Ano XIII • n 55 • março - 2015
ISSN 2238-8656
Órgão Oficial do CONFEF
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A prepar ação do Campeã o Mundia l de Surf
SAUDADES
É O QUE SENTE A SUA RAQUETE DE TÊNIS ABANDONADA NO ARMÁRIO• FACEBOOK.COM/CAMPANHAMOVEBRASIL CONFEF Sistema CONFEF/CREFs Conselhos Federal e Regionais de
Educação Física
Palavra do Presidente País vive crise ética O Brasil está passando por um momento de turbulência política, econômica e de crise de valores. Cada um de nós tem uma opinião e juízo a respeito de quase tudo: da crise brasileira, do Sistema CONFEF/CREFs, da Educação Física e do Profissional de Educação Física. O que é a verdade, de fato? Capitalistas, neoliberais, democratas, republicanos, liberais, socialistas, comunistas, entre outros, desejam a mesma coisa (ou pelo menos no discurso). A questão é que cada um tem uma estratégia diferente para alcançar sua meta. O que está oculto por trás da intenção dos indivíduos? Felizmente temos o livre arbítrio. Em nossa área passamos por situações similares. Todos pregam que o esporte é um fator fundamental para o desenvolvimento da educação, da saúde, da formação cidadã, de prevenção de doenças, redução da violência, e de combate à obesidade. São muitos os benefícios e valores transmitidos através da disciplina. Entretanto, é preciso entender que o esporte não é um fim em si mesmo, e sim um meio, uma ferramenta que necessita de agentes para que os fins (benefícios e valores) sejam atingidos. O exercício físico e esportivo se mal orientado, dinamizado e ensinado de forma errônea, pode causar danos, lesões físicas, psíquicas, morais e sociais. Deste modo, como é possível compreender que os responsáveis pela formação da opinião pública possam defender que ex-etletas ou mesmo praticantes possam ministrar aulas para crianças, jovens, pessoas com deficiência, gestantes, idosos, dentre outros, sem uma formação acadêmica em Educação Física? Esse posicionamento demonstra a falta de preocupação com a qualidade e segurança do serviço prestado, bem como com a responsabilidade social da intervenção profissional. Às vésperas de sediarmos um dos maiores eventos esportivos mundiais, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, vivemos uma crise ética e de valores com relação à importância do esporte. Recentemente os Profissionais de Educação Física deram uma demonstração de orgulho e responsabilidade social com a campanha #eutenhocref, tema que será abordado nessa edição. Também é ano de eleição nos Conselhos Regionais de Educação Física, o que aumenta ainda mais a responsabilidade dos Profissionais: o livre arbítrio para decidir os destinos da profissão, a reflexão a respeito de valores, identificando as intencionalidades, a luta pelo direito da sociedade ter os serviços em atividades físicas e esportivas prestados por Profissionais de Educação Física são algumas destas responsabilidades. Boa utilização de seu livre arbítrio.
Jorge Steinhilber CREF 000002/G-RJ - Presidente CONFEF
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Presidente Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice Presidente Marino Tessari 1º Secretário Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Tesoureiro Sérgio Kudsi Sartori 2º Tesoureiro Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Camilo Nacimento Carlos Alberto Oliveira Garcia Elisabete Laurindo Emerson Silami Garcia Georgios Stylianos Hatzidakis Janine Aparecida Viniski Jeane Arlete Marques Cazelato Lúcio Rogério Gomes dos Santos Luisa Parente Ribeiro R de Carvalho Márcia Regina Aversani Lourenço Roberto Jorge Saad Sebastião Gobbi Solange Guerra Bueno Teófilo Jacir de Faria Tharcisio Anchieta da Silva Valéria Sales dos Santos E Silva Wagner Domingos Fernandes Gomes Presidentes de CREFs André Dias de Oliveira Fernandes (CREF1/RJ-ES) Carmen Rosane Masson (CREF2/RS) Eloir Edílson Simm (CREF3/SC) Flavio Delmanto (CREF4/SP) Antônio de Pádua Muniz Soares (CREF5/CE-MA-PI) Claudio Augusto Boschi (CREF6/MG) Cristina Queiroz Mazzini Calegaro (CREF7/DF) Jean Carlo Azevedo da Silva (CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR)
Antonio Eduardo Branco (CREF9/PR) Francisco Borges de Araújo (CREF10/PB-RN) Ubiratam Brito de Mello (CREF11/MS-MT) Nadja Regueira Harrop (CREF12/PE-AL) Paulo César Vieira Lima (CREF13/BA-SE) Rubens dos Santos Silva (CREF14/GO-TO) CONFEF Rua do Ouvidor, 121 – 7º andar -Centro CEP 20040-031 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275 2242-3670 / 2242-4228 comunicacao@confef.org.br www.confef.org.br Periodicidade: trimestral Tiragem: 240.000 Distribuição gratuita Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF
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O que vem da sala de aula
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Fórum de Esporte e Lazer do MT debate estratégias para o esporte
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Campeonatos nacionais exigem registro profissional
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Conselheiro Garcia assina contrato pioneiro de Ginástica Laboral na Câmara
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Três pessoas são detidas durante Operação Verão II na Bahia
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Profissionais lançam campanha contra o exercício ilegal da profissão
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Projeto de esportes adaptados comemora um ano de conquistas
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A preparação do Campeão Mundial de Surf
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Fique por dentro!
20 CONFEF participa do 30º Congresso Internacional de Educação Física
24 Vitória do CREF6/MG 25 Sistema CONFEF/CREFs: Como funciona. Você sabe?
26 Conquista: Educação Física na rede municipal de ensino de Pombal (PB)
28 Em Pernambuco, gincana mobiliza internos de unidade socioeducativa
30 Lei regulamenta funcionamento de
instalações para atividades físicas em Londrina (PR)
32 Programa Jogue Tênis nas Escolas auxilia formação de crianças na fase escolar
34 Na mídia: Exercícios físicos para uma vida saudável
35 Espaço do leitor 36 Panoramas 40 Agenda
O que vem da sala de aula As aulas de Educação Física significam muito mais do que uma simples recreação. Nós, Profissionais de Educação Física, sabemos disso mais do que ninguém. Por meio da apreensão de conhecimentos específicos da disciplina e da prática regular de atividades físicas e esportivas, os alunos desenvolvem competências, capacidades e habilidades, associadas às dimensões afetivas, cognitivas, sociais, psicomotoras, e internaliza valores. A fim de homenagear os Profissionais de Educação Física que desempenham com tanto esforço e dedicação o ofício de ensinar, dedicamos esse espaço para divulgar trabalhos inovadores e experiências de sucesso nas salas
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de aula. A intenção é que esses relatos possam servir de exemplo e inspiração para outros professores, Brasil afora. Os dois projetos que apresentamos nessa edição, apesar de utilizarem metodologias distintas, têm em comum o desenvolvimento do equilíbrio físico e mental. O primeiro vem de Itapeva, cidade de São Paulo, e trabalhou o equilíbrio através de varias modalidades, como o Stand Up Paddle. O segundo vem do Mato Grosso do Sul, onde os alunos confeccionaram as suas próprias pernas de pau e deram um show de domínio do próprio corpo.
Projeto Equilíbrio No mundo contemporâneo, a cultura do movimento se expandiu trazendo consciência corporal e uma proposta significativa na construção de um cidadão autônomo e crítico. Desta forma surgiu o projeto “Equilíbrio”, no ano de 2014, com o objetivo de fazer com que os alunos se reconhecessem como seres holísticos dotados de habilidades, competências, sentimentos e emoções. É o que indica a Profissional de Educação Física e autora do projeto, Isabel Lopes Araujo Rezende [CREF105083- G/SP]. A professora ministrou as aulas para as turmas do 1º, 2º e 9 º ano da Escola Estadual Zulmira de Oliveira, localizada na cidade de Itapeva (SP). Dividido em três etapas, o projeto deu início com a proposta de pesquisa sobre o Stand-Up Paddle (SUP) e suas capacidades físicas e mentais. Por trabalhar em cima de uma superfície móvel (a água), a modalidade exige do praticante, um trabalho de equilíbrio constante. Tanto o iniciante, como o mais experiente devem manter as pernas e o abdômen contraídos para o sustento do equilíbrio, trabalhando todo o corpo, pés, pernas, abdômen, braços. O SUP é um esporte completo, lúdico e que permite um contato com a natureza como poucos, atraindo adeptos de todas as idades, nas mais variadas regiões.
“Na medida em que os estudantes foram se entrosando, desenvolvendo o equilíbrio e a força, foram surgindo figuras inovadoras, trazendo muita riqueza emocional e física, sendo potencializada com o contato físico entre os gêneros e o espírito de equipe”
A professora Bell, como é conhecida no colégio, explica que por morarem em uma cidade do interior, aproximadamente a 300 km do litoral, muitos alunos sequer tinham ouvido falar sobre a modalidade. Após o estudo, onde puderam identificar a capacidade física exigida e refletir sobre a necessidade de desenvolvê-la, os alunos partiram para a prática. Na aula, os estudantes apresentaram a pesquisa ilustrada com imagens do esporte, sendo evidenciado o “equilíbrio”. Para reforço dessa capacidade física, a professora apresentou um vídeo da companhia circense, Cirque Du Soleil, que além do equilíbrio, desenvolve a força, união, respeito, concentração, confiança, determinação e organização para a execução e sucesso do grupo. Após a exibição do vídeo, Isabel propôs a vivência de construção de Pirâmides Humanas em várias formações: em duplas, trios, quartetos, quintetos e em grupos maiores. Para cada etapa prática, a professora reforçava e motivava através de vídeos que serviam de inspiração.
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“Na medida em que os estudantes foram se entrosando, desenvolvendo o equilíbrio e a força, foram surgindo figuras inovadoras, trazendo muita riqueza emocional e física, sendo potencializada com o contato físico entre os gêneros e o espírito de equipe”, explica a professora. A atividade tinha como foco desenvolver a habilidade do equilíbrio através do controle emocional e mental, habilidades fundamentais para o aprendizado de outros conteúdos. A empolgação dos alunos foi tanta que o tempo da vivência foi prolongado. Na última etapa do projeto foi feita uma avaliação dos grupos com apresentações de todos os alunos. Antes disso, a professora exibiu novos vídeos de Festivais de Pirâmides Humanas como inspiração e motivação para essa etapa final. Ao fim do processo, Isabel constatou o quanto os alunos evoluíram na organização, na liderança, na concentração, na confiança, no respeito com colega e, é claro, no equilíbrio para a apresentação final.
Perna de Pau, equilíbrio total O Projeto “Perna de Pau, equilíbrio total” foi desenvolvido pela Profissional de Educação Física Nair Mittanck Tavares [CREF 004763G/MS] nas escolas estaduais Dr. Fernando Corrêa da Costa e João Vitorino Marques, ambas localizadas no estado do Mato Grosso do Sul. Participaram do projeto as turmas do 4º e 5º ano, contabilizando cerca de 140 alunos. Antes de dar início ao projeto, que é uma extensão das aulas de artes circenses - proposta curricular já trabalhada com os alunos, a professora foi em busca de ripas de madeira para produzir as pernas de pau. Em seguida, os pequenos colocaram a mão na massa e confeccionaram, com o auxílio da professora, o seu próprio instrumento.
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Durante a primeira aula prática, o medo de cair prevaleceu e, para tranquilizá-los, o percurso sobre as pernas de pau contou com o apoio dos colegas de turma e da professora. Entretanto, em poucos minutos alguns alunos já estavam se equilibrando e andando sozinhos, indica Nair. O próximo passo do projeto consistiu em levar as pernas de pau para casa, pedir ajuda dos pais na aprendizagem e ensiná-los, bem como aos amigos da redondeza que não sabiam andar. “O propósito foi aproximar os pais de seus filhos, além de fazê-los relembrar das atividades tradicionais”, explica a professora Nair. Após 15 dias de treinamento, os alunos trouxeram as pernas de pau para a aula e foi uma verdadeira festa. Todos os alunos já andavam, corriam e apostavam até corri-
da. O material foi emprestado para os que não puderam comprar, de modo, que todos participaram efetivamente das atividades. No decorrer do projeto Nair percebeu, com grande satisfação, que os alunos se tornaram mais companheiros, cientes da realidade de que cada indivíduo é diferente, tanto na relação do desenvolvimento das habilidades físicas como das emocionais. “Impressionou-me muito a cooperação entre eles, auxiliando e encorajando os que tinham maior dificuldade em aprender a se equilibrar nas pernas de pau. O respeito entre eles melhorou muito também. Acredito que eles tenham adquirido a consciência de que é necessário persistir para obter a vitória em qualquer situação cotidiana. Foi muito gratificante ver a alegria e a satisfação deles”, comemora Nair.
Envie sua experiência Caro Professor de Educação Física, queremos saber sobre suas experiências inusitadas, e bem sucedidas envolvendo seus alunos nas aulas de Educação Física. Se você tem algum projeto cujo desenvolvimento e resultado são interessantes, conte para nós da Revista Educação Física. As histórias mais interessantes serão publicadas nas próximas edições. Para envio dos relatos, favor mandar e-mail para revistaef@confef.org.br Avalie esta seção em confef.com/236 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 7
Fórum de Esporte e Lazer do MT debate estratégias para o esporte Sob o comando do Conselheiro Federal Marcelo Miranda, a Fundesporte reuniu autoridades e entidades da área com o objetivo de elaborar estratégias para fomentar o esporte e o lazer em Mato Grosso do Sul.
No mês de fevereiro, o Fórum de Esporte e Lazer de Mato Grosso do Sul, primeiro evento da Fundesporte sob o comando do Conselheiro Federal Marcelo Miranda [CREF 000002-G/MS], reuniu centenas de interessados em debater e articular a construção de políticas públicas do esporte do estado, bem como o plano plurianual. O evento contou com a presença do governador do estado e do vice, do presidente da Assembleia Legislativa, prefeitos, vereadores, secretários do governo, entidades e autoridades envolvidas com o esporte, além de Profissionais de Educação Física. Em seu discurso de abertura, Marcelo Miranda indicou os rumos que a Fundesporte pretende tomar durante o seu mandato. “Nós temos que incluir o estado nesse movimento esportivo que vem ocorrendo no Brasil por causa das Olimpíadas. Precisamos apresentar aos gestores o que está acontecendo no país para alavancar o esporte aqui. Não podemos perder essa oportunidade”. Durante o período da manhã, representantes do Ministério do Esporte, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Sistema CONFEF/CREFs, Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) e da Fundesporte apresentaram as ações de cada órgão. Na parte da tarde os participantes foram divididos em sete grupos para discutir “problemas” relativos a cada ponto previamente estabelecido (esporte educacional e participação, futebol, gestão, esporte de rendimento e esporte escolar; mídia e história
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“Nós temos que incluir o estado nesse movimento esportivo que vem ocorrendo no Brasil por causa das Olimpíadas. Precisamos apresentar aos gestores o que está acontecendo no país para alavancar o esporte aqui. Não podemos perder essa oportunidade”
do esporte; universidade, entre outros). As discussões foram enriquecedoras e se estenderam até a noite. Prestigiando o evento, o governador Reinaldo Azambuja destacou a importância da realização do Fórum, sendo essencial para a discussão de uma política voltada para o desenvolvimento do esporte no estado. “Precisamos de uma política para o esporte organizada, estruturada, que seja feita com transparência, para que sejam descobertos os talentos do esporte que existem em nosso estado”, afirmou. O presidente do CREF11/MS-MT, Ubiratam Brito de Mello [CREF 000527-G/MS] e demais Conselheiros também acompanharam o evento. “Cada entidade vai dar uma sugestão do que pode ser feito em prol do esporte. É muito boa essa discussão e traz benefícios a todos. O fato do Marcelo ser Profissional de Educação Física e estar à frente da Fundesporte trará ainda mais melhorias para o segmento esportivo”, indica o presidente do Conselho.
Desafio profissional Após 14 anos, o estado volta a ter à frente da Fundesporte um diretor presidente formado em Educação Física. Marcelo Ferreira Miranda revela que esse é o maior desafio profissional da sua vida, e que a Fundação está aberta para todos que trabalham em prol do espor-
te. “Queremos ter do nosso lado pessoas que batalham para que o esporte no estado cresça cada vez mais”, afirma. Para o Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber [CREF 000002-G/RJ], o que mais impressionou durante o Fórum foi a quantidade de pessoas que cumprimentavam Marcelo Miranda satisfeitas por ele estar à frente da Fundação. “Isso demonstra a dimensão da sua liderança na região e a credibilidade conquistada. É óbvio que isso sempre aumenta a responsabilidade pelo trabalho, mas ele formou uma equipe de ponta e dará conta do recado com sucesso”. Marcelo Miranda é graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, especialista em treinamento desportivo pela PUC/MG, mestre em Educação Física pela Unicamp, membro do Conselho Federal de Educação Física e Professor do Curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) em Campo Grande.
Na primeira palestra do dia, o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, discorreu sobre o papel das fundações e dos gestores do esporte
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Campeonatos nacionais
exigem registro profissional Com a exigência do registro no CREF para técnicos, preparadores físicos e membros da comissão técnica, campeonatos nacionais reforçam a importância da orientação profissional qualificada Se por um lado ainda tramitam projetos de lei que defendem que ex-atletas sem a graduação em Educação Física possam atuar como técnicos de futebol, cada vez mais entidades esportivas entendem a importância do registro profissional para aqueles que atuam com atividades físicas e esportivas. Crédito: Daniel Nunes (CBV)
É o caso da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) que determina que em campeonatos nacionais de futsal apenas os Profissionais de Educação Física, com registro atualizado no Sistema CONFEF/CREFs, possam atuar como treinadores, preparadores físicos ou técnicos. A exigência do registro também é extensiva aos médicos e fisioterapeutas das equipes de futsal, que também precisam apresentar, respectivamente, as fotocópias do CRM e do CREFITO, para efetuarem as inscrições nos campeonatos.
Crédito: Zerosa Filho (CBFS)
Outro bom exemplo de valorização do Profissional de Educação Física vem do Amazonas, com a 1ª Copa Aberta Gilvandro Costa de Voleibol Masculino. O evento, realizado no mês de março, contou, no seu regulamento, com a exigência do registro profissional para membros da comissão técnica. Todos os inscritos foram registrados na Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) que, antes mesmo da regulamentação profissional, já exigia a formação em Educação Física em seus campeonatos. O presidente da Federação Amazonense de Voleibol (FAV), Tadeu Picanço [CREF 000392-G/AM], explica que o registro profissional é exigência para participar dos campeonatos promovidos pela CBV, inclusive nos campeonatos de vôlei de praia, que até pouco tempo ainda permitiam que profissionais sem registro participassem da competição desde que não permanecessem na área técnica. Atualmente isso não é mais consentido. Para o Presidente do CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR, Jean Carlo [CREF 000964-G/AM], os torneios que exigem o registro profissional são mais organizados e bem sucedidos administrativamente. Jean também credita a exigência às ações que o Conselho tem promovido no Amazonas.
Crédito: Alexandre Arruda (CBV)
Exemplos não faltam - Desde 2014, o regulamento do Campeonato Matogrossense de Futebol Profissional e Amador exige o registro no Conselho para treinadores e preparadores físicos. A conquista foi fruto da luta do CREF11/MS-MT junto a Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF). Na mesma direção, os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERN’s 2013) e o Campeonato de Escolas Estaduais e Municipais (CEEM’s) tiveram, através da Justiça, que incluir em seus regulamentos a exigência de que técnicos e/ou assistentes técnicos estivessem devidamente registrados no CREF10/PB-RN. Avalie esta seção em confef.com/238 10
Conselheiro Garcia assina contrato
pioneiro de Ginástica Laboral na Câmara De autoria do Conselheiro Federal Professor Garcia, o programa promove Ginástica Laboral aos servidores da Câmara Municipal de Porto Alegre (RS)
Entre os presentes na assinatura, estavam o Conselheiro do CREF2/RS, Lauro Aguiar [CREF 002782-G/RS], o presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Rio Grande do Sul, Ubirajara Brites [CREF 000416-G/RS], o professor da Universidade Federal do RS, Dr. Benno Becker [CREF 001644-G/RS], o psicólogo Antônio Jane Cardoso e a mestre em Ciências do Movimento Humano, Débora Garcia [CREF 002202-G/ RS], que há mais de dez anos deu início ao trabalho de ginástica laboral junto ao setor de taquigrafia da Câmara. A data de assinatura do convênio não foi escolhida ao acaso, pois no dia 22 de novembro é celebrado o Dia Municipal da Ginástica Laboral graças ao projeto de Lei Nº 11.493, de 29 de outubro de 2013, de autoria de Garcia. Ainda no mês de novembro de 2014, o Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre e Conselheiro Federal, Professor Garcia [CREF 000002-G/RS], firmou um contrato inédito para a prestação de serviços de Ginástica Laboral. Desde então, o programa vem beneficiando toda a grade de funcionários do parlamento. Na ocasião da assinatura do contrato, o Professor Garcia agradeceu aos colegas que ajudaram a tornar a proposta realidade. “Esse era um sonho antigo da Casa. É uma alegria finalmente poder incluir na rotina do quadro de servidores, a prática da ginástica laboral, que representa um investimento de caráter profilático. Estamos prevenindo problemas de saúde no trabalho, ao invés de tratá-los, o quê sabidamente exige mais recursos”, enfatizou o vereador. Segundo o proprietário da empresa vencedora da licitação, o professor Antonio Alencar Rocha [CREF 000970-G/RS], as turmas de servidores serão formadas por até 10 pessoas, podendo alguns setores com número inferior de pessoas agruparem-se. “A Câmara está de parabéns por esse projeto pioneiro. A iniciativa vai colaborar com a saúde e a qualidade de vida de todos os servidores. É uma conquista”, afirmou.
A valorização da Educação Física em Porto Alegre Autor de diversas leis e iniciativas que beneficiam os Profissionais e a Educação Física em Porto Alegre, o Professor Garcia ocupa, desde janeiro de 2014, o cargo máximo do legislativo municipal após cinco mandatos consecutivos. Entre as leis e iniciativas ao longo desses anos, destacamos: a obrigatoriedade de um Profissional de Educação Física como responsável técnico em academias esportivas em Porto Alegre; a instituição dos Jogos Municipais da 3º Idade; a criação da Semana de Educação Física; a isenção da taxa de licenciamento ambiental em academias de ginástica e de balé que funcionem até às 22h; a criação da Frente Parlamentar da Educação Física; a criação das Academias ao Ar Livre.
Avalie esta seção em confef.com/239 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 11
Três pessoas são detidas durante Operação Verão II na Bahia A operação flagrou um policial militar e um ex-jogador de futebol durante o exercício ilegal da profissão Revista Educação Física – Como se deu a parceria com a Decon? Há outros convênios?
Três pessoas foram flagradas no exercício ilegal da profissão durante uma fiscalização do CREF13/BA-SE nas praias de Costa Azul e Patamares, na Bahia. Ao serem flagrados prescrevendo atividades físicas, os dois indivíduos foram encaminhados à Delegacia do Consumidor (Decon) - parceira do Conselho na Operação Verão II. Um dos irregulares é policial militar e não aceitou ser conduzido pela Polícia Civil, segundo nota, sendo necessário chamar uma viatura da Polícia Militar. Depois de algumas horas, ele foi encaminhado para a Delegacia. O policial atuava junto com um ex-jogador de futebol sem registro no CREF. O terceiro detido foi flagrado dando aula de Futevôlei para adultos na praia da Costa Azul, também sem registro. Segundo a agente de fiscalização do Conselho, Tatiana Alves [CREF 004269-G/BA], todos três infringiram o artigo 47 do decreto Lei 3688/41. “Diante da grande dificuldade observada para a realização das ações do CREF13/BA-SE em ambientes abertos, a exemplo das praias, consideramos satisfatória a parceria do Conselho com a Decon, pois atingimos o nosso objetivo nessa fase da operação, e pessoas irregulares que vinham sendo observadas foram enquadradas dentro do que está previsto na lei”, afirmou o Conselheiro Heitor Prates [CREF 000416-G/BA], que acompanhou a ação. Também formaram a equipe do CREF13/BA-SE durante essa fase da operação, o Conselheiro Francisco Canindé [CREF 001280-G/ BA], o diretor, Luciano Borges [CREF 001165-G/BA] e o Supervisor do Departamento de Orientação e Fiscalização, Jorge Medeiros [CREF 004115-G/BA]. Em entrevista à Revista Educação Física, Paulo César Vieira Lima [CREF 000481-G/BA], presidente do CREF13/BA-SE falou mais sobre a importância das ações de fiscalização.
Paulo César Vieira Lima - Dentro do nosso programa de fiscalização há algumas operações que são realizadas de forma conjunta com a Polícia Militar, Polícia Civil, a Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), entre outras, e isso tem dado muito certo. Os casos de exercício ilegal da profissão são conduzidos na mesma hora para a delegacia, onde é lavrado auto de prisão em flagrante e encaminhado para a Secretaria de Segurança Pública. O Ministério Público do Trabalho é um dos maiores parceiros do CREF13/BA-SE. Nós temos, inclusive, um convênio assinado para a fiscalização de estagiários a fim de evitar que estes atuem como Profissional de Educação física. REF- Com que frequência o CREF realiza fiscalizações em locais públicos (como praia, praças...)? Paulo César Vieira Lima - As nossas fiscalizações sistemáticas são diárias, já as operações são feitas pelo menos uma vez por mês. Recentemente realizamos uma operação como esta em Aracaju (SE). Nós entendemos que o Departamento de Orientação e Fiscalização é o setor mais importante do Conselho. É nele onde tudo acontece: onde você busca recurso, defende e protege a sociedade, fiscaliza o exercício profissional, entre outros. Com essa forte atuação a gente termina aumentando o número de Profissionais registrados. REF- No ano passado o CREF promoveu uma série de cursos gratuitos com bastante sucesso. Há planos para esse ano? Paulo César Vieira Lima – Sem dúvida a intenção é darmos continuidade, pois o resultado foi muito bom. Só no ano passado nós atingimos mais de mil Profissionais nos diversos cursos, tanto no estado da Bahia, quanto em Sergipe. Avalie esta seção em confef.com/240
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Profissionais lançam
campanha contra o exercício ilegal da profissão No mês de março, uma campanha dos Profissionais de Educação Física bombou nas redes sociais. As Hashtags #eutenhocref e #mostreseucref, uma mobilização contra o exercício ilegal da profissão, deu o que falar e chamou a atenção, inclusive, dos veículos de comunicação. Diante de um caso público de ilegalidade, os Profissionais mostraram a sua força e deram exemplo de orgulho pela profissão. A campanha tem como objetivo alertar à sociedade da importância da orientação do Profissional de Educação Física graduado e registrado no CREF.
# EU T E N H O CR E F Diga não ao exercício ilegal da profissão. Em caso de irregularidades, denuncie ao CREF da sua região.
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Projeto de esportes adaptados comemora um ano de conquistas Desde a sua fundação, em 2014, o Grupo Esporte para Todos, do Rio Grande do Sul, já coleciona motivos para celebrar
Na cidade de Alegrete, distante 506 km de Porto Alegre (RS), o grupo Esporte para Todos promove, desde fevereiro de 2014, uma oportunidade de inserção social através do esporte a pessoas com deficiência. A coordenadora do projeto, Josie dos Santos Pillar [CREF 012816G/RS], explica que a intenção do grupo, completamente voluntário, é promover o desenvolvimento motor e a melhoria da qualidade de vida dos participantes, bem como proporcionar a inserção dessas pessoas na comunidade, para que de fato se sintam incluídas na sociedade em que vivem, com autonomia e independência. O projeto foi criado quando um grupo de pessoas com deficiência procurou Josie em busca de atividades esportivas. Outros Profissionais de Educação Física, ex-alunos da coordenadora do projeto, ficaram sabendo do interesse e a partir da união de todos surgiu o grupo. “Todos são voluntários, ninguém sozinho merece o destaque e mérito pelo sucesso do grupo e sim a união, parceria e companheirismo da equipe de trabalho”, reforça Josie dos Santos.
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As aulas são realizadas em um espaço cedido pela Escola Especial Paul Harris (APAE), sendo divididas entre grupos distintos: pessoas com deficiência física, intelectual e auditiva. Embora cada grupo tenha suas especificidades e horários de treinos, todos se encontram regularmente, o que os torna uma grande equipe, unida pelo esporte e pela busca de novas realizações. Atualmente o grupo conta com 45 integrantes, entre 13 e 45 anos. O primeiro grande passo do projeto se deu em maio, apenas três meses após a sua criação. Com o projeto “Alegrete sobre Rodas”, que contou com o apoio da Prefeitura de Alegrete, o grupo solicitou através de edital, a aquisição de cadeiras de rodas para a formação de um time de Basquete e foi contemplado pela Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (FUNDERGS). Conquistas: Em junho, o grupo participou dos Jogos Abertos de Surdos do Rio Grande do Sul (JASRS), desenvolvido pela FUNDERGS, em Santa Cruz do Sul. Os atletas surdos participaram nas seguintes modalidades es-
portivas: Futsal, Vôlei de praia, Xadrez, Tênis de mesa e Atletismo, conquistando oito medalhas para o Alegrete. Em setembro o grupo teve uma novidade. A escola de dança Danniele Pinheiro, através da professora e coreografa Laís Dorneles, iniciou a formação do grupo de dança em cadeira de rodas, que recebeu o nome de “Águias da dança” por sugestão de um dos alunos cadeirantes. A coordenadora do projeto explica que o nome é repleto de significados para os integrantes, visto que a águia representa a renovação. No mês de outubro, o grupo marcou presença nos Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul para pessoas com deficiência, o Parajirgs, na cidade de Porto Alegre. Nesta competição os atletas conquistaram 18 medalhas.
Antes que o ano de 2014 findasse, outras conquistas vieram para o grupo: os jovens do curso de formação de Sargentos do 6º RCB de Alegrete realizaram a doação de uma bola de Goalball. Outro grande parceiro, o zagueiro do Desportivo La Coruña, Sidnei Rechel da Silva Júnior, também natural de Alegrete, forneceu o uniforme para o time feminino de Futsal de Surdos. Como é possível perceber, muitas conquistas e grandes parceiros foram conquistados durante o primeiro ano de existência do grupo Esporte para Todos. Além da coordenadora Josie Pillar, atualmente os atletas contam com a seguinte equipe de Profissionais de Educação Física: Claudia Quincozes Ereno [CREF 021417-G/RS], José Severo [CREF 010578-G/RS] e Tiago Tâmara [CREF 019609-G/RS]. Também fazem parte do grupo, a Médica Psiquiatra Lucina Mesko Moraes, os professores Sue Ala, Roger Simão e José Benício, a assistente social Rosinha,, os alunos do curso de Educação Física da URCAMP, Elizandro Rodrigues e Josefa Trindade, além dos pais e cônjugues dos atletas, que auxiliam nos treinos, encontros e viagens. Para Josie dos Santos, o ano de 2015 promete, pois além das atuais modalidades desenvolvidas (Tênis de Mesa, Bocha Adaptada, Atletismo, Natação e Futsal), o grupo iniciou com o Basquete em Cadeira de Rodas e Goalball e já está em busca de apoio para desenvolver a Esgrima. A ideia é ampliar o grupo permitindo que outras pessoas, com necessidades diferentes das já existentes na equipe, possam também ser incluídas. “Todos aqueles que entendem que o trabalho voluntário é algo sério, que exige compromisso e dedicação, e que queira fazer parte da nossa equipe será muito bem vindo, visto que o grupo está crescendo e necessitamos de colaboradores e apoiadores para darmos continuidade a este trabalho tão gratificante e importante para todos”, conclui.
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A preparação do Campeão Mundial de Surf Pela primeira vez na história um brasileiro conquista o WCT (World Championship Tour), o circuito mundial de surf, e chega ao topo da elite mundial do esporte. O título inédito de Gabriel Medina vem confirmar a atual fase do surf nacional, cada vez mais profissional.
Allan Menache posa com os craques Medina e Miguel Pupo.
Com a Copa do Mundo Fifa sendo realizada no país, o ano de 2014 encheu de esperança o coração de muitos brasileiros. Entretanto, não foi dos gramados, mas sim do mar que o Brasil foi reconhecido internacionalmente e teve, pela primeira vez, um campeão mundial de Surf. Gabriel Medina é o nome dele, diria Galvão Bueno. Com 21 anos de idade, Medina - o mais jovem surfista a ingressar no Circuito Mundial, aos 15, é o ídolo e a cara da nova geração do surf nacional, que vem investindo cada vez mais na preparação física. Vê-lo flutuar sob as ondas, atravessar tubos com perfeição e executar aéreos com naturalidade parece simples aos espectadores, mas por trás do talento inerente ao atleta existe uma intensa preparação física, médica e psicológica, como explica o seu preparador físico, o Profissional de Educação Física, Allan Menache [CREF 048967-G/SP]. O preparo físico de Medina, um dos diferenciais para a conquista do título, é mantido através do sistema CORE 360º, que envolve habilidades físicas, trabalhando a agilidade, mobilidade, coordenação e potência, habilidades que o surfista desenvolve na água de uma forma bastante precisa. O treinamento funcional reúne, basicamente, exercícios que repetem movimentos do cotidia-
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Allan Menache, do instituto Mar Azul, acompanha o surfi sta desde seu ingresso à elite mundial, em 2012.
no, como agachar, avançar, puxar, empurrar, levantar e girar.
REV - Como você reagiu à conquista do título do Gabriel Medina?
“É um treino que contempla as mais variadas técnicas e estratégias possíveis para serem aplicadas a um atleta. No caso dele, a atividade é voltada para o surf. O planejamento trabalha especificidades, mas também os aspectos gerais”, explica Allan.
Allan Menache - Foi uma emoção sem limite, principalmente porque eu pude assistir à conquista ao vivo. Esse título foi um divisor de águas não só para o esporte, mas também para a carreira do Gabriel e para a minha.
Atualmente, boa parte da temporada de um surfista profissional é feita exatamente assim, com treinos pesados e específicos para a modalidade. Com o desenvolvimento da força, elasticidade e equilíbrio desses surfistas, o resultado não poderia ser diferente: manobras cada vez mais espetaculares surgem nas ondas do mundo inteiro. Com a valorização da preparação física, o mercado de profissionais especializados em preparar atletas para a modalidade também vem crescendo. Para saber mais sobre o avanço na profissionalização do esporte, conversamos com um dos representantes desse mercado de profissionais, Allan Menache. Ele que é Diretor da AV Treinamento Inteligente, treinador CORE 360º e preparador físico de atletas do naipe de Medina e Jadson André. Revista Educação Física - Qual é a importância da preparação física para os surfistas profissionais? Allan Menache - É a mesma que a de outros atletas profissionais. A preparação tem como função melhorar a autoconfiança do atleta e a execução dos movimentos. Diferente de 15 anos atrás, hoje em dia vários atletas já realizam a preparação física. Cresceu o profissionalismo e o foco na parte física e na saúde e, com isso, houve uma mudança de panorama.
REV - Como foi o seu preparo para trabalhar com o surf? Pode nos contar mais da sua experiência? Allan Menache – Eu sou formado em Educação Física e Pós Graduado em Treinamento Desportivo pela Universidade Gama Filho. Além disso, os dez anos de vivência com surfistas fez com que eu desenvolvesse uma metodologia específica. Meu trabalho consiste no conhecimento adquirido na faculdade, nas pesquisas de campo e na vivência com o esporte. REV - O campo de atuação do Profissional de Educação Física é extenso. Que dicas você daria para os Profissionais que querem atuar fora das academias e salas de aula? Allan Menache - É preciso primeiramente estar comprometido com a profissão, estar sempre se atualizando, ter vontade de trabalhar e estudar, pois a nossa profissão exige tanto a parte física quanto a mental. É necessário estar bem consigo para desempenhar bem as atividades. REV – Quais são os próximos objetivos? Allan Menache – A nossa meta é manter o título de Campeão Mundial de Surf no Brasil. O Gabriel está muito focado para buscar o bicampeonato. Nós temos o pé no chão, mas vamos atrás do objetivo.
“É um treino que contempla as mais variadas técnicas e estratégias possíveis para serem aplicadas a um atleta. No caso dele, a atividade é voltada para o surf. O planejamento trabalha especificidades, mas também os aspectos gerais”
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Se por um lado o surf nacional nunca esteve tão bem representado, a situação do esporte no país ainda enfrenta dificuldades. Em entrevista à Revista Educação Física, o Presidente da Confederação Brasileira de Surf (CBS), Adalvo Argolo, explicou os problemas enfrentados para a profissionalização dos atletas. “Podemos dizer que hoje é o melhor momento dos surfistas, mas o pior momento para o surf no país. A gente não tem um circuito profissional há três anos. Não há um centro profissional, não há verba federal para incentivar os atletas amadores”, lamenta. Ainda de acordo com Argolo, a orientação do Profissional de Educação Física é fundamental para a preparação física do surfista. “Infelizmente ainda encontramos nas escolinhas de surf, profissionais não graduados em Educação Física, como ex-atletas que atuam irregularmente. É preciso que estes professores sejam habilitados, pois o esporte lida com uma coisa muito perigosa que é a natureza, o mar”, defende. Além da união entre as entidades relacionadas ao surf, a fim de que o esporte receba mais apoio, Argolo defende ainda que haja uma maior preocupação com o futuro do esporte para que as vitórias não fiquem restritas apenas a essa geração de jovens talentos, da qual Medina faz parte. A esperança é que o título mundial possa abrir uma “janela de oportunidades” para a estruturação da modalidade no país, beneficiando atletas de alto rendimento e atraindo novos adeptos.
“Infelizmente ainda encontramos nas escolinhas de surf, profissionais não graduados em Educação Física, como exatletas que atuam irregularmente. É preciso que estes professores sejam habilitados, pois o esporte lida com uma coisa muito perigosa que é a natureza, o mar”
Adalvo Argolo, presidente da CBS, defende união entre entidades relacionadas ao esporte.
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Registro Secundário e Transferência e cumulativamente, na área de abrangência de outro CREF, além do que já está registrado e domiciliado. A atividade profissional será considerada permanente quando exercida pelo prazo superior a 180 dias. Antes de dar início ao exercício da profissão, entretanto, o Profissional deverá comunicar ao CREF de origem.
Passou em um concurso para fora do estado e o órgão está cobrando registro no CREF da região? Vai se mudar e não sabe como atualizar a Cédula de Identidade Profissional? Essas e outras dúvidas surgem constantemente e, para esclarecê-las, bem como padronizar o atendimento dos CREFs, o CONFEF baixou duas resoluções a respeito da transferência do registro profissional e do registro secundário. Saiba quando e como é possível fazer uso das medidas. Transferência do Registro Profissional - A transferência do registro poderá ser solicitada quando ocorrer a mudança permanente do domicílio profissional, ou seja, a sede principal de atividades do Profissional de Educação Física. A mudança será considerada permanente quando a estadia for superior a 180 dias em outro estado. Para realizar a alteração, o Profissional deverá entrar em contato com o CREF de destino e protocolar o requerimento de transferência junto aos seguintes documentos: duas fotos 3x4, comprovante de pagamento da taxa de transferência, comprovante da anuidade e indicação do endereço onde irá residir. Depois de deferido o processo de transferência, que poderá levar até 60 dias, será expedido uma nova Cédula de Identidade Profissional (CIP). A anterior deverá ser entregue no CREF de destino, que encaminhará ao CREF de origem para que seja arquivada junto ao processo de inscrição. Para saber mais, acesse a Resolução CONFEF nº 076/2004. Registro Secundário - O registro secundário permite que o Profissional de Educação Física possa exercer a profissão, permanente
O requerimento do registro secundário deverá ser feito no CREF de destino junto aos seguintes documentos: duas fotos 3x4, cópia da CIP, comprovante de pagamento da anuidade e indicação do endereço onde irá exercer a atividade profissional. Assim que confirmada as informações, o CREF irá fornecer uma autorização temporária, válida por até 60 dias. Quando a inscrição dor deferida, o Profissional deverá efetuar o pagamento da anuidade referente ao registro secundário. A partir do segundo ano de registro secundário o Profissional fará jus ao desconto no valor da anuidade concedido pelo CREF secundário aos demais registrados. Na hipótese de interrupção da atividade profissional na área de abrangência do CREF secundário, o Profissional deverá requerer a baixa ou cancelamento do registro. O Profissional que exercer a profissão na área de abrangência de outro CREF sem o devido registro secundário, ficará sujeito a sanções éticas, administrativas e medidas judicias cabíveis. Para saber mais, acesse a Resolução CONFEF nº 253/2013. Para ter acesso ao conteúdo completo das resoluções entre no site www.confef.org.br e busque pela seção Resoluções. Caso ainda restem dúvidas, entre em contato com o CREF da sua região, a lista de contatos também está disponível para consulta no site.
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CONFEF participa do 30º Congresso Internacional de Educação Física Cursos de aperfeiçoamento, apresentações de trabalhos científicos e palestras com profissionais de renome internacional resumem os cinco dias do evento em Foz do Iguaçu (PR).
Completando 30 anos em 2015, o Congresso Internacional de Educação Física - FIEP reuniu, entre os dias 10 e 14 de fevereiro, mais de 2.500 profissionais, de 15 nacionalidades diferentes, em busca de atualização e aperfeiçoamento. Ao longo dos cinco dias de evento, que teve como tema “O Profissional de Educação Física na América Latina”, foram realizados 54 cursos e aprovados 790 trabalhos científicos. O Sistema CONFEF/CREFs marcou presença no Congresso e promoveu paralelamente os seguintes eventos: IV Seminário de Atividade Física na Atenção à Saúde, VII Fórum de Educação Física Escolar e VI Seminário sobre Valores do Esporte e Educação Olímpica. Todos os eventos foram transmitidos ao vivo através dos sites do CONFEF e da FIEP. Confira um resumo de tudo que rolou.
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IV Seminário de Atividade Física na atenção à Saúde Após o breve cerimonial de abertura com a presença do Presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, e da FIEP, Almir Adolfo Gruhn [CREF 000001-G/PR], os presentes assistiram à palestra inicial ministrada pelo Prof. Dr. José Marques Novo Jr [CREF 095238-G/SP] sobre a Estrutura e Funcionamento da Residência Profissional em Saúde. A apresentação abordou o passo a passo para o planejamento e execução de projetos na área. A seguir, abriu-se o debate para a participação não só dos presentes, como também dos internautas, esclarecendo dúvidas sobre a sistematização, operacionalização e implantação dos referidos projetos.
A segunda palestra tratou da atuação integrada entre o médico especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e o Profissional de Educação Física. A palestra proferida pelo Médico Marcelo Bichels Leitão, atual diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), se baseou na distinção e aproximação mais recente da atuação dos dois profissionais. Bichels ainda transmitiu a sua visão a respeito da obrigatoriedade do atestado médico. “A avaliação para a prática de exercícios físicos não é para impedir, mas sim orientar. É para ajudar a vocês, Profissionais de Educação Física, que estão recebendo esse indivíduo, a ter mais conhecimento, saber qual é o nível de colesterol dele, se ele é hipertenso, por exemplo, para que a gente possa trabalhar em conjunto essas informações. A outra questão é que se eu fizer uma avaliação de qualquer um de vocês e eu disser que está tudo bem, isso não quer dizer que vocês tenham imunidade. Daqui a um minuto nós podemos ter um mal súbito e morrer. O que a gente diz é que quando você está bem avaliado, o seu risco diminui. Então o que a gente tenta fazer é com que esse risco fique o mais baixo possível, mas não existe risco zero. Não dá para achar que o atestado médico é uma forma de conferir imunidade a pessoa”, finalizou. O Presidente da Seccional MT do CREF11/MS-MT, Carlos Eilert [CREF 000015-G/MT], compartilhou a sua experiência em Cuiabá através da palestra “Inserção do Profissional de Educação Física nos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde, Educação e Esporte, entre outros”.
VII Fórum de Educação Física Escolar Discutindo o “Planejamento e Avaliação em Educação Física Escolar”, o Fórum teve início com a fala do presidente da Comissão de Educação Física Escolar (CEFE), o Conselheiro Federal Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE], que reiterou o compromisso propositivo do evento, historiando os avanços e conquistas a partir dos objetivos traçados pela CEFE, iniciando com a edição de cartas e culminando com o lançamento do livro “Recomendações para a Educação Física Escolar”, editado pelo CONFEF. Feita a saudação inicial, foi a vez do presidente do CONFEF parabenizar o trabalho da comissão, dando início, em seguida, a palestra “Recomendações para a Educação Física Escolar: desafios para a implementação”. Após a apresentação, realizada de forma contundente e provocativa, foi dado início ao debate com intensa participação dos presentes e internautas.
No segundo dia de evento, o Conselheiro Federal Wagner Gomes [CREF 000035-G/RJ], membro da Comissão de Ensino Superior e Preparação Profissional do CONFEF, apresentou a definição de especialidade, esclarecendo a diferença das terminologias amplamente utilizadas na área: especialização e especialista. Destacou ainda as resoluções já publicadas pelo CONFEF referentes ao tema. Encerrando o IV Seminário de Atividade Física na Atenção à Saúde foi realizada uma mesa redonda, intitulada “Características da Atuação do Profissional de Educação Física, Avaliação e Prescrição de Atividade Física na Atenção Básica a Saúde”, que contou com a participação dos Conselheiros Federais Marcelo Ferreira Miranda [CREF 000002-G/MS] tratando da “Avaliação física diagnóstica de Educação Física na atenção básica à saúde” e Sebastião Gobbi [CREF 000183-G/SP] debatendo a “Prescrição de atividade física para idosos na atenção à saúde”.
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VII Seminário de Ética
“O compromisso ético na intervenção profissional em Educação Física no universo dos Direitos Fundamentais consagrados na Constituição Brasileira”
Seguindo a programação, Catunda proferiu a palestra “Ser Professor”, abordando a paixão, o orgulho e o compromisso da profissão, com ênfase na necessidade do professor assumir o ensino como condição para a legitimidade da Educação Física na escola. No final do dia todos os presentes receberam um exemplar da obra “Recomendações para a Educação Física Escolar”. No segundo dia de evento, o professor Sérgio Eduardo Pereira [CREF 000588-G/RJ] dinamizou o tema central do fórum sobre Planejamento e Avaliação em Educação Física Escolar. Foi feita uma exposição teórica, situando os presentes sobre a temática, sendo intercalada por dinâmicas e trabalhos em grupos. No dia seguinte, os grupos de trabalho apresentaram uma síntese das questões de desafio postas no dia anterior sobre a construção de uma aula, conteúdos a serem aplicados e avaliação da aprendizagem, o que proporcionou um rico debate sobre o tema e da assertiva da CEFE na proposição do assunto em pauta.
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Com o objetivo de abordar os aspectos norteadores e os valores atitudinais no comportamento profissional em Educação Física, o seminário foi desenvolvido tendo como foco o processo de “Revisão do Código de Ética do CONFEF”, bem como a elaboração do “Documento de Orientações para Decisões Processuais de Ética”. Em uma constante relação entre renovação e reafirmação, desde a sua primeira edição, em 1999, o Código de Ética do CONFEF, vem sendo aprimorado, a cada biênio, mediante a colaboração dos Profissionais de Educação Física, bem como dos entes que compõem o Sistema CONFEF/CREFs.
“(...) o Código de Ética é o instrumento regulador do exercício da profissão e, definese como um instrumento legitimador, sujeito, portanto, a um aperfeiçoamento contínuo que lhe permita estabelecer os sentidos educacionais, a partir de nexos de deveres e direitos dos Profissionais”. Durante os dois primeiros dias foi apresentado o “Quadro Síntese da Minuta de Revisão do Código de Ética do CONFEF”, resultado da sistematização das diversas colaborações encaminhadas pelos CREFs ao CONFEF, construído com base nas discussões da Comissão de Ética Profissional (CEP) do CONFEF durante o ano de 2014. Após a apresentação do quadro síntese, teve início a apresentação da minuta da nova edição do código de ética. No terceiro dia do seminário procedeu-se à leitura comparativa entre a minuta sistematizada pela CEP e os destaques realizados pelos 67 participantes da reunião ampliada da CEP do CONFEF.
Formalmente vinculado às Diretrizes Regulamentares do CONFEF, o Código de Ética é o instrumento regulador do exercício da profissão e, define-se como um instrumento legitimador, sujeito, portanto, a um aperfeiçoamento contínuo que lhe permita estabelecer os sentidos educacionais, a partir de nexos de deveres e direitos dos Profissionais.
VI Seminário sobre valores do esporte e educação olímpica O seminário foi promovido em conjunto com o Fórum de Educação Física do Mercosul, dando continuidade aos eventos paralelos. Durante os três dias de evento, houve boa participação presencial e virtual, possibilitando que todos pudessem assistir e interagir com os conferencistas. O tema dos dois eventos foi “Os jogos Olímpicos e Paraolímpicos da América do Sul – Rio 2016”
estudos no sentido desse reconhecimento. Em seguida o Profissional Carlos Nascimento [CREF 000006-G/MG], junto ao presidente do CONFEF, informou a respeito da revisão da Carta Internacional de Educação Física e Desporto da UNESCO, que está sendo procedida pela entidade. Ambos apresentaram as propostas encaminhadas pelo CONFEF e pela FIEP e realizaram um breve histórico dos procedimentos para revisão. No último dia de seminário, a Escola Nacional de Justiça Desportiva foi convidada para abordar o tema “Jogo limpo e integridade no Esporte”. Desdobrando em três partes: Infrações disciplinares, ética e violência ; Doping – novos rumos e desafios para 2015; e Match-Fixing – Combate à manipulação de resultados, recomendação FIFA Security. O evento conjunto foi experimental e surtiu o efeito desejado, sendo elogiado pelos presentes, e tendo havido boa participação através de questionamentos e comentários. “Desde o 1º Congresso, em 1986, mais de 63 mil participantes confirmaram o sucesso e a credibilidade, da organização, da inovação e do respeito aos congressistas, sempre objetivando a sua valorização profissional com apoio de vários órgãos educacionais. Evento no qual aconteceram diversos fatos históricos para a Educação Física brasileira, latino-americana e Mundial”, comemorou Steinhilber.
Saiba mais
A abertura oficial ficou por conta dos presidentes do CONFEF, Jorge Steinhilber, e da Comissão do Mercosul do CONFEF, o Conselheiro Garcia [CREF 000002-G/RS]. Em seguida foi composta a mesa de palestrantes e debatedores, sendo a primeira fala de Jorge Steinhilber, também presidente da Academia Olímpica Brasileira, que falou sobre os Jogos Olímpicos da América do Sul – Rio 2016. Houve ainda a apresentação do Profissional de Educação Física Otávio Tavares [CREF 000239-G/ES], seguido pelo presidente do Comitê Barão de Coubertin Nelson Tod [CREF 003636-P/MS]. No dia seguinte, o presidente da Comissão do Mercosul palestrou a respeito da “Inclusão da Educação Física como profissão da área da saúde no Mercosul”, ressaltando a importância e necessidade desse reconhecimento. Garcia apresentou as propostas emanadas do Fórum do ano de 2013, lendo a carta construída e aprovada no fórum, além do ofício que o CONFEF encaminhou para todos os países da América do Sul, ressaltando a importância e instigando que se fosse produzido
O Congresso Internacional de Educação Física – FIEP, conhecido também como Congresso FIEP, é o maior e mais importante evento da Federação Internacional de Educação Física – FIEP, realizado anualmente no mês de janeiro na cidade de Foz do Iguaçu (PR), de forma ininterrupta desde o ano de 1986. O Congresso é organizado pelo Prof. Almir Adolfo Gruhn, que também é o idealizador do evento.
Veja no Youtube Os Fóruns organizados pelo CONFEF foram transmitidos em tempo real pela Internet. Se você perdeu algum ou gostaria de rever os eventos, acesse a nossa página no Youtube, no endereço: www. youtube.com/SistemaCONFEFCREFs.
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Vitória do CREF6/MG “O Governo de Minas Gerais determinou o retorno do professor de Educação Física aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, através da resolução SEE nº2.741/2015 que, dentre outros, estabelece que a Educação Física é componente curricular obrigatório da Educação Básica” Claudio Augusto Boschi [CREF 000003-G/MG]
No mês de janeiro, uma resolução que estabelece, entre outras, novas formas de designar servidores para as instituições de ensino de Minas Gerais, trouxe novidades. Entretanto, o que mais chamou atenção foi que através da determinação, ficou decidida a volta do Profissional de Educação Física aos anos iniciais do Ensino Fundamental. Até então, essas aulas vinham sendo ministradas pelo mestre regente - aquele professor que ensina todas as matérias. De acordo com a publicação do Governo do Estado de Minas Gerais, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a disciplina de Educação Física deverá ser ministrada pelo professor habilitado neste componente curricular, conforme a Lei Estadual nº 17.942/2008. E, na ausência desse profissional, as aulas serão ministradas pelo próprio Regente de Turma. “Tenacidade, convicção, coerência, ponderação, persistência, confiança, são alguns dos sentimentos de mineirice que guiaram o CREF6/MG nesta empreitada em prol
da Educação, da Sociedade, da Profissão e do Profissional de Educação Física”, comemora o Presidente da entidade, Claudio Boschi [CREF 000003-G/MG]. Em 2013, uma resolução do Governo do Estado decidiu que os Profissionais de Educação Física seriam designados para dar aulas no ensino fundamental do 6º ao 9º ano, enquanto os professores regentes deveriam assumir as séries iniciais, do 1º ao 5º ano. A decisão gerou indignação entre os Profissionais de Educação Física e a comunidade escolar. Os alunos, em idade de formação, foram os que mais perderam com a ausência dos profissionais habilitados. Com isso, todos saem ganhando: ganham os Profissionais com a valorização do seu trabalho reconhecido e ganham os alunos, com a garantia de uma Educação ministrada pelo professor habilitado para este componente curricular. Leia a íntegra da Resolução em confef.com/234 Avalie esta seção em confef.com/246
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Sistema CONFEF/CREFs: Como funciona. Você sabe? As Comissões são órgãos de consultoria do Plenário, da Presidência e da Diretoria do CONFEF, às quais compete analisar, instruir e emitir pareceres nos assuntos e processos que lhe forem enviados pelo Presidente do CONFEF, retornando-os devidamente avaliados para decisão superior. Cada comissão tem suas características próprias e são compostas por Conselheiros Federais e Presidentes dos CREFs.
Comissão de Ensino Superior e Preparação Profissional A primeira comissão a ser apresentada será a de Ensino Superior e Preparação Profissional. Os aspectos ligados à formação e intervenção profissional passam por essa Comissão. Compete a ela acompanhar, analisar e emitir pareceres sobre os projetos da iniciativa pública e privada, bem como verificar se há coerência entre a formação e o registro no Sistema CONFEF/CREFs. A Comissão precisa estar atenta ao que acontece tanto nas Instituições de Ensino Superior quanto no mercado para poder propor currículos, capacitações, avanços científicos, intervenções, entre outros. Podemos destacar a existência da Resolução Geral sobre as Especialidades em Educação Física e as específicas: Educação Física Escolar, Educação Física na área da Saúde da Família, Saúde Mental e Saúde Coletiva, Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício e do Esporte. Todas as Resoluções estão disponíveis no site do CONFEF. Uma das funções de grande relevância do Conselho é a de proteger a sociedade, para tanto trabalha no acompanhamento dos processos de implantação e credenciamento dos Cursos de Educação Física através dessa Comissão, que analisa e emite parecer sobre o tema. Vale lembrar que a palavra final é a do MEC. Como as metodologias e a ciência evoluem rapidamente nos tempos atuais, o olhar constante desse processo é acompanhado
através de debates para aprofundar o conhecimento das diferentes vertentes na área da Educação Física. O processo é dinâmico e criterioso, afinal todo esse conjunto entre formação, intervenção, ciência e educação continuada fazem parte de uma gama de serviços prestados pelos egressos dos Cursos de Educação Física. Quanto mais organizada estiver a profissão, através do seu Conselho, mais protegida estará a sociedade. A Comissão de Ensino Superior e Preparação Profissional tem ainda um grande caminho a percorrer, e é preciso que todos os profissionais deem sugestões e troquem ideias sobre a profissão. Afinal, a responsabilidade é de todos nós. Para aprofundar as informações sobre essa Comissão leia o Estatuto do CONFEF, disponível em confef.org.br Wagner Domingos Fernandes Gomes [CREF 1 -00035/RJ] Conselheiro Federal
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Conquista: Educação Física na rede municipal de ensino de Pombal (PB) A disciplina passa a fazer parte da grade das escolas municipais de ensino após a sanção da Lei 1.634/2014
Em visita à Câmara, o Presidente do CREF10/PB-RN realizou a entrega da CIP ao Vereador e também Profissional de Educação Física, Marcos Valério.
No mês de novembro de 2014, a Prefeitura de Pombal, distante 328km de João Pessoa (PB), sancionou uma lei que integra a Educação Física à educação básica do município. Desde então, a disciplina tornou-se componente curricular obrigatório de todas as séries, ajustada às faixas etárias e às condições da população escolar. A lei ainda determina que o exercício da docência fique reservado ao Profissional com curso de Licenciatura em Educação Física. As aulas serão ofertadas pelo menos três vezes por semana, “objetivando a preparação para a cidadania, orientação e sensibilização quanto à aquisição de uma vida ativa, identificando a importância da atividade física para a qualidade de vida e saúde”, como indica o documento. Francisco Borges de Araújo [CREF 001001-G/RN], presidente do CREF10/PB-RN, comemora a aprovação da lei que, de acordo com ele, precisou de persistência para ser aprovada. Em 2013, em visita à Câmara dos Vereadores, Borges, acompanhado do Conselheiro Regional Fernando Araújo Silva [CREF 002246-G/PB], apresentou o projeto
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ao vereador Marcos Valério de Souza Bandeira [CREF 003079-G/PB], também Profissional de Educação Física. A ideia era incluir a discussão no plenário da Câmara. Na ocasião ainda foi realizada a entrega da Cédula de Identidade Profissional (CIP) ao parlamentar. O vereador abraçou a ideia e convenceu seus pares, que unanimemente aprovaram o Projeto de Lei. A proposta, infelizmente, foi vetada, mas a luta prosseguiu até ser novamente aprovada no plenário e, dessa vez, sancionada, pela Prefeita Pollyanna Werton, tornando-se a Lei 1.634/2014. O Presidente, Francisco Borges explica a importância da aprovação da Lei em entrevista à Revista Educação Física. Revista Educação Física - Qual é a importância da disciplina ser integrada à educação básica? Quais são os benefícios esperados? Francisco Borges - É na educação básica que o componente curricular Educação Física deve ser legitimado. A
disciplina não se faz importante somente pela obrigatoriedade, ela é importante pela sua aplicabilidade, pelo seu conteúdo. Entretanto, isso só acontece de fato e de direito quando ministrada por Profissionais de Educação Física licenciados. São estes Profissionais que tem a competência pedagógica, ética e legal para atender as crianças e jovens. REF- E para os Profissionais de Educação Física, qual é a importância da aprovação da lei? Francisco Borges – Primeiramente devido ao reconhecimento pelas autoridades, de que eles são os responsáveis pela dinamização da Educação Física na escola. Além disso, com a aprovação da lei, saem de cena aquelas pessoas que atuavam na profissão sem formação superior adequada, ou seja, sem a Licenciatura em Educação Física. Antes da lei era comum encontrar leigos atuando nas escolas sem a menor capacidade, sem o mínimo de conhecimento. O que sempre achamos, além de ilegal, um risco às crianças em formação física, social e educacional. REF- Além de Pombal, quais cidades já possuem legislação semelhante? Francisco Borges - Muitos municípios já têm leis neste sentido e há outros com projetos de lei aprovados aguardando a sansão do executivo. É o caso de Cajazeiras, importante município paraibano, que possui projeto de lei idêntico já aprovado na Câmara e que em breve será sancionado pela Prefeitura, garantindo assim que todas as crianças e adolescentes sejam atendidas de forma correta e legal por Profissionais de Educação Física.
“Sugiro aos Profissionais de Educação Física o exercício da cidadania, entrando nessa luta para que em seus municípios os projetos de leis dessa natureza sejam levados aos poderes e discutidos juntamente com a população. Para que seja garantido às crianças, o direito da Educação Física de qualidade ministrada por Profissionais Licenciados em Educação Física e legalmente habilitados.”
REF- O senhor espera que essa decisão possa inspirar outras cidades? Francisco Borges - Certamente. É muito importante que as autoridades entendam a importância da Educação Física nas escolas. Se a disciplina for encarada com o seu devido respeito, certamente todos ganharão. O investimento na educação de qualidade passa também pela Educação Física. Não falo em investimento apenas na infraestrutura das escolas, falo também no investimento em quem ministra a disciplina: o Profissional de Educação Física. Ele sabe o que fazer para reverter este grave problema que vem se estabelecendo entre crianças e adolescentes na atualidade – o sedentarismo. Muitas enfermidades que surgem em decorrência da “doença do século” podem ser minimizadas se ensinarmos a cultura da atividade física regular para a vida toda. Afinal, na escola nós aprendemos português, matemática, história, sociologia, entre outras, para a vida toda. Deve ser assim também com Educação Física. REF - O senhor gostaria de acrescentar algo mais? Francisco Borges - Sugiro aos Profissionais de Educação Física o exercício da cidadania, entrando nessa luta para que em seus municípios os projetos de leis dessa natureza sejam levados aos poderes e discutidos juntamente com a população. Para que seja garantido às crianças, o direito da Educação Física de qualidade ministrada por Profissionais Licenciados em Educação Física e legalmente habilitados. O CREF10/PB-RN se coloca inteiramente à disposição. Vamos fazer a Educação Física chegar de fato e de direito a todas as escolas. Como diria Manoel Tubino, “Não existe educação sem Educação Física”.
A íntegra da Lei 1.634/2014 está disponível em confef.com/232
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Em Pernambuco, gincana mobiliza internos de unidade socioeducativa
Mais do que promover a diversão, a Gincana Legal mostrou para os socioeducandos do CASE Jaboatão dos Guararapes (PE) o quanto eles são capazes de fazer o bem e o quanto isso é saudável Com intuito de desenvolver a cidadania, o respeito às regras, a cooperação e o trabalho em equipe nos internos do Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, a equipe técnica da instituição desenvolveu em março de 2014, uma gincana que fez bastante sucesso entre os participantes. Na instituição, jovens infratores, com idade entre 12 e 15 anos, recebem acompanhamento físico, psicológico, jurídico e social, através da Secretaria da Criança e da Juventude. A Secretaria de Educação e Esportes trata do ensino dos socioeducandos na condução de uma escola em tempo integral dentro do CASE, a Escola Estadual Frei Jaboatão. Durante a realização da Gincana Legal, que teve como tema a Copa do Mundo de Futebol, ficou evidente a criatividade e espontaneidade de cada socioeducando para defender, organizar e desenvolver suas ideias, possibilitando torná-los seres mais conscientes e capazes de resolver a diversidade de problemas de seu cotidiano.
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As atividades interdisciplinares realizadas durante os quatro dias de evento foram: redação, exercício de soletrar, jogos digitais, jogos esportivos (Futsal, Voleibol, Cestobol e Queimada), paródias, sequência numérica, murais, circuitos físico-lógicos e expressões culturais que possibilitaram a integração entre professores, socioeducandos, agentes socioeducativos e a equipe técnica. Os jovens foram divididos em entre as equipes Esperança, Azulão, Paz e Projeto de Vida, que juntas concluíram todas as provas com empenho, dedicação, garra e ética. Professora de Educação Física há cinco anos na instituição responsável pelo ensino dos internos, a coordenadora Patricia Silva
de Melo [CREF 002518-G/PE], comemorou o resultado positivo da atividade que, de acordo com ela, ofereceu aos socioeducandos alternativas pedagógicas para construção de saberes. “Ao final concluímos que é possível construir conhecimentos através de atividades associadas ao esporte e lazer. O resultado final prático foi surpreendente, pois além de uma visível conscientização dos alunos, demonstrada pela elaboração das tarefas, verificou-se uma maior articulação no ambiente escolar, o que colaborou para um trabalho verdadeiramente em equipe. Antes da gincana só tínhamos atividades como jogos internos e a escola ficava muito isolada”. Houve também uma visível modificação comportamental das equipes envolvidas, diretamente no projeto, no que se diz respeito à participação de atividades relacionadas à escola, indica Patricia. O ensino regular em unidades socioeducativas - No turno da manhã são realizadas as aulas do ensino regular, conduzidas pelo trabalho de professores oriundos da Secretaria de Educação do Estado (SEE). Após as aulas regulares, os garotos, no período da tarde, participam de atividades extras, como oficinas de pintura, informática, Educação Física, entre outras. O trabalho do Profissional de Educação Física - Além de Patricia Silva, a unidade conta com Profissionais de Educação Física que atuam nos projetos Mais educação e Segundo Tempo. “Nas aulas de Educação Física, desenvolvemos um circuito físico lógico para trabalhar os movimentos que foram perdidos devido ao consumo de drogas, atividades desportivas e roda de conversa. Além das turmas regulares, temos grupos de Esporte no contra turno uma vez por semana”, conta Patricia.
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Lei regulamenta funcionamento de instalações para atividades físicas em Londrina (PR)
Londrina promulga lei regulamentando procedimentos prévios à inscrição para atividades físicas, além de obrigatoriedade de registro no CREF9/PR.
Pela Lei 12.181, estabelecimentos com a oferta de atividades físicas só poderão funcionar sob a supervisão de um Profissional de Educação Física habilitado e registrado no Conselho Regional de Educação Física do Paraná Em outubro de 2014, a Prefeitura de Londrina (PR) sancionou a Lei 12.181 que estabelece normas para o funcionamento de estabelecimentos de iniciação e prática de atividades físicas e esportivas no município. Conforme a Lei, os estabelecimentos somente poderão funcionar com a supervisão e responsabilidade técnica de um Profissional de Educação Física devidamente habilitado e registrado no CREF9/PR, ou com as mesmas atribuições a técnicos credenciados pelas federações estaduais específicas, quando as atividades envolverem lutas ou artes marciais.
teressados são: em prática de atividades físicas e esportivas, no âmbito das entidades federativas e confederativas, a realização de exame médico prévio, renovável anualmente, ou declaração pessoal emitida pelo próprio usuário ou seu responsável legal. Para quem quer praticar atividades físicas e esportivas amadoras será necessário preencher um Questionário de Aptidão.
A obrigatoriedade do registro é ampliada, no artigo 5º da Lei, também para os espaços públicos. Estes só serão liberados para eventos que contenham atividades físicas, caso haja responsável técnico habilitado pelo CREF9/PR. Outras exigências que os estabelecimentos que oferecem atividades físicas e esportivas deverão exigir dos in-
De acordo com o prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, a lei é uma normatização sobre a prática e a instrução esportiva no âmbito de academias da cidade. “Com a lei tende a ficar mais clara a forma como as
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pessoas podem aderir ou ficarem aptas à prática esportiva, em quais condições é exigido o atestado médico e em quais condições ele é dispensado, condicionado à presença do Profissional de Educação Física e ao preenchimento de questionários”, explicou. Para as atividades realizadas em Federações, onde geralmente acontece o esporte de rendimento, será exigido sempre o exame médico. Para as atividades amadoras, o interessado, entre 15 e 65 anos, deverá preencher um questionário. Caso alguma das respostas seja “sim”, será recomendado a ele consultar um médico, e o mesmo deverá assinar um termo de responsabilidade. Segundo o autor da lei, vereador Tio Douglas, mesmo com a lei atual, quando alguma pessoa apresentar problemas de saúde, ela será encaminhada ao médico. “Toda academia realiza a avaliação física com o Profissional de Educação Física e quando há algum problema apresentado com a pessoa, ela é encaminhada ao médico. O projeto de lei foi muito enriquecedor tendo em vista que dará todo o respaldo que os profissionais necessitam. Foi um entendimento conjunto da vigilância e das partes envolvidas, até que se chegasse a esta etapa”.
Para o presidente do CREF9/PR, Antonio Eduardo Branco [CREF 000009-G/PR], adotar procedimentos administrativos como este simplifica muito o trabalho de fiscalização e previne que aconteçam situações de risco à população. “A iniciativa de Londrina permite que outras cidades possam seguir o exemplo e fazer o mesmo. A nossa profissão vem sendo cada vez mais valorizada e a aprovação da lei é prova desse reconhecimento tanto da sociedade como dos parlamentares”, comemora. Branco ainda reforça que legislações parecidas já estão em vigor em grandes cidades como Foz do Iguaçu, Cascavel, Londrina e Maringá. Em Londrina, já há um projeto em debate avançado. Para ele, a boa relação entre o Conselho e as Câmaras dos Vereadores garante com que a profissão seja reconhecida. “Durante a elaboração de um projeto, os vereadores entram em contato conosco em busca de informações. Eles estão cada vez mais atualizados e conscientes da importância da nossa profissão”. É muito importante que os estabelecimentos e Profissionais de Educação Física da cidade informem-se, para que possam atuar tranquilos, dentro da ética e da legalidade. A Lei serve, inclusive, para proteger os Profissionais de eventuais problemas de saúde que seus clientes possam apresentar, mas principalmente atua em benefício da sociedade, prevenindo que aconteçam complicações na saúde dos praticantes de atividades físicas. A íntegra do documento está disponível no link confef.com/233
Antonio Eduardo Branco
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Programa Jogue Tênis nas Escolas auxilia formação de crianças na fase escolar Presente em 14 cidades, o projeto já habilitou 637 Profissionais e atingiu mais de 16 mil crianças e jovens em suas ações, entre aulas, eventos lúdicos e competitivos A modalidade Tênis de Campo vem sendo desenvolvida nas escolas brasileiras desde o início dos anos 90 através de projetos específicos, incluídos tanto nas escolas particulares, com o apoio da iniciativa privada e cursos extracurriculares, quanto na rede pública de ensino, apoiada pelo poder público e ONGs, onde a prioridade é a capacitação dos Profissionais de Educação Física a fim de incluir a raquete e a bola como ferramentas de desenvolvimento humano nas aulas de Educação Física. Um grande exemplo desse trabalho é o Projeto Tênis nas Escolas – Uma Proposta Educacional. Esse trabalho vem sendo coordenado desde 1997 pela ex-tenista Patrícia Medrado [CREF 5019-G SP], através do Instituto que leva o seu nome.
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Em 2008, foi lançado o Programa Jogue Tênis nas Escolas (PJTE), projeto oficial da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), com apoio dos Correios, que além de auxiliar na formação de pessoas, visa fomentar a prática do Tênis de Campo em espaços adaptados e detectar talentos através da migração de alunos de escolas públicas e particulares para academias, clubes e quadras públicas. O programa é destinado inicialmente para alunos do ensino fundamental 1 e 2, crianças e adolescentes em sua grande maioria de 6 a 14 anos de idade. Por ser um esporte na sua essência individual, embora seja desenvolvido em grandes grupos, o Tênis oferece oportunidades efetivas de preparar o indivíduo para o mundo de maneira cooperativa, porém explorando ao máximo o seu rendimento pessoal. De acordo com Cesar Kist [CREF 023676 G/SP], Diretor do Departamento de Capacitação da CBT, o programa é essencial ao desenvolvimento do esporte no país. “Não existe lugar melhor e mais importante para buscarmos novos jogadores como a escola”, explica. Em 2013 o projeto piloto do PJTE foi expandido de São Paulo para outras 14 cidades brasileiras. Até o momento, ele habilitou 637 Profissionais e atingiu mais de 16 mil crianças e jovens em suas ações, entre aulas, eventos lúdicos e competitivos. Metodologia O PJTE utiliza-se da metodologia Play and Stay (Jogar e ficar), criada pela Federação Internacional de Tênis (ITF). Adotado em mais de 80 países, esse método de ensino já auxiliou muitos tenistas de destaque, um grande exemplo é o suíço Roger Federer, que já ocupou o 1º lugar do ranking mundial. Trata-se de bolas mais lentas, quadras menores, rede mais baixa e raquetes adaptadas a cada faixa etária. São três estágios que o aluno deve passar antes de praticar o tênis com a bola oficial. O primeiro estágio é o da bola vermelha, com 25% da velocidade da bola oficial e jogado em mini quadras de 12m, o segundo é estágio da bola laranja, com 50% da velocidade da bola oficial e jogada na quadra de 18m, coincidentemente é o comprimento de uma quadra de vôlei oficial, disponível na maioria das escolas. O terceiro estágio é o da bola verde, jogada na quadra de tênis. Esse terceiro estágio é garantido através de parcerias firmadas com Células Receptoras. Das escolas para as Células Receptoras Dentro da escola, os alunos interessados em dar continuidade ao esporte e que atinjam o nível técnico do estágio da bola verde, são direcionados para uma das células receptoras de sua região, ou seja, as academias, centros esportivos, clubes, entre outros. Nesses locais, quando surge um novo talento, o mesmo é direcionado aos Centros de Formação e Treinamento, onde poderá especializar-se. Este é um dos diferenciais do programa, pois permite que o aluno dê continuidade no esporte. E o resultado tem sido muito positivo. Cada vez mais crianças se identificam com a modalidade e envolvem seus familiares. Com isso, se dá o aumento do número de praticantes que migram para as células receptoras. “Vamos buscar nos aproximar ainda mais das federações de cada estado para auxiliar na disseminação da metodologia Play and Stay, onde o prazer e a diversão vem antes do resultado do jogo, dando continuidade no trabalho que foi feito dentro das escolas”, explica a Profissional de Educação Física Suzana Silva [CREF 9483 G/SP], Coordenadora e professora do Programa. Sendo uma das prioridades do projeto inserir o Tênis como ferramenta de desenvolvimento das aulas de Educação Física, quebrando os paradigmas de que para aprender a modalidade é necessário aulas individuais ou em pequenos grupos, ou ainda, de que o esporte é só para a elite, a missão é ensinar às crianças como praticar a mo-
dalidade em espaços e materiais adaptados. “O Programa é essencial ao desenvolvimento do tênis no país, pois não existe lugar melhor e mais importante para buscarmos novos jogadores como a escola”, afirma Cesar Kist [CREF 023676 G/SP], Diretor do Departamento de Capacitação da Confederação Brasileira de Tênis. Capacitação dos Profissionais de Educação Física A capacitação dos Profissionais de Educação Física é colocada em prática através do Módulo Escolar do Departamento de Capacitação da CBT ou de disciplinas de graduação, pós graduação e cursos específicos, através de projetos aprovados por lei de incentivo ou por convênios com as prefeituras. A cada seis meses ocorrem as Jornadas de Capacitação para professores que estejam trabalhando na esfera escolar, onde os conhecimentos são reciclados durante um dia inteiro de trabalho. “Nesse momento estamos envolvendo algumas prefeituras nessa causa e abordando o maior número possível de escolas particulares. Também estamos focados na formação do Profissional de Educação Física, através da inserção do curso específico no bacharelado e na inclusão da disciplina Tênis de Campo na grade curricular das faculdades. Para esse último caso estamos trabalhando na direção de criar um corpo docente para atender essa demanda em todo país. Algo que será facilitado pela equipe de 17 capacitadores já existentes, atrelada ao Departamento de Capacitação”, planeja o Coordenador Nacional do Programa, o Professor Especialista Airton Santos [CREF 5120-G/SP].
Ficou interessado? Podem fazer parte do programa os Profissionais de Educação Física que desenvolvem atividades nas áreas escolares e universitárias ligadas a modalidade; As universidades que tiverem interesse em implantar o módulo “Tênis Escolar”, como curso semestral ou com o desenvolvimento de 16 horas no Bacharelado; As empresas interessadas em adotar uma escola ou apoiar os eventos ligados ao universo escolar. Para saber mais sobre o projeto, visite o site www.cbtenis.com.br ou encaminhe sua dúvida para o e-mail pjtebrasil@gmail.com . O Tênis é fácil, divertido e saudável. É um esporte familiar e praticado por todas as idades. Podendo ser desenvolvido em vários espaços adaptados. Experimente!
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Na mídia:
Exercícios físicos para uma vida saudável Com o slogan #PratiqueEsporte #PratiqueSaúde o Ministério do Esporte vem divulgando, em suas redes sociais, mensagens que reforçam a importância das atividades físicas e esportivas para manutenção da saúde. Confira algumas das postagens!
Na publicação, a orientação do Profi ssional de Educação Física é reforçada. Bacana, não?
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E-mails para: revistaef@confef.org.br
Formação Acadêmica favorece ex-atletas no mercado de trabalho Sou Professor de Educação Física e, no momento, Diretor de Incentivo ao esporte de Rendimento do Estado de Minas Gerais. Atuo a frente dos programas estaduais Bolsa Atleta e Oficina de Esportes. Venho manifestar a satisfação com as matérias da revista e aproveito que foi solicitado o envio de experiência para possível publicação para relatar a minha. A formação acadêmica, no meu caso, auxiliou não somente na área da prática esportiva como também na de gestão. Samuel Dutra de Souza [CREF 020913-G/MG] Caro, agradecemos sua opinião sobre a revista e informamos que em breve o seu relato será compartilhado com os demais leitores.
Errata Na matéria Academias ao ar livre: Faltam Profissionais de Educação Física, na página 14 da edição 54, há um equívoco entre dois projetos distintos. A reportagem diz respeito aos Pontos de Encontros Comunitários (PECs) e não ao programa Academia da saúde, como é citado erroneamente no primeiro parágrafo. Além disso, a Portaria n.: 2.861/2013, do Ministério da Saúde, diz respeito à Academia da Saúde e, portanto, não deveria ter sido citado na matéria. Pedimos desculpas pelo erro. Avalie esta seção em confef.com/253
Ele não funciona sozinho!
O equilíbrio entre corpo e mente é um dos benefícios promovidos pela prática de exercícios físicos. A orientação do Profissional de Educação Física durante a prática é a garantia do sucesso. Sistema CONFEF/CREFs - Conselhos Federal e Regionais de Educação Física
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Em Alagoas, CREF12/PE-AL visita secretarias de saúde e educação No mês de março, a equipe de Fiscalização do CREF12/PE-AL esteve na Secretaria de Saúde de Lagoa da Canoa, em Alagoas, para passar informações a respeito da participação dos Profissionais de Educação Física no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), intervenção profissional que é restrita à formação de bacharel. A secretaria informou aos fiscais que o primeiro colocado em um concurso público, realizado no município, não assumiu o cargo por não apresentar registro no CREF12/PE-AL. Por lei, o registro no Sistema CONFEF/CREFs é obrigatório para o exercício profissional de Educação Física. A equipe ainda visitou o município de Craíbas, onde esteve na Secretaria Municipal de Saúde também para passar informações sobre a atuação dos profissionais no NASF, e na Secretaria Municipal de Educação para falar sobre Educação Física Escolar. As visitas ocorreram simultaneamente à Ação Itinerante, promovida até o dia 12/03, na cidade de Arapiraca. Fonte: CREF12/PE-AL
Prefeitura de Toledo (PR) lança edital para programa inédito Em janeiro, a Prefeitura de Toledo abriu as inscrições para o programa “Atleta na Universidade”, desenvolvido pela Secretaria de Esportes e Lazer (SMEL) do município. A iniciativa inédita pretende selecionar atletas toledanos regularmente matriculados em cursos de graduação em Educação Física para receberem uma bolsa no valor de R$400 mensais. O programa é um exemplo para que atletas, após o seu período de maior rendimento esportivo, possam atuar de maneira ética e completa, habilitando-se em Educação Física e ajudando ainda mais os futuros atletas. Fonte: CREF9/PR
Seccional MT do CREF11/MS-MT capacita técnicos da Vigilância Sanitária em Juscimeira O Presidente da Seccional Mato Grosso do CREF11/MS-MT, Carlos Alberto Eilert [CREF 000015-G/MT], esteve na cidade de Juscimeira promovendo uma capacitação aos técnicos da equipe de Vigilância Sanitária do município. O treinamento, solicitado pela Secretaria Municipal de Saúde, versou sobre o Manual de Orientações para Fiscalização Sanitária em Estabelecimentos Prestadores de Atividade Física e Afins. Apesar de não ter força de Lei, o manual serve de orientação para que as Vigilâncias Sanitárias proponham junto ao Executivo Municipal a regulamentação dos estabelecimentos, uma vez que os mesmos trabalham com o objetivo principal na prevenção e promoção da saúde dos cidadãos. Ainda na ocasião, três academias da cidade foram fiscalizadas, sendo uma interditada pela Vigilância Sanitária por não ter inscrição no Sistema CONFEF/CREFs, tampouco Responsável Técnico. Fonte: CREF11/MS-MT
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CREF2/RS firma termo de cooperação com Confederação Nacional de Kickboxing (COM FOTO) O CREF2/RS e a Confederação Nacional de Kickboxing e Full Contact do Brasil (CNKFB) firmaram, no mês de março, um termo de cooperação. A parceria tem a finalidade de fortalecer as artes marciais no estado, divulgando os projetos da Confederação e exigindo que todos que atuam na condição de Profissional Educação Física possuam registro junto ao CREF2/RS. “O kickboxing é arte marcial de alto nível e o convênio será de suma importância para o seu crescimento no Rio Grande do Sul”, avaliou Leandro da Costa [CREF 004025-P/RS], presidente da CNKFB. Para ele, a parceria respaldará o trabalho das academias e dos profissionais de kickboxing que são devidamente filiados à Confederação e registrados no Conselho. “No futuro, queremos realizar ações conjuntas de fiscalização também, para garantir que professores sem preparo técnico e academias irregulares não ofereçam treinamento da modalidade”, completou. Fonte: CREF2/RS
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Academia é interditada após ação conjunta de fiscalização em Porto Velho (RO) Uma academia localizada na região central de Porto Velho foi interditada por apresentar irregularidades durante fiscalização coletiva realizada pelo CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR, a Vigilância Sanitária (Visa), Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. A ação foi proposta pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO). O MP-RO solicitou a fiscalização de 18 academias, com relatório minucioso, fotos e informações. Destas, apenas 14 estão regulares junto ao CREF e possuem Profissionais de Educação Física trabalhando no local, mas não estão regulamentadas junto a Visa e Procon. Das academias vistoriadas, apenas uma foi denunciada por uma cliente. Segundo a junta comercial, 136 academias estão registradas em Porto Velho, entretanto, de acordo com o CREF8, apenas 99 estão registradas em todo o estado, sendo 55% na capital. A presidente da Seccional Rondônia, Juscimara Campos [CREF 000004-G/RO], informou que a ação se estenderá pelos próximos anos. Em Manaus, das quatro academias fiscalizadas pelo CREF8, três foram fechadas e uma notificada por apresentar diversas irregularidades. A ação foi realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e o Departamento de Vigilância Sanitária (Dvisa). Fonte: CREF8/AM-AC-AP-PA-RO-RR
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CREF13/BA-SE interdita cinco academias no interior baiano
Cinco academias foram interditadas durante uma ação de fiscalização em Santo Antônio de Jesus (BA) no mês de fevereiro. A Operação SAJ, liderada pelo CREF13/BA-SE, em parceria com a Polícia Militar e a Vigilância Sanitária, com o apoio da Polícia Civil, ainda flagrou duas pessoas no exercício ilegal da profissão. “Uma Operação desse nível além de enquadrar os ilegais, também serve como alerta para a população sobre a necessidade de exigir Profissionais de Educação Física capacitados para exercer as tarefas de orientação, supervisão e prescrição dos exercícios físicos. Como Conselho, temos o dever de proteger a sociedade e garantir uma melhor prestação nos serviços inerentes às atividades físicas e esportivas”, afirmou Jorge Medeiros [CREF 004115-G/BA], Supervisor do Departamento de Orientação e Fiscalização. Fonte: CREF13/BA-SE
Academia em Dourados (MS) é multada por exercício ilegal Uma academia localizada no município de Dourados (MS) foi multada pelo Ministério Público Estadual, por exercício ilegal da profissão. A indenização é pelo dano moral coletivo aos consumidores. O CREF11/MS-MT encaminhou a denúncia à 10ª Promotoria de Justiça do município, de que uma pessoa sem formação em Educação Física dava aulas de musculação no estabelecimento. Após investigação a promotoria constatou os fatos e multou o representante legal da academia. O valor da multa foi destinado ao Lar Ebenezer – Hilda Maria Correa. A Promotoria ainda formalizou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o representante do estabelecimento, obrigando-o a abster-se de contratar como Profissionais de Educação Física, pessoas que estejam em situação irregular perante o respectivo conselho da categoria. “A autuação do Ministério Público, no caso em voga, fora adotada em benefício dos consumidores douradenses, que não podem contratar os serviços de uma academia e ter aulas ministradas por professores que não estejam em situação regular ao CREF”, ressalta o Promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Luiz Gustavo Camacho Terçariol. O TAC já foi firmado inclusive, com várias academias de Dourados que foram flagradas pelo CREF11/MS-MT em situação irregular. O termo visa impedir que a conduta verificada se repita por parte das empresas, que se comprometeram perante a Promotoria de Justiça em não mais contratar profissionais que não possuam registro junto ao Conselho.
Falso professor é encaminhado à Delegacia no Espírito Santo Um homem foi encaminhando à Delegacia do município de Serra, no Espírito Santo, por exercício ilegal da profissão. O falso professor, que não tinha formação superior em Educação Física, foi flagrado à frente da sala de musculação numa academia do bairro Jardim Tropical. O flagrante foi possível graças às denúncias anônimas feitas à Seccional do CREF1/RJ-ES no estado capixaba. Ao chegar ao local, os fiscais abordaram o falso professor - que usava uniforme da academia com a designação ‘Instrutor’ estampada nas costas, e comprovaram que o mesmo não tinha habilitação na área. O homem foi encaminhado à Delegacia de Polícia, 3ª Regional da Serra, onde assinou Termo Circunstanciado comprometendo-se a comparecer em juízo quando for chamado. O estabelecimento também foi autuado por permitir o exercício ilegal, e pela ausência do registro de Pessoa Jurídica junto ao CREF1/RJ-ES, e de Responsável Técnico. A academia também não apresentou nenhum documento de legalização como CNPJ, alvará de funcionamento e contrato social, por exemplo. Fonte: CREF1/RJ-ES Avalie esta seção em confef.com/255 38
Tribunal de Justiça condena faculdade por emitir diploma sem autorização do MEC O 2º Juizado Especial Cível de Santa Maria, no Distrito Federal, condenou duas instituições de ensino superior a indenizar por danos morais uma aluna que não conseguiu tirar o título de bacharel em Educação Física porque a faculdade não tinha autorização junto ao Ministério da Educação para ofertar o curso. As instituições recorreram, mas a sentença foi mantida. De acordo com o processo, a estudante já possuía título de licenciatura no curso de Educação Física e queria tirar o título de bacharelado. Ao solicitar sua inscrição junto ao CREF7/DF, teve seu pedido negado, sob o argumento de que a instituição de ensino não teria autorização para ofertar bacharelado em, apenas no curso de licenciatura. O MEC explicou que “os cursos de Bacharelado/Licenciatura Plena puderam ser ofertados conjuntamente, de forma regular, até 15/10/2005. A partir dessa data, os cursos de licenciatura e bacharelado passaram a representar graduações diferentes”. A juíza responsável pela sentença considerou que a estudante foi induzida ao erro. “[Ela] Adquiriu o curso oferecido pelas rés com a expectativa de que, com a obtenção do grau de bacharel em Educação Física, poderia atuar em ambiente não-escolar, mediante sua inscrição no CREF”, afirmou. Fonte: G1
Secretaria de Educação de João Pessoa (PB) exige registro no CREF Os aprovados no concurso público para professor de Educação Física no município de João Pessoa (PB), de Edital nº 01/2013, que tomaram posse sem apresentar o devido registro no Sistema CONFEF/CREFs estão sendo convocados pela Secretaria Municipal do estado para que seja realizada a correção e apresentação do registro. A informação é da Assessoria Jurídica do CREF10/PB-RN, que disponibilizou a sentença confirmando a exigência do registro dos aprovados no concurso. Fonte: CREF10/PB-RN
Ação conjunta interdita estabelecimentos por falta de registro em Santa Catarina Nas últimas semanas de fevereiro, a equipe de orientação e fiscalização do CREF3/SC abordou 108 Profissionais de Educação Física e inspecionou 122 estabelecimentos que oferecem atividades físicas e/ou esportivas, prefeituras, fundações e escolas do sul, norte e oeste do estado. Na cidade de Criciúma, em ação conjunta com a Vigilância Sanitária, foram interditados dois estabelecimentos por falta de registro de Pessoa Jurídica, Alvará Sanitário e de Funcionamento. Outras duas ações conjuntas foram realizadas no período, em parceria com a Vigilância Sanitária de Araranguá e Pinhalzinho. Em Araranguá, a ação resultou na notificação de um estabelecimento por problemas de insalubridade. Fonte: CREF3/SC
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5º ENAF - Manaus Datas: 01 a 03 de maio Local: Manaus (AM) Informações | Inscrições: www.enaf.com.br 25ª Fitness Brasil Internacional Datas: 01 a 03 de maio Local: Santos (SP) Informações | Inscrições: www.fitnessbrasil.com.br 22º Congresso Europeu de Obesidade Datas: 06 a 09 de maio Local: Praga - República Checa Informações | Inscrições: eco2015.easo.org Simpósio SESC de atividades físicas adaptadas Datas: 13 a 16 de maio Local: São Carlos (SP) Informações | Inscrições: simposio@scarlos.sescsp.org.br Conexão Brasil Saúde Datas: 14 a 17 de maio Local: Goiânia (GO) Informações | Inscrições: www.conexaobrasilsaude.com.br Academias First Meeting Datas: 16 e 17 de maio Local: Rio de Janeiro (RJ) Informações | Inscrições: upgradecursos@upgradecursos.com.br 29ª JOPEF Brasil Datas: 04 a 07 de junho Local: Curitiba (PR) Informações | Inscrições: www.korppus.com.br 10º Congresso Carioca de Educação Física Datas: 05 a 07 de junho Local: Rio de Janeiro (RJ) Informações | Inscrições: www.congressocarioca.com.br 22ª Convenção Brasil Saúde Sport Fitness Datas: 11 a 14 de junho Local: Porto Alegre (RS) Informações | Inscrições: www.convencaobrasil.com.br 4º ENAF - Ribeirão Preto Datas: 19 a 21 de junho Local: Ribeirão Preto (SP) Informações | Inscrições: www.enaf.com.br Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes Datas: 23 a 26 de julho Local: São Paulo (SP) Informações | Inscrições: congresso2015@anad.org.br
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Já que envelhecer é inevitável, que seja com saúde, disposição e dignidade.
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Eleições CREFs Participe! O voto, pessoal e secreto, é direito de todos os Profissionais de Educação Física que estejam registrados nos CREFs, em dia com suas anuidades, obrigações estatutárias e tenham mais de um ano ininterrupto de efetivo registro. Você pode votar comparecendo ao seu CREF ou por correspondência, pois a cédula eleitoral é enviada ao endereço informado em seu cadastro. Por isso, é muito importante manter seus dados cadastrais atualizados! Entre em contato com seu CREF e atualize seu cadastro. Contribua para a melhoria constante da sua profissão. A partir de maio, o Regimento Eleitoral estará disponível nos portais eletrônicos dos CREFs.
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