O que esperar do Boi em 2023

neste meio. A oscilação observada no valor da arrouba nos últimos anos fez com que esses investimentos fossem revistos para torná-los justificáveis, principalmente neste último momento que nos mostra uma defasagem no valor da arrouba que consequentemente pressiona os valores praticados pela indústria frigorifica.

Com o início deste ano, o cenário do Boi Gordo sofre influência dos abates de fêmeas que ocorreram no último mês de 2022, e que se projetam para continuar em 2023, fazendo com que as expectativas sejam de maior oferta de animais, principalmente animais jovens, contribuindo no que diz respeito ao fluxo já estabelecido com o mercado externo, que demanda de forma constante de carne brasileira.

Esse avanço das aquisições do mercado externo se deve também pela recentemente habilitação de novas plantas frigorificas destinadas a Indonésia, bem como a expectativa de abertura de cotas dos Estados Unidos para carne brasileira. A questão sanitária volta a ser crucial para que novos mercados sejam abertos ainda esse ano, uma vez que o avanço e o já consolidado controle a Febre Aftosa pode nos garantir que seja ampliada a demanda pelo mercado asiático com a possível abertura de Japão ou Coreia do Sul como consumidores de carne brasileira.

Com o ciclo pecuário de baixa visivelmente estabelecido, o alto custo de produção, com o consumo interno e a arrouba do Boi Gordo em baixa, planejar-se para o que este ano pode trazer é a melhor e única opção, além de que uma vez que a previsões de mercado se confirmando haverá muitos pontos a serem revistos, mas como principal consequência de impacto direto no poder aquisitivo do mercado domestico e a retomada parcial de investimentos por parte do pecuarista.

Dentre altas e baixas, o mercado do boi gordo de 2023 está apenas começando e como sempre a pecuária conduzida com profissionalismo sempre estará a cabeceira das grandes retomadas dos ciclos que o agronegócio