Meio Ambiente em Revista

Page 1

Meio Ambiente em Revista eletr么nica Junho 2010 1潞 ano EM


ÍNDICE

Dia Mundial do Meio Ambiente

04

CAPA

Brasil do desperdício

24

Arte: Tiago Toso Albino.

Péssimo destino

Recorde de e-lixo

28

O elemento químico mais abundante na crosta terrestre, o oxigênio, indispensável à vida de animais e vegetais, empresta sua nomenclatura a este informativo especial, produzido pelos alunos do 1º ano do Ensino Médio da Cooperativa Educacional de Ubatuba, em comemoração ao mês do Meio Ambiente.

18

São Paulo recicla pouco

20

Quanto custa o nosso lixo?

10

08

Código Florestal em perigo


Esgoto na natureza

40

Promessa de tratamento

42

38

Áreas verdes = menos carbono

58

A flora brasileira

Ameaça à diversidade

60

Campeã em preservação

34

Expediente Textos: Caio Vigneron Sandin, Caio Zurita Fernandes, Cynthia Schauff Ringel, Fernando Ramos Filho, Janaina C. dos Santos, Juliana Peres, Lais Villaça, Leonardo Lopes Lunardi, Lucas Lunardi Tucat, Maria Julia Garcia, Mariana Stolf, Marina C. Corrêa Puglisi,

Esgoto vira adubo

44

Paula Alana R. T. Vaz Diniz, Tiago Toso Albino, Valter Santos Nunes Jr.,

48

Direito à água tratada

Marina Zahra Erba,

Vinícius Freres de Souza. Fotos:

50

Para saber mais

62

Empregos Verdes

imagens.

64

Navios sujam a costa

de cooperados e banco de

54

Respeite os 7 Rs

Acervo da Cooperativa e

56

Onda de lixo no Atlântico

Edição: Regina Teixeira, Professora de Redação.


04


Dia Mundial do MeioAmbiente e da Ecologia Por: Cynthia Schauff

O

Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia, comemorado em 5 de junho, é uma data importante para a humanidade refletir sobre os vários problemas ambientais que o mundo contemporâneo enfrenta: poluição do ar e da água, efeito estufa, aquecimento global, mudança climática, desmatamentos, desertificação, etc. 05


A data de 5 de junho foi instituída pela ONU em 1972, em Estocolmo, na Suécia, quando ocorreu a 1ª Conferência Mundial do Meio Ambiente e a criação do PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que visava coordenar as ações internacionais para a proteção ambiental.

06


Desenvolvimento Sustentável

Uma nova reunião mundial para discutir os problemas ambientais aconteceu no Rio de Janeiro, na ECO 92, que apresentou uma contribuição definitiva ao estabelecer o conceito de desenvolvimento sustentável: aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades. Na ECO 92, foram assinados documentos que instituíam políticas sobre as questões ambientais e suas implicações econômicas e sociais. Entre eles deve ser mencionada a Carta da Terra, uma declaração dos direitos humanos. A carta estabelece diversos valores, como o respeito ao planeta, a produção e o consumo sustentáveis, transparência nos processos administrativos, etc.

Agenda 21

Na agenda 21, outro dos documentos elaborados na ocasião, foram relacionadas 2.500 medidas que podem servir como base para que cada país elabore o seu plano de preservação do meio ambiente. Além da Carta e da Agenda, foram assinadas as Convenções da Biodiversidade e das Mudanças Climáticas, que lançou as bases do Protocolo de Kyoto (Japão), tratado que estabeleceu a redução dos gases responsáveis pelo efeito estufa. O protocolo foi assinado por 55 países, mas não foi assinado pelos Estados Unidos, responsável pela maior parte da emissão desses gases. Uma nova conferência mundial do meio ambiente, que ocorreu em Johannesburgo, na África do Sul, em 2002, serviu para constatar os avanços no combate aos problemas ambientais e para evidenciar que ainda há muito por se fazer. 07


08


Código Florestal em perigo A

lei que protege as florestas, os rios, as montanhas, a biodiversidade e o clima do Brasil está em perigo. Parlamentares ligados ao agronegócio estão se articulando para aprovar no Congresso Nacional modificações profundas no Código Florestal e em outras leis ambientais do país. Se as propostas ruralistas forem aprovadas, haverá um grande incentivo para o avanço do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, pois as áreas protegidas diminuirão. Também ficará impossível recuperar a Mata Atlântica, pois desaparecerá a obrigação de reflorestar as áreas excessivamente desmatadas. ONGs ambientalistas aproveitaram o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, para lançar uma nova campanha contra as mudanças no Código Florestal. Para participar, acesse: www.sosflorestas.com.br 09


Quanto custa o nosso lixo? Por: Janaina Cassiano dos Santos

U

m dos grandes problemas do Litoral Norte é justamente o transbordo de lixo para Tremembé. Em média, as quatro cidades do litoral– Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela – produzem 300 toneladas por dia e cerca de 150 mil toneladas por ano de lixo, que, em 2009, foram exportados pelo custo de 20 milhões de reais. Os quatro aterros do Litoral Norte estão interditados. Ubatuba lidera o ranking de gastos com o transbordo. A cidade chega a produzir cerca de 5 mil toneladas de lixo por mês durante a temporada, mais que o dobro produzido durante os meses de baixa temporada. Este ano, o município deverá gastar cerca de 11 milhões de reais para se livrar do lixo. Nós, alunos da Cooperativa Educacional de Ubatuba, fomos visitar a estação de transbordo e coleta seletiva. Veja as fotos. 10


Caminhões da coleta despejam o lixo produzido no município no contêiner abaixo, a ser transportado para Tremembé. Na alta temporada, os caminhões enchem um contêiner atrás do outro. Muitos materiais recicláveis vão no meio do bolo.

11


De todo o material reciclável coletado, 70% são rejeitados, como as caixas Tetrapak, para as quais não existe mercado comprador.

12


Somente 30% dos materiais reciclĂĄveis sĂŁo separados e vendidos para empresas que os revendem a indĂşstrias de reciclagem.

13


Os homens responsáveis pela triagem do material reciclável nem sempre usam luvas de proteção e trabalham ao ar livre, pois não existe um galpão de armazenagem, tampouco uma esteira para facilitar a separação. Por enquanto, só há o projeto de construção de uma área coberta de 1100m². 14


O papelão armazenado a céu aberto pode perder até 70% de seu valor de mercado quando molhado. Os plásticos não correm esse risco, mas podem acumular água da chuva, tornando-se receptáculos para o mosquito da dengue.

15


AtĂŠ dezembro de 2008, quando foram encerradas as atividades do aterro de Ubatuba, todo o lixo do munĂ­cipio era jogado nessa ĂĄrea e aterrado com o substrato retirado do morro que aparece na foto.

16


Urubus dominam a paisagem na รกrea de transbordo.

17


São Paulo recicla menos de 1% do lixo Por: Paula Alana

N

a capital paulista, após 20 anos em operação, o sistema de coleta seletiva da prefeitura consegue reutilizar apenas uma garrafa PET por habitante a cada semana. A coleta seletiva é algo a que só a classe média paulistana tem acesso na cidade. Dos 292 caminhões contratados para recolher o lixo na capital, só 20 são destinados aos recicláveis, equivalentes a 7% da frota. Há 1050 famílias integradas ao programa. No total, são produzidas 293, 9 mil toneladas de lixo por mês, porém pouco mais de três mil toneladas são recicladas. 18


19


Cerca de 67 mil toneladas de lixo sĂŁo destinadas incorretamente no paĂ­s Por: Leonardo Lunardi

20


Foto tirada na Feira nas Naçþes, em Ubatuba

21


D

e acordo com dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), apenas 7% dos municípios brasileiros têm projetos de coleta seletiva em larga escala. E isso porque houve crescimento da reciclagem nos últimos anos. Em 2003, foram reciclados 5 milhões de toneladas de lixo. Em 2008, o índice foi para 7,1 milhões. Diariamente, o Brasil produz cerca de 150 mil toneladas de lixo, sendo que 67 mil vão para lugares inadequados, como lixões. Em 2008, o Brasil gastou R$ 16,8 bilhões para dar fim ao lixo. “Parece muito, mas quando se divide por habitante, dá cerca de R$ 8,90 por mês para cada um. É muito pouco se comparado a outros serviços públicos”, destaca o diretor da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, Carlos Silva Filho. A solução não está em construir mais aterros. “Vai ter uma hora que não haverá mais lugar”. O segredo, diz, é pensar antes de comprar, depois, antes de se desfazer e, quando não for mais possível, reciclar. 22


Catador de reciclรกveis, no bairro do Itaguรก: o seu lixo vale muito para ele!

23


20

24


Brasil lidera desperdício de comida Por: Janaina Cassiano dos Santos

O

Brasil está entre os países que mais desperdiçam comida no mundo. Cerca de 35% de toda a produção agrícola vão para o lixo. Isso significa que mais de 10 milhões de toneladas de alimentos poderiam estar na mesa dos 54 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, como o morador de rua da foto, que fuça o lixo para comer.

25


Segundo dados do Serviço Social do Comércio (SESC), R$ 12 bilhões em alimentos são jogados fora diariamente, uma quantidade suficiente para garantir café da manhã, almoço e jantar para 39 milhões de pessoas.

De acordo com o Instituto Akatu, uma família brasileira desperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra no período de uma semana. Do total de desperdício no país, 10% ocorrem durante a colheita; 50% no manuseio e transporte; 30% nas centrais de abastecimento; e os últimos 10% ficam diluídos entre supermercados e consumidores. 26


COMPOSTO ORGÂNIGO Os resíduos orgânicos correspondem a mais da metade do lixo produzido em nossas casas. Em sua maioria são formados por sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes, sementes e folhas, que, adequadamente encaminhados, podem se transformar em terra fértil e adubo de excelente qualidade. Cada família pode reciclar seus resíduos orgânicos em sua própria casa. Na internet, há várias dicas de como fazer uma composteira. 27


28


Brasileiros produzem 300 mil toneladas de lixo eletr么nico por ano! Por: Vin铆cius Freres

29


Somando todos os produtos - televisores, computadores, celulares, etc. - nós, brasileiros, produzimos cerca de 300 mil toneladas por ano de resíduo eletrônico. O país ainda não tem locais apropriados para descarte desses equipamentos. Os problemas ambientais que os resíduos eletrônicos podem trazer são inúmeros, pois a composição química desses equipamentos é muito variada. Em sua fabricação, são utilizados muitos tipos de metais, e alguns deles são tóxicos. Se esses metais forem descartados de forma incorreta na natureza, eles vão contaminar o solo, o lençol freático e a água. Uma das formas para evitar a grande produção deste tipo de lixo é frear o consumismo, mas isso não é fácil, porque temos vontade de acompanhar a tecnologia, com equipamentos mais novos. 30


Não existem pontos de coleta para esse tipo de resíduo, com exceção de pilhas e baterias. O ideal seria levar esse material para indústrias de reciclagem, mas como elas não existem de forma esquematizada no Brasil, é interessante procurar entidades sociais que aceitem doações de equipamentos para projetos de inclusão digital. Todas as fotos que ilustram esta matéria foram tiradas nas ruas do centro de Ubatuba

31


“Tem muito material que a gente pode reaproveitar” O velho amplificador e o antigo placar de basquetebol viraram cronômetro para as aulas de cinética, nas mãos do nosso habilidoso e criativo professor de química, Eurivaldo Paschoalino Filho. “A reutilização desses equipamentos é muito interessante”, afirma, com a autoridade de quem sabe transformar uma fonte de computador em um condutivímetro, um toca-discos quebrado em um sismógrafo e por aí afora. Quantos Euris serão necessários para a humanidade parar de jogar tanto lixo eletrônico fora?

32


33


34


Pesquisa da Fundação Florestal aponta região como a mais preservada do Estado Por: Marina Zahra

O

Litoral Norte é apontado como a região mais preservada em território paulista no “Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo”. Nos últimos dez anos, o índice de preservação aumentou e o Litoral Norte foi a região que mais preservou ou recuperou suas áreas florestadas. 35


Ubatuba ocupa o primeiro lugar; São Sebastião, o terceiro, seguido de Ilhabela. Caraguatatuba, o município mais desmatado da região, aparece em 12º lugar. O biólogo Edson Lobato diz que um dos principais fatores para o controle do desmatamento foi a conscientização da população. Para desenvolver essa consciência, foram necessárias a criação de unidades de conservação e a implantação do Projeto de Preservação da Mata Atlântica, que possibilitou a apreensão de tratores e caminhões que faziam loteamentos clandestinos. Fatores como demolição e congelamento de áreas invadidas, além de denúncias anônimas, foram muito importantes. 36


37


Áreas sob proteção podem evitar a emissão de bilhões de toneladas de carbono Por: Caio Fernandes

A

manutenção de áreas preservadas pode diminuir a emissão de gases de efeito estufa em 15%. Também pode reduzir o acontecimento de eventos extremos, como enchentes, deslizamentos de terra e tempestades. Um dos maiores interessados na proteção é o Brasil, já que as derrubadas são responsáveis por cerca da metade das emissões nacionais de gases de efeito estufa. 38


39


Por mĂŞs, paĂ­s despeja na natureza 2.360 piscinas de esgoto sem tratamento Por: Mariana Stolf

40


D

iariamente, quase 6 bilhões de litros de esgoto são despejados sem tratamento nas

praias e rios do Brasil, quantidade equivalente a 2.360 piscinas olímpicas por dia. Pesquisa entre vários órgãos brasileiros afirma que apenas 36% do esgoto gerado é tratado de alguma maneira nas 81 maiores cidades do país. O Estado de São Paulo progrediu na melhora do tratamento, com 68% da água tratada. Jundiaí, Sorocaba, Santos, Ribeirão Preto e Franca estão entre as 10 primeiras cidades no ranking nacional das que mais tratam esgotos. Belém do Pará e Rio Branco, no Acre, tratam apenas 6%. Porto Velho, capital de Rondônia, joga todo o esgoto nos rios. Cidades da baixada fluminense também têm índices muito baixos, inferiores a 5%. O Rio de Janeiro regrediu e muitos de seus municípios jogam grande quantidade de esgoto na baía da Guanabara, onde serão as competições de iatismo nas olimpíadas de 2016. Seriam necessários investimentos de 10 bilhões anuais para 100% dos esgotos do país serem tratados até 2027. 41


42


Após décadas de luta, Ubatuba terá 70% do esgoto tratado Por: Caio Fernandes

U

batuba terá, depois de muitos anos, uma ampliação da rede coletora de esgoto. O investimento de R$ 20,5 milhões con-

templará os bairros Perequê-Açu, Estufa I e II, Tenório e Jardim Carolina. A primeira etapa do projeto começou este ano. O conjunto de todas as obras beneficiará cerca de 25 mil pessoas na alta temporada. 43


44


Acesso à água tratada é um direito da população Por: Marina Puglisi

A

água assume grande importância para a sobrevivência de todas as formas de vida. Abundante principalmente no Bra-

sil - 12% de toda água do mundo está concentrada em nosso país -, sua distribuição, ou a falta dela, começa a preocupar especialistas de todo o mundo. Em muitas regiões do país, comunidades inteiras não têm água nem sequer para beber e, quando falamos em saneamento básico, isso fica ainda mais difícil. 45


De acordo com relatório divulgado recentemente pela ONG Instituto para Defesa da Vida, 70% do consumo da água é proveniente do agronegócio. É necessário que se tenham políticas públicas voltadas para o abastecimento de água potável para a população, bem como para o tratamento de esgoto. Caso contrário, em algumas décadas, quatro bilhões de pessoas não terão água para as necessidades básicas. Para se ter uma ideia da emergência de assegurar água e esgoto para a população, o Brasil necessita de R$ 178 bilhões para resolver esses problemas. O nosso bom senso também deve prevalecer: desperdiçar água para o bel prazer não é legal. 46


47


Embrapa transforma lodo de esgoto em adubo org창nico Por: Fernando Ramos Filho

48


D

epois de um ano de estudos, pesquisadores da EMBRAPA,

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, viram que seria possível transformar lodo de esgoto em adubo orgânico. O projeto piloto foi executado no condomínio Riviera de São Lourenço, em Bertioga, como forma de encontrar uma alternativa para o lodo produzido no local. O lodo representa um grande problema para a administradora da Riviera, que, amparada nos resultados da pesquisa, pretende transformar os resíduos orgânicos em fertilizante natural, economizando nos gastos com transporte para mandar o lodo para a Sabesp. 49


Mancha de plástico flutua no Oceano Atlântico Por: Paula Alana

U

ma mancha de plástico se espalha por uma ampla área remota do Oceano Atlântico, entre o Caribe e os Açores.

O lixo flutuante foi documentado por dois grupos de

cientistas. Na viagem, a cada vez que puxavam a rede, ela vinha cheia de plástico. A maior parte do plástico foi quebrada em partículas tão pequenas que é quase invisível. Esses dejetos são perigosos para peixes, mamíferos marinhos e humanos. Os pesquisadores retiraram um peixe, ainda vivo, preso no interior de um balde plástico. Ambientalistas dizem que a saída é impedir que mais plásticos cheguem aos mares e, sempre que possível, criticar a cultura do descartável, baseada em produtos não biodegradáveis. 50


51


7 Rs para serem replicados Por: Mariana Stolf

52


Nós já conhecemos os 3 Erres: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Mas há outros erres essenciais, que devemos aplicar em nosso dia a dia. São eles:

R R R RR

epensar: devemos rever o que realmente precisamos consumir e o que consumimos sem relevância. ecusar: já que o nosso dever é o consumo consciente, quando for oferecido algo desnecessário, recuse educadamente. eduzir: a redução do consumo é importante. Se você realmente precisar de algo, recuse e reduza ao máximo as embalagens, assim diminuirá o lixo. eparar,

eciclar

R

eutilizar: se o equipamento quebrar, devemos verificar se pode ser utilizado para outra função,

se tem conserto e se podemos reciclar, para não jogar direto no lixo.

R

eintegrar: os materiais orgânicos podem ser reintegrados à natureza, por meio, por exemplo, de uma composteira. 53


Estudo sugere que reduzir o consumo de carne melhora a saúde das pessoas e do planeta

C

Por: Juliana Peres

ientistas afirmam que a redução do consumo e da produção de carne em 30% diminuiria

as emissões de carbono na atmosfera e melhoraria a saúde das pessoas. Pesquisadores britânicos e australianos descobriram que só aumentar a captura de carbono e reduzir a dependência de combustíveis fósseis não seria suficiente para cumprir as metas de emitir menos dióxido de carbono. 54


Combinar essas medidas com a redução de 30% no rebanho e um corte similar no consumo de carne traria benefícios à saúde e diminuiria as emissões de gases de efeito estufa. O estudo aponta que haveria, ainda, 17% menos mortes prematuras decorrentes de doenças cardíacas. No Estado de São Paulo, seriam evitadas 1000 mortes por ano. 55


Cruzeiros deixam rastro de lixo na costa brasileira Por: Caio Sandin

56


U

m grupo de jornalistas testemunhou um crime ecológico grave, que fere a Con-

venção Internacional de Poluição dos Mares (Marpol): o lançamento de lixo ao mar, de um buraco superior do casco do navio. Não era só lixo orgânico, autorizado, que pode servir de alimento aos animais marinhos: também havia plásticos, latas de cerveja e de refrigerantes, garrafas e outros objetos.

57


A flora brasileira Por: Valter Santos Nunes Jr.

A

primeira meta da Convenção sobre a

Diversidade Biológica, da ONU, cujo prazo final é 2010, ano da Biodiversidade, já foi cumprida. Mais de 400 pesquisadores brasileiros se envolveram no trabalho, que resultou num cadastro inédito de 41.121 espécies da nossa flora.

58


Essas 41 mil espécies incluem vegetais, fungos, entre outras. Os cálculos apontam que, a cada dois dias, uma espécie nova é descrita no Brasil. A próxima meta dos pesquisadores é fazer uma lista das espécies raras. A novidade é que, após a Flora Brasilienses, feita em 1906 por Von Martius e seus colaboradores, o país tem a lista de suas espécies atualizada.

59


Aquecimento global ameaça diversidade das plantas Por: Laís Villaça

C

ientistas quantificaram e modelaram, em escala regional, o im-

pacto das mudanças climáticas na vida vegetal para as próximas décadas. Os resultados mostraram a queda na variedade das espécies. Como predizem os cientistas climáticos, áreas até então temperadas irão se aquecer e as espécies locais vão se espalhar por regiões maiores. A rica flora dos trópicos sofrerá a perda de variedade devido à falta de chuvas e ao forte calor. 60


As perdas de espécies nos trópicos, em conjunto com a proliferação de plantas de zonas temperadas, poderão levar a uma “globalização” do mundo vegetal. Os piores efeitos do aquecimento global para a flora deverão ser sentidos na Amazônia. Os grandes poluidores históricos, principais responsáveis pelo aquecimento global, como EUA e Europa, estão justamente em áreas que tendem a se beneficiar com o aumento das temperaturas. Mas os cientistas alertam que isso não significa um novo equilíbrio da vida vegetal. Se as políticas se mantiverem tímidas, estamos fadados a um aumento de até 4ºC na temperatura até 2100. 61


62


Empregos verdes Por: Tiago Toso Albino

F

oi criado o 1º portal de empregos verdes no Brasil, o “Green Jobs Brasil”. Esse portal aproxima empresas

que necessitam de capital humano para projetos sustentáveis relacionados à ecologia. O portal é gratuito e as ofertas de emprego estão subdivididas pelas áreas: Técnicos, Educadores, Gestores e Comercial. Além dos meios tradicionais de divulgação, o GJB usa o twitter como ferramenta de informação. O Brasil já tem 2,6 milhões de empregos verdes, que ajudam a proteger a biodiversidade e os ecossistemas, reduzem o consumo de energia, diminuem a emissão de gás carbônico, além de preservar o meio ambiente e darem chance para os trabalhadores ajudarem o planeta. 63


Quer saber mais sobre meio ambiente? Por: Maria Julia Garcia e Lucas Tucat

64


Acompanhe as postagens nos blogs do projeto Ecossistemas, nos endereços relacionados abaixo. Este é mais um produto nosso, alunos do 1° ano do Ensino Médio.

Manguezal - http://manguedocaranguejo.blogspot.com Mata - http://amaramata.blogspot.com Bairro - http://turmadobairroboladona.blogspot.com Praia - http://iaminamiamibeach.blogspot.com

FONTES CONSULTADAS PARA A PRODUÇÃO DESTE INFORMATIVO: ABRELPE, CEMPRE, EMBRAPA, G1, GLOBAL GARBAGE, IMPRENSA LIVRE, INSTITUTO AKATU, INSTITUTO TRATA BRASIL, JORNAL O ESTADO DE S.PAULO, MERCADO ÉTICO, PORTAL ECODEBATE, PORTAL ECODESENVOLVIMENTO, PORTAL DA PREFEITURA DE UBATUBA, REVISTA ÉPOCA, UBATUBA EM REVISTA, UOL EDUCAÇÃO, SOS FLORESTAS, SOS MATA ATLÂNTICA 65


66


67



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.