Revista Educação Física

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Ano XVII | n° 70 | 2019

janeiro/fevereiro/março

Órgão Oficial do CONFEF

ISSN 2238-8656

PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CATEGORIA PROFISSIONAL Título define inserção no mercado de trabalho


MEDALHA DE PRATA PARA QUEM MERECE.

Com a série Fox Workout, criada pela Brick, o CONFEF valorizou, mais uma vez, o Profissional de Educação Física. E com isso, conquistou um prêmio importante: ganhou Prata no Prêmio Colunistas 2018, na categoria Brand Content. É o terceiro prêmio conquistado por esse projeto, que já tinha dois prêmios internacionais. E mais um reconhecimento ao trabalho que dá visibilidade aos Profissionais de Educação Física, ao mesmo tempo em que estimula a prática de exercícios físicos em benefício da saúde da população brasileira. O CONFEF tem muito orgulho em representar esses profissionais e proporcionar a eles o protagonismo que eles merecem. Confira os episódios no nosso canal no Youtube.


PALAVRA DO

PRESIDENTE

Vinte anos passaram muito rápido e, sem dúvida alguma, o trabalho e empenho em prol da valorização da profissão tem sido recompensado. Ainda há desafios a superar, como na área jurídica e parlamentar, por falta de compreensão dos danos que os exercícios físicos não orientados podem causar aos praticantes e devido à tradição de que as atividades físicas por si só contribuem para diminuir a incidência de doenças crônicas não transmissíveis. Reforçamos que o esporte não é um fim em si mesmo. Logo, não promove saúde e muito menos formação cidadã. É necessário que ele seja orientado por Profissionais de Educação Física para que os valores sejam alcançados e incorporados pelos praticantes. Apesar de todo o esforço de informação e divulgação, a mensagem ainda não foi efetivamente absorvida e incorporada pela sociedade. Sem dúvida alguma nos tornamos essenciais em diversas áreas de atuação e temos sido incorporados como profissionais essenciais para o Desenvolvimento Humano no Brasil. Zelamos e temos obrigações com a saúde e integridade física e mental dos beneficiários.

São notáveis as inúmeras experiências e atuações bem-sucedidas promovidas por Profissionais de Educação Física veiculados em nossa revista e nas mídias sociais. É assim que se legitima uma Profissão: com trabalho qualificado, eficiente, ético e seguro dos serviços prestados. Agora, nos vemos diante de um novo desafio: a consolidação da identidade profissional. Para isso, estamos investindo e instigando a categoria a refletir sobre o assunto. É fundamental que os profissionais se apresentem, em suas diversas áreas de atuação, como Profissionais de Educação Física e não por sua intervenção profissional, seja ela instrutor de corrida, de pilates ou personal trainer. Leia o artigo sobre o tema nesta edição, na página 10, propague o debate e encaminhe suas sugestões. A luta é diária. As conquistas são eternas. Jorge Steinhilber CREF 000002/G-RJ - Presidente CONFEF

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PROFISSÃO COMPLETA DUAS DÉCADAS DE REGULAMENTAÇÃO COM BALANÇO POSITIVO

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EDUCAÇÃO FÍSICA Presidente — Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente — João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice-Presidente — Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Secretário — Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário — Sebastião Gobbi 1º Tesoureiro — Sérgio Kudsi Sartori 2º Tesoureiro — Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Alexandre Janotta Drigo Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Cimino Carlos Alberto Camilo Nacimento Eduardo Silveira Netto Elisabete Laurindo de Souza Emerson Silami Garcia Flávio Delmanto Francisco José Gondim Pitanga Luisa Parente Ribeiro R. de Carvalho Márcia Regina Aversani Lourenço Marino Tessari Nestor Soares Públio Rubens dos Santos Silva Teófilo Jacir de Faria Tharcisio Anchieta da Silva Valéria Sales dos Santos e Silva Wagner Domingos Fernandes Gomes Walfrido José Amaral

SUMÁRIO

4 Relatos que inspiram

CONFEF Rua do Ouvidor, 121 – 7º andar - Centro CEP 20040-031 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275 2242-3670 / 2242-4228 comunicacao@confef.org.br www.confef.org.br Periodicidade: trimestral Tiragem: 308.000 Distribuição gratuita Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF. Todas as matérias dessa edição estão disponíveis para leitura no portal eletrônico do CONFEF.

10 Conselho Editorial Antônio Ricardo Catunda de Oliveira João Batista Andreotti Gomes Tojal Laércio Elias Pereira Lamartine Pereira DaCosta Sérgio Kudsi Sartori Vera Lúcia de Menezes Costa Jornalista responsável — Enila Bruno - DRT/RJ 35889 Redação — Juliana Reche Projeto gráfico e editoração — Jorge Ney

Profissional de Educação Física: Categoria Profissional


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CREF9/PR INAUGURA PRÉDIO ECOLÓGICO

MOVIMENTO NA REDE

12 ENTREVISTA:

Deputado Federal Luiz Lima

14 CREF6/MG RECEBE

Prêmio do Esporte Mineiro

15 CREF ITINERANTE CHEGA A 10ª edição

26 PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

são homenageados em premiação

28 CREF7/DF

inaugura nova sede

30 JUDÔ SOB

orientação profissional

na Paraíba

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ESPORTES DE COMBATE

PROJETO PREPARA

campeões para a vida

18 CREF16/RN PARTICIPA DA

XIII Semana Nacional da Conciliação

20 CONFEF PROMOVE PROGRAMAÇÃO

paralela na FIEP

24 PROJETO, SONHO

e realidade

podem reduzir agressividade

34 ELEIÇÕES CREF:

Diretorias tomam posse

35 PROFISSIONAIS DE

Educação Física na gestão

36 CREF19/AL REALIZA

fiscalização em Alagoas ESPAÇO DO LEITOR ........... 37 PANORAMAS ......................... 38 AGENDA ................................. 40


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RE: Relatos que inspiram

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Para muitas crianças e adolescentes, a escola é o primeiro e único espaço a propiciar o contato com a prática esportiva. E são as boas experiências nesse ambiente, somadas às oportunidades oferecidas, que podem torná-o ativos para o resto da vida. Para as crianças com deficiência, o obstáculo é ainda maior. Por isso, os relatos de inclusão merecem sempre o nosso destaque. Nesta edição, apresentamos dois diferentes projetos desenvolvidos no ambiente escolar. Do Rio Grande do Sul, apresentamos uma pesquisa científica realizados com um grupo de alunos da educação infantil. De Minas Gerais, conhecemos o relato de inclusão nas aulas de Educação Física.


ESQUELETO HUMANO É TEMA DE PESQUISA CIENTÍFICA EM ESCOLA

Mas o esqueleto não foi o único material com o qual os alunos tiveram contato. “Organizamos uma aula externa no Museu de Ciências da PUC-POA, onde a turminha, acompanhada por professores e alguns familiares, teve a oportunidade de pesquisar ossos, músculos, articulações e tendões, em um ambiente desafiador e completamente diferente daquilo que nossa escola podia oferecer em recursos”. Todos esses complementos, inclusive a aula externa, tiveram como objetivo final educar crianças para serem adultos mais ativos e saudáveis. Andressa explica que aproveitou a pesquisa para fazer com que as crianças entendessem que os ossos também precisam de cuidados, e uma forma de cuidar deles é exatamente se exercitando. “As vivências e experiências que as crianças tiveram a oportunidade de experimentar, com toda a certeza, fizeram diferença na forma como percebem a educação e nos cuidados com o próprio corpo”. Para que isso acontecesse, a pesquisa precisou ter relação direta com a realidade. “As aprendizagens construídas passaram pelo corpo das crianças, trazendo sentido e significado como, de fato, o conhecimento deve ser desenvolvido na escola. Somado a isso, o protagonismo das crianças era evidenciado na autonomia e busca pelas informações que gostariam de aprender sobre cada parte do seu corpo, na medida em que as exploravam no pátio e em brincadeiras de que participavam”.

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Foi por estar atenta à conversa de seus alunos, que Andressa Fassbinder [CREF 020035-G/RS] pôde importar um assunto de interesse dos pequenos, o transformando em objeto de pesquisa científica. “Esqueleto humano: por que temos tantos ossos?!” foi o tema do projeto da turma Faixa Etária 4, da Educação Infantil da Escola Municipal Presidente Affonso Penna, localizada em Novo Hamburgo (RS). Tudo começou quando dois parentes de alunos tiveram fraturas em diferentes partes do corpo e precisaram imobilizar as áreas com gesso. A conversa suscitou a curiosidade dos pequenos, que levaram as dúvidas para a professora. Para sanar essas dúvidas, Andressa fugiu do habitual e deixou que eles mesmos descobrissem as respostas. Para isso, criou com os alunos hipóteses que, após investigação, foram validadas ou descartadas. O primeiro passo foi apresentar aos alunos um esqueleto humano. “Eles acharam engraçado, pensaram que o esqueleto imitava um ser humano. Demoraram a entender que, na verdade, aquela estrutura está dentro deles”.

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Para reforçar a aprendizagem, Andressa se preocupou em fazer um investimento de longo prazo. “Trouxemos também alguns profissionais que em sua formação estudaram os ossos, articulações, tendões, músculos e ligamentos, como enfermeiro, fisioterapeuta, gesseiro, profissional de Educação Física, quiropraxista e radiologista. Alguns deles, inclusive, contaram que já tinham interesse pelo assunto na idade das crianças”. Foi graças também à colaboração dos pais dos alunos que o encontro foi possível. “Muitos deles se propuseram a contribuir com sua experiência profissional. Quando não podiam, se dedicavam a encontrar amigos, vizinhos ou parentes que pudessem participar”. Deu tudo certo: a experiência foi um sucesso – não só para os alunos. Isto porque o projeto foi destaque na Feira Científica da escola, sendo escolhido para a Feira Municipal de Iniciação Científica e Tecnológica do município (e premiado neste evento), podendo participar da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) Júnior da Fundação Liberato. Além da autoestima que os alunos adquiriram com o projeto, os pequenos saíram de lá mais esclarecidos e com conhecimentos sobre como cuidar de seus corpos, depois de terem conhecido diversos novos profissionais, visitado um museu e montado um esqueleto humano utilizando materiais recicláveis. Por outro lado, os pais ficaram ainda mais engajados com a educação dos filhos e dispostos a colaborar com a professora de Educação Física na construção de adultos mais saudáveis e felizes. “Para concluir o projeto, nós pegamos aquelas hipóteses iniciais dos alunos e eles mesmos puderam confirmá-las ou não”. Nada menos que uma pesquisa científica.

NINGUÉM FICA NO BANCO: PROFESSORA ADAPTA AULAS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

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Apesar de não contarem com escolas especiais, as crianças com deficiência da cidade de Coronel Murta (MG) não ficam desamparadas. Pelo menos no que depender da Profissional de Educação Física Gabriela Pêgo Silva [CREF 034890-G/MG]. Desde 2017, a professora da Escola Municipal Rossana Ferreira Murta não deixa nenhum de seus alunos com deficiência no banco de reserva durante suas aulas. Todos participam, cada um com suas especificidades e limitações.

O trabalho nas aulas vai além. Gabriela faz questão de preparar todos os outros estudantes para o acolhimento dessas crianças. “Eu acho que é de fundamental importância mostrar que esses alunos existem e têm suas dificuldades, como todos nós, e que eles também conseguem chegar lá. Por isso, exibo filmes que trazem essa temática, mostrando que essas pessoas estão, inclusive, na nossa escola”. Tudo isso para que elas se sintam como realmente são – parte da sociedade.

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Tudo o que elas aprendem durante o ano é exibido durante o Circuito do Atletismo, que acontece no mês de outubro, quando é celebrado também o dia das crianças. Na atividade, as turmas competem entre si, em modalidades como corrida com bastão, corrida com obstáculos, salto à distância, futebol, vôlei, etc. “As atividades escolhidas para compor o circuito são adaptadas. Observamos que as crianças tinham dificuldades de concentração, equilíbrio, contato com o outro e, que por meio do circuito, conseguimos sensibilizar os nossos alunos e ajudá-los a superar esses obstáculos”. Mas nem sempre foi assim. A mudança começou após Gabriela iniciar a pós-graduação em Esportes e Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência pela Universidade Federal de Juiz de Fora. A professora compreendeu que a formação profissional se dá também ao longo da profissão. “Eu aprendi nessa especialização, o que não aprendi na faculdade”. Apaixonada pela área,

Gabriela não perdeu tempo e passou a aplicar as técnicas aprendidas em sala de aula já nas suas nove turmas. “Depois que eu entrei nessa especialização, passei a ver a situação com outros olhos”. Com os olhos antigos, as crianças não eram vistas com tanta atenção. “No ano passado, peguei uma turma do primeiro ano do ensino fundamental que tinha uma aluna surda. Decidi que a ajudaria a se desenvolver melhor. Para dar uma aula de zumba, comecei a buscar na internet como me comunicar com ela. Treinei em casa e, quando consegui, durante a aula, me apaixonei”, lembra, contando que ficou tão empolgada, que logo se inscreveu num curso de Libras.

O interesse pela área é tão grande, que este ano ela se graduou também em Licenciatura em Educação Especial. “Acabei me apaixonando”. E transformou a paixão em trabalho. “Eu procuro sempre verificar a dificuldade de cada aluno e pesquiso como ajudá-lo a superá-la individualmente”. Parece que eles percebem essa atenção mais que especial. “Eles adoram, porque são aulas diferentes das com que estão acostumados”. É por isso que, desde que Gabriela chegou na Escola Rossana Ferreira Murta, alunos com autismo, Síndrome de Down e deficiências físicas têm acesso a uma Educação Física que os faz sentir iguais, não diferentes. Até porque, para a professora, inclusão é isso: inserir essas pessoas na sociedade e não separá-las dela.

ENVIE A SUA EXPERIÊNCIA Nós queremos conhecer a sua experiência, seja ela na escola, academia, hospital, clube ou qualquer outro segmento. Envie o seu relato para o e-mail revistaef@confef.org.br e teremos o maior prazer em compartilhá-lo.

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Em uma das atividades realizadas na escola, a professora organizou uma partida de vôlei sentado, na qual todos os participantes precisaram mudar sua forma de se posicionar originalmente (de pé). Assim, todos se adequaram à realidade de uma criança cadeirante, e não o contrário. Os alunos também puderam experimentar outras atividades. “Temos ginástica, ginástica acrobática, com fita, localizada, yoga, entre outras modalidades. Tudo sempre adaptado para as crianças especiais”. A satisfação dos pais, com a evolução dos alunos, é evidente. Eles recebem fotos e vídeos das atividades que seus filhos participam por meio de um grupo no aplicativo de troca de mensagens instantânea WhatsApp, com todos os pais e professores. “Eles amam a inclusão de seus filhos. Além disso, todo mês nós pesamos e medimos os alunos, calculamos o Índice de Massa Corporal... Nós cuidamos da saúde das crianças”.

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CREF9/PR inaugura prédio ecológico

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O CREF9/PR inaugurou, em dezembro, o primeiro prédio ecológico de um conselho profissional no país. Construído dentro dos critérios da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), a nova sede preza pela eficiência energética, para atender seus registrados com mais qualidade e conforto. Além de um sistema de captação de água e medidas para economia de energia, a nova sede também conta com área verde e bicicletário para incentivar o uso de transporte alternativo. Localizada no centro de Curitiba, no Paraná, o prédio tem área total de 1.770m², distribuídos em seis andares. A edificação é dotada de portaria, sala de segurança, sala de espera, elevadores, auditório para atividades de capacitação e eventos, amplo local de atendimento aos profissionais, entre outros espaços. O bicicletário conta com 14 vagas, para serem utilizadas por seus funcionários e visitantes. A nova sede tem ainda quase 150m² de área verde, 55% composta de espécies nativas.


Toda essa estrutura é para atender os mais de 30 mil profissionais registrados no Paraná, que estavam acostumados, há dez anos, com o endereço antigo. Mas a mudança significa mais do que um novo CEP – marca um importante passo para a valorização do Profissional de Educação Física. “Ao longo de sua história, o Conselho garantiu inúmeras conquistas e avanços na luta pelos interesses dos nossos profissionais. O número de registrados cresceu muito, assim como nossa representatividade e credibilidade junto à sociedade. A nova sede chega para atender os registrados de maneira mais ágil e qualificada. Além disso, inaugurar o primeiro prédio ecológico de um conselho profissional no Brasil é motivo de muito orgulho para nós”, afirmou o presidente do CREF9/PR, Antonio Eduardo Branco [CREF 000009-G/PR].

Também é motivo de orgulho para o CREF9/PR, o processo de certificação LEED, destinado às construções sustentáveis, iniciado já na demolição e limpeza do terreno da nova sede. Todo o resíduo oriundo da demolição foi reaproveitado, e todas as embalagens plásticas e de papelão das matérias-primas da obra foram cuidadosamente separadas e destinadas à reciclagem. O novo prédio do CREF9/PR também priorizou a sustentabilidade em seus acabamentos. Além do uso da tinta à base de água, os silicones e selantes tem controle de VOC, garantindo também a qualidade do ar. As medidas a longo prazo também foram tomadas. Exemplo disso é o uso de lâmpadas LED, energia natural e sensores de ocupação. Os painéis fotovoltaicos irão suprir parte da demanda de energia dos seis andares. O ar condicionado da nova sede do CREF9/PR será em VRF modular, sistema no qual os espaços ocupados por poucas pessoas serão condicionados com a capacidade mínima, gerando uma significativa economia energética. As janelas receberam uma proteção que diminui a entrada de raios solares no prédio, auxiliando também na economia energética do ar condicionado. O prédio também conta com sistema de captação de água e reservatório com capacidade de 10 mil litros de água. Nesse sistema de reaproveitamento, 100% dessa água será filtrada e reutilizada nas cubas sanitárias e irrigação de todo prédio. Além disso, todo o lixo será separado a partir da sua origem, e depois destinado à reciclagem. A nova sede simboliza uma importante conquista a para o Sistema CONFEF/CREFs e está de portas abertas para receber todos os Profissionais de Educação Física.

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CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Novo endereço: Rua Dr. Faivre, 880, Centro, Curitiba, PR.

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PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA:

Categoria Profissional

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TODOS OS PROFISSIONAIS HABILITADOS SÃO PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. É ESSE TÍTULO QUE DEFINE A INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO E OS REÚNE EM UMA DETERMINADA CATEGORIA

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Após 20 anos da regulamentação da profissão, das constantes lutas pela valorização e do reconhecimento social do Profissional de Educação Física como responsável pela orientação e prescrição de exercícios físicos, atividades físicas e esporte, o Sistema CONFEF/CREFs caminha rumo à sua consolidação. Nessas duas décadas, em todos os segmentos da intervenção profissional, os avanços científicos, culturais e éticos foram muitos e, sem dúvida, a Educação Física alcançou um novo patamar de profissionalização. Nesse contexto, iniciativas e propostas de lei, assim como decisões judiciais surgidas durante essas duas décadas, tanto podem ser contabilizadas como avanços e conquistas para a área como podem ser lidas como entraves no curso da história de sucesso da profissionalização da Educação Física brasileira. Situação que reflete a dinâmica da sociedade contemporânea e que lida com interesses e percepções nem sempre convergentes. Na constituição da Educação Física como profissão regulamentada, a realidade impõe também a reflexão sobre alguns pontos e ações que podem contribuir para a consolidação profissional da área e do próprio Sistema CONFEF/CREFs. Entre esses pontos, ressalta-se a exigência de atuação qualificada, competente e segura dos seus profissionais. É essa, sem dúvida, a principal estratégia para os 450 mil profissionais se afirmarem como categoria profissional comprometida e necessária ao desenvolvimento do país. Registra-se que todos os profissionais habilitados são Profissionais de Educação Física e, assim, devem se auto denominar. A titulação obtida em nível de especialização, que lhes garante a inserção em uma determinada especialidade profissional, ou a expertise adquirida em uma das diferentes intervenções da área, não substitui o título conquistado na graduação. É esse título que define a inserção no mercado de trabalho e reúne todos os profissionais em uma determinada categoria.


Os avanços da Educação Física e da atividade física como práticas determinantes da qualidade de vida contribuíram para o aparecimento de novos segmentos de mercado e, com eles, novos espaços para o exercício profissional na área. Tome como exemplo o personal trainer, instrutor de musculação, de pilates, de zumba, de crossfit, de treino e/ou de ginástica funcional, de fit dance, de super Ioga, entre outros. Nada contra a diversificação e ampliação do mercado de trabalho do Profissional de Educação Física. Essas intervenções, ao preservarem o núcleo duro da área, tentam responder às necessidades particulares de um determinado segmento da sociedade. Entretanto, a reflexão aqui proposta é a de que as especialidades do exercício profissional não devem substituir ou se sobrepor à identificação do profissional como integrante de uma determinada profissão e de uma categoria específica. Assim, antes de qualquer outra adjetivação que marque a sua intervenção, todos são Profissionais de Educação Física. A complementação caracterizadora da sua ação propriamente dita virá na sequência, como no exemplo: “Sou Profissional de Educação Física, com especialidade ou com domínio técnico e científico na área de personal trainer”.

Qual a razão desse assunto ser tratado, passados 20 anos da regulamentação? Porque somos uma Profissão ainda jovem em termos de regulamentação e é preciso tempo para perceber e apreender tudo o que concorre para dar unidade e estrutura a uma profissão como categoria. Estamos chegando à maturidade da regulamentação e da criação do Sistema CONFEF/CREFs e, no conjunto dos avanços e conquistas da área, é relevante que todos referendem o conceito de categoria e se apresentem como Profissionais de Educação Física. A sociedade, os praticantes e as mídias entenderão que esta é a Profissão que devem enaltecer e que merece ser enaltecida. Assim, reafirma-se que a apresentação individual e coletiva dos profissionais de Educação Física deve ser centrada primeiramente na sua profissão e, em seguida, na subárea onde atua, ou seja: a sua especialidade. É a profissão que congrega os profissionais e que os credenciam para formar uma categoria, sendo reconhecidos e respeitados como tal. O coletivo, o conjunto dos profissionais, e o respeito à profissão que escolheram para servir à sociedade, revelam-se, assim, imperativos da profissionalização da Educação Física. Categoria Profissional é o conjunto de profissionais que em razão de determinada atividade laboral exercem a mesma profissão e possuem caráter, espécie, natureza e interesses comuns, além de zelarem pela defesa do bom conceito da profissão e dos que a exercem. Por isso, o desafio da categoria é apresentar de maneira clara o papel que os profissionais podem exercer em benefício da sociedade brasileira. Valorize, em primeiro lugar, a sua Profissão. É um dever de todos os Profissionais de Educação Física, além de um compromisso como categoria. #SouProfissionaldeEducaçãoFísica

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“A apresentação individual e coletiva dos profissionais de Educação Física deve ser centrada primeiramente na sua profissão e, em seguida, na subárea onde atua, ou seja: a sua especialidade”

Jorge Steinhilber Iguatemy Maria de Lucena Martins

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Entrevista:

Deputado Federal

LUIZ LIMA

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EM SEU PRIMEIRO MANDATO, O PROFISSIONAL QUE JÁ TEVE UM PROJETO APROVADO, TRAÇA PLANOS PARA O FUTURO

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“Eu fui um atleta olímpico de natação, mas foi a educação formal que me deu uma base e uma sensibilidade maior para lidar com todos os aspectos da nossa profissão”

Para os atletas do alto rendimento, a carreira no esporte pode ser mais curta do que o desejado. Mas os planos e desafios profissionais não precisam ser. A trajetória do deputado federal Luiz Lima [CREF 19660 G/RJ] é um exemplo disso. Após encerrar a carreira nas piscinas, o ex-atleta olímpico da natação formou-se em Educação Física e criou, em 2009, uma assessoria esportiva de natação em Águas Abertas no Rio de Janeiro. Sua carreira política iniciou em 2016, quando aceitou o convite para ser Secretário Nacional de Esportes de Alto Rendimento, tendo sido o primeiro Profissional de Educação Física a assumir o cargo. Nas últimas eleições, Luiz Lima foi eleito deputado federal e, em março de 2019, teve seu primeiro projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. A proposição altera a Lei Maria da Penha para garantir que as vítimas de violência doméstica possam solicitar ao juiz a decretação imediata do divórcio ou a dissolução da união estável. Em entrevista à Revista Educação Física, o parlamentar, que também é titular nas Comissões do Esporte e da Cultura, contou seus próximos planos para o mandato.


Revista Educação Física - De que forma o Profissional de Educação Física pode ser inserido nesse contexto? Luiz Lima - Eu fui um atleta olímpico de natação, mas foi a educação formal que me deu uma base e uma sensibilidade maior para lidar com todos os aspectos da nossa profissão. A Educação Física está ligada à reabilitação, ao lazer, ao desenvolvimento desportivo, ao alto rendimento, ao amadorismo. Há vários braços na nossa profissão e cabe ao Profissional de Educação Físicas se especializar para atender a alta demanda e diversidade que ela pode atingir. Revista Educação Física - Qual é a importância do ex-atleta continuar os estudos?

Luiz Lima - É muito importante. Eu sempre pensei, na minha fase de atleta olímpico (fui atleta da seleção brasileira dos 16 aos 32 anos), que a minha formação desportiva era voltada exclusivamente para o alto rendimento. Quando eu entrei para a faculdade de Educação Física, comecei a estagiar e, mais tarde quando abri a minha escola de natação na praia, percebi que eu tinha muita facilidade para trabalhar com a motivação e animação dentro da atividade física. Eu não conhecia esse meu lado e acabei descobrindo que essa minha aptidão na Educação Física é maior até que no alto rendimento. Revista Educação Física - Como o senhor vê a importância da Educação Física e do Profissional de Educação Física na atual configuração política? Luiz Lima - Eu vejo um fator muito positivo para a Educação Física. Eu acredito que a maior preocupação do governo hoje, com as políticas públicas voltadas ao esporte, é fazer com que todos os brasileiros - principalmente nas escolas e universidades - tenham acesso ao esporte. E é claro que os programas ligados à saúde e ao bem-estar estarão muito presentes também. A minha preocupação, como atleta de alto rendimento, é também em relação aos esportes olímpicos e não olímpicos, aos atletas de alto rendimento. Porque eu acredito que quando a gente quer democracia em qualquer área, a gente tem que incentivar aquele atleta que tem aptidão e talento. Democracia é a gente dar a chance a quem é bom de ser melhor ainda. Eu sigo uma linha da Educação Física que valoriza a competição para quem quer competir.

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Revista Educação Física - Quais são as expectativas para o mandato como deputado federal? Luiz Lima - Eu faço parte da base do governo, do partido do presidente eleito. Então as perspectivas são muito positivas. O meu primeiro objetivo é contribuir para a governabilidade do governo, tendo como prioridades as reformas da previdência, a penal, além da minha base, que é o esporte. Meu direcionamento é lutar pela educação, pelo esporte, pela cultura e pelo combate à corrupção. Além da proposta já aprovada, que altera a Lei Maria da Penha, estamos construindo, entre outros, um projeto para que os gastos com atividades físicas possam ser reduzidos do Imposto de Renda. Esse é um projeto que vai abraçar não só a nossa classe, mas todos aqueles que promovem o esporte e a atividade física. Ele está sendo montado de forma estratégica para não ter erros. É um projeto no qual eu vou me dedicar bastante. Revista Educação Física - Como o senhor avalia o problema do sedentarismo e da obesidade no país? Luiz Lima - O sedentarismo é um grande problema de saúde. Eu acredito que além da Secretaria Nacional de Esportes, o esporte deveria ter rubricas de ação de políticas públicas no Ministério da Saúde e no Ministério da Educação. Hoje nós temos grandes centros esportivos que não são utilizados por falta de fomento de políticas públicas. São políticas de incentivo como essa que podem estar combatendo o sedentarismo e influenciando de forma positiva o cidadão brasileiro a praticar esportes. Porque isso é muito mais que atividade física, é um conjunto social, união, celebração.

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CREF6/MG recebe

Prêmio do Esporte Mineiro ENTIDADE E CONSELHEIROS SÃO HOMENAGEADOS EM PREMIAÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO

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O certificado de Honra ao Mérito foi recebido pela Conselheira Celina Sousa Gontijo, à esquerda, que representou o CREF6/MG na premiação

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O CREF6/MG concluiu o ano de 2018 com um motivo a mais para comemorar. Isto porque a entidade foi homenageada pela Secretaria de Estado de Esportes de Minas Gerais (SEESP/MG) por meio do Prêmio do Esporte Mineiro, que é o reconhecimento do Governo de Minas Gerais a Atletas, Técnicos, Gestores Esportivos e Instituições que se destacaram e contribuíram para o cenário esportivo no Estado. O CREF6/MG recebeu uma das 50 medalhas distribuídas. Além da entidade, também foram homenageados por seus trabalhos a Conselheira Regional Kátia Lemos [CREF 001494-G/MG], com o Prêmio Destaque Técnica Internacional, e o Conselheiro Federal licenciado Emerson Silami [CREF 000046-G/MG] na categoria Destaque Pesquisa Científica. Quem comemorou junto com os profissionais foi o presidente do CREF6/MG, Claudio Boschi [CREF 000003G/MG], que recebeu, representado pela Conselheira Celina Sousa Gontijo [CREF 000048-G/MG], o Certificado de Honra ao Mérito em nome do Conselho. “É, ao mesmo tempo, uma responsabilidade e um imenso orgulho”. Responsabilidade essa bem clara para a entidade: “O CREF6/MG tem por finalidade defender a sociedade, zelar pela qualidade dos serviços profissionais na área de atividades físicas, desportivas e similares, promover os deveres e defender os direitos dos Profissionais de Educação Física e das Pessoas Jurídicas que nele estejam registrados”.

Mesmo sabendo de sua missão como presidente do CREF6/ MG, Boschi admite que receber tal homenagem de um órgão como a Secretaria de Estado de Esportes de Minas Gerais traz a certeza de estar desempenhando bem o seu trabalho. “O reconhecimento da Secretaria de Estado de Esportes, por meio do Prêmio do Esporte Mineiro, legitima nosso trabalho e aumenta nossa confiança de que estamos no caminho certo pelo desenvolvimento do esporte em Minas Gerais”. É para contribuir com o desenvolvimento desse instrumento de humanização e formação cidadã, que o CREF6/MG vem trabalhando, dia após dia. “Acreditamos que nossa contribuição se dá a partir das ações de fiscalização e das parcerias com outros órgãos que comungam dos mesmos objetivos. Há mais de 18 anos, o CREF6/MG tem atuado em parceria com o Governo de Minas, executando projetos como Geração Esporte, Academias ao Ar Livre, Minas Esportiva Incentivo ao Esporte, entre outros”, explica o representante do órgão. O CREF6/MG não trabalha sozinho. Junto com ele, lutam, correm e suam a camisa por uma sociedade mais ativa mais de 30 mil Profissionais de Educação Física mineiros. Esses são parceiros fundamentais, cuja missão, segundo Boschi, “é manter-se confiante na consolidação da nossa profissão, atuando sempre de forma técnica e ética. O Profissional deve sentir-se parte de um processo em que ele é peça fundamental para o desenvolvimento do esporte e para o fortalecimento da Educação Física”.


CREF Itinerante chega a 10ª edição na Paraíba

Oferecer cursos gratuitos, prestação de serviço e ações estratégicas para as regiões mais distantes da sede do CREF10/PB, em João Pessoa. Esse é o objetivo do projeto “CREF Itinerante”, que chegou à sua décima edição no estado, com a realização de um evento em Mamanguape, a 65 quilômetros da capital, nos dias 22 e 23 de fevereiro. O projeto foi criado em 2016 e deve ser expandido, ainda mais, neste ano. De acordo com o presidente do CREF10/PB, Francisco Martins da Silva [CREF 000009-G/PB], o “CREF Itinerante” atende a um dos principais objetivos do órgão, que é estender as atividades a um maior número de municípios. “Essa é uma ação que se insere no programa de interiorização do CREF e, como tal, proporciona uma série de benefícios, tais como: facilitar a vida dos profissionais que moram no interior, poupando tempo e dinheiro na solução e encaminhamento dos problemas; viabilizar uma interação mais efetiva entre o CREF, profissionais e entidades; facilitar o relacionamento do Conselho com autoridades e sociedade local; além de permitir o conhecimento e encaminhamento imediato dos casos constatados”, disse ele. O “CREF Itinerante” já esteve nas cidades de Monteiro, Guarabira, Princesa Isabel, Picuí, São Bento, Itabaiana, Patos, Sousa, Itaporanga e, agora, em Mamanguape. Gilmar Carlos da Silva [CREF 004167-G/PB] foi um dos atendidos na décima edição. “O CREF10/PB está de parabéns porque, nas cidades distantes da capital, nós nem sempre temos um tempo livre para nos deslocarmos até a sede para resolver as nossas pendências. Com o atendimento na própria cidade em que moramos, essa prática fica muito melhor”, disse.

EM MAMANGUAPE

Os cursos, oferecidos para profissionais e estudantes de Educação Física, em Mamanguape, foram: Treinamento Funcional, com a professora Cybelle Navarro [CREF 001911-G/PB]; e Recreação na Educação Física Escolar, com o professor Helder Licarião [CREF 001225- G/PB]. Além disso, foram realizados serviços diversos, como: registro de Pessoa Física e Jurídica; atualização de documentos; emissão de Cédula de Identidade Profissional (CIP); emissão de credenciamento; negociação de débitos; emissão de boletos; e possibilidade de contestação de notificações. A cada edição do “CREF Itinerante”, as ações de fiscalização também são reforçadas na região visitada que, normalmente, têm um calendário de rotina,

ampliado nesse período. Na região de Mamanguape, por exemplo, 12 academias e cinco escolas da Rede Pública de Ensino (estadual e municipal) foram notificadas pelo Conselho por apresentarem irregularidades. Entre os problemas, estavam: credenciamento vencido, ausência de profissional e pessoas flagradas exercendo ilegalmente a profissão. Muitos dos notificados aproveitaram para regularizar a situação durante o “CREF Itinerante”.

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INICIATIVA , DESENVOLVIDA TAMBÉM POR OUTROS CREFs, LEVA CURSOS, PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA DIVERSAS REGIÕES DO PAÍS

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Projeto prepara campeões para a vida

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PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA GERENCIAM CARREIRA (E VIDA) DE ATLETA CARENTE NO MARANHÃO

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Josimar da Conceição Silva, mais conhecido como Zima, tem uma filha de quatro anos. Mora com ela e a esposa numa casa de pau a pique e barro deixada pelos seus pais, na cidade de Caxias, que fica no interior do Maranhão. Apesar de jovem, com apenas 27 anos, Zima já passou por algumas dificuldades durante sua vida. Aos 15, viu sua mãe falecer de câncer. Três anos depois, foi a vez do pai – com a mesma doença. Aos 16, foi levado, contra a sua vontade, para a pista de terra batida, convencido por um olheiro que o alertou sobre o seu potencial. Correndo descalço e movido pelo desejo de sua mãe em vê-lo fazendo sucesso nas competições, o atleta tomou gosto pelo atletismo alcançando destaque nacional. Logo, Zima passou a subir ao pódio na maioria das competições de que participava. Atualmente, considerado o mais bem ranqueado atleta do atletismo do Estado do Maranhão, correndo nas provas de 5 km, 10 km e meia maratona, Zima vive e sustenta a família com os prêmios das competições. O dom para o atletismo foi a primeira sorte que Zima teve na vida. A segunda foi ter sido encontrado pelos Profissionais de Educação Física Rodrigo Gonçalves Dias [CREF 003299-G/MA] e Wladimir Bolani [CREF 003560-G/MA] e a pedagoga Girlene Silva de Sá. Juntos, eles criaram no Maranhão um projeto social com o propósito de reestruturar a vida de famílias carentes (Instituto Gonçalves Dias). A primeira família beneficiada foi a dele, nascendo assim o primeiro braço das ações sociais, o projeto “Adote um Atleta”. “Ele é o nosso piloto. Depois de testado e ajustado com a família do Zima, poderemos expandir este modelo de gestão para outras”, explica Rodrigo.


Em setembro do ano passado o CREF15/PI-MA (Seccional Maranhão) promoveu um curso de avaliação cardiorrespiratória na capital. Rodrigo pediu indicação para a Federação de Atletismo do Maranhão de um atleta que pudesse ser voluntário dos exames durante o curso. “Quando vimos o Zima, não acreditamos. E depois de um fim de semana convivendo com ele, conhecendo um pouco da sua sofrida história de vida, não tivemos a mínima dúvida de que aquele menino foi um dos maiores presentes de nossas vidas. Em paralelo à tão sonhada ação de reestruturar famílias carentes, estávamos também diante da oportunidade de colocar em prática a gestão de sua carreira profissional, algo relativamente fácil para nós, depois de anos dedicados ao mundo da Educação Física. Até hoje Zima parece não acreditar, mas ele foi o contemplado”, conta Rodrigo.

A maior preocupação do projeto social é dar uma vida digna para a família do Zima. “A bateria de exames realizados recentemente em São Paulo, revelou que embora ele tenha tido uma alimentação deficiente a vida toda e nunca tenha treinado com o detalhamento especial que os campeões merecem, Zima é um fenômeno. Fisiologicamente, ele está muito pouco atrás dos quenianos”, explica Rodrigo, completando: “Olhando para este cenário, não poderíamos deixar de dar a ele a chance de nos representar numa Olimpíadas e construir uma das mais belas e emocionantes histórias do esporte no Brasil. Estamos colocando o coração e muita vontade neste sonho”. OPORTUNIDADE

O trabalho dos profissionais de Educação Física Rodrigo e Wladimir na gestão de carreiras demonstra um inovador campo de atuação para a categoria. Para isso, como aponta Wladimir, é preciso ter domínio de conceitos empresariais. “Deve-se estar por dentro de tudo o que diz respeito à relação do seu atleta com possíveis patrocinadores”. Além disso, Wladimir explica que é preciso também se apoiar nos conhecimentos de marketing, “Mesmo porque é isso que garante o patrocínio e as parcerias”.

Zima sustenta a família com os prêmios das competições

Tais conhecimentos, portanto, vão além da graduação. Wladimir indica que quem quer atuar na área, precisa buscar especialização por conta própria. “A universidade não tem esse compromisso. Esse conhecimento pode ser encontrado, por exemplo, numa especialização em marketing esportivo. É preciso se debruçar também sobre outras áreas”. Quando se fala da carreira de um atleta carente, como o Zima, Wladimir explica que há outros cuidados necessários. “O perfil de uma parcela dos esportistas brasileiros é de pessoas simples e de estrutura familiar necessitando de cuidados específicos, como por exemplo, educação financeira. Há atletas de extrema competência que conquistam ótima condição financeira e, quando encerram suas carreiras, voltam a enfrentar dificuldades”, explica. Mas no que depender do atleta, que tem consciência de seu privilégio, esse não será o seu destino. “Estamos juntos há pouco tempo, mas minha vida já mudou bastante e certamente ainda tem muito a melhorar. O Rodrigo e o Wladimir chegaram na minha vida para fazer a diferença”, revela Zima. “Eu me sinto prestigiado por receber essa oportunidade que está mudando a minha realidade e mudará também a de outros atletas aqui do estado. Vamos à luta”.

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Da esquerda para a direita: Rodrigo Gonçalves Dias, Girlene Silva de Sá, Zima e Wladimir Bolani

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CREF16/RN participa da 13ª Semana Nacional da Conciliação

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COM 40% DAS SITUAÇÕES DE INADIMPLÊNCIA SOLUCIONADAS, SALDO É 300% SUPERIOR AO ANO PASSADO

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A anuidade é um tributo indispensável para exercer legalmente a profissão registrada em um órgão de classe. Seu pagamento, uma vez ao ano, é utilizado para defender os interesses da categoria e da sociedade, mantendo o cumprimento das finalidades institucionais do CREF, como a fiscalização das atividades e a promoção de atualização profissional. A sua não quitação pode acarretar, sobre o valor originário, incidência de correção monetária, juros e multa e, de acordo com a legislação vigente, inscrição do débito em dívida ativa. Foi para evitar a situação e reduzir o número de inadimplentes que o CREF participou da 13ª Semana Nacional da Conciliação. Com o mote “Conciliar: a decisão é nossa”, a campanha, realizada anualmente pelo Conselho Nacional de Justiça desde 2006, envolveu os Tribunais de Justiça, Tribunais do Trabalho e Tribunais Federais. Na capital potiguar, a iniciativa foi coordenada pela Juíza Federal Gisele Leite.


Problemas não apenas para os registrados, mas também para o CREF. Apesar de contar com uma margem financeira que nunca permitiu que o Conselho enfrentasse problemas de falta de verba, Wellington Fernandes explica que, por não ter fins lucrativos, o CREF não tem interesse em arrecadar volumes de dinheiro. O objetivo é que os profissionais e estabelecimentos fiquem em dia com o Conselho, fortalecendo a parceria entre os dois lados. “Justamente por isso, nós abrimos uma campanha em que zeramos os juros acumulados das dívidas dos registrados, permitindo que eles pagassem somente as anuidades atrasadas, sem multas”. Talvez devido às condições especiais, diversos profissionais e donos de estabelecimentos tiveram, após a 13ª Semana Nacional da Conciliação, a oportunidade de dormir com mais tranquilidade, conscientes de que estavam em dia com o Conselho que fiscaliza e regulamenta sua atividade profissional. Como explica Wellington, as alegações são sempre parecidas: “A maior queixa é a crise do mercado, principalmente em relação às Pessoas Jurídicas. Quanto às Pessoas Físicas, um dos motivos mais citados são os salários atrasados”. Apesar das dificuldades, parece que a estratégia vem dando certo. Para o presidente do CREF16/RN, Francisco Borges [CREF 001001-G/RN], a participação do CREF no evento foi um sucesso. “Tivemos um crescimento de 300% nas conciliações realizadas em comparação ao ano de 2017. Tal rendimento e crescimento renderam vários elogios e contatos, tanto dos juízes federais e servidores da Justiça Federal do Estado, bem como dos departamentos de cobrança de outros conselhos profissionais, na busca de dicas de otimização”, conta.

O objetivo é que os profissionais e estabelecimentos fiquem em dia com o Conselho, fortalecendo a parceria entre os dois lados

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Durante o evento, o CREF16/RN e outros conselhos profissionais ofereceram serviços gratuitos, como medição de altura, peso e cálculo de IMC, no caso do CREF. A décima terceira edição da Semana Nacional da Conciliação aconteceu no fim do ano passado, solucionando, sem a necessidade de ações jurídicas, 40% dos casos de inadimplência, 300% a mais do que no ano anterior. De acordo com o CREF, a situação só vem melhorando. Desde 2015, quando o CREF16/RN foi criado, a quantidade de Pessoas Físicas e Jurídicas que deixavam de arcar com suas anuidades só diminui, mesmo com o aumento do número de registros. A evolução se deve a fatores como a ampliação dos meios de comunicação do CREF e a própria parceria entre os setores de cobrança e fiscalização, quando, durante suas ações, os fiscais levam termos de compromisso para que as Pessoas Jurídicas inadimplentes se comprometam a comparecer ao CREF para negociar sua dívida. É o que explica Wellington Fernandes, diretor de cobranças do CREF16/RN. “Nós tentamos mostrar para o registrado que ele é amigo do Conselho, sem jamais deixá-lo se sentir constrangido por não ter pago suas anuidades, mas sim mostrando para ele os problemas que o débito pode trazer”.

Durante o evento, foram oferecidos serviços gratuitos, como medição de altura, peso e cálculo de IMC

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CONFEF promove programação

paralela na FIEP TRÊS DIAS DE ATIVIDADES, SEIS EVENTOS GRATUITOS E CERCA DE 20 MIL VISUALIZAÇÕES EM TRANSMISSÃO AO VIVO. VEJA COMO FOI A PROGRAMAÇÃO PARALELA DO SISTEMA CONFEF/CREFs NA 34ª EDIÇÃO DO CONGRESSO FIEP

Entre os dias 12 e 16 de janeiro, profissionais, pesquisadores e estudantes de Educação Física de todo o país e até da América Latina, tiveram um encontro em Foz do Iguaçu (PR). O Congresso Internacional de Educação Física FIEP, um dos maiores eventos da área, chegou à sua 34ª edição. O evento também foi marcado pelo aniversário de 70 anos da Federação Internacional de Educação Física (FIEP). A mesa de abertura do congresso contou com a participação de grandes nomes da profissão, como o presidente do

CONFEF, Jorge Steinhilber, o presidente Mundial da FIEP, Almir Adolfo Gruhn [CREF 000001-G/PR], o 2º vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Ivaldo Brandão [CREF 001730G/RJ], o presidente do CREF6/MG, Claudio Boschi, o Prof. Dr. Jose Fernandes Filho [CREF 000066-G/RJ], entre outros. Durante a programação, o Sistema CONFEF/CREFs promoveu eventos paralelos, como seminários e fóruns, que foram transmitidos ao vivo pelo site e Facebook do CONFEF. Os interessados puderam participar online dos debates.


SEMINÁRIO DE ATIVIDADE FÍSICA NA ATENÇÃO À SAÚDE

Realizado nos dias 13 e 14 de janeiro, o 8º Seminário de Atividade Física na Atenção à Saúde teve como tema a “Intervenção do Profissional de Educação Física na área da saúde”. O encontro teve como objetivo ampliar o conhecimento das habilidades e competências da atuação na área da saúde, orientar os profissionais quanto à atuação junto a programas de promoção da saúde e qualidade de vida, oportunizar a socialização de boas práticas profissionais por meio de relatos de experiências na área de saúde, além de divulgar documentos, posicionamentos e publicações efetuadas pelo CONFEF sobre a temática. No primeiro dia de evento, a mesa contou com a presença dos profissionais José Marques Novo Júnior [CREF 095238-G/SP], Paulo Sergio Cardoso da Silva [CREF 011846-G/SC] e Sebastião Gobbi [CREF 000183-G/SP]. A legislação do SUS, o panorama dos profissionais que atuam na área, as possibilidades de atuação no NASF-AB e a residência multiprofissional em Saúde foram alguns dos temas abordados nas palestras. No dia seguinte, participaram do debate os profissionais Laercio Elias Pereira [CREF 000874-G/AL], Francisco Pitanga [CREF 000108-G/BA], José Marques Novo Júnior e Paulo Sergio Cardoso da Silva. As palestras abordaram os sistemas, tecnologias e inovações relacionados à saúde pública, e os aplicativos de avaliação pré-participação em programas de exercícios físicos. O Centro Esportivo Virtual (CEV) também foi apresentado. O evento foi coordenado pelo Conselheiro Federal Marino Tessari [CREF000007-G/SC] e secretariado pelo Conselheiro Federal Carlos Alberto Camilo Nascimento [CREF 000006-G/MG].

Especialistas participam do 8º Seminário de Atividade Física na Atenção à Saúde

O 10º Seminário de Ética do CONFEF teve como objetivo discutir questões inerentes aos avanços técnicos seus imperiosos acolhimentos pelos respeitantes ordenamentos legais do Sistema CONFEF/CREFs. A primeira mesa redonda do evento teve como tema “O Código de Ética do Profissional de Educação Física: Eixo norteador da intervenção Profissão”. Na Palestra, o Prof. Dr. Carlos Bolonha abordou sobre a “atuação do CONFEF na concretização do Código de Ética Profissional - uma análise institucional”. Em sua Palestra, o Prof. Dr. Claudio Boschi também abordou a importância da ética na profissão, os avanços técnicos e éticos na Educação Física e o Código de Ética. Durante a mesa redonda que se seguiu, a Profª. Esp. Solange Guerra Bueno [CREF 011236-G/SP] discorreu sobre a ética profissional e sobre os critérios de valores que mudam com o tempo, reforçando a importância dos juramentos realizados no ato da Colação de Grau. Na mesma mesa, o Prof. Me. Claudio Peixoto [CREF 000225-G/RJ] abordou as “Reflexões para Alinhamentos dos Termos de Responsabilidade Técnica (RT)”, tomando por base o estatuto do CONFEF. No segundo dia de evento, a Conselheira Federal Valéria Sales [CREF 000213G/PE], coordenadora do seminário, escolheu como caminho para fazer a abordagem sobre “A Ética na profissionalização da Educação Física no Brasil”, uma incursão pelo ordenamento legal que sustenta a consolidação da profissão. O presidente do CONFEF, Jorge Steinhilber, retomou ao tema tratado no primeiro dia do seminário, ressaltando “a complexidade da responsabilidade

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SEMINÁRIO DE ÉTICA

Conselheira Federal Valéria Sales

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técnica e responsabilidade ética”, abordado pelos profissionais Solange Bueno e Claudio Peixoto.

Seminário teve como tema a Profissionalização da Educação Física e Ética

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O Conselheiro Federal João Batista Tojal [CREF 000003G/SP] discorreu sobre o processo de implantação do curso de bacharelado, como base de conhecimento para justificar o reconhecimento da Educação Física como profissão da área da Saúde pelo Ministério da Saúde. Tendo culminado na promulgação da Lei 9.696/98 - que regulamenta a Profissão Educação Física. Em seguida, relatou o processo de elaboração do Estatuto e do Código de Ética. Na última mesa redonda, com o tema “Educação Física e Ética na Área da Saúde”, o Prof. Dr. Ercole Rubini [CREF 001629-G/RJ] apresentou a Educação Física como ciência baseada em evidências e reforçou a importância do profissional se manter atualizado com a literatura científica. Também tratou, entre outros, sobre o conceito de Ética, abordando com detalhes as condutas éticas do Profissional de Nível Superior em Saúde. Em seguida, o Conselheiro Federal Francisco Pitanga apresentou o aplicativo “Avaliação Pré-Participação - AP”, que tem como objetivo estimular a padronização de protocolos de atendimento para avaliações de pré-participação em programas de exercícios físicos.

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FÓRUM DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Em sua 11ª edição, o Fórum de Educação Física escolar trouxe o tema “Esporte na escola”. Sendo o esporte reconhecido como meio de desenvolvimento humano, como prática cultural, como forma de inclusão e como elemento de promoção de saúde. Nesse contexto, discutiu-se o esporte aliado à educação, sendo capaz de promover aprendizagens relacionadas ao desenvolvimento de habilidades, competências e capacidades, associadas às dimensões afetivas, cognitivas, sociais, psicomotoras, e sobretudo à internalização de valores. Sob coordenação do Prof. Ricardo Catunda, iniciou-se o primeiro painel que tratou da educação esportiva e o futuro do esporte no Brasil, com participação do Prof. Ms. Georgios Stylianos Hatzidakis [CREF 000688-G/SP], consultor, professor universitário, palestrante e também ex-Conselheiro Federal. A segunda participação foi a do

Além do coordenador do Fórum, a mesa de abertura do evento contou a com presença dos presidentes do CREF6/MG e do CONFEF

professor Vanderson Berbat, mestre em Políticas Públicas e diretor do “Impulsiona Educação Esportiva”. No dia seguinte, foi discutido o ensino do esporte na escola e os valores para o desenvolvimento das pessoas. Para essa tarefa e sob a coordenação do Prof. Dr. Ricardo Catunda, foi realizada a palestra “Discutindo o ensino e os valores do esporte para o desenvolvimento humano” proferida pelo prof. Dr. Ricardo Hugo Gonzalez [CREF 002710-G/SC], especialista em atividades aquáticas, mestre em Ciências do Movimento Humano e Doutor em Saúde Pública.

Convidados participam do 11º Fórum de Educação Física Escolar

Nos debates e reflexões finais sobre a pedagogia do esporte, além dos palestrantes, o evento contou com a participação do Prof. Dr. Jorge Olímpio Bento, de Portugal, que fez suas considerações sobre a temática. SEMINÁRIO SOBRE VALORES DO ESPORTE E EDUCAÇÃO OLÍMPICA

Em sua décima edição, o Seminário sobre Valores do Esporte e Educação Olímpica contou com a participação do Prof. Georgios S. Hatzidakis e do Prof. Dr. Jorge Olimpio Bento. Na abertura do evento, o presidente Jorge Steinhilber, coordenador do seminário, discorreu sobre o desperdício de oportunidades em promover o esporte educacional durante a realização dos principais eventos esportivos mundiais. Para Steinhilber, os eventos foram


bem organizados e emocionantes, mas não promoveram o legado esperado: os estádios, em sua maioria, estão abandonados e as arenas e equipamentos dos jogos olímpicos estão sem utilização que contribua para o esporte enquanto fator de desenvolvimento humano.

Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE)” foi o tema do 2º Fórum do Esporte, realizado no dia 15 de janeiro. O evento, sob coordenação do Conselheiro Federal Tharcísio Anchieta [CREF 000900-G/AM], contou com palestras do Coordenador de Esportes da Superintendência de Esportes do Paraná, Cristiano Barros Homem, Celina Contijo, Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento do Esporte Educacional do Estado de Minas Gerais, e do vice-presidente da CBDE, Francisco Braz.

Prof. Jorge Bento, de Portugal, participa de debate sobre valores do esporte

FÓRUM DO ESPORTE

“Como o esporte escolar pode contribuir para o desenvolvimento do esporte: visão do poder público e da

Jorge Steinhilber foi um dos convidados do Fórum do Esporte

FÓRUM DE ACADEMIAS

No dia 15 de janeiro também foi realizada a segunda edição do Fórum de Academias, sob coordenação do presidente da Comissão de Assuntos em Academias e Afins, Jean Carlo Azevedo [CREF 000964-G/AM].

Profissional Leonardo Cabral palestra durante 2º Fórum de Academias

O evento teve como tema “Gestor 4.0” e contou com a palestra do especialista no mercado de academias e estúdios, Leonardo Cabral [CREF 004254-G/RJ]. Ao fim do evento, foi realizada uma pesquisa com os participantes, que avaliaram o fórum e tema como excelente, e de grande relevância. A avaliação foi unânime entre todos os ouvidos. Para os organizadores, o evento foi um sucesso devido ao interesse despertado nos participantes (presenciais e online) e ao palestrante, que atendeu as expectativas. Transmissão online - Toda a programação foi transmitida ao vivo pelo Facebook e contou com grande participação de internautas. Durante três dias de transmissão, foram mais de 19 mil visualizações e mais de 400 comentários. Os vídeos permanecem disponíveis, na íntegra, em nossa página: www.facebook.com/confef.

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O presidente do CONFEF também ressaltou que não houve por parte das autoridades e, principalmente, do Ministério do Esporte, efetivo interesse em elaborar programas ou projetos que incentivassem a população à adoção de uma vida ativa, da prática esportiva e da implantação de políticas públicas para o esporte. Enfatizou que em termos esportivos, a Constituição é totalmente desrespeitada, pois os recursos deveriam ser alocados na promoção da formação e atualmente são destinadas ao esporte de alto rendimento. Apontou que os Centros de Estudos Olímpicos diminuíram, ao invés de aumentar, devido à ausência de ênfase ao Movimento Olímpico, à educação Olímpica e sim ao esporte enquanto fator de competição e busca de vitórias, transformado os atletas em meras mercadorias. Em seguida, o Prof. Georgios Hatzidakis abordou a superação e os valores que o esporte proporcionam, lembrando sempre da imperiosa necessidade dos mesmos serem dinamizados por Profissionais de Educação Física. Ao fim de sua fala, deixou alguns desafios para as próximas edições do Seminário, acoplando também a Academia Paralímpica Brasileira, que desenvolve projetos de integração social. Por último, o Dr. Jorge Bento discorreu sobre a filosofia e a grandeza do Movimento Olímpico e dos valores dos Jogos Olímpicos desde a Grécia Antiga até os dias de hoje. O pesquisador português fez uma longa conferência a respeito dos deveres e direitos do esporte, destacando seu significado e importância na antiguidade e na atual conjuntura. Ele apresentou a conexão do esporte com a educação, formação e saúde, ressaltando seu valor para o desenvolvimento humano.

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Projeto, sonho e realidade

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APÓS 10 ANOS DE PROJETO, ACADEMIA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA FIEP É CRIADA

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Com o objetivo de eternizar a memória daqueles que contribuíram para a construção, evolução e transformação da Educação Física brasileira, em janeiro de 2019 foi instaurada a Academia Brasileira de Educação Física (ABEF) da FIEP. O projeto, no entanto, vem sendo idealizado desde 2008, tendo como propósito imortalizar os profissionais que são referência na profissão por suas obras, lutas e legados. Ao longo dos anos, o Prof. Dr. Almir Adolfo Gruhn, na sua inquietude, foi sonhando, amadurecendo, construindo e consolidando a criaç ão da ABEF. O projeto foi recebido com entusiasmo inclusive pelo Prof. Manoel Tubino, primeiro brasileiro a presidir a Federação Internacional de Educação Física (FIEP) e secretário nacional de Esportes na década de 1990. Na época, o Prof. Tubino também manifestou o desejo de criar, em conjunto, o Museu do Esporte Brasileiro, desejo este que já está sendo colocado em prática pelo Prof. Almir Gruhn. Assim, no dia 11 de janeiro, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), a Delegacia da FIEP no Brasil anunciou à sociedade brasileira e estrangeira, em evento comemorativo pelos seus 70 Anos, a criação da ABEF. O projeto tornou-se realidade, reunindo profissionais de Educação Física, Delegados da FIEP e convidados, que referendaram a sua criação. Na mesma data, tomaram posse os primeiros membros efetivos e foi eleita a primeira diretoria, sendo composta por: Almir Gruhn (presidente), José Fernandes (vice-presidente), Paulo Antonelli (Tesoureiro) e Cassio Hartmann (Secretário). No dia 12 de janeiro, durante a solenidade de abertura do 34º Congresso Internacional de Educação

Física, tomaram posse os imortais Prof. Dr. João Batista Gomes Tojal e Dr. Jorge Bento. “Dessa forma, nasceu a Academia Brasileira de Educação Física (ABEF). Um sonho sonhado muitas vezes no clarão da madrugada, no desejo incontido de valorizar a Educação Física e imortalizar seus atores principais, na emoção de algumas lágrimas, na lembrança de tempos outrora”, conta o Prof. Almir Gruhn. A Academia conta com 35 cadeiras, cujos Patronos – profissionais de Educação Física - emprestaram sua identidade, além de delegados da FIEP já falecidos, mas que marcaram a Educação Física Brasileira pela sua trajetória profissional. No decorrer do ano, serão eleitos e aclamados os imortais para a composição final das demais cadeiras da ABEF. Conheça os patronos/imortais: Jacintho Francisco Targa, Vicente Schilikmann Rotteger, Marco Antônio Lafranchi, Sylvio José Raso, Alfredo Colombo, Antônio Boaventura da Silva, Aloyr Queiroz de Araújo, Ivezil Penna Marinho, Laércio Milazzo, Nataniel Henrique de Morais, Manoel Cassemiro Curvo, Mario Ribeiro Cantarino, José Eduardo Gomes Barreira, Rui Guterrez Moreira, João Evangelista da Silva, Alcides Lebre, Maria Augusta de Moura, José Maurício Capinussú, Célio Cordeiro Filho, Sidirley de Jesus Barreto, Sônia Guimarães da Costa, Guilherme Pinto Nery, Octávio Augusto A. Cattani, Nagib Coelho Matni, Alamir José Casarin, Elias Mansur Simão Filho, Herbert de ALmeida Dutra, Manoel José de Almeida Dutra, Manoel José Gomes Tubino, Jayr Jordão Ramos, Remo John, Olavo Amaro da Silveira, Celso Teixeira, Ruy Jornada Krebs, Dalton Ribeiro de Carvalho, Nalia Waquim Bucar de Arruda.


MOVIMENTO NA REDE A coluna, assinada pelo Doutor em Educação Física pela Unicamp e criador do Centro Esportivo Virtual (CEV), Laércio Elias Pereira, tem como objetivo apresentar os principais portais de conteúdo para o Profissional de Educação Física. Tudo que há de mais atualizado na área você encontra aqui.

EDU EM 90 WWW.CONFEF.COM/410

O EDU em 90 é a mais nova série de Google para a Educação, feita especialmente para o Brasil. Em cada episódio, educadores inovadores falam sobre suas experiências em sala de aula e dão dicas para que outros professores, reitores e entusiastas da tecnologia na educação possam trazer cada vez mais inovação para as escolas e faculdades. A série conta com seis vídeos em português, mas há 54 em inglês sendo recriados com exemplos de professores brasileiros.

EDUCAÇÃO FÍSICA NA SEED PARANÁ WWW.EDUCACAOFISICA.SEED.PR.GOV.BR

Portal de Educação Física mantido pela Secretaria de Educação do Paraná com vários recursos agrupados em seções, como Dança, Esporte, Enem, Ginástica, Jogos e Brincadeiras, Lutas, Recursos de Formação, Recursos Didáticos, Sala de Aula, entre outros.

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NOS PROGRAMAS PELC E VS Em parceria com a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, a Universidade Federal de Minas Gerais está desenvolvendo uma série de ações relacionadas aos projetos sociais de esporte e lazer desenvolvidos em âmbito federal. Dentro deste Programa, as formações a distância e gratuitas na área de esporte e lazer atendem a profissionais de todo o Brasil.

REDE BRASILEIRA DE APRENDIZAGEM CRIATIVA APRENDIZAGEMCRIATIVA.ORG

A rede é composta por educadores, artistas, pesquisadores, empreendedores, alunos e outros interessados na implementação de ambientes educacionais mais “mão-na-massa”, criativos e interessantes nas escolas, universidades, espaços não-formais de aprendizagem e residências de todo o Brasil.

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PROJETOS.EEFFTO.UFMG.BR/EADPELC/

#DICADELEITURA 50 ANOS DO LIVRO PIONEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE CEV.ORG.BR/BIBLIOTECA/INTRODUCAO-MODERNA-CIENCIA-TREINAMENTO-DESPORTIVO/

A obra “Introdução à Moderna Ciência do Treinamento Desportivo” foi lançada pelo DED-MEC, em 1969, sob coordenação do Prof. Dr. Lamartine Pereira da Costa, que agora agrega um histórico da criação e trajetória da obra nos comentários do material, disponível por capítulos.

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PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA são homenageados em premiação PRÊMIO BRASIL OLÍMPICO PREMIA ATLETAS E TREINADORES QUE FORAM DESTAQUE NO ESPORTE EM 2018

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Profi ssional de Educação Física Fernando Possenti recebe o Troféu de Melhor Técnico Individual

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Maior premiação do esporte brasileiro, o 20º Prêmio Brasil Olímpico (PBO) destinou a mais importante homenagem da noite, de atleta do ano, para a nadadora Ana Marcela Cunha, tetracampeã do Circuito Mundial, e para o canoísta Isaquias Queiroz, campeão mundial nas provas C1 500m e C2 500m. Curiosamente, os dois contam com o mesmo técnico: Fernando Possenti [CREF 035766-G/SP]. Além da homenagem aos seus atletas, Possenti também foi reconhecido com o Troféu de Melhor Técnico Individual. O técnico Fernando Possenti não foi o único Profissional de Educação Física homenageado. Ele compartilhou a premiação com Renan Dal Zotto [CREF 004797-P/SC], comandante da seleção masculina de vôlei vice-campeã mundial na temporada, e o técnico de judô Geraldo Bernardes [CREF 001356-G/RJ], que ajudou Rafaela Silva a conquistar o ouro no Rio 2016. A premiação de Geraldo Bernardes foi um dos pontos altos da cerimônia. Ele recebeu o Troféu COI (Comi-

tê Olímpico Internacional), que teve, em 2018, o tema “Olimpismo em ação”, destinado a pessoas que promoveram a atividade física, a educação, a igualdade de gêneros e a ajuda aos refugiados por meio do esporte. O mentor de Rafaela Silva, campeã olímpica na Rio 2016, e de Flávio Canto, bronze em Atenas 2004, foi um dos fundadores do Instituto Reação, que já atendeu mais de 10 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e orientou os judocas refugiados Yolande Bikasa e Popole Misenga, tanto no clube quanto nos Jogos Rio 2016. Já o Troféu de Melhor Técnico de Esportes Coletivos ficou com Renan Dal Zotto, comandante da seleção masculina de vôlei vice-campeã mundial na temporada. Ele recebeu o prêmio das mãos de Jorge Barros [CREF 006871-G/RJ], o Jorjão, auxiliar técnico de Bebeto durante grande parte de sua carreira. Os técnicos não


foram os únicos profissionais de Educação Física homenageados. Entre os atletas contemplados estão os profissionais Luiz Felipe Soriani [CREF 150717-G/SP], jogador de basquete, Rodrigo Faustino [CREF 013290-G/ SC], do Hóquei sobre grama, e o ginasta Arthur Zanetti, que também é formado em Educação Física. Além das personalidades do esporte citadas, atletas com deficiência também tiveram seu espaço. Isto porque, ainda em dezembro, aconteceu também o Prêmio Paralímpico 2018. O Sistema CONFEF/CREFs esteve presente nas figuras do Conselheiro Federal Almir Adolfo Gruhn e do presidente do CREF4/SP, Pedro Roberto Pereira de Souza [CREF 000259-G/SP]. Premiação Brasil Olímpico - A primeira edição do prêmio aconteceu no Teatro Alfa, em São Paulo, em 1999. Na ocasião, os Atletas do Ano foram Gustavo Kuerten, no masculino, e Maurren Maggi, no feminino. O PBO é a maior premiação do esporte brasileiro e tem como objetivo prestar homenagens aos principais atletas olímpicos, treinadores e personalidades esportivas do país. Em 2018, o evento chegou à sua 20ª edição, homenageando os melhores atletas em 51 modalidades, além de Melhor Técnico Individual e Coletivo; Troféu Adhemar Ferreira da Silva; Melhores Atletas nos Jogos Escolares da Juventude, Atleta da Torcida (votação popular), além do prêmio máximo, de Atleta do Ano.

e Isaquias Queiroz Ana Marcela Cunha de Atleta do Ano recebem o prêmio

Luiz Felip e Soriani

CONHEÇA OS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PREMIADOS NO 20º PBO GERALDO BERNARDES

Motivado por bronquite e asma, Possenti foi apresentado à natação ainda quando criança. Ganhou diversos campeonatos e se profissionalizou. Profissional de Educação Física, o técnico trabalha com natação de 1997 até hoje.

Pelas suas mãos passaram grandes campeões do esporte. Geraldo Bernardes é ex-técnico da seleção brasileira de judô, coordenador do Instituto Reação e Profissional de Educação Física desde 1978.

LUIZ FELIPE SORIANI

RODRIGO FAUSTINO

Principal nome do basquete 3×3 no Brasil, Soriani tem 29 anos e defende o São Paulo DC. O atleta teve passagens por vários clubes como Bauru, Sorocaba, Rio Claro, Lins, disputou uma temporada no Chile, no Alemán de Concepción e, em Santos, começou a jogar o basquete 3×3.

Goleiro de futsal até 2004, Faustino fez um teste e acabou entrando na seleção brasileira de Hóquei. Mal sabia ele que, 14 anos depois, em 2019, viria a ser eleito o melhor goleiro na 20ª edição do Prêmio Brasil Olímpico.

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FERNANDO POSSENTI

RENAN DAL ZOTTO

A paixão de Dal Zotto pelo vôlei começou na escola, nas aulas de Educação Física. Pouco tempo depois, já treinava no tradicional Clube Sogipa, de Porto Alegre (RS). Após anos de experiência como técnico, Dal Zotto assumiu a seleção brasileira masculina adulta de voleibol.

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CREF7/DF

inaugura nova sede

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O ESPAÇO É UMA CONQUISTA IMPORTANTE PARA O CONSELHO, SEUS PROFISSIONAIS E COMUNIDADE DO DISTRITO FEDERAL

Patrick Novaes Aguiar, presidente do CREF7/DF e Nicole Christine de Azevedo da Silva, vice-presidente

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O mês de março foi marcado por uma grande mudança na trajetória do CREF7/DF. Desde o dia 11, todas as atividades e serviços do Conselho passaram a ser realizados na nova sede, localizada no bairro de Taguatinga, no Distrito Federal. Caracterizada pela estrutura moderna, tecnologia e pelo amplo espaço, a nova sede também traz um grande diferencial: é uma sede própria. O novo local possui um ambiente maior para atendimento e desempenho das atividades. Com isso é possível oferecer mais conforto a todos em uma estrutura moderna. O projeto arquitetônico amplifica a credibilidade e a imagem do CREF, e privilegia a acessibilidade, a otimização das atividades, a preparação para o recebimento de novas tecnologias e, principalmente, o conforto e comodidade dos colaboradores e dos registrados. A localização é estratégica tanto para quem vai de carro como para quem utiliza o transporte público. O edifício em que a nova sede se encontra também possui amplos espaços para as plenárias e até mesmo eventos de pequeno porte. A vizinhança conta com shopping, supermercados e demais serviços de utilidade.

E as novidades não param por aí. No local, os profissionais contarão com o Espaço do Profissional, uma área equipada com computadores, impressoras, mesas e cadeiras, para que eles possam acessar à internet, buscar e imprimir documentos, consultar e-mails e realizar outras atividades. A ideia é que os profissionais possam usufruir de apoio para demandas emergenciais sem ter que voltar ao seu local de trabalho ou residência. Quem já visitou e experimentou o atendimento na nova sede saiu bastante contente e com elogios à estrutura e ao ambiente. Quem ainda não foi está convidado a conhecer. “Os profissionais agora têm um ambiente condizente com a importância da nossa profissão e com a qualidade e conforto que eles merecem”, indica Patrick Aguiar [CREF 003132-G/DF], presidente do CREF7/DF. A mudança também propiciou mais segurança e evolução tecnológica das operações, que estavam limitadas, pois o endereço anterior da Asa Norte apresentava diversas restrições estruturais e até mesmo de oferta de serviços básicos, como rede elétrica estabilizada, internet de alta velocidade, entre outros. O Edifício Connect Towers é um complexo moderno e bem localizado. Além de estar ao lado do Taguatinga Shopping, ele também fica às margens do Pistão Sul, possibilitando o fácil acesso através do transporte público, de carro ou moto. O endereço completo é Qs 1 - Rua 210, Lotes 19, 21 e 23, Edifício Connect Towers, salas 730 a 738, no Pistão Sul. E o melhor ponto de referência para chegar à nova sede do CREF7 é o Taguatinga Shopping, que fica exatamente ao lado.

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“Os profissionais agora têm um ambiente condizente com a importância da nossa profissão e com a qualidade e conforto que eles merecem”

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JUDÔ SOB EDUCAÇÃO FÍSICA | 69/2018

ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

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FORMAÇÃO SUPERIOR E REGISTRO PROFISSIONAL ABREM LEQUE DE OPORTUNIDADES PARA PROFISSIONAIS

Esportes de Combate ou Modalidades de Combate são os termos utilizados para definir os esportes derivados das Artes Marciais (Judô, Karatê, Kung fu, Kempo, capoeira esportiva, Jiu-jitsu, Taekwondo, Boxe, Lutas Olímpicas e Greco-romana, Kickboxing, Muay thai, Sumô, entre outros). Por serem práticas esportivas, as atividades necessitam de orientação qualificada.


Jucinei Costa - presidente da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro

Com isso, cada vez mais praticantes procuram o curso de Educação Física para atuar no ramo. Exemplo disso é o comando do Judô nacional, que desde os anos 90 tem a gestão da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) a cargo de profissionais de Educação Física. Entre seus ex-presidentes está, inclusive, o atual presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o judoca e Profissional de Educação Física, Paulo Wanderley Teixeira. A CBJ também exige que para atuar como técnico em eventos organizados pela Confederação, o profissional possua registro no Sistema CONFEF/CREFs. Na mesma linha de valorização, destaca-se o trabalho levado a efeito pela Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro (FJERJ). Para Jucinei Costa [CREF 009347-G/RJ], que é faixa vermelha e branca (6º dan) e atual presidente da entidade, a exigência mostra aos profissionais um caminho que pode abrir portas. “A gente acredita que o profissional será mais qualificado se fizer o curso de Educação Física. A federação não é

“Na graduação, a gente tem vivências que nos auxiliam na condução do nosso trabalho, como didática, suporte básico de vida, fisiologia do exercício,

uma universidade, então ela não forma professores, ela forma um faixa-preta. O judoca então deverá decidir se irá atuar como faixa-preta dando aulas ou como atleta. A partir dessa decisão, ele deverá procurar uma qualificação”, explica. O próprio representante é um exemplo da importância da graduação acadêmica. “Eu me considero um profissional antes e outro depois da universidade. Com a graduação eu me tornei um professor muito melhor. No dia a dia, você até tem uma vivência do esporte, do que foi passado pelo seu professor, mas sempre de uma forma empírica. Na graduação, temos vivências que nos auxiliam na condução do nosso trabalho, como didática, suporte básico de vida, fisiologia do exercício, planificação das atividades, aprendizagem e desenvolvimento motor. Tudo isso você aprende na faculdade”, conta o kodansha (nível de pós-graduação dentro do judô) Jucinei Costa.

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planificação das atividades. Tudo isso você aprende na faculdade”

Leonardo Lara - vice-presidente da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro

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O faixa vermelha e branca (6º dan) Leonardo Lara [CREF 002242-G/RJ], vice-presidente da FJERJ, trilhou um caminho semelhante graças às orientações do seu professor de judô. “Tanto o Jucinei quanto eu tivemos sorte porque quando éramos jovens e competíamos, tivemos aulas com professores de outra geração, mas que já eram profissionais de Educação Física. Eles sempre nos incentivaram a trilhar esse caminho, a estudar. Isso antes mesmo da regulamentação da profissão”, conta. E o aprendizado segue sendo passado para frente. Quando os membros da federação identificam judocas mais novos, com capacidade de desenvolver uma carreira técnica dentro do Judô, os convidam para uma conversa e orientam sobre a importância da qualificação. “A gente também alerta sobre a necessidade do registro profissional para atuar como técnico da seleção do Estado. E muitos resolvem cursar a graduação de Educação Física. São judocas que já tinham o interesse na graduação, mas que por acomodação ou falta de tempo, acabaram deixando-a de lado. As oportunidades aparecem, mas nós temos que estar preparados para aproveitá-las”, indica Leonardo Lara. E ao que tudo indica, essa estrutura qualificada tem apresentado resultados. O Judô é o esporte olímpico nacional com o maior número de medalhas olímpicas de todos os tempos.

“Eu me considero um profissional antes e outro depois da universidade. Com a graduação eu me tornei um professor muito melhor. No dia a dia, você até tem uma vivência do esporte, mas

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sempre de uma forma empírica”

Judô nas Escolas - Outro exemplo da importância da formação é o projeto Judô nas Escolas, desenvolvido pelo governo do Japão em parceria com o governo brasileiro, a CBJ e o Instituto Kodokan do Brasil (IKB). Trata-se de um projeto de introdução do Judô em escolas públicas de todo o país. Ao todo, sete técnicos brasileiros, entre eles o kodansha Leonardo Lara, conheceram de perto o papel do judô na educação pública japonesa, além de aprenderem mais sobre o ensino da modalidade na infância, e de assistirem a uma competição nacional. Ao voltar, eles tiveram a missão de propor uma adequação do modelo japonês à realidade brasileira, além de repassar os conhecimentos a outros professores brasileiros. O acordo entre os países prevê que novas turmas viajem ao Japão anualmente até 2020. De acordo com o Lara, uma das exigências para participar do projeto no Brasil será o registro no CREF. PRATICANDO A ATITUDE CORRETA

Para assegurar a qualidade do serviço prestado, antes de contratar um professor de Judô, as instituições de ensino e academias devem verificar se o profissional possui registro tanto na federação do esporte quanto no CREF da região. A forma de verificar se o profissional é faixa-preta, reconhecido pela CBJ, órgão que rege o esporte em todo país, é o registro na federação do Estado.

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Esportes de combate podem reduzir agressividade

Observou-se que a arte marcial Karate-Do é favorável à formação integral dos alunos, fazendo-os perceber e desenvolver valores para a melhora nas relações. Também foi proposto que a prática fosse transferida para as aulas de Educação Física, e os conteúdos programáticos tratem do assunto “esporte educacional” de forma aprofundada, especialmente os esportes de luta. O responsável pela orientação das atividades e desenvolvimento da pesquisa foi o Profissional de Educação Física Pierry de Oliveira Nunes [CREF 010703-G/ RS], faixa-preta 4º Dan, filiado à Federação Gaúcha de Karate (FGK). O estudo pode ser conferido em www.confef.com/411. E FORMAR CIDADÃOS...

Em Botucatu, município do Estado de São Paulo, o projeto Associação Fraternal de Apoio a Família (AFAF) leva atividades como Boxe, Muay thai e Jiu jitsu, de forma gratuita, a crianças carentes de 6 a 17 anos. O projeto social foi criado pelo Profissional de Educação Física José Carlos Alves de Araújo Júnior [CREF 117572-G/SP], conhecido por Juninho Alves, e pelo professor de Jiu Jitsu Will Cleber Trovão. Atualmente, o projeto atende uma média de 500 alunos, ensinando o respeito e a disciplina por meio dos esportes de combate. A principal meta do projeto é promover a atividade física, melhorar a qualidade de vida dos praticantes e tornar bons cidadãos. “Esse projeto é a menina dos meus olhos. Como coordenador, ele me ajuda a ser um profissional melhor, ajudando ao próximo e fazendo famílias felizes através do esporte, além de dar esperança aos jovens atendidos”, justifica. As atividades são realizadas na academia Centro de Treinamento de Artes Marciais WT COMBAT e conta com o apoio da igreja Casa do Oleiro, da Secretaria de Esportes e Qualidade de Vida da Prefeitura Municipal de Botucatu e de patrocinadores.

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As experiências vivenciadas através dos esportes de combate podem contribuir para tratar comportamentos como a falta de disciplina, concentração, dificuldade de relacionamentos, baixa autoestima, agressividade, entre outros. Essa é a conclusão de um estudo realizado com alunos de uma escola pública da periferia de Triunfo (RS). Os estudantes são praticantes do Karate-Do, atividade que exige dos executantes o aprimoramento do controle físico e emocional. A pesquisa, realizada entre 2009 e 2010, teve como objetivo investigar e comparar os níveis de autocontrole de praticantes e não-praticantes de Karate-Do. Fizeram parte do estudo, alunos da 5ª Série do ensino fundamental ao 1º ano do ensino médio, totalizando 152 participantes, com idades entre 10 e 17 anos, sendo 68 do sexo masculino e 84 do sexo feminino. As aulas fazem parte do Programa Escola Aberta. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário, validado por profissionais de Psicologia. Como resultado, observou-se que os alunos aumentaram o controle emocional, tornando-se mais calmos, melhoraram nas atitudes com a família, na comunidade e especialmente no âmbito escolar, com aumento de disciplina e rendimento escolar.

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Eleições CREF: Diretorias tomam posse

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CERCA DE 30% DOS CREFs TEM NOVOS GESTORES NA PRESIDÊNCIA

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Em 2018, no mês de setembro, foram realizadas as eleições para membros dos CREFs de todo o país. Nos Conselhos CREF1/RJ-ES, CREF2/RS, CREF3/SC, CREF4/SP, CREF5/CE, CREF6/MG, CREF7/DF, CREF8/AM-AC-RO-RR, CREF9/PR, CREF10/PB, CREF11/MS, CREF12/PE, CREF13/ BA e CREF14/GO-TO, o processo elegeu 14 membros Conselheiros. Já nos Conselhos CREF15/PI-MA, CREF16/ RN, CREF17/MT, CREF18/PA-AP, CREF19/AL e CREF20/SE, as eleições definiram a escolha de 28 membros Conselheiros, sendo 14 para mandato de seis anos e 14 para mandato de três anos. Após a cerimônia de posse dos Conselheiros eleitos, foram definidos também os componentes da Diretoria e Presidência de cada CREF. Houve mudança na gestão de cinco regionais. Confira a seguir. No Rio de Janeiro, os novos membros do CREF1/RJ-ES, responsáveis pelas diretrizes do órgão durante o triênio 2018-2021 foram empossados em evento realizado no Windsor Marapendi. Junto com os novos Conselheiros, também tomou posse o novo presidente do órgão, o Prof. Rogério Melo [CREF 000018-G/RJ]. No Rio Grande do Sul, o CREF2/RS elegeu o Prof. José Edgar Meurer [CREF 001953-G/RS] para a presidência pelos próximos anos. A cerimônia de posse dos novos Conselheiros foi realizada na Câmara Municipal de Porto Alegre e contou com a presença de representantes do Governo do Estado, da Prefeitura, da Federação Internacional de Educação Física (FIEP) e de outros Conselhos Profissionais. No Mato Grosso do Sul, durante reunião plenária realizada no auditório da OAB-MS, os Conselheiros elegeram como novo presidente do CREF11/MS, o Prof. Esp. Luiz Antonio Stopa [CREF 000206-G/MS]. Os eleitos assinaram o termo de posse e ainda receberam uma Menção Honrosa da Câmara Municipal, que estava representada pelo vereador Odilon de Oliveira.

Em Pernambuco, também houve mudança na gestão. O Prof. Lúcio Beltrão [CREF 003574-G/PE] assumiu a presidência do órgão após eleição aberta ao público e transmitida ao vivo pelas redes sociais Na Bahia, a eleição para compor a nova presidência e diretoria ocorreu na mesma data da posse, quando o CREF13/BA elegeu um novo presidente, o Prof. Rogério Moura [CREF 001726-G/BA]. A cerimônia de posse foi realizada no Auditório do Edifício Golden Plaza, em Salvador (BA). Em Goiás e Tocantins, a situação ainda não foi definida. Conforme divulgado pelo CREF, a homologação do resultado do processo eleitoral encontra-se suspensa por decisão judicial deflagrada no Processo nº 100716562.2018.4.01.3500. Assim sendo, o CREF14/GO-TO realizou a composição de uma Diretoria Provisória em conformidade com a orientação do CONFEF, em consonância com decisão do Tribunal Regional da 1ª Região. O CREF14/GO-TO declarou, por fim, que continua aguardando decisão judicial definitiva a respeito do Processo Eleitoral e se coloca à disposição para esclarecimentos que se fizerem necessários. Os demais presidentes dos CREFs são: Irineu Furtado (CREF3/SC), Pedro Roberto Pereira de Souza (CREF4/ SP), Jorge Henrique Monteiro (CREF5/CE), Claudio Boschi (CREF6/MG), Patrick Aguiar (CREF7/DF), Jean Carlo Azevedo (CREF8/AM-AC-RO-RR), Antônio Eduardo Branco (CREF9/ PR), Francisco Martins (CREF10/PB), Jovino Oliveira (CREF14/ GO-TO), Danys Queiroz (CREF15/PI-MA), Francisco Borges (CREF16/RN), Carlos Eilert (CREF17/MT), Cristiano Miranda (CREF18/PA-AP), Carlos Eduardo Lima (CREF19/AL) e Gilson Dória (CREF20/SE). O Sistema CONFEF/CREFs segue alinhado para fazer com que a Educação Física seja valorizada e cada vez mais reconhecida pela sociedade como imprescindível para a manutenção da sociedade.


Profissionais de Educação Física na gestão

Muito além de academias, clubes e escolas, os Profissionais de Educação Física vêm, cada vez mais, ocupando importantes cargos de gestão. Nas secretarias de esporte, a atuação vai além de formar atletas de ponta, mas também visa diminuir desigualdades sociais, estimular a prática de atividades físicas e desportivas, organizar campeonatos, torneios, competições e encontros regionais, propor e gerir convênios com órgãos, entidades e municípios, preparar calendários, programas e guias esportivos e de lazer, entre outros. Um desses gestores é Antônio Hora Filho [CREF 000527-G/SE]. Secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura de Sergipe, Hora tem história na área do esporte e experiência em gestão esportiva. Além de ter sido árbitro de futebol e ter atuado em importantes jogos brasileiros, o profissional é licenciado e bacharel em Educação Física e presidente da Confederação Brasileira de Desporto Escolar. Ele já ocupou também o cargo de secretário de esporte de Aracaju (SE). Seu colega de profissão, Allan Kardec Pinto [001473G/MT], responde pelo esporte estadual no Mato Grosso. Ele ocupa o cargo de secretário de Cultura, Esporte e Lazer do MT. Com mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea, Allan é licenciado e bacharel em Educação Física possui experiência na área de Educação Física Escolar, Políticas Públicas, Lazer, Cultura, Sociologia do Esporte e Esportes Educacionais. No que depender da equipe, a pasta promete uma gestão competente. Isto porque o secretário adjunto de Cultura, Esporte e Lazer do estado também é Profissional de Educação Física. Jefferson Carvalho Neves [000244-G/MT] possui especialização em Docência do Ensino Superior e em Esporte de Alto Rendimento. Membro da academia

Brasileira de Treinadores, Jefferson tem experiência em Treinamento Desportivo, Natação, Gestão esportiva, Preparação Física e Musculação. Um pouco abaixo no mapa, no Mato Grosso do Sul, a Fundação de Desporto e Lazer é presidida pelo profissional Marcelo Ferreira Miranda [CREF 000002-G/MS]. Conselheiro Federal do CONFEF, Marcelo Miranda é especializado em treinamento desportivo e mestre em Educação. Além de acumular bagagens como docente no Ensino Superior, o profissional tem experiência também em parâmetros fisiológicos, avaliação física e limiar anaeróbio. Do Sul para o Norte, no Amapá, a Secretaria de Estado do Desporto e Lazer é comandada por Alberto Maciel Júnior [CREF 000142-P/AP]. Ele é conhecido no meio esportivo como Júnior Maciel e, além de Profissional de Educação Física, foi presidente da Federação Amapaense de Taekwondo por dois mandatos e coordenador técnico da Seleção Brasileira Juvenil (2010/2013). É campeão pan-americano e mundial de Taekwondo e chegou ao topo da carreira de técnico da Seleção Brasileira da modalidade (2014/2016), conseguindo uma medalha olímpica. Um pouco mais para a esquerda no mapa geográfico, em Rondônia, não há secretaria de esporte, mas sim a Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, sob o comando de Rodnei Antônio Paes [CREF 000038-G/ RO]. Profissional de Educação Física, Rodnei possui especialização em Metodologia de Ensino pela Escola de Educação Física de Assis. Com experiência em gestão pública, o profissional ainda é sócio de uma academia de natação e musculação. Essas conquistas são prova de que os Profissionais de Educação Física ainda têm muitos campos de trabalho para explorar e competência para tal.

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A FRENTE DE SECRETARIAS DE ESPORTE PELO BRASIL, CATEGORIA CONFIRMA CAMPO DE ATUAÇÃO

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CREF19/AL realiza

fiscalização em Alagoas

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AO TODO, 12 FALSOS PROFISSIONAIS FORAM FLAGRADOS EM ACADEMIAS DO LITORAL NORTE DO ESTADO

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Em parceria com o Procon, no mês de março, o CREF19/AL realizou uma ação de fiscalização em academias de musculação e ginástica e centros de treinamento nas cidades de Paripureira, Barra de Santo Antonio, São Luis do Quitunde, Matriz de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto Calvo, Japaratinga, Jacuípe e Maragogi. Entre as 16 academias fiscalizadas, foram identificadas 12 pessoas exercendo ilegalmente a profissão de Educação Física. Dentre elas, havia pessoas sem formação e também estudantes de Educação Física que orientavam exercícios físicos sem as condições legais estabelecidas para a intervenção de Estágio, que são o Termo de Compromisso de Estágio e a supervisão de Profissional de Educação Física. Além disso, havia academias sem o certificado de registro de pessoa jurídica junto ao Conselho e sem o alvará sanitário. Também chamou a atenção da equipe de fiscalização que dos 16 estabelecimentos vistoriados, nove não contavam com Profissional de Educação Física. Os fiscais presenciaram ainda um menor de idade se exercitando sem qualquer orientação. De acordo com os fiscais, que são graduados em Educação Físicas, a forma como ele executava o exercício sobrecarregava as articulações de punho e ombro. Diante da situação, o CREF19/AL encaminhou ofício para as Vigilâncias Sanitárias Municipais das cidades onde foram identificadas irregularidades, e também às

Promotorias do Ministério Público, para que as devidas providências sejam tomadas. Os agentes de fiscalização se reuniram ainda com a Vigilância Sanitária Municipal de Japaratinga, Porto Calvo e de Maragogi e apresentaram relatórios preliminares das irregularidades encontradas, solicitando providências aos Órgãos Municipais, que se comprometeram a realizar inspeções a fim de determinar a regularização dos espaços. Será também enviado ofício para o Conselho Tutelar do Município de Japaratinga para denunciar, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, o ato negligente praticado na academia onde um menor estava à mercê de riscos para sua saúde devido à falta de Profissional de Educação Física para orientá-lo na prática de musculação. CREF FIRMA TAC EM PILAR

Após algumas ações de fiscalização em conjunto com a Vigilância Sanitária Municipal e o Ministério Público em Pilar, mais um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado. De comum acordo, os proprietários das academias da cidade se comprometem a prestar serviços com excelência, qualidade e segurança aos seus alunos. “Agradecemos ao Promotor de Justiça, Dr. Silvio Azevedo Sampaio, por atender a demanda do Conselho em prol da valorização profissional e da sociedade”, ressaltou o presidente do CREF19/AL, Carlos Eduardo Lima [CREF 000745-G/AL].


ESPAÇO DO LEITOR Venho por meio deste elogiar essa maravilhosa revista do Conselho Federal de Educação FĂ­sica. Por meio

dela, ampliamos nosso repertĂłrio de conhecimento, pelas experiĂŞncias exitosas por ela divulgadas. Gilvan Pereira de Oliveira [CREF 004408-G/GO]

Quero agradecer a vocĂŞs pela revista que recebo. Ela me ajuda muito no meu trabalho, alĂŠm de inovar os

meus conhecimentos e dar-me novas ideias como o Projeto: Ciclismo Urbano. Obrigado. Silvio FĂĄbio Cary Santana [CREF 012008-G/BA]

Gostaria de ver temas como direitos dos profissionais de Educação Física que atuam como personal

trainer ou sĂŁo autĂ´nomos, jĂĄ que nĂŁo podemos mais nos inscrever como MEI. Qual seria a opção? Tenho dĂşvidas e os prĂłprios contadores nĂŁo sabem organizar essas questĂľes. Daniela FlĂĄvia de Camargo [CREF 012020-G/SP] HĂĄ anos recebo a revista. Tenho todas e sĂł tenho elogios. Obrigada a vocĂŞs e espero a prĂłxima. â?¤đ&#x;˜? Sheila de Ă vila [CREF 002727-P/PR]

RELATOS QUE INSPIRAM #EDICAO69

Li a reportagem. O profissional estĂĄ de parabĂŠns! đ&#x;‘? Amanda Pedroso [CREF 006530-G/PE]

HUMOR

Estudantes de Educação Física podem - e devem - atuar em suas respectivas åreas de formação, desde que haja um contrato formalizado de estågio. A atividade Ê complementar à formação e deve ser um acordo entre aluno, universidade e empresa. Sendo assim, o estabelecimento deve manter o estagiårio sob supervisão de um profissional habilitado. Nos casos de irregularidades, os estabelecimentos poderão ser notificados, multados e atÊ interditados. O estudante que for flagrado atuando sem contrato de estågio e/ou sem supervisão tambÊm poderå responder pelo exercício ilegal da profissão. AlÊm das implicaçþes legais, a pråtica de atividades físicas sem a orientação de profissional habilitado pode trazer riscos à saúde dos beneficiårios, como lesþes, fraturas e atÊ mesmo a morte. Portanto, para evitar pesos na consciência e problemas jurídicos, faça o certo. E lembre-se: se você acha que um Profissional de Educação Física custa caro, espere atÊ contratar um amador.

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Acha caro contratar um profissional? Espere atĂŠ contratar um amador.

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PANORAMA CREF8/AM-AC-RO-RR CAPACITA PROFISSIONAIS PARA ATUAREM NO MEIO DIGITAL Com o intuito de capacitar e atualizar os Profissionais de Educação Física registrados, o CREF8/AM-AC-RO-RR promoveu, em todas as capitais representadas na região Norte, o curso ‘Marketing Digital para Academias e Personal’. A programação iniciou em Manaus (AM), no mês de janeiro e seguiu para Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO), em março. Por fim, Boa Vista (RR) recebeu a última edição em abril. O curso foi gratuito para profissionais regulares no Conselho, além de pessoas jurídicas e seus representantes. A iniciativa ocorre sob o comando do especialista e consultor em Marketing Digital, Luiz Eduardo Leal, e conta com programação de mais de quatro horas de conteúdo com os tópicos: estratégias e criação de anúncios, ‘criação de público-alvo’ e definição das redes sociais melhores para cada tipo de público’. Para o palestrante, o uso das redes sociais pelo empresário ou personal é fator importante para bons resultados. “Não basta o Profissional de Educação Física pensar a parte técnica, é preciso também pensar como empreendedor. E ser empreendedor é ter uma noção de marketing e saber usar as ferramentas adequadas em seu favor”, ressaltou. Segundo o presidente do CREF, Jean Carlo Azevedo [CREF 000964-G/AM], o conteúdo programático possui informações valiosas que, quando bem executadas, podem alavancar os negócios do profissional ou da academia. “Abrir horizontes e promover um dia de muita conversa e dicas é o nosso intuito com o curso. É uma ótima oportunidade para os profissionais se capacitarem e utilizarem de um espaço ainda pouco explorado nos negócios”, afirma. PELA PRIMEIRA VEZ, EDUCAÇÃO FÍSICA TERÁ REPRESENTANTE NO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE O Conselho Nacional de Saúde (CNS) encerrou seu processo eleitoral para a gestão 2018-2021 em dezembro do ano passado. Ao todo, 144 são conselheiros e conselheiras, entre titulares e suplentes, que irão compor o colegiado até 2021. O presidente do CREF17/MT, Carlos Alberto Eilert [CREF 000015-G/MT], ocupará a cadeira representando o CONFEF. De acordo com o CNS, os integrantes da nova diretoria representarão os usuários, profissionais de saúde (incluindo a comunidade científica), prestadores de serviços e entidades empresariais com atividades na área de saúde, junto ao Conselho. “Agradeço ao CONFEF pela indicação. Tenho a dizer que nos empenharemos ao máximo para dar nossa contribuição junto ao CNS, para que tenhamos o melhor resultado de nossas ações para todos”, declarou Eilert.

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MUTIRÃO DE CONCILIAÇÃO DO CREF2/RS CELEBRA 50 ACORDOS EXTRAJUDICIAIS O Departamento Jurídico do CREF2/RS realizou, no mês de março, um Mutirão de Conciliação na sede do Conselho. A ação teve o intuito de proporcionar aos profissionais registrados, que estão em execução fiscal, uma oportunidade para a regularização dos seus débitos e da sua situação. Durante os dois dias do Mutirão, foram mais de 60 atendimentos, resultando em 50 acordos. O CREF2/RS já está programando novas edições da ação na capital e no interior do Estado ainda neste semestre.

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De acordo com Matheus Bergmann, assistente do Departamento Jurídico, os Mutirões de Conciliação possibilitam aos profissionais a oportunidade de negociar melhores condições para pagar os seus débitos, pois são oferecidos diversos escalonamentos de parcelamento, além da eliminação dos juros e da multa sobre o período de inadimplência. “Dialogando com os advogados do Departamento Jurídico, eles têm a chance de adequarem a dívida à sua realidade econômica. Além disto, o CREF2/RS sempre considera a vinda dos profissionais ao Conselho uma oportunidade de aproximação, demonstrando com funciona o CREF2/RS e convidando os profissionais para debaterem as questões da profissão e ouvindo as demandas em relação à autarquia”.

PANORAMA LEGAL TRF4 LIMITA PILATES A PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E FISIOTERAPEUTAS O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que abrange os estados de PR, SC e RS, emitiu uma decisão, no mês de novembro, delimitando o exercício profissional do pilates a Profissionais de Educação Física e Fisioterapeutas, reconhecendo também a legalidade da fiscalização realizada pelos seus respectivos Conselhos Profissionais, CREF e CREFITO. A decisão, assinada pelo desembargador Rogério Favreto, compreendeu que a atuação com o pilates exige formação em Fisioterapia, quando destinada a restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente; e em Educação Física, quando caracterizada como atividade física, com o intuito de promover o condicionamento físico. Dessa forma, a oferta do método pilates só pode ser feita por pessoas com a formação acadêmica necessária, sendo passível de fiscalização pelo CREFITO e pelo CREF.


Já em vigor nos três estados da região sul, a sentença do TRF4 garante a segurança da sociedade, pois assegura que todas as intervenções com o método pilates sejam oferecidas apenas por profissionais com uma das duas formações autorizadas, de acordo com a habilitação e com a finalidade de cada uma das áreas. MP DETERMINA OBRIGATORIEDADE DO REGISTRO PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA REDE PÚBLICA DE ITABAIANA (SE ) O Ministério Público de Sergipe, por meio da Promotoria de Justiça Especial Cível e Criminal de Itabaiana (SE), emitiu determinação para que todos os professores de Educação Física Escolar da rede municipal de ensino sejam devidamente registrados no CREF20/SE. Além disso, passa a ser obrigatória a exigência nos editais de concurso público a comprovação de registro no CREF. Para orientar sobre as novas exigências, fiscais do CREF20/SE visitaram, em agosto, dez escolas da região. Diego Vidal, supervisor de Orientação e Fiscalização do CREF20/SE, esclarece que essas primeiras visitas foram em cumprimento a determinação do Ministério Público e tem caráter mais informativo e de orientação. “Levamos a circular, com a determinação do Ministério Público, para diretores e secretários das escolas, a fim de evitar desinformação acerca da decisão. A partir de agora, fiscalizações serão contínuas, para evitar o exercício ilegal da profissão,” ressaltou Diego. EM ITAGUAÍ ( RJ ), EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR SÓ COM PROFISSIONAL REGISTRADO No mês de janeiro foi promulgada a Lei 3.710/18, que determina que as aulas de Educação Física na Educação Infantil e no Ensino Fundamental no município de Itaguaí sejam orientadas por profissionais licenciados registrados no CREF1/RJ-ES. O documento foi assinado em janeiro pelo presidente da Câmara Municipal, o vereador Rubem Vieira de Souza. O projeto é de autoria do vereador e também Profissional de Educação Física, Ivan Charles Jesus [CREF 013970-G/RJ], o Ivanzinho. Em sua rede social, o parlamentar comemorou a vitória. “A criação desta lei foi necessária para trazer mais qualidade no ensino desta disciplina às nossas crianças e adolescentes”. Ele finalizou a postagem afirmando que “a Educação Física tem que ser ministrada por um profissional da área”.

PANORAMA FISCALIZAÇÃO

CREF12/PE REALIZA OPERAÇÃO INTENSIVA NO AGRESTE PERNAMBUCANO O departamento de orientação e fiscalização do CREF12/PE realizou, em fevereiro, uma operação intensiva em nove municípios do Agreste do Estado de Pernambuco. Foram verificadas 61 denúncias, sendo 13 pessoas notificadas por exercício ilegal da profissão. Em 10 estabelecimentos foi solicitado o encerramento das atividades por falta de Profissionais de Educação Física. Foram fiscalizados tanto escolas quanto academias na cidade de Caruaru e municípios vizinhos. Foi realizada também uma visita na Secretaria de Educação, Esporte e Cultura no município de Riacho das Almas. Participaram da ação os agentes de fiscalização e orientação Danilo Abreu [CREF 006345-G/PE], Marcelo Santos [CREF 005785-G/PE], Rebekka Kretzschmar [CREF 003456-G/PE] e Tarcísio Ribeiro [CREF 005626-G/PE]. Os municípios visitados foram Agrestina, Belo Jardim, Bezerros, Caruaru, Ibirajuba, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, São Caetano e Toritama.

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CREF1/RJ-ES DENUNCIA FALSOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM PELA INTERNET A fiscalização do CREF1/RJ-ES está de olho nas atividades físicas orientadas por meio de aplicativos e redes sociais. Investigações iniciadas no Instagram motivaram a denúncia de quatro falsos profissionais, ditos estudantes de Educação Física, à Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). Com a conclusão do inquérito, os denunciados foram acusados e vão responder pelos crimes de exercício ilegal da profissão, propaganda enganosa e publicidade capaz de provocar comportamento perigoso. Os documentos foram encaminhados ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia contra os acusados. Segundo o titular da DRCC, delegado Brenno Andrade, os suspeitos não tinham nenhuma ligação e divulgavam seus serviços por meio das redes sociais. “As investigações tiveram início com uma denúncia do CREF. Nós apuramos as informações e descobrimos que eles prescreviam treinos, realizavam coaching, atuavam como personal trainers e executavam consultorias online sem estarem formados”, explica Andrade. O CREF1/RJ-ES já atua em todo o estado do Espírito Santo para coibir o exercício ilegal da profissão, garantindo um ambiente seguro para a prática da atividade física. Somente no ano de 2018, 114 falsos profissionais foram flagrados em atuação.

MUNICÍPIOS DE ICAPUÍ E FORTIM, NO CEARÁ, POSSUEM TODAS AS ACADEMIAS REGULARIZADAS O CREF5/CE realizou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no município de Icapuí (CE) e o resultado foi o melhor possível: todas as academias do local estão regulares, tanto em relação ao registro de pessoa jurídica, junto ao CREF5/CE, como em relação ao exercício profissional. Além de Icapuí, o município de Fortim (CE) também estava com todas as academias regularizadas, com atuação de profissionais formados e registrados. O TAC tem como objetivo exigir, nas academias, além de registro de Pessoa Jurídica junto ao CREF5/CE, a presença de um Profissional de Educação Física em tempo integral. Desta maneira, os estabelecimentos não podem exercer suas atividades quando não houver a presença de um profissional.

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AGENDA

26ª Convenção Brasil 2019 Datas: 17 a 19 de maio

Local: Porto Alegre (RS)

Informações: www.convencaobrasil.com.br 6º Congresso de Educação Física Datas: 6 a 8 de junho

Local: Muzambinho (MG)

Informações: www.muz.ifsuldeminas.edu.br/edfisica 33ª JOPEF Brasil

Datas: 14 a 16 de junho Local: Curitiba (PR)

Informações: www.korppus.com.br 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

CREF1/RJ-ES – Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo Rua Adolfo Mota, 104 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ CEP 20540-100 – Tel.: (21) 2569-6629 / 2569-7375 / 2569-7611 Telefax: (21) 2569-2398 cref1@cref1.org.br – www.cref1.org.br CREF2/RS – Estado do Rio Grande do Sul Rua Coronel Genuíno, 421, conj. 401 – Centro – Porto Alegre – RS CEP 90010-350 – Tel.: (51) 3288-0200 - Telefax: (51) 3288-0222 crefrs@crefrs.org.br – www.crefrs.org.br CREF3/SC – Estado de Santa Catarina Rua Afonso Pena, 625 – Estreito – Florianópolis – SC CEP 88070-650 – Telefax.: (48) 3348-7007 crefsc@crefsc.org.br – www.crefsc.org.br CREF4/SP – Estado de São Paulo Rua Líbero Badaró, 377 – 3º andar – Centro – São Paulo – SP CEP 01009-000 – Telefax: (11) 3292-1700 crefsp@crefsp.gov.br – www.crefsp.gov.br CREF5/CE – Estado do Ceará Rua Tibúrcio Frota, 1363 - São João do Tauape - Fortaleza - CE 60130-301 Tels: (85) 3262-2945 / (85) 3231-6793 Telefax: (85) 3262-2945 – cref5@cref5.org.br – www.cref5.org.br CREF6/MG – Estado de Minas Gerais Rua Bernardo Guimarães, 2766 – Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG – CEP 30140-085 – Telefax: (31) 3291-9912 cref6@cref6.org.br – www.cref6.org.br CREF7/DF – Distrito Federal QS 01, Rua 212, Lotes 19, 21 e 23, Edifício Connect Towers, salas 730 a 738, Pistão Sul, Taguatinga - Brasília - DF - CEP 71950-550 - Tel: (61) 3771-4061 cref7@cref7.org.br – www.cref7.org.br

Local: Campo Grande (MS)

CREF8/AM-AC-RO-RR – Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima Rua Ferreira Pena, 1118 / 202 – Centro – Manaus – AM CEP 69025-010 – Tel.: 0800-280-8234 / (92) 3234-8234 cref8@cref8.org.br – www.cref8.org.br

24° Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes

CREF9/PR – Estado do Paraná Rua Dr. Faivre, 880, Centro - Curitiba - PR CEP 80060-140 - Tels.: 0800 643 2667 / (41) 3363-8388 crefpr@crefpr.org.br - www.crefpr.org.br

Datas: 21 a 27 de julho

Informações: ra.sbpcnet.org.br/campogrande

Datas: 25 a 28 de julho Local: São Paulo (SP)

Informações: www.anad.org.br/eventos/congresso/ Congreso Argentino y Latinoamericano de

Educación Física y Ciencias Datas: 30 de setembro

Local: Buenos Aires (Argentina)

Informações: congresoeducacionfisica.fahce.unlp.edu.ar 15º Curso de Personal Training Datas: 19 de outubro Local: Santos (SP) EDUCAÇÃO FÍSICA | 69/2018

CONSELHOS REGIONAIS - CREFs

Informações: www.cursodepersonaltraining.com.br XII Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde Datas: 23 a 26 de outubro Local: Bonito (MS)

Informações: contato@cbafs.com.br 30º Encontro Nacional de Recreação e Lazer Datas: 14 a 16 de novembro Local: Curitiba (PR)

Informações: www.facebook.com/enarel2019

CREF10/PB – Estado da Paraíba Rua Arquiteto Hermenegildo Di Lascio, 36 Tambauzinho - João Pessoa - PB - CEP 58042-140 cref10@cref10.org.br – www.cref10.org.br CREF11/MS –Estado de Mato Grosso do Sul Rua Joaquim Murtinho, 158 – Centro Campo Grande – MS – CEP 79002-100 – Telefax: (67) 3321-1221 cref11@cref11.org.br – www.cref11.org.br CREF12/PE – Estado de Pernambuco Rua Carlos de Oliveira Filho, 54 – Prado – Recife – PE CEP 50720-230 – Tel.: (81) 3226-0996 Telefax: (81) 3226-2088 cref12@cref12.org.br – www.cref12.org.br CREF13/BA – Estado da Bahia Rua Arthur de Azevedo Machado, 289, Ed. Marlim Azul, Térreo – Costa Azul – Salvador - BA CEP 41760-000 - Tels.: (71) 3351-7120 / 3351-8769 cref13@cref13.org.br - www.cref13.org.br CREF14/GO-TO – Estados de Goiás e Tocantins Av. T-3, 1855 - Clube Oásis – Setor Bueno – Goiânia – GO CEP 74215-110 – Tel.: (62) 3229-2202 Telefax: (62) 3609-2201 cref14@cref14.org.br - www.cref14.org.br CREF15/PI-MA – Estados do Piauí e Maranhão Rua 1º de maio, 2024 - Primavera Teresina - PI CEP 64002-510 – Tel.: (86) 3085-2182 cref15@cref15.org.br – www.cref15.org.br CREF16/RN – Estado do Rio Grande do Norte Rua Desembargador Antônio Soares, 1274 - Tirol – Natal - RN CEP 59022-170 – Tel.: (84) 3201-2254 atendimento@cref16.org.br – www.cref16.org.br CREF17/MT – Estado do Mato Grosso Rua Generoso Ciríaco Maciel, 02 - Jd. Petrópolis – Cuiabá – MT CEP 78070-050 – Telefax: (65) 3621-2504 – 3621-8254 cref17@cref17.org.br – www.cref17.org.br CREF18/PA-AP – Estados do Pará e Amapá Av. Generalíssimo Deodoro, 877 – Galeria João & Maria – Sala 11 e 12 Nazaré – Belém - PA – CEP 66040-140 – Tel.: (91) 3212-6405 cref18@cref18.org.br – www.cref18.org.br CREF19/AL – Estado de Alagoas Rua Dr. José Castro Azevedo, 370 – Pitanguinha – Maceió – AL CEP 57052-240 – Telefax: (82) 3025-5944 / 3025-4739 cref19.org.br/site CREF20/SE – Estado de Sergipe Rua Dom José Thomas, 708 – Lojas 2 e 3 - Edifício Galeria – São José Aracaju - SE - CEP 49015-090 – Telefax: (79) 3214-6184 www.cref20.org.br

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Comparações

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