Revista Educação Física

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Ano XV | n° 60 | junho - 2016

ISSN 2238-8656

Órgão Oficial do CONFEF

E D U C A Ç ÃO Profissionais de Educação Física

participam do revezamento da

Tocha Rio 2016

Relatório de Desenvolvimento Humano terá o esporte como tema pela 1ª vez


FACEBOOK.COM/CAMPANHAMOVEBRASIL

CONFEF Sistema CONFEF/CREFs Conselhos Federal e Regionais de

Educação Física


PALAVRA DO

PRESIDENTE

O segundo semestre de 2016 promete ser de muita deliberação e análise dos legados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio. Certamente ainda irão aflorar os debates a respeito do seu impacto na educação e na saúde, principalmente nesse momento em que o país atravessa uma crise moral, ética, econômica e de valores. Sempre estivemos na vanguarda da defesa dos legados socioeducacionais, que deveriam ter relevância na década esportiva pela qual o país atravessou. No entanto, até o presente momento, pouco foi apresentado nesse quesito. Pode ser que - a exemplo de outros países que sediaram os Jogos - a ficha caia apenas após a realização do evento e só então se perceba a necessidade de investir, de fato, na educação e na saúde, utilizando o esporte como ferramenta para esse fim. O Sistema CONFEF/CREFs tem defendido que os benefícios e os valores do esporte são alcançados quando o mesmo é ensinado, dinamizado e ministrado por Profissionais de Educação Física. Temos atuado incansavelmente na defesa de uma formação superior de qualidade para que

os serviços sejam prestados com segurança e excelência. Lutamos arduamente, ainda, pelo direito das crianças receberem uma Educação Física de qualidade e ministrada por Profissionais de Educação Física. Em razão das ameaças contra esse direito da sociedade, é fundamental a percepção global e o sentido de responsabilidade de cada um de nós, Profissionais de Educação Física, Sistema CONFEF/CREFs, Instituições de Ensino Superior, Sindicados, Associações, poderes executivo e legislativo. O Sistema CONFEF/CREFs terá ainda, no segundo semestre, uma grande responsabilidade pela frente: a eleição para escolha de integrantes do Conselho Federal de Educação Física. O processo deverá envolver todos os Profissionais de Educação Física. Que os valores Olímpicos: a amizade, a excelência e o respeito, assim como os valores Paralímpicos: a inspiração, a determinação, a coragem e a igualdade sejam fonte de inspiração para a sociedade como um todo e, sobretudo, para nós, Profissionais de Educação Física.

Jorge Steinhilber

EDUCAÇÃO FÍSICA

RIO 2016: O QUE VEM DEPOIS?

CREF 000002/G-RJ - Presidente CONFEF

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EDUCAÇÃO FÍSICA Presidente — Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente — João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice-Presidente — Marino Tessari 1º Secretário — Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário — Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Tesoureiro — Sérgio Kudsi Sartori 2º Tesoureiro — Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Camilo Nacimento Carlos Alberto Oliveira Garcia Elisabete Laurindo Emerson Silami Garcia Georgios Stylianos Hatzidakis Janine Aparecida Viniski Jeane Arlete Marques Cazelato Lúcio Rogério Gomes dos Santos Luisa Parente Ribeiro R de Carvalho Márcia Regina Aversani Lourenço Roberto Jorge Saad Sebastião Gobbi Solange Guerra Bueno Teófilo Jacir de Faria Tharcisio Anchieta da Silva Valéria Sales dos Santos E Silva Wagner Domingos Fernandes Gomes

SUMÁRIO

4 Relatos que inspiram

CONFEF Rua do Ouvidor, 121 – 7º andar - Centro CEP 20040-031 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275 2242-3670 / 2242-4228 comunicacao@confef.org.br www.confef.org.br Periodicidade: trimestral Tiragem: 273.000 Distribuição gratuita Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF

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Conselho Editorial João Batista Andreotti Gomes Tojal Laércio Elias Pereira Lamartine Pereira DaCosta Sérgio Kudsi Sartori Vera Lúcia de Menezes Costa Jornalista responsável — Enila Bruno - DRT/RJ 35889 Estagiária — Aimée Pereira Projeto gráfico e editoração — Jorge Ney

Encontro Nacional de Comissões

é realizado em Brasília


al

8 Congresso promove DEBATE MULTIPROFISSIONAL

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27 MOVIMENTO NA REDE

50 anos de paixão PELO ATLETISMO

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CONFEF E OAB SELAM PARCERIA

ELES ESTÃO BOMBANDO

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15 EDUCAÇÃO FÍSICA

PROPOSTA PODE ALTERAR

DCNs DE EDUCAÇÃO FÍSICA

EM SEGURANÇA

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Relatório de Desenvolvimento Humano TERÁ O ESPORTE

TOCHA RIO 2016 Profissionais de Educação Física participam do revezamento

18 Defesa pessoal

ao ar livre

24 CELEIRO DE CRAQUES

COMO TEMA PELA 1ª VEZ

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CREF10/PB realiza PARCERIA COM IES

36 Centro Esportivo Virtual completa 20 anos

E DE CIDADÃOS

26 PRESIDENTE DO CONFEF RECEBE HOMENAGEM NA CÂMARA

ESPAÇO DO LEITOR ........... 37 PANORAMAS ......................... 38 AGENDA ................................. 40


RE: Relatos que inspiram

EDUCAÇÃO FÍSICA

SUMÔ E A ARTE DOS VALORES CULTURAIS

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Símbolo de dedicação, força e destreza, o Sumô é o esporte nacional e mais popular do Japão. A cultura milenar faz parte do projeto “Lutas como forma de educação”, presente há três anos no município de Suzano, em São Paulo. O projeto, coordenado pela Profissional de Educação Física Luciana Watanabe [CREF 107179-G/SP], ocorre na Escola Manoel Vicente Ferreira Filho e conta com mais de 100 alunos participantes.

Em roda, os alunos escutam atentamente às instruções da professora

Créditos: Prefeitura Municipal de Suzano

SABE AQUELA AULA QUE FEZ SUCESSO COM A TURMA OU AQUELE PROJETO DESENVOLVIDO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE QUE FOI BEM RECEBIDO PELA POPULAÇÃO OU, AINDA, AQUELE TRABALHO APRESENTADO EM UM CONGRESSO QUE DÁ ORGULHO SÓ DE LEMBRAR? NESTA SEÇÃO, MAIS DO QUE PAUTA, O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA É QUEM A DITA ATRAVÉS DOS SEUS RELATOS DE EXPERIÊNCIA. A NOSSA INTENÇÃO É COMPARTILHAR PRÁTICAS QUE POSSAM INSPIRAR NOVOS PROJETOS DE SUCESSO. A NOSSA CAIXA DE E-MAIL ESTÁ SEMPRE ABERTA PARA HISTÓRIAS, SUGESTÕES DE PAUTA E IDEIAS


EDUCAÇÃO FÍSICA

A iniciativa da professora partiu de suas experiências com o ensino de Judô e Sumô para crianças e adultos com necessidades especiais objetivando a inclusão. Outra grande influência foi sua carreira atlética, iniciada ainda na infância. Luciana praticou Judô dos 11 aos 25 anos, tendo alcançado a faixa preta e o título de campeã sul-americana na categoria juvenil. No Sumô, praticado desde os 15 anos, a profissional conquistou mais de 15 títulos, inclusive mundiais. A longa vivência no esporte deu base para que a professora – que também é formada em Pedagogia – apresentasse um projeto de ensino da modalidade, em 2013, à Secretaria Municipal de Suzano. A Prefeitura, parceira do projeto até hoje, comprou a ideia e já no primeiro ano, Luciana conseguiu levar o esporte para 45 alunos do Ensino Fundamental. Nos anos seguintes, as aulas continuaram fazendo tanto sucesso que foi possível ofertá-las à comunidade escolar e a ex-alunos dos colégios onde o projeto era desenvolvido. Ele também foi expandido para grupos de outras séries escolares no contra turno das aulas regulares. A dinâmica da aula funciona da seguinte maneira: Primeiro os alunos assinam seus nomes e trazem a lição de casa, que gera uma roda de leitura e discussão do tema. O exercício de casa é sempre relacionado ao valor moral, respeito e humildade (valores do Sumô). Logo depois a professora realiza atividades lúdicas para aí, então, iniciar a prática do esporte. Para isso, eles vestem o mawashi (vestimenta específica da modalidade), fazem um aquecimento e iniciam os exercícios. Nessa parte da aula, a professora ensina técnicas da luta e finaliza com massagens ou alongamentos. A docente explica que, de início, um dos obstáculos à prática do Sumô era a ideia de que para participar do esporte seria necessário ter sobrepeso e que as vestimentas eram desconfortáveis. “O Sumô é um esporte pouco difundido e as pessoas o associavam à imagem dos lutadores profissionais (homens grandes que usam apenas o mawashi). Até que eu conseguisse desconstruir essa imagem e mostrar que o esporte possui diversas categorias de idade e peso e que usamos roupas por debaixo do mawashi, foi um pouco difícil”. Prova dos inúmeros ganhos conquistados através do projeto educacional é o reconhecimento da professora na cidade. Durante a passagem da Tocha Olímpica em Suzano, Luciana será responsável por carregá-la durante o trajeto.

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EDUCAÇÃO FÍSICA E MATEMÁTICA: UMA MISTURA QUE DEU CERTO

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Desde o início do ano, uma aula interdisciplinar vem chamando a atenção de crianças e adolescentes de três colégios mineiros. O projeto, elaborado pelo Profissional de Educação Física José Antônio Soares [CREF 008963-G/MG], consiste na inserção da Matemática nas aulas de Educação Física. A ideia surgiu da necessidade de promover igualdade nas competições escolares entre alunos completamente heterogêneos. As atividades são ofertadas em três unidades de ensino onde o professor leciona: Escola Estadual Celestino Nunes, Escola Estadual Dr. Edgardo da Cunha Pereira e Escola Cenecista Nossa Senhora de Fátima, em Minas Gerais. Desenvolvidas com alunos dos sete aos 17 anos de idade, as atividades são bastante flexíveis quanto à dificuldade e ao número de participantes. Para isso, José Antônio se reúne com o professor de Matemática da turma para descobrir quais são os conteúdos trabalhados em sala de aula e, assim, adaptar os exercícios. Com base nessas informações, o professor de Educação Física monta as suas aulas. Em uma das práticas, os alunos disputam uma competição de corrida bem diferente da habitual, onde já na largada inicia-se uma operação matemática. Na quadra, os cones são numerados com os possíveis resultados da equação. Ao receber uma questão, o aluno inicia a corrida até o cone que representa numericamente o resultado. As atividades incentivam e geram muitos benefícios aos praticantes, como explica o professor José Antônio. “Velocidade de reação, concentração, desenvolvimento cognitivo, cooperação, além, é claro, do benefício para o aprendizado da matemática, principalmente pelo fato do aluno precisar raciocinar sempre.”

O professor José Antônio posa ao lado dos seus alunos

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Um de seus alunos, Rafael Ferreira, que estuda no sétimo ano da Escola Estadual Celestino Nunes, afirma que a atividade tem sido fundamental para dirimir as dificuldades encontradas no raciocínio matemático, área onde há um déficit na aprendizagem nacional. “O professor desenvolve aulas que envolvem a matemática, mas, além disso, envolvem também a agilidade e concentração. Essas atividades ajudam muito a todos nós, especialmente quem tem dificuldade em matemática”, conta. Para José Antônio, trabalhar disciplinas de maneira integrada é uma excelente oportunidade de inovar em suas aulas. “Como sabemos, a Educação Física escolar tem sofrido cada vez mais um processo de “esportivização”, onde a atividade física acaba tendo um fim nela mesma. Acredito e defendo que a Educação Física escolar deva ser aproveitada de forma a acrescentar coisas boas ao aluno. Por isso, sempre tento montar atividades que o incentive a fazer algo a mais além de praticar uma atividade física. Minha intenção é que esse jovem leve algo da sala de aula para o dia a dia dele.”

Ficou curioso para saber como as aulas funcionam na prática? Assista a um dos vídeos das atividades que o professor compartilhou conosco em www.confef.com/348.

ENVIE A SUA EXPERIÊNCIA Seja em sala de aula, academia, clube ou em qualquer outra área, nós queremos conhecer a sua experiência em Educação Física. Envie o seu relato para o e-mail revistaef@confef.org.br e teremos o maior prazer em compartilhar com os demais profissionais.


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8 √ 4 1

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EDUCAÇÃO FÍSICA

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Congresso promove

DEBATE MULTIPROFISSIONAL

Créditos: Ascom/CFP

A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA DO ESPORTE PARA O RENDIMENTO ESPORTIVO FOI O TEMA DO CONGRESSO QUE REUNIU PSICÓLOGOS E PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM BELO HORIZONTE (MG)

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Congresso reúne estudantes, pesquisadores e profissionais de diversas áreas para debater a Psicologia do Esporte

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Com a presença de mais de 500 pessoas de várias partes do Brasil e do mundo, foi realizado no mês de abril, o IX Congresso Internacional e XVI Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte e do Exercício (Conbipe), que teve como tema “Esporte Olímpico e Paralímpico – A contribuição da Psicologia do Esporte para o rendimento esportivo”. Foram três dias de palestras e mesas redondas com pesquisadores, psicólogos, técnicos, preparadores físicos, atletas pertencentes a Universidades, Clubes e Clínicas. O evento foi marcado pelas discussões sobre pesquisas, tendências e práticas aplicadas à área, bem como pela aproximação entre a Educação Física e a Psicologia através dos seus respectivos conselhos profissionais.


Durante o evento, o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, e a presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Mariza Borges, participaram de uma reunião com a participação do Coordenador Geral do Evento, Franco Noce [CREF 000635-G/MG], do presidente do CREF6/MG, Claudio Boschi, e da representante do CFP em Psicologia do Esporte no Coletivo Ampliado, Luciana Ferreira, a fim de estreitar os laços entre as duas áreas. Para a presidente do CFP, a aproximação das associações ligadas à Psicologia do Esporte é essencial para que a entidade possa conhecer mais de perto o que já é realizado e quais são as demandas da área. “A Educação Física e a Psicologia do Esporte têm profissionais trabalhando no mesmo (ou muito semelhante) espaço e os conselhos têm o desafio de buscar uma forma de regulamentar esse exercício multiprofissional. Foi o início de uma discussão, ainda sem solução, mas necessária”, apontou.

“A Psicologia do Esporte só se beneficia com a união das duas áreas e isso resulta em um melhor serviço profissional à sociedade. O trabalho conjunto das duas áreas contribui para que o processo de formação dos Psicólogos e dos Profissionais de Educação Física em Psicologia do Esporte se enriqueça e não deixe lacunas, uma vez que as duas

Créditos: Ascom/CFP

áreas se complementam”

Ainda de acordo com Mariza Borges, também é importante que os dois Conselhos Federais possam discutir sobre as relações e condições de trabalho. “Isso promove uma melhoria e garante uma atuação interdisciplinar, em que os profissionais tenham também diálogo, sem ascensão de um sobre o outro, mas todos contribuindo para a melhoria do esporte e desempenho do atleta”, completa. De acordo com o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, a reunião foi um primeiro passo do que ainda está por vir. “Essa integração acontece na tentativa de se fazer futuramente um convênio e instigar a sociedade a nos trazer questões técnicas, científicas e filosóficas para que possamos formatar e reconhecer a Psicologia do Esporte como uma especialização de ambas as áreas”, disse. A aproximação entre os dois Conselhos ajudará o profissional que terá a quem recorrer dentro da entidade e a sociedade que faz uso desse serviço também será beneficiada com a capacitação da área. Claudio Boschi, presidente do CREF6/MG, também ficou satisfeito com o debate. “A Psicologia do Esporte só se beneficia com a união das duas áreas e isso resulta em um melhor serviço profissional à sociedade. O trabalho conjunto das duas áreas contribui para que o processo de formação dos Psicólogos e dos Profissionais de Educação Física em Psicologia do Esporte se enriqueça e não deixe lacunas, uma vez que as duas áreas se complementam”.

Ao final do congresso ainda foi realizada uma reunião com as duas associações apoiadoras do evento, a Associação Brasileira de Estudos em Psicologia do Esporte e do Exercício (ABEPEEx) e a Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (Abrapesp). O produtivo debate contribuiu para que o evento, de acordo com o Coordenador Geral, Franco Noce, tenha atingido plenamente os objetivos. “É um exemplo histórico. Foi uma conversa muito produtiva, pois os dois conselhos entenderam a situação da Psicologia do Esporte e se comprometeram a apoiar as associações da área. Nós estamos muito felizes com a realização do evento e temos certeza que ele ainda renderá muitos frutos”, celebra Franco Noce.

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Representantes dos dois conselhos e da ABEPEEx se reúnem durante o evento

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50 anos de paixão

PELO ATLETISMO Técnico de atletas consagrados como Terezinha Guilhermina, a cega mais rápida do mundo (marca registrada no Guiness Book), e Alan Fonteles, atleta que desbancou Oscar Pistorius (ícone do esporte paralímpico), o Profissional de Educação Física Amaury Veríssimo [CREF 003667-G/SC] é presença garantida nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Para conhecer a sua paixão pelo atletismo e trajetória no esporte, damos continuidade a série de entrevistas com os personagens marcantes da Educação Física que farão parte desse megaevento.

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ENTREVISTA

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Revista EDUCAÇÃO FÍSICA - O que o levou a estudar e a formar-se em Educação Física? Amaury Veríssimo – Eu sempre gostei de esporte desde garotinho. Eu era aquele moleque que levava a bola debaixo do braço desde o primário. Aos 10 anos de idade eu conheci o atletismo e me apaixonei. Hoje estou com 60 anos, então são 50 anos de paixão. A Educação Física sempre foi a minha primeira opção. Meus amigos sempre diziam que eu tinha jeito para ensinar, que eu parecia gostar de fazer isso. E eu acreditei. O amor pelo esporte foi o que me motivou a cursar Educação Física, a me tornar professor e, posteriormente, a trabalhar como treinador. Revista EDUCAÇÃO FÍSICA - O esporte de alto rendimento requer uma equipe multiprofissional (Psicólogo, Fisioterapeuta, Fisiologista, entre outros). De que forma o Profissional de Educação Física dialoga com esses profissionais? Amaury Veríssimo – A Educação Física nos dá o suporte necessário para dialogar com esses profissionais. Não posso dizer que é de igual para igual, pois cada um possui uma formação específica. No entan-

to, a base que eu tive na minha formação permite com que eu trabalhe com eles no mesmo nível, ou seja, com um ótimo padrão de aprendizagem e troca de informações. Revista EDUCAÇÃO FÍSICA – De que forma os Jogos Rio 2016 podem contribuir com o ensino da Educação Física escolar no país? Amaury Veríssimo - Acredito que os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos vão mostrar a importância do Profissional de Educação Física e o que ele pode fazer pelos jovens. O esporte ajuda as pessoas em uma série de fatores: melhora a autoestima, a capacidade de trabalho, além do principal que é a saúde. Quando os jovens assistirem ao exemplo de um atleta Paralímpico, que mesmo com as deficiências é capaz de fazer qualquer coisa, eles terão um exemplo motivacional muito grande. Revista EDUCAÇÃO FÍSICA – Que conselho o senhor daria para os Profissionais de Educação Física que almejam atuar no esporte de alto rendimento? Amaury Veríssimo – Sugiro que ele procure se aprimorar ao máximo, pois hoje a concorrência é grande


“Acredito que os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos vão mostrar a importância do Profissional de Educação Física e o que ele pode fazer pelos jovens. O esporte ajuda as pessoas em uma série de fatores: melhora a autoestima, a capacidade de trabalho, além do principal que é a saúde.” Em ação: Amaury orienta a velocista Terezinha Guilhermina

EDUCAÇÃO FÍSICA

em todos os aspectos. Aquele que está se formando deve, desde o início, procurar focar no segmento que deseja atuar e partir para isso. Meu conselho é: vá se especializando antes de terminar a faculdade para poder ter um know how. Quando formado, essa experiência proporcionará condições de ir à luta de igual para igual com todo mundo.

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ELES ESTÃO

BOM-BAN-DO

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A INTERVENÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA DANÇA - COM O OBJETIVO DE CONDICIONAMENTO FÍSICO - NÃO É NENHUMA NOVIDADE, MAS ESTÁ MAIS FORTE DO QUE NUNCA. NESTA EDIÇÃO, CONHECEMOS O TRABALHO DE DOIS PROFISSIONAIS QUE SÃO REFERÊNCIA QUANDO O ASSUNTO É FAZER DANÇAR

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Natural de Imperatriz, no Maranhão, Marcelo Grangeiro sempre gostou de dançar, mas nunca imaginou que o seu lazer viria a se tornar profissão no futuro. O seu talento foi descoberto ainda aos 14 anos nas domingueiras da cidade. Aos 16, começou a dar aulas de dança em uma academia, sendo convidado a participar de uma banda de forró como dançarino, onde permaneceu por três anos. Quando ele percebeu que ensinar lhe dava mais prazer do que dançar, a Educação Física surgiu em sua vida. “Eu entrei no curso de Educação Física a fim de adquirir conhecimento para ensinar as pessoas e ela foi a grande responsável pelo profissional que sou hoje. Existe um Marcelo antes e um depois da faculdade”. A partir desse momento, ele se viu na frente da grande maioria dos dançarinos e dos professores de dança que sabiam apenas dançar. Pois além de ter o conhecimento prático das danças, Grangeiro adquiriu o embasamento teórico na graduação e conhecia os caminhos para pesquisar e organizar as suas ações. “Meus amigos só pensavam em dançar e achavam que daria muito trabalho embasar e organizar tudo que sabiam. Eu sempre pensei diferente e acredito que por isso eu tenha chegado onde já cheguei, tendo a certeza que minha trajetória só esta começando”, conta.


Em 2015, Marcelo Grangeiro ficou conhecido pela conquista, ao lado da modelo e atriz Viviane Araújo, da Dança dos Famosos - quadro do Domingão do Faustão onde famosos aprendem a dançar e competem entre si. Mas essa não foi a primeira vez que o profissional participou de um desafio de alcance nacional. Em 2010, Grangeiro já havia conquistado o segundo lugar na mesma competição ao lado da atriz Sheron Menezes. Em 2009, foi campeão da “Dança Acrobática” (SBT) e do “Se vira nos 30” (Globo) ao lado da sua esposa Damyla Maria. Participou, ainda, de outros programas de TV na Rede Record e Bandeirantes. O profissional conta com um site próprio (www.marcelograngeiro.com.br) e um canal no Youtube onde é possível conhecer melhor a intervenção do Profissional de Educação Física na Dança.

MERCADO DA DANÇA

Marcelo acredita que os Profissionais de Educação Física poderiam se apropriar mais desse mercado que para ele é bastante promissor. “A dica para ter sucesso é simples: Acorde mais cedo, durma mais tarde e nunca deixe que a arrogância e a prepotência façam parte das suas ações. Se mantenha sempre estudando e ouça mais seus alunos. Aprenda sobre empreendedorismo e faça a diferença no mercado de trabalho”, aconselha.

DOS VIDEOCLIPES PARA AS ACADEMIAS DE GINÁSTICA

Ele bomba nas redes sociais, faz sucesso com as celebridades e arrasta uma multidão de adeptos pelas cidades em que passa com o Dance Clipe. Se você nunca ouviu falar sobre a modalidade, essa é a sua chance de mergulhar no universo pop que o seu criador, o Profissional de Educação Física Justin Neto [CREF 039739-G/RJ] nos convida a conhecer. A modalidade começou a criar contorno quando Justin Neto venceu um concurso nacional promovido pela academia em que trabalha - que tinha como objetivo apresentar novas ideias à empresa. Com uma aula de dança baseada em musicais da Broadway, o projeto de Justin foi o grande vencedor e o profissional foi premiado com uma viagem para Nova York. Lá, Justin assistiu a diversos musicais, visitou academias e, do caldeirão multicultural da cidade, retornou cheio de ideias e referências em mente. Foi então que ele sistematizou o Dance Clipe, uma aula inspirada no mundo dos videoclipes e dos musicais que estão em alta ou que já se tornaram clássicos.

EDUCAÇÃO FÍSICA

Créditos: Arquivo pessoal

DANÇA DOS FAMOSOS

As aulas de Justin Neto são unanimidade

entre famosa s e anônimas

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FORMAÇÃO

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Nascido em João Pessoa, na Paraíba, e há três anos no Rio de Janeiro, Justin Neto dá aulas há mais de 14 anos. O seu amor pela dança foi descoberto ainda quando criança. Na adolescência começou a levá-la mais a sério, participando de cursos, workshops, até decidir entrar no curso de Educação Física. Durante a graduação começou a se especializar na área fitness. “A dança sempre existiu na minha vida, mas depois que eu entrei no curso de Educação Física, eu comecei a pensar em uma maneira de desenvolvê-la a fim de adquirir outros benefícios, além da diversão e do prazer que ela proporciona, mas também nos seus aspectos físicos (condicionamento, coordenação, agilidade)”.

das. As pessoas não estão em busca de uma aula que queime mil calorias, por exemplo. Elas pagam por uma aula para se sentirem cuidadas, assistidas, abraçadas, envolvidas, enfim, as pessoas pagam pela experiência. É um processo de entrega muito grande e talvez por isso eu acabe me diferenciando”, explica. O sucesso é dedicado, ainda, à soma de diversos fatores: trabalho duro, entrega total, amor ao que se faz, além da busca frequente por novas emoções para os seus alunos. “Eu amo dançar, mas amo mais ainda fazer as pessoas dançarem. Isso me dá um prazer muito grande”.

Créditos: Arquivo pessoal

“Eu voltei da viagem com um propósito: Criar uma aula que tivesse a minha cara, que envolvesse o universo dos videoclipes e que, ao mesmo tempo, desenvolvesse o condicionamento físico dos alunos”, conta. O reconhecimento e o sucesso vieram muito rápidos. Em um mês de aula formatada, Justin já estava no palco do programa Encontro com Fátima Bernardes, da emissora Globo, apresentando a modalidade. Dali em diante, a sua rotina se intensificou ainda mais e, neste ano, o profissional vem visitando diversas cidades com o Dance Clipe. “Toda aula é pensada com um propósito, seja para desenvolver o condicionamento cardiovascular, a coordenação motora, a flexibilidade, ou ainda a sensualidade. O meu objetivo é que o aluno saia da aula mais feliz e mais cuidadoso com si próprio”. Esse, aliás, é um aspecto bastante valorizado nas aulas de Justin, que conquista muitos alunos pelo fator motivacional. “As pessoas estão precisando ser ajuda-


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EM SEGURANÇA

Créditos: Arquivo pessoal

PREFEITURA DE MESQUITA, NO RIO DE JANEIRO, REALIZA CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS ESCOLARES PARA PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. AS AULAS SÃO REALIZADAS PELO MENOS DUAS VEZES POR ANO AOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO tudarmos primeiros socorros durante a faculdade, a atualização é sempre necessária”, conta. Além da aula, os professores participantes realizaram a doação de sangue no Centro de Transfusão de Sangue de Nova Iguaçu, outro parceiro da ação. O objetivo, de acordo com eles, era ajudar a mais pessoas com a formação.

SOBRE O PROJETO

Nas escolas, o mais comum é que os alunos prestem atenção às aulas. Em Mesquita, município do Rio de Janeiro, as coisas funcionam um pouco diferente. Em abril, docentes da rede municipal de ensino puderam aprender noções de primeiros socorros no ambiente escolar para lidar com situações de risco do dia a dia. A atividade aconteceu no auditório do Hospital das Clínicas de Mesquita, um dos parceiros da ação. A aula foi ministrada a 55 professores, desses, 24 Profissionais de Educação Física. A coordenadora de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação, Waleska Rangel [CREF 004995-G/RJ], foi a responsável pelos ensinamentos. “Apesar de termos aprendido alguns cuidados básicos, também mencionei condutas que devem ser tomadas em caso de acidentes que são específicos das escolas”, explicou Waleska. Para a Profissional de Educação Física Aline Alvernaz [CREF 022510G/RJ], o encontro foi de extrema utilidade. “Tratamos de situações recorrentes dentro da escola, principalmente nas aulas de Educação Física onde podem ocorrer quedas, batidas e pequenos cortes. Uma atuação correta diante deste tipo de situação minimiza problemas futuros e garante a segurança de nossos alunos e a nossa. O que foi enfatizado neste encontro é que a melhor atuação é a prevenção do acidente. E para nós, Profissionais de Educação Física, apesar de es-

EDUCAÇÃO FÍSICA

Professores participam de formação complementar

A iniciativa surgiu em 2015, advinda de algumas angústias dos professores que não sabiam o que fazer quando ocorriam determinados acidentes no ambiente escolar. Por conta da cultura organizacional da escola, algumas decisões nestes momentos são tomadas levando-se em conta o senso comum e não o que é o mais indicado para prevenir futuras lesões ou evitar a morte do acidentado. São essas as situações que a formação pretende evitar. As aulas são ofertadas pela Prefeitura de Mesquita através da Secretaria Municipal de Educação aos professores pelo menos duas vezes ao ano. Os profissionais aprendem as noções de primeiros socorros para que se sintam confiantes na hora que precisarem praticar alguma manobra. O objetivo principal é discutir e orientar o profissional sobre a melhor forma de prevenir, evitar e cuidar das 15 lesões dos estudantes.


Tocha Rio 2016 Profissionais de Educação Física participam do revezamento

EDUCAÇÃO FÍSICA

PAZ, UNIÃO E AMIZADE. A REPRESENTAÇÃO DESSES TRÊS VALORES É TRANSMITIDA POR MEIO DA TOCHA OLÍMPICA, SÍMBOLO ESSENCIAL DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016. INCLUSIVE SEU DESIGN REVELA ELEMENTOS DA BRASILIDADE COMO DIVERSIDADE HARMÔNICA, ENERGIA CONTAGIANTE E NATUREZA EXUBERANTE. A TOCHA RIO 2016, COMO É CHAMADA, ESTÁ SENDO CONDUZIDA POR TODO O BRASIL, ENVOLVENDO O PAÍS NO CLIMA AMISTOSO GERADO PELO EVENTO, QUE DESPERTA AS ATENÇÕES DO MUNDO INTEIRO.

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Em 95 dias, 12 mil pessoas participam do revezamento da Tocha, em mais de 300 cidades e 27 estados do país. Dentre esses condutores, estão incluídos Profissionais de Educação Física que fazem a diferença em suas cidades Os condutores selecionados levam a chama por cerca de 200 metros – chama esta que foi acesa na Grécia – e revezam até que ela chegue a seu destino final: a cerimônia de abertura, no Maracanã, onde a pira olímpica é acesa, dando início aos Jogos. Eles foram escolhidos a partir de quatro campanhas diferentes promovidas pelo Comitê Rio 2016, pela Coca-Cola, Nissan e Bradesco, patrocinadores oficiais do revezamento. Um dos selecionados foi o presidente da Seccional do CREF13/BA-SE, Gilson Doria Leite Filho [CREF 000011G/SE]. Mesmo na chuva, o presidente carregou, com entusiasmo, o símbolo olímpico pelo percurso em Aracaju, que começou na Colina de Santo Antônio. Representando a sociedade goiana, o presidente do CREF14/GO-TO Jovino Oliveira Ferreira [CREF 000598-G/GO] e o Conselheiro Paulo Maia Brasil [CREF 001724-G/GO], conduziram a tocha nas cidades de Goiânia e Anápolis, respectivamente. Outro integrante do revezamento foi o Conselheiro do CREF4/SP e ex-atleta, Humberto Panzetti [CREF 025446-G/SP]. A professora e Conselheira do CREF11/MS foi mais uma escolhida. Mariza Araújo [CREF 001680G/MS] fez parte da cerimônia na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul. No mesmo estado, o professor do Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), Rogério Montes [CREF 000100-G/MS] também foi selecionado. Ele criou e lidera há mais de 20 anos o grupo Ginasloucos, que mistura esporte com espetáculo em enterradas de basquete que são praticamente artísticas. No Mato Grosso, o professor e presidente da Federação de Xadrez de Mato Grosso e do Município de Campo Novo do Parecis, Cleiton Marino Santana [CREF 002072-G/MT], teve a sua participação na passagem da Tocha pela cidade de Cuiabá. Professora de Educação Física há mais de 50 anos, sendo a primeira formada na área a atuar em Aracati (CE), Haydée de Sena [CREF 000769-G/CE] foi mais uma das condutoras. Na época da seleção, ela foi internada devido a um derrame pleural. No entanto, uma campanha encabeçada por ex-alunos mobilizou a população para que ela pudesse participar da celebração.

Campo Novo do Parecis (MS)

Em Alagoas, a professora de Educação Física Eládia Braga [CREF 001389-G/AL] participou do revezamento no município de São Miguel dos Campos. O professor Higor Vinícius Spineli [CREF 002373-G/AL] é mais um dos profissionais que fizeram parte do revezamento em Maceió. Ele faz parte de um projeto com adolescentes na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde descobre talentos no mundo do esporte. Durante a passagem da Tocha Olímpica em Suzano, em São Paulo, a Profissional Luciana Watanabe [CREF 107179-G/SP] foi responsável por carregar o símbolo de


Profi ssionais assistem à cerimônia na Paraíba

Aracaju (SE)

maior destaque da celebração das Olimpíadas. Ela coordena o projeto “Lutas como forma de educação”, presente há três anos em escolas do município paulista, com aulas de Sumô. Também representante das Artes Marciais, Sebastião Gonçalves da Cunha [CREF 003119G/MG], professor de Educação Física e Karatê (faixa preta godan), pós-graduado em Fisiologia do Esporte e na área escolar, foi escolhido para a celebração mineira do revezamento da Tocha. O Prof. Dr. Paulo Ernesto Antonelli [013000 G/MG] também conduziu a tocha em Minas Gerais. Paulo foi atleta de basquete e professor em Palmas por vários anos. Recebe destaque a participação do CREF10/PB durante a cerimônia na Paraíba. Muitos profissio-

São Miguel dos Campos (AL)

nais participaram, com entusiasmo, do momento solene. Eles puderam acompanhar a ocasião simbólica logo após terem recebido a orientação de seus Conselheiros Karinne Costa [CREF 001114-G/ PB] e Álvaro Faria [CREF 001082-G/PB], que incentivaram a participação dos Profissionais de Educação Física na cidade. Após o fechamento da matéria, em 30/06, muitos outros profissionais de Educação Física tiveram a honra de fazer par te da solenidade. Por essa razão, daremos continuidade à cobertura na próxima edição. O Conselho Federal de Educação Física parabeniza a todos pela par ticipação e engajamento em um momento de ta- 17 manha repercussão internacional. EDUCAÇÃO FÍSICA

Goiânia e Anápolis


Defesa pessoal

ao ar livre

NA CONTRAMÃO DO SEDENTARISMO, AULAS DE DEFESA PESSOAL TÊM GERADO, ALÉM DA SEGURANÇA PESSOAL, SAÚDE E BEM-ESTAR PARA IDOSOS NO RIO DE JANEIRO

EDUCAÇÃO FÍSICA

À beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, os alunos acompanham os movimentos do professor Wilson Serdello

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Eles têm um passado cheio de histórias e um futuro inteiro pela frente, são ativos, cheios de disposição e estão cada vez mais preocupados com a saúde. Assim podemos definir grande parte da população de idosos no Brasil. Atentos à essa parcela da sociedade que só tende a crescer (de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil “Com movimentos corporais chegará ao ano de 2050 com 25% de sua população idosa), os Profissionais de Educação Física Carlos Alberto do Nascimento estruturados e planejados, [CREF 040683-G/RJ] e Wilson Serzedello [CREF 025935-P/RJ] deas aulas possibilitam aos senvolveram uma metodologia de ensino de defesa pessoal para a melhor idade. idosos uma melhora em A iniciativa dos profissionais, integrantes da Assessoria diversas aptidões: agilidade, Multiesportiva Vida Saudável, surgiu em 2015 com o objeticoordenação motora, vo de promover ações preventivas e instruir os idosos a agir equilíbrio e concentração.” diante de situações de risco. As atividades ocorrem à beira de um dos mais belos cartões portais do Rio de Janeiro, a Lagoa Rodrigo de Freitas. Com movimentos corporais estruturados e planejados, as aulas possibilitam aos idosos uma melhora em diversas aptidões: agilidade, coordenação motora, equilíbrio e concentração. O treinamento funcional, base-


ado em movimentos naturais como levantar, agachar, correr ou empurrar, realizados com intervalos intercalados de intensidade moderada e períodos de esforço máximo, muitas das vezes próximos da ginástica calistênica (atividade que foca na resistência física), proporciona o fortalecimento muscular e a melhora do condicionamento físico. Alguns objetos são utilizados também, como elásticos tensores, cordas navais, bambolês e pesos de musculação. Além disso, o trabalho desenvolvido tem como foco tratar o equilíbrio emocional dos alunos. “Nosso trabalho vai além de ajudá-los a desenvolver aptidões físicas, nossa principal intenção é fazer com que eles possam ter, também, saúde emocional através dos exercícios físicos”, diz Wilson Serzedello.

“Nosso trabalho vai além de ajudá-los a desenvolver aptidões físicas, nossa principal intenção é fazer com que eles possam ter, também, saúde emocional através dos exercícios físicos.”

De acordo com Carlos Alberto, um dos professores do projeto, o seu principal papel como Profissional de Educação Física é gerar benefícios aos alunos, de forma que a vida deles possa melhorar em uma série de aspectos importantes. “A intervenção do Profissional de Educação Física atua basicamente em promover a saúde, bem estar físico, mental e melhora da qualidade de vida dos participantes.” Para a aluna Ivonete Brandão, que começou a atividade há quatro meses, os benefícios são inúmeros. Ela conta, animada, o que conquistou praticando atividades físicas. “Percebi que tenho mais resistência física, consegui perder peso e, além disso, consegui controlar a minha pressão arterial que foi, para mim, o maior ganho em termos de saúde. Estou amando as aulas.”

EDUCAÇÃO FÍSICA

As atividades são realizadas sob a supervisão do professor Carlos Alberto

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EDUCAÇÃO FÍSICA

“Nós estamos percebendo a necessidade de humanização do Sistema CONFEF/CREFs e o que nós estamos chamando de humanização é uma integração cada vez maior dos CREFs junto aos respectivos profissionais”

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Encontro nacional de Comissões

é realizado em Brasília

Entre os dias 1º e 3 de abril foi realizado, em Brasília (DF), o primeiro Encontro das Comissões do Sistema CONFEF/CREFs. Participaram do evento os membros das Comissões de Ensino Superior e Preparação Profissional, de Fiscalização e Orientação, de Educação Física Escolar e a de Ética Profissional de todo o Sistema CONFEF/CREFs, além dos Conselheiros Federais e Presidentes dos CREFs, totalizando aproximadamente 200 participantes. O objetivo do encontro foi manter a unidade do Sistema e, ao mesmo tempo, instigar as comissões regionais a terem uma atuação mais efetiva, contribuindo - cada uma com a sua especificidade - com o Plenário, a Diretoria e os Presidentes dos CREFs. Cada comissão debateu especificamente as suas áreas, pontuou as suas problemáticas e buscou uma unidade de discurso com relação às questões pertinentes ao Conselho. Os participantes tiveram a oportunidade de se apropriar das principais questões relativas ao Sistema CONFEF/CREFs, o que lhes permitirá – certamente - uma maior fundamentação para o processo de tomada de decisões e de socialização de informações das Comissões. Para o presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, o encontro serviu de incentivo para que as Comissões tenham uma maior aproximação com os Profissionais de Educação Física. “Nós estamos percebendo a necessidade de humanização do Sistema CONFEF/CREFs e o que nós estamos chamando de humanização é uma integração cada vez maior dos CREFs junto aos respectivos profissionais”, explica. Após o sucesso do primeiro evento, a ideia de acordo com ele é que o encontro nacional possa ser realizado anualmente. “Creio que o debate foi altamente positivo, pelo conteúdo do que foi apresentado e pela mensagem de humanização. Foi uma participação muito efetiva com uma troca de experiência bastante produtiva. Isso tudo culminou para que todos saíssem satisfeitos em estar em um fim de semana trabalhando, mas convictos de que valeu à pena”, reforça.

EDUCAÇÃO FÍSICA

EM BUSCA DE UMA MAIOR INTEGRAÇÃO DO SISTEMA CONFEF/CREFs E MELHOR ATENDIMENTO AOS PROFISSIONAIS E PESSOAS JURÍDICAS, COMISSÕES FEDERAIS E REGIONAIS SE REUNIRAM NA CAPITAL

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COMISSÃO DE ÉTICA PROFISSIONAL

Para aprofundar-se no debate acerca da padronização das ações, foram promovidas palestras com os Conselheiros Federais João Batista Tojal, Angelo Vargas, Roberto Saad e Valéria Sales, presidente da Comissão do CONFEF. Foram ouvidos, ainda, relatos de experiências dos CREFs e realizada uma dinâmica de grupo com os participantes. Ao fim do debate, foi percebido diferentes níveis de organização, experiência e tempo de atuação nos 18 CREFs, bem como a necessidade de que mais ações sejam promovidas para que se consiga avançar na unificação dos ritos processuais e de assessoramento (cartório) em busca de uma hermenêutica unificada por parte das Comissões de Ética dos CREFs.

Conselheira Federal Valéria Sales

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

EDUCAÇÃO FÍSICA

Após dois dias de apresentações, discussões e trabalho coletivo na construção de uma agenda positiva, que teve na dinâmica operacional o trabalho efetivo de coordenação dos grupos, obteve-se como produto final, uma agenda a ser desenvolvida pelas comissões regionais. Para o presidente da Comissão do CONFEF, o Conselheiro Federal Antônio Ricardo Catunda, o sentimento que fica é a certeza de que o grupo caminhou harmoniosamente para a unificação de objetivos e procedimentos, respeitando as características regionais. Ao final, após a apresentação das propostas pelos grupos, foi definido como meta para 2016 o desenvolvimento das ações com foco em quatro demandas específicas: gestores, professores, família e classe política (legislativo, executivo e judiciário).

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Conselheiro Federal Antônio Ricardo Catunda


COMISSÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Os temas priorizados nas discussões do grupo foram: conduta dos fiscais, encaminhamentos dos documentos da fiscalização (notificações) e fiscalização em condomínios, escolas e espaços públicos. Para isso, foi realizada a apresentação das dificuldades e potencialidades de cada CREF, houve discussão em torno dessas apresentações e, por fim, foram realizados trabalhos em grupos para apresentar respostas para as seguintes questões: função dos agentes de fiscalização, do coordenador e das comissões dos CREFs. Os representantes das comissões de Orientação e Fiscalização dos CREFs e do CONFEF, após cumprir todas as etapas, voltaram a se reunir para elaboração de uma pauta de sugestões e reivindicações assumida pelos CREFs e apoiada pelo CONFEF. Para o presidente da Comissão do CONFEF e também do CREF4/SP, Nelson Leme Jr., o resultado deverá ser mais um balizador das ações de orientação e fiscalização dos CREFs enquanto um sistema nacional de orientação e fiscalização da profissão.

Conselheiro Federal Wagner Gomes

COMISSÃO DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O grupo, sob a presidência do Conselheiro Federal Wagner Gomes, debateu as principais questões relativas à formação acadêmico/profissional da área, particularmente sobre a relação mercado de trabalho e formação acadêmica do Licenciado e do Bacharel em Educação Física. Um dos momentos principais do evento foi o destinado à ampla discussão entre as Comissões dos CREFs. Todos os participantes discutiram e projetaram ações para serem efetivadas a curto, médio e longo prazos, a partir de uma visão de futuro da profissão, das suas responsabilidades sobre a qualidade da intervenção profissional e a formação superior na área, a qual está diretamente vinculada às Instituições de Ensino Superior. O encerramento do evento foi marcado pela apresentação da síntese das discussões realizadas e pela reafirmação do compromisso dos participantes com o desenvolvimento técnico e ético da categoria dos profissionais de Educação Física nas suas respectivas Regiões.

EDUCAÇÃO FÍSICA

Nelson Leme Jr., Presidente do CREF4/SP

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CELEIRO DE CRAQUES

E DE CIDADÃOS

EDUCAÇÃO FÍSICA

O ESPORTE DE ALTO RENDIMENTO É, SEM DÚVIDA, O SONHO DE MUITOS ATLETAS PELO PAÍS AFORA. A CARREIRA, NO ENTANTO, É QUASE SEMPRE MAIS CURTA DO QUE SE IMAGINA. POR ISSO, MAIS QUE PREPARAR ATLETAS PARA O ESPORTE, FAZ-SE NECESSÁRIO FORMAR CIDADÃOS. EM SÃO CAETANO DO SUL, NO CLUBE QUE REVELOU ARTHUR ZANETTI, E EM SERGIPE, ATRAVÉS DE UM PROJETO EM PARCERIA COM A FEDERAÇÃO DE GINÁSTICA, A EDUCAÇÃO CAMINHA LADO A LADO DO ESPORTE

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No centro do ginásio da Sociedade Esportiva Recreativa e Cultural Santa Maria (SERC), em São Paulo, o retrato do ginasta e agora Profissional de Educação Física Arthur Zanetti estampa um enorme outdoor. Nada mais justo, afinal o atleta é o responsável pela primeira medalha de ouro para a ginástica nacional. Mais do que inspiração, Zanetti representa para os pequenos atletas do clube, a possibilidade de vitória no esporte. A sua presença, no entanto, vai muito além da foto, visto que Zanetti frequenta o centro desde os seus sete anos de idade, quando iniciou na Ginástica Artística. A quadra – que já foi menor – foi cedida pela Prefeitura de São Caetano do Sul após solicitação da Associação de Ginástica Di Thiene de Pais e Mestres (Agith). A associação, criada em 1993 por seis pais de atletas, arrecada verbas e custeia – até hoje - diversos materiais, salário de funcionários, inscrições em competições, entre outras necessidades dos atletas. O trabalho da Agith com a Prefeitura já rendeu diversos frutos, entre eles as bolsas de alimentação e de estudos, permitindo com que hoje o centro atenda a cerca de 300 crianças de iniciação (peneira) e uma média de 50 atletas de alto rendimento. O clube conta, ainda, com uma equipe multiprofissional que inclui oito treinadores, três fisioterapeutas, psicólogo, médico, biomecânico, entre outros.


PROJETO ATENDE JOVENS PROMESSAS EM SERGIPE

Em Sergipe, um projeto com intuito semelhante visa propiciar saúde às crianças da capital de Aracaju. O projeto Jovem Promessa Caixa de Ginástica do Município de Carmópolis atende crianças de cinco a 10 anos de idade nas modalidades de Ginástica Rítmica e Ginástica Artística Masculina e Ginástica Artística Feminina. São 350 crianças das redes municipal e estadual de ensino que praticam as referidas modalidades duas vezes na semana com turmas de segunda a sexta nos períodos da manhã e da tarde. O projeto, com cinco anos de existência, tem como objetivo a massificação das modalidades, possibilitan-

EDUCAÇÃO FÍSICA

Maria Salete Meneguello [CREF 006219-G/SP], coordenadora do ginásio e funcionária da Prefeitura de São Caetano, explica que as crianças da iniciação dividem o mesmo espaço de treinamento com os ginastas do alto rendimento. “Grande parte da seleção brasileira masculina de ginástica já passou por aqui. Esses atletas são o grande espelho dessas crianças, o que faz com que elas se dediquem ao máximo ao esporte para alcançar esse objetivo”, conta. Para participar das aulas, no entanto, é preciso estar matriculado e com bons resultados na escola. Guadalupe Medina, presidente da Agith, e mãe do ginasta Henrique Medina, conta que o Centro já perdeu muitos talentos porque não queriam estudar e, com isso, não puderam dar segmento aos treinamentos. Marcos Goto [CREF 005524-G/SP], técnico não só do campeão olímpico, como de outros atletas do clube, reforça o coro e vai além: “A primeira coisa que eu aprendi com o meu treinador foi que eu deveria estudar, cursar uma faculdade. E é isso que eu tento passar para os meus atletas, de que dentro do esporte ele tem a oportunidade de estudar e de ter uma formação. Assim, quando ele encerrar a carreira como atleta, já terá uma profissão. Nós tentamos passar para os nossos atletas que o estudo é tão importante quanto o alto nível”, explica. Marcos Goto começou a dar aulas no centro ainda em 1997. “Os meninos deram a ele a experiência que ele precisava e ele retribuiu tornando-os campeões”, conta Guadalupe Medina. No que ele retribui: “Se não fosse a Agith, nós não teríamos chegado à medalha olímpica porque ela foi a responsável por todo o desenvolvimento do ginásio”.

do às crianças de baixa renda a prática de um esporte de forma sistematizada, sob a orientação de profissionais qualificados. Márcia Lima [CREF 000434-G/SE], presidente da Federação Sergipana de Ginástica, ressalta que o projeto visa possibilitar às crianças, com ou sem talento, a prática do esporte. “As aulas as afastam da ociosidade, das drogas e da prostituição, tornando-as crianças saudáveis, disciplinadas e, com certeza, mais felizes”, explica. A Federação Sergipana de Ginástica, fundada em 1991 desenvolve um trabalho com as modalidades de Ginástica Rítmica, Ginástica Artística Feminina e Masculina e Ginástica para Todos, com 20 clubes e 25 escolas filiados.


PRESIDENTE DO CONFEF RECEBE HOMENAGEM NA CÂMARA

EDUCAÇÃO FÍSICA

O PROFESSOR JORGE STEINHILBER FOI AGRACIADO COM A PRINCIPAL HOMENAGEM DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

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No mês de junho, a casa do povo – como é chamada a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro - recepcionou estudantes e profissionais de Educação Física, presidentes de CREFs, Conselheiros Federais, docentes, entre outros grandes nomes da área para homenagear o presidente do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF). Jorge Steinhilber foi agraciado com a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, a principal homenagem que a cidade presta a quem mais se destaca na sociedade brasileira ou internacional. Em seu discurso, o presidente agradeceu aos seus familiares, aos profissionais de Educação Física, pre-

sidentes dos CREFs e Conselheiros. “Nunca terei como agradecer pelo apoio em todos os momentos e pela alegria de estarmos sendo reconhecidos por aquilo que plantamos. Esse é daqueles momentos em que nos sentimos gratificados e com a sensação de dever cumprido”. Após a entrega da honraria – uma iniciativa do Vereador Jimmy Pereira – foi realizada a 1ª Jornada Técnica em Educação Física com o tema “Valorização do Profissional de Educação Física: A importância do Bacharel para a saúde da sociedade”. Em sua fala, o vereador Jimmy Pereira externou o orgulho em homenagear o presidente Steinhilber, bem como em realizar um evento de tamanha importância. Na oportunidade, ainda colocou o seu gabinete à disposição dos profissionais para lutar pela valorização da área. “Sem dúvida alguma foi um feito histórico, pois com certeza toda a Educação Física foi reconhecida e valorizada com tamanha honraria. O trabalho apenas começou”, destacou Bruno Nascimento [CREF 023942-G/RJ], assessor do parlamentar e organizador do evento. Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo Branco, Steinhilber dedicou grande parte da sua vida à educação, lecionando tanto em escolas quanto em universidades. Atualmente, além da presidência do CONFEF, o homenageado está à frente da Academia Olímpica Brasileira.

MEDALHA DE MÉRITO PEDRO ERNESTO

A Medalha de Mérito Pedro Ernesto foi criada através da Resolução nº 40, em 20 de outubro de 1980. Recebeu esse nome em reconhecimento ao trabalho do prefeito Pedro Ernesto, e por isso sua figura é estampada nas duas Medalhas que fazem parte do Conjunto. Uma presa ao colar, e a outra para ser colocada na lapela do lado direito do homenageado. Ambas são presas em uma fita de cores azul, vermelha e branca que são as cores da bandeira da cidade.


MOVIMENTO NA REDE Nesta edição, inauguramos a coluna Movimento na Rede, assinada pelo Doutor em Educação Física pela Unicamp e criador do Centro Esportivo Virtual (CEV), Laércio Elias Pereira. A seção indicará os principais portais de conteúdo relevante para o Profissional de Educação Física. Tudo o que há de mais atualizado na área estará aqui.

DIVERSA WWW.DIVERSA.ORG.BR

O projeto Diversa é uma plataforma de troca de experiências e construção de conhecimento sobre educação inclusiva. Tem como públicos-alvo educadores, gestores de instituições educacionais e outros profissionais comprometidos com o tema.

PORTAL DOS PROFESSORES PORTAL.MEC.GOV.BR/PORTAL-DO-PROFESSOR

O Portal do Professor, do Ministério da Educação, é um espaço para troca de experiências com recursos educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho dos professores. O conteúdo do portal inclui sugestões de aulas de acordo com o currículo de cada disciplina e recursos como vídeos, fotos, mapas, áudio e textos.

MOVE BRASIL WWW.MOVEBRASIL.ORG.BR

O Move Brasil é uma campanha aberta para aumentar o número de brasileiros praticantes de atividades físicas, expandir e facilitar a oferta de esporte em todo o Brasil e mostrar às pessoas o esporte e as atividades físicas como algo prazeroso, que pode melhorar a qualidade de vida e promover o desenvolvimento social.

CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL O Centro Esportivo Virtual é uma organização não governamental criada a partir de uma tese de doutoramento em Educação Física. O portal tem hoje 41 mil participantes 150 comunidades e uma biblioteca de 50 mil documentos (revistas, livros, trabalhos de congresso, teses, vídeos, leis, entre outros).

TRANSFORMA

EDUCAÇÃO FÍSICA

WWW.CEV.ORG.BR

WWW.RIO2016.COM/EDUCACAO

O Transforma é o programa de educação que leva os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para dentro das escolas. No portal, além de ter acesso a diversos conteúdos didáticos, os profissionais podem participar dos cursos virtuais e dos treinamentos presenciais.

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Wanderley Rebello e Marcelo Jucá, presidentes das Comissões de Políticas Sobre Drogas e de Direito Esportivo da OAB-RJ, respectivamente, ao lado do presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber

CONFEF e OAB selam parceria

EM PROL DA SOCIEDADE

EDUCAÇÃO FÍSICA

AS ENTIDADES SE COMPROMETERAM A ELABORAR UM PROTOCOLO DE INTENÇÕES, NÃO SÓ DE PESQUISA E DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO, MAS TAMBÉM DE APLICAÇÃO

“Esse convênio vai aproximar a OAB, a Caixa de Assistência dos Advogados (CAARJ) e o CONFEF no trabalho que estamos desenvolvendo de prevenção ao uso e abuso de drogas”

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Com o objetivo de aproximar a Educação Física e o Direito, o Conselho Federal de Educação Física e a Ordem dos Advogados do Brasil, através das Comissões de Direito Esportivo e de Políticas sobre Drogas, selaram um importante convênio, no mês de junho, durante o V Seminário de Direito Desportivo. O evento é promovido tradicionalmente pelo Grupo de Estudos em Direito Desportivo da Faculdade Nacional de Direito (UFRJ) e coordenado pelo Prof. Dr. Angelo Vargas [CREF 000007-G/RJ]. Para Angelo Vargas, o convênio é uma possibilidade de estreitamento de relações para criação e divulgação do conhecimento em benefício da sociedade. O Profissional de Educação Física na sua área interventiva dentro da área da saúde e da educação e o profissional de Direito na garantia do Direito e da Justiça.


Marcelo Jucá, presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB-RJ, também celebrou a nova parceria. “O CONFEF tem um papel fundamental no desenvolvimento do esporte e da saúde preventiva da sociedade brasileira. E ele exerce esse mister com muita eficiência porque exige das entidades de prática, dos clubes e das entidades de administração, as federações e confederações, que tenham profissionais formados em Educação Física trabalhando nessas entidades. A vontade da OAB é caminhar junto nesse sentido, quer dizer, levantar essa bandeira em conjunto com o Conselho dando todo o suporte jurídico necessário para que esse objetivo seja atingido”, explicou. O presidente da Comissão de Políticas sobre Drogas, Dr. Wanderley Rebello, informou que pretende desenvolver junto ao CONFEF um curso de Conselheiro em Dependência Química. “Esse convênio vai aproximar a OAB, a Caixa de Assistência dos Advogados (CAARJ) e o CONFEF no trabalho que estamos desenvolvendo de prevenção ao uso e abuso de drogas”. Além de ser um trabalho positivo e urgente, como explica Rebello, o curso irá gerar mais uma atividade profissional para os profissionais de Educação Física, especializando-os para lidar com o dependente químico através do esporte.

TRADICIONAL SIMPÓSIO MOVIMENTA O DIREITO ESPORTIVO

“O CONFEF tem um papel fundamental no desenvolvimento do esporte e da saúde preventiva da sociedade brasileira. Ele exerce esse mister com muita eficiência porque exige das entidades de prática, dos clubes e das entidades de administração, as federações e confederações, que tenham profissionais formados em Educação Física trabalhando nessas entidades. A vontade da OAB é caminhar junto nesse sentido, quer dizer, levantar essa bandeira em conjunto com o conselho dando todo o suporte jurídico necessário para que esse objetivo seja atingido”

EDUCAÇÃO FÍSICA

Debater o desporto educacional e a formação de atletas, a Justiça Desportiva, os aspectos trabalhistas no esporte e a autonomia das entidades desportivas foi o objetivo do 5º Simpósio de Direito Desportivo. O tradicional evento promovido pelo Grupo de Direito Desportivo da Faculdade Nacional de Direito (UFRJ) reuniu diversos profissionais que atuam no universo jus-desportivo.

Através da parceria com a Sociedade Brasileira de Direito Desportivo (SBDD) e o fomento da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ), foi possível reunir um importante público para o evento. Além de maciça, a presença foi também qualificada, tanto pelos debates como pela participação do público na discussão. “A contribuição do evento para a área é enorme, pois difunde ideias novas sobre o Direito Desportivo, ajuda a disseminar uma visão sobre a Justiça Desportiva para aqueles que são considerados leigos e, por outro lado, possibilita um intercâmbio. Quem é do Direito precisa aprender também com as outras áreas. Os profissionais de Educação Física e pesquisadores de outras áreas têm muito a ensinar e a dialogar com os profissionais de Direito”, indicou o presidente da SBDD, Dr. Wladimir Camargos.

29 Mesa debate o Desporto Educacional e a formação de atletas


PROPOSTA DO CNE PODE ALTERAR

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS A FIM DE DEBATER POSSÍVEIS MUDANÇAS NO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR E CREFs VÊM REALIZANDO ENCONTROS POR TODO O PAÍS

EDUCAÇÃO FÍSICA

Desde o início do ano, as Instituições de Ensino Superior (IES) têm promovido reuniões e debates com estudantes, professores e dirigentes com o objetivo de discutir a proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE) que, fundamentalmente, propõe a extinção dos cursos de Bacharelado em Educação Física. A proposta foi elaborada por uma Comissão interna do CNE e apresentada no dia 11 de dezembro de 2015, em audiência pública realizada em Brasília (DF). Para discutir a proposta e ouvir os vários pontos de vista sobre o assunto, as IES têm promovido vários eventos, possibilitando evidenciar o tema e apresen-

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tar posições abalizadas sobre os desdobramentos da proposta enunciada pelo CNE. Entre os eventos realizados até o momento, destacam-se: o Encontro Estadual de Coordenadores de Curso de Educação Física de Santa Catarina, em Florianópolis; Encontro de Estudantes de Bacharelado em Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco, na cidade de Recife; VII Seminário de Educação Física e Ensino Superior de Minas Gerais, em Belo Horizonte; Encontro de Estudantes de Licenciatura e de Bacharelado em Educação Física da Universidade Federal da Paraíba; Encontro de Coordenadores de


“A aprovação pode acarretar no retrocesso da consolidação do modelo atual de formação superior; a volta dos curso de licenciatura com caráter eminentemente técnico - esportivo ou, contrariamente, com predominância da Pedagogia na formação profissional da área; retrocesso na formação profissional para intervir na Saúde; proliferação de cursos técnicos e abertura de espaço para ocupação da área por leigos ou egressos de outras profissões”

EDUCAÇÃO FÍSICA

Cursos de Educação Física do Estado de São Paulo; Reunião com profissionais, estudantes e representantes de entidades da área, inclusive do CNE, no Rio de Janeiro; Reunião de docentes e coordenadores de curso do Rio Grande do Sul, realizado em Porto Alegre; e o Fórum de Educação Física da Universidade Rio Verde, em Goiás. Em Fortaleza (CE), o Encontro de coordenadores de cursos de Educação Física, realizado no dia 21 de março, reuniu cerca de 650 participantes, entre estudantes e docentes. Para Andréia Benevides [CREF 002704-G/SE], docente do curso de Educação Física da Universidade Estácio de Sá, é importante que a comunidade universitária, principalmente os estudantes, conheçam a proposta do CNE e tenham a oportunidade de ouvir profissionais que pensam diferente. “Só o debate qualificado poderá elucidar questões fundamentais que estão na base do documento apresentado”, indicou. Sobre os desdobramentos da proposta, a Comissão de Ensino Superior e Preparação Profissional do CONFEF ressalta que, caso seja aprovada e os cursos de bacharelado sejam extintos, pode-se esperar sérias implicações para a profissão. “A aprovação pode acarretar no retrocesso da consolidação do modelo atual de formação superior; a volta do curso de licenciatura com caráter eminentemente técnico - esportivo ou, contrariamente, com predominância da Pedagogia na formação profissional da área; retrocesso na formação profissional para intervir na Saúde; proliferação de cursos técnicos e abertura de espaço para ocupação da área por leigos ou egressos de outras profissões”, afirma a Conselheira Iguatemy Lucena Martins [CREF 000001-G/PB]. Ao se pensar no mercado de trabalho, é inegável que a extinção dos cursos de bacharelado irá reduzir o campo de trabalho dos profissionais, além de gerar descrédito entre estudantes, gestores educacionais e empregadores em relação às normas previamente estabelecidas pelo Ministério da Educação que, entre outros aspectos, autorizou e reconheceu mais de 600 cursos de bacharelado na área, como indica o Conselheiro Federal Sebastião Gobbi [CREF 000183-G/SP]. “Também ficará patente o tratamento diferenciado dispensado à Educação Física, tendo em vista que as demais profissões que possuem licenciatura e bacharelado não serão afetadas pela proposta do CNE”, destaca.

A possibilidade de extinção dos cursos de bacharelado se agrava pela demonstração clara de desconsideração por parte do Estado da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, com a consequente judicialização da área e o surgimento do vácuo legal na definição do profissional que atuará fora da Escola, já que a licenciatura capacita profissionais para atuar no magistério da Educação Básica. A palavra final, no entanto, será do Ministro da Educação, a quem cabe 31 decidir pela homologação, ou não, da proposta.


RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

TERÁ O ESPORTE COMO TEMA PELA 1ª VEZ

Créditos: Tiago Zenero/ PNUD Brasil

O BRASIL SERÁ O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO A ELABORAR UM RELATÓRIO CENTRADO NO PAPEL SOCIAL DAS ATIVIDADES ESPORTIVAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

PNUD instaura Conselho Assessor para construir próximo RDH nacional que terá esporte como tema

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“A ideia é que esse documento-base oriente o RDH de maneira que os resultados espelhem sua construção democrática e a diversidade de posicionamentos do mundo das atividades físicas e esportivas.”

No mês de maio, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) reuniu representantes do setor público, da iniciativa privada, sociedade civil, além de atletas de renome internacional, para discutir a importância do esporte e das atividades físicas para a melhoria das condições de vida da população brasileira. A pauta será tema do próximo Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) do Brasil – o primeiro sobre o tema das atividades físicas e esportivas elaborado no mundo. O encontro serviu para a instalação do Conselho Assessor que irá auxiliar na elaboração do novo documento. O presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, e o Conselheiro do CREF4/SP, Humberto Panzetti [CREF 025446-G/SP], foram convidados a participar do grupo que tem o importante papel de orientar os rumos do RDH, validando a nota conceitual do relatório e fazendo observações a respeito das temáticas a serem abordadas na análise. O Conselho contribui, ainda, para ampliar a credibilidade do Relatório, e assegura que o conteúdo do documento não se torne um instrumento de uma só entidade, mas que se mantenha fiel ao seu propósito, de construção e consensos para o benefício da população. O primeiro encontro do Conselho, em Brasília, contou com mais de 20 presentes e o número de integrantes ainda pode crescer. A ideia é que esse documento-base oriente o RDH de maneira que os resultados espelhem sua construção democrática e a diversidade de posicionamentos do mundo das atividades físicas e esportivas. Durante o primeiro debate, o Conselheiro Humberto Panzetti, que é presidente da Associação Brasileira dos Secretários Municipais de


“O presidente do CONFEF alertou para o fato da Educação Física estar sendo reduzida nas escolas e em outras instituições onde essa prática era comum. ‘A aula de Educação Física não é vista como contributo da prática cognitiva’.”

HISTÓRICO

Mahbub ul Haq e Amartya Sem

EDUCAÇÃO FÍSICA

Esportes e Lazer e chefe da pasta municipal em Indaiatuba alertou que “duas mil cidades do país não têm orçamento atrelado ao esporte, 95% dos municípios têm menos de 5% do orçamento atrelado ao esporte”. O secretário lamentou que “cinco estados brasileiros já tenham desfeito as suas secretarias de esporte”. O presidente do CONFEF também alertou para o fato da Educação Física estar sendo reduzida nas escolas e em outras instituições onde essa prática era comum. “A aula de Educação Física não é vista como contributo da prática cognitiva”. O debate também contou com a presença da presidente da ONG Atletas pelo Brasil e ex-jogadora da Seleção Brasileira de Vôlei, Ana Moser [CREF 021815P/SP]; o deputado federal, presidente da Frente Parlamentar Mista do Esporte e ex-judoca, João Derly; o também ex-judoca Flávio Canto; a ex-jogadora de vôlei, medalhista olímpica e hoje secretária de Esportes do Distrito Federal, Leila Barros, entre outros. De acordo com os organizadores, o fato de que o documento seja feito no Brasil, e lançado ao final da Década do Esporte, apresenta uma grande oportunidade de chamar a atenção das pessoas para questões de fundo.

Em nível global, o primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano foi elaborado no final dos anos 1980 por uma equipe qualificada, liderada pelos economistas Mahbub ul Haq e Amartya Sem, Prêmio Nobel de Economia de 1998. A sua grande novidade, que marcou todos os demais relatórios elaborados em nível Global, Regional, e Nacional, foi colocar as pessoas no centro da discussão sobre o desenvolvimento. A frase lapidar do texto foi: “As pessoas são a verdadeira riqueza das nações”.

No Brasil, já foram desenvolvidos três RDHs. Em 1996, sobre o desenvolvimento humano nos municípios do país, trazendo uma primeira adaptação do IDH para a realidade brasileira; Em 2005, sobre racismo, pobreza e violência; Em 2010, sobre valores e desenvolvimento humano. O PNUD, que está no Brasil há 60 anos, é a rede de desenvolvimento global da Organização das Nações Unidas (ONU), com atuação em 170 países. Por meio de parceria em todas as esferas da sociedade, trabalha com foco em redução da pobreza, governança democrática, prevenção de crises e recuperação, energia e meio ambiente/desenvolvimento sustentá- 33 vel e HIV/AIDS.


CREF10/PB realiza PARCERIA COM IES COM AÇÕES VOLTADAS À COOPERAÇÃO DA SOCIEDADE COM O CONSELHO, A NOVA GESTÃO TEM AVANÇADO NAS AÇÕES DE PARCERIA COM AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

O presidente Francisco Martins participa de reunião na Faculdade de Campina Grande

“É muito gratificante ver que o trabalho do Sistema EDUCAÇÃO FÍSICA

CONFEF/CREFs conta com o respeito da sociedade, além de também poder constatar que nas instituições existe uma disposição para trabalhar de forma cooperativa com o CREF10/PB.”

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Integração. Com esse objetivo, a atual gestão do CREF10/PB tem realizado uma série de parcerias com Instituições de Ensino Superior (IES) da Paraíba visando atuar em conjunto com as universidades e faculdades em prol do Sistema CONFEF/CREFs. A ideia é que os alunos do curso de Educação Física saibam, desde a sua formação, o que são os Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, além de entenderem a importante função desses órgãos para a carreira de todo Profissional de Educação Física. Assim, o CREF10/PB inicia um novo ciclo de ações para fortalecer a categoria. Consolidando a relação de cooperação entre as IES e o CREF10/PB, algumas ações já aconteceram. Dentre elas, três reuniões plenárias do Conselho, ocorridas, respectivamente, na Universidade Federal da Paraíba, na Faculdade Maurício de Nassau e no Centro Universitário da Paraíba (UNIPÊ). Para a secretária do CREF10/PB, Fernanda Albuquerque [CREF 000010G/PB], não há maior prova de entrosamento. “Tivemos total apoio dos gestores das instituições, tanto na cessão do espaço quanto na organização dessas ações, uma total integração”, afirmou. Também foram realizadas visitas de apresentação do Conselho na Faculdade Integrada de Patos (FIP), na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e na Faculdade Santo Augusto (FAISA), ambas situadas na cidade de Campina Grande, oportunidade em que foram discutidas questões importantes da intervenção profissional.


Francisco Martins

ENTREVISTA Revista Educação Física - De que forma a aproximação do CREF com as Instituições de Ensino Superior pode ajudar na formação dos futuros Profissionais de Educação Física? Francisco Martins - Esta é uma ação que reputo da maior importância já que poderá produzir reflexos positivos para o CREF, para as IES e para os profissionais. Primeiramente o CREF como uma

entidade preocupada com a intervenção profissional, entende que essa intervenção não pode estar desvinculada da formação profissional. Por outro lado, a instituição formadora, numa relação de reciprocidade, precisa entender e considerar que a formação profissional, mesmo calçada em bases acadêmicas e técnico-científicas, não pode desconsiderar a sua relação com as demandas sociais, onde a intervenção profissional ocupa lugar destacado. Finalmente, os profissionais poderão se beneficiar de uma formação mais adequada, resultante de uma relação de cooperação entre as IES e o CREF, inclusive com uma compreensão mais clara e efetiva do papel de um Conselho Profissional para o desenvolvimento, fortalecimento e legitimação social da profissão. Revista Educação Física – Como funcionam essas parcerias? Francisco Martins - Foram negociadas parcerias com todas as IES para apoio ao CREF, nos seguintes aspectos: Apoio na realização de eventos por meio da cessão de instalações, equipamentos e profissionais; Viabilização de palestras a serem realizadas pelo CREF para esclarecimentos aos professores e alunos sobre o Sistema CONFEF/CREFs e incentivo para que os alunos concluintes se registrem e recebam suas Cédulas de Identidade Profissional (CIP) por ocasião das colações de grau. Revista Educação Física - Como os discentes recebem as palestras de apresentação do CREF? Quais são as principais dúvidas? Francisco Martins - As reações são diferenciadas o que é natural em um grupo grande de estudantes universitários com expectativas, motivações, interesses e informações variadas. Foi possível perceber que predominam demonstrações de curiosidade, interesse, dúvidas sobre a futura intervenção profissional, além do desconhecimento do Sistema CONFEF/CREFs e o cumprimento do seu papel em coibir o exercício ilegal da profissão. Revista Educação Física - Quantas instituições já receberam essas palestras de esclarecimento? Francisco Martins - Quatro e já temos mais duas programadas para o início do segundo semestre. Revista Educação Física - Quais são as próximas metas para a gestão do CREF10/PB? Francisco Martins - Para os três anos da gestão foram definidas quatro grandes metas: 1- Aumentar o número de registrados, nos próximos três anos, em pelo menos 30%; 2- Reduzir inadimplência em 15%; 3-Consolidar a presença do CREF10/PB nas quatro cidades do interior do estado onde há cursos presenciais de Educação Física e 4- Expandir as ações de fiscalização para, em três anos, atingir 100% dos municípios 35 do estado. EDUCAÇÃO FÍSICA

O presidente Francisco Martins [CREF 000009-G/ PB] destacou o acolhimento dessas instituições ao CREF10/PB, em que dirigentes, coordenadores de cursos e estudantes abraçaram as propostas e as orientações do Conselho em relação ao registro de profissionais, sobre as especificidades da formação de Licenciatura e de Bacharelado e os impactos dessa formação no exercício profissional. “É muito gratificante ver que o trabalho do Sistema CONFEF/CREFs conta com o respeito da sociedade, além de também poder constatar que nas instituições existe uma disposição para trabalhar de forma cooperativa com o CREF10/PB”, disse. Confira na entrevista a seguir as ações da nova gestão do conselho.


Centro Esportivo Virtual

completa 20 anos Portal colaborativo recebe cerca de cinco mil visitas diárias 2016

EM 1996, QUANDO AINDA NÃO SE FALAVA EM REDES SOCIAIS NO PAÍS, O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA LAÉRCIO ELIAS PEREIRA [CREF 000874-G/AL], MESTRE EM EDUCAÇÃO FÍSICA PELA USP E DOUTOR PELA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNICAMP CRIOU O QUE SE TORNARIA O PONTO DE ENCONTRO VIRTUAL DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. CRIADO NO NÚCLEO DE INFORMÁTICA BIOMÉDICA (NIB) DA UNICAMP, COMO PARTE DE UM TRABALHO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA, O CENTRO ESPORTIVO VIRTUAL (CEV) SE TORNOU REFERÊNCIA NO QUE DIZ RESPEITO À CREDIBILIDADE E ATUALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTES E LAZER.CRIADO DOIS ANOS ANTES DA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO EM 1998, O CEV TAMBÉM SERVIU PARA QUE AS LIDERANÇAS DO MOVIMENTO PELA REGULAMENTAÇÃO PROFISSIONAL PUDESSEM TROCAR IDEIAS E COMBINAR EVENTOS DE FORMA ONLINE. HOJE, COMPLETANDO 20 ANOS NO AR, CONVERSAMOS COM O CRIADOR DO PORTAL SOBRE A INICIATIVA E OS AVANÇOS EM CONTEÚDO E QUALIDADE VIRTUAL.

1998

REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO

1996

CRIAÇÃO DO

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENTREVISTA

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Revista EDUCAÇÃO FÍSICA – Muitas mudanças ocorreram durante a trajetória do CEV. Desde nossa última matéria, há cinco anos, o que mudou em relação ao portal? Laércio Elias Pereira - Sem dúvida foi a adesão crescente dos profi ssionais às Tecnologias de Informação e Comunicação. O CEV cresceu junto com os seus usuários, pois nasceu quando poucos usavam a internet e ganhou experiência junto com o seu público. Hoje alguns professores dos cursos de Educação Física têm o conteúdo do CEV como apoio em suas aulas. Estudantes têm participado mais e proporcionado a interação com professores mais experientes. Revista EDUCAÇÃO FÍSICA - Quando o portal foi criado, em 1996, o senhor imaginava que ele estaria no ar até hoje? Como o senhor explica o sucesso e credibilidade do portal? Laércio Elias Pereira - Um dos nossos mestres de gestão no CEV, e ex-Conselheiro Federal, Lamartine Pereira da Costa [CREF 000118-G/RJ], atribui a longevidade do CEV à permeabilidade à inovação. Como sou péssimo de administração, costumo dizer que foi só teimosia do coordenador mesmo (risos). Revista EDUCAÇÃO FÍSICA - Quais novidades estão por vir no portal? Laércio Elias Pereira - Em nosso aniversário de 20 anos, além de anunciar a meta de 50 mil obras no CEV, vamos lançar a nova página pessoal do “Quem é quem” com tudo que o cevnauta tem indexado na biblioteca, as palavras-chave que usa nas publicações e a relação de todos os seus parceiros. Também estamos desenhando um novo portal, adaptando nossa plataforma para os smartphones visando novas formas de interação que se adaptem melhor à rotina dos tempos atuais. Além

disso, procuramos crescer o acervo da biblioteca no que diz respeito à produção de teses e artigos em revistas e eventos.

HISTÓRIA

Em 1996, o prof. Laércio Elias Pereira estava preparando sua tese de doutorado: um centro de conhecimento esportivo que congregasse publicações e documentos sobre a área de Educação Física. O projeto estava inicialmente previsto para ser um CD-ROM, mas com a difusão da internet no Brasil a partir de 1995, Laércio resolveu apostar no meio de comunicação que surgia e, assim, nascia o Centro Esportivo Virtual. O PORTAL EM NÚMEROS

• 5.000 visitas individuais diárias • 150 comunidades com 42.880 participantes • 300 mil endereços internos


ESPAÇO DO LEITOR Adorei a matéria com o ginasta Arthur Zanetti e com o preparador físico José Elias! É muito importante que o CREF/CONFEF promova ações que conscientize os atletas de alto rendimento a buscarem formação profissional caso queiram se manter ativos depois da carreira desportiva! Grande Abraço! Rafael Rocha [CREF: 027181-G/MG]

Melhor matéria: “Medalha sim, diploma também”. Derrubando ainda mais o Projeto de Lei do Senado PLS 522/2013 - que tentou passar. Parabéns Arthur Zanetti! Witalo Cavalcante [CREF 007878-G/CE] PROFISSIONAL ENVIA MENSAGEM AO SENADOR ROMÁRIO EM RESPOSTA AO PLS 522/2013

Trabalhei no futebol profissional do Santa Cruz, em Pernambuco, atuei como treinador nas categorias de base, fui fisiologista e preparador físico da equipe profissional, senti a dificuldade de trabalhar com treinadores leigos (ex-atletas) que não compreendiam o porquê de um treino físico durar apenas 40 minutos (era um treino para a capacidade anaeróbia e velocidade, que não podem ser longos). O treinador chamava os jogadores de volta ao campo e os submetiam a mais de uma hora de treino coletivo. O prejuízo no jogo seguinte era fatal. Gostaria de chamar atenção ainda, Senador, para o fato de ex-atletas, sem formação adequada, trabalharem com crianças e adolescentes nas “escolinhas” e clubes. A primeira condição para quem pretende ensinar futebol ou qualquer outra modalidade esportiva é saber como a criança ou adolescente aprende, e não simplesmente reproduzir gestos técnicos para serem imitados pelos garotos. Não apenas reproduzir situações e experiências vividas como ex-jogador, nem sempre as mais adequadas, mesmo do ponto de vista comportamental.

EDUCAÇÃO FÍSICA

Prezado Senador, a sua atuação no Senado Federal e as suas propostas são reconhecidamente relevantes para o país, não temos dúvidas. Considero, entretanto, equivocadas as suas justificativas para conceder o direito de ex-atletas exercerem a profissão de técnico ou treinador. Não gostaria de comentar um a um os seus argumentos. Mas, defendo que num país carente de formação, educação e conhecimento, a proposta é um incentivo à acomodação pessoal e profissional das pessoas, em primeiro lugar. É o mesmo que recomendar “olha, você não precisa de diploma para ser um treinador de sucesso”. A questão, nobre Senador, não é ter diploma ou não ter diploma. Diploma, neste país, também se compra. A questão é não ter conhecimento, não ter domínio pedagógico sobre sua atividade, é não ter nenhuma base técnica-científica para exercer a sua profissão.

Por fim, Senador, quero chamar a atenção para o fato de que este não é um tema novo. Em 2010, o Projeto de Lei n.º 5.186/05, que alterava a Lei n.º 9.615 - a Lei Pelé – incluía no Art. 90-E proposta semelhante: “Todo ex-atleta que tenha exercido a profissão durante, no mínimo, três anos consecutivos, ou cinco anos alternados, será considerado, para efeito de trabalho, monitor na respectiva modalidade desportiva”. A proposta foi rejeitada, após várias manifestações contrárias baseadas na Lei vigente e apelos ao relator da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Álvaro Dias. Se isso vale como jurisprudência, este fato é esclarecedor. Aldemir Teles [CREF 000058-G/PE]

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PANORAMA CREF8/AM-AC-RO-RR REALIZA AÇÕES DE CONSCIENTIZAÇÃO O CREF8/AM-AC-RO-RR realizou, em abril, panfletagem em oito pontos de Manaus. O objetivo da ação foi alertar a sociedade para a importância da orientação de um Profissional de Educação Física e celebrar o Dia Mundial da Atividade Física e o Dia Mundial da Saúde. Profissionais de Educação Física e Conselheiros da instituição abordaram motoristas e pedestres para fornecer informativos contendo dicas e motivos para sair do sedentarismo. Outra questão enfatizada na ação foi a importância da orientação de profissionais formados e habilitados para que a atividade física não traga riscos à saúde do praticante. “Observamos que grande parte da população sabe a importância da atividade física para a saúde, mas desconhece a necessidade da orientação do Profissional de Educação Física. A nossa intenção é conscientizar sobre os riscos acarretados pela falta desse acompanhamento e mostrar os benefícios de se ter uma vida ativa”, afirmou o presidente do CREF8/ AM-AC-RO-RR, Jean Carlo Azevedo [CREF 000964-G/AM]. Fonte: CREF8/AM-AC-RO-RR

FESPORTE E CREF3/SC FORTALECEM PARCERIA Em março o presidente do CREF3/SC, Irineu Furtado [CREF 003767-G/SC], esteve presente na Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte) em visita ao presidente da instituição, Osvaldo Juncklaus [CREF 002001-G/SC]. No encontro, que contou também com a presença do vice-presidente do conselho Delmar Tôndolo [CREF 001085-G/ SC], Furtado distribuiu livros referentes ao conselho e enfatizou o fortalecimento entre a instituição e a Fesporte. “Vamos, juntamente com a Fesporte, promover o Projeto CREF Itinerante em que o conselho estará presente nos eventos esportivos como os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), Joguinhos, Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) e os demais eventos esportivos do Governo Estadual”. Para Osvaldo Juncklaus a ação fortalecerá ainda mais a parceria entre Fesporte e o CREF3/SC. “Sempre fomos parceiros em nossas ações. E acreditamos que essa união é fundamental para o fortalecimento do esporte de Santa Catarina. O professor de Educação Física é o agente profissional que dissemina o esporte na escola, no clube, na fundação esportiva e em nossos eventos. Nada mais sensato que este profissional esteja legalizado diante do CREF. O fato desta entidade estar presente em nossos eventos permitirá a comodidade para o professor efetuar este procedimento”, finalizou Juncklaus. Fonte: Fesporte

EDUCAÇÃO FÍSICA

PANORAMA LEGAL

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PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA É ELEITO MEMBRO EXECUTIVO DA ISF Em Marmaris (Turquia), foi realizada, no mês de maio, a Assembleia Geral Ordinária da Federação Internacional do Desporto Escolar (ISF). O evento reuniu membros da Federação que, a cada dois anos, elegem um novo comitê diretivo para um mandato de quatro anos. O Brasil, que tem colhido ótimos resultados no cenário desportivo escolar internacional é uma das nações mais respeitadas no desporto escolar e, por tal motivo, teve a indicação de dois membros para compor a diretoria executiva da ISF. Por unanimidade, Antônio Hora Filho [CREF 000527-G/SE], presidente da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) foi eleito o vice-presidente da ISF América, fruto do reconhecimento do trabalho por ele e sua equipe executados no país em prol do desporto. Outro motivo de orgulho para o país foi a ascensão de Robson Aguiar, vice-presidente da CBDE e antes presidente para as Américas, que assumiu a vice-presidência mundial da ISF. Antônio Hora acredita que a presença de dois brasileiros na direção da Federação Internacional motivará e impulsionará ainda mais o desporto no país, tendo em vista os ótimos resultados obtidos frente à comunidade internacional quando da admissão e realização no Brasil de grandes eventos esportivos escolares como a Gymnasiade e o Mundial de Vôlei de Praia. Fonte: CBDE

REDE MUNICIPAL DE JAÚ (SP) DEVE EXIGIR REGISTRO PROFISSIONAL DE PROFESSORES Após receber diversas denúncias acerca da irregularidade constante no edital do concurso público para Professores de Educação Física do Município de Jaú, o CREF4/SP notificou o município – que não corrigiu a irregularidade do certame, ao não exigir o registro profissional dos candidatos no momento da posse do cargo. Em razão da manutenção da irregularidade, o CREF4/SP propôs ação judicial, cuja antecipação dos efeitos da tutela liminar foi deferida de plano, no sentido de que os aprovados no concurso público somente tomem posse mediante a comprovação do registro profissional no Sistema CONFEF/CREFs. Recentemente foi publicada a sentença, julgando procedentes todos os pedidos do Conselho, ratificando o entendimento de que o registro no CREF4/SP é condição indispensável para as atividades profissionais dos professores de Educação Física, independentemente da área de atuação, inclusive daqueles que atuam no âmbito escolar.


O CREF4/SP também conseguiu demonstrar judicialmente a obrigatoriedade do registro profissional dos professores da rede estadual de ensino e de outros municípios, como por exemplo, São Paulo e Santos, consolidando o entendimento de que todos os formados em cursos de graduação de Educação Física, seja licenciatura ou bacharelado, são profissionais de Educação Física e, por isso, são titulares de prerrogativas e responsabilidades previstas na Lei Federal 9.696/98, Código de Ética da Profissão e demais atos normativos do Sistema CONFEF/CREFs. Essas decisões judiciais representam importante vitória à profissão. Fortalecem-se os professores, que na qualidade de Profissionais de Educação Física possuem todas as prerrogativas profissionais necessárias para o desenvolvimento de suas atividades, e a sociedade, que pode contar com a atuação do CREF4/SP no ambiente escolar. Fonte: CREF4/SP

PANORAMA FISCALIZAÇÃO ACADEMIAS DE RONDÔNIA RECEBEM AÇÃO DE ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO O CREF8/AM-AC-RO-RR realizou, no mês de abril, uma série de vistorias em academias e escolas esportivas em Ji-Paraná, 2º município mais populoso de Rondônia. Durante a ação, foram fiscalizadas 12 academias e três escolas esportivas, incluindo quatro denúncias encaminhadas ao CREF. Alguns locais foram notificados para regulamentação do registro junto ao Conselho e uma academia foi interditada por estar funcionando sem a presença de um profissional habilitado pelo Sistema CONFEF/CREF. Para retomar as atividades, o estabelecimento deve efetivar sua regularização junto ao CREF8/AM-AC-RO-RR. A liberação só ocorre após a academia apresentar todas as alterações apontadas pelo fiscal. Caso desrespeite as ordens, poderá sofrer consequências de ordem jurídicas. Fonte: G1

ACADEMIA INFANTIL É INTERDITADA EM GOIÂNIA (GO ) No mês de maio, uma academia voltada para o público infantil foi interditada durante uma fiscalização do CREF14/GOT-TO no setor Sul em Goiânia/GO. No estabelecimento, que não possuía Responsável Técnico (RT), foram flagrados dois estagiários atuando sem o Termo de Contrato de Estágio (TCE), além de uma graduada não registrada neste conselho. Sendo assim, os mesmos responderão cada um a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Ainda em Goiânia, no setor Parque das Flores, uma academia que também funcionava sem Responsável Técnico, foi interditada. O estabelecimento encontrava-se desde agosto de 2015 sem um profissional devidamente habilitado. Durante a fiscalização, houve desacato e tentativa de agressão física a uma das fiscais, que teve a sua integridade resguardada pela intervenção da Polícia Militar.

MP FIRMA PARCERIA COM CREF15/PI-MA PARA INTENSIFICAR FISCALIZAÇÃO Em maio, o Ministério Público (MP) firmou, por meio do Procurador-Geral de Justiça Cleandro Moura, um Termo de Cooperação Técnica junto ao CREF15/PI-MA com o intuito de fortalecer e dinamizar as ações de fiscalização dos dois órgãos. O coordenador do PROCON Nivaldo Ribeiro e o presidente do Conselho Danys Queiroz [CREF 000179-G/ PI] também assinaram o documento. O objetivo principal da parceria é intensificar a fiscalização de pessoas físicas e jurídicas/ empresas prestadoras de serviço em atividades físicas, desportivas e similares no que concerne ao registro no CREF, aos padrões de higiene e segurança das instalações e equipamentos ofertados aos consumidores, bem como existência de registro das empresas e profissionais devidamente habilitados. “Nós queremos aperfeiçoar e interiorizar essa fiscalização, que não se limita às academias, ela deve alcançar também escolas públicas e particulares”, destacou Cleandro Moura. O MP, por meio do PROCON-PI, se comprometeu em informar o CREF15/PI-MA sobre as denúncias de empreendimentos que mantenham atividade comercial de prestação de serviços de atividades físicas e desportivas em desacordo com a legislação que rege o tema. Além disso, o PROCON deve acompanhar mais de perto as fiscalizações com o objetivo de analisar a legalidade da prestação dos serviços, o registro das empresas e habilitação dos Profissionais de Educação Física. Encontro em Parnaíba (PI) - No mês de abril, o CREF15/PI-MA também promoveu um importante encontro com proprietários de academias, responsáveis técnicos, representantes do Procon, da Vigilância Sanitária, Câmara dos Vereadores, Polícias Militar, Civil e Federal, dentre outros convidados, com o objetivo de realizar esclarecimentos sobre a regularização das academias de musculação e seus representantes técnicos junto ao Conselho e demais órgãos públicos. A reunião também versou sobre a carência de Bacharéis em Educação Física na cidade de Parnaíba e circunvizinhas. Fonte: MP-PI

EDUCAÇÃO FÍSICA

Fonte: CREF14/GO-TO

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AGENDA 13º ENAF - BH Datas: 19 a 21 de Agosto Local: Belo Horizonte (MG) Informações: www.enaf.com.br 2016 International Convention on Science, Education and Medicine in Sport (ICSEMIS) Datas: 31 de agosto a 04 de setembro Local: Santos (SP) Informações: www.icsemis2016.org 17ª IHRSA Fitness Brasil Datas: 01 a 03 de setembro Local: São Paulo (SP) Informações: www.fitnessbrasil.com.br 1º Congresso Brasileiro de Educação Física da Região Norte da FIEP Datas: 02 a 06 de setembro Local: Manaus (AM) Informações: www.cref8.org.br II Congresso Internacional de Atividade Física e Saúde (CIAFIS) Datas: 21 a 24 de setembro Local: Aracaju (SE) Informações: www.unit.br/ciafis XIII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a 3ª Idade Datas: 22 a 24 de setembro Local: Londrina (PR) Informações: www.uel.br 18º Congresso Internacional SM Fitness & Wellness Datas: 23 a 25 de setembro Local: Rio de Janeiro (RJ) Informações: www.congressosm.com.br

EDUCAÇÃO FÍSICA

39º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte Datas: 06 a 08 de outubro Local: São Paulo (SP) Informações: www.simposiocelafiscs.org.br 28º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte Datas: 13 a 15 de outubro Local: Florianópolis (SC) Informações: www.medicinadoesporte2016.com.br 60º ENAF - Poços de Caldas / MG Datas: 14 a 16 de outubro Local: Poços de Caldas (MG) Informações: www.enaf.com.br 20º MEETING Esporte & Fitness Balneário Camboriú Datas: 14 a 16 de outubro Local: Balneário Camboriú (SC) Informações: www.korppus.com.br

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XIV Congresso de História do Esporte, do Lazer e da Educação Física Datas: 08 a 11 de novembro Local: Campinas (SP) Informações: www.fef.unicamp.br/fef/chelef2016

SEDES DOS CONSELHOS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA CREF1/RJ-ES – Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo Rua Adolfo Mota, 104 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ CEP 20540-100 – Tel.: (21) 2569-6629 – 2569-7375 – 2569-7611 Telefax: (21) 2569-2398 cref1@cref1.org.br – www.cref1.org.br

CREF2/RS – Estado do Rio Grande do Sul Rua Coronel Genuíno, 421, conj. 401 – Centro – Porto Alegre – RS CEP 90010-350 – Tel.: (51) 3288-0200 - Telefax: (51) 3288-0222 crefrs@crefrs.org.br – www.crefrs.org.br CREF3/SC – Estado de Santa Catarina Rua Afonso Pena, 625 – Estreito – Florianópolis – SC CEP 88070-650 – Telefax.: (48) 3348-7007 crefsc@crefsc.org.br – www.crefsc.org.br

CREF4/SP – Estado de São Paulo Rua Líbero Badaró, 377 – 3º andar – Centro – São Paulo – SP CEP 01009-000 – Telefax: (11) 3292-1700 crefsp@crefsp.org.br – www.crefsp.org.br CREF5/CE – Estado do Ceará Av. Washington Soares, 1400, Sls. 402/403 – Edson Queiroz Fortaleza – CE – CEP 60811-341 – Tel.: (85) 3234-6038 Telefax: (85) 3262-2945 cref5@cref5.org.br – www.cref5.org.br CREF6/MG – Estado de Minas Gerais Rua Bernardo Guimarães, 2766 – Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG – CEP 30140-082 – Telefax: (31) 3291-9912 cref6@cref6.org.br – www.cref6.org.br

CREF7/DF – Distrito Federal SGAN - Quadra 604 - Conjunto C, L2 Norte, Asa Norte Brasília – DF – CEP 70840-040 – Tel.: (61) 3426-5400 – 3321-1417 cref7@cref7.org.br – www.cref7.org.br CREF8/AM-AC-RO-RR Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima Rua Ferreira Pena, 1118 / 202 – Centro – Manaus – AM CEP 69025-010 – Tel.: 0800-280-8234 Telefax: (92) 3234-8234 – 3234-8324 cref8@cref8.org.br – www.cref8.org.br

CREF9/PR – Estado do Paraná Rua Amintas de Barros, 581 – Centro – Curitiba – PR CEP 80060-205 – Tel.: 0800-643-2667 - (41) 3363-8388 Telefax: (41) 3362-4566 crefpr@crefpr.org.br – www.crefpr.org.br CREF10/PB – Estado da Paraíba Rua Profº Álvaro de Carvalho, 56/Térreo Tambauzinho – João Pessoa – PB – CEP 58042-010 Tel.: (83) 3244-3964 – Cel.: (83) 8832-0227 cref10@cref10.org.br – www.cref10.org.br CREF11/MS – Estado de Mato Grosso do Sul Rua Joaquim Murtinho, 158 – Centro Campo Grande – MS – CEP 79002-100 Telefax: (67) 3321-1221 cref11@cref11.org.br – www.cref11.org.br

CREF12/PE-AL – Estados de Pernambuco e Alagoas Rua Carlos de Oliveira Filho, 54, Prado – Recife – PE CEP 50720-230 – Tel.: (81) 3226-0996 Telefax: (81) 3226-2088 cref12@cref12.org.br – www.cref12.org.br CREF13/BA-SE – Estados da Bahia e Sergipe Av. Antônio Carlos Magalhães, 3259, sl. 803 Centro – Salvador – BA – CEP 41800-700 Tel.: (71) 3351-7120 – T elefax: (71) 3351-8769 cref13@cref13.org.br – www.cref13.org.br

CREF14/GO-TO - Estados de Goiás e Tocantins Av. T-3, 1855 - Clube Oásis – Setor Bueno, Goiânia – GO CEP 74000-000 – Tel: (62) 3229-2202 Telefax: (62) 3609-2201 cref14@cref14.org.br - www.cref14.org.br CREF15/PI-MA – Estados do Piauí e Maranhão Rua Jonatas Batista, 852 – Sala CREF – Teresina – PI CEP 64000-400 – Tel.: (86) 3221-2178 cref15@cref15.org.br – www.cref15.org.br

CREF16/RN – Estado do Rio Grande do Norte Rua Desembargador Antônio Soares, 1274 - Bairro Tirol Natal - RN - CEP 59022-170 – Tel.: (84) 3201-2254 cref16@cref16.org.br – www.cref16.org.br

CREF17/MT – Estado do Mato Grosso Rua Generoso Ciríaco Maciel, 02 - Jd. Petrópolis – Cuiabá - MT CEP 78070-050 – Telefax: (65) 3621-2504 – 3621-8254 cref17@cref17.org.br – www.cref17.org.br CREF18/PA-AP – Estados do Pará e Amapá Av. Generalíssimo Deodoro, 877 – Galeria João & Maria – Sala 11 e 12 – Nazaré – Belém - PA CEP 66040-140 – Tel.: (91) 3212-6405 cref18@cref18.org.br – www.cref18.org.br


A Educação Física é um direito constitucional de todos e dever do Estado ofertá-la. A sociedade deve fazer a sua parte ao exigir que esses cuidados sejam seguidos principalmente pelas escolas do país, garantindo o direito de crianças e jovens receberem aulas de qualidade. Exija de diretores e coordenadores de instituições de ensino a carga horária ideal utilizada na prática da atividade física e denuncie ao Conselho Regional de Educação Física do seu estado situações em que essa atividade não esteja sendo orientada por um Profissional de Educação Física. É dessa forma que construiremos um futuro mais saudável para as gerações futuras. O Sistema CONFEF/CREFs está aberto para receber denúncias, informações e colaboração da sociedade pelo site

www.confef.org.br.

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Educação Física


O Conselho Federal de Educação Física saúda os atletas, Profissionais de Educação Física e demais membros da delegação brasileira pela dedicação e esforço na realização de um sonho nacional.

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