Revista Educação Física

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ISSN 2238-8656

Órgão Oficial do CONFEF

Ano XIV • no 59 • março - 2016

CONFEF oferece programação paralela durante o 31° Congresso FIEP Unesco revisa Carta Internacional da Educação Física


Nada pode parar ninguém

FACEBOOK.COM/CAMPANHAMOVEBRASIL

CONFEF Sistema CONFEF/CREFs Conselhos Federal e Regionais de

Educação Física


Palavra do Presidente Unidade na diversidade Desde janeiro os Conselhos Regionais de Educação Física estão com novas diretorias. Neste ano também será realizada a eleição dos integrantes do Conselho Federal de Educação Física. No que pese o desenvolvimento sistemático do Sistema CONFEF/ CREFs, garantindo a representatividade dos Profissionais de Educação Física em todo o país e resguardando o direito da sociedade ser atendida em serviços de atividades físicas e esportivas por Profissional de Educação Física, surgem ameaças externas ao Sistema CONFEF/CREFs que tentam pôr em risco as conquistas e os avanços da categoria e da sociedade. Entretanto, e cada vez mais, as atividades físicas e o esporte são reconhecidos como fenômenos sociais importantes do mundo contemporâneo e responsáveis pelo desenvolvimento social em várias dimensões, o que demanda profissionais qualificados para aturar nessas áreas. Esta compreensão foi reafirmada na recente edição da Carta Internacional da Educação Física, Atividade Física e do Esporte da UNESCO (2015), quando destaca a importância da preparação dos recursos humanos para atuar na Educação Física, Atividade Física e do Esporte, de modo a garantir que os verdadeiros valores dessas práticas sejam alcançados. Para o Brasil, pode-se admitir que a mensagem da UNESCO reafirma a competência e a prerrogativa dos Profissionais de Educação Física, asseguradas na Lei 9696/98. Nesse sentido, o esforço do Sistema CONFEF/CREFs tem sido permanente, defendendo causas de grande impacto social e, muitas vezes, ainda não compreendida, totalmente, pelo conjunto da categoria. Como exemplo, a necessidade da formação superior em cursos de licenciatura e de bacharelado, ampliando a intervenção profissional e evitando que pessoas sem formação voltem a atuar no âmbito da preparação física, do esporte, do fitness, entre outros, caso se concretize a proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE), que pretende extinguir os cursos de bacharelado em Educação Física. A luta do Sistema CONFEF/CREFs também é incessante no sentido de esclarecer que as artes marciais, a capoeira, a dança, e o futebol devem ser orientadas/ministradas por Profissionais de Educação Física. Como se não bastasse tudo isso, tem-se, ainda, o embate diário com gestores da educação nacional que desconhecem, ou desvalorizam, a importância das atividades físicas no conjunto das demais disciplinas curriculares da educação básica, reduzindo o número de aulas de Educação Física e, até mesmo, tornando “professores” pessoas sem a qualificação exigida por lei. Atitudes que colocam a educação brasileira na contramão das pesquisas e dos estudos mais avançados na área e em áreas correlatas. É sabido que toda mudança de práticas estabelecidas em uma determinada área profissional, que pode, inclusive, resultar em quebra de paradigmas, requer um período de maturação e exige visão de futuro. Não se pode esquecer que o Sistema CONFEF/CREFs tem a missão de defender a sociedade e que ao fazer isso está valorizando a Profissão e os seus Profissionais. Contudo, para que isso aconteça, é preciso cultivar relações dinâmicas, fundadas na cooperação, na reciprocidade, no respeito à diversidade e na solidariedade. Ou seja, promover a unidade na diversidade. Os desafios sempre serão muitos e, por isso, as razões para lutar sempre existirão. Portanto, vamos juntos, entendendo e recorrendo às palavras de Marcus Arruda, que assim escreveu: “Em uma rede de pescador, nenhum nó está acima dos outros, nem é mais importante do que os outros. Nenhum nó pode pensar os outros nós como competidores, adversários ou inimigos. Cada nó sabe que, fazendo parte da rede, está indissoluvelmente ligado a quatro nós ao seu redor, que por sua vez estão ligados cada um a quatro outros nós, numa progressão exponencial... para formar a rede”. (Jornal do Brasil, 23/08/2005). Aproveito a oportunidade para convocar, mais uma vez, os profissionais a participarem do Censo dos Profissionais de Educação Física, uma pesquisa que irá subsidiar políticas a serem implantadas e procedimentos de fiscalização do exercício profissional do Sistema CONFEF/CREFs.

Jorge Steinhilber CREF 000002/G-RJ - Presidente CONFEF Avalie esta seção em confef.com/329


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Presidente Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice Presidente Marino Tessari 1º Secretário Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Tesoureiro Sérgio Kudsi Sartori 2º Tesoureiro Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Camilo Nacimento Carlos Alberto Oliveira Garcia Elisabete Laurindo Emerson Silami Garcia Georgios Stylianos Hatzidakis Janine Aparecida Viniski Jeane Arlete Marques Cazelato Lúcio Rogério Gomes dos Santos Luisa Parente Ribeiro R de Carvalho Márcia Regina Aversani Lourenço Roberto Jorge Saad Sebastião Gobbi Solange Guerra Bueno Teófilo Jacir de Faria Tharcisio Anchieta da Silva Valéria Sales dos Santos E Silva Wagner Domingos Fernandes Gomes

Periodicidade: trimestral Tiragem: 262.000 Distribuição gratuita Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF

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O que vem da sala de aula Inúmeros projetos de Educação Física escolar chegam até nós mês a mês. São belos e inspiradores relatos que nos fazem acreditar que a educação é, de fato, um espaço de construção e de troca de saberes. Nesta edição conheceremos dois projetos de estados vizinhos, Bahia e Espírito Santo, que, apesar de diferentes, têm em comum a criatividade e a determinação dos professores. Na Bahia, a professora Ianny Caroline se preparou bastante até implementar as aulas de tecido acrobático nas duas escolas em que dá aula. No Espírito Santo, o professor Thiago Vittorazzi introduziu o atletismo em suas aulas sem imaginar que delas poderiam surgir talentos do esporte. Veja a seguir como se deu a preparação, o desenvolvimento e os resultados de cada projeto.

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De ponta-cabeça, tecido acrobático alia exercício físico e artes circenses Fazer com que o aluno experimente uma atividade diferente, cativante e que, ao mesmo tempo, desenvolva aspectos como a sensibilidade pela expressão corporal, o trabalho de cooperação, o desenvolvimento da criatividade e a melhora da autoestima. Com esses objetivos em mente, entre muitos outros, a Profissional de Educação Física Ianny Caroline de Souza [CREF007456-G/BA] decidiu introduzir o tecido acrobático nas duas escolas em que atua. O tecido é uma modalidade aérea circense, também denominada tecido acrobático, tecido aéreo ou tecido circense. As aulas no Colégio Estadual César Borges, no município de Jequié (BA), tiveram início em 2015 a fim de oportunizar uma nova modalidade no contraturno escolar. Já na Escola Rural de Ipiúna, em Jaguaquara, onde a professora também leciona, o tecido foi trabalhado em quatro aulas regulares com cada turma. Apesar de cansativa, a professora explica que a sua rotina - que se divide em duas escolas e dois municípios vizinhos durante a semana - permite com que ela viva e aprenda diariamente com duas realidades diferentes, a urbana e a rural, possibilitando também a troca de conhecimentos e experiências das mais diversas.

“A partir disso, busquei leituras de artigos, livros, fui estudando e desenvolvendo um método de ensino que pudesse alcançar a realidade escolar, adaptando ao horário, tempo das aulas, clima e às condições de infraestrutura que eu tinha disponíveis para que as aulas fossem desenvolvidas também no ensino para crianças”, explica a professora.

Na prática: Ianny orienta aluna

De acordo com Ianny, as aulas foram elaboradas a partir da sua própria vivência no tecido, corda indiana, trapézio e pole dance, que a permitiram montar um planejamento de preparação física adequado para iniciantes e seu posterior desenvolvimento corporal.

Na prática Preparação O encontro da profissional com o tecido acrobático se deu por meio de uma oficina oferecida na semana de integração da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). A partir dessa vivência surgiu o interesse de Ianny em levar a novidade para as suas aulas. A modalidade complementaria o repertório de artes circenses que já vinha sendo desenvolvido na escola, como malabares, slackline e acrobacias em grupo. No ano anterior ao início do projeto, Ianny adquiriu o seu próprio equipamento, buscou aulas fora da cidade e se preparou fisicamente para evoluir na modalidade.

Na escola da zona rural, em Jaguaquara, os tecidos foram ancorados em árvores adequadas para a prática, já que não havia quadra para o desenvolvimento da modalidade. Na zona urbana foi um pouco mais difícil por não haver quadra coberta ou árvores por perto. Com o apoio da Uesb, no entanto, a professora pode desenvolver as aulas no espaço físico da instituição, levando e trazendo os alunos. As aulas nas duas instituições foram divididas em três momentos: preparação física (aquecimento, exercícios de força, equilíbrio

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e flexibilidade em solo e no tecido), exercícios de adaptação no tecido com um nó – que ajudam a estabelecer uma maior intimidade com a altura e as propriedades do aparelho à medida que o corpo se movimenta – e, por fim, os truques específicos da modalidade, como subidas, figuras diversas e quedas. Foram utilizados colchonetes, tecido liganete, corda e aparelho de som para os ensaios das apresentações. Para a elaboração da Mostra de Tecido Acrobático foram apresentados aos alunos vídeos e músicas de grandes espetáculos para ajudar no processo de criação. Também foi documentada, através de fotos, a evolução dos alunos. As imagens foram impressas e expostas no dia da apresentação, onde a comunidade e eles mesmos puderam conferir o resultado e o processo para se chegar até ali.

Resultados Na comunidade rural, o objetivo foi apresentar uma modalidade diferente (por se tratar de uma comunidade rural, o acesso a novidades é limitado) e oportunizar sua vivência, superação de medos e limites, permitindo ao longo do ano a elaboração de um trabalho conjunto com a ginástica rítmica, que culminou na apresentação cultural de abertura dos Jogos Estudantis Municipais de Jaguaquara. Em Jequié, o desenvolvimento da modalidade culminou em uma Mostra de Tecido Acrobático no centro da cidade no final do ano letivo. De acordo com a professora, os eventos foram motivo de muita alegria e uma injeção de autoestima tanto para os alunos quanto para a comunidade escolar como um todo. “Quanto às mudanças nos alunos, percebi um maior interesse em mostrar suas habilidades no tecido, uma alegria intensa durante a prática, um carinho especial pela escola, maior envolvimento nos projetos escolares ao longo do ano, superação de medos e limitações físicas. Eles aprenderam a confiar neles mesmos, desenvolveram um desejo grande em ajudar os colegas e ensinar aos que nunca tiveram contato com a modalidade. Também desenvolveram interesse por novas práticas e melhoraram a flexibilidade, força e resistência, o que possibilitou uma melhora também no desenvolvimento de acrobacias em solo”, comemora Ianny.

Fala, Professor! Quer trocar experiências, dar sugestão ou tirar dúvidas sobre os projetos com os professores? Entre em contato com eles: Ianny Caroline - iannycarolinems@hotmail.com Thiago Vittorazzi - thiago_fasolo@hotmail.com

Envie sua experiência Caro professor, se você tem algum projeto cujo desenvolvimento e resultado são interessantes, conte para nós da Revista Educação Física. As histórias que mais se destacaram serão publicadas nas próximas edições.

Envie os relatos para: revistaef@confef.org.br

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Aulas de atletismo inovam e ajudam a descobrir talentos em escola

e tive a certeza de que ali estava alguém que, com um pouco de treinamento individualizado, traria enormes alegrias para a escola”, conta o professor orgulhoso. Logo após o anúncio de que a modalidade estaria presente na escola, o professor começou com as aulas e treinamentos. Mesmo sem espaço e materiais apropriados, o docente improvisou e levou, também, materiais particulares. Como um monitor de frequência cardíaca para certificar-se de que as aulas eram seguras.

Com a vontade de inovar em suas aulas, gerando curiosidade e estímulo nos alunos, o professor Thiago Vittorazzi Fasolo [CREF 005699-G/ ES] decidiu introduzir o atletismo na Escola Estadual Professor Domingos Ubaldo, no Espírito Santo. A ideia de aplicar o atletismo com ênfase na corrida trouxe benefícios aos alunos e revelou verdadeiros talentos na modalidade, como explica o professor.

Os frutos de um bom trabalho Nas regionais dos Jogos Na Rede daquele ano, os alunos obtiveram bons resultados e, contaram, inclusive, com uma medalha de ouro nos 800m e uma de bronze nos 1500m. Algo inédito até então.

O professor posa ao lado do atleta revelação

“No ano de 2013 comecei a dar aula em uma escola no distrito de Cachoeiro de Itapemirim. Logo ao ingressar, resolvi oportunizar aos alunos daquela região aulas de atletismo. Como a escola fica em uma zona rural, existe uma ótima área aberta, sem prédios ou casas”, conta. Muito da ideia de Thiago veio, também, por conta da proximidade dos “Jogos Na Rede”, competição conhecida no Espírito Santo, e no qual a escola estava inscrita justamente na modalidade em que o professor decidiu dar aulas. Foi aí que o docente iniciou uma jornada desafiadora e que contou com alguns obstáculos. Thiago conta que, como a corrida era uma modalidade diferente, houve certa rejeição por parte dos alunos já que a maioria estava acostumada com os esportes coletivos nas aulas de Educação Física. Para atrair os estudantes, o professor teve que explicar detalhadamente do que se tratava o atletismo e, assim, conseguir despertar o interesse da garotada. Como os alunos não sabiam direito do que se tratava o atletismo, o professor foi de sala em sala a procura de alunos interessados em participar da competição. Um aluno em especial chamou a sua atenção. O adolescente Wisterman Oliveira, na época com 16 anos, foi um dos primeiros a demonstrar vontade em participar. O aluno respondeu, diante de toda a turma, que nunca havia treinado, mas que era ótimo em correr atrás dos bois que fugiam para os morros da propriedade onde morava, despertando risadas em toda a classe. “Todos acharam cômica aquela situação, inclusive eu, mas por um momento pude perceber a força de vontade nos olhos daquele garoto

Na etapa estadual, Wisterman - aquele aluno que havia modestamente se apresentado para as aulas de atletismo - ganhou a medalha de ouro com 10 metros de vantagem sobre o segundo colocado. “A vitória do Wisterman foi uma festa motivadora para ele, que nunca havia ido à capital, e para mim pela realização do trabalho que foi feito”, revelou o professor. Após os Jogos Na Rede, o projeto teve continuidade e o único que persistiu foi Wisterman Oliveira, que participou de apenas mais um campeonato, pois já estava com idade avançada para o próximo edital, consagrando-se bicampeão estadual. Depois disso, o jovem atleta disputou outras competições, sendo, também, vice-campeão estadual nos 5000m em uma competição oficial. A cada vitória o aluno subia mais um degrau até se tornar um atleta federado e incluído na Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT). Atualmente, o atleta recebe patrocínio e é treinado três vezes por semana por Thiago.

Planos para o futuro Hoje em dia, o professor Thiago não dá mais aulas na Escola Estadual Professor Domingos Ubaldo, mas promete levar a iniciativa para onde for. “Em 2016 mudei para a Escola Estadual Professora Hosana Salles e o pensamento agora é iniciar o projeto também aqui e descobrir novos talentos para o nosso estado”, promete.

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Responsável Técnico TEM QUE SER Profissional de Educação Física No Piauí, os estabelecimentos que descumprirem a determinação legal poderão pagar multa e até serem interditados O estado do Piauí oficializou, através da aprovação da Lei 6.760, que as academias de ginástica e demais estabelecimentos de prática esportiva só deverão funcionar sob a responsabilidade técnica de um Profissional de Educação Física devidamente habilitado. A legislação entrou em vigor em janeiro e prevê uma série de medidas de segurança no que diz respeito a prática de exercícios físicos dentro de estabelecimentos. A lei, de autoria do deputado estadual Flávio Nogueira Júnior, vale para academias de musculação e demais estabelecimentos de condicionamento físico, iniciação e prática esportiva, ensino de esportes e recreação esportiva. Em entrevista ao jornal Cidade Verde, o deputado defendeu a necessidade da orientação por profissional habilitado. “Todo mundo sabe que praticar atividade física sem o acompanhamento de um profissional é arriscado. A atividade física é benéfica à saúde, mas somente se for feita de maneira correta. Caso seja feita sem acompanhamento, sem supervisão, pode trazer prejuízos maiores. Por isso, a necessidade da elaboração da lei”, ressalta Flavio Nogueira Junior. De acordo com a nova legislação, para a frequência nos estabelecimentos torna-se obrigatório o preenchimento do Questionário de Prontidão para Atividade Física. É exigida, também, a realização de avaliação física, avaliação funcional e anamnese tanto no ingresso quanto periodicamente. Aos usuários que responderem positivamente a qualquer uma das perguntas do Questionário, será exigida a assinatura do Termo de Responsabilidade para a prática de atividade física. Espera-se a partir da criação dessa lei que os estabelecimentos possam estar sempre regulares e seguros. Leis desse tipo acabam por diminuir situações irregulares e perigosas dentro de estabelecimentos. O descumprimento da lei sujeitará o estabelecimento infrator às seguintes penalidades: advertência na primeira autuação da infração, multa na autuação seguinte, e interdição total ou parcial imediata em caso de constatação de reincidência proposital as normas, bem como a aplicabilidade de penalidades previstas em legislação específica.

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Espera-se a partir da criação dessa lei que os estabelecimentos possam estar sempre regulares e seguros. Leis desse tipo acabam por diminuir situações irregulares e perigosas dentro de estabelecimentos.

Para entender melhor sobre a legislação e os seus benefícios para o Profissional de Educação Física, a Revista Educação Física conversou com o presidente do CREF15/PI-MA, Danys Queiroz [CREF 000179-G/PI]. O conteúdo da entrevista você confere a seguir.


“A sociedade percebe, a cada dia, que a prática de exercícios físicos só será assertiva e segura se tiver o acompanhamento de um Profissional de Educação Física.”

Dannys Queiroz, presidente do CREF15/PI-MA, defende a aprovação da lei

Revista Educação Física - O que o senhor espera que seja mudado com a nova legislação? Danys Queiroz - As ações contínuas de fiscalização do CREF, em parceria com o Ministério Público Federal, vêm mudando o comportamento das instituições que trabalham prestando serviços profissionais de Educação Física. A lei vem legitimar nossas ações e nos dar mais uma ferramenta de fiscalização. Esperamos que os estabelecimentos que trabalham com exercícios físicos e atividades esportivas proporcionem um serviço de melhor qualidade visto que, por força da lei, contarão obrigatoriamente com a presença de um responsável técnico que é o Profissional de Educação Física. Revista Educação Física - O senhor acredita que a aprovação da lei é resultado do reconhecimento do Profissional de Educação Física? Danys Queiroz - Sim, a sociedade vem demonstrando a cada ano que respeita e quer o profissional lhe orientando. A necessidade de atividade física é crescente e verificamos que a sociedade percebe, a cada dia, que a prática de exercícios físicos só será assertiva e segura se tiver o acompanhamento de um Profissional de Educação Física. Revista Educação Física - Qual é a função do Responsável Técnico e por que é importante que os estabelecimentos disponham de um profissional habilitado para desempenhar essa função? Danys Queiroz - O Responsável Técnico é o Profissional de Educação Física incumbido de manter - no estabelecimento de sua responsabilidade- uma boa qualidade dos serviços oferecidos, bem como a segurança na realização de exercícios físicos e uma boa conduta ética. Cumprindo assim o seu maior papel, que é garantir um serviço de qualidade à sociedade.

Revista Educação Física - O CREF tem promovido ações de fiscalização, conscientização e/ou de combate ao exercício ilegal da profissão? Danys Queiroz - Sim, nosso departamento de fiscalização trabalha diuturnamente realizando fiscalizações em todo o estado, inclusive em parceria com o Ministério Público Estadual do Piauí, buscando não somente coibir o exercício ilegal da profissão e outras ilegalidades que podem colocar a sociedade em risco, como também orientar as instituições e profissionais. Revista Educação Física - O senhor gostaria de acrescentar algo mais? Danys Queiroz - A Educação Física como um todo vem se expandindo bastante depois de sua regulamentação como profissão, principalmente na área da saúde, onde requer um profissional qualificado e bem preparado para suprir as demandas da sociedade. A maior mostra desta realidade é o crescimento contínuo do curso de Educação Física nas faculdades e universidades do nosso estado. A Lei 6.760 está disponível para consulta em

www.confef.com/327 Quer saber mais sobre a função do Responsável Técnico? A Resolução nº 134/2007, do CONFEF, dispõe sobre a função de Responsabilidade Técnica nos estabelecimentos prestadores de serviços no campo das atividades físicas e esportivas, e dá outras providências. A íntegra do documento está disponível em www.confef.org.br/extra/resolucoes

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revisa Carta Internacional da Educação Física, da Atividade Física e do Esporte Propostas do CONFEF foram acatadas

“Com a alteração do texto, a UNESCO mantém a sua preocupação com a qualidade da Educação Física e defende, também, a questão da formação - proposta encaminhada pelo CONFEF – evitando que diletantes possam assumir o ensino e a orientação de exercícios físicos e esportivos.”

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A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou, no final de 2015, a revisão da Carta Internacional da Educação Física, da Atividade Física e do Esporte durante a 38ª Conferência-Geral da Organização. O documento, elaborado em 1978, foi revisado e aprovado em Paris, entre os dias 3 e 18 de novembro, passando a incorporar conceitos mais atuais relacionados ao direito ao esporte, a prática esportiva e a orientação qualificada. Ainda em 2014, ao tomar conhecimento através da Federação Internacional de Educação Física (FIEP) do anteprojeto de revisão do documento, o CONFEF realizou várias consultas, debates e análises e encaminhou um ofício para a Diretoria Geral da UNESCO, apresentando algumas propostas. Entre elas, destaca-se a questão do direito dos alunos e da sociedade em geral serem atendidos nos serviços de Educação Física, exercícios físicos e esportes por profissional qualificado. Foi defendida a formação convencional para prestar serviços nessa área, razão pela qual foi mantido o termo “qualificado”, assim, cada país adota sua norma legal. No Brasil, o profissional qualificado é o Profissional de Educação Física.


Diferente do que alguns atores da área do esporte no Brasil pregavam, a UNESCO sempre defendeu que a Educação Física e o esporte fossem realizadas por pessoal qualificado. Como pode ser visto no artigo 4 da Carta Internacional da UNESCO de 1978: Artigo 4. O ensino, o treinamento e a gestão da educação física e do esporte devem ser realizados por pessoal qualificado 4.1. Todas as pessoas que assumem a responsabilidade profissional pela educação física e pelo esporte devem ter a formação e as qualificações adequadas. Elas devem ser cuidadosamente selecionadas em número suficiente e devem receber formação, preliminar e avançada, para assegurar que atinjam níveis adequados de especialização.

“O ensino, o treinamento e a administração da educação física, da atividade física e do esporte devem ser realizados por pessoal qualificado”.

Com a alteração do texto, a UNESCO mantém a sua preocupação com a qualidade da Educação Física e defende, também, a questão da formação - proposta encaminhada pelo CONFEF – evitando que diletantes possam assumir o ensino e a orientação de exercícios físicos e esportivos. No preâmbulo da nova carta, no item 8 fica evidenciado que para alcançar uma Educação Física e um esporte de boa qualidade, o trabalho deve ser realizado por profissional com formação. No artigo 7 da nova Carta também ficou evidenciada a importância do Profissional de Educação Física: Artigo 7 – O ensino, o treinamento e a administração da educação física, da atividade física e do esporte devem ser realizados por pessoal qualificado. 7.1 Todos os profissionais que assumem responsabilidade técnica pela educação física, pela atividade física e pelo esporte devem ter a formação e as qualificações adequadas, bem como receber acesso contínuo ao desenvolvimento profissional. Alguns paradigmas e dogmas, no entanto, ainda precisavam ser modificados. Sobretudo o de que o esporte é um fim em si mesmo, pois quando mal orientado, o esporte pode não proporcionar benefícios às pessoas. Razão pela qual, no Brasil, para garantir o artigo 217 da Constituição, de forma segura e qualificada, foi proclamada a Lei 9.696/98.

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Por entender que o exercício físico não é um fim em si mesmo, o CONFEF propôs o uso da condicionante “pode”. Tal proposta foi consignada no novo texto tanto no preâmbulo como no artigo 2: Preâmbulo item 6: Reconhecendo também que a educação física, a atividade física e o esporte podem trazer diversos benefícios individuais e sociais, como a saúde, o desenvolvimento social e econômico, o empoderamento dos jovens, a reconciliação e a paz. No Artigo 2 ao estabelecer que a Educação Física, a atividade física e o esporte podem proporcionar benefícios:

“Outro ponto de destaque apresentado pelo CONFEF e atendido pela revisão referese à Educação Física escolar ser disciplina obrigatória em todas as séries e anos da educação escolar e ensinada por professores de Educação Física.”

Artigo 2: A educação física, a atividade física e o esporte podem proporcionar uma ampla gama de benefícios às pessoas, às comunidades e à sociedade em geral. Todos os itens desse artigo utilizam a condicionante “podem”. Ou seja, altera-se o discurso – muito ouvido na mídia – de que o esporte, por si só, proporciona benefícios às pessoas. A Carta é clara ao inserir o termo, criando a condicionante e remetendo à questão fundamental da necessidade da orientação por um profissional qualificado (Profissional de Educação Física no Brasil). Outro ponto de destaque apresentado pelo CONFEF e atendido pela revisão refere-se à Educação Física escolar ser disciplina obrigatória em todas as séries e anos da educação escolar e ensinada por professores de Educação Física. A obrigatoriedade está explícita no artigo 1 que considera a Educação Física, a atividade física e o esporte um direito fundamental de todos e no item 1.7: “... Da mesma forma, eles devem assegurar que a educação física inclusiva e de qualidade seja parte obrigatória do ensino primário e secundário...”. Quanto a ser ensinada por professor de Educação Física, fica explícito no item 4.3 do artigo 4 – Os programas de Educação Física, atividade física e esporte devem estimular a participação ao longo da vida: 4.3 ... aulas de educação física inclusivas e de qualidade, ministradas por professores de educação física qualificados, devem ser obrigatórias em todas as séries e em todos os níveis de educação. Também fica evidenciado que um dos objetivos dos programas de Educação Física é orientar, estimular e criar hábitos nos alunos para participação em atividades físicas ao longo da vida. Comprova-se, assim, que a promulgação da Lei 9.696/98 e a criação do Sistema CONFEF/CREFs atendem a proposta da UNESCO e garantem o direito da sociedade ao serviço em Educação Física, atividade física e o esporte, ensinados, orientados e ministrados por profissionais egressos de curso superior de Educação Física – Profissionais de Educação Física. É importante ressaltar que todo o trabalho de articulação junto à UNESCO foi realizado em parceria com a FIEP que, além de contribuir com a elaboração do documento, defendeu, através dos seus delegados, a proposta no Congresso Nacional. A íntegra do documento traduzido para o português está disponível em

www.confef.com/325 Avalie esta seção em confef.com/332 12


Faculdade de Desporto

da Universidade

do Porto completa Atividades como o 10º Congresso Nacional de Educação Física e o XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física são parte das comemorações Nascida em 1975, a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), em Portugal, completou quatro décadas no ano de 2015. Para quem pensa que as comemorações ficaram no ano que passou, a FADEUP mostra que não. Suas comemorações vão até setembro de 2016 e contam com muitas palestras. Entre as atividades comemorativas pelo aniversário da Faculdade destaca-se o 10º Congresso Nacional de Educação Física, o XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física, e o XVI Congresso de Ciências do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa. Pode-se dizer que todo o processo para que a instituição se tornasse o que é hoje começou em 1964, com a criação de um curso de instrutores de Educação Física. Esse curso viria a fazer parte, mais tarde, em 1969, da fundação da Escola de Instrutores de Educação Física. Hoje a FADEUP está entre as maiores escolas europeias de Educação Física, é potência no Desporto Universitário Internacional por revelar grandes atletas, e é conhecida internacionalmente por receber muitos estudantes, docentes e pesquisadores por meio de programas de Cooperação Interuniversitária. O presidente do CREF6/MG, Claudio Boschi [CREF 000003-G/ MG], cumprimenta a Faculdade de Desporto “com quem temos a

anos

honra de possuir um vínculo de afetividade e fraternidade mui honroso e parceria frutuosa”. Desde 2009, o Conselho mantém um Protocolo Específico de Colaboração Técnica, Científica e Editorial com a FADEUP.

A história da faculdade O ano de 1975, com as mudanças ocasionadas pela instauração do regime democrático em Portugal, assinala a passagem da formação em Educação Física para o ensino universitário. Assim a Escola de Instrutores de Educação Física dá lugar ao Instituto Superior de Educação Física, integrado na Universidade do Porto (criada por decreto-lei de 3 de dezembro de 1975). Uma significativa evolução acontece em 1989, com a publicação da Lei da Autonomia, que permite às universidades portuguesas o seu reordenamento, e no âmbito do qual as unidades orgânicas redefinem as suas finalidades e organização. É neste contexto que o Instituto passa a designar-se Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto (FCDEF-UP). O último passo nesta evolução registra-se em 2005, com a revisão dos Estatutos da Universidade do Porto, após a qual a faculdade adota a atual designação. Instalada desde 1997 no Polo II da U.Porto (Asprela), num complexo pensado à imagem das melhores escolas de Educação Física e Desporto a nível mundial, a FADEUP reúne hoje uma oferta abrangente de cursos de licenciatura, mestrado e doutorado. O ensino da faculdade está ainda fortemente interligado com a investigação em temas fundamentais da sociedade, como a relação da atividade física com a saúde e a promoção da qualidade de vida da população. Acesse a lista de eventos comemorativos em

www.confef.com/326 Avalie esta seção em confef.com/333 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 13


Medalha sim, diploma também! Um dos principais nomes da ginástica artística no mundo e esperança de medalha nas Olimpíadas Rio 2016, Arthur Zanetti carrega agora uma nova conquista: a graduação em Educação Física. Em agosto de 2012, Arthur Zanetti entrou para a história do esporte como o primeiro ginasta brasileiro a conquistar ouro em Jogos Olímpicos, em Londres. Esta foi apenas umas das conquistas do atleta que, entre campeonatos, treinamentos e viagens, ainda encontrou tempo para dedicar-se ao curso de Educação Física. Com muito esforço pessoal e apoio da universidade e dos colegas, Zanetti concluiu sua graduação em Educação Física na Universidade de São Caetano do Sul (USCS) no final de 2015. Trajetória - Quem iria imaginar que um conselho recebido aos sete anos de idade levaria o atual campeão olímpico e pan-americano a entrar no esporte? Foi nessa idade que Arthur Zanetti começou na ginástica artística após seguir o conselho do Profissional Sérgio Oliveira dos Santos [CREF 101587-G/SP], seu professor de Educação Física do Colégio Metodista, onde estudou na infância. Ao observar o menino, mais baixo que os outros alunos, mas ágil e com o tronco forte, o professor sugeriu aos seus pais que o levassem para fazer um teste para ginástica na Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural Santa Maria (SERC), em São Caetano do Sul (SP). Na SERC, Arthur começou a treinar com a também Profissional de Educação Física Cláudia Cobo [CREF 077450-G/SP] antes de ter o Profissional Marcos Goto [CREF 005524-G/SP] como técnico, em 1998.

O atleta e agora Profissional de Educação Física comprova ser possível treinar e obter uma formação superior, estando assim preparado para a inserção social após a carreira no esporte. Esta é uma questão que o CONFEF defende e que deveria ser instigada por todas as outras entidades esportivas, assim como na Política Nacional de Esportes. Atualmente, Zanetti se prepara arduamente para disputar os Jogos Olímpicos Rio 2016. Será que vem mais medalha pela frente? Estamos na torcida!

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Créditos: Osvaldo F./Contrapé

Ao lado de Goto, o ginasta conquistou os Jogos Olímpicos de Londres, o Mundial de Ginástica Artística, os Jogos Pan-Americanos de Toronto, entre muitos outros. A parceria de 18 anos rendeu conquistas tanto para o atleta quanto para o seu tutor, que foi eleito por duas vezes consecutivas o melhor técnico em modalidades individuais pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).


Entrevista

Créditos: Osvaldo F./Contrapé

Apaixonado por esportes, Arthur Zanetti conta em entrevista à Revista Educação Física como se deu a sua escolha pelo curso de Educação Física.

Zanetti é o atual campeão olímpico e pan-americano nas argolas

Revista Educação Física - Por que você escolheu o curso de Educação Física? Arthur Zanetti – Acho que escolhi a Educação Física pelo envolvimento que sempre tive com a área. Eu pratico ginástica desde os sete anos e, claro, cresci num ambiente de treinos e competições. Nos Jogos multidisciplinares – Sul-Americanos, Pan-Americanos, Olímpicos – aprendi a conviver com todas as modalidades. Bom, o esporte sempre esteve na minha vida e era uma escolha natural. Além da ginástica, gosto de atletismo, handebol, vôlei, de automobilismo. Torço para o São Paulo, no futebol... Enfim, gosto de vários esportes. Revista Educação Física - Como você conciliou a graduação com a rotina intensa de treinos? O esforço valeu a pena? Arthur Zanetti – Foi bem difícil conciliar as duas atividades e levei seis anos para fazer um curso de quatro. Contei com a compreensão dos professores da Universidade de São Caetano do Sul (USCS), onde me graduei, e com a ajuda dos colegas. Sempre que eu estava fora, em competições, eu tentava estudar as matérias que recebia pela internet, pelos colegas, e depois fazia as provas. Em 2015 passei meses no Rio de Janeiro atendendo a convocação da seleção brasileira de ginástica artística para o Mundial Pré-Olímpico. Foi bem difícil, mas eu estudava e fazia as provas quando vinha para São Caetano. Lembro-me de um sábado em que fiz seis provas seguidas. O professor até sugeriu que eu parasse um pouco para beber água e descansar um pouquinho. Mas valeu porque a seleção conseguiu a inédita vaga olímpica para o Brasil por equipes e eu me graduei. Revista Educação Física - Em sua opinião, a graduação prepara o atleta para a vida longe dos ginásios, gramados, entre outros?

Arthur Zanetti – Sim, é um caminho. Eu ainda não sei o que vou fazer depois da carreira de atleta na ginástica, mas acho que a formação acadêmica sempre vai somar. Revista Educação Física - Você é fonte de inspiração para muitos atletas e cidadãos no geral. Você espera que essa seja mais uma conquista a servir de inspiração? Arthur Zanetti – Acho legal ser fonte de inspiração por coisas positivas, por resultados dentro do esporte, mas o que posso dizer é que sempre procurei fazer a minha parte. A cobrança este ano está bem intensa – todos esperam medalha dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos em casa. Mas o que eu posso dizer é que a minha preparação está bem intensa. A seleção masculina está classificada, todo mundo tem esperança e eu também tenho resultado para brigar pelo bicampeonato olímpico. Mas nem eu e nem ninguém pode garantir nada porque são as Olimpíadas, um torneio que reúne simplesmente todos os melhores ginastas do mundo. Todo mundo me pergunta: você vai ganhar né? Não é bem assim. Eu vou dar o meu melhor! Vou todo dia ao ginásio, treino, dou o meu máximo para chegar na competição bem preparado e conseguir dar o meu melhor resultado. Espero que seja suficiente para eu trazer uma medalha para o Brasil.

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CONFEF oferece programação paralela durante o 31º Congresso FIEP Com temas pertinentes e atuais, os eventos promovidos pelo CONFEF fizeram sucesso entre os presentes e, também, com os internautas que puderam assistir a programação ao vivo

Com o tema “O Profissional de Educação Física na América Latina”, a cidade de Foz do Iguaçu (PR) sediou, entre os dias 9 e 13 de janeiro, um dos maiores eventos da Educação Física no país. O 31º Congresso Internacional de Educação Física, promovido pela Federação Internacional de Educação Física (FIEP), contou com o apoio do Sistema CONFEF/CREFs, da FIEP Brasil e da Casa de Educação Física da FIEP. Durante os cinco dias de evento, estudantes e profissionais de toda a América Latina participaram de cursos, apresentação de trabalhos, seminários e discussões sobre a área da Educação Física.

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Como de costume, a programação contou, ainda, com os eventos paralelos realizados pelo Sistema CONFEF/CREFs. Mais uma vez o CONFEF cumpriu a sua missão e compromisso de levar aos profissionais, estudantes e interessados na área da Educação Física, temas atuais e relevantes que impactam a sociedade e a profissão. Os temas dessa edição foram: Atividade Física na Atenção à Saúde, Justiça e Legislação Desportiva, Educação Olímpica e Educação Física Escolar. Todas as palestras foram gratuitas e transmitidas ao vivo para todo o país.


VIII Fórum de Educação Física escolar O primeiro evento paralelo contou com a presença do deputado federal Evandro Roman [CREF 000958-G/PR] e dos presidentes do CONFEF, Jorge Steinhilber, do CREF6/MG, Claudio Boschi e da Comissão de Educação Física Escolar do CONFEF, Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE]. Em sua fala de abertura, o presidente do CONFEF falou sobre a luta em defesa do direito da criança ter aulas de Educação Física escolar desde a Educação Infantil e orientada por Profissional de Educação Física. “Esse fórum tem a responsabilidade de propor o debate, a discussão, mas não só filosófica, acadêmica e pedagogicamente. Devemos aproveitar a oportunidade para levarmos ao parlamento e às instâncias superiores, as reivindicações do prejuízo que a criança tem na sua formação quando o seu direito não é contemplado”, indicou Steinhilber. O deputado Evandro Roman também reforçou a importância de efetivar as discussões em legislações. “A força está nas leis, dentro de uma resolução, de uma constituição para que o trabalho venha, realmente, a ser realizado. O resto é muito bom ideologicamente e enquanto sonho. Mas se não entrou lá, não tem como”, afirmou. A palestra “Educação Física Escolar x Inatividade e Obesidade”, realizada após a mesa de abertura, foi ministrada pelo Prof. Dr. Jorge Olímpio Bento, da Universidade do Porto, e foi muito elogiada por todos. Durante o Congresso, o deputado Evandro Roman e o professor Jorge Olímpio foram agraciados com a Comenda da Ordem da Educação Física, maior honraria entregue pelo CREF9/PR. A homenagem é feita a Profissionais de Educação Física que contribuíram de alguma forma para o crescimento da classe. O professor português foi homenageado, ainda, com o Prêmio Top FIEP na categoria “profissionais”. Evandro Roman destacou a importância da Comenda como reconhecimento da sua luta pela valorização do Profissional de Educação Física. “É um orgulho. Uma sensação de reconhecimento do Conselho Regional do qual faço parte e sou registrado, que é o CREF9/PR. É o entendimento que realmente estamos fazendo um trabalho voltado para o crescimento da profissão”, explicou.

Os professores Jorge Olímpio e Ricardo Catunda

Dep. federal Evandro Roman

VII Seminário sobre Valores do Esporte de Educação Olímpica Coordenado pelo presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, o seminário contou com a participação de importantes pesquisadores para debater o legado socioeducacional dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para tratar do assunto, a primeira palestra foi realizada pelo 1º vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Prof. Ivaldo Vieira Brandão. Além de apresentar a missão, os objetivos e legados do Comitê para os presentes, o representante apontou o planejamento, a gestão, os desafios e perspectivas do megaevento. O Prof. Ivaldo também descreveu o conceito de “teia”, utilizado pelo CPB, que foca o planejamento na base do atleta, desde as Paralimpíadas escolares, passando por campeonatos brasileiros de modalidades, até chegar ao Time Brasil Paralímpico e à Seleção Brasileira. Ele reforçou a questão do fomento e do desenvolvimento da entidade, mostrando que o planejamento do Comitê inclui a formação de técnicos e profissionais ligados ao esporte Paralímpico.

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Um dos assuntos que mais atraiu a atenção dos presentes foi o Programa de Transição de Carreira, que tem como objetivo inserir socialmente o atleta após a carreira esportiva. O projeto gerou debates e foi alvo de elogios do público. Já num segundo momento, o Prof. Alberto Martins da Costa [CREF 008038-G/MG], coordenador da Academia Paralímpica Brasileira (APB) abordou os programas, projetos e responsabilidades da entidade que é peça vital no planejamento estratégico do Comitê Paralímpico Brasileiro. Durante a apresentação ficou claro que o país vem se consolidando como potência mundial nas Paralimpíadas e que o Comitê, centrado na otimização dos recursos financeiros e na efetivação do conceito de prestação de serviço aos atletas, está preocupado com o alto rendimento e com a plena cidadania dos atletas. No segundo dia de congresso, a palestra do Prof. Dr. Ian Brittain, da Coventry University, apresentou estudos relacionados aos legados dos Jogos Paralímpicos, bem como as preocupações com a acessibilidade, inclusão social e respeito aos deficientes. O professor do Reino Unido é um estudioso do tema “Legados dos Jogos Paralímpicos”. Em seguida, foi a vez do Dr. Leonardo Mataruna [CREF 002290-G/ RJ], da Universidade de Coventry, dissertar sobre as oportunidades para os Profissionais de Educação Física no esporte paralímpico e da necessidade de aperfeiçoamento para orientar atletas com deficiência.

Prof. Dr. Leonardo Mataruna

“Ela se consolida, cada vez mais, como um processo de inserir o Profissional de Educação Física na área da saúde em todos os países da América do Sul”. Conselheiro Federal Carlos Alberto Nacimento

XIV Fórum de Educação Física do Mercosul

ternacional com a atual discussão do Conselho Nacional de Educação (que pretende excluir o Bacharelado).

A mesa de abertura do evento contou com a presença do presidente Jorge Steinhilber, do 1º vice-presidente professor João Batista Andreotti Gomes Tojal [CREF 000003G/SP], e do Conselheiro Federal Carlos Alberto Camilo Nacimento [CREF 000006-G/MG].

Em seguida, os professores Carlos Federico Ayala (Colômbia), Carlos Ramires (Argentina), Nelson Ovelar (Paraguai) e Jaime Orbenes Aravena (Bolívia) apresentaram o panorama dos seus respectivos países na Educação Física. Ao final das apresentações foi realizada uma mesa redonda com perguntas da plateia e dos internautas.

O professor Carlos Alberto apresentou a revisão da Carta Internacional da Educação Física, da Atividade Física e do Esporte, com contribuições do CONFEF, além do documento Diretrizes em Educação Física de qualidade, ambos da UNESCO. Os documentos reforçam, por vezes, a importância do conhecimento especializado, da expertise para atuar como mentor, bem como para oferecer aconselhamento e orientação profissional. O professor aproveitou a ocasião para contrapor o posicionamento in-

A Comissão do Mercosul foi instituída a partir de uma preocupação do Brasil e do CONFEF com a possibilidade de intervenção profissional em Educação Física na América do Sul. O trabalho da comissão continuou no sentido de conhecer as realidades de todos os integrantes do Mercosul. “Ela se consolida, cada vez mais, como um processo de inserir o Profissional de Educação Física na área da saúde em todos os países da América do Sul”, explicou Steinhilber.

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V Seminário de Atividade Física na Atenção à Saúde A 5ª edição do Seminário de Atividade Física na Atenção à Saúde trouxe em sua programação palestras com renomados Profissionais de Educação Física que atuam na área da saúde. Os palestrantes compartilharam experiências em programas e estudos bem-sucedidos em instituições e municípios brasileiros. A mesa de abertura foi composta pelo presidente Jorge Steinhilber, o Secretário Geral da FIEP, Claudio Augusto Boschi e o Coordenador do Seminário, Marino Tessari [CREF 000007-G/SC]. Em seguida, a mesa redonda coordenada pelo presidente do CREF6/MG, Claudio Augusto Boschi, teve a participação do Dr. Edison José Correa e da Profª Ms. Gisele Marcolino Saporetti [CREF 017539-G/MG], ambos integrantes do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (NESCON) da UFMG. Durante a palestra “Programas de Promoção da Saúde: fundamentação, conceitos, evidência e recomendações sobre a atuação do Profissional de Educação Física na Atenção Primária à Saúde”, realizada pela profissional Gisele Marcolino Saporetti, foi possível perceber historicamente como se deu a entrada do Profissional de Educação Física no campo da saúde. No dia seguinte, o seminário teve início com o relato de experiência apresentado pelo Prof. Dr. Jose Fernandes Filho. O tema foi o Programa de Cirurgia Bariátrica no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ). A palestra seguinte foi realizada pelo profissional Luiz Antonio Nunes de Assis [CREF 002091-G/PE] e abordou o “Programa Academia da Cidade do Recife: Desafios e avanços da atenção básica a média complexidade”. O profissional, que é o autor do programa, contou como o projeto pode gerar benefícios aos Profissionais de Educação Física do Recife, que hoje têm a Lei Municipal 17.400/2007 regulamentando a criação e atribuição do cargo de Profissional de Educação Física no âmbito da administração direta do município. Em um segundo momento, o palestrante integrou a mesa redonda coordenada pelo Conselheiro Federal Sebastião Gobbi [CREF 000183-G/ SP], com a participação do professor Carlos Federico Ayala Zuluaga, da Universidad de Caldas (Colômbia), que explicou o funcionamento dos programas de atividade física em seu país. O professor Gobbi também apresentou uma atualização sobre o envelhecimento no Brasil e dados sobre os programas de atividade física específicos para esta população. Houve, ainda, uma apresentação de relato feita pelo doutorando em Educação Física, Alan Moraes [CREF 004685-G/SC], e uma palestra proferida pelo professor Magnus Benetti, ambos da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

O presidente Jorge Steinhilber ao lado do coordenador da mesa, Marino Tessari

O VII Seminário de Direito e Legislação Desportiva Em sua conferência, o coordenador do Seminário, o Conselheiro Federal Angelo Vargas [CREF 000007-G/RJ] versou sobre a importância e a estruturação dos Tribunais Desportivos Pedagógicos. Neste contexto, a conferência discorreu sobre a vertente educacional do desporto nas três dimensões consagradas na Constituição da República Federativa do Brasil, nomeadamente no Desporto Educacional. O Conselheiro destacou a presença de lacunas na legislação jusdesportiva. As ocorrências de eventos no Desporto Infanto-Juvenil que normalmente seriam tipificadas, não o são por falta de uma legislação pertinente. Assim, casos de racismo e xenofobia durante as competições, não são raros de acontecer sem que medidas adotadas no sentido educativo, pós-competição, sejam tomadas. Para o pesquisador conferencista, os tribunais pedagógicos instruiriam em rito sumário tais ocorrências, possibilitando a aplicação de sanções com caráter pedagógico. Para finalizar, foi ressaltado que a referida corte constituirá o pilar fundamental do espírito da educação desportiva no Brasil.

Perdeu algum detalhe ou não pode acompanhar a transmissão online? Interessou-se por algum assunto e quer se aprofundar? Todas as palestras estão disponíveis – na íntegra – em nosso canal do Youtube. Acesse: www.youtube.com/SistemaCONFEFCREFs Avalie esta seção em confef.com/335 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 19


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Profissional de Educação Física, exerça o seu papel de cidadão e participe da luta contra o Aedes aegypti! Compartilhe com seus alunos, familiares, amigos e clientes, os cuidados necessários para combater o mosquito. Faça sua parte. Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer. Fique por dentro das orientações do Ministério da Saúde em: www.combateaedes.saude.gov.br

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Divulgação/CBV

O preparador físico bicampeão olímpico

Com a proximidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, iniciamos nesta edição uma série de entrevistas com alguns dos personagens marcantes da Educação Física que farão parte dos Jogos Rio 2016. Iniciamos com o Preparador Físico da seleção feminina de Vôlei, o Profissional de Educação Física José Elias de Proença [CREF 003318-G/SP]. O preparador físico é bicampeão olímpico e carrega na bagagem mais de 35 anos de experiência na área. Em entrevista à Revista Educação Física, José Elias indicou estar confiante nos bons resultados da seleção. Confira a seguir. Divulgação/CBV

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Entrevista Revista Educação Física - Quais são as expectativas para as Olimpíadas Rio 2016? José Elias de Proença - Pelo fato de ser no Brasil e a gente ter toda a energia convergindo a favor de que os Jogos sejam bem realizados, as expectativas são ótimas. Com relação ao Vôlei, em especial, estamos tendo toda a retaguarda para que as atletas tenham uma melhor condição de saúde e de performance para poder chegar a disputa de medalhas. E eu estou otimista com relação a esse objetivo. Revista Educação Física - Qual é a importância do Profissional de Educação Física na preparação de atletas de alto rendimento? José Elias de Proença - Toda. O trabalho de esporte é feito inteiramente pelo Profissional de Educação Física. Tanto é que a primeira solicitação que as Confederações fazem é que o profissional tenha registro no Conselho Regional de Educação Física. Isso atinge diretamente o profissional envolvido e indiretamente os profissionais que estão ligados à instituição envolvida. Revista Educação Física - De que forma os Jogos Olímpicos e Paralímpicos podem contribuir para alavancar a Educação Física nas escolas?

Revista Educação Física - O que o levou a estudar e a formar-se em Educação Física? José Elias de Proença - Eu sempre fui muito “corpo”. Quando eu era criança, no interior, ficava o tempo todo subindo em árvores, nadando no rio, colhendo frutas... Ainda na infância eu comecei a jogar futebol e fui descobrindo, aos poucos, a sua cultura, a importância do esporte para o país, e passei a entender qual era a minha vocação. O esporte era, de fato, a minha vocação e felizmente deu certo. Revista Educação Física - O senhor pode deixar um conselho para os que estão se formando e desejam atuar nesse segmento? José Elias de Proença - Hoje as culturas corporais, e o esporte como potencial entre elas, são extremamente importantes na vida das pessoas. Que os Jogos Olímpicos oportunizem, realmente, um legado tanto no incentivo da busca de atividades físicas pelas pessoas como no aperfeiçoamento do Profissional de Educação Física. Enfim, espero que esse legado possa se expandir para todos os componentes da estrutura da social, desenvolvendo oportunidades de práticas de atividades físicas como estratégia na melhoria da qualidade de vida. José Elias possui graduação em Educação Física pela Universidade de São Paulo, graduação em Psicologia pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Guarulhos, mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo e doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo.

Divulgação/CBV

José Elias de Proença - A contribuição ocorre não apenas na parte escolar como também na sociedade de um modo geral. Temos que lembrar que o esporte escolar também envolve os pais e que toda a educação escolar passa antes pela educação do lar. A ênfase do esporte como possibilidade, e o esclarecimento de como ele é importante para a qualidade de vida das pessoas, acarreta em uma alavancagem muito grande para a família e para a escola. Hoje eu vejo um movimento nas escolas em termos

de realização na parte da cultura esportiva e uma maior percepção dos alunos. A escola tem trabalhado no sentido de explorar essa cultura corporal e eu considero isso muito importante.

Divulgação/CBV

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CREF9/PR discute caminhos para

beneficiar a saúde de trabalhadores retorno enorme, pois se reduz o índice de absenteísmo. Esse custo é difícil de mensurar”, explica. Além de acarretar em um melhor desempenho profissional, a qualidade de vida do funcionário interfere diretamente na redução de ações trabalhistas. De acordo com as Leis Trabalhistas no Brasil, profissionais que sofrem lesões em ambiente de trabalho devem ser custeados pelo empregador, desde os tratamentos até eventuais pensões vitalícias.

Antonio Branco, presidente do CREF9/PR, apresenta a obra aos presentes

O evento foi realizado pelo Conselho Federal de Educação Física, através do Conselho Regional de Educação Física do Paraná, e reuniu especialistas da saúde e do direito trabalhista para debater formas de beneficiar a qualidade de vida do trabalhador No mês de março, o CREF9/PR realizou a mesa redonda “Futuro da Saúde do Trabalhador” e o lançamento do livro “Ginástica Laboral: Prerrogativa do Profissional de Educação Física”. O evento reuniu Profissionais da Educação Física, Medicina e Direito para discutir soluções que visam promover a saúde no ambiente de trabalho. O encontro reuniu mais de 100 presentes. Para as solenidades de abertura, compuseram a mesa os presidentes Jorge Steinhilber (CONFEF), Antonio Eduardo Branco (CREF9/PR), Carmen Masson (CREF2/RS), Eloir Simm (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), Clésio de Martins (Federação do Desporto Escolar do Paraná), além do vice-presidente do CREF2/RS, Lauro Ubirajara. A mesa composta em seguida foi conduzida pelo presidente da Câmara Técnica de Ginástica Laboral do CREF9/PR, Rony Tschoeke [CREF 004979-G/PR], e contou com a presença do médico especialista em saúde do trabalho, Rafaello Popa Di Bernardi, e do advogado trabalhista e Profissional de Educação Física, Rafael Nassif. A prática de atividades físicas dentro das empresas foi um dos fatores destacados como base para a promoção da saúde no ambiente de trabalho. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, todos os anos cerca de 260 milhões de trabalhadores são afastados por três dias ou mais devido a acidentes não letais e doenças relacionadas ao trabalho. Segundo levantamentos do Sistema Único de Saúde, em 2011, mais de 50 mil casos de doenças relacionadas ao trabalho foram registrados no Paraná, principalmente Lesões por Esforço Repetitivo (LER). Para o médico Rafaello Popa Di Bernardi, a prática de exercícios físicos no ambiente de trabalho, ministrados por um Profissional de Educação Física, podem reduzir estes casos e aumentar o rendimento nas empresas onde são aplicados. “O Profissional de Educação Física é o profissional indicado e formado para aplicar a atividade física em qualquer ambiente. Ao investir 15 minutos de exercícios físicos por dia em seus funcionários, tem-se um

Para o advogado trabalhista, Rafael Nassif, os custos da prevenção tendem a ser menores aos de ações trabalhistas e podem ser usados para profissionais justificarem a atuação nas empresas. “É importante que o Profissional de Educação Física saiba dos riscos causados por doenças oriundas do trabalho, inclusive na esfera econômica, para passar ao empresário. Mostrar o retorno, ainda que por essa vertente, facilita a recepção por parte dos empreendedores”, destaca Nassif. Aproveitando as discussões sobre a promoção da saúde no ambiente de trabalho, o CONFEF lançou o livro “Ginástica Laboral: Prerrogativa do Profissional de Educação Física”. A obra é resultado da colaboração entre Profissionais de Educação Física que integram as Câmaras Técnicas de Ginástica Laboral de diversos CREFs pelo país. O livro tem como objetivo defender a atuação do Profissional de Educação Física na Ginástica Laboral, apresentando a área e suas especificidades. Para o presidente do CREF9/PR e organizador do livro, Antonio Eduardo Branco, a publicação tem papel de marco regulatório. “Esse livro passa a ser um marco regulatório, mostrando como ela começou e porque é uma prerrogativa do Profissional de Educação Física. Vem para esclarecer a todos os profissionais de saúde que trabalham com a saúde do trabalhador o que é a Ginástica Laboral, para que ela serve, como se deve contratar uma empresa especializada, os cuidados a serem tomados, se os profissionais são registrados em seus CREFs e, principalmente, trata da condição dos profissionais da saúde quanto a interação dos profissionais de saúde, buscando a qualidade de vida dos trabalhadores”, explica Branco. A obra está disponível para download gratuito no portal eletrônico do CONFEF Avalie esta seção em confef.com/337

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CONFEF realiza Censo dos Profissionais de Educação Física Qual é o perfil dos Profissionais de Educação Física brasileiros? Onde atuam, quanto recebem, quantas horas trabalham. Essas e outras perguntas fazem parte do Censo dos Profissionais de Educação Física, uma pesquisa inédita que pretende traçar o perfil da profissão no país Nossa profissão tem crescido e conquistado - cada vez mais - espaços e legitimidade através da atuação competente dos Profissionais de Educação Física. No entanto, as informações a respeito dessas intervenções precisam ser permanentemente atualizadas. Pensando nisso, desde novembro de 2015 o CONFEF promove uma pesquisa inédita que pretende subsidiar políticas a serem implantadas e procedimentos de fiscalização do exercício profissional do Sistema CONFEF/CREFs. A pesquisa é composta por cinco questões subdivididas por áreas, sendo elas: Fitness, Educação, Gestão, Lazer, Esportiva e Atividade Física e Saúde. Além da área de atuação, os profissionais respondem sobre o ambiente de trabalho, o setor (privado ou público), renda mensal, carga horária de trabalho, faixa etária dos beneficiários, há quanto tempo atuam no setor, se possuem especialização e, por último, a região do país em que atuam. Mas não se assuste. O questionário é simples, direto e não demanda mais que 15 minutos para preenchê-lo. Se você ainda não participou, acesse agora mesmo www.confef.com/270 e colabore com a pesquisa. A sua participação é muito importante!

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Profissional graduado e

habilitado com mais agilidade

Recém-formada recebe diploma e Cédula de Identidade Profissional

Cédulas. A pedido das coordenações de curso, o Conselho promove palestras sobre o funcionamento do Sistema CONFEF/CREFs, levando a compreensão das atividades do Conselho e a importância da regulamentação da profissão. Parceria do CREF16/RN com Instituições de Ensino Superior (IES) promove palestras para graduandos e facilidades para o recém-formado No mês de fevereiro, 63 formandos de Educação Física da Universidade Potiguar de Natal (UnP) saíram da cerimônia de Colação de Grau já habilitados para atuar na área. No mês de março, foi a vez dos formandos da Faculdade Natalense de Ensino e Cultura (Fanec) e da Faculdade Mauricio de Nassau. Após terem recebido o Diploma de Conclusão de Curso, os graduados obtiveram as Cédulas de Identidade Profissional (CIPs) ainda na cerimônia. A facilidade é fruto de uma parceria do CREF16/RN com as Instituições de Ensino Superior do estado. Anterior ao desmembramento do CREF16/RN do antigo CREF10/PB-RN, o convênio vai além da entrega de

“Nós recebemos os graduandos para uma palestra sobre a vida profissional e apresentamos o Conselho, seus deveres como órgão de classe e a sua função como órgão de defesa da sociedade”, explica o presidente do Conselho, Francisco Borges de Araújo [CREF 001001-G/RN]. Em seguida, a Coordenação da IES encaminha ao CREF toda a documentação do formando - que é minunciosamente conferida pelo setor de Registro Profissional. Com a documentação em ordem, o CREF convoca o graduando para a assinatura e coleta da digital. A confecção da CIP é, enfim, realizada. “Fica visível nos formandos a satisfação de ter as informações sobre o Conselho esclarecidas e a certeza de ter a quem buscar quando for preciso. Assim, a parceria entre CREF e Profissional de Educação Física permanece por toda a vida”, garante Borges. Avalie esta seção em confef.com/338

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Brasil sedia Convenção

Internacional de Ciência,

Educação e Medicina no Esporte “Dizendo sim para a diversidade no Esporte” é o tema da ICSEMIS 2016 Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016 serão eventos divisores de águas no esporte brasileiro. O conceito de legado dos Jogos é algo que vem se tornando cada vez mais importante e debatido. Uma peça fundamental no processo de difusão de conhecimento e cultura esportiva como legado do Rio 2016 será a Convenção Internacional de Ciência, Educação e Medicina no Esporte (ICSEMIS 2016), que acontece a cada quatro anos sempre no país-sede das Olimpíadas. O evento será realizado na cidade de Santos entre 31 de agosto e 4 de setembro de 2016. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é a instituição organizadora do evento no Brasil. Com o tema “Dizendo sim para a diversidade no Esporte”, a Convenção contará com palestras, mesas redondas, entre outras atividades, com renomados pesquisadores da área de Ciências do Esporte do Brasil e do mundo. O esporte será ponto de convergência de conhecimento para profissionais de várias áreas do conhecimento como Educação Física, Fisioterapia, Psicologia, Medicina, Filosofia, Administração, entre outras. A organização do evento estima a participação de aproximadamente quatro mil representantes de 70 países, entre atletas, estudantes e cientistas. Ao todo, o evento reunirá cerca de dez palestrantes principais, além de 16 simpósios, durante os quais serão abordados temas como Gestão no esporte, Saúde do cérebro e atividade física, Psicologia do Esporte, Integridade e inclusão no esporte, entre outros. A Unifesp foi eleita devido ao seu potencial científico e a força na área da saúde, combinados com a infraestrutura e a relevância turística da cidade de Santos. Representantes da Unicamp, USP, UNESP e UFMG também integram a comissão organizadora. A Unifesp possui uma rede de parceiros formada por universidades, clubes esportivos, conselhos e institutos de pesquisa.

Entre eles, a USP, UNICAMP, UNESP, CELAFISCS, Santos Futebol Clube e Comitê Paralímpico Brasileiro. O CONFEF, CREF4/SP e o Centro Esportivo Virtual (CEV) também são parceiros.

História do Evento Para atender a necessidade de fluxo de conhecimento no país-sede dos Jogos Olímpicos e congregar os saberes que permeiam os cientistas do esporte, foi criado em 1971 o conceito do Congresso Pré-Olímpico. O evento é realizado no mesmo país dos Jogos Olímpicos, aproveitando que o mundo volta suas atenções para ele e os pesquisadores estrangeiros podem aproveitar para estar presentes nos Jogos Olímpicos. O evento adotou esse formato até os Jogos de 2004, quando quatro instituições: Comitê Olímpico Internacional (COI), Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Federação Internacional de Medicina do Esporte (FISM) e Conselho Internacional de Ciência do Esporte e Educação Física (ICSSPE) se uniram para realizar a Convenção Internacional de Ciência, Educação e Medicina no Esporte (International Convention on Science, Education and Medicine in Sport – ICSEMIS). Os eventos continuaram a ser realizados no mesmo formato em Guangzhou (China - 2008) e Glasgow (Escócia - 2012). Para o evento de 2016, com a saída do COI, o evento foi alocado entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Saiba mais sobre o evento no site www.icsemis2016.org

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CREF6/MG promove curso de Atenção Básica à Saúde

O curso foi oferecido em parceria com a Prefeitura de Sete Lagoas a profissionais que atuam em projetos de promoção da saúde e prevenção de doenças no município

Profi ssionais participam de dinâmica durante o primeiro módulo

Nos meses de novembro e dezembro de 2015, cerca de 80 profissionais que atuam em programas de promoção da saúde e prevenção de doenças no município de Sete Lagoas participaram do curso “Educação Física: Atenção Básica à Saúde”. A capacitação foi fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Sete Lagoas (MG) e o CREF6/MG. Desde o seu anúncio, o curso contou com grande expectativa por parte dos profissionais. Um dos conteúdos eleitos como o de maior relevância pelos Profissionais foi o que tratou sobre a Legislação do exercício

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Profissional de Educação Física e de funcionamento de estabelecimentos. A convite do presidente do CREF6/MG, Claudio Boschi, o prefeito de Sete Lagoas, Márcio Reinaldo, esteve presente - no final de 2015 – em Reunião Plenária do Conselho para apresentar os resultados da parceria. A reunião contou, ainda, com a presença do Coordenador do programa Mexa-se – Hábitos de Vida Saudável, Jaime Tolentino [CREF 000010-G/MG]. O programa tem como objetivo combater o sedentarismo da população setelagoana ao inseri-la em uma


rotina de hábitos saudáveis por meio da prática de atividade física. “Essa parceria foi de extrema importância, pois vai contribuir muito para o andamento do ‘Mexa-se’, já que os Profissionais de Educação Física são o cérebro do programa. Nós vamos estreitar essa relação o máximo possível, implementar as melhores práticas, tanto da área da saúde quanto da ação social, e fazer com que a população seja bem atendida e que todos os benefícios públicos possam ser universalizados para chegar até eles”, explicou o prefeito Márcio Reinaldo. Uma das cursistas, a Profissional de Educação Física Patrícia Monteiro [CREF 011361-G/MG] atua no programa Mexa-se e acredita que a capacitação forneceu mecanismos que vão auxiliar na condução das atividades. “Todas as informações repassadas foram muito válidas, sobre a legislação de funcionamento de estabelecimentos e exercício da profissão, direitos e deveres dos profissionais e coisas simples que devemos informar aos nossos alunos. Somos formadores de opinião, então é muito importante estarmos ligados a essas questões”, afirmou.

O prefeito de Sete Lagoas, Márcio Reinaldo ao lado do presidente do CREF6/MG, Claudio Boschi

O programa Mexa-se O Mexa-se - Hábitos de Vida Saudável é o principal programa de promoção da saúde e prevenção de doenças da Prefeitura de Sete Lagoas e atende cerca de 15 mil pessoas, por meio da prática de atividade física orientada. O programa é uma realização da prefeitura por meio da Secretaria de Esportes e Lazer, juntamente às Secretarias de Saúde, Ação Social e Educação, a partir das Estratégias de Saúde da Família (ESF). Em maio de 2015, o projeto recebeu o Prêmio Mineiro de Boas Práticas na Gestão Municipal na categoria Gestão da Saúde. O projeto contribui muito para o exercício da profissão de Educação Física ao oferecer um campo de atuação muito amplo. Os Profissionais de Educação Física realizam um intercâmbio multiprofissional, uma vez que a orientação das atividades é compartilhada com outros profissionais da saúde, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas.

“Essa parceria foi de extrema importância, pois vai contribuir muito para o andamento do ‘Mexase’, já que os Profissionais de Educação Física são o cérebro do programa”

Para atuar no programa, os Profissionais de Educação Física devem estar regularmente registrados no CREF6/MG, o que estimula e contribui para a regularização e qualidade do exercício profissional. De acordo com o presidente do CREF6/MG, Claudio Boschi, o Conselho exerce o papel de proporcionar um ganho qualitativo ao mercado de trabalho, ao promover e apoiar a formação de Profissionais de Educação Física garantindo, assim, à sociedade o direito de ser atendida nas áreas de Saúde, Atividade Física e Esportiva por profissionais habilitados. Ao realizar a parceria com a Prefeitura de Sete Lagoas no oferecimento do curso, o CREF6/MG cumpre seu objetivo. “Favorecer

a capacitação de Profissionais de Educação Física e de outros profissionais da área de Saúde para que ofereçam um serviço de qualidade à sociedade é o que move as ações do CREF6/MG. E onde houver ações que promovam a saúde e o bem-estar, o Conselho se fará presente”, reforçou Boschi.

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Conheça o

Divulgação

Com marca registrada, bolas e regras próprias, a modalidade - que propicia a inclusão - está em franca expansão

“Um jogo de todos”. É assim que o Tapembol, jogo criado no espaço escolar, de forma coletiva, é conhecido pelos seus praticantes. Isso porque facilita, por meio de suas regras, a participação efetiva de todos. O esporte criado em 2007, em Minas Gerais, pelo Profissional de Educação Física Marco Aurélio Cândido Rocha [CREF 004651-G/ MG], tem o objetivo de gerar inclusão social justamente por permitir que todas as pessoas, independente de privações físicas ou idade, possam participar. A modalidade consiste, basicamente, em dar tapas na bola trocando passes até que seja feito um gol. Seu regulamento permite até dois toques por vez, limitando em um ou dois o contato com a bola antes que ela seja passada para outro companheiro, fazendo com que cada um precise de todos. O professor conta como foi o início de tudo. A criação do esporte veio da percepção de Marco Aurélio ao notar a necessidade de um jogo que pudesse explorar a capacidade física das pessoas, sem que elas tivessem que ter habilidades específicas, como é necessário em outros esportes. “A nossa primeira oportunidade se deu em Caeté, Minas Gerais, com o apoio da Secretaria de Esporte da época, bem como de alguns professores e adeptos da cidade. Em nossa Caeté também contamos com o suporte da fábrica de bolas Musa, que acreditou no esporte desde o seu primeiro contato. Hoje estamos trabalhando na quinta geração de bolas para melhor atender as escolas e o esporte.” – conta.

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Por se tratar de um jogo onde a participação de todos é fundamental, ao limitar o número de toques individuais, todos se sentem igualmente importantes. “Aqueles que normalmente não participariam das aulas de Educação Física, passam a se sentir incluídos”, explica o Profissional.

A importância do Registro Profissional “Credibilidade. Esta palavra define a importância da habilitação em Educação Física, pois ela abriu muitas portas quando apresentamos o Tapembol. Ter o apoio do Sistema CREF/CONFEF e a graduação em Educação Física me ajudaram a tornar o esporte naturalmente agradável de praticar e a sua formatação enxuta e de fácil entendimento”.

Alcance em vários estados Desde a criação do Tapembol, a modalidade foi tomando forma e conseguindo ganhar evidência à medida que os Profissionais de Educação Física compravam a ideia de praticá-lo. Um grande marco na trajetória do esporte foi em 2014, através da Coordenação do Programa Minas Olímpica Geração Esporte, onde foi possível preparar 50 Profissionais e 150 estagiários de Educação Física. Esse curso de multiplicadores fez com que o Tapembol atingisse 100 municípios mineiros. Por meio desse acontecimento, o esporte foi ficando cada vez mais conhecido e hoje está presente também no Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Bahia; dentro de universidades e colégios.

O professor idealizador não esconde sua satisfação. “Hoje já conseguimos levar o esporte para a Fumec BH, Estácio BH, Universo BH, UIT Itaúna, UFV Florestal, UFMG, Claretiano BH e BA, UFF Niterói, Jaguariúna SP, Unipar PA, PUC Campinas, dentre outras e trabalhos na Universidade do Algarve, em Faro e na Lugosófica, em Lisboa, Portugal, gerando uma bagagem de valor inestimável, inserindo o Tapembol na área acadêmica da Educação Física”, falou. Ele agradece, ainda, pelo apoio de todos os colaboradores. “Hoje é impossível enumerar todos os parceiros que nos ajudaram a crescer e tornar o Tapembol conhecido, mas cada um que tivemos contato, quer seja por rede social, SMS, por telefone ou pessoalmente, sabem da sua importância, pois cada um contribuiu de forma incrível e isto nos fez chegar onde estamos”, agradece Marco Aurélio.

Torneios “Nossas competições começaram aqui em Minas, onde realizamos o primeiro torneio. Na ocasião pudemos ver que o Tapem (como o esporte também é carinhosamente chamado) era pra valer e que movimentou toda uma escola, colocando alunos mais aptos com os menos habilidosos, independente do seu biotipo, em uma mesma competição. Este ano estamos criando a Liga Brasileira de Tapembol, para oficializar o novo esporte, bem como associar multiplicadores e adeptos, competições, regras, bolas e tudo relacionado ao seu desenvolvimento”, disse.

Entenda a dinâmica do esporte > O Tapembol é um esporte de quadra, com seis jogadores de cada lado, onde se usa uma mão aberta, dando um toque ou dois na bola, de forma alternada e sem segurar, com o objetivo de fazer o gol; > É praticado com uma bola própria para crianças e outra para adolescentes, no mesmo espaço utilizado para realização do futsal; > A quadra tem espaço delimitado de 40x20; > No espaço delimitado existem quatro pontos de vantagem (dois em cada linha lateral da defesa e dois no ataque);

> Existem ainda, as expansões da área que são as laterais esquerda e direita do gol, onde o goleiro atua como jogador, podendo dar até dois toques na bola; > A modalidade traz ainda um espaço de vantagem de área onde a cobrança é feita por dois jogadores, somente contra o goleiro; > As equipes são compostas por seis participantes de cada lado: um goleiro, dois na defesa, um central, um apoio direito e um apoio esquerdo; > O goleiro é o principal defensor da área e articulador de jogadas.

Para saber mais sobre o esporte, acesse: www.tapembol.com.br Avalie esta seção em confef.com/341 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 31


Professor Tojal

dá nome a Seccional do

CREF4/SP

A Seccional Campinas foi nomeada em homenagem ao Conselheiro Federal João Batista Andreotti Tojal por sua trajetória dedicada ao desenvolvimento da Educação Física Um dos principais projetos do CREF4/SP nos últimos anos, a Seccional Campinas, aberta em 2015 para atender aos quase 20 mil profissionais da cidade e região, recebeu o nome de Professor Doutor João Batista Andreotti Gomes Tojal, uma das maiores referências da Educação Física no Brasil. A homenagem é uma iniciativa da nova diretoria do Conselho em reconhecimento ao trabalho relevante do Professor Doutor na Educação Física. A cerimônia de nomeação, realizada no dia 30 de janeiro, reuniu dezenas de profissionais, representantes do governo de Campinas e região e de várias instituições ligadas ao segmento, além de convidados especiais, como o diretor da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Professor

Miguel de Arruda [CREF 129534-G/SP] e o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, que integraram a mesa de honra. A paixão pela área fez o Professor Tojal construir uma carreira notável, baseada no conhecimento, e o colocou no centro dos principais movimentos que impulsionaram a Educação Física a partir do final dos anos 60, quando ingressou na Unicamp. Ao longo da sua trajetória, criou a Faculdade de Educação Física da Unicamp, da qual foi o primeiro diretor, e o curso de Bacharelado; foi um dos primeiros integrantes do CONFEF, do qual é hoje vice-presidente; participou da criação do CREF4/SP; atuou na elaboração do Código de Ética dos Profissionais de Educação Física e do Código Processual de Ética do Sistema CONFEF/CREFs, entre outras atividades.

Miguel de Arruda, João Batista Andreotti Gomes Tojal, Jorge Steinhilber e Nelson Leme da Silva Jr.

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Durante a cerimônia, o Professor Tojal resumiu em duas palavras a base do seu trabalho e da sua vida: sonhar e acreditar. “Sonho e busco realizá-lo”, pontuou. “O que tento mostrar é que em tudo que você faz existem benefícios, por mais ou menos que faça. Porém, há uma necessidade: que se faça acreditando no que você faz, com o coração. É isso que tenho feito na Educação Física”, afirmou. Para o presidente do CONFEF, a trajetória do homenageado serve de inspiração para todos os profissionais da área. “O Tojal foi professor de escola, fez mestrado e doutorado, criou uma faculdade, trabalhou pela regulamentação e a ética, construiu todo um processo e contribuiu para que a geração de hoje tivesse uma profissão regulamentada, respeitada e, com toda certeza, uma profissão fortalecida. Que eles tomem como exemplo e trabalhem com responsabilidade social e competência”, declarou Jorge Steinhilber.

O presidente do CREF4/SP, Nelson Leme, ao lado do Prof. Tojal

Diretor da Faculdade de Educação Física da Unicamp recebe Cédula de Identidade Profissional A cerimônia foi marcada, ainda, pela entrega da Cédula de Identidade Profissional (CIP) ao Diretor da Faculdade de Educação Física da Unicamp, Professor Miguel de Arruda [CREF 129534-G/SP].

“A paixão pela área fez o Professor Tojal construir uma carreira notável, baseada no conhecimento, e o colocou no centro dos principais movimentos que impulsionaram a Educação Física a partir do final dos anos 60, quando ingressou na UNICAMP.”

O professor é mestre pela Universidade de São Paulo (1990) e doutor pela Unicamp (1997). Tem experiência na área de Fisiologia, com ênfase em Fisiologia do Esforço, atuando principalmente nos seguintes temas: futebol, treinamento desportivo, avaliação física, antropometria e desempenho motor. Arruda dava aulas na Pontifica Universidade Católica de Campinas quando foi convidado a trabalhar na Unicamp pelo professor Tojal, tendo ingressado na universidade em 1988. O presidente do CREF4/SP, Nelson Leme da Silva Jr. [CREF 000200-G/SP], ressaltou o fato do diretor estar regularmente registrado no Conselho da Profissão. “Considero duas questões fundamentais com relação ao Profissional de Educação Física: a primeira, legal, pois para atuar profissionalmente é necessário estar registrado no Sistema CONFEF/ CREFs, em cumprimento à Lei 9696/98. A segunda, que é um ato de consciência profissional, pois, além de atuar regularmente, o Profissional de Educação Física contribui para a valorização e o fortalecimento da sua profissão. Neste sentido, o Professor Miguel de Arruda

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contribui significativamente para o reconhecimento da importância do Registro Profissional”. Sobre a homenagem ao Professor Tojal, Arruda indicou a necessidade de pessoas que mantenham acessa a discussão sobre a formação do Profissional de Educação Física. “A universidade cuida do ensino, ela é protagonista nos conteúdos daquilo que deve ser ensinado. Mas, ora, que relação se estabelece com a sociedade? Quem é o profissional que a sociedade está querendo? Só aquele que nós formamos? Quem faz a interlocução são os Conselhos, no caso o de Educação Física, que aponta para as necessidades de fazermos alguns ajustes em nosso projeto pedagógico, nos conteúdos programáticos, no aprofundamento do conhecimento e do ensino”, explicou.

Nova gestão do CREF4/SP inicia o ano com mais um Ciclo do Conhecimento Em 2011, o CREF4/SP criou o projeto Ciclo do Conhecimento visando incentivar o aprimoramento dos conhecimentos de profissionais registrados no Conselho por meio da realização de palestras, workshops e eventos de intercâmbio de informações. Em decorrência dos excelentes resultados aferidos ao longo desses cinco anos, em 2016 o projeto passa a ser uma ação permanente: um programa com até 90 palestras, sendo 25 na sede do Conselho em São Paulo, 10 na Seccional João Batista Tojal, em Campinas, e até 55 no interior do estado. O Ciclo é subdividido em três temáticas: Desenvolvimento de Carreira, Saúde e Educação Física Escolar. A missão é apresentar os diversos nichos de mercado para que os profissionais possam se desenvolver e conhecer os melhores caminhos a seguir na carreira, bem como proporcionar o aprofundamento de temas específicos ligados à área da saúde e às atividades na Educação Física escolar. A fim de tornar o Ciclo do Conhecimento um movimento itinerante, a parceria com Prefeituras, Instituições de Ensino Superior (IES) e entidades ligadas à área também é um dos objetivos a serem alcançados. Nelson Leme explica que o Conselho não pode ter o seu fim nele mesmo, mas deve trabalhar para resgatar a importância de nossa classe profissional.

“A fim de tornar o Ciclo do Conhecimento um movimento itinerante, a parceria com Prefeituras, Instituições de Ensino Superior (IES) e entidades ligadas à área também é um dos objetivos a serem alcançados. ”

As propostas para a nova gestão, no entanto, não param por aí. De acordo com o presidente Nelson Leme da Silva Jr., entre as metas do Conselho está a implantação de seccionais nas regiões administrativas do estado, a exemplo do que já ocorre na cidade de Campinas, garantindo a descentralização, facilitando o acesso e maior participação dos Profissionais de Educação Física junto ao CREF. “Uma de nossas metas é ouvir os profissionais de forma democrática, demonstrando não ser o Conselho uma instituição fechada e inacessível. Fundamental é a aproximação com o Profissional de Educação Física empreendedor, que visa tratar temas sobre inovação, mercado de trabalho e a importância da regulamentação da Pessoa Jurídica, com vistas à valorização profissional. Quero destacar, ainda, o importante papel do nosso Plenário, composto por vinte e oito Conselheiros que têm apoiado todo esse processo, votando sempre em prol do Profissional de Educação Física”. Acesse www.crefsp.gov.br e fique por dentro da programação do Ciclo do Conhecimento 2016. Avalie esta seção em confef.com/342 34


E-mails para: revistaef@confef.org.br

O que vem de sala de aula: Badminton nas aulas de Educação Física Show! Parabéns, Diego Jabois. A comunidade em geral te agradece. Fernando Wersdy Flor Roque [CREF 103079-G/SP]

Adoro a revista e através dela inclui o Badminton em minhas aulas e estou muito realizado, pois sabemos da rejeição inicial por parte de alguns alunos. Depois que o sinal bate e muitos pedem pra continuar a aula é extremamente gratificante. Thiago Vittorazzi Fasolo [CREF 005699-G/ES]

O que vem de sala de aula É uma honra para nós fazer parte dos belos registros que a revista tem ajudado a divulgar. De fato nos animam a buscar inovar em nossa rotina escolar e também a ver que é possível proporcionar bons espaços de aprendizagem, mesmo com poucos recursos, nos bastando um pouco de paixão, criatividade, compromisso e dedicação. Ianny Caroline M. de Souza [CREF007456-G/BA]

Jiu-Jitsu diminui evasão escolar em Manaus Muito joia a revista! Gostei da matéria da edição de dezembro sobre o meu esporte, o jiu-jitsu. Araripe Francisco de Abreu [CREF 010328-P/PR]

O Bacharelado vai acabar? Gostei da matéria que esclarece sobre a Licenciatura e o Bacharelado em Educação Física. Flávio Braga de Azevedo [CREF 024371-G/MG]

Valores Olímpicos em debate Na matéria Valores Olímpicos em debate, edição nº 57, destacamos uma das falas do bicampeão Olímpico de vôlei e membro do Comitê organizador Rio 2016, Giovane Gávio [CREF 084400-P/SP]. No entanto, por desconhecimento, não foi mencionado o nome do Profissional de Educação Física homenageado pelo ex-atleta. Durante a sua palestra, Giovane Gávio falou sobre o carinho especial que nutre pelos Profissionais de Educação Física e lembrou do seu primeiro professor de judô, o profissional Jeferson Macedo Vianna [CREF 000116-G/MG]. O professor carrega em seu currículo pessoal diversos títulos como atleta e como treinador de judô, além de ser professor e chefe do Departamento de Desportos (FAEFID) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). “Esse cara colocou uma sementinha dentro de mim. Talvez se ele tivesse sido rude, pouco inspirador, eu não viesse a ser um jogador de vôlei”, agradeceu Giovani referindo-se ao professor Jeferson Vianna. Avalie esta seção em confef.com/343 Revista EDUCAÇÃO FÍSICA | 35


CREF13/BA-SE fecha com êxito Ciclo de Cursos Gratuitos Em dezembro, o Curso de Fisiologia do Exercício Aplicada ao Treinamento de Indivíduos com Doenças Crônicas, ministrado pelo Prof. Alexandre Dortas [CREF 004550-G/ BA], encerrou com chave de ouro o Ciclo de Cursos Gratuitos de 2015 do CREF13/BA-SE. O último curso do ano, coordenado pelos Conselheiros Heitor Prates Júnior [CREF 000416-G/BA] e Eurico Gaspar [CREF 000124-G/BA], reuniu mais de 50 Profissionais de Educação Física na FAN/ NEPEX, em Feira de Santana. Com o objetivo de qualificar os Profissionais de Educação Física, somente esse ano, mais de 10 cursos gratuitos foram realizados pelo CREF13/BA-SE. Entre os municípios contemplados estiveram: Vitória da Conquista, Feira de Santana, Juazeiro, Itabuna, Jequié, Barreiras, Lauro de Freitas e Salvador, na Bahia, além de Aracaju, em Sergipe. O Ciclo de Cursos Gratuitos, que está sendo desenvolvido desde 2014, na Bahia e em Sergipe, é uma iniciativa do Sistema CONFEF/CREFs por meio do CREF13/BA-SE. Fonte: CREF13/BA-SE

CREF8/AM-AC-RO-RR amplia atuação em Roraima com a chegada de novo veículo As ações de combate ao exercício ilegal da profissão, realizadas pelo CREF8/AM-AC-RO-RR, em Roraima, ganharam um novo reforço com a chegada do primeiro veículo de fiscalização do estado. A entrega ocorreu na última semana, na capital Boa vista, em uma cerimônia que reuniu colaboradores da instituição e Profissionais de Educação Física que atuam nas ações de fiscalização. O coordenador da seccional, Izerbledison Franco de Souza [CREF 000407-G/RR], destacou a importância da aquisição. “É uma grande conquista para o Estado e uma medida que gera apoio técnico, e logístico para o trabalho de fiscalização, pois permite maior segurança aos agentes e maior capacidade de atuação das nossas atividades”, explicou. Fonte: CREF8/AM-AC-RO-RR

Assembleia Legislativa do Piauí homenageia criação do CREF15 PI/MA No mês de dezembro, no Plenário da Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI), foi realizada uma sessão solene em alusão a criação do CREF15/PI-MA. Além da participação de autoridades locais, o evento contou com a presença do Conselheiro Federal Ricardo Catunda [CREF 000001-G/CE], do presidente do CREF15 PI/MA, Danys Queiroz [CREF 000179-G/PI], além dos Conselheiros integrantes da nova regional. A referida sessão solene foi uma proposição do Deputado Estadual Marden Menezes. Fonte: CREF15/MA-PI

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Profissional de Educação Física toma posse na Secretaria de Esportes do RN A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer do Rio Grande do Norte (SEEL-RN) conta, agora, com o professor João Pessoa [CREF 000028-G/RN] como seu secretário adjunto. O Profissional de Educação Física, que é 1º vice -presidente do CREF16/RN, tomou posse em fevereiro. A cerimônia foi realizada no auditório da SEEL-RN pelo secretário de Estado do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte, Canindé de França e contou com a presença do vereador George Câmara, do presidente do CREF16/RN, Francisco Borges [CREF 001001-G/RN], do presidente do Conselho Estadual do Desporto, Roberto Cabral [CREF 000009-G/RN], da presidente da Federação Norte-Riograndense de Atletismo, Magnólia Figueiredo [CREF 001074-G/RN] e de representantes de instituições e associações ligadas ao esporte. João Pessoa agradeceu pelo reconhecimento e prometeu uma gestão compartilhada com todos os setores do esporte. “Em primeiro lugar quero dizer que a felicidade é muito grande por se sentir reconhecido e podem ter certeza que venho para prestar um serviço de qualidade com atuação em todos os setores do esporte, numa gestão compartilhada com federações, associações e escolas nos 167 municípios do Rio Grande do Norte”, garantiu. Fonte: CREF16/RN

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CREF6/MG realiza fiscalização em parceria com a Polícia Civil Em novembro, o CREF6/MG participou de uma Ação Conjunta de Fiscalização em parceria com a Polícia Civil de Caratinga (MG). A ação teve como objetivo coibir a prática do exercício ilegal da profissão e o funcionamento irregular de academias na cidade. A participação do Conselho na ação foi uma solicitação da Polícia Civil, depois que alguns processos encaminhados para a promotoria da cidade chegaram à Delegacia para abertura de inquérito. Inicialmente, a fiscalização foi direcionada aos locais indicados pela promotoria, com o intuito de auxiliar a delegacia nos inquéritos já instalados. Em seguida, agentes de fiscalização realizaram as vistorias pré-estabelecidas no cronograma de rotina do Departamento de Orientação e Fiscalização (DOF). “Considero que o ente público é um só e por isso essas parcerias deveriam ser cada vez mais constantes. Neste caso, o objetivo de proteger a sociedade de pessoas não qualificadas é atingido de forma mais eficaz. Quando aquele que está ilegal percebe que vários órgãos estão se unindo para acabar com a ilegalidade, o receio de permanecer à margem da lei fica ainda maior”, afirma o Coordenador do DOF, Willian Pimentel [CREF 012580-G/MG]. Durante a operação, dos 32 Profissionais de Educação Física fiscalizados, sete não possuíam Registro Profissional. Dos 15 estabelecimentos vistoriados, apenas sete possuíam registro no CREF. Os irregulares, Pessoa Física ou Jurídica, tiveram inquérito aberto e serão ouvidos até janeiro de 2016. Fonte: CREF6/MG

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CREF14/GO-TO interdita nove academias em 2016 Neste ano, os agentes de fiscalização percorreram as cidades de Goiás e encontraram situações irregulares como a falta de profissionais habilitados nas academias e de registro como Pessoa Jurídica por parte dessas empresas. Durante os dias de visita às academias, estagiários foram encontrados atuando sem contrato regular e fazendo o trabalho de personal trainer, também foram encontrados estabelecimentos sem Responsável Técnico registrado. Em uma das fiscalizações, os agentes também sofreram desacato. Todas essas irregularidades foram devidamente denunciadas e encaminhadas às autoridades locais. Os espaços foram interditados e os respectivos boletins de ocorrência foram lavrados. As cidades percorridas foram Goianira, Goiânia e Hidrolândia. Fonte: CREF14/GO-TO

Falso profissional é preso por exercício ilegal e suposta falsificação de documentos Um falso Profissional de Educação Física foi preso, em Petrolina, sertão de Pernambuco, após o CREF12/PE-AL receber denúncia sobre a possibilidade de falsificação de documentos e exercício ilegal da profissão. Agentes de Fiscalização e Orientação do CREF12/PE-AL estiveram em Petrolina fiscalizando os locais nos quais o indivíduo estaria atuando, sendo a Secretaria Municipal de Saúde e uma academia de ginástica. Após flagrar o indivíduo atuando irregularmente, o CREF12/PE-AL seguiu à Delegacia de Polícia Federal apresentando as provas colhidas contra o falso profissional. O CREF12/PE-AL protocolou cópia do Procedimento de Sindicância instaurado e processado pela Comissão de Ética do Conselho no Departamento da Polícia Federal. Fonte: CREF12/PE-AL

Fiscalização do CREF11/MS registra 154 autos de infração em outubro e novembro O CREF11/MS divulgou um balanço de fiscalização dos meses de outubro e novembro de 2015. Ao todo, 154 autos de infrações foram emitidos e 31 denúncias acatadas. Em outubro foram fiscalizados profissionais e academias dos municípios: Água Clara, Batayporã, Campo Grande, Inocência, Ribas do Rio Pardo, Selvíria e Taquarussu. Foram feitas 133 visitas, totalizando 90 autos de infração. Em novembro foram fiscalizadas as cidades de Brasilândia, Campo Grande e Três Lagoas, totalizando 64 autos de infração. No geral, as principais irregularidades encontradas foram profissionais e estabelecimentos sem registro, assim como acadêmicos irregulares. Fonte: CREF11/MS

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#MostreSeuCREF: Justiça decide a favor do CREF4/SP em caso de blogueiro fitness Em novembro de 2015, o CREF4/SP obteve vitória judicial contra um blogueiro sem formação na área e sem Registro Profissional que exercia a Profissão de Educação Física sem cumprir os requisitos legais. O autor da ação pretendia não se submeter à fiscalização do CREF4/SP durante suas atividades de instrução de ginástica e treinamentos funcionais. Após ter dois pedidos de liminar negados pela Justiça Federal paulista, em primeira e segunda instância, a 10ª Vara Federal Cível da Capital proferiu sentença em favor do CREF4/SP. A parte autora ainda poderá recorrer da decisão. Assim, ficou reiterado o entendimento de que pessoas sem o Registro Profissional no Sistema CONFEF/CREFs não são Profissionais de Educação Física, logo estão impedidas de orientar atividades físicas e desportivas, sob pena das sanções previstas, além de continuar sob a constante verificação por parte do Departamento de Orientação e Fiscalização do CREF. Fonte: CREF4/SP

No RJ, lei determina: Educação Física apenas com profissional especializado Foi decidido, em janeiro, que apenas Profissionais de Educação Física formados podem ministrar aulas da disciplina no âmbito escolar do estado do Rio de Janeiro. A lei 7195/16 foi sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Oficial. A norma é de autoria do deputado Gustavo Tutuca e garante prazo de até dois anos para a sua implantação gradativamente. Segundo o Subsecretário de Esporte e Lazer da Prefeitura do Rio, Marcello Barbosa [CREF 000426-G/RJ], é essencial que qualquer atividade física seja ministrada por um professor com competência necessária. “Atividade física é qualquer tipo de movimento. Já o exercício físico é uma atividade física orientada, são movimentos planejados, respeitando os estímulos apropriados para cada fase de desenvolvimento da criança ou do jovem. Não podemos deixar de dar a atenção necessária para essa fase escolar, porque se trata de um período fundamental para se formar um adulto saudável”, explica. Fonte: O Globo

Vitória da Educação Física escolar em São Paulo Atendendo aos anseios dos Profissionais de Educação Física da rede estadual de educação, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo publicou a Resolução SE 4, de 15 de janeiro de 2016, que dispõe sobre Atividades Curriculares Desportivas (ACDs) nas unidades escolares da rede pública estadual, restabelecendo o procedimento de atribuição das ACDs no processo inicial de atribuição de classes e aulas. Foi também publicada a Resolução SE 5, de 15 de janeiro de 2016, a qual estabelece que a atribuição de aulas das turmas de ACDs será efetuada juntamente com as aulas do Ensino Regular, no processo inicial e/ou durante o ano, observando critérios de habilitação e qualificação docente. Em 18 de dezembro de 2015, o presidente do CREF4/SP, Nelson Leme da Silva Junior [CREF 000200-G/SP], encaminhou ofício à Coordenação de Gestão da Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação (ver notícia), com o objetivo de expor as dificuldades enfrentadas pelos Profissionais de Educação Física em razão do procedimento de atribuição das ACDs até então regulamentado pela Resolução SE 74/2014, que agora foi revogada. Fonte: CREF4/SP

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V Conexão Brasil Saúde Internacional Datas: 12 a 15 de maio Local: Goiânia (GO) Informações: www.conexaobrasilsaude.com.br 3º ENAF – São José dos Campos/SP Datas: 13 a 15 de maio Local: São José dos Campos (SP) Informações: www.enaf.com.br 6º ENAF - Manaus/AM Datas: 26 a 29 de maio Local: Manaus (AM) Informações: www.enaf.com.br 26ª Fitness Brasil Internacional Datas: 26 a 28 de maio Local: Santos (SP) Informações: www.fitnessbrasil.com.br 30ª JOPEF Brasil Datas: 26 a 28 de maio Local: Curitiba (PR) Informações: www.korppus.com.br 11º Congresso Carioca de Educação Física Datas: 26 a 29 de maio Local: Vila da Penha (RJ) Informações: www.congressocarioca.com.br 23ª Convenção Brasil Saúde Sport Fitness Datas: 09 a 12 de junho Local: Porto Alegre (RS) Informações: www.convencaobrasil.com.br 5° ENAF - Ribeirão Preto Datas: 24 a 26 de junho Local: Ribeirão Preto (SP) Informações: www.enaf.com.br 21º Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes Datas: 28 a 31 de julho Local: São Paulo (SP) Informações: www.anad.org.br 2º Congresso Internacional de Atividade Física, Nutrição e Saúde Datas: 21 a 24 de setembro Local: Aracaju (SE) Informações: unit.br/ciafis

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A disseminação dos valores Olímpicos e Paralímpicos é o maior legado dos Jogos Rio 2016


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