ISSN 2238-8656
Ano XVII | n° 73 | 2020
novembro/dezembro/janeiro
Órgão Oficial do CONFEF
RELATOS QUE INSPIRAM: INICIATIVAS DEMONSTRAM CRIATIVIDADE DE PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CREFs de São Paulo e Ceará celebram 20 anos de atuação
o“projeto
Posicionamento do Sistema CONFEF/CREFs sobre a Proposta de Emenda à Constituição - PEC 108/2019
VERÃO”
O Sistema CONFEF/CREFs vem a público demonstrar preocupação diante da Proposta de Emenda à Constituição - PEC 108/2019, que dispõe sobre a natureza jurídica dos Conselhos Profissionais, e que propõe, entre outros pontos, desobrigar os profissionais da inscrição em seus respectivos conselhos de classe. O Sistema CONFEF/CREFs, criado por meio da Lei 9.696/98, durante 20 anos de existência, se mantém fiel aos princípios apresentados pelo então Deputado Federal Eduardo Mascarenhas que, ao apresentar o Projeto de Lei de criação dos Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, ressaltava aos parlamentares a finalidade de defender a sociedade e valorizar o exercício profissional na área. Nesse sentido, o CONFEF expõe a sua compreensão de que os Conselhos Profissionais, ao atuarem como um braço do Estado, têm uma missão social da mais alta relevância que é a de fiscalizar a qualidade dos serviços que são oferecidos à população. No que diz respeito as profissões da área da saúde, como é o caso da Educação Física, os mecanismos que protegem o cidadão são ainda mais pertinentes, pois o erro, em muitos casos, pode ser fatal ou incapacitante.
Para atingir resultados duradouros, deixe de lado os Contudo, foi apenas a partir da regulamentação da Profissão que o país começou a modificar a cultura até então vigente, que permitia que qualquer indivíduo sem e as dietas da exercícios qualificação prestasse serviços em atividades físicas, exercícios físicos e também no esporte, atuando na saúde e na formação de crianças, jovens, adultos e idosos. moda. Faça dos hábitos A mudança desse quadro só foi possível em razão, principalmente, do poder de polícia administrativa que detém os conselhos profissionais, condição que atualmente saudáveis se viabiliza em razão dos conselhos profissionais serem autarquia pública suiuma generis.rotina na sua Deste modo, a PEC 108/2019, da forma como está apresentada, ameaça a segurança mais do que vida e conquiste da sociedade por retirar dos Conselhos Profissionais a possibilidade de fiscalizar a prática profissional e de garantir a intervenção qualificada. Por essa razão, adquira o metas, saúde. CONFEF, irmanado com os diversos Conselhos Profissionais, lutará para que o Congresso Nacional resguarde as condições atuais de funcionamento das entidades, com poderes para fiscalizar o exercício profissional e zelar pela defesa da sociedade. O CONFEF também envidará esforços para que o estado brasileiro considere os Conselhos Profissionais como parceiros no desenvolvimento do seu projeto de modernização e não como óbice para o futuro que deseja alcançar. Por fim, o CONFEF acredita que os parlamentares terão sabedoria e responsabilidade necessárias para analisar a PEC, evitando retrocessos nos serviços prestados pelos Conselhos das Profissões Regulamentadas. Confira a nota oficial emitida pelo Fórum dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas: www.confef.com/413.
PALAVRA DO
PRESIDENTE
Cada revista entregue representa mais um período de avanços do Sistema CONFEF/CREFs. Mais um trimestre de superação e de luta para que os serviços em atividades físicas e esportivas sejam prestados por Profissionais de Educação Física. A presente edição traz matérias sobre os 20 anos do CREF4/SP e do CREF5/CE. Este último, em sua criação, em 1999, abrangia todos os Estados da região Norte e Nordeste. A implantação dos Conselhos Regionais de Educação Física acontece de forma planejada e calcada no princípio da sustentabilidade, razão pela qual os 21 CREFs foram criados em anos diferentes. Também é importante que conheçam a história da Lei 9.696/98, de velejadores movidos por paixão, uma utopia que virou sonho e um sonho que se tornou realidade. Assim também foi e continua sendo o percurso dos CREFs da região Norte, Nordeste e Centro Oeste em busca da instalação de novos regionais. A conquista das sedes próprias, com espaço e pessoal para atender os profissionais de forma ainda mais qua-
lificada é mais um sonho concretizado. Nesta edição, apresentaremos ainda a inauguração da sede do CREF8 na cidade de Manaus (AM). Precisamos ter coragem na vida para conquistar e produzir. E é disso que estamos falando nesse percurso iluminado pelo entusiasmo, pela dedicação e pela determinação de muitos. Temos nos dedicado em construir um ambiente que proteja e, simultaneamente, fortaleça a união do Sistema CONFEF/CREFs. É deste sentimento de união e de pertencer que nasce o comprometimento pela causa da valorização do profissional e do reconhecimento da profissão de Educação Física, com vontade de superar obstáculos em prol do bem comum. Que todos tenham um ano de 2020 de muita Saúde, Felicidade e Prosperidade. Jorge Steinhilber CREF 000002-G/RJ
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UM NOVO CICLO SE INICIA COM MUITO A COMEMORAR
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EDUCAÇÃO FÍSICA Presidente — Jorge Steinhilber 1º Vice-Presidente — João Batista Andreotti Gomes Tojal 2º Vice-Presidente — Iguatemy Maria de Lucena Martins 1º Secretário — Almir Adolfo Gruhn 2º Secretário — Sebastião Gobbi 1º Tesoureiro — Sérgio Kudsi Sartori 2º Tesoureiro — Marcelo Ferreira Miranda Conselheiros Alexandre Janotta Drigo Angelo Luis de Souza Vargas Antônio Ricardo Catunda de Oliveira Carlos Alberto Cimino Carlos Alberto Camilo Nacimento Eduardo Silveira Netto Elisabete Laurindo de Souza Emerson Silami Garcia Flávio Delmanto Francisco José Gondim Pitanga Luisa Parente Ribeiro R. de Carvalho Márcia Regina Aversani Lourenço Marino Tessari Nestor Soares Públio Rubens dos Santos Silva Teófilo Jacir de Faria Tharcisio Anchieta da Silva Valéria Sales dos Santos e Silva Wagner Domingos Fernandes Gomes Walfrido José Amaral
SUMÁRIO
4 Relatos que inspiram
CONFEF Rua do Ouvidor, 121 – 7º andar - Centro CEP 20040-031 – Rio de Janeiro – RJ Tels.: (0xx21) 2526-7179 / 2252-6275 2242-3670 / 2242-4228 comunicacao@confef.org.br www.confef.org.br Periodicidade: trimestral Tiragem: 300.000 Distribuição gratuita Os artigos assinados são de responsabilidade dos seus respectivos autores, não expressando necessariamente a opinião da revista e do CONFEF. Todas as matérias dessa edição estão disponíveis para leitura no portal eletrônico do CONFEF.
20 Conselho Editorial Antônio Ricardo Catunda de Oliveira João Batista Andreotti Gomes Tojal Laércio Elias Pereira Lamartine Pereira DaCosta Sérgio Kudsi Sartori Vera Lúcia de Menezes Costa Jornalista responsável — Enila Bruno - DRT/RJ 35889 Redação — Juliana Reche Projeto gráfico e editoração — Jorge Ney
Pedrinho Almeida: 40 anos de história no atletismo
8 nova sede em Manaus (AM)
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Olímpicos de Tóquio
CREF8 INAUGURA
PROJETO MELHORA QUALIDADE de vida de
BASQUETE 3X3 É NOVIDADE nos Jogos
guardas municipais
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QUATRO DÉCADAS DE DOCÊNCIA e muita história
CREF5/CE COMPLETA DUAS
décadas em defesa da profissão
14 JIU-JITSU COMO FERRAMENTA
para melhorar desenvolvimento cognitivo
16 O FUTURO DA PROFISSÃO:
Novas tecnologias e tendências para o fitness
para contar
31 CONFEF RECEBE MEDALHA DE OURO
por gestão de qualidade
32 MP DO PIAUÍ RECEBEU
94 denúncias em 2019
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ATLETISMO NA ESCOLA LEVA o esporte à
EM ALAGOAS, TACs CONTRIBUEM PARA QUALIDADE e
Bragança Paulista (SP)
22 CREF10/PB DIVULGA BALANÇO das atividades
segurança na prática de atividades físicas
36 MOVIMENTO NA REDE
24 CREF4/SP COMEMORA 20 ANOS com lançamento
de coleção literária
ESPAÇO DO LEITOR ........... 37 PANORAMAS ......................... 38 AGENDA ................................. 40
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RE: Relatos que inspiram
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Dois projetos. Dois estados diferentes. O primeiro da região norte, o segundo do nordeste do país. Um na capital e outro no interior. Apesar das particularidades de cada iniciativa, ambas têm muito em comum. As duas contam com o protagonismo e pioneirismo de duas profissionais de Educação Física. Os dois projetos reforçam a importância da inserção da categoria na área da saúde, mas vão além. Eles comprovam que o trabalho multidisciplinar, onde o profissional de Educação Física atua ao lado de médicos, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros, tornam o atendimento ainda mais completo. Confira a seguir os relatos que recebemos e temos o maior prazer em compartilhar.
TRABALHO INTEGRADO MELHORA QUALIDADE DE VIDA DE MORADORES EM MANAUS (AM)
Não demorou para a equipe crescer. “Vendo aquela movimentação no campo de futebol, muitos passavam e pediam informações de como poderiam participar das atividades. Outros eram trazidos pelos já participantes”. Sílvia percebeu então que precisaria formalizar a iniciativa e contou com sua equipe do Nasf para oferecer um trabalho ainda mais completo. “Contamos com o apoio dos médicos, enfermeiros, técnicos e agentes de saúde vinculadas à UBS, para a consulta médica, solicitação e realização de exames, expedição do atestado médico para a prática segura de atividades físicas”. Mas promover saúde é mais do que isso. Para uma saúde completa e integral, foi necessária a colaboração de outros profissionais integrantes do Nasf. “Contamos com nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, farmacêutico e assistente social. Eles participam promovendo conscientização para a mudança de hábitos, estimulando o autocuidado, fomentando diálogos sobre alimentação saudável, prevenção de doenças, uso de medicamentos, conscientização do estado de saúde individual, eficiência para a realização atividades da vida diária, lesões desportivas, entre outros”.
Silvia orienta atividades para grupo de moradores desde 2014
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Até 2014, as ações oferecidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Ivone Lima, no bairro de Coroado, em Manaus (AM), se limitavam às barreiras físicas da instituição. Hoje, a realidade é diferente. Quem acompanhou de perto as mudanças foi a Profissional de Educação Física Silvia Borges [CREF 000308-G/AM], atuando no Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) junto com nutricionistas, enfermeiros, médicos e fisioterapeutas. Juntos, eles trabalham, dia após dia, para cuidar da saúde da população local. E não se pode falar em saúde, sem falar em atividade física orientada. Foi por isso que Sílvia decidiu levar seus conhecimentos para a rua. “Ao iniciar minhas atividades laborais na UBS, observei que, no campo de futebol comunitário ao lado, havia um grupo de pessoas praticando caminhada e corrida sem orientação, diariamente, sem orientação. Foi então que pensei na implantação de um projeto que atendesse às necessidades dessas pessoas”. A profissional então colocou a mão na massa. “Fui ao encontro das pessoas que ali se exercitavam, apresentei-me como profissional de Educação Física da UBS e ofereci orientações para a prática da caminhada e corrida. Na sequência, implementamos exercícios de alongamento, de fortalecimento muscular, evoluindo para o circuito funcional”. O grupo era bem heterogêneo. “No início, era composto por 17 pessoas, sendo 14 adultos e três idosas. As três senhoras eram hipertensas e diabéticas. Os adultos se queixavam de dores articulares, manifestavam desejo de emagrecer e alguns estavam ali por recomendação médica”.
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“Vendo aquela movimentação no campo de futebol, muitos passavam e pediam informações de como poderiam participar das atividades. Outros eram trazidos pelos já participantes”
O sucesso foi tanto, que o número inicial, de 17 pessoas, saltou para 96 participantes ativos. Atualmente, as atividades são realizadas às segundas e quartas-feiras, das 7h às 08h30, no campo de futebol e/ou na área do estacionamento da UBS. “Quando iniciamos as atividades, percebemos que algumas pessoas realizavam exercício de forma incorreta, tanto na execução como na intensidade da atividade. Verificamos também o uso de calçado inadequado e de roupas e acessórios, como cintas e plásticos que, segundo os praticantes, ‘auxiliariam na perda de peso’”. Silvia então explicou à turma que, além de não funcionar, esses materiais prejudicam a saúde, aumentando a temperatura corporal e atrapalhando a transpiração. O trabalho foi duro, mas o resultado valeu a pena. Sílvia conta que muitas pessoas, antes sedentárias, agarraram a oportunidade e mudaram de vida. “Há casos de pessoas que chegaram até o projeto com queixas e problemas de saúde e que conseguiram alcançar mais qualidade de vida”. Outras viram no projeto a oportunidade de conquistar novas amizades. “Além das que tiveram melhora nas dores nas articulações, algumas emagreceram mais de 10 kg”. Como se a melhoria na vida dessas pessoas não fosse suficiente, Silvia tem um motivo especial para se orgulhar. “A conquista recente de duas alunas que, em 2014, faziam apenas caminhadas no campo de futebol, passaram a participar de corridas de rua e, em novembro de 2019, participaram da 2ª Maratona Internacional de Manaus, concluindo a prova e realizando um grande sonho”, conta orgulhosa. “Como profissional, me sinto acolhida pela comunidade e realizada por ter tido a oportunidade de trabalhar e ver o resultado em prol da saúde de todas essas pessoas”. Parece que valeu a pena o esforço para levar a Saúde para o lado de fora da UBS Ivone Lima.
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CUIDADO, ATENDIMENTO E ORIENTAÇÃO: IDOSOS TÊM VIDA MAIS ATIVA EM ARACATI (CE) “Estimular o idoso à prática de atividades físicas faz com que ele se sinta capaz de melhorar sua aptidão física. Essa é a melhor maneira de investir na diminuição de pessoas com baixa autoestima, com doenças crônicas, tensas, deformadas corporalmente, vivendo em profundo isolamento”
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No Brasil, o índice de pessoas com doenças cardiovasculares, obesas, hipertensas, diabéticas, é crescente. Assim como também cresce o número de idosos no país. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões até 2050, o que representará um quinto da população mundial. Na cidade de Aracati (CE), pelo menos, os idosos poderão ter mais saúde e qualidade de vida. É o que pretende o projeto Vida Ativa, trabalho fruto da boa vontade e determinação da profissional de Educação Física Maria de Lourdes Lima Ferreira [CREF 000733-G/CE] e da médica de Saúde da Família, Aracy Cândido. A cidade, no interior do estado do Ceará, localizada a 150 km da capital Fortaleza, passou a sediar o projeto que, há 15 anos, contribui para que idosos com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) tenham mais qualidade de vida e possam aproveitar melhor a terceira idade. O início das atividades não poderia ter acontecido em data mais adequada: 26 de abril de 2004, quando é comemorado o dia de combate à hipertensão. Desde então, a programação passou a acontecer na Unidade Básica de Saúde (UBS), no bairro Nossa Senhora de Lourdes, com grupos de idosos que se encontram três vezes na semana para se exercitar, com orientação
da profissional Maria de Lourdes e com exigência de exames clínicos, a cada três meses. Os idosos também passaram a contar com o acompanhamento médico da Dra. Aracy de Oliveira Lima Cândido, além de outros profissionais da UBS, compondo o tratamento multidisciplinar. Não apenas para tratar os idosos já adoecidos, mas também para prevenir que os saudáveis adoeçam, hoje o grupo absorve também pessoas sãs. Uma das idealizadoras do projeto, Maria de Lourdes conta que sempre desejou trabalhar com idosos. “Por ser um grupo que, na maioria das vezes, torna-se invisível para a sociedade. Estimular o idoso à prática de atividades físicas faz com que ele se sinta capaz de melhorar sua aptidão física. Essa é a melhor maneira de investir na diminuição de pessoas com baixa autoestima, com doenças crônicas, tensas, deformadas corporalmente, vivendo em profundo isolamento”.
É o caso de Francisco Chaves, 78 anos, que se livrou de muitas dores e uma cirurgia. “Cheguei aqui com duas hérnias de disco e a possibilidade de uma cirurgia, além de muitas dores na coluna que sempre me levavam ao hospital para tomar injeções. Hoje posso dizer que estou curado. Não fiz a cirurgia, mas minha vida mudou para melhor”. A situação de Maria dos Santos Ferreira, 63 anos, não era muito diferente. Após a perda do marido, ela precisou enfrentar dores emocionais, que em pouco tempo se tornaram físicas. Ela encontrou no programa Vida Ativa a força que precisava para se reerguer. “Quando fiquei viúva, entrei em depressão. Tinha muitas dores na coluna e nos joelhos, além de ser diabética. No geral, vivia doente e tomando um monte de remédio. Vim para o grupo e em pouco tempo comecei a ter mais vontade de viver. Hoje gosto de passear, me divertir, tenho saúde e sou muito mais feliz”. Por se tratar de pessoas com doenças físicas ou emocionais, o tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar, característica da área da Saúde. Para a médica Aracy Cândido, a parceria entre todos os profissionais foi peça fundamental para o sucesso do projeto. “Só é possível por conta da união da equipe composta por mim, pela enfermeira, pela técnica de enfermagem, pelas agentes de saúde e pelo empenho da profissional de Educação Física que, de forma voluntária, se dedica ao grupo e faz um trabalho de excelência com esses idosos”, reconhece. “Em pouco tempo, começaram a surtir efeitos positivos perceptíveis. A mudança de hábitos ajuda a melhorar a saúde física e mental, as relações interpessoais. A consequência foi que muitos participantes ficaram independentes de medicação”, confirma a profissional Maria de Lourdes.
ENVIE A SUA EXPERIÊNCIA Nós queremos conhecer a sua experiência, seja ela na escola, academia, hospital, clube ou qualquer outro segmento. Envie o seu relato para o e-mail revistaef@confef.org.br e teremos o maior prazer em compartilhá-lo.
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Maria de Lourdes leva qualidade de vida e bem-estar a idosos da região
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CREF8 inaugura
nova sede em Manaus (AM)
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O ESPAÇO, MAIOR E MAIS ACESSÍVEL, VISA TRAZER MELHORIAS NO ATENDIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA REGIÃO
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O CREF8/AM-AC-RO-RR já teve vários endereços. Desde um barracão a um imóvel alugado, a trajetória da entidade foi árdua até conquistar a sua casa própria. Desde janeiro, o Conselho funciona em um espaço pensado e construído para melhor atender à categoria. A solenidade de inauguração, realizada ainda em dezembro, encerrou um ano de importantes conquistas para os profissionais da Região Norte. Estiveram presentes na inauguração a secretária Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Conceição Sampaio, representando o prefeito de Manaus, autoridades políticas, coordenadores de cursos de Educação Física de universidades do Estado, Conselheiros e ex-Conseleiros do CREF8, além dos presidentes do CONFEF, Jorge Steinhilber, do CREF6/MG, Claudio Boschi [CREF 000003-G/MG], e do vice-presidente do CREF5/CE, Antônio de Pádua Muniz Soares [000002-G/CE].
“É muito significativo ter o nosso espaço, um lugar para chamar de nosso, local esse que é a casa do Profissional de Educação Física. Com a nova sede, passamos a ter uma estrutura melhor para atender a esse profissional, além de trazer mais conforto para os funcionários do CREF, que realizam o atendimento da categoria”, explica Jean Carlo Azevedo da Silva [CREF 000964-G/ AM], presidente do CREF8. Desde 2007, o Conselho estava localizado em um imóvel alugado no Centro da capital e, apesar de próximo de um terminal de integração, o espaço não estava efetivamente no centro nervoso da cidade. Agora, o Conselho está sediado em uma área vizinha ao Centro, mas com grande acesso, principalmente de transporte público. Além de mais acessível, o espaço é maior e a expectativa é de que ele cresça ainda mais.
“É muito significativo ter o nosso espaço, um lugar para chamar de nosso, local esse que é a casa do Profissional de Educação Física. Com a nova sede, passamos a ter uma estrutura melhor para atender a esse profissional, além de trazer mais conforto para os funcionários do CREF, que realizam o atendimento da categoria”
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“O ambiente foi pensado do nosso jeito, como nós queríamos, e já estamos pensando na sua ampliação. Há previsão de criação de salas de aula para cursos e treinamentos. Se conseguirmos trazer para a nova sede algumas das solenidades que já realizamos atualmente, será mais um sonho realizado. Nós estamos muito felizes e esperamos que o profissional da região possa ser melhor atendido”, indica Jean Carlo. Balanço - O ano de 2019, apesar dos desafios, colecionou muitas conquistas. “Nós conseguimos equilibrar as contas do CREF8. Os aprovados no último concurso público assumiram os cargos e nós já estamos, inclusive, cogitando realizar um novo chamamento, principalmente para a área de fiscalização. Também estamos planejando a criação de um polo avançado em Rondônia”. E se o ano de 2019 trouxe melhorias, 2020 não pretende ser diferente. “Nós queremos, no mínimo, nos igualar ao ano passado, ou melhor, queremos superar o ano de 2019”, almeja Jean Carlo. A expectativa é que o órgão possa chegar a mais municípios, com fiscalização e orientação, sobretudo no Amazonas, onde há municípios em que o acesso é difícil e caro. O objetivo é que o avanço atinja também os Estados do Acre, Rondônia e Roraima, atendendo tanto aos profissionais quanto à sociedade, ao fiscalizar o exercício profissional. O outro sonho, conforme revela o presidente do órgão, é que os Estados de Rondônia e do Acre possam instalar os seus próprios CREFs. Estamos nessa expectativa há bastante tempo e iremos trabalhar para que a proposta siga a diante”, indica. Endereço: A nova sede está localizada em Manaus, na Avenida Maués, 1023, bairro Cachoeirinha, zona Sul da capital. CEP: 69.065-070.
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Projeto melhora qualidade
de vida de guardas municipais EM PORTO ALEGRE, UM PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA MELHOROU OS ÍNDICES DE SAÚDE DE PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA, QUE SE ENCONTRAVAM SEDENTÁRIOS
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No concurso público para ingresso na Guarda Municipal de Porto Alegre (RS), o teste de aptidão física é a etapa que mais reprova candidatos. Mesmo assim, o sedentarismo costumava ser uma realidade dentro do órgão. Diabetes, hipertensão e taxas alteradas eram comuns entre funcionários. A fim de modificar o cenário, um dos guardas que também é Profissional de Educação Física, Sérgio Luis Silveira [CREF 005779-G/RS], desenvolveu em 2019, junto com seus colegas, um projeto de qualidade de vida e saúde para os colaboradores.
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Para fazer com que os funcionários percebessem o tamanho do problema, o órgão passou a submetê-los a testes físicos e exames periódicos. “Ficava nítido que os colaboradores que se exercitavam tinham um desempenho muito melhor, tanto em suas taxas, quanto em testes de esforço”. Nem os números eram suficientes para levá-los à academia, nem os exemplos dos colegas que não resistiram. Então, Sérgio e os outros Profissionais de Educação Física da guarda tentaram outro caminho. Em 2019, o órgão recebeu o pagamento de uma dívida: um prédio. E a guarda municipal ganhou uma quadra poliesportiva, uma quadra de basquete e uma pista de atletismo. Um prato cheio para Sérgio, que sonhava todos os dias com guardas ativos, saudáveis e felizes. Implementamos estratégias para melhorar a qualidade de vida e a saúde, trazendo futsal e vôlei para esses funcionários. Esta foi uma sugestão do Prof . Leônidas Chioquetta [CREF 028097G/RS]”. Foi aí que os resultados positivos começaram a aparecer. Há oito meses, desde quando o projeto foi implementado, os treinos de futsal são oferecidos toda terça, às 18h30. Já os de vôlei acontecem nas segundas e sextas-feiras, em horário fixo, às 18h30, e em horários alternados, todos os dias. Atualmente, a academia e os treinos atendem cerca de 440 guardas, de um total de 495. Se antes, de 6 a 12 funcionários utilizavam o serviço, hoje, a frequência diária é de 20 a 64 pessoas. O índice de sedentarismo reduziu e a saúde dos guardas melhorou, como comprovam os exames periódicos. Mas, para Sérgio, o resultado positivo vai muito além de taxas e números: “Aliar a atividade física à rotina de trabalho faz com que os profissionais se sintam valorizados, o que reflete positivamente na sua atuação, a serviço da comunidade”.
“Aliar atividade física à rotina de trabalho faz com que os profissionais se sintam valorizados, o que reflete positivamente na sua atuação, a serviço da comunidade”
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Até a efetivação do projeto, diversos indícios já apontavam que a prática de atividades físicas poderia contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores. Em 2006, a Secretaria Municipal de Segurança recebeu, do governo federal, equipamentos e materiais para montagem da Academia da Guarda. Assim, ele e outros Profissionais de Educação Física que atuavam como guardas foram transferidos de suas funções para garantir aos colegas a prática correta e segura dos exercícios físicos. Mesmo com academia própria e profissionais dispostos a atender os funcionários, a procura pela atividade física era baixa. “Quem mais frequentava o espaço eram os superiores, mesmo assim, entre 6 e 12 pessoas, não mais que isso”. A faixa etária dos guardas foi aumentando, o sedentarismo permanecia, e seus efeitos negativos estavam cada vez mais aparentes.
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CREF5/CE completa duas décadas em defesa da profissão
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LANÇAMENTO DE SELO COMEMORATIVO FOI UMA DAS AÇÕES PARA CELEBRAR O MARCO
“São 20 anos de muita luta e conquistas. O CREF5/CE lança o selo com o objetivo de mostrar que nós profissionais, junto com toda a sociedade, podemos agir para que o acompanhamento profissional seja de qualidade e garanta qualidade de vida para todos”
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Pouco mais jovem que o CONFEF, o CREF5/CE acaba de completar 20 anos de existência, período marcado por trabalho e lutas, sempre em equipe. Essa união foi tão importante para o desenvolvimento da entidade, que foi mote da campanha de homenagem do órgão, que contou com selo comemorativo dos Correios. Com a mensagem “O sucesso da nossa jornada está na força da nossa união”, a campanha ressalta que, desde sua constituição, em 1999, o CREF é resultado de um trabalho realizado por mais de uma centena de profissionais que já passaram pelo cargo de conselheiro, além das presidências e dos funcionários. Profissionais esses que atuaram e ainda atuam para que a sociedade conte com um serviço seguro e de qualidade em atividades físicas e desportivas. Mas a história de 20 anos do CREF5/CE não pode ser contada sem falar dos 40 anos do Associativismo da Educação Física do Estado do Ceará. Ambos se unem à trajetória de lutas dos profissionais de Educação Física. Após movimentos por todo o Brasil a favor da regulamentação da profissão, que aconteceu no dia 1º de setembro de 1998 – tendo como consequência a criação do CONFEF –, a primeira reunião ordinária do CREF5/CE aconteceu na cidade de Fortaleza (CE), no dia 21 de novembro de 1999. A sessão foi presidida pelo presidente do CONFEF, Prof. Jorge Steinhilber.
Na ocasião, foi definida a primeira diretoria do CREF, com a eleição por unanimidade do Prof. Antônio Ricardo Catunda de Oliveira [CREF 000001G/CE], que se tornou o primeiro presidente CREF5/CE. Sua gestão seguiu até 2006, quando, após novas eleições, o professor Pádua Soares [CREF 000002-G/CE] assumiu a presidência, de 2007 a 2015. No ano seguinte, em 2016, Jorge Henrique Monteiro [CREF 000077-G/CE] foi eleito e exerce, até hoje, a função de presidente, junto à diretoria e conselheiros. Os três presidentes com que o CREF contou durante toda sua existência trabalharam em defesa dos profissionais registrados, com foco na missão da entidade: garantir à sociedade cearense o direito constitucional de ser orientada e atendida por profissional devidamente, além de regular os limites da atuação e combater o exercício ilegal da profissão. Hoje, centenas de conselheiros já passaram pela instituição. Mas não só deles o CREF5/CE é composto: os profissionais somam mais de 13 mil, além das 2 mil empresas registradas.
“Estamos vigilantes para que a sociedade cearense seja atendida, nos serviços de atividades físicas e desportivas, somente por
Quem participa dessa história é o presidente do CREF5/CE, Jorge Henrique Monteiro. “São 20 anos de muita luta e conquistas. O CREF lança o selo com o objetivo de mostrar que nós profissionais, junto com toda a sociedade, podemos agir para que o acompanhamento profissional seja de qualidade e garanta qualidade de vida para todos. A nossa missão é prezar sempre pela qualidade do serviço da saúde. Para isso, precisamos que a sociedade também exija profissionais habilitados e registrados”, ressalta. Ele conta que, nesses 20 anos, muito se conseguiu avançar. “Estamos vigilantes para que a sociedade cearense seja atendida, nos serviços de atividades físicas e desportivas, somente por profissionais registrados”. Para isso, é necessário fiscalizar. “Fator preponderante para o sucesso de nossa missão”, entende, relembrando dos avanços conquistados durante esse tempo. “No sentido de tornar mais consistente a profissionalização da categoria e a estruturação da profissão. Esses avanços se materializaram, principalmente, na exigência da formação superior como condição para o exercício profissional, na criação do Código de Ética, na definição dos campos de intervenção e dos requisitos para as competências profissionais, assim como na valorização do profissional”. Parabéns pelos 20 anos, CREF5/CE! Que venham mais 20!
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profissionais registrados”
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Jiu-jitsu como ferramenta para melhorar desenvolvimento cognitivo
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EM DEBATE NO SENADO FEDERAL, PROJETO PRETENDE TORNAR O ESPORTE COMPONENTE CURRICULAR OPCIONAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
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O jiu-jitsu pode contribuir significativamente para a formação de crianças e adolescentes por conta dos benefícios que oferece à saúde física, mental e social. É o que defende o Projeto de Lei (PL) nº 4478, que inclui a atividade como componente curricular opcional no Ensino Fundamental. O PL, de autoria de Chico Rodrigues, altera a Lei nº 9394 de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Em Manaus, a prática nas escolas já é uma realidade. O projeto Aprender, Conviver e Lutar leva, desde 2015, o jiu-jitsu às escolas do município de uma forma pedagógica, exercitando o autocontrole, o respeito ao adversário, refletindo sobre a conduta, exercitando a competição de forma lúdica, como conta um dos idealizadores do projeto, junto com o Prof. Ronnie Melo [CREF 002271G/AM], Alexandre Romano [CREF 000592-G/AM]. “Sempre sentimos essa necessidade. Até que eu e outros professores começamos a levar os treinos para algumas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. A equipe que desenvolve o programa é toda graduada em Educação Física, com mestrado em Educação. É um grupo que pensa bastante a Educação Física Escolar”.
Além de Profissional de Educação Física, Romano é psicólogo, mestre em Educação e doutorando em Psicologia, além de chefe da Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Manaus. O projeto acontece hoje em cinco unidades educacionais: um Centro Municipal de Educação Infantil, uma escola especial e mais três instituições de ensino fundamental. “Hoje, o nosso maior carro-chefe talvez seja o jiu-jitsu adaptado para crianças com paralisia cerebral e autismo, que chamamos de técnica do avatar, em que usamos nosso corpo para que as crianças com restrição de movimento possam ter essa experiência”. Na técni-
ca do avatar, os alunos, com movimentos reduzidos, podem experienciar a sensação de estar treinando jiu-jitsu. Nela, o professor utiliza seu corpo para movimentar o do aluno. Mas todas as crianças têm muito a ganhar. “Principalmente, habilidades motoras, que impactam diretamente no desenvolvimento cognitivo dos alunos, nossa maior preocupação. Na Semed, temos claro que o jiu-jitsu é uma estratégia para potencializar o desenvolvimento integral de nossas crianças. Não estamos preocupados em formar atletas, mas sim em trabalhar com as crianças para que elas se desenvolvam de forma harmônica, tenham mais um espaço de convívio e, a partir desse convívio, possam se desenvolver em todos seus aspectos: físico, afetivo, social e, principalmente, cognitivo”. Desta forma, o esporte contribui diretamente para o aprendizado da leitura e da escrita, mas não só para isso, como defende Romano. “Temos convicção de que as crianças que praticam jiu-jitsu hoje, lá na frente terão um impacto positivo no seu cérebro: elas aprendem a pensar de forma tridimensional, adquirem disciplina, organização, respeito ao próximo, entre outros”. Mas todos esses benefícios só são possíveis caso o jiu-jitsu seja aplicado por profissionais qualificados, como acontece no projeto Aprender, Conviver e Lutar. “A equipe é composta por Profissionais de Educação Física especializados, além de estagiários, acadêmicos de Educação Física, que nos ajudam bastante na missão de levar o esporte para essas crianças. Mas sempre ressalto: um jiu-jitsu de cunho pedagógico, intencional, com estratégias adequadas para o desenvolvimento de cada faixa etária”. Para Romano, essa exigência deve estar presente no PL nº 4478, que inclui o jiu-jitsu como componente curricular opcional no Ensino Fundamental. “Claro que somos a favor. Desde que esse profissional seja formado em Educação Física. Se não for assim, somos totalmente contra. Porque o espaço escolar é um espaço para profissionais de Educação, que tenham formação pedagógica, que tenham comprometimento com o desenvolvimento integral da criança, que entendam de desenvolvimento infantil, de processos de ensino, de processos de aprendizagem. Elementos que são estudadas na graduação, nas especializações. Então, não basta ser faixa preta ou campeão de jiu-jitsu para trabalhar numa escola. É preciso ser professor: com formação acadêmica para isso. Se não for dessa forma, nós somos contra”.
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“Hoje, o nosso maior carro-chefe talvez seja o jiu-jitsu adaptado para crianças com paralisia cerebral e autismo, que chamamos de técnica do avatar, em que usamos nosso corpo para que as crianças com restrição de movimento possam ter essa experiência”
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O futuro da profissão: Novas
tecnologias e tendências para o fitness VEJA COMO SE PREPARAR PARA AS EVOLUÇÕES SOCIAIS E TECNOLÓGICAS QUE DEVERÃO INFLUENCIAR O MERCADO DE TRABALHO
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Profissional do futuro é o que se prepara para ele. Envelhecimento populacional, evolução tecnológica e mudanças na forma de consumo exigem que o profissional, em especial, o de Educação Física, esteja sempre se atualizando, para aproveitar as oportunidades que o futuro tem a oferecer. Quem estuda o tema e traz à tona esse debate é o pesquisador Estélio Dantas [CREF 000001-G/RJ]. “O avanço tecnológico exponencial vai, até 2030, extinguir um emprego em cada cinco. É, portanto, importante mapear qual será o futuro de nossa profissão”. Esse futuro, para o pesquisador,
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promete um crescimento nas áreas de atendimento pessoal – como o personal training. Mas não apenas o personal trainer experimentará um aumento de ofertas de trabalho. Estélio aponta outras áreas da Educação Física com potencial de crescimento: “Esporte espetáculo, exercícios para idosos, Educação Física hospitalar, coaching de wellness e programas de emagrecimento”, acrescentando: “A inclusão dos grupos de idosos e de pessoas com sobrepeso se deve à tendência demográfica e epidemiológica do aumento do número de pessoas nestes grupos”.
Mas para aproveitar essas oportunidades, o profissional de Educação Física precisa se preparar para elas. “Para não ficar obsoleto, o profissional necessitará de alto grau de especialização, atualização e familiarização com as novas tecnologias”. Quem assim fizer, não precisará se preocupar com a concorrência da máquina. Muito pelo contrário: pesquisas apontam que as profissões mecanicamente insubstituíveis tendem não apenas a se manter, mas também a crescer em demanda. Atualização e especialização não devem ser as únicas preocupações do profissional do futuro. Estélio defende que a tecnologia também exercerá influência direta sobre a atuação do profissional de Educação Física. Por isso, principalmente quando se fala de Esporte e Fitness, se torna ainda mais necessária a apropriação das novas ferramentas tecnológicas. Mas que ferramentas serão essas? Estélio explica. “Estão cada vez mais presentes as tecnologias “vestíveis” (smartwatches, sensores e roupas esportivas), bem como os aplicativos de prescrição, análise e controle do exercício realizado e da saúde”. Tendências Fitness para 2020 – Todo ano, o American College of Sports Medicine (ACSM) divulga um estudo das principais tendências em atividades físicas para aquele ano. Pela primeira vez, para 2020, foi elaborada uma lista referente apenas à América Latina, o que permite um resultado ainda mais preciso para brasileiros. De qualquer forma, Estélio prefere se manter atento ao que acontece em outras partes do globo terrestre: “No mundo globalizado que vivemos, as tecnologias que fazem sucesso no 1º mundo, em dois ou três anos já estão popularizadas no nosso país. Essa é uma tendência inflexível”. Estélio analisa algumas tendências já presentes nos últimos anos. “A progressiva utilização da tecnologia; a demanda por serviços de qualidade; necessidade de maior grau de atenção pessoal e a consagração do paradigma de exercício como forma de obtenção da saúde”. Essas especificidades podem ser observadas nas tendências para 2020 e guiam o Profissional de Educação Física para se tornar um profissional do futuro.
“Para não ficar obsoleto, o profissional necessitará de alto grau de especialização, atualização e familiarização com as novas tecnologias”
1. Wearables (vestíveis) As tecnologias “vestíveis”, como relógios, pulseiras, entre outros, podem – e devem – ser exploradas, principalmente, no controle do desempenho. 2. High-intensity interval training (HIIT) Veterano na lista, o Treino Intervalado de Alta Intensidade combina exercícios intensos com picos de descanso.
7. Treinamento com peso corporal 8. Programas para terceira idade 9. Health/Wellness Coaching O Wellness Coaching é mais uma ferramenta que Profissionais de Educação Física podem usar para melhorar o desempenho de seus beneficiários.
3. Treinamento em grupo - aulas coletivas
10. Profissionais de fitness certificados
4. Treinamento com pesos livres
Os praticantes de atividade física estão cada vez mais preocupados com sua saúde e segurança. Por isso, garantir o profissionalismo de seu treinador é fundamental para evitar problemas de saúde futuros. E a primeira certificação é o registro no Sistema CONFEF/CREFs.
5. Personal Training 6. Exercício é remédio A iniciativa “Exercise is medicine” encoraja os médicos a recomendarem a atividade física como parte do tratamento e prevenção de doenças.
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TENDÊNCIAS FITNESS 2020
Fonte: ACSM
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Atletismo na Escola leva o esporte à Bragança Paulista (SP)
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PARCERIA ENTRE CBAT E PREFEITURA DEVE ATINGIR DE 12 A 14 MIL CRIANÇAS DO MUNICÍPIO
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A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Prefeitura de Bragança Paulista (SP) lançaram, no segundo semestre de 2019, o programa Atletismo na Escola. A iniciativa pretende promover capacitação para professores, fomentar a interação entre escola, cidade e Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), além desenvolver treinamentos e competições. A expectativa é que as ações cheguem a 24 escolas da rede municipal. A inserção do atletismo na grade curricular das escolas de Bragança Paulista também permitirá promover a cultura do esporte na cidade e tornar mais fácil a descoberta de talentos.
“Com essa parceria podemos promover a ocupação positiva das crianças por meio do atletismo, transformar Bragança na capital do Atletismo, inserir essa cultura nas escolas da rede municipal de ensino da cidade e contribuir para a massificação do nosso esporte”, afirmou Warlindo Carneiro da Silva Filho [CREF 000139-G/PE], presidente do Conselho de Administração da CBAt. A meta é atingir entre 12 mil e 14 mil crianças nas aulas de Educação Física, com capacitação de 100% dos professores (MiniAtletismo e curso continuado) e inserção na grade curricular de Educação Física. Ainda estão contempladas a realização de competições que
“O esporte começa na escola, é fundamental para o desenvolvimento da criança e o exercício da cidadania. A medalha é consequência da educação”
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vão movimentar as escolas: competições interclasses, organizadas pelos professores nas aulas de Educação Física, indicarão equipes campeãs para o Festival Escolar de Bragança Paulista no CNDA, que qualifica para uma final, em novembro. O treinamento será desenvolvido em cinco polos de atletismo, escolas localizadas em áreas de vulnerabilidade, envolvendo 125 crianças, uma equipe de gestores e professores. As atividades dos polos de treinamento são realizadas após as aulas, com apoio da Caixa e da CBAt. Para o professor Rodrigo Dario [CREF 073205-G/SP], do departamento técnico da CBAt, o projeto contribui não apenas para o desenvolvimento da escola. “A escola é o local com maior concentração de crianças e é onde elas poderão descobrir e tomar gosto pelo esporte. Eu costumo dizer que o atletismo é o pai de todos os esportes. Então se a criança pega gosto pelo atletismo, ela desenvolve habilidades básicas para a prática de qualquer outro esporte. Cabe ao professor de Educação Física despertar nessas crianças o interesse pela atividade física. Por isso, o projeto é tão importante”, explica. Além das aulas nas escolas, os alunos têm contato direto com os atletas em visitas realizadas ao CNDA. Em agosto, por exemplo, foi organizado o Festival Atletismo na Escola, reunindo 114 crianças. Os alunos participaram de diversas atividades, como arremesso de peso, salto com vara, corridas, lançamento de dardo, barreiras, salto em distância e circuito de aventuras. “O esporte começa na escola, é fundamental para o desenvolvimento da criança e o exercício da cidadania. A medalha é consequência da educação”, afirmou Warlindo Carneiro da Silva Filho, na ocasião. A Caixa, que apoia iniciativas com responsabilidade social, é parceira do projeto. Assim como o Instituto Sanderlei Parrela. Na parceria assinada com a Secretaria Municipal de Educação de Bragança Paulista o objetivo é que o atletismo faça parte da cultura esportiva da cidade por meio de várias ações em andamento. Formação de professores – Para atuar no projeto, os professores passam, primeiramente, pelo curso online Atletismo na Escola, que é produzido pela CBAt e disponibilizado pelo Impulsiona Educação Esportiva – parceiro nesta iniciativa. A formação, que é um dos requisitos para atuar no projeto, é aberta para todos os professores de Educação Física e facilitadores do Programa Novo Mais Educação (PNME), para que ampliem a prática do atletismo nas escolas, inserindo este esporte em suas aulas nas turmas de Ensino Fundamental e Médio. O curso contém vídeoaulas de representantes ilustres do atletismo no Brasil, bem como depoimentos e dicas de grandes atletas. A formação tem uma carga horária total de 40 horas, sendo 20 horas realizadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação (AVA MEC) e 20 horas realizadas na sua escola através da organização de um festival de atletismo com as propostas apresentadas após conclusão do curso diretamente para a CBAt. Para receber o certificado de conclusão, o estudante deverá acessar todo o conteúdo do curso dentro do prazo de duração da turma, que é de 60 dias corridos. Saiba como participar do curso aqui: www.confef.com/420
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Pedrinho Almeida:
40 anos de história no atletismo COM UMA TRAJETÓRIA DE VIDA EMOCIONANTE, PEDRINHO ALMEIDA É UM DOS PRINCIPAIS NOMES NO COMANDO TÉCNICO DO ATLETISMO
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“O papel do treinador é identificar as necessidades e potencialidades dos seus atletas, bem como as condições de que ele dispõe para desenvolvê-las”
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Nascido e criado no sertão paraibano, Pedrinho Almeida, como é conhecido, mudou-se aos 15 anos para a capital João Pessoa, para morar com o seu pai. Eles dividiam um barraco ao lado de onde, na época, era construído o prédio da atual reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Anos depois, ele viria não só a estudar na instituição, como também a ser contratado por ela para atuar com a paixão que a universidade o ajudou a despertar ainda menino: a Educação Física. Em entrevista à Revista Educação Física, o treinador de grandes nomes do esporte, como Petrúcio Ferreira, Cícero Valdiran e Jefferson Marinho de Oliveira, Pedrinho conta sobre a trajetória que lhe rendeu, entre outros, o reconhecimento, por duas vezes, do Prêmio Paralímpico, do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), como melhor técnico em modalidades individuais. Revista Educação Física - O que o levou a estudar e a formar-se em Educação Física? Pedro de Almeida Pereira - Quando eu tinha 15 anos, em 1975, fui morar com meu pai, ao lado da UFPB. No ano seguinte, em 1976, foi criado o curso de Educação Física da instituição. Acabei fazendo amizades com os professores que chegaram, que foram muito enriquecedoras para mim. Além disso, as escolinhas de esportes que existiam na UFPB me permitiram vivenciar modalidades que não conhecia, como atletismo, basquete e natação. Dessa relação com a universidade surgiu o gosto pelo esporte e pela Educação Física.
Mas, como atleta nenhum consegue resultados expressivos sozinho, estendemos essas conquistas à equipe de profissionais envolvidos direta e indiretamente com o nosso trabalho, bem como ao apoio que recebemos da UFPB e do CPB. Revista Educação Física - No esporte de alto rendimento o técnico não trabalha sozinho. Ele conta com uma equipe de profissionais, como fisioterapeutas, médicos, preparadores físicos, fisiologistas etc. Qual é o papel do treinador neste contexto e como ele dialoga com a equipe? Pedro de Almeida Pereira - O papel do treinador é identificar as necessidades e potencialidades dos seus atletas, bem como as condições de que ele dispõe para desenvolvê-las. Naquilo que não é da sua competência é necessário buscar o aporte do conhecimento e serviços dos profissionais das áreas afins. É aqui que surge a importância do diálogo com a equipe multidisciplinar. Revista Educação Física - Se o senhor não tivesse cursado Educação Física, acha que teria as mesmas competências técnicas que tem hoje para desempenhar a profissão? Pedro de Almeida Pereira - De jeito nenhum. Revista Educação Física - Que mensagem o senhor daria aos profissionais e estudantes de Educação Física que almejam o esporte de alto rendimento? Pedro de Almeida Pereira - Que aproveitem ao máximo as oportunidades que surgirem para ganharem experiências. Que não fiquem na dependência apenas do que é ensinado e vivenciado na universidade. Não esperem as coisas virem até você. Corram atrás delas. Existem muitas coisas boas relacionadas à Educação Física e ao alto rendimento acontecendo fora da universidade, que podem ser incorporadas à nossa prática. Reflitam sobre o que fazem e como fazem. Isso nos faz crescer muito.
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Revista Educação Física - O senhor pode contar um pouco sobre a sua trajetória na profissão? Pedro de Almeida Pereira - Aos 16 anos, em 1976, comecei a ajudar os professores do curso nas competições de atletismo, em colônias de férias, festivais de atletismo e em campeonatos de futebol. Nove anos depois, em 1986, fui aprovado no vestibular para Educação Física da UNIPÊ, uma universidade particular de João Pessoa (PB). Na metade do curso eu consegui transferência para a UFPB, meu maior sonho. Atuei como assistente técnico de atletismo dos professores Dr. João Batista Freire da Silva [CREF 002992-G/SC] e do Prof. Dr. Francisco Martins da Silva [CREF 000009-G/PB]. Essa experiência foi o maior pilar da minha formação como treinador de atletismo. Também me especializei em Educação Física Escolar na UNICAMP e criei o projeto “Formação de Atletas para o Atletismo Escolar e Universitário”. De 2012 a 2016 fui vice-presidente da Federação Paraibana de Atletismo (FPBA) e hoje sou treinador de atletismo nível III, tendo sido convocado pelo CPB para integrar as delegações brasileiras nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e no Campeonato Mundial de Atletismo Dubai. Revista Educação Física – Como se sente em atuar na UFPB? Pedro de Almeida Pereira - Sou Técnico em Educação Física na instituição, o que me traz orgulho e gratidão. Orgulho porque, modéstia à parte, creio que consegui aproveitar da melhor maneira possível todas as oportunidades e condições que me foram oferecidas ao longo desses anos. Com isso, tenho dentro de mim um sentimento enorme de gratidão às pessoas que me ajudaram, direta e indiretamente a chegar onde cheguei. Revista Educação Física - Como o senhor chegou ao esporte paralímpico? E ao atletismo? Pedro de Almeida Pereira - Na realidade, eu não cheguei ao esporte paralímpico, ele que veio até mim. Isto porque o meu amigo e professor Jailton Lucas de Miranda [CREF 000944-G/PB], começou a trazer atletas com deficiência para eu treinar. Revista Educação Física - O senhor foi reconhecido, mais uma vez, como melhor técnico em modalidades individuais no Prêmio Paralímpico. A que o senhor atribui essa conquista? Pedro de Almeida Pereira - Atribuo aos excelentes resultados obtidos pelos nossos paratletas Petrúcio Ferreira, Cícero Valdiran e Jefferson Marinho de Oliveira, no Campeonato Mundial em Dubai, em 2019. Revista Educação Física - Como é, para o senhor, ter seus paratletas premiados? Pedro de Almeida Pereira - Fico muito orgulhoso de vê-los sendo premiados. Isto é fruto dos seus esforços.
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CREF10/PB divulga balanço das atividades
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APROXIMADAMENTE 700 PROFISSIONAIS E ESTABELECIMENTOS FORAM NOTIFICADOS NO ÚLTIMO ANO. NÚMERO FAZ PARTE DO BALANÇO DE 2019 DIVULGADO PELO CREF
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O CREF10/PB divulgou o balanço das fiscalizações realizadas em 2019 na Paraíba. Ao todo, foram realizadas 2.274 visitas a academias, escolas, centros de atividades esportivas, entre outros estabelecimentos. Os fiscais notificaram 685 pessoas físicas e jurídicas em todas as regiões do estado. Os casos de irregularidades registrados com maior frequência foram referentes à ausência de profissional habilitado e à falta de registro junto ao Conselho. De acordo com o balanço, em 37% dos estabelecimentos, faltava profissional habilitado. Em 20%, não havia registro junto ao Conselho. Em 16%, pessoas não habilitadas para o exercício profissional estavam exercendo a atividade de forma ilegal. E em 11% dos casos, os estagiários apresentavam situação irregular. Já em relação às pessoas físicas, em 69% das notificações, os profissionais estavam sem registro.
Foram visitados 208 municípios, sendo o ano com o maior número de cidades fiscalizadas desde 2016. “Aos poucos, vamos conscientizando os donos de estabelecimentos, os usuários e os próprios profissionais. Percebemos essa mudança durante as visitas. O trabalho é longo, mas só em perceber que, em certos lugares, algumas atitudes já são diferentes, vemos que o trabalho de educação e valorização da profissão de Educação Física está surtindo efeito”, declarou o presidente do Conselho, Francisco Martins da Silva [CREF 000009-G/PB].
“É sempre importante verificar se a academia ou o profissional que está sendo contratado, por exemplo, possui registro no Conselho, se o estabelecimento tem histórico de notificações, se já foi interditado etc. Assim, minimizamos os riscos à saúde e de se deparar com possíveis irregularidades”
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Segundo ele, a atenção deve ser de todos e algumas dicas podem ajudar nesse sentido. “É sempre importante verificar se a academia ou o profissional que está sendo contratado, por exemplo, possui registro no Conselho, se o estabelecimento tem histórico de notificações, se já foi interditado etc. Assim, minimizamos os riscos à saúde e de se deparar com possíveis irregularidades”. Denuncie - As denúncias ao CREF10/PB podem ser feitas, de forma anônima, pelo e-mail fiscalizacao@cref10.org.br ou através do telefone (83) 3244-3964. Além do balanço de fiscalização, o CREF contabilizou e divulgou dados jurídicos, administrativos e financeiros, como número de ações judiciais ajuizadas, representações criminais, sentenças judiciais favoráveis, editais de concursos retificados, entre outros. Confira abaixo a cobertura completa.
ATIVIDADES REALIZADAS EM 2019
Fonte: CREF10/PB
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CREF4/SP comemora 20 anos com lançamento
de coleção literária
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O EVENTO CONTOU COM HOMENAGENS E DISTRIBUIÇÃO DOS 20 LIVROS DA COLETÂNEA AOS PRESENTES
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No mês de dezembro, o CREF4/SP recebeu na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), autoridades, conselheiros, ex-conselheiros, delegados, profissionais de Educação Física, familiares e convidados para comemorar os 20 anos de instalação do Conselho. E, para marcar a data, foi realizado o lançamento da Coleção Literária CREF4/SP, com 20 obras. O evento contou com mais de 200 participantes. “São 20 anos de muita história com a participação de diversos profissionais de Educação Física de prestígio dentro da profissão. Fazer parte desse time é motivo de muita honra”, disse o presidente do CREF4/SP, Nelson Leme da Silva Junior [CREF 000200-G/SP]. “Somos 176 mil registrados – entre pessoas físicas e jurídicas e, juntos e unidos, podemos transformar a qualidade de vida da população do estado de São Paulo”.
criação do CONFEF e do Regional de São Paulo, bem como de sua evolução e conquistas. Os demais livros contam com temas que abrangem desde Educação Física Escolar, Fitness, Treinamento Esportivo, Paralímpico, Performance Humana, Envelhecimento, Gestão, Ginástica Laboral, Atividade Circense, Fisiologia do Exercício, Estágio, Leis de Incentivo ao Esporte, Olimpismo, Judô, HIIT, Atividade Física e Sedentarismo, Futebol Profissional a Exercício Físico voltado para a Saúde.
Entre os autores, estão Ciro Winckler, que participou da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Sidney (2000), Atenas (2004), Pequim (2008), Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016). Ele e Cláudio Silvério da Silva, escreveram o livro “O Desporto Paralímpico Brasileiro, a Educação Física e a Profissão. Francisco José Gondim Pitanga [CREF 000108-G/BA], pós-doutor em Atividade Física e Saúde, presidente do Departamento de Educação Física da Sociedade Brasileira de Cardiologia, escreveu “Recomendações para Prática de Atividade Física e Redução do Comportamento Sedentário” e “Orientações para Avaliação e Prescrição de Exercícios Físicos direcionados à Saúde”. Os livros estão à disposição para download gratuito no site www.crefsp.gov.br.
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O presidente explicou que os Conselhos de classe têm como principal função normativa defender a sociedade do mau profissional. “Defender a sociedade implica, também, em capacitar o profissional de Educação Física”, informou o presidente. Através do aperfeiçoamento dos conhecimentos, o profissional conseguirá desenvolver adequadamente suas atribuições. “Com o lançamento da Coleção Literária, estamos contribuindo com o aprimoramento técnico, científico e cultural do profissional de Educação Física e da sociedade em geral”. O Senador Major Olímpio [CREF 146772-G/SP] falou da importância dos 20 anos do Conselho e da Educação Física para a sociedade. “O profissional de Educação Física, ganhou, nesses 20 anos, o fortalecimento da profissão, que é fundamental, pois a atuação não pode ser de improviso. Muitas vezes perdemos talentos esportivos porque quem ‘não tem o devido preparo acaba provocando lesões graves nos mesmos”. Olímpio destacou ainda a própria atuação no Senado a fim de valorizar a categoria, uma vez que também é formado na área: “Me formei em 1987 e, hoje, vejo o Senado com muita responsabilidade para encabeçar essa luta pela valorização da profissão, que é, também, uma luta pela saúde pública no Brasil”. Homenagens - Durante o evento, algumas homenagens foram realizadas. O Senador Major Olímpio recebeu a Comenda da Educação Física CREF4/SP, e se emocionou com a surpresa. Marco Antônio Gomes, da cidade de Pederneiras, também foi homenageado com a Medalha da Educação Física do CREF4/SP. Placa Comemorativa - A diretoria do Conselho recebeu todos os ex-conselheiros presentes, da primeira gestão do CREF4/SP, para descerrar a Placa Comemorativa de 20 anos de Instalação do CREF4/SP. Cópias da placa serão disponibilizadas na sede e nas seccionais de Campinas e Sorocaba. Nela constam os nomes da diretoria e conselheiros da primeira e da atual gestão do CREF4/SP. Coleção Literária - Quarenta e um autores foram envolvidos na realização dos 20 livros da Coleção Literária CREF4/SP, fazendo referência a cada ano de existência do CREF. O primeiro livro, Fragmentos Históricos da Regulamentação da Profissão de Educação Física e da Criação e Desenvolvimento do CREF4/SP, pretende contar partes da história da instalação do CREF4/SP até chegar ao momento atual, dotando o profissional de conhecimento histórico da sua profissão. Os autores – Américo Valdanha Netto [CREF 061389-G/SP], Célia Gennari [CREF 005000-G/SP] e Sebastião Gobbi [CREF 000183G/SP], buscaram levantar dados e registrar informações para manter viva a história daqueles que passaram pelos momentos de luta pela regulamentação da profissão,
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Basquete 3x3 é novidade
nos Jogos Olímpicos de Tóquio
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O 3x3 É A OPORTUNIDADE PARA NOVOS JOGADORES, ORGANIZADORES E PAÍSES LEVAREM O BASQUETE DAS RUAS PARA O “PALCO MUNDO”
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Com início marcado para o segundo semestre deste ano, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio trarão algumas novidades. Entre elas, está uma variação do basquete tradicional, o Basquete 3x3, que estará presente na competição pela primeira vez. De nome, a modalidade pode não parecer muito popular, mas conta com mais de 250 milhões de jogadores e está entre os desportos recreativos mais jogados no mundo. O jogo é disputado normalmente em quadras abertas e tem várias diferenças em relação ao basquete convencional, a começar pelo tamanho da quadra e o número de tabelas. As regras são feitas para tornar o jogo mais rápido e empolgante. Além disso, a atmosfera com muita música e cultura urbana ajuda a atrair o público jovem. Aliás, foi com a intenção de dar um apelo “jovem e urbano” aos Jogos Olímpicos, que o esporte foi incluído, conforme informou o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Até chegar ao reconhecimento máximo do esporte, a modalidade percorreu um caminho relativamente curto. O primeiro evento teste de 3×3 organizado pela Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) aconteceu em 2007, durante os Asian Indoor Games (Jogos Asiáticos em Local Coberto, na tradução livre), em Macau, na China. Outros torneios foram organizados na sequência, na República Dominicana e na Indonésia. A estreia internacional ocorreu durante os Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010. Com o sucesso da modalidade, a federação internacional desenvolveu um programa de regras para que pudesse organizar torneios específicos e inserir a modalidade oficialmente no contexto olímpico. No Brasil, as competições do basquete 3×3 são organizadas pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB). A agilidade do reconhecimento, como explica Francisco Oliveira, gerente de desenvolvimento da modalidade, se deve ao grande empenho da FIBA em promover
a modalidade por todo o mundo, realizando grandes competições, como Copa do Mundo, World Tour, Copas intercontinentais, Pan Americano, entre outras. “O 3x3 tornou-se um motor essencial do desenvolvimento do Basquetebol”, indica. REGRAS DO JOGO
Como o nome sugere, no 3x3 cada equipe é composta por três jogadores em quadra, mais um substituto. O jogo é disputado em uma área menor (15m x 11m) que funciona como metade da quadra padrão, com uma só cesta, mantendo as marcações originais. As regras, no entanto, mudam: o que em um jogo normal é uma bola que vale três pontos, no 3x3 são pontuados dois. Ganha a equipe que marcar 21 pontos primeiro ou a que estiver com maior número de cestas feitas ao final de 10 minutos. Cada uma possui 12 segundos para executar suas jogadas e marcar sua pontuação, que pode variar entre lances de dois pontos (atrás da linha demarcada), e um ponto (dentro da linha ou lances livres, semelhantes ao do basquete convencional). Em caso de empate, a disputa vai para uma prorrogação, onde a primeira equipe a marcar dois pontos é a vencedora.
“Em parceria com os Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, iremos utilizar os profissionais formados no CEAR 3x3 para que eles possam preparar professores por todo o país”
Recentemente, 15 treinadores se formaram no Curso de Esporte de Alto Rendimento - Basquete 3x3, ação conjunta da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), do Instituto Olímpico do Brasil, braço do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e a Academia Brasileira de Treinadores (ABT). A expectativa é que a modalidade possa expandir ainda mais. “Em parceria com os Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, iremos utilizar os profissionais formados no CEAR 3x3 para que eles possam preparar professores por todo o país. Assim, será possível ampliar o conhecimento sobre o basquete 3x3 e aumentar a capacidade de descoberta de novos talentos, além de massificar a prática”, indica o gerente de desenvolvimento da modalidade. Além do trabalho específico do alto rendimento, os formandos terão o papel de facilitadores na formação de novos técnicos. “Esse é o caminho para que possamos ter mais pessoas jogando o basquete 3x3. Tudo começa na escola. Com esses facilitadores preparando professores para que eles possam ensinar o 3x3 nas escolas. Depois disso, seguimos a lógica natural do descobrimento de talentos, da inserção em clubes em parceria com os colégios, levando ao aumento da quantidade e da qualidade dos jogadores da nossa modalidade”, explicou Francisco Oliveira.
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PARCERIA QUER EXPANDIR ESPORTE
Saiba mais sobre a modalidade em www.cbb.com.br
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Quatro décadas de docência e muita história para contar
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AOS 71 ANOS, 41 DE CARREIRA, ÂNGELA MACHADO É A PROFESSORA MAIS ANTIGA EM ATIVIDADE NA REDE ESTADUAL PAULISTA
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Ângela Machado de Vasconcelos [CREF 005873-G/SP] deu iniciou a sua carreira em 1978, em um colégio do interior da rede estadual de São Paulo. Ela é a professora mais antiga em atividade, contabilizando 41 anos em efetivo exercício como Profissional de Educação Física. Com 71 anos, Ângela poderia estar aposentada há mais de duas décadas, mas a professora segue em sua missão na E.E. Prof. Daniel Paulo Verano Pontes, localizada no bairro do Rio Pequeno (zona oeste da cidade de São Paulo), onde leciona há 33 anos. Ângela nasceu em Vitória, no Espírito Santo, morou no Paraná, e foi para São Paulo ainda pequena, entre 9 e 10 anos, tendo estudado em Ribeirão Preto, onde fez também a graduação e terminou seus estudos na Universidade de São Paulo (USP).
De cinco irmãs e um irmão, foi a única que chegou a ser atleta de natação, já aos 8 anos, e, também, a jogar basquete, como amadora – modalidades que até hoje são seu ponto forte como professora. Sua tia por parte de mãe, Cercilia Bonfim Rubi, foi uma de suas incentivadoras. “Formada em Educação Física, a tia Cercilia foi professora por muito tempo, era muito dinâmica, tinha a minha admiração e, na trajetória entre o esporte e a Educação Física, me espelhei nela”, lembrou. Mas tia Cercilia não foi a sua única incentivadora. Num vestibular para Medicina, encontrou com um aluno de Educação Física, um desconhecido, que começou a falar sobre como era o curso, as atividades e o que ele fazia. Foi quando ela decidiu, de fato, cursar Educação Física. “Era tudo o que eu queria, unir a Medicina com o Es-
Consciente das dificuldades do recém-formado, resolveu se empenhar para passar em concurso público, que na época, não acontecia já fazia 20 anos. Estudou três meses com dedicação total, pois sabia que seria concorrido e foi aprovada, em 1976. Dois anos depois, em 1978, foi convocada e começou a trabalhar na Escola Pública Estadual Enoch Garcia Leal, em Guaíra, uma cidade pequena, próxima a Barretos, onde ficou por cinco anos e começou a se dedicar ao atletismo – “a base de todos os esportes”. Mudar de cidade não foi fácil, mas a professora inspirou-se na sua turma, do terceiro colegial do magistério. “Tinha de ensinar algo bom para as futuras professoras”. No entanto, inquieta e em busca de mais conhecimento e atualização, Ângela pediu transferência para a Escola Estadual Professor Victor dos Santos Cunha, localizada na Vila Sabrina, zona norte da cidade de São Paulo. “Por lá, trabalhei muito com basquete e atletismo, e fiz várias equipes de esportes coletivos”. Na cidade de São Paulo, Ângela realizou alguns projetos, fez pós-graduação em Basquete e Handebol, seguido do mestrado em Natação, ambos
“O esporte motiva os estudantes a correrem atrás dos seus sonhos. Muitos dos meus ex-alunos, a maioria da periferia, hoje são profissionais de Educação Física, outros seguiram outras carreiras, mas o mais importante: fizeram um curso superior. Isso é muito gratificante, porque sei que tem um dedinho meu aí”
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porte. E, assim, tudo foi se encaixando para que eu fizesse a minha escolha vocacional de alma”. Ângela fez parte da primeira turma do curso de Educação Física da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Foram quatro anos de estudos, com conclusão do curso em 1975. “Não foi fácil, as aulas teóricas eram no centro da cidade, mas toda a parte prática era em outros locais. Então, tínhamos que andar muito na Vila Virgínia (bairro de Ribeirão Preto)”. Apesar de todas as dificuldades, o corpo docente era composto por professores extremamente dedicados e que, cada vez mais, a inspiravam a se interessar pela Educação Física. “Eles lutavam muito para fazer um currículo bom para o curso, o que nos motivava ainda mais”. E foi na faculdade que a estudante descobriu o atletismo. “Aprendi muito com eles, que se preocupavam com o ensino, com a aprendizagem dos esportes, ou seja, queriam saber como e com quais princípios e movimentos pedagógicos iríamos ensinar os nossos alunos”. E completou: “Até hoje, muitas das atividades que aplico em aula são exercícios daquela base que eu aprendi na faculdade”. Após a formação, veio o primeiro emprego no supletivo do Colégio São José em Ribeirão Preto, onde teve de realizar, por um ano, atividades dentro da sala, o que demandou muita criatividade. Esse foi, inclusive, um dos maiores desafios da sua carreira: a sala de aula. “Me deixa na quadra, mas não dentro de uma sala de aula (risos). Sempre preferi aplicar aulas práticas”.
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“São novos momentos da história da Educação Física. A tendência é
na Universidade de São Paulo (USP), e o doutorado na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), já pensando no Marketing voltado para os esportes Natação e Basquete. “Busquei melhorar porque todos temos falhas e para saná-las é preciso estudar, ler, acompanhar periódicos, até que você começa a notar que tudo que te falam você já sabe”. Pioneira, ela acredita que foi a primeira a pensar e a trabalhar com Marketing Esportivo. “Achava que o Marketing Esportivo ia ser sucesso e hoje, vejam, já é disciplina e curso de pós-graduação”. Em 1983 prestou concurso para a Secretaria de Esportes e Turismo e em 1985, após ter impetrado Mandado de Segurança, conseguiu iniciar seus trabalhos. Eram apenas 50 vagas. Hoje, no local, ela é instrutora de musculação para idosos no Ginásio do Ibirapuera. Para Ângela, o seu esforço ao longo de toda sua carreira, valeu a pena. “O esporte motiva os estudantes a correrem atrás dos seus sonhos. Muitos dos meus ex-alunos, a maioria da periferia, hoje são Profissionais de Educação Física, outros seguiram outras carreiras, mas o mais importante: fizeram um curso superior. Isso é muito gratificante, porque sei que tem um dedinho meu aí”, orgulha-se.
crescer cada vez mais, desde que tenhamos profissionais competentes e responsáveis pelos seus atos. Representatividade, aprimoramento, dedicação, interesse pela área é tudo o que precisamos para
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desenvolver o respeito pelo nosso trabalho”
Parar de trabalhar, no entanto, é algo que está fora de cogitação. “Diminuir, tudo bem, mas ficar sem dar aula, não consigo”, afirmou. “Aprendemos com o aluno o respeito e a sermos mais humanos. Adquirimos outra visão do mundo a partir do momento que passamos a conviver com as crianças na escola. Quando você se relaciona com elas, sente que é especial, porque elas confiam em você. E confiança é fundamental”. Aos 71 anos, a Profa. Ângela, com toda sua experiência, sabe que ter órgãos que lutem pela profissão é imprescindível e lembra com respeito do início da história do movimento pela regulamentação da profissão e da criação dos Conselhos Federal e Regional de Educação Física do Estado de São Paulo. “São novos momentos da história da Educação Física. A tendência é crescer cada vez mais, desde que tenhamos profissionais competentes e responsáveis pelos seus atos. Representatividade, aprimoramento, dedicação, interesse pela área é tudo o que precisamos para desenvolver o respeito pelo nosso trabalho”. Infelizmente, este deve ser o último ano de Ângela na rede estadual paulista, porque sua escola adotará o tempo integral. Claro que ela é a favor da ampliação da jornada, mas para ficar na escola teria de deixar o cargo na Secretaria de Esportes e Turismo. Em breve, ela fará a sua escolha. Vamos torcer para que continue sendo, acima de tudo, realizada. Reportagem e fotografia: Célia Gennari e Caio Oliveira (estagiário).
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CONFEF recebe medalha
de ouro por gestão de qualidade
Em 2019, mais uma vez o CONFEF foi reconhecido por sua gestão. A entrega do Certificado de Nível de Gestão foi feita no dia 3 de dezembro, em cerimônia realizada na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. O órgão, que contabilizou 500 pontos, recebeu a medalha ouro. O evento foi promovido pelo Núcleo de Qualidade e Excelência em Gestão do Rio de Janeiro e o Programa Qualidade Rio (PQR). O reconhecimento ocorre pelo quinto ano consecutivo, desde 2015, quando o CONFEF aderiu ao Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GesPública). Após a implantação definitiva do Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP), o Conselho participou do Prêmio Qualidade Rio (PQRio), competindo segundo os preceitos da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) com organizações públicas e privadas de destaque no Rio de Janeiro. Desde então, a adoção ao programa tem contribuído para a organização do órgão, permitindo avaliar o nível de maturidade das práticas
de gestão (autoavaliação e avaliação externa), bem como comparar o desempenho entre as organizações. Com isso, a qualidade tornou-se um processo permanente de aprimoramento institucional, desenvolvendo continuamente os recursos humanos e introduzindo inovações gerenciais que melhoram a eficiência a partir do planejamento da organização. Atento às atualizações do Modelo de Excelência de Gestão, o órgão realizou as adequações instituídas pelo Decreto nº 9.094, que extinguiu o programa Gespública e propôs uma nova carta de serviços ao usuário – disponível no site da entidade. O programa também propiciou inúmeras ações sociais, como campanhas de doações de alimentos, de roupas e de brinquedos a entidades carentes do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, o órgão passou a realizar a coleta seletiva do lixo, a descartar corretamente as lâmpadas fluorescentes, baterias e pilhas, além de controlar o consumo de energia elétrica. Na sede do Conselho, encontra-se instalado um coletor de
pilhas e baterias, na cor laranja, com a finalidade de coletar os materiais causadores de impacto. O descarte de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias ocorrem com a separação das mesmas, evitando o depósito no lixo, para serem entregues em organizações que recebem e descartam devidamente os materiais. Sobre - O Núcleo de Qualidade e Excelência em gestão do Rio de Janeiro - NQEG-/RJ teve sua origem em 1999 no Programa de Qualidade do Serviço Público do Governo Federal (PQSP). Em 2005, com a criação do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (Gespública) teve suas ações desdobradas com o propósito de transformar as organizações públicas, oferecendo serviços mais eficazes em benefício do cidadão. Já o Programa Qualidade Rio (PQR) é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio de janeiro, implementado por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e relações Internacionais - SEDEERI, na busca contínua do aumento da competitividade e da produtividade do Estado. Atua em setores prioritários, administração pública, entre outros, sobre as quais são desenvolvidos programas para que as organizações busquem novas tecnologias, melhorem seus processos, eliminem desperdícios e modernizem sua gestão.
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PELO QUINTO ANO CONSECUTIVO, ÓRGÃO É RECONHECIDO PELA BUSCA DA EXCELÊNCIA DA GESTÃO
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MP do Piauí recebeu
94 denúncias em 2019 CREF15/PI REALIZOU 679 FISCALIZAÇÕES E 94 DENÚNCIAS JUNTO AO MPE-PI NO ÚLTIMO ANO
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Durante o ano de 2019, o CREF15/PI realizou 679 fiscalizações em 86 municípios e efetuou 94 denúncias junto ao Ministério Público Estadual do Piauí (MPE/PI), buscando garantir o cumprimento da legislação vigente por parte de instituições públicas e empresas privadas no exercício legal da profissão de Educação Física. Entre os municípios visitados, foram fiscalizadas 485 pessoas jurídicas (PJ), 185 escolas e nove eventos, sendo 38 estabelecimentos fechados no momento da fiscalização, 108 pessoas flagradas exercendo ilegal-
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mente a profissão e 94 denúncias formalizadas junto ao MPE-PI. “O Conselho visa fiscalizar e garantir que a nossa profissão seja exercida por profissionais qualificados, dentro de estabelecimentos devidamente regularizados e atuando dentro da lei. Isso garante melhores condições de trabalho, valorização do Profissional de Educação Física e um melhor serviço prestado à população. O ano de 2019 encerrou, mas em 2020, seguir com as fiscalizações e denúncias são algumas das nossas prioridades”, destacou o presidente do CREF15/PI, Danys Queiroz [CREF 000179-G/PI].
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR APENAS COM PROFISSIONAIS
Após constatar, através de fiscalização, a atuação de professores de Educação Física sem qualificação ou habilitação para o exercício do cargo no município de Teresina, o CREF15/PI solicitou providências ao Ministério Público do Estado. O ofício, encaminhado pelo CREF em setembro, solicitava providências no sentido de determinar a regularização dos profissionais do município em obediência à Lei 7098/2018. A legislação determina que a docência da disciplina na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio, em escolas públicas e particulares, deva ser exercida exclusivamente por professores de Educação Física licenciados e devidamente habilitados.
“Nos municípios piauienses de Miguel Leão e Água Branca, as denúncias também resultaram em mudanças positivas para a sociedade. Os profissionais que atuavam de forma irregular foram notificados e,
Diante das evidências apresentadas, o MP recomendou ao Secretário Municipal de Educação e à Prefeitura de Teresina o cumprimento das normas relativas ao exercício da profissão de Professor de Educação Física pelas escolas municipais e privadas, reforçando a necessidade do registro profissional junto ao CREF15/PI. Nos municípios piauienses de Miguel Leão e Água Branca, as denúncias também resultaram em mudanças positivas para a sociedade. Os profissionais que atuavam de forma irregular foram notificados e, gradativamente, afastados das aulas. Ainda em 2019, foram realizados novos processos seletivos nas duas cidades para a contratação de Profissionais de Educação Física devidamente regularizados.
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gradativamente, afastados das aulas”
DENÚNCIAS
Denúncias sobre profissionais e locais que atuam de forma irregular podem ser feitas diretamente no site www.cref15.org.br/cadastrar_denuncias. Uma equipe será encaminhada para realizar a fiscalização.
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EM ALAGOAS, TACs CONTRIBUEM PARA QUALIDADE e segurança na prática de atividades físicas
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COM TERMOS DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA, USUÁRIOS TÊM GARANTIA DE QUE ESTABELECIMENTOS OFERTARÃO SERVIÇOS COM QUALIDADE E SEGURANÇA
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A fim de garantir à sociedade alagoana segurança na prática dos exercícios físicos e desportivos, o CREF19/AL tem atuado em diversas frentes. Apenas em 2019, foram assinados Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) em seis municípios, alcançando aproximadamente 200 mil pessoas nestas cidades. Os acordos estabelecem às academias e centros de treinamento critérios mínimos para funcionamento, como total regularização junto aos órgãos de fiscalização, presença em tempo integral de Profissional de Educação Física para as atividades desenvolvidas, padrões de estrutura adequados, dentre outros. Na prática, os proprietários das academias são convocados a uma mesa redonda com arbitragem realizada pelas promotorias do Ministério Público Estadual de Alagoas e o CREF19/AL, ocasião em que são explanados tecnicamente os requisitos necessários para o funcionamento das academias. A conversa busca explicar aos proprietários os porquês de cada ponto. A partir dos esclarecimentos, é dada a sugestão de assinatura do TAC entre ambas as partes, com prazo para adequação à legislação. A partir do momento da assinatura dos TACs, os usuários têm a garantia, por meio de documento oficial, assinado entre Promotoria do Ministério Público, CREF19/AL e proprietários das academias, de que os estabelecimentos ofertarão os serviços da forma adequada. Foram firmados, desde o início da parceria até hoje, 17 TACs em 14 diferentes cidades de Alagoas, num total de 60 estabelecimentos compromissados e um universo populacional de aproximadamente 480 mil cidadãos. De acordo com o presidente do CREF19/AL, Carlos Eduardo Lima [CREF 000745-G/AL], culturalmente, o diálogo face a face tem um resultado bem mais proveitoso que apenas a entrega de informações de ajuste em documentos oficiais. “A rotina de orientação cria uma cultura de regularização, que traz segurança para a população, e favorece no dia-a-dia dos proprietários, dos res-
“É dever constante do CREF19/ AL manter uma rotina diária de inspeção em todo e qualquer estabelecimento que seja de sua competência realizar visita. Não com o objetivo de punir ou de estabelecer sanções, mas sim de criar uma rotina de adequação para a regularização dos estabelecimentos, principalmente através da orientação aos proprietários de academias/centros de treinamento e do fortalecimento de parcerias institucionais com demais órgãos de defesa da sociedade”
ponsáveis técnicos, profissionais de Educação Física, e dos beneficiários/consumidores um novo padrão de exigência na relação de consumo. Um padrão onde todo o universo inserido no ambiente da prestação do exercício físico (Empresários, Profissionais e Consumidores) busca sempre por excelência”, indica Carlos Eduardo Lima. Dentre os critérios acordados entre os órgãos estão: a presença indispensável de profissionais de Educação Física habilitados durante todo o horário de funcionamento das atividades; equipamentos e estrutura física em condições adequadas; oferta de estágio somente de acordo com a legislação vigente, e presença de profissional habilitado para que estagiários não orientem exercícios sem supervisão, além de emissão de documentos obrigatórios para o funcionamento das academias (Alvarás e Certidões).
Em 2019, o CREF19/AL realizou um total de 1.143 ações de fiscalização, que compreendem as investigações de denúncias, fiscalizações de rotina, e reuniões com instituições públicas, tais como Promotorias do Ministério Público, Vigilâncias Sanitárias, Procons, Prefeituras, Secretarias, entre outros. “É dever constante do CREF19/AL manter uma rotina diária de inspeção em todo e qualquer estabelecimento que seja de sua competência realizar visita. Não com o objetivo de punir ou de estabelecer sanções, mas sim de criar uma rotina de adequação para a regularização dos estabelecimentos, principalmente através da orientação aos proprietários de academias/centros de treinamento e do fortalecimento de parcerias institucionais com demais órgãos de defesa da sociedade”, explica o presidente do Conselho. Com o diálogo somado à fiscalização, todos saem ganhando. A população se beneficia das assinaturas dos TACs, pois são indicados padrões mínimos de segurança na oferta dos serviços de academias, centros de treinamento e demais empresas que prestem serviços de atividades físicas, desportivas e similares. Já para os profissionais de Educação Física, é assegurado o direito constitucional que somente estes possuem, para orientar, prescrever, planejar, programar e supervisionar exercícios físicos em academias, centros de treinamento e demais competências que a regulamentação da profissão, pela Lei Federal 9.696/1998, determinou.
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FISCALIZAÇÃO
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MOVIMENTO NA REDE A coluna, assinada pelo Doutor em Educação Física pela Unicamp e criador do Centro Esportivo Virtual (CEV), Laércio Elias Pereira, tem como objetivo apresentar os principais portais de conteúdo para o Profissional de Educação Física. Tudo que há de mais atualizado na área você encontra aqui.
20 LIVROS OBRIGATÓRIOS WWW.CREFSP.GOV.BR/5-COMUNICA
Em comemoração aos seus 20 anos, o CREF4/SP lançou a Coleção Literária: 20 livros, em sua maioria com capítulos de autoria de especialistas, bastante didáticos, que podem ser lidos na tela ou baixados.
CURTA NA ESCOLA CURTANAESCOLA.ORG.BR
Criado para “o educador interessado em incrementar sua prática pedagógica por meio de curtas-metragens”, o Curta na Escola conta com grande acervo. Os filmes vêm acompanhados de indicação de unidades de aprendizagem e sugestões para os planos de aula, além dos comentários dos professores visitantes.
FAZER CIÊNCIA É PERGUNTAR! WWW.CONFEF.COM/418
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A edição especial para crianças da Revista Minas Faz Ciência traz recursos e informações importantes para professores e estudantes. A publicação pode ser lida online pelo ISSUU, baixada para computadores, tablets ou celulares. A Minas Faz Ciência é produzida pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG).
ESCOLA DIGITAL ESCOLADIGITAL.ORG.BR
A plataforma gratuita de busca oferece mais de 30 mil recursos digitais de aprendizagem, entre vídeos, áudios, jogos, livros digitais, aplicativos e outras ferramentas que podem ser usadas dentro ou fora do ambiente escolar.
CIRCONTEÚDO WWW.CIRCONTEUDO.COM
Cada vez mais, a produção acadêmica da Educação Física se aproxima do circo. E o circo tem chegado com força com conteúdo das aulas de Educação Física para as crianças - não só pelos malabarismos, equilíbrios e cambalhotas, mas também pela alegria. O Circonteúdo oferece recursos que vêm ajudando pesquisadores, artistas, jornalistas e professores e amantes do circo.
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ESPAÇO DO LEITOR
Eu gostei das histĂłrias de iniciativas no Nasf. Poderiam trazer mais e mais! Daniele Santos [CREF 003894-G/SE] Gostaria de ver nas prĂłximas ediçþes o balanço de denĂşncias registradas e investigadas, com divisĂŁo por regionais. Luiz Felipe Achei essa edição muito boa! Gostei, principalmente, dos conteĂşdos sobre a ĂĄrea da saĂşde. Juliana Ben Salbego [CREF 017818-G/RS] Poderiam trazer, nas prĂłximas ediçþes, conteĂşdos sobre biomecânica. Euler Rocha [CREF 007095-G/PA] Orgulho do CONFEF! Renne Mazza Cruz [CREF 004108-G/CE] PROFESSOR DE EDUCAĂ‡ĂƒO FĂ?SICA SALVA ALUNOS DE ATAQUE EM ESCOLA
HerĂłi! đ&#x;‘Šđ&#x;‘Š
Lucas Nunes Sampaio
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Dores nas articulaçþes, mĂĄ qualidade de sono e falta de energia. Esses e muitos outros problemas podem ser curados com um remĂŠdio que nĂŁo ĂŠ vendido na farmĂĄcia, nĂŁo tem contraindicação e nĂŁo traz efeitos colaterais negativos. Mas causa dependĂŞncia. Isto porque a atividade fĂsica orientada ĂŠ um caminho sem volta rumo ao bem-estar e Ă qualidade de vida. Procure um Profissional de Educação FĂsica e comece hoje. NĂŁo deixe para depois. VocĂŞ ĂŠ agora.
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HUMOR
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PANORAMA PARCERIA ENTRE CREF6/MG E NESCON É APRESENTADA DURANTE REUNIÃO DA UNA-SUS A capacitação de Profissionais de Educação Física, por meio da parceria entre o CREF6/MG e o Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), completou dez anos. Durante esse período, foram oferecidos cursos de Especialização, Aperfeiçoamento e Atualização. A formação continuada torna o Profissional de Educação Física cada vez mais protagonista da promoção da saúde e prevenção de doenças. “Os temas e conteúdos dos cursos procuram despertar e aprofundar nos profissionais a importância de serem proativos, tanto dentro das suas equipes como com as pessoas com as quais exercem sua profissão, para conseguirem a construção de uma comunidade saudável”, diz a Professora Kátia Borges [CREF 005873-G/MG], coordenadora técnico-pedagógica e Conselheira do CREF. Essa união entre o Conselho e o Nescon colabora para a inclusão da Educação Física nos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB). CREF16/RN REALIZA NEGOCIAÇÕES EM SEMANA NACIONAL DE CONCILIAÇÃO O CREF16/RN participou, no mês de novembro, da Semana Nacional de Conciliação, promovida pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Foram protocoladas 52 reclamações e 12 negociações firmadas em apenas um dia. Para o advogado Wellington Fernandes, responsável pelo departamento de cobranças do CREF16/RN, o evento foi proveitoso. “O aproveitamento foi excelente, mantendo uma regularidade e apresentando crescimento nos números ano após ano. Esse foi o terceiro ano seguido em que participamos da Semana de Conciliação”. Mesmo assim, nem todos os casos foram resolvidos. Wellington reforça a necessidade de que os Profissionais de Educação Física notificados que não procuraram o CREF durante a Semana Nacional de Conciliação, o façam, para que a negociação dos débitos possa acontecer de forma simples sem que a reclamação que já está na justiça se transforme em uma execução fiscal.
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PANORAMA LEGAL CINCO ACADEMIAS SÃO FECHADAS NO INTERIOR DA BAHIA Ao todo, cinco academias foram fechadas e quatro pessoas flagradas no exercício ilegal da profissão durante mais uma operação de fiscalização do CREF13/BA, realizada nos municípios de Ipiaú, Ibirataia e Planaltino, neste mês de novembro. Os agentes de orientação e fiscalização do CREF13/BA contaram com o apoio dos Núcleos Regionais da DIVISA e da equipe de Vigilância Sanitária de cada município para realizar a operação. “Essa foi mais uma operação realizada com sucesso neste ano. Estamos tendo um resultado bastante significativo após implantar um centro específico para o recebimento e direcionamento das denúncias recebidas. Essa é mais uma vitória da atual gestão: conseguir melhorar a interiorização da fiscalização, atendendo as demandas, pois cada denúncia recebida vem sendo analisada e apurada” afirmou o presidente do CREF13/BA, Rogério Moura [CREF 001726-G/BA]. Um fato inusitado aconteceu durante as visitas aos estabelecimentos esportivos. No município de Ibirataia, o proprietário de uma academia ao perceber a aproximação da fiscalização trancou os alunos que estavam malhando e fugiu do local. A Polícia Militar foi acionada e precisou arrombar o portão para prestar socorro a uma aluna que ficou presa. Já em Ipiaú, duas academias foram fechadas por não possuírem profissionais de Educação Física habilitados para orientar e prescrever as atividades físicas. Uma pessoa também foi identificada exercendo ilegalmente a profissão. Ainda durante a operação, atendendo a denúncias, a equipe do CREF13/BA retornou à cidade de Planaltino para vistoriar duas academias que já tinham sido fechadas anteriormente e denunciadas novamente. Como ambas estavam abertas, foram interditadas mais uma vez e um relato foi feito à Secretaria de Saúde local. Um caso de exercício ilegal também foi identificado na cidade. EM BARRA DO PIRAÍ ( RJ ), CÂMARA APROVA O DIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA A Câmara Municipal de Barra do Piraí (RJ) aprovou, em novembro, a lei 3188/2019, que institui que o “Dia Municipal do Professor de Educação Física” seja comemorado, anualmente, no dia 1º de setembro. A lei municipal foi uma conquista da Comissão de Educação Física de Barra do Piraí juntamente com os vereadores Paulo Ganem e João Paulo. A lei é voltada para a valorização dos professores de Educação Física,
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que tanto contribuem para uma sociedade mais saudável ainda na infância e adolescência. Em 2007, o município já havia instituído 1º de setembro como o Dia do Profissional de Educação Física. DIRETORES DO CREF17/MT E CREFITO 9 SE REÚNEM PARA DISCUTIR ATUAÇÃO DE PROFISSIONAIS DAS DUAS ÁREAS Com objetivo de discutir sobre a delimitação, fiscalização e orientação dos Fisioterapeutas e Profissionais de Educação Física em relação a algumas áreas de atuação, como por exemplo, ginástica laboral, Pilates, sala de musculação, treinamento/exercício funcional e reabilitação, entre outros, membros da diretoria do CREF17/MT e do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO 9) se reuniram no mês de novembro. Para o presidente do CREF17/MT, Carlos Eilert [CREF 000015-G/MT], o encontro foi proveitoso. “Foi uma reunião muito positiva, com intuito de se prestar o melhor atendimento para o cidadão que necessita dos trabalhos dos profissionais de cada área. Estamos satisfeitos e acreditamos que nessa reunião avançamos muito em relação ao campo de atuação de cada um”. Ainda de acordo com ele, as duas áreas devem andar juntas, porém cada um tem seu campo de atuação, que deve ser respeitado. “O que nós trabalhamos muito para combater é a atuação do falso profissional, que acaba adentrando as duas áreas sem ter formação em nenhuma, prejudicando de forma drástica o cidadão que acha que está tendo um atendimento adequado”, afirmou.
FISCALIZAÇÕES INTERDITAM SETE ACADEMIAS NO RECIFE E EM OLINDA ( PE ) O CREF12/PE realizou, em janeiro, fiscalizações em academias localizadas em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A fiscalização, conduzida por agentes do Conselho e por fiscais do Procon de Pernambuco, observou irregularidades como a ausência de profissionais no acompanhamento dos alunos e problemas de estrutura, que, segundo os técnicos, podem causar problemas graves em frequentadores dos estabelecimentos. As fiscalizações fazem parte de uma série de intervenções feitas em academias que atuam de forma clandestina (sem registro no CREF) ou com irregularidades. Desde o dia 08/01, os técnicos visitaram cerca de 40 academias na RMR. Até o momento, sete estabelecimentos (dois no Recife e cinco em Olinda) foram interditados. Feitas a partir de denúncias que costumam partir dos próprios frequentadores dos estabelecimentos, as fiscalizações realizadas pelo CREF podem resultar, se detectadas irregularidades, em notificação que concede às academias o prazo de 30 dias para a regularização ou, em casos extremos, no fechamento do estabelecimento. Nesses casos, o Conselho aciona órgãos como a Vigilância Sanitária, o Procon e o Ministério Público, que podem formalizar as interdições e aplicar multas aos donos. Segundo o CREF, entre os problemas mais recorrentes está a ausência de registro ou de profissionais capacitados. “Se o aluno realizar atividades sem o devido acompanhamento profissional, ele pode ser exposto a sérios danos à saúde. Por isso, é importante que sejam feitas essas fiscalizações”, afirma a agente de Fiscalização do CREF, Daniela Amorim. O CREF12/PE aceita denúncias anônimas pelo site oficial e pelo telefone 3314-7320. Já o órgão de defesa do consumidor pode ser contatado através do telefone 0800 282 1512. CREF3/SC E PROCON REALIZAM AÇÃO CONJUNTA EM BLUMENAU (SC ) Por meio de ação conjunta, o CREF3/SC e o Procon de Blumenau (SC) visitaram, em novembro, 13 academias da cidade, das quais seis apresentaram algum tipo de irregularidade. Um flagrante exercício ilegal da profissão foi registrado, para o qual lavrou-se termo circunstanciado junto ao 10º Batalhão da Polícia Militar. A ação visa garantir a qualidade do serviço prestado na área do condicionamento físico à sociedade. Entre as irregularidades encontradas, destacam-se a ausência de Responsável Técnico no momento da visita, estagiários sem a supervisão de Profissional de Educação Física e empresas sem registro junto ao Conselho. CREF20/SE ENCONTRA IRREGULARIDADES DURANTE BLITZ TREINO SEGURO O Departamento de Orientação e Fiscalização do CREF20/SE realizou, no mês de outubro, a segunda fase da operação Blitz Treino Seguro, que teve início em agosto. Os fiscais visitaram praias e academias na região do bairro Atalaia, em Aracaju. No total, foram visitadas oito academias, das quais uma foi flagrada sem supervisão e três apresentavam atraso na anuidade. Dos 22 profissionais fiscalizados, um foi flagrado em desvio de atuação e dois com anuidade em atraso. Também foram fiscalizados 12 estagiários, dos quais oito não possuíam contrato de estágio. De acordo com o supervisor de orientação e fiscalização, Diego Vidal [CREF 001363-G/SE], a operação Blitz Treino Seguro foi criada para coibir a prática de exercício e estágios ilegais em locais e horários fora do habitual. “São horários em que normalmente não são realizadas visitas, como nos fins de semana também, além de locais diversificados, como a praia”. A operação contará com outras etapas.
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FISCALIZAÇÃO
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AGENDA
Congresso Internacional de Educação Física e Nutrição Data: 17 e 18 de abril
Local: Porto Alegre (RS)
Informações: (48) 99141-4555 5º Congresso Norte Nordeste de Nutrição
Clínica e Esportiva Funcional Datas: 08 e 09 de maio Local: Fortaleza (CE)
Informações: www.vponline.com.br/site/congressos/ congresso-norte-nordeste/
27ª Convenção Brasil Saúde Sport Fitness Data: 22 a 24 de maio
Local: Porto Alegre (RS)
Informações: (51) 99707-7733 | convencaobrasil.com.br 34ª JOPEF
Datas: 11 a 13 de junho Local: Curitiba (PR)
Informações: www.korppus.com.br 21ª IHRSA Fitness Brasil
Datas: 27 a 29 de Agosto Local: São Paulo (SP)
Informações: fitnessbrasil.com.br 20º Congresso Brasileiro de Ergonomia Data: 1º a 4 de setembro
Local: São José dos Campos (SP)
Informações: (12) 3159-5340 | www.abergo.org.br 6º Congresso da Associação Latino-americana de Antropologia Social EDUCAÇÃO FÍSICA | 73/2020
Data: 24 a 27 de novembro
Local: Montevidéu (Uruguai)
Informações: ala2020.com.uy
CONSELHOS REGIONAIS - CREFs CREF1/RJ-ES – Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo Rua Adolfo Mota, 104 – Tijuca – Rio de Janeiro – RJ CEP 20540-100 – Tel.: (21) 2569-6629 / 2569-7375 / 2569-7611 Telefax: (21) 2569-2398 cref1@cref1.org.br – www.cref1.org.br CREF2/RS – Estado do Rio Grande do Sul Rua Coronel Genuíno, 421, conj. 401 – Centro – Porto Alegre – RS CEP 90010-350 – Tel.: (51) 3288-0200 - Telefax: (51) 3288-0222 crefrs@crefrs.org.br – www.crefrs.org.br CREF3/SC – Estado de Santa Catarina Rua Afonso Pena, 625 – Estreito – Florianópolis – SC CEP 88070-650 – Telefax.: (48) 3348-7007 crefsc@crefsc.org.br – www.crefsc.org.br CREF4/SP – Estado de São Paulo Rua Líbero Badaró, 377 – 3º andar – Centro – São Paulo – SP CEP 01009-000 – Telefax: (11) 3292-1700 crefsp@crefsp.gov.br – www.crefsp.gov.br CREF5/CE – Estado do Ceará Rua Tibúrcio Frota, 1363 - São João do Tauape - Fortaleza - CE 60130-301 Tels: (85) 3262-2945 / (85) 3231-6793 Telefax: (85) 3262-2945 – cref5@cref5.org.br – www.cref5.org.br CREF6/MG – Estado de Minas Gerais Rua Bernardo Guimarães, 2766 – Santo Agostinho – Belo Horizonte – MG – CEP 30140-085 – Telefax: (31) 3291-9912 cref6@cref6.org.br – www.cref6.org.br CREF7/DF – Distrito Federal QS 01, Rua 212, Lotes 19, 21 e 23, Edifício Connect Towers, salas 730 a 738, Pistão Sul, Taguatinga - Brasília - DF - CEP 71950-550 - Tel: (61) 3771-4061 cref7@cref7.org.br – www.cref7.org.br CREF8/AM-AC-RO-RR – Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima Rua Ferreira Pena, 1118 / 202 – Centro – Manaus – AM CEP 69025-010 – Tel.: 0800-280-8234 / (92) 3234-8234 cref8@cref8.org.br – www.cref8.org.br CREF9/PR – Estado do Paraná Rua Dr. Faivre, 880, Centro - Curitiba - PR CEP 80060-140 - Tels.: 0800 643 2667 / (41) 3363-8388 crefpr@crefpr.org.br - www.crefpr.org.br CREF10/PB – Estado da Paraíba Rua Arquiteto Hermenegildo Di Lascio, 36 Tambauzinho - João Pessoa - PB - CEP 58042-140 cref10@cref10.org.br – www.cref10.org.br CREF11/MS –Estado de Mato Grosso do Sul Rua Joaquim Murtinho, 158 – Centro Campo Grande – MS – CEP 79002-100 – Telefax: (67) 3321-1221 cref11@cref11.org.br – www.cref11.org.br CREF12/PE – Estado de Pernambuco Rua Carlos de Oliveira Filho, 54 – Prado – Recife – PE CEP 50720-230 – Tel.: (81) 3226-0996 Telefax: (81) 3226-2088 cref12@cref12.org.br – www.cref12.org.br CREF13/BA – Estado da Bahia Rua Arthur de Azevedo Machado, 289, Ed. Marlim Azul, Térreo – Costa Azul – Salvador - BA CEP 41760-000 - Tels.: (71) 3351-7120 / 3351-8769 cref13@cref13.org.br - www.cref13.org.br CREF14/GO-TO – Estados de Goiás e Tocantins Av. T-3, 1855 - Clube Oásis – Setor Bueno – Goiânia – GO CEP 74215-110 – Tel.: (62) 3229-2202 Telefax: (62) 3609-2201 cref14@cref14.org.br - www.cref14.org.br CREF15/PI – Estados do Piauí Rua 1º de maio, 2024 - Primavera Teresina - PI CEP 64002-510 – Tel.: (86) 3085-2182 cref15@cref15.org.br – www.cref15.org.br CREF16/RN – Estado do Rio Grande do Norte Rua Desembargador Antônio Soares, 1274 - Tirol – Natal - RN CEP 59022-170 – Tel.: (84) 3201-2254 atendimento@cref16.org.br – www.cref16.org.br CREF17/MT – Estado do Mato Grosso Rua Generoso Ciríaco Maciel, 02 - Jd. Petrópolis – Cuiabá – MT CEP 78070-050 – Telefax: (65) 3621-2504 – 3621-8254 cref17@cref17.org.br – www.cref17.org.br CREF18/PA-AP – Estados do Pará e Amapá Av. Generalíssimo Deodoro, 877 – Galeria João & Maria – Sala 11 e 12 Nazaré – Belém - PA – CEP 66040-140 – Tel.: (91) 3212-6405 cref18@cref18.org.br – www.cref18.org.br CREF19/AL – Estado de Alagoas Rua Dr. José Castro Azevedo, 370 – Pitanguinha – Maceió – AL CEP 57052-240 – Telefax: (82) 3025-5944 / 3025-4739 cref19.org.br/site CREF20/SE – Estado de Sergipe Rua Dom José Thomas, 708 – Lojas 2 e 3 - Edifício Galeria – São José Aracaju - SE - CEP 49015-090 – Telefax: (79) 3214-6184 www.cref20.org.br CREF21/MA - Estado do Maranhão Ed. São Luis Multiempresarial - Avenida Colares Moreira, salas 1008 e 1009, Lote 10 Quadra 23, Jardim Renascença II, São Luís – MA, CEP 65075-441 – Tel.: (98) 3227-8271 E-mail: cref21@cref21.org.br
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