O objetivo da operação é garantir que a sociedade seja atendida em estabelecimentos equipados, legalizados e por profissionais qualificados. Para os Profissionais de Educação Física, a operação visa garantir que as atividades físicas e esportivas sejam ministradas somente por profissionais devidamente habilitados e registrados no sistema CONFEF/CREFs. Quais os próximos passos planejados pelo CREF13/BA-SE? Além do trabalho de orientação e fiscalização, estamos celebrando diversos convênios de cooperação técnica, cursos de qualificação com universidades, faculdades, descontos em lojas de materiais esportivos, livrarias, restaurantes, entre outros, visando uma melhor aproximação e qualificação do Profissional de Educação Física.

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Atividades especiais para paralisados cerebrais

A Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) investe em modalidades direcionadas a atletas com comprometimentos neurológicos e musculares. Uma delas é a Petra As aulas de Educação Física para alunos com paralisia cerebral realizadas na Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) não são mais as mesmas desde a introdução da Petra – jogo realizado com um andador em forma de triciclo utilizado em competições por atletas com paralisia cerebral. A inovação é obra do Departamento de Educação Física (Ceduf) da FCEE e tem como objetivo motivar a prática de atividade física e, ao mesmo tempo, realizar um trabalho voltado para o aprimoramento das habilidades psicomotoras, transformando os equipamentos utilizados - que mantém algumas características da bicicleta, excetuando-se os pedais e corrente e agrega a ideia de um triciclo, uma espécie de andador com rodas) - em um poderoso elemento pedagógico. Segundo o Profissional de Educação Física e idealizador da modalidade Jefferson Roberto Seeber [CREF 012391-G/SC], a ideia é trazer para os alunos mais debilitados, geralmente em cadeiras de rodas, uma atividade não apenas esportiva, mas também reabilitatória. Ele conta que os Profissionais perceberam nos alunos uma paixão até então desconhecida. 10

A Petra é uma modalidade onde os atletas devem utilizar a força de suas pernas para se movimentar, o que exige concentração e equilíbrio. A modalidade desenvolve a musculatura, força, agilidade e auto-estima do praticante. Para o Profissional Ronaldo Grisard Clausen [CREF 002921-G/SC], especialista em Psimotricidade, além dos ganhos cardiorrespiratórios provenientes da prática de exercício físico, muitas atividades psicomotoras passaram a ser trabalhadas através da modalidade. “A atividade desenvolve o equilíbrio, coordenação geral, lateralidade, coordenação visomotora. Sem contar com o nível de excitação que gera, atuando positivamente na produção da dopamina no cérebro”, explica. O Professor Gabriel Renaldo de Sousa [CREF 015302-G/SC] explica que a partir do interesse dos alunos, ficou muito mais fácil motivá-los e obter resultados nas atividades propostas. Ele conta que houve um grande aumento na autoestima dos alunos. Estes se perceberam capazes de realizar uma atividade que até então não tinham acesso.


“O equipamento mantém algumas características da bicicleta, excetuando-se os pedais e corrente, e agrega a ideia de um triciclo, uma espécie de andador com rodas. A modalidade exige dos atletas força de suas pernas para se movimentar, concentração e equilíbrio”

Incentivo federal A FCEE também oferece a seus atletas a prática do Futebol 7, da Bocha Paralímpica, entre outras modalidades para deficientes intelectuais. Mas foi através da Bocha, que o atleta Paulo Roberto Perão de Lima foi selecionado pelo Ministério do Esporte para receber o benefício do programa federal “Bolsa atleta”. Perão é o primeiro atleta da FCEE a receber a bolsa concedida por 12 meses a atletas estudantes. O benefício recebido foi consequência dos resultados obtidos pelo atleta em 2010, ano em que Perão conquistou o 2º lugar na Bocha Paralímpica, na classe BC3, nas Paraolimpíadas Escolares realizadas em São Paulo-SP. O valor deve auxiliá-lo na compra de materiais esportivos.

Como tudo começou A Petra foi criada na Dinamarca, em 1989, pelo paratleta Mansoor Siddiqi, que batizou a modalidade em homenagem ao mascote dos Jogos Paralímpicos de Barcelona (1992), quando ele utilizou o equipamento pela primeira vez, demonstrando grande performance. O esporte foi trazido para o Brasil em 2009 pela Associação Nacional de Deficientes (Ande), pelo Professor doutor Ivaldo Brandão [CREF 001730-G/RJ] e da fisioterapeuta Tânia Frazão. É mundialmente organizado pela Cerebral Palsy – International Sports e Recreation Association (CP – ISRA). Avalie esta seção em confef.com/105

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Investindo em pesquisa e produção científica Segundo o Centro, a arrecadação do laboratório é destinada primordialmente para cobrir despesas com a secretaria, telefones, site, publicações e eventualmente equipamentos. De acordo com as regras locais, em projetos especiais, membros com mais de dois anos de casa poderão ser remunerados, sempre proporcionalmente ao tempo efetivamente dedicado, além das 15 horas semanais. Tendo como membro fundador o Dr. Victor Matsudo que está na liderança do Centro desde a sua fundação, atualmente o Presidente da entidade é o Professor de Educação Física Timoteo Leandro de Araujo [CREF 006432-G/SP], membro do CELAFISCS desde 1993.

O que é o CELAFISCS?

Prestes a completar 40 anos de existência, o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) vem ganhando cada dia mais destaque quando o assunto é fomento e pesquisa na área de Ciências do Esporte com produção científica e atuação social. Ao longo desse tempo ganhou, merecidamente, diversos prêmios nacionais e internacionais. A entidade reúne profissionais da área de saúde que desenvolvem diferentes tipos de atividades acadêmicas e de pesquisa, sempre procurando analisar a relação entre atividade física e saúde em quatro dimensões: recuperação, manutenção, promoção e excelência. O trabalho do Centro e se desta ca em três frentes: o Projeto Longitudinal de Crescimento e Desenvolvimento de Ilhabela (desde 1978); o Projeto Longitudinal de Envelhecimento e Aptidão Física de São Caetano do Sul (desde 1997); e a coordenação e assessoria técnico-científica do Programa Agita São Paulo (desde 1996). Entidade de caráter totalmente voluntário, todo o trabalho, do estagiário ao presidente, é realizado sem pagamento de qualquer honorário (por 15 horas semanais). Há inclusive, ao menos três membros que o fazem por mais de dez anos. 12

É uma instituição sem fins lucrativos, uma organização social, de caráter científico que congrega profissionais da área da saúde, com predominância de Profissionais da Educação Física, mas que também agrega profissionais médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros, desde o período de formação acadêmica até profissionais pós-graduados.

Como tudo começou O CELAFISCS foi fundado em 1974, pelo Dr. Victor Keihan Rodrigues Matsudo e pela Dra. Ana Maria Tarapanoff com o objetivo de desenvolver pesquisas sobre o perfil de aptidão física e parâmetros de crescimento e desenvolvimento dos escolares do município de São Caetano do Sul, região do Grande ABC em São Paulo. Inicialmente os objetivos foram avaliar os escolares do município e fazer comparações bem como monitorar as variáveis de crescimento e desenvolvimento, paralelamente a isto, formar recursos humanos, profissionais qualificados a realizar pesquisas na área das ciências do esporte.

Linhas de trabalho Produção conhecimento nas diferentes áreas da Ciências da Saúde, com foco hoje na promoção da atividade física. Ao longo destes quase 40 anos de atividades, já desenvolveu relevantes trabalhos com atletas desde a iniciação esportiva até o alto rendimento. Outra linha forte de atuação do CELAFISCS é a formação de recursos humanos para atuar na área da pesquisa científica em Ciências do Esporte, ao longo de sua existência o CELAFISCS, já qualificou para a pesquisa científica mais de 250 profissionais, sendo para muitos dos quais a ponte de acesso à pós-graduação, a ponto de termos hoje líderes de grupos de pesquisas e diversas instituições de nível superior, mestres, doutores e pós-doutores que iniciaram sua carreira científica em nosso tradicional Estágio de Formação Básica de Pesquisador em Ciências do Esporte.


Publicações O CELAFISCS, tem um variado acervo de importantes publicações, é desta instituição uma das mais tradicionais publicações nacionais na área a Avaliação da Aptidão Física, o livro Testes em Ciências do Esporte, cujo primeira edição é de 1982 e hoje está em sua sétima edição revisada e ampliada, além desta possui duas publicações na área a Atividade Física e Envelhecimento que está sendo desenvolvida sua segunda edição, e Avaliação do Idoso: Física & Funcional que é o primeiro livro nacional com estas características e está na sua 3ª edição e Atividade Física e Obesidade em português e espanhol, possui uma das mais tradicionais revistas científicas da área das ciências do esporte, a RBCM – Revista Brasileira de Ciência em Movimento, que está no seu vigésimo primeiro volume e atualmente é publicada em parceria com a Universidade Católica de Brasília. A produção científica do CELAFISCS, é garantida pelos seus membros efetivos, assim como é um requisito para a conclusão do estágio básico de pesquisador em ciências do esporte, o que apenas neste ano já gerou sete publicações e pelo menos outras quatro estão submetidas aguardando o aceite. Boa parte desde acervo de publicações pode ser acessado no site www.celafiscs.org.br.

Comemoração dos 40 anos As celebrações começaram em 03/10 no 36º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte e contin uam em 2014 com edições especiais de eventos tradicionais. A grande festa será mesmo no 37º SICE em 2014, evento este que contará com a maior presença simultânea de expressivas personalidades das ciências do esporte do Brasil e do Exterior no mesmo local, dentre os quais podemos destacar: Claude Bouchard, Steve Blair, I Min Lee, Mike Pratt, Bill Kohl e Bengt Saltin. O Simpósio já é reconhecido como a maior reunião de pesquisadores, cientistas e acadêmicos dos últimos 40 anos das Ciências do Esporte e da Saúde brasileiros e estrangeiros em um mesmo evento, e esta edição de celebração dos 40 anos do CELAFISCS deverá entrar para a história das ciências do esporte brasileira.

Programa “Agita São Paulo” O Programa Agita São Paulo é uma programa permanente de intervenção na população do Estado, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, coordenado pelo CELAFISCS, iniciado em dezembro de 1996, implantado em fevereiro de 1997. Tem como Avalie esta seção em confef.com/106

objetivos: aumentar o conhecimento da população do estado sobre a importância da atividade física para a saúde da população, bem como também efetivamente aumentar o nível de atividade física desta população no seu cotidiano, com foco no escolar, no trabalhador e no idoso. É hoje um programa reconhecido internacionalmente, inclusive sendo referenciada pela Organização Mundial da Saúde como modelo de programa de intervenção em promoção da Atividade Física.

E o Agita Mundo? O Agita Mundo é resultado do reconhecimento internacional do Programa Agita São Paulo, que após apenas cinco anos de atividades foi reconhecido e tomado como modelo pela OMS, a ponto desta entidade internacional que anualmente celebra o Dia Mundial da Saúde, em 2002 eleger o tema “Atividade Física e Saúde” como tema do Dia mundial da Saúde daquele ano, a partir dai inclui no seu calendário de eventos, o dia 6 de abril com Dia Mundial da Atividade Física, celebrado hoje em mais de 40 países nos cinco continentes em todo o mundo. O Agita Mundo é também uma importante rede mundial de Promoção da Atividade Física, com metas mundiais de aumento da atividade física da população em diferentes países ao redor do mundo, movimento em que o Dr. Victor Matsudo sempre esteve à frente deste de as primeiras discussões ainda em meadas da década de 80.

On line, on time Tanto o CELAFISCS como o Programa Agita São Paulo possuem paginas na internet www.celafiscs.org.br, www.portalagita.org.br, assim como nas principais redes sociais (facebook e twitter). Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 13


Prêmio Petrobras de Esporte Educacional oferece até R$50 mil a vencedores Estão abertas as inscrições para o Prêmio Petrobras de Esporte Educacional, uma iniciativa do Programa Petrobras Esporte & Cidadania em parceria com o CIEDS (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável). A iniciativa pretende mapear, certificar, premiar e disseminar as experiências pedagógicas de Esporte Educacional em todo o Brasil. São aceitas experiências pedagógicas desenvolvidas pelos atores sociais das seguintes categorias: terceiro setor, universidades e escolas públicas, desde que avaliadas como Tecnologias Sociais voltadas ao Esporte Educacional. Ou seja, experiências simples, inovadoras e de baixo custo desenvolvidas para o esporte educacional, com a participação coletiva, que representem efetivas soluções de transformação social através do esporte, que possam ser disseminadas e reaplicadas em diferentes contextos. As experiências serão avaliadas por uma comissão julgadora, composta por representantes de diferentes setores e orientados por critérios de avaliação, considerando a metodologia proposta, resultados e potencial de reaplicação. Se você desenvolve ou já desenvolveu experiências nesta área no país, participe! As inscrições vão até 5 de fevereiro de 2014. Para saber mais sobre a inscrição e as premiações que variam de R$5mil a 50 mil, acesse o endereço abaixo e confira o regulamento: premioesporte.petrobras.com.br/o-premio

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Congresso ABQV debate inovação para a qualidade de vida

Tendo como tema a “Inovação para a Qualidade de Vida das Pessoas”, o 13º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida, reuniu durante quatro dias, especialistas na área, nacionais e internacionais, apresentando as informações científicas mais recentes no campo do bem-estar, da qualidade de vida e da promoção da saúde no ambiente corporativo. O evento, que recebeu o apoio do CONFEF, ocorreu em São Paulo durante os dias 29 de setembro e 2 de outubro. Na abertura, os presentes puderam apreciar o espetáculo “Desafios Mitológicos”, encenado por 30 crianças e adolescentes da Casa de Cultura e Cidadania de São Paulo, projeto sociocultural viabilizado pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura. Como nos anos anteriores, a programação foi diversificada, com palestras temáticas, apresentação de cases e debates com profissionais especializados nos temas. Os congressistas vieram de todas as regiões do país e do exterior, a exemplo do Chile e do Uruguai e lotaram o Teatro do Hotel Maksoud Plaza. Nas mesas também houve mistura, palestrantes de renome internacional, como Wolf Kirsten (Alemanha) e George Pfeiffer (USA) compareceram ao evento e apresentaram exemplos de desafios a serem superados nos novos tempos. O Conselheiro Federal Marcelo Ferreira Miranda [CREF 000002-G/MS] e o Conselheiro Regional Rony Tschoeke [CREF 004979-G/PR] dividiram

mesa com o Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício Esporte e do Exercício, Samir Salim Daher. A palestra, de tema “Estratégias para promover a atividade física nas organizações”, foi coordenada por Osvaldo Stevano, Diretor Secretário da ABQV. Paralelamente ao Congresso, ocorreu o I Seminário Latino- Americano da IAWHP, o III Simpósio de Qualidade de Vida no Setor Público e a Expo Qualidade de Vida, totalizando cerca de mil pessoas que circularam pelo evento, promovendo a troca de conhecimento e experiências. Esse sucesso apenas vem a confirmar o interesse de tantos profissionais em torno do tema qualidade de vida, que hoje deixou para trás o efeito do modismo, para tomar lugar na estratégia empresarial de pequenas, médias e grandes empresas. O tempo em que Programas de Qualidade de Vida resultavam de iniciativas emergenciais para atender apenas a uma tendência de mercado ficou definitivamente no passado.

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em residência

multiprofissional Poucos Profissionais de Educação Física têm conhecimento sobre a existência da Residência Multiprofissional em saúde como modalidade de pós-graduação para a profissão. Por isso, talvez, a procura pelas vagas existentes nas universidades que desenvolvem os programas ainda seja peque-

na. Atualmente no Brasil existem vagas disponíveis em diversas áreas temáticas, onde os Profissionais de Educação Física têm a chance de atuar junto a outras profissões com direito a bolsa de estudo concedida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).

Criada em 2005, pela Lei Federal nº 11.129, a residência multiprofissional constitui modalidade de ensino de pós-graduação latu senso, voltado para a educação em serviço e destinado às categorias profissionais que integram a área de saúde, com exceção da médica, tais como: biomedicina, ciências biológicas, Educação Física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e terapia ocupacional. Todos os programas relacionados à residência multiprofissional trabalham em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS – e de acordo com a portaria interministerial nº 1.077 de 12 de novembro de 2009, constituindo-se um programa de cooperação entre setores para favorecer a inserção qualificada dos profissionais da saúde no mercado de trabalho, especificamente em áreas prioritárias do SUS. Com duração de dois anos e carga horária de 5.760 horas, os programas de residência multiprofissional em saúde oferecem 80% de carga horária total sob forma de atividades práticas e com 20% sob a forma de atividades teóricas ou teórico-práticas, contando ainda com a supervisão de um preceptor e um tutor. O critério de seleção estará a cargo de cada instituição, que define em edital de seleção pública como ocorrerá seu processo seletivo (etapas, tipos de provas, pesos). Destaca-se, entretanto, que a legislação que se refere a concurso público deve ser contemplada também, bem como o respaldo jurídico da instituição ofertante.

“Atualmente no Brasil existem vagas disponíveis em diversas áreas temáticas, onde os Profissionais de Educação Física têm a chance de atuar junto a outras profissões com direito a bolsa de estudo concedidas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC)” O relatório completo com área temática e de conhecimento, bem como tipo de programa podem ser encontrados no site do Sistema de Informações da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional (cnrms.mec.gov.br). Avalie esta seção em confef.com/109

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CONFEF comemora 15 anos de existência em Encontro Interativo Foram três dias de muito trabalho e de intensas discussões acerca do legado social e legal do Sistema CONFEF/CREFs. O evento contou com centenas de presentes e foi transmitido virtualmente.

No mês de novembro, mais um capítulo importante foi escrito na história do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF). Conselheiros Regionais, Federais, gestores, advogados, representantes das Comissões, Presidentes e membros dos CREFs se reuniram em Brasília durante os dias 8, 9 e10 para o Encontro Interativo CONFEF – 15 anos. O encontro foi marcado por intensas discussões dos temas relacionados aos eixos temáticos, sendo eles Ética Profissional, Ensino Superior e Preparação Profissional, Educação Física Escolar, Orientação e Fiscalização e ainda discussão e procedimentos do Manual da Dívida Ativa.

Ao final dos três dias, cada comissão responsável pelos temas citados apresentou os principais tópicos, bem como os resultados dos debates. “As discussões foram muito produtivas e uma grande oportunidade para troca de experiências”, comentou a Conselheira efetiva do CREF3/SC Michele de Souza Serejo [CREF 003064-G/SC]. Tanto a abertura do evento, com o Presidente Jorge Steinhilber [CREF 000002-G/RJ], quanto o encerramento, pode ser acompanhado em tempo real através do portal eletrônico Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 17


do CONFEF. Diversos profissionais acompanharam a transmissão do evento de grande importância para a profissão. CONFEF em 15 anos: Há 15 anos, no dia 8 de novembro de 1998, era realizada no Hotel Flórida, no Rio de Janeiro, a eleição dos primeiros 18 Conselheiros Federais de Educação Física. Em seu discurso de abertura, Jorge Steinhilber relembrou toda essa trajetória, desde a regulamentação da profissão até os dias de hoje. “É com muita alegria que estamos hoje aqui para comemorar os 15 anos de nossa existência. Sabendo que todos nós somos responsáveis por isso”, reforçou. Após a regulamentação foi preciso construir a profissão, o Sistema CONFEF/CREFs, aprender o que é uma profissão regulamentada, lidar com as diferenças, as diversidades e os interesses individuais, quebrar paradigmas e senso comum inerente aos esportes, modificar a compreensão da mídia, do judiciário e do Legislativo a respeito do significado e significância do Profissional de Educação Física. Foi preciso manter viva a chama do idealismo e do compromisso com a causa para a consecução da Lei 9.696/98. Esses e outros desafios foram e permanecem sendo enfrentados. Aqueles que desenvolveram um importante papel na construção do Conselho e que, infelizmente não estão mais entre nós, não foram esquecidos. Os profissionais Roberto Bassoli, Félix d’Ávila, Manoel Tubino e Carlos de Souza Pimentel, ambos ex-Conselheiros Federais, receberam as devidas honras e tiveram suas ações relembradas.

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“É com muita alegria que estamos hoje aqui para comemorar os 15 anos de nossa existência. Sabendo que todos nós somos responsáveis por isso”


Homenagem aos ex-Conselheiros: Roberto Bassoli, Félix d’Avila, , Manoel Tubino e Carlos de Souza Pimentel

“O CONFEF é a autarquia que fiscaliza e orienta o exercício profissional e defende os interesses da sociedade em relação aos serviços prestados pelo Profissional de Educação Física”

Vitórias do Sistema CONFEF/CREF Entre várias conquistas alcançadas ao longo dos anos foram destacadas a Lei que estabelece a obrigatoriedade da disciplina de Educação Física escolar; a Lei que institui o dia do Profissional de Educação Física; inclusão do Profissional de Educação Física na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO); inserção do Profissional de Educação Física no código da Receita Federal; Resolução do Conselho Nacional de Saúde que reconhece o Profissional; determinação judicial diferenciando cursos de licenciatura e bacharelado; fiscalização nas unidades escolares e a obrigatoriedade dos Profissionais de serem registrados; determinação judicial de que nos editais de concursos públicos conste a obrigatoriedade de registro profissional; Presença de Profissionais de Educação Física nos Conselhos Estaduais e Municipais de educação, esporte e saúde; Profissionais de Educação Física ocupando cargo de gestores esportivos tanto na Esfera Federal como Estadual e Municipal; Determinação Judicial de que a disciplina Educação Física, deva ser ensinada por profissionais de Educação Física em todas as séries, ciclos e anos; Inserção da Atividade Física na Lei 8080/90; presença do Profissional de Educação Física no NASF, entre outros. CONFEF na mídia As formas de se comunicar e interagir com os profissionais e a sociedade em geral sofreu mudanças ao longo dos anos. No início eram produzidos jornais, mas após três edições o mesmo evolui e se consolidou na Revista da Educação Física. Atualmente os meios de comunicação do Conselho são o portal eletrônico, com média de seis milhões de acessos por ano, a Ouvidoria, as listas de discussão, o Twitter com 6. 532 seguidores, o Facebook com 8.805 curtidas, o Boletim Eletrônico quinzenal que atinge mais de 400 mil pessoas cadastradas e o Clipping que traz de maneira rápida, informações e notícias recolhidas em sites, revistas, jornais, entre outros meios de comunicação.

A Conselheira Iguatemy Maria de Lucena Martins indica os temas abordados pela Comissão de Ensino Superior e Preparação Profi ssional

Campanhas institucionais Foram realizadas diversas Campanhas Institucionais ao longo desses 15 anos, dentre as quais destacamos: Só o diploma não basta, contra a obesidade, valorização do Profissional de Educação Física, Ginástica Laboral, valorização da Educação Física Escolar, importância da cédula de identidade, contra o doping, doação de sangue, 1º de setembro: dia do Profissional de Educação Física, entre muitas outras.

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Também foi destacado durante o Encontro, a parceria com as instituições de ensino superior, o código de ética evoluído que é fundamental para balizar o compromisso comportamental dos registrados, a cédula de identidade profissional, documento de intervenção profissional - norteador das ações de fiscalização e organização do exercício da profissão, além da carta brasileira de Educação Física que é referência para uma Educação Física de qualidade. O que nós alcançamos nesses 15 anos, nos dá força e confiança para continuar em nossa jornada, somos artífices da construção de uma nova realidade. Transformar sonhos em conquistas, este é nosso legado.

Comissões Se a trajetória do CONFEF foi marcada por muita dedicação e trabalho, a comemoração dos 15 anos não poderia ser diferente. As comissões – responsáveis pelas indicações para deliberações nas plenárias, as iniciativas e produções de documentos – desenvolveram, como sempre, importante papel durante o evento. Conselheiro Antônio Ricardo Catunda durante apresentação da Comissão de Educação Física Escolar

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Foram muitas horas de trabalho, resultando acima de tudo em um ganho enorme para a profissão. A seguir trazemos um pouco do trabalho apresentado pelas Comissões na ocasião.


Comissão de Orientação e Fiscalização

Comissão de Orientação e Fiscalização Durante as discussões foi notado que alguns procedimentos de fiscalização executados pelos CREFs não se diferem, havendo apenas algumas variações de acordo com as peculiaridades de cada região. Os integrantes concluíram serem necessários encontros como este em períodos constantes; encontros específicos para os agentes dos respectivos Conselhos no intuito de padronizar os procedimentos a serem adotados; a continuidade deste trabalho integrando toda a rede, onde os Conselhos deverão manifestar suas ideias e entendimentos para criar um documento norteador, identificando-o como “Manual de Procedimentos” a serem seguidos com as possibilidades de inserções conforme as peculiaridades de cada região, desde que não se altere o cerne do documento. De acordo com os membros da comissão, todo este trabalho realizado, que fez com que fôssemos considerados como a profissão que mais evoluiu entre os Conselhos de Profissões, só surtiu efeito devido aos abnegados que iniciaram um trabalho gigante para criar e regularizar o Sistema.

Comissão de Educação Física Escolar A Comissão deu ênfase ao Documento Referencial para Educação Física Escolar. De acordo com os membros, o documento permite uma ampla reflexão sobre o componente curricular com foco no ambiente escolar e possivelmente promoverá discussões, debates, inquietações e esclarecimentos sobre a profissão e a disciplina. E, se bem utilizado pelos profissionais servirá de embasamento na defesa e continuidade da Educação Física Escolar. As sugestões apresentadas pela Comissão foram: Fazer do Documento Referencial para Educação Física Escolar o livro de cabeceira da profissão e aproveitar as reflexões da mídia para divulgar, incorporar e sistematizar ações de concretude da Educação Física Escolar; Promover reuniões com gestores públicos evidenciando o documento; Utilizar os recursos tecnoló-

Um modelo de fi scalização não apenas fi scalizatório, mas orientador, indicam os membros da Comissão de Orientação e Fiscalização do CREF9/PR

“As comissões – responsáveis pelas indicações para deliberações nas plenárias, as iniciativas e produções de documentos – desenvolveram, como sempre, importante papel durante o evento”

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Os trabalhos foram intensos e a interação entre as comissões regionais e do CONFEF foram fundamentais para legitimação do Código que contribuirá para o desenvolvimento sadio e próspero do Sistema CONFEF/CREFs.

Comissão de Ensino Superior e Preparação Profissional Comissão de Educação Física Escolar

Presidentes, membros de Comissões, Conselheiros, entre outros, fizeram do evento um marco na história do CONFEF

A Comissão de Ensino Superior e Preparação Profissional, preocupada com a formação inicial, principalmente após analisar 200 projetos Pedagógicos de Cursos de Educação Física por meio de um Termo de Cooperação com o MEC e obviamente pelos frequentes problemas que surgem no dia a dia das fiscalizações relacionadas à intervenção profissional, resolveu neste Encontro Interativo apresentar e discutir o documento “Referencial para o exercício profissional em educação física, intervenção e formação, a relação necessária”. Com o intuito de promover reflexões e gerar sugestões sobre a intervenção profissional a luz da formação superior a par tir de questões nor teadoras.

Comissão da Dívida Ativa

Comissão de Ética Profi ssional

gicos, as redes sociais para ampliarmos a divulgação e o debate acerca da Educação Física Escolar e sua relação direta com a qualidade de vida ofertada pela atividade física; Apropriar o CONFEF de informações em relação a Educação Física sobre conquistas na área, conseguidas pelas diferentes regionais, no intuito de auxiliar outros Conselhos.

Comissão de Ética Profissional Durante os debates foi observado que algumas comissões regionais de ética estão bem estruturadas e em bom funcionamento, outras estão se organizando e avançando. Foi destacada a importância de que essas comissões tomem conhecimento das decisões e os julgados das demais, como forma de interação e aprendizado. O objetivo principal da Comissão, foi a discussão e análise do Código Processual de Ética revisado e a observação a respeito da importância de todos conhecerem os procedimentos processuais, assim como o Código de Ética. 22

Para atender a exigência contida no art. 39, § 1º, da Lei nº 4.320, a Comissão trabalhou na finalização do texto da Resolução sobre os procedimentos de Cobrança Administrativa, Inscrição de débitos em Dívida Ativa e a Cobrança Judicial, provenientes de anuidades e multas por pessoas físicas e jurídicas registradas no Sistema CONFEF/CREFs. Dentre os mais de 320 mil profissionais registrados, a maioria está em dia com a anuidade junto ao Conselho. O manual é uma forma de homenagear e parabenizar essa maioria que sempre cumpriu com as suas obrigações. E àqueles que permanecerem irregulares, medidas de coerção serão aplicadas. A intenção é que esse manual sirva para manter a harmonia, sempre presente no Conselho. Pois não há pendência que não possa ser resolvida. E foi com essa visão que o grupo trabalhou durante os três dias de Encontro. Cada ano de trabalho do sistema CONFEF/ CREFs tem sido construído com determinação, promovendo a integração e consolidando o desenvolvimento. Orgulhamo-nos de fazer parte dessa história e temos muito a comemorar! Avalie esta seção em confef.com/110


Conselhos Profissionais divulgam “Carta de Florianópolis” lizado no período de 17 a 19 Conselhos Profissionais, rea dos al ion Nac ro o em ont Enc 5º o Durante ovaram uma car ta-manifest os 25 Conselhos reunidos apr ), (SC lis pela ópo eis rian sáv Flo pon em res o, de outubr nto das ent idades a necessidade do fort alecime e ia reânc rep ort des imp a ida m ent as rma fi que que rea lis”, é destacado nal. Na “Carta de Florianópo , ssio fi ade pro ied o soc istr da reg e esa def ção de liza fisca vist as como inst âncias ser em dev as tad men ula reg abaixo. sentativas das profissões Leia a íntegra do documento fissionais que irão atendê-la. zelando pelo preparo dos pro CARTA DE FLORIANÓPOLIS

períoselhos Profissionais, realizado no s do 5º Encontro Nacional dos Con ante icip part , ação nais sent ssio apre Profi pela os selh ram Os Con Santa Catarina, delibera cidade de Florianópolis, estado de na , ao 2013 ção de rela bro em outu ias de atár 19 a sign 17 es do de cupações das entidad como forma de reafirmar as preo a, ileir bras e edad soci à a Cart a dest legais. cumprimento das suas obrigações ipetência do Estado para que fiscal , resultante de delegação de com nais ssio Profi os sselh regi ar Con cass dos e As prerrogativas a profissional, além de suspender ectivas, apliquem o código de étic l. gera em ão ulaç pop à zem o exercício das profissões resp s tado pres ntir a qualidade dos serviços gara de tiva pec pers na pre sem tros, se efetiva ilizam a nais prezam por iniciativas que viab suas funções os Conselhos Profissio das nho lidaqua mpe de dese iços no serv que de de o os Cert ersalização da prestaçã e solidário, buscando garantir a univ esen justo s repr mai es país dad um enti as de , ção eral stru Fed con templados na Constituição con ais soci itos dire os do aro eitan pelo prep de a todos os brasileiros, resp s de defesa da sociedade, zelando das devem ser vistas como instância tativas das profissões regulamenta a. dos profissionais que irão atendê-l ro belecidas, responsável por alavanca e de respeito às competências esta ito mér do ção Con riza dos e valo do de Esta esso do Neste proc e propostas oriundas fazer convergir intenções, ações iso prec é em ia, ltam dan resu cida a e que a, ento ulist desenvolvim imiza atitudes de viés pop colaborativa entre esses entes min selhos Profissionais. Uma atitude suas entidades representativas. das ão profissões e desvalorizaç das ação ariz prec , ntos ame rinh apad m o compromisso de garane Conselhos Profissionais reafirme do Esta que l síve plau ce pare s, scalização técnica e ética dos Para todos os presente mérito acadêmico e técnico, à fi ao ulo estim o a aleç prev licas púb tir que nas políticas País. o das dificuldades estruturais do diferentes profissionais e à superaçã o das à sociedade, o compromisso em torn serviços que são disponibilizados dos de lida qua da vista . de nais to ssio pon Sob o a pelos Conselhos Profi ação refletida e corajosa defendid garantias enunciadas, consolida uma da Nação, esta no contexto de desenvolvimento tória dos Conselhos Profissionais Em síntese, e considerando a traje , para: e aos seus Governos constituídos cionamentos, Carta apela ao Estado Brasileiro, cício Profissional, por meio de posi Exer do ção aliza Fisc de es dad enti no das ncia ortâ 1. Reafirmar a imp tífico, o mérito técnico e a ética o a valorizar o conhecimento cien mod de s, açõe e as ram prog s, atitudes, parceria iços prestados à sociedade; e habiexercício das profissões e nos serv ença de profissionais qualificados ssionais, de modo a garantir a pres Profi os selh âmbito Con e em , erno licas Gov r Púb s cula tica 2. Arti orrentes das Polí ssionais nos programas e ações dec Profi os selh Con vos ecti resp s pelo litados es Assessoras de Área do nacional, estadual e municipal; selhos Profissionais nas Comissõ Con dos es tant esen repr de ação e Pesquisas Educacionais 3. Reafirmar a particip realizado pelo Instituto de Estudos de), (Ena tes dan Estu de o enh emp Exame Nacional de Des s Anísio Teixeira (INEP); cação e os Conselhos das Profissõe brado entre o Ministério da Edu cele ção pera Coo de o Term o 4. Fortalecer iação dos Cursos de Graduação. Regulamentadas, para fins de aval de 2013. Florianópolis, 19 de outubro

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O exemplo que vem de Hortolândia (SP) O Município dobrou o número de aulas, adquiriu balanças de precisão para monitorar peso e altura dos alunos, contratou 19 professores e com isso passou a beneficiar 12 mil estudantes em um claro investimento na saúde e incentivo à pratica esportiva nas escolas municipais. Um ótimo exemplo de valorização da Profissão e dos Profissionais de Educação Física, vem da Prefeitura de Hortolândia (interior de São Paulo). Lá, um projeto encabeçado pela Secretaria de Educação, dobrou o número de aulas de Educação Física oferecidas aos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental nas escolas da rede municipal. Em vigor a partir deste ano, a medida beneficia cerca de 12 mil estudantes e vale para 34 unidades escolares – 28 Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) e seis Emeiefs (Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental) onde existe o 1º ano do Fundamental. Para que os alunos matriculados na rede municipal passassem a ter cem minutos por semana de Educação Física, o que equivale a duas aulas semanais de 50 minutos cada, a Administração contratou mais 19 professores especialistas na área, elevando para cerca de 40 o número destes profissionais na rede. De acordo com a diretora do Ensino Fundamental, Kelly Harumi Lírio Tamashiro, a medida da Secretaria atende à solicitação dos professores e tem por objetivo promover a parte motora e lúdica dos alunos e estimular hábitos de vida saudável. “Nesta geração atual, que precisa de incentivo para sair da frente do videogame e do computador, a oferta deste número de aulas de Educação Física incentiva a busca do esporte, do movimento, do condicionamento e dá outras perspectivas – até mesmo da descoberta de futuros atletas” explica. “Alguns começam no esporte pela Educação Física e viram atletas de judô, vôlei, futebol e basquete. Além disso, as atividades físicas tiram a criança de situações de risco na rua”, revela.

“Nesta geração atual, que precisa de incentivo para sair da frente do videogame e do computador, a oferta deste número de aulas de Educação Física incentiva a busca do esporte, do movimento, do condicionamento e dá outras perspectivas – até mesmo da descoberta de futuros atletas” “O governo está pensando em qualidade para os seus alunos, porque a atividade física desenvolve a coordenação motora, o que auxilia na parte cognitiva e lúdica”, avalia o coordenador de Educação Física, Valdemar de Moraes Neto [CREF 008313-G/SP]. “Hoje as crianças não brincam mais na rua, em razão da violência e do risco de atropelamento. O aumento das aulas de Educação Física representa qualidade”, afirma.

Balanças digitais Outra novidade neste início de semestre letivo é a chegada de balanças eletrônicas para todas as unidades escolares onde existem aulas de Educação Física. Elas são ferramentas importantes do Programa de Controle de Peso Corporal, desenvolvido pela Secretaria. Por meio das balanças antropométricas, que aferem digitalmente o peso da criança e permitem a medição manual da altura, é possível calcular o IMC (Índice de Massa Corporal) e acompanhar o desenvolvimento do estudante. Calculado o índice, os educadores físicos observam, levando em conta o sexo e a idade, quem está abaixo do peso, dentro da normalidade, com sobrepeso ou obeso. A verificação é feita anualmente, por volta do mês de abril, desde 2010. Depois de digitados e interpretados, os dados são apresentados aos pais em reunião feita em todas as escolas da rede onde há aulas de Educação Física. Segundo Valdemar de Moraes Neto, coordenador do programa, neste período, não tem sido verificada uma quantidade expressiva de casos de obesidade nem de sobrepeso entre os matriculados na rede municipal. “Este trabalho não substitui o acompanhamento regular com pediatra”, esclarece. “Nosso objetivo é fornecer informação e alertar os pais sobre a condição física dos filhos, falando com eles sobre qualidade de vida, hábitos e alimentação saudável e, quando necessário, dizendo o que fazer, se o melhor para aquela criança é fazer caminhada ou procurar as escolinhas de esportes da Prefeitura”, explica. Avalie esta seção em confef.com/112

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Sede do CREF14/GO-TO se transforma em sala de aula de fiscalização. Os alunos também aproveitaram a ocasião para conhecer a sede, avaliar, dar sugestões para a gestão do CREF e fazer denúncias sobre o exercício ilegal da profissão. O presidente do CREF14/GO-TO, Rubens dos Santos Silva [CREF 000034-G/GO] explicou que em atividades como esta, os acadêmicos podem ver na prática a real função de um conselho profissional, saber suas diferenças entre um sindicato, associação, federação e Instituições de Ensino Superior.Há também a oportunidade de conhecer de perto a função de orientação, disciplinamento e fiscalização da entidade e entender a importância destas ações para a segurança da sociedade, dos profissionais, faculdades, empresários do setor, além dos próprios acadêmicos.

“As sedes do CREF em Goiânia e Palmas estão de portas abertas para os professores, coordenadores e estudantes de Educação Física realizarem aulas e outras atividades presenciais com o apoio dos Conselheiros e funcionários do CREF”

“As sedes do CREF em Goiânia e Palmas estão de portas abertas para os professores, coordenadores e estudantes de Educação Física realizarem aulas e outras atividades presenciais com o apoio dos Conselheiros e funcionários do CREF”, reforça Rubens. Devido ao sucesso, o professor Jovino Oliveira Ferreira [CREF 000598-G/GO], responsável pela ideia, já confirmou para o próximo semestre um nova aula.

O que é CREF/Acadêmico Cerca de 30 alunos do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), puderam assistir a uma aula especial na sede do CREF14/GO-TO, em Goiânia. A aula ocorreu no mês de outubro e debateu assuntos como Ética, Formação Profissional, Mundo do Trabalho, História da Regulamentação e Sistema CONFEF/CREFs. Os acadêmicos, a maioria do 1ºperíodo, descobriram a importância da regulamentação da profissão e das ações de orientação e fiscalização sob responsabilidade dos CREFs, principalmente no que diz respeito à segurança da sociedade e valorização da profissão de Educação Física. As perguntas mais recorrentes pautaram-se nas diferenças da formação e atuação profissional do licenciado e do bacharel, sobre estágio e ações Avalie esta seção em confef.com/113

O CREF/Acadêmico é uma comissão de estudantes de Educação Física aberta para os acadêmicos de Goiás e Tocantins. O estudante solicita gratuitamente o seu cadastro no portal do próprio CREF/Acadêmico - www.crefacademico.org.br. Após a aprovação do seu cadastro ele passa a receber informações sobre atividades da profissão, notícias, boletins, vagas de estágio, cursos e eventos. Muitas vezes foram convocados e participaram em mobilizações nas redes sociais, via mensagens eletrônicas e presencialmente, com o exemplo da luta para derrubar o Artigo 90-E que pretendia criar a figura do monitor de esporte. Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 25


Artes Marciais, Lutas e Capoeira são reconhecidas como esporte Reforçamos mais uma vez, o deliberado na reunião do Conselho Nacional do Esporte do Ministério do Esporte em 11 de outubro de 2011, de que as modalidades das artes marciais, lutas e Capoeira são consideradas atividades desportivas. As atividades possuem Confederações e Federações esportivas, promovem competições, sendo algumas modalidades reconhecidas pelos Comitês Olímpico Brasileiro e Internacional, pelos Jogos Pan Americanos, Olímpicos e Paralímpicos, entre outros. Essas modalidades são apoiadas, inclusive, com recursos financeiros pelo Ministério do Esporte. Logo, são reconhecidas como modalidades esportivas. Esta decisão do Conselho Nacional de Esportes é fruto e resultado de prolongados estudos levados a efeito pela Comissão Especial, com o objetivo de desenvolver levantamentos, análises e entrevistas com as entidades de prática esportiva e de construção dos conceitos e coordenação de jogos e demais atividades, que apresentavam condições para elaborar estudos sobre nuances, objetivos, finalidades e interfaces que envolvam a realização das manifestações de dança, capoeira, ioga e artes marciais/lutas, bem como o respectivo enquadramento dessas manifestações como atividades esportivas desenvolvidas e regulamentadas no País. Leia abaixo alguns trechos destacados do documento: “O Ministro de Estado do Esporte e Presidente Do Conselho Nacional Do Esporte, após verificação e análise de todos os considerandos (...), visando proporcionar a melhor inserção e aproveitamento das modalidades esportivas elencadas, mesmo ao compreender que além de Esporte, estão todas elas relacionadas à Saúde, à Atividade Física, à Aptidão Física e favorecem a Qualidade de Vida Ativa, estando dessa forma intimamente relacionadas com a prática esportiva, resolve que: Art. 1º As Artes Marciais/Lutas e a Capoeira reconhecidas em suas dimensões históricas e socioculturais como manifestações artísticas e culturais, quando práticas de atividades físicas que se manifestam através de processos metódicos e regulares de caráter competitivo, institucionalizado, realizado conforme técnicas, habilidades e objetivos que lhes dão forma, significado e identidade, e exercícios físicos objetivando o condicionamento físico e promoção da saúde, são consideradas esportes para fins de enquadramento ao campo das atividades desenvolvidas e regulamentadas no País. Art. 2º Na dimensão esportiva, Artes Marciais/Lutas e a Capoeira, quando se candidatarem visando à obtenção de apoios financeiros e logísticos, junto ao Ministério do Esporte, ou a outros órgãos públicos, estejam constituídas através de organizações legalizadas enquanto componentes da área do Esporte, tal como se institucionalizam as demais modalidades esportivas, a saber: Ligas, Federações e Confederações Esportivas.” Para ler a íntegra da minuta aprovada no Conselho Nacional do Esporte, acesse o site do CONFEF e digite o link confef.com/98 Avalie esta seção em confef.com/114 26


Sistema CONFEF/CREFs efetuará inscrição de débitos em dívida ativa a partir de 2014 Anuidades, multas e outros débitos em atraso podem levar o Profissional de Educação Física a inscrição em dívida ativa. Para evitar maiores transtornos é fundamental que o Profissional regularize-se junto ao respectivo Conselho Para atender a exigência contida no art. 39, § 1º, da Lei nº 4.320/1964, na Lei nº 6830/1980, Lei nº 12197/2010 e Lei nº 12514/2011, foi concebida a Resolução sobre os procedimentos de cobrança administrativa, inscrição de débitos em Dívida Ativa e a cobrança judicial, provenientes de anuidades em atraso e multas por pessoas físicas e jurídicas. O Profissional que estiver em situação de inadimplência deverá procurar o CREF de sua região para regularizar seus débitos, pois o Sistema CONFEF/ CREFs, por força das leis anteriormente mencionadas, tem a obrigação de inscrever os inadimplentes em dívida ativa e, persistindo a inadimplência, cobrar judicialmente o valor, através de ação de execução fiscal. Alertamos aos Profissionais a fim de evitar a cobrança judicial que pode acarretar, inclusive, na penhora de seus bens e bloqueio de contas bancárias. Os procedimentos para instauração dos processos administrativos de cobranças serão iniciados a partir do início de 2014. Para ter acesso a lista de contatos dos CREFs acesse www.confef.org.br/extra/crefs/

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Congresso da Fiep m o

O evento foi finalizado com um saldo bastante positivo: 58 trabalhos científicos aprovados, além das diversas mesas-redondas e palestras com temas que envolveram a Educação Física na atualidade. Discutir os avanços e os desafios encarados pelos profissionais de Educação Física foi o que mobilizou centenas de pessoas durante o 8° Congresso Brasileiro de Educação Física da FIEP. O evento, de tema “O profissional da Educação Física na América Latina”, reuniu Profissionais, professores e estudantes de Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Medicina de todo o país em Sergipe, entre os dias 3 e 6 de outubro. O Congresso promovido pela Federação Internacional de Educação Física (Fiep Brasil), em parceria com a Fiep Sergipe e o CREF13/BA-SE, teve sua meta – a de socializar conhecimento - cumprida. Prova disso, foram os 58 trabalhos científicos aprovados, além das diversas mesas-redondas e palestras com temas que envolveram a Educação Física na atualidade. “Estivemos cercados por profissionais de todo o Brasil para discutir e tentar melhorar a qualidade da Educação Física no país”, afirmou o delegado da FIEP, Gilson Dória [CREF 000011-G/SE], que também é Coordenador Geral da Seccional Sergipe do CREF13/BA-SE. A palestra inaugural foi ministrada pela doutoranda portuguesa, Carla Araujo, e teve como tema: “Como a sustentabilidade e os valores olímpicos poderão ajudar na construção de um mundo melhor”. O foco foi em torno dos Jogos Olímpicos do Brasil, salientando os benefícios que podem ser atingidos a nível ambiental, econômico e social. 28


m ovimenta Sergipe Na mesma ocasião, o Reitor da UNIT, Jouberto Uchoas, declarou seu apoio à atuação do CREF13/BA-SE, defendendo a transposição do estado de Sergipe de Seccional para Conselho Regional de Educação Física. Jouberto apontou ainda o crescimento no número de cursos de formação em Educação Física no estado, o trabalho do Conselheiro Gilson Dória e o apoio integral da Universidade para que esse objetivo seja alcançado. Também presente, o Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber [CREF 000002-G/RJ], afirmou que o Conselho trabalha na intenção de que exista um CREF em cada unidade da federação brasileira. E que esta independência estadual depende da mobilização dos profissionais da região para que seja alcançada a estabilidade financeira e administrativa. Jorge Steinhilber afirmou que a questão do Estado de Sergipe já vem sendo estudada. Entre cursos e palestras, foram debatidos temas como Capacitação em Treinamento de Corrida, Ginástica Acrobática, Avaliação e Treinamento Personalizado para Obeso e Obeso Mórbido, Vivências dos Esportes Adaptados no Ambiente Escolar, Atividade Física para Idosos: Ações Pedagógicas, entre muitos outros. Durante os quatro dias, os conferencistas e docentes proporcionaram momentos de reflexão, aprendizagem, discussões e pesquisas, sobre diversos assuntos ligados à Educação Física, Fisioterapia, “Fitness”, Nutrição e outras áreas, promovendo trocas de informações, cooperação e integração entre os participantes. Os Estados que já sediaram os Congressos Brasileiros são: Rio Grande do Sul, Alagoas, Ceará, Minas, Rio de Janeiro, Piauí, Goiás e Sergipe. Avalie esta seção em confef.com/116

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Remando contra a maré

Em São Bernardo do Campo (SP), um dos caminhos encontrados pela rede municipal de saúde para tratar adolescentes envolvidos com uso e abuso de substâncias psicoativas (principalmente drogas e álcool) é oferecer tratamento através da prática diária de esportes radicais. Uma ótima troca, diga-se de passagem, que desde o ano passado tem funcionado e mostrado a cada dia resultados mais que positivos: os adolescentes adoram, os pais ficam felizes, a saúde mental melhora e os índices de uso das tais substâncias caem consideravelmente. Eis o Projeto Remando para a Vida. A iniciativa, que recentemente foi reconhecida pelo poder público do Município como projeto de referência na área de cuidados aos adolescentes da região, oferece, dentro dos planos terapêuticos individuais dos usuários, vivências em esportes de ação e aventura, interação com o meio ambiente e exercícios de caráter aeróbio/cíclico. Os jovens atendidos fazem parte do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas Infanto-juvenil da Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), que atua na modalidade III, ou seja 24 horas por dia – pioneiro na modalidade. Todo o tratamento acontece com a atuação de uma equipe multidisciplinar formada por assistentes sociais, hebiatras, psiquiatras, enfermeiros e auxiliares, terapeutas ocupacio30

nais, psicólogos, oficineiros, dentre outros. Nesse contexto, destacamos o trabalho desenvolvido pelo Profissional de Educação Física e responsável pelo Remando para a Vida, Ricardo Augusto da Costa [CREF 052631-G/SP]. Ricardo é quem ministra as aulas de Educação Física/Canoagem, Caiaquismo e Stand Up. “Procuro fortalecer o reconhecimento do Profissional de Educação Física e ressaltar cada vez mais a sua importância não somente nas ações práticas, mas também nas discussões de casos e reuniões de equipe. E também a enorme relevância da Educação Física no contexto da saúde mental. A necessidade por este Profissional só cresce neste segmento do SUS”, explica o Profissional. As atividades do Remando para a Vida são realizadas na incubadora de referência que é o Parque Municipal Natural Estoril Virgílio Simionato. O local une a beleza da Mata Atlântica aos encantos da Represa Billings, tem tudo que um turista procura em matérias de lazer, sendo considerado o Parque mais completo da Região do Grande ABC. Hoje o parque oferece uma carteirinha própria que garante acesso aos adolescentes em tratamento no CAPS III AD Infanto Juvenil para utilização dos mananciais, teleférico, zoológico e trilhas ecológicas em dias diferentes também aos do projeto, garantindo a volta do adolescente e também de sua família e amigos ao parque.


Com toda essa estrutura e equipe dedicada, os resultados são notáveis. “Empiricamente são perceptíveis os resultados decorrentes das vivências esportivas. Notam-se quando os adolescentes solicitam vivenciar novamente aquele momento, e pós-exercício apresentam bem estar e geralmente estão calmos e mais “acessíveis” a alguma intervenção. Além disto, as suas decisões e as construções de seus projetos de vida podem ser altamente influenciadas através da descoberta de novas vivências e práticas saudáveis”, afirma Ricardo Costa.

Como tudo começou O Projeto iniciou-se em Abril de 2012 e beneficia todos os usuários atendidos pelo CAPS AD i III e também adolescentes que apresentam algum tipo de envolvimento com álcool e outras drogas, identificados estes pela rede básica de saúde do município e também pelos colégios da região e que residam no bairro do Riacho Grande (região vulnerável, deslocada da área central do Município e que comporta cerca de 80.000 moradores) estando aberto a indicações de usuários propensos a esta atividade identificados por outros dois programas de atendimento à saúde mental desenvolvidos na cidade. As atividades são ministradas por Profissional de Educação Física com suporte e orientação de uma equipe interdisciplinar em território, caracterizando um olhar multiplicador e de enorme riqueza. Conta ainda, com a parceria no uso dos equipamentos e suporte técnico do treinador olímpico de canoagem da equipe masculina Brasileira, o húngaro Akos Angyal e, ainda, suporte da equipe de salvamento da Prefeitura através da Guarda Ambiental em água, com barcos e motos aquáticas,

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para garantir a total segurança do projeto. Todos os adolescentes são devidamente protegidos por coletes salva vidas.

Explicação fisiológica e psicológica O Profissional descreve o mecanismo fisiológico e psicológico que justifica a prática de esportes, e em especial, de ação e aventura ao público em questão. “Uma das áreas ainda em maturação nos adolescentes é o córtex pré-frontal, associado à tomada de decisões e responsável pelo controle dos desejos e emoções. O fato de essa região do cérebro ainda estar em desenvolvimento nos adolescentes os coloca sob um risco maior de optar por decisões erradas, como experimentar drogas e continuar a abusar delas. Os esportes, e em especial os de caráter radical e de ação, podem, nestes casos de uso e abuso de SPA´s literalmente; substituir o prazer decorrente do uso de drogas”, explica. Em um processo de troca de um prazer pelo outro, o indivíduo se vicia em suas próprias “drogas” (endógenas) e não em álcool, nicotina, THC (maconha), cocaína, heroína, haxixe, LSD, metanfetaminas, chocolates e doces (obesidade na infância e adolescência), tranquilizantes/calmantes, analgésicos, etc. Essas substâncias, ou seus princípios ativos, desencadeiam a liberação de NTs (neurotransmissores) que “inundam” o cérebro em maior ou menor quantidade e por maior ou menor tempo, resultando na sensação de bem-estar, segurança e plenitude. “A intenção é de que possamos nos utilizar destes processos para otimizar a relação exercícios físicos e saúde”, destaca Ricardo. Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 31


Um ótimo exemplo vindo de Rio Claro (RJ) As crianças matriculadas nas creches da cidade passaram a ter aulas de Educação Física a partir deste ano. A iniciativa aposta na importância da disciplina para o desenvolvimento da criança, promovendo coordenação motora e desenvolvimento intelectual Enquanto algumas cidades reduzem o número de aulas de Educação Física nas escolas, uma belíssima iniciativa vinda do município de Rio Claro (RJ) pode servir de exemplo para o resto do país. Atenta ao contexto das novas gerações, cada dia mais sedentárias, a Secretaria Municipal de Educação inseriu nas três creches da cidade, aulas de Educação Física, onde pelo menos 238 al unos são assistidos desde o in íc io do ano. Os benefícios ultrapassam os muros da escola. Além da qualidade de vida que as aulas trazem aos alunos, a ação valoriza a Profissional de Educação Física e a profissão.

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Durante a Educação Infantil as crianças estão em fase de descobertas e criar o hábito de praticar atividades físicas, colabora com a saúde pelo o resto da vida. É o que indica a Diretora do Departamento de Educação de Rio Claro, Claudia de Souza Rodrigues. “Investir na Educação Física na creche, significa investir em qualidade de vida, qualidade em saúde e desenvolvimento integral da criança. Sabemos que possíveis implicações como obesidade, sedentarismo, problemas no desenvolvimento afetivo-social, stress, prejuízo na coordenação motora, dentre outros, podem ocorrer devido a falta de atividade física.” O trabalho desenvolvido tem uma didática especial voltada para a faixa etária - em fase de formação. Onde são desenvolvidas as habilidades psicomotoras e crescimento, além da formação de autoestima e de hábitos saudáveis. Um dos Profissionais responsáveis pelas aulas é Herivelton Serano Gil [CREF 024093-G/RJ]. Aos mais velhos são aplicadas atividades físicas em forma de brincadeira, como pular corda, fazer imitações, brincar de faz de conta, entre outros. As crianças do berçário também não ficam de fora. Com elas, o trabalho é feito através de estímulos das capacidades psicomotoras, sensoriais e afetivas, compreendendo diversas atividades. Essa prática colabora com o bem estar físico e mental, bem como com o desenvolvimento escolar. Para a Diretora de Educação, a ação do Profissional de Educação Física se torna essencial, pois nessa fase, a criança até mesmo brincando reproduz situações reais, fazendo imitações e, muitas vezes, sem perceber está aprendendo normas, regras e hábitos.

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E o mais importante é que, de acordo com os professores, os pequeninos adoram as aulas e reagem de forma muito participativa e motivadora. O belo exemplo de Rio Claro comprova que a prática de atividade física depende apenas de um incentivo, do apoio governamental e de decisão política.

Atividade física na escola aumenta rendimento acadêmico De acordo com uma pesquisa publicada na revista Neurocience, o tempo gasto com Educação Física na escola influencia de maneira positiva o desempenho acadêmico dos alunos. Durante os testes, crianças de nove anos de idade foram submetidas a uma série de testes cognitivos para testar a capacidade de atenção após 20 minutos de repouso. Em outro dia, as crianças passaram pelos mesmos testes após uma sessão de 20 minutos de caminhada na esteira. O desempenho cognitivo dos alunos foi significativamente melhor quando testados após o exercício físico, além de apresentar melhores medidas neurofisiológicas - que refletem a capacidade de atenção. Ainda foram realizados testes do conteúdo aprendido em sala de aula, com foco em matemática, escrita e interpretação de texto. Mais uma vez, os acertos foram maiores após a atividade física, especialmente no teste de interpretação de texto. Os resultados ainda poderiam ter sido melhores se, ao invés de caminhar na esteira, os pequenos tivessem praticado uma atividade física de maior interesse.

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Atividades físicas em alto mar Um mercado promissor

A orientação de atividades físicas em navios (Sport Instructor) é uma função que está em alta entre os Profissionais de Educação Física. Saiba a suas vantagens e desvantagens de trabalhar dando a volta ao mundo sobre o mar. Ao se formar, o Profissional de Educação Física encontra pela frente um leque de oportunidades e campos de atuação. Seja nas escolas, academias, clubes, escolinhas de iniciação esportiva ou como personal trainer, o difícil é saber que rumo seguir. Mas as opções não param por aí. Poucos sabem, no entanto há um mercado promissor dentro dos navios de turismo. É isso mesmo, o orientador de atividades físicas (Sport Instructor) é o profissional responsável por organizar o programa de esportes e envolver os passageiros em atividades esportivas dentro de um cruzeiro. O trabalho pode atrair por vários motivos como o pagamento em dólar, a oportunidade de conhecer o mundo, aprender línguas, entre outros. Mas nem tudo são flores. Ednei Torresini [CREF 003786-G/RS], que faz parte desse mercado há quase três anos, indica o caminho. “Não vá pensando que é só passeio, porque temos que suar a camisa literalmente. Evidente que aproveitamos quando o navio está nos portos, saímos, damos um giro, fazemos compras, mas é preciso ter vontade de trabalhar.” Prova disso, são as atribuições do Profissional: desenvolver atividades de ginástica, coordenar o campo esportivo com torneios, jogos e campeonatos, auxiliar no embarque e desembarque de novos passageiros, além de participar, quando necessário, da animação de festas, jogos e coquetéis de gala. Para Ednei, o navio é o lugar onde os Profissionais de Educação Física encontram um espaço excelente para passar conhecimento, corrigir e proporcionar um pouco mais de lazer e saúde aos passageiros. A fim de apresentar melhor sua profissão, ele nos conta o seu dia a dia em alto mar. “As atividades do dia começam às 9h com uma caminhada na piscina ou na pista de jogging e prosseguem até as 12h com atividades de 34

ginástica e jogos da quadra esportiva. Como geralmente são dois profissionais por navio, um trabalha pela manhã enquanto o outro fica encarregado pelas atividades da tarde, das 14h às 17h. Dependendo do navio, pode ser solicitado que o profissional trabalhe à noite para animar uma festa ou ajudar em algum jogo da equipe de animação”. Além do Sport Instructor, os Profissionais de Educação Física podem atuar em navios com animação infantil, animação adulta, professor de dança ou ainda como Fitness Instructor. Este último atua somente na academia do cruzeiro, montando programas de musculação, ministrando atividades de pilates, step, spinning, entre outros. Ednei, que já trabalhou em praticamente todas as áreas da Educação Física e se considera um apaixonado pela profissão, no momento está finalizando o 3° contrato, que em media dura oito meses, no Costa Atlântica. Suas experiências e dicas para a profissão podem ser conferidas em seu blog pessoal (profedneitorresini. blogspot.com). Avalie esta seção em confef.com/119


Parceria positiva entre CREF12 e Tribunal de Justiça Venho lhes comunicar que estou satisfeito com a parceria feita com o Tribunal de Justiça de Alagoas. Espero que todos os CREFs do Brasil se posicionem com um intuito de abraçar esta causa. É uma maneira de acabar com os profissionais não capacitados e que não possuem registro no Conselho. Estou lisonjeado com a revista que recebo, estão de parabéns. Um abraço a todos, um Feliz Natal e um Feliz Ano Novo. Jurandir Duarte Caetano [CREF 005524-P/SC]

Olá, gostaria de parabenizar mais uma vez a equipe da Revista Educação Física que sem sombra de dúvidas estabeleceu um diferencial no tocante a imagem do Profissional de Educação Física perante a sociedade brasileira. Caius Ananda Xavier Dos Santos [CREF 002807-G/SC]

ERRATA A reportagem especial com o Profissional de Educação Física e técnico da seleção brasileira de Futebol, Luiz Felipe Scolari, na última edição, possui um erro quando aponta a Faculdade de Educação Física de Porto Alegre como sendo o local de graduação do referido Profissional. Essa Faculdade não existe! Na verdade trata-se da Faculdade de Educação do Instituto Porto Alegre (IPA), hoje pertencente ao Centro Universitário Metodista, do IPA, em Porto Alegre, curso de forte tradição na cidade e na formação de renomados treinadores de futebol no cenário nacional. Peço que a correção seja feita. João Francisco Pereira Neto [001216-G/RS] – Professor do Centro Universitário Metodista, do IPA

Atividades físicas para todos A prática de atividades físicas e esportivas deve ser ofertada a todos, sem qualquer distinção. Apenas desta forma será possível construir uma sociedade mais justa e desenvolvida.

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Presidente do CREF9/PR assume vaga no Conselho Nacional de Esportes No último dia 17/10, o presidente do CREF9/PR, Antônio Eduardo Branco [CREF 000009-G/PR], assumiu a vaga de conselheiro no Conselho Nacional de Esporte (CNE), órgão de assessoramento direto ao Ministro do Esporte. Buscar o desenvolvimento de programas que promovam a massificação planejada da atividade física para toda a população é uma das funções do CNE, além da melhoria do padrão de organização, gestão e transparência do desporto nacional. “Espero desenvolver uma boa gestão durante o mandato, auxiliando na normatização do Sistema Brasileiro de Desporto, assim como ser um legítimo representante do desporto do estado do Paraná e da região Sul do Brasil”, declarou Branco. Fonte: CREF9/PR

CREF11/MS-MT faz homenagem aos integrantes do “Medida Certa” O CREF11/MS-MT não somente apoiou a caminhada realizada no Parque das Nações Indígenas em Campo Grande (MS) organizada pelo quadro Medida Certa do Fantástico (Rede Globo), como homenageou os organizadores da ação. O CREF11/MS-MT foi representado pelo vice-presidente, Luiz Antonio Stopa [CREF 000206-G/ MS] e pelo Conselheiro Federal, Marcelo Ferreira Miranda [CREF 000002-G/MS], que entregaram ao SESI, Márcio Atalla [CREF 082046-G/SP], Rede Globo e TV Morena (emissora local da Rede Globo), uma placa de homenagem ao “Programa Media Certa” pelo estímulo à prática de atividade física orientada e a valorização do Profissional de Educação Física. “O programa está realmente promovendo grandes mudanças na sociedade, e isso é fundamental. É uma iniciativa que nos honra muito como Profissional de Educação Física”, ressalta o Conselheiro Marcelo Miranda.

Assembleia Legislativa de Pernambuco homenageia Profissionais de Educação Física No último dia 30/09, a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco realizou uma Reunião Solene em homenagem aos Profissionais de Educação Física. A solenidade foi proposta pelo deputado Ricardo Costa em referência ao 1º de setembro – data em que a categoria é lembrada nacionalmente. A reunião foi presidida pelo deputado Ossesio Silva, que abriu os trabalhos destacando a importância de um Profissional com curso superior e formação acadêmica para coordenar, avaliar e planejar corretamente uma série de atividades físicas. A presidente do CREF12/PE-AL, Nadja Regueira Harrop [CREF 000288-G/PE], recebeu uma placa alusiva à data e agradeceu a homenagem. “Durante muitos anos, a categoria lutou junto aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo e à sociedade civil para obter o reconhecimento profissional”, frisou. Fonte: CREF12/PE-AL

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Seccional-MT do CREF11 e CREF4/SP firmam parcerias importantes com a Justiça A seccional MT do CREF11/MS-MT fechou uma importante parceria com a Justiça Federal com a finalidade de otimizar e auxiliar as ações realizadas pelo Conselho no encaminhamento processual de recuperação de inadimplentes. A parceria prevê ações em semanas de conciliação de profissionais com pendencias junto ao Conselho. Os processos administrativos serão encaminhados a Justiça Federal na junta de conciliação, que fará a intimação e marcará data da conciliação com os profissionais devedores. Em São Paulo, o CREF4/SP assinou um acordo com o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para a implementação de mutirões de conciliação no estado. De acordo com o convênio, serão realizadas Semanas de Conciliação, nas quais vários devedores serão convocados para pagar os débitos com condições especiais de pagamento. CREF11/MS-MT e CREF4/SP

Campanha antidoping nas academias de Minas Gerais O CREF6/MG em parceria com a Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (Seej) lançaram a campanha “Eu não preciso de doping para ser o melhor. Nem você”. A iniciativa foi lançada durante o seminário “Doping no Cenário dos Grandes Eventos Esportivos”, que reuniu cerca de 200 pessoas na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte (MG). O objetivo é contribuir com a conscientização tanto de atletas, técnicos, médicos, nutricionistas e demais profissionais envolvidos com o treinamento esportivo, quanto à população em geral sobre o problema do doping no esporte. Fonte: Governo de Minas Avalie esta seção em confef.com/121

Empresas são notificadas durante fiscalização em Jequié (BA) Mais de dez empresas foram notificadas durante ação do CREF13/BA-SE em parceria com a Polícia Militar e a Vigilância Sanitária em Jequié (BA). A Operação Helyos percorreu 28 empresas e notificou 15 que não apresentaram registro no sistema CONFEF/CREF. Durante as fiscalizações, dois diletantes foram conduzidos para a delegacia de Polícia Civil por serem reincidentemente flagrados no exercício ilegal da profissão. Também foram flagradas quatro fraudes em estágio, que terão processos encaminhados ao Ministério Público do Trabalho. Os estabelecimentos e diletantes notificados pela primeira vez terão o prazo de 30 dias para regularizar a situação junto ao Conselho da classe, sob pena de ajuizamento na Justiça Federal, como indicou o supervisor do Departamento de Orientação e Fiscalização, Jehorvan Melo [CREF 000757-G/BA]. Fonte: CREF13/BA-SE

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CREF10/PB-RN encontra irregularidades em academias na Paraíba Na última semana de julho, o CREF10 esteve presente realizando fiscalizações nas cidades de Patos e Santa Luzia, na Paraíba. No total de 35 visitas, foram identificadas 13 academias sem registro e 12 pessoas exercendo irregularmente a profissão em escolas, academias e na Copa Intercolegial de Futebol. Dentre as academias vistoriadas, duas já entraram em contato com CREF10 para dar entrada no registro. Após o prazo concedido às pessoas físicas e jurídicas para regularização, as que permanecerem ilegais serão denunciadas ao Ministério Público. Fonte: CREF10/PB-RN

Ação do CREF3/SC em Rio do Sul (SC) mobiliza Procon e Polícia Civil Entre os dias 11 e 14 de novembro o CREF3/SC esteve presente na cidade do Rio do Sul (SC), onde percorreu 17 estabelecimentos. A ação de fiscalização contou com o apoio do Procon Municipal e da Polícia Civil através de seus representantes. Durante as visitas foram identificadas academias sem registro de pessoa jurídica junto ao CREF3/SC e acadêmicos sem o Termo de Compromisso de Estágio (TCE) expedido pela universidade de origem. Todos os estabelecimentos foram orientados a buscar regularização. O cumprimento a que dispõe a Nota Técnica Nº 01/2013, que disciplina o funcionamento de academias, clubes e similares serviu de referência às abordagens efetuadas. A última fiscalização realizada na região, no Alto Vale do rio Itajaí, ocorreu há seis meses. Fonte: CREF3/SC

Oito Municípios do Mato Grosso do Sul (MS) são alvos de fiscalização Entre os dias 14 e 18 de outubro, o CREF11/MS-MT esteve presente em sete municípios do Mato Grosso do Sul (MS). Durante a fiscalização, oito estabelecimentos e cinco profissionais receberam termos de orientação e fiscalização. Também foram encontradas quatro academias e um profissional sem registro junto ao CREF11/MS-MT, além de uma estagiária sem o termo de compromisso de estágio, conforme exige a Lei Federal 11.788/2008. Os municípios visitados foram: Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Tacuru, Sete Quedas, Amambai e Laguna Carapã. Fonte: CREF11/MS-MT

CREF8 realiza vistorias em academias em Manaus (AM) No mês de Outubro, o CREF8/AM-RO-RR-AC-PA-PP, em parceria com a Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Tecnologia da Informação (SEMEF) e o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (IMPLURB), realizou vistorias em academias de ginástica na cidade de Manaus (AM). A ação, que tinha como objetivo otimizar e adequar os serviços oferecidos pelos Profissionais de Educação Física à sociedade, terminou com a interdição de três academias. Os estabelecimentos não possuíam Profissionais de Educação Física atuantes, alvará de funcionamento, tampouco registro no Conselho. Também foram detectadas deficiências no espaço físico, como equipamentos e maquinário inadequados, higienização precária, entre outros. Os locais já haviam sido visitados e autuados anteriormente, mas não demonstraram interesse em regularizar-se. Fonte: CREF8/AM-RO-RR-AC-PA-P

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Identificação de Profissionais de EF em academias vira Lei no Paraná Os estabelecimentos que atuam nas áreas de atividade física e desportiva, como as academias, deverão expor aos usuários o registro profissional dos seus colaboradores, de forma clara e legível. É o que determina a Lei 17.699/2013, de autoria do deputado estadual Rasca Rodrigues, sancionada no início do mês pelo governador do Paraná Beto Richa. A obrigatoriedade se aplica as academias de atividades físicas, clubes esportivos e recreativos, escolas de iniciação desportiva e estabelecimentos que ministrem atividades similares. A determinação, que tem como base a Lei Federal 9.696/1998 e também resolução do CONFEF, já está em vigor e conta com o apoio do CREF9/PR. “A lei vai trazer mais segurança para as pessoas. O problema de não se ter um profissional registrado no Conselho e qualificado é muito grave e traz riscos sérios para as pessoas”, indicou Antônio Eduardo Branco [CREF 000009-G/PR], Presidente do CREF9/PR. De acordo com ele, o Paraná possui 22.500 Profissionais de Educação Física e 2.700 estabelecimentos registrados. Fonte: CREF9/PR

Justiça determina que apenas profissionais registrados sejam empossados em concurso no Rio Grande do Sul De acordo com a decisão judicial que concedeu a liminar na Ação Civil proposta pelo CREF2/RS, fica determinado que o Estado se abstenha de contratar candidatos para o cargo de professor de Educação Física que não possuam inscrição profissional junto ao Conselho Regional de Educação Física. Com esta determinação, será obrigatório que os candidatos aprovados no Concurso Público realizado pela Secretaria da Educação, em maio de 2013, na área de Educação Física, apresentem na hora da posse o seu registro junto ao CREF2/RS. Fonte: CREF2/RS

Liminar autoriza fiscalização em escolas da rede pública no Distrito Federal (DF) O CREF7/DF venceu ação judicial contra o Governo do Distrito Federal (DF), tornando obrigatório o registro profissional no Sistema CONFEF/CREFs aos professores de Educação Física aprovados em concurso público. A liminar determina ainda que o Distrito Federal autorize o Conselho a realizar fiscalizações nas dependências das escolas da rede pública de ensino. As resoluções estão inseridas na Lei 9.696/98, que regulamenta a atividade do Profissional de Educação Física, em seu artigo 1º: “O exercício das atividades de Educação Física e a designação do Profissional de Educação Física é prerrogativa dos Profissionais regularmente registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física”. De acordo com Bruno César Bandeira Apolinário, Juiz Federal Substituto da 3ª Vara Federal e autor da decisão a favor do CREF, a não exigência da inscrição perante o Conselho Regional responsável pela fiscalização do exercício profissional de Educação Física está em desacordo com as exigências legais e vulnera a Constituição Federal, não estando, tampouco, de acordo com as decisões que já vem sendo tomadas pelos Tribunais de todo o país. Fonte: CREF7/DF

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29º Congresso Internacional de Educação Física da FIEP Datas: 11 a 15 de janeiro Local: Foz do Iguaçu/PR Informações/Inscrições: www.congressofiep.com/ 24ª Fitness Brasil Internacional Datas: 18 a 21 de abril Local: Santos/SP Informações/Inscrições: fitnessbrasil.com.br/santos/ 28ª JOPEF Brasil Datas: 1 a 4 de maio Local: Curitiba/PR Informações/Inscrições: www.jopef.com.br/ 21ª Convenção Brasil Saúde Sport Fitness Datas: 15 a 18 de maio Local: Porto Alegre/RS Informações/ Inscrições: www.convencaobrasil.com.br 3º ENAF Ribeirão Preto Datas: 16 a 18 de maio Local: Ribeirão Preto/SP Informações/ Inscrições: www.enaf.com.br

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