- CEAPPE Centro de Estudos e Acompanhamento Psicanalítico e Psicopedagógico Tema da Aula: - Psicanálise e Saúde Mental na Infância -
Professor: Marcelo Castro Psicólogo, Filósofo, Psicoterapeuta, Professor de Psicologia, Diretor do Núcleo de Psicologia Carl Gustav Jung, Especialista em Psicologia Humanista na Abordagem Centrada na Pessoa, Pós Graduado em Docência do Ensino Superior, Formação em Psicossomática, Hipnose Clínica e Regressão de Memória, Organizador e Facilitador do Curso de Introdução a Abordagem Centrada na Pessoa e de Grupos Terapêuticos, Palestrante em Cursos de Psicologia, Filosofia e Desenvolvimento Pessoal. Contatos: Tel.: 9 8736-6769 Email.: mcbpsi@yahoo.com.br
Psicanálise aplicada a infância - primeira parte -
“Em conjunto com todos os outros autores, afirmamos que a terceira peculiaridade do conteúdo onírico consiste no fato de no sonho poderem surgir impressões da primeira infância das quais a memória não parece dispor na vigília. [...] Naturalmente, não é possível descobrir sem análise os motivos que levaram o sonhador a reproduzir justo essa impressão de sua infância”. Sigmund Freud
A interpretação dos sonhos, p. 210, 2017
Psicanálise aplicada a infância - primeira parte -
• Os trabalhos originais de Freud surgiram durante a analise de adultos, mas a natureza do seu descobrimento o conduziu a investigar os anos de infância, pois lhe pareceu claro que as primeiras causas do transtorno mental tinham sua fonte em fatores que atuaram durante as primeiras fases do desenvolvimento; • Suas conclusões sobre a sexualidade infantil viram-se confirmadas na primeira vez que se aplicou a psicanalise ao tratamento de uma criança neurótica. • Suas ideias sobre este desenvolvimento se enriqueceram com os descobrimentos ulteriores no tratamento de adultos neuróticos, com a observação direta das crianças e com os dados que lhe eram comunicados pelos psicanalistas que se dedicaram as crianças. Foi fundamental a investigação dos mecanismos que impulsionam a criança a brincar. Psicanálise da criança teoria e técnica, p. 13, Arminda Aberastury, 1982
Psicanálise aplicada a infância
• O jogo havia sido estudado por psicologos, filosofos e pedagogos, mantendo-se a validade destes descobrimentos ainda hoje, mas descreviam apenas aspectos parciais do problema ou mostravam os fenômenos sem considerar seu significado inconsciente.
Psicanálise da criança teoria e técnica, p. 13, Arminda Aberastury, 1982
Psicanálise aplicada a infância
• Na teoria traumática do jogo, Freud não exclui o que se havia escrito, mas explica o fenômeno na sua totalidade e na sua essência. Compreendeu que a criança não brincava somente com o que lhe era prazenteiro, mas também jogava repetindo situações dolorosas, elaborando assim o que era excessivo para seu ego.
Psicanálise da criança teoria e técnica, p. 13, Arminda Aberastury, 1982
Psicanálise aplicada a infância
• A teoria traumática do jogo descrita por Freud não foi modificada nas suas bases e sim utilizada para a criação de novas técnicas de aproximação ao inconsciente da criança, tanto no tratamento como no diagnóstico das neuroses infantis.
Psicanálise da criança teoria e técnica, p. 13, Arminda Aberastury, 1982
Psicanálise aplicada a infância
• Em “Atos sintomáticos e casuais”, Freud relata um ato sintomático em uma criança de treze anos, cuja interpretação podia ser hoje um exemplo da forma como se pode analisar uma criança; também em um pequeno artigo, “Associação de ideias em uma menina de quatro anos”, mostra a possibilidade de utilizar a expressão verbal infantil para a interpretação. Psicanálise da criança teoria e técnica, p. 16, Arminda Aberastury, 1982
Psicanálise aplicada a infância • Em “ Psicologia do colegial” estuda as reações do rapaz frente aos professores, como repetição das relações com os pais, ideias que se desenvolveram, mais tarde, permitindo a compreensão das dificuldades de aprendizagem, da desadaptacão escolar e da avidez ou rechaco frente ao conhecimento. • Em “Os sonhos infantis” analisa sonhos de crianças, destacando que – como nos do adulto - devemos considerar um conteúdo manifesto e um latente, ao que se chega pela interpretação. • Partindo destes descobrimentos, Hug Hellmuth, Anna Freud, Sophie Morgenstern e Melanie Klein buscaram a forma de aplicar a psicanalise ao tratamento de crianças. Psicanálise da criança teoria e técnica, p. 16, Arminda Aberastury, 1982
Processo de desenvolvimento da criança saudável - segunda parte -
• Podemos nos perguntar por que existem mudanças psicológicas que estão vinculadas à idade. Parte da resposta está na maturação. • Quando nascemos, nosso cérebro, nosso sistema nervoso e nossos músculos têm um certo nível de desenvolvimento, mas se encontram em um estado evolutivo muito incipiente, pois, uma das características típicas dos seres humanos é nascer com um alto grau de imaturidade que, de maneira muito lenta e gradual, levará mais tarde à maturidade. • A razão pela qual a imensa maioria das crianças começa a andar sem ajuda nem apoios entre 12 e 15 meses é o fato de que, até então, sua maturação não permite o caminhar autônomo. E é pelas mesmas razões que a maior parte das crianças segue uma sequencia muito previsível de aquisição da linguagem. Desenvolvimento psicológico e educação, p. 14 e 15, 2004
Processo de desenvolvimento da criança saudável - Fatores presentes no processo maturacional da criança -
1 – Cultura: 2 - Momento histórico: 3 – Grupo social: 4 – Traços e características do indivíduo:
Desenvolvimento psicológico e educação, p. 15, 16 e 17 2004
Processo de desenvolvimento da criança saudável - Fatores presentes no processo maturacional da criança 1 – Cultura: Aquilo que especificamente pertencente a um contexto cultural. Ex.: sociedades em que os bebês que são cuidados por dois adultos e sociedades em que os bebês são cuidados por todos os integrantes dessa sociedade; 2 - Momento histórico: Tem relação com o “movimento histórico”. Ex.: sociedades em tempos de guerra e sociedades em tempos de paz; “As duas questões anteriores ainda são insuficientes para um bom número de conteúdos psicológicos, pois, é evidente que não podemos afirmar que todas as pessoas pertencentes a uma mesma cultura e que vivem em um momento histórico determinado terão processos de desenvolvimento semelhantes. [...] Por isso é importante referir-se aos Grupo sociais”; 3 – Grupo social: A diversidade de vocabulário, a complexidade sintática e a riqueza semântica da linguagem que se aprende estão, em grande parte, condicionadas pela linguagem falada no entorno familiar da criança. Ex.: o pai na varanda, a repetição da filha e as construções preconceituosas. 4 – Traços e características do indivíduo: Tudo aquilo que faz com que não existam dois perfis de desenvolvimento psicológico idênticos dentro de um subgrupo social determinado, num momento histórico e no interior de uma cultura. Ex.: Características e experiências diferentes entre os pais que bebem e fumam e os seus filhos.
Processo de desenvolvimento da criança saudável - Fatores presentes no processo maturacional da criança segundo Winnicott –
• Winnicott é explícito ao traçar a íntima conexão existente entre a teoria dos distúrbios psíquicos e a teoria do amadurecimento. • “Precisamos chegar a uma teoria do amadurecimento normal para podermos ser capazes de compreender as doenças e as várias imaturidades, uma vez que não nos damos por satisfeitos a menos que possamos preveni-las e curá-las”.
A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 32 e 33, 2009.
Processo de desenvolvimento da criança saudável
- Fatores presentes no processo maturacional da criança segundo Winnicott • A teoria está baseada em quatro concepções que podem ser resumidamente apresentadas: • 1) Na ideia de que todo indivíduo humano é dotado de uma tendência inata ao amadurecimento, o que significa, à integração numa unidade. Apesar de inata, contudo, a tendência não vai de si, como se bastasse a mera passagem do tempo. Trata-se de uma tendência e não de uma determinação. Para que a tendência venha a realizar-se, o bebê depende fundamentalmente da presença de um ambiente facilitador que forneça cuidados suficientemente bons. Isso é tanto mais verdadeiro quanto mais primitivo o estágio que consideramos; • 2) O amadurecimento começa em algum momento após a concepção e, quando há saúde, não cessa até a morte;
A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 32 e 33, 2009.
Processo de desenvolvimento da criança saudável - Fatores presentes no processo maturacional da criança segundo Winnicott -
• 3) Contrariamente à concepção da psiquiatria, e da própria psicanálise, que concebem a saúde como ausência de doença – o que parece altamente insuficiente a Winnicott – este defende a ideia de que a saúde é um estado complexo, que tem suas próprias exigências e deve ser pensado em si mesmo. Por essa razão ele assinala, em sua teoria, a existência de dificuldades que pertencem ao próprio fato de estar vivo e de amadurecer. Essa concepção de saúde atravessa todo o pensamento winnicottiano e tem implicações maiores do que pode parecer à primeira vista, a saber, que, desde o início, a vida é difícil em si mesma e a tarefa de viver, de continuar vivo e amadurecer é uma batalha que sempre permanece.
• 4) Não há nenhum aspecto saudável ou doente da existência humana cujo sentido seja independente do momento do processo ao qual pertence ou no qual teve origem. Ou seja, não se pode responder à pergunta sobre o que significa, por exemplo, a agressividade em Winnicott sem estabelecer a etapa do amadurecimento a que estamos nos referindo. A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 32 e 33, 2009.
Processo de adoecimento mental na criança -terceira parte-
• Há várias maneiras de enunciar a novidade da psicanálise de D. W. Winnicott e uma delas refere-se à prática clínica que decorre da sua nova perspectiva teórica. Enquanto na psicanálise tradicional existe um método que caracteriza, por excelência, a própria tarefa analítica – a interpretação dos conflitos inconscientes relativos a elementos reprimidos – não se pode dizer o mesmo da clínica winnicottiana.
A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 30, 2008
Processo de adoecimento mental na criança
• Embora seja perfeitamente possível explicitar as implicações clínicas de sua teoria, não se pode formular, num enunciado geral, um método ou uma técnica que definiriam o modo como se trabalha, psicanaliticamente, na perspectiva winnicottiana. A razão é simples: o que determina o trabalho a ser feito – e a maneira como deve ser conduzido um determinado tratamento – é a necessidade do paciente, e esta varia enormemente conforme a natureza do distúrbio que este apresenta. • Sabemos dos textos winnicottianos já clássicos que o que serve, por exemplo, para um paciente neurótico ou mesmo depressivo não serve, de modo algum, para pacientes cuja problemática central é psicótica, ou mesmo para os anti-sociais.
A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 30, 2008
Processo de adoecimento mental na criança • Os distúrbios psíquicos podem ter naturezas radicalmente diferentes: • 1 - as neuroses e as depressões denotam conflito inconsciente, relativo a material reprimido, e ocorrem em indivíduos cujas personalidades foram bem fundadas, no início da vida, e que, num certo momento, adoeceram ao ter que lidar com a ansiedade resultante das urgências instintuais; • 2 - as psicoses, assim como a tendência anti-social, são resultados do fracasso ambiental na sua tarefa de favorecer a continuidade dos processos de amadurecimento nas etapas mais primitivas em que impera a dependência. Esses distúrbios apontam para falhas na estruturação da personalidade ou do caráter. • Pelo fato de haver uma diferença crucial de natureza entre os distúrbios e, portanto, entre o que se requer no tratamento de um ou de outro tipo de distúrbio, Winnicott enfatiza a importância essencial do diagnóstico como guia da ação terapêutica. A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, 2008
Classificação diagnóstica em psiquiatria infantil
• O fato essencial é que baseio meu trabalho no diagnóstico. Continuo a elaborar um diagnóstico na continuidade do tratamento, um diagnóstico individual e outro social, e trabalho de acordo com o mesmo diagnóstico. • Nesse sentido, faço psicanálise quando o diagnóstico é de que este indivíduo, em seu ambiente, quer psicanálise [tradicional]. Posso até tentar estabelecer uma cooperação inconsciente, ainda quando o desejo consciente pela psicanálise está ausente.
A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 31, 2008
Classificação diagnóstica em psiquiatria infantil
• Mas, em geral, a psicanálise [cujo método por excelência é a interpretação do conflito reprimido inconsciente] é para aqueles que a querem, necessitam e podem tolerá-la. •
Se nossos diagnósticos fossem melhores, nós nos pouparíamos e pouparíamos aos nossos pacientes, muito tempo e desespero” .
A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 31, 2008
Classificação diagnóstica em psiquiatria infantil
• Existem, ainda, complicações adicionais para a clínica que é regida pela teoria do amadurecimento, pois as necessidades de um determinado paciente podem variar numa mesma sessão, na medida em que este, a despeito de padecer de um aspecto doente da personalidade, tem também aspectos sadios. • O analista terá que lidar com ambos, simultaneamente, atento ao fato de que se há um aspecto doente, este é tão doente quanto possível e não se pode afrouxar o cuidado, pensando contar com a parte desenvolvida da personalidade. • Além disso, se a análise transcorre bem e o paciente amadurece, as necessidades variarão ao longo do tratamento e o analista necessita estar preparado para reconhecer e lidar com todos os aspectos e fases do amadurecimento, desde os mais sofisticados aos mais primitivos.
Classificação diagnóstica em psiquiatria infantil
• Ao formular sua concepção sobre a tarefa terapêutica, na introdução ao seu livro Consultas terapêuticas em psiquiatria infantil, Winnicott afirma que o trabalho terapêutico ali descrito dificilmente pode ser entendido como uma técnica, já que não existem dois casos iguais; o trabalho não pode sequer ser copiado porque, afirma: • “o terapeuta deverá estar envolvido em cada caso como pessoa, razão pela qual não há sequer duas entrevistas que sejam semelhantes quando realizadas por dois psiquiatras”.
A teoria winnicottiana do amadurecimento como guia da prática clínica, p. 32, 2008
Transtornos psiquiátricos na infância
• Na área da saúde mental, os estudos epidemiológicos começaram a ser realizados em meados do século XIX, mas, apesar dos grandes progressos realizados, persistem dificuldades importantes. Morbidade referida e busca de ajuda nos transtornos mentais na infância e adolescência, p. 1, 1999
Transtornos psiquiátricos na infância
• Os trabalhos de investigação epidemiológica dos transtornos mentais na infância e adolescência têm características e dificuldades próprias. Algumas das principais características do levantamento de informações sobre morbidade em saúde mental na infância, são: • 1) Critérios de morbidade: quais condutas podem ser consideradas normais; • 2) Aspectos do desenvolvimento: variações relacionadas à idade; • 3) Escolha dos informantes: pais, professores, pediatras, crianças; • 4) Escolha dos instrumentos de avaliação; • 5) Identificação dos problemas prioritários a serem enfrentados; • 6) Planejamentos terapêuticos racionalmente efetuados; • 7) A organização de serviços que permitam tornar concretas as questões relativas à operacionalização das propostas de trabalho. Morbidade referida e busca de ajuda nos transtornos mentais na infância e adolescência, p. 1, 1999
Transtornos psiquiátricos na infância
• Os critérios e bases fundamentais para a avaliação e diagnóstico dos transtornos mentais estão pautados em dois manuais:
1) CID – 10 (Classificação Internacional de Doenças)
2) DSM – 5 (Diagnostic and Statistical Manual)
Categorização dos transtornos mais comuns na infância
1 - Retardo Mental; 2 - Transtornos Globais do Desenvolvimento; 3 – TDAH; 4 - TOD; 5 – TC; 6 – TPAS; 7 - Transtornos de ansiedade; 8 - Transtornos do humor; 9 - Transtornos da alimentação; 10 - Transtornos da eliminação; 11 - Esquizofrenia infantil.
Retardo Mental
• 1 - Retardo Mental: A psiquiatria infantil estabeleceu-se a partir dos estudos da deficiência mental. Atualmente os diferentes parâmetros nosográficos são, em sua maioria, decorrentes do quadro da “idiotia” em que Pinel não distinguia “retardado”, deficiência intelectual e estado de estupor. • O retardo mental é classificado através do DSM IV como um dos transtornos diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência; •
No campo das doenças mentais, o tratamento dos transtornos infantis é norteado pelo emprego de métodos educativos fundamentados pela “medicina do cérebro”. O RETARDO MENTAL INFANTIL: SINTOMA OU TRANSTORNO, p.2, 2018
Retardo Mental
• O retardo mental é muitas vezes designado como “déficit cognitivo”. Nesse sentido, as alterações do comportamento são denominadas de transtornos, sendo caracterizadas, por exemplo: • Através do funcionamento intelectual abaixo da média (QI de cerca de 70 ou abaixo); • O seu início deve ser estabelecido antes dos 18 anos de idade; • Deve, ainda, apresentar perdas no funcionamento adaptativo, definido a partir da forma como o indivíduo enfrenta com eficácia as demandas comuns do cotidiano, relacionado ao grau correspondente quanto aos “critérios de independência pessoal de acordo com a sua faixa etária, bagagem sociocultural e contexto comunitário”; • O funcionamento intelectual constitui-se ainda no principal critério para diagnóstico do retardo mental. O RETARDO MENTAL INFANTIL: SINTOMA OU TRANSTORNO, p.2, 2018
Retardo Mental
• Atribui-se, portanto, ao retardo mental três principais fatores: • Genéticos; • Físicos originados do ambiente, como problemas durante a gravidez e dieta; • Psicossociais entendido como um ambiente pobre de estímulos. •
Os níveis de gravidade podem ser categorizados através dos seguintes níveis de comprometimento intelectual:
• Leve; • Moderado; • Grave; • Profundo; • Retardo mental de gravidade inespecificada. O RETARDO MENTAL INFANTIL: SINTOMA OU TRANSTORNO, p.3, 2018
Transtornos Globais do Desenvolvimento
• Transtornos Globais do Desenvolvimento: O Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) são caracterizados por prejuízos severos em diversas áreas do desenvolvimento tais como: habilidades de comunicação, presença de comportamentos, interesses e atividades estereotipadas e ainda habilidades de interação social recíproca. • As crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento apresentam dificuldades em começar e manter uma conversa. Algumas delas evitam o contato visual e não suportam o toque do outro, preferindo manter-se isoladas, mas podem estabelecer contato por meio de comportamentos não-verbais. • Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente, na coordenação motora. As mudanças de humor sem motivo aparente e os acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus interesses de maneira distinta e podem focar sua atenção em uma só atividade, como por exemplo, observar determinados objetos.
Transtornos globais do desenvolvimento e suas características
Transtornos Globais do Desenvolvimento
A Resolução nº 4 de 2 de outubro de 2009 em seu Art. 4º (Resolução CNE/CEB 4/2009, Seção 1, p. 17) detalha que crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento são aqueles que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação. O autismo é um distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente aos ambientes. As pessoas autistas parecem não perceber os sentimentos dos outros em relação a ele, demonstrando também pouca ou nenhuma afetividade. Transtornos globais do desenvolvimento e suas características
Transtornos Globais do Desenvolvimento
Segundo a Classificação dos Transtornos Mentais, da Organização Mundial de Saúde, o autismo se constitui em Transtorno Global do Desenvolvimento caracterizado por: a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos; b) uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes; interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo; c) presença de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo, fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto agressividade).
Beerends (2007, p. 207) ressalta que algumas crianças, “apesar de ter a integração comprometida, apresentam inteligência e fala intactas. Outras podem apresentar retardo mental, mutismo ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem”. Dessa forma, as crianças com autismo normalmente apresentam dificuldades de comunicação, mostrando-se fechados, distantes, presos a comportamentos restritos e ainda rígidos padrões de comportamento com resistência a mudanças. Transtornos globais do desenvolvimento e suas características
TDAH
• TDAH (transtornos do déficit de atenção e hiperatividade): • Pacientes com transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) apresentam uma prevalência maior de comorbidades do que pessoas sem TDAH. O percentual pode chegar a 70% dos pacientes referidos a um serviço clínico, e o padrão é observado tanto em adultos como em crianças (Biederman, 2004). Os diagnósticos mais comumente associados são o (TOD), o (TC) e o (TPAS); • Ter TDAH é um fardo para o paciente, seus familiares e a sociedade; • O TDAH parece surgir mais precocemente na vida da criança; • A associação com alterações na conduta se mantém na vida adulta; • O desfecho na conduta não é benigno e está associado a uma chance maior de detenções e prisões já na adolescência e persistindo na vida adulta; • Os estudos parecem dar base à disposição de tratamento vigoroso e precoce do TDAH, controlando uma variável potente na determinação do conjunto de transtornos associados. Transtorno de oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos no TDAH em adultos, 2007
TDAH
“Há consenso na literatura de que um paciente com diagnóstico de TDAH apresentará um prejuízo acadêmico, familiar e laboral quando comparado com indivíduos sem TDAH”. Transtorno e oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos no TDAH em adultos, 2007
TOD
• TOD: transtornos de oposição e desafio (TOD). Eles intensificam as características de impulsividade e isolacionismo do TDAH. • Apesar de este diagnóstico ter sido proposto desde 1966, o transtorno de oposição e desafio faz parte da nosologia psiquiátrica americana desde o DSM-III (APA, 1980). • Esse transtorno era considerado por muitos um precursor subsindrômico na infância de quadros de conduta mais graves na vida adulta (APA, 1980; APA, 1987). Isso levou a comunidade médica a acreditar que muitos pacientes com TDAH e TOD (em torno de 60% das crianças com TDAH) apresentariam uma chance maior de virem a ter transtorno de conduta na vida adulta. Contudo, estudos de seguimentos demonstraram que não há uma ligação mais estreita entre os diagnósticos de TOD e de transtornos de conduta mais graves.
Transtorno e oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos no TDAH em adultos, 2007
TOD
• O DSM-IV (APA, 1995) caracteriza o transtorno de oposição e desafio como um transtorno comportamental que apresenta um padrão recorrente de comportamento negativista, desafiante, desobediente, principalmente com figuras de autoridades que levam a um prejuízo na vida acadêmica, social e familiar do paciente. Para o diagnóstico de TOD são necessários pelo menos quatro dos seguintes sintomas abaixo: • 1) Encoleriza-se frequentemente; •
2) Discute com adultos ou figuras de autoridade;
• 3) Costuma desafiar as regras dos adultos; • 4) Faz coisas deliberadamente para aborrecer a terceiros; • 5) Culpa os outros pelos seus próprios erros; • 6) Se sente ofendido com facilidade; • 7) Tem respostas coléricas quando contrariado; • 8) É rancoroso e vingativo quando desafiado ou contrariado. Transtorno e oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos no TDAH em adultos, 2007
TOD
• Esses sintomas devem se apresentar como um padrão persistente em múltiplos ambientes e estar presentes há pelo menos seis meses. Para se fazer o diagnóstico de TOD, o paciente não pode apresentar concomitantemente um transtorno psicótico ou um transtorno afetivo. • Não podemos negligenciar o fato de que o TOD acentua as características de externalização próprias do quadro de TDAH com maior expressão de impulsividade e agressividade. Isso se observa melhor durante o atendimento desses pacientes, quando se pode notar que costumam ser de abordagem mais laboriosa.
Transtorno e oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos no TDAH em adultos, 2007
TC
• TC: Transtornos de Conduta (TC). Costumam se apresentar como um contínuo na vida de um mesmo paciente e, quando associados ao TDAH, podem produzir grande impacto no prognóstico e tratamento deste. Esses pacientes tornam a abordagem clínica mais difícil, senão frustrante. • Pelo DSM-IV (APA, 1995), o transtorno da conduta implica um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes apropriadas à idade. Transtorno e oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos no TDAH em adultos, 2007
TC
• Três (ou mais) comportamentos devem estar presentes durante os últimos 12 meses, com presença de pelo menos um desses nos últimos seis meses. Os sintomas relacionados incluem os oito critérios descritos para o TOD mais os 15 seguintes: • 1) mentir para obter vantagens; 2) iniciar lutas corporais frequentes; 3) usar armas que possam causar sério dano físico; • 4) permanecer na rua à noite apesar de proibições; 5) ser fisicamente cruéis com pessoas; • 6) ser fisicamente cruéis com animais; 7) destruir deliberadamente propriedade alheia; • 8) Atear fogo com intenção de causar dano; 9) praticar o furto; 10) gazear aula; • 11) fugir de casa por mais de uma noite; 12) cometer assaltos; • 13) forçar alguém a manter atividade sexual; 14) maltratar colegas; • 15) praticar arrombamentos. Esses sintomas devem causar prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
TPAS
• TPAS: Transtornos de Personalidade Anti-Social (TPAS) são descritos pelo DSM-IV como sendo transtornos caracterizados por um padrão abrangente de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que inicia na infância ou no começo da adolescência e continua na idade adulta. • O indivíduo deve ter pelo menos 18 anos e ter tido uma história de alguns sintomas de transtorno de conduta antes dos 15 anos e apresentar as características abaixo: • 1) Não se submeter às normas e parâmetros legais; 2) Enganar ou manipular os outros, a fim de obter vantagens pessoais ou prazer; • 3) Impulsividade ou fracasso em planejar o futuro; 4) Irritabilidade ou agressividade física; • 5) Desrespeitar a segurança própria ou alheia; 6) Irresponsabilidade; • 7) Ausência de remorso.
Transtorno e oposição e desafio e transtorno de conduta: os desfechos no TDAH em adultos, 2007
Transtornos de Ansiedade
• Ansiedade é um sentimento vago e desagradável caracterizado por: • Medo; • Apreensão; • Tensão; • Desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. • Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações tanto normais quanto patológicos. Ex.: As baratas! • Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. Transtornos de ansiedade, 2000.
Transtornos de Ansiedade
• A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando: • 1) São exagerados; • 2) Desproporcionais em relação ao estímulo; • 3) Qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária; • 4) Interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. • 5) Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica herdada. • A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente: • 1) Avaliar se a reação ansiosa é de curta duração; • 2) Autolimitada; • 3) Relacionada ao estímulo do momento ou não. Transtornos de ansiedade, 2000.
Transtornos de Ansiedade
• Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em crianças quanto em adultos; • Nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais frequentes são: • O transtorno de ansiedade de separação; • Transtorno de ansiedade excessiva ou o atual TAG; • Fobias específicas; • Fobia social; • Transtorno de pânico.
Transtornos de ansiedade, 2000.
Transtornos de Ansiedade
• A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos. Entre os indivíduos com esses transtornos, o peso relativo dos fatores causais pode variar.
• De uma maneira geral, os transtornos ansiosos na infância e na adolescência apresentam um curso crônico, embora flutuante ou episódico, se não tratados.
Transtornos de ansiedade, 2000.
Transtornos do Humor
• Existe uma tendência natural de se pensar na infância como um período feliz, livre de preocupações ou de responsabilidades, mas as pesquisas têm mostrado que as crianças também sofrem de depressão. • Sentimentos de tristeza em função de perdas ou manifestações de raiva decorrentes de frustração são na maioria das vezes reações afetivas normais e passageiras e não requerem tratamento. Ex.: Não fique assim não!!! Disse o pai. • Porém, dependendo da intensidade, da persistência e da presença de outros sintomas concomitantes, a tristeza e a irritabilidade podem ser indícios de quadros afetivos em crianças e adolescentes. Transtornos afetivos, 2000.
Transtornos do Humor
• A irritabilidade é um sintoma inespecífico, podendo ser encontrada em indivíduos normais. No entanto, esta se torna patológica quando qualquer estímulo é sentido como perturbador e a criança ou adolescente apresenta hiper-reatividade de característica desagradável, hostil e eventualmente agressiva. • Alterações do humor com um forte componente de irritação, amargura, desgosto ou agressividade constituem quadros disfóricos que podem estar presentes nos transtornos afetivos.
Transtornos afetivos, 2000.
Transtornos do Humor
• As súbitas mudanças de comportamento na criança e no adolescente, não justificadas por fatores de estresse, são de extrema importância para o diagnóstico dos transtornos afetivos. Crianças, antes adequadas e adaptadas socialmente, passam a apresentar condutas irritáveis, destrutivas e agressivas, com a violação de regras sociais anteriormente aceitas. Esse comportamento pode ser decorrente de alterações de humor do tipo disfórico. • Os transtornos afetivos interferem na vida da criança e do adolescente, prejudicando de modo importante seu rendimento escolar e seu relacionamento familiar e social.
Transtornos afetivos, 2000.
Transtornos do Humor
• Existe um consenso na psiquiatria de que, sob certas circunstâncias, o estresse pode causar psicopatologia.
• Os sinais e sintomas apresentados pelas crianças em resposta a estressores físicos e psicossociais são de grande importância para o estudo das patologias psiquiátricas, principalmente com relação ao transtorno de ajustamento (TA).
Transtornos afetivos, 2000.
Transtornos do Humor
• Distimia: significa etimologicamente "mal-humorado", referindo-se a um temperamento inclinado à melancolia. Como conceber uma criança assim? Onde estará a alegria de viver que as pessoas desejam ver no rosto das crianças? No entanto, até nos contos infantis encontra-se um anão chamado Zangado, que apega-se à Branca de Neve como os outros, apesar de tão mal humorado. Ele tem as mesmas necessidades dos outros anões, mas o que se vê e o que chama a atenção é que ele não parece estar feliz. • Esta patologia é vista como uma depressão crônica, na qual os pacientes apresentam diversos sintomas depressivos de pouca intensidade se comparada à depressão maior. Tem início insidioso, começando muitas vezes na infância ou adolescência, com curso prolongado, persistindo eventualmente durante toda a vida do indivíduo. A distimia em crianças pode ter um curso crônico, com episódios de depressão maior ao longo da vida. • A vida de uma criança pode ser muito penosa ao se considerar a presença de um quadro distímico. Transtornos afetivos, 2000.
Transtornos do Humor
• Depressão maior: • Sabe-se hoje que a idade de uma criança e o grau de desenvolvimento psíquico exercem papel importante nos sintomas e nas manifestações clínicas de depressão. Antes da aquisição de linguagem verbal, uma criança manifesta depressão pela expressão facial, pela postura corporal e pela falta de resposta aos estímulos visuais e verbais. • As crianças, quando deprimidas, podem apresentar humor irritadiço ou instável. Enquanto umas têm explosões descontroladas, outras aparentam estarem tristes e choram à toa. A perda de interesses nas atividades de lazer fica evidente; as crianças não têm iniciativa de brincar e queixam-se sempre de estar entediadas por não saber do que brincar. • Em algumas crianças deprimidas ocorre indiferença afetiva, com pouca reação para estímulos positivos ou negativos. As queixas inespecíficas e vagas de dores cabeça, musculares ou abdominais são frequentes e constituem uma das características de depressão nessa faixa etária, além de cansaço excessivo ou falta de energia. Transtornos afetivos, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Os transtornos alimentares geralmente apresentam as suas primeiras manifestações na infância e na adolescência. • De uma maneira geral, podemos dividir as alterações do comportamento alimentar neste período em dois grupos, a saber: • 1 - Primeiramente, aqueles transtornos que ocorrem precocemente na infância e que representam alterações da relação da criança com a alimentação. Estas condições parecem não estar associadas a uma preocupação excessiva com o peso e/ou a forma corporal, mas podem interferir com o desenvolvimento infantil. Aqui encontramos o transtorno da alimentação da primeira infância, a alotriofagia (pica) e o transtorno de ruminação. • 2 - O segundo grupo de transtornos tem o seu aparecimento mais tardio e é constituído pelos transtornos alimentares propriamente ditos: a anorexia nervosa e a bulimia nervosa. Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Transtorno da alimentação da primeira infância: • É uma dificuldade em se alimentar adequadamente levando a uma perda ponderal ou a uma falha em ganhar peso de forma apropriada, iniciando-se antes da idade de seis anos. • Os sintomas parecem não ser devidos a nenhuma condição médica geral, a um outro transtorno psiquiátrico ou à falta de alimentos. O objetivo principal do tratamento é a melhora do estado nutricional do paciente. • Deve-se proceder uma avaliação dos pais e de fatores psicossociais que estejam contribuindo para o desenvolvimento e a manutenção do problema.
Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Alotriofagia (pica): • É a ingestão persistente de substâncias não nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento infantil e que não fazem parte de uma prática aceita culturalmente. • As substâncias mais frequentemente consumidas são: terra, barro, cabelo, alimentos crus, cinzas de cigarro e fezes de animais. • Atrasos no desenvolvimento, retardo mental e história familiar de pica são condições que podem estar associadas. • Várias complicações clínicas podem ocorrer, principalmente relacionadas com o sistema digestivo e com intoxicações ocasionais, dependendo do agente ingerido.
Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Transtorno de ruminação • Inclui episódios de regurgitação (ou "remastigação) repetidos que não podem ser explicados por nenhuma condição médica. As principais complicações médicas podem ser desnutrição, perda de peso, alterações do equilíbrio hidroeletrolítico, desidratação e morte. O tratamento envolve o acompanhamento clínico das complicações e tratamento comportamental.
Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Anorexia nervosa (AN) • Várias alterações do apetite e perturbações da imagem corporal podem ocorrer nas crianças em idade escolar, embora os quadros mais típicos de transtornos alimentares sejam mais raros. • A AN ocorre predominantemente em mulheres jovens com dois picos de incidência: aos 14 e aos 17 anos. • Evidências sugerem que fatores psicossociais desempenham um importante papel na distribuição dos transtornos alimentares. Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Anorexia nervosa (AN) • A influência da "cultura do corpo" e da pressão para a magreza que as mulheres sofrem nas sociedades ocidentais (especialmente as adolescentes) parece estar associada com o desencadeamento de comportamentos anoréticos. • Determinadas profissões que exigem leveza para melhor desempenho (como ginastas, jockeis, patinadoras, bailarinas) ou esbeltez para "comercialização" da imagem (modelos, atrizes) se encontram em risco aumentado para o desenvolvimento do transtorno.
Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Anorexia nervosa (AN) • O modelo etiológico mais aceito atualmente para explicar a gênese e a manutenção dos transtornos alimentares é o modelo multifatorial que baseia-se na hipótese de que vários fatores biológicos, psicológicos e sociais estejam envolvidos, interrelacionando-se.
Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Bulimia nervosa (BN) • A BN é extremamente rara antes dos 12 anos. O transtorno é característico das mulheres jovens e adolescentes. • Fatores de ordem biopsicossocial se encontram relacionados com sua etiologia. • O episódio de compulsão alimentar é o sintoma principal e costuma surgir no decorrer de uma dieta para emagrecer. No início, pode se achar relacionado à fome, mas posteriormente, quando o ciclo compulsão alimentar-purgação já está instalado, ocorre em todo tipo de situação que gera sentimentos negativos (frustração, tristeza, ansiedade, tédio, solidão). Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da Alimentação
• Bulimia nervosa (BN) • Inclui um aspecto comportamental objetivo que seria comer uma quantidade de comida considerada exagerada se comparada ao que uma pessoa comeria em condições normais; e um componente subjetivo que é a sensação de total falta de controle sobre o seu próprio comportamento. • Estes episódios ocorrem às escondidas na grande maioria das vezes e são acompanhados de sentimentos de intensa vergonha, culpa e desejos de autopunição. Ex.: A cantora, o trauma familiar e a bulimia. Transtornos Alimentares, 2000.
Transtornos da eliminação
• Esse transtorno inclui a enurese e a encoprese; •
A enurese é caracterizada por eliminação de urina de dia e/ou a noite, a qual é anormal em relação à idade da criança e não decorrente de nenhuma patologia orgânica;
• A enurese pode estar presente desde o nascimento ou pode surgir seguindose a um período de controle vesical adquirido. A enurese não costuma ser diagnosticada antes da criança completar cinco anos de idade e requer, para ser caracterizada, uma frequência de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. Ex.: Uma DJ e a enurese.
https://www.abcdasaude.com.br/psiquiatria/transtornos-psiquiatricos-na-infancia
Transtornos da eliminação
• A encoprese é a evacuação repetida de fezes em locais inadequados (roupas ou chão), involuntária ou intencional. • Para se fazer o diagnóstico é preciso que esse sintoma ocorra pelo menos uma vez por mês, por no mínimo três meses em crianças com mais de quatro anos. • Ambas patologias podem ocorrer pelo nascimento de um irmão, separação dos pais ou outro evento que possa traumatizar a criança. • A encoprese deliberada pode significar grave comprometimento emocional. Ambas podem durar anos, mas acabam evoluindo para uma remissão espontânea. • Esses transtornos comumente geram intenso sofrimento na criança, levando a uma estigmatização, com consequente baixa da auto-estima. Geram também isolamento social e perturbações no ambiente e nas relações familiares. • O tratamento abrange psicoterapia e utilização de medicamentos. https://www.abcdasaude.com.br/psiquiatria/transtornos-psiquiatricos-na-infancia
Esquizofrenia Infantil
A esquizofrenia com início na infância geralmente se refere ao desenvolvimento de alucinações, delírios, e desorganização da linguagem em crianças e adolescentes com menos de 15 anos de idade. É um transtorno incomum, e o início na pré-puberdade é extremamente raro.
Os critérios diagnósticos de esquizofrenia são semelhantes exceto pela idade de início – infância, adolescência ou idade adulta. O diagnóstico exige a presença de alucinações incongruentes do humor, delírios e linguagem desorganizada, associados a deterioração do funcionamento.
Esquizofrenia hebefrênica: psicose na infância e adolescência, 2011.
Esquizofrenia Infantil
• A esquizofrenia é definida na criança como no adulto, à base de sintomas psicóticos, déficit da função adaptativa e duração de no mínimo seis meses. A prevalência da esquizofrenia com início na infância é relatada como 2% da prevalência da esquizofrenia com início na idade adulta.
• A esquizofrenia quando aparece na infância, é um quadro grave, com mau prognóstico na maioria dos casos. Incide numa personalidade que ainda não está completamente desenvolvida e bloqueia o processo do desenvolvimento dessa personalidade. Por isto, considera-se que a gravidade é menor quanto mais velha está a criança, pelas defesas que já têm estruturadas.
Esquizofrenia hebefrênica: psicose na infância e adolescência, 2011.
Esquizofrenia Infantil
• O tratamento atual para a esquizofrenia com início na infância é semelhante ao empregado na esquizofrenia com início na idade adulta. Ele deve incluir uma abordagem de multimodalidade. A terapia envolve não apenas a medicação, mas também abordagens individuais, familiares e educacionais. • Através da interdisciplinaridade pode-se observar a eficiência da terapêutica, bem como a possibilidade de atenção integrada e a re-inserção social do paciente. Pode-se concluir que a abordagem utilizada visa contribuir para a melhoria na qualidade de vida e dos processos psíquicos e sociais dos indivíduos incluídos nessa categoria, representando as possibilidades promissoras do enfoque multidiciplinar e inter-institucional na Saúde Mental Infantil.
Esquizofrenia hebefrênica: psicose na infância e adolescência, 2011.
Uso de Psicofármacos na Infância e Adolescência - quarta parte -
A indicação de psicofármacos para o tratamento de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes traz preocupação mas também esperanças. Preocupação pelo risco dessas indicações tenderem a banalizar o uso como solução imediata e não como um recurso possível a partir da avaliação risco-benefício. Esperança pela possibilidade de novas drogas ajudarem a diminuir graves prejuízos que os transtornos mentais acarretam às crianças e aos adolescentes a curto e a longo prazo. Porém, qualquer proposta terapêutica é antecedida por um processo diagnóstico e, mais que no adulto, na criança esse processo diagnóstico é determinante para garantir uma boa orientação terapêutica. Princípios gerais do emprego de psicofármacos, 2000.
Uso de Psicofármacos na Infância e Adolescência
• Processo diagnóstico: • Denominar de "processo diagnóstico" as entrevistas com pais e com a criança/adolescente no campo da saúde mental tem sua razão de ser. A investigação clínica da criança tem suas particularidades. Nela, o psiquiatra precisa levar em conta variáveis na maioria das vezes determinantes para se chegar a uma formulação diagnóstica. • Frente às queixas dos pais, é necessário discernir o que eles apresentam como motivo da consulta e o que realmente ocorre com a criança. É preciso ir muito além da queixa dos pais e da história da criança contada por eles. Nem sempre o motivo da consulta e os dados de anamnese são coerentes entre si e com os obtidos no encontro com a criança ou adolescente. Princípios gerais do emprego de psicofármacos, 2000.
Uso de Psicofármacos na Infância e Adolescência
• Processo diagnóstico: • A queixa latente (problema real encontrado na criança) pode estar relacionada com a própria criança, com um dos pais, com o casal ou com todo o grupo familiar. A identificação da queixa latente pode mudar o eixo de quem é o paciente. • Uma avaliação bem conduzida pode ser terapêutica em si mesma, mais precisamente nesses casos em que possibilita aos pais reformularem o sentido do(s) sintoma(s) do filho ou dos que lhe atribuem indevidamente. Princípios gerais do emprego de psicofármacos, 2000.
Uso de Psicofármacos na Infância e Adolescência
• Processo diagnóstico: • A partir da identificação do problema principal, quando esse envolve o menor, cabe ao psiquiatra obter os dados de anamnese da criança levando em conta o contexto familiar e social; realizar seu exame psíquico; e detectar áreas saudáveis de seu funcionamento, bem como o grau de seu sofrimento psíquico ou o prejuízo nas áreas comprometidas. Também é preciso levar em conta sua idade e seu desenvolvimento motor, cognitivo e emocional.
Princípios gerais do emprego de psicofármacos, 2000.
Uso de Psicofármacos na Infância e Adolescência
• Processo diagnóstico: • Uma avaliação adequada oferece condições para o diagnóstico inicial e para o encaminhamento do caso. Este nem sempre inclui a criança ou o adolescente diretamente, podendo restringir-se à orientação, ao acompanhamento ou ao tratamento dos pais. • Quando o atendimento envolve a criança/adolescente, este pode ocorrer de modo individualizado (abordagens psicoterápicas individual ou em grupo, uso de psicofármacos, recursos psicopedagógicos) ou associado à assistência a outros membros da família (acompanhamento dos pais, terapia do grupo familiar), e à assistência à escola, entre outros. Princípios gerais do emprego de psicofármacos, 2000.
Uso de Psicofármacos na Infância e Adolescência
• Em psiquiatria, os sintomas são considerados inespecíficos. No entanto, o reconhecimento da sua natureza é fundamental para o planejamento global do tratamento, inclusive na escolha da medicação a ser usada. Embora, em grande parte, o emprego de psicofármacos em crianças e adolescentes vise mais os sintomas do que o quadro geral de um transtorno, a escolha da droga deve ser feita a partir de critérios sindrômicos.
Princípios gerais do emprego de psicofármacos, 2000.
Uso de Psicofármacos na Infância e Adolescência
• O tratamento dos transtornos mentais e do comportamento com drogas psicoativas é sintomático e seu uso deve limitar-se ao imprescindível. Na decisão de se usar um psicofármaco, é preciso ponderar se a relação riscobenefício potencial da droga justifica seu emprego e se outros recursos foram devidamente explorados. • Constitui-se, porém, um grave erro de desinformação pensar que os psicofármacos devam ser o último recurso terapêutico, só usados quando esgotados os demais. • A multicausalidade dos transtornos, a complexidade dos sintomas e a influência das interações psicossociais exigem que "na imensa maioria de autênticos transtornos mentais na infância e adolescência os tratamentos devem ser mistos, envolvendo intervenções farmacológicas, psicoterápicas e psicossociais". • Portanto, o uso da medicação não deve constituir "o tratamento da criança" mas sim fazer parte de um plano mais amplo em que outros tipos de intervenções também sejam incluídas. Princípios gerais do emprego de psicofármacos, 2000.
Abuso e Negligência na Infância -quinta parte-
A negligência é um problema de saúde pública que atinge diversas famílias na sociedade. No contexto da Saúde, essa denominação faz parte das tipologias de apresentação das violências interpessoais, a saber: 1 - violência física; 2 – violência psicológica; 3 – violência sexual; 4 – negligências. Primeiro cabe destacar a junção das “negligências” ao corolário de violências, como fenômenos de mesma ordem, apesar das categorias que as sustentam (intencionalidade/violência e omissão/negligência) constituírem sentidos bem distintos. A partir dessa filiação ao escopo das violências, o Relatório Mundial sobre a Prevenção da Violência 2014 amplia a magnitude do problema ao afirmar que o abuso e negligência por parte dos pais e de outros cuidadores atinge milhões de crianças no mundo. Família e negligência: uma análise do conceito de negligência na infância, 2017.
Abuso e Negligência na Infância
O segundo pressuposto envolvido na denominação de negligência é que há supostamente um parâmetro de cuidado, considerado aceitável socialmente e capaz de prover as necessidades essenciais das crianças e adolescentes (aspectos culturais). Em geral, essa delimitação, apesar de “reconhecer” as diferenças entre cada cultura de cuidados, universaliza um limite aceitável de tolerância, associado aos parâmetros de “crescimento e desenvolvimento” de crianças e adolescentes. Ex.: O rito de passagem das formigas tucandeiras. Esses conceitos, de forte marcação biomédica, são mais ou menos renegociados segundo quem os emprega a partir de uma visão comparativa quanto aos parâmetros de cuidados possíveis a uma determinada classe social, aos recursos disponíveis na comunidade e aos aspectos subjetivos de “compromisso familiar” em buscar atender às necessidades infanto-juvenis. Ex.: O ritual da clitoridectomia. Família e negligência: uma análise do conceito de negligência na infância, 2017.
Abuso e Negligência na Infância
O terceiro aspecto dessa discussão é o poder institucional dos agentes e agências de proteção à infância em classificar atos e famílias como negligentes e as consequências que tais definições acarretam, muitas das vezes funcionando como um dispositivo de controle para a adesão às recomendações profissionais (seja para adesão a terapêuticas, a comportamentos, a ações da vida prática, etc). Ex.: Acorrentar o adolescente para que ele não utilize entorpecentes.
A criança, socialmente reconhecida como “vulnerável”, cujos direitos definidos na Constituição de 1988 e consolidados principalmente com o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA), sob suspeita de violação ou negação dos seus responsáveis tomará o lugar legitimado de “vítima”, socialmente definida como tal e suscetível de cuidados no campo da saúde. Família e negligência: uma análise do conceito de negligência na infância, 2017.
Estrutura de Atendimento para a Crianรงa
Estrutura de Atendimento para a Criança
• 1. Conhecendo a pessoa/criança. • Num primeiro momento, buscarei conhecer como ela se coloca no mundo. Para isso utilizo-me não só da escuta através da fala. Mas da escuta possível através de meus olhos, escuto seu posicionamento através do corpo. Da escuta que faço de meu próprio ser em relação com aquele outro ser. Escuto as sensações, emoções que vêm, surgem ao estar com ela. Assim busco compreender e conhecer: Como ela lida com o espaço? Se é expansiva, “espalhada”, contida. Como ela temporaliza? Vive um tempo próprio, se perde no tempo, adapta-se ao tempo da realidade, transgride, submete-se a ele em excesso. Como se relaciona comigo? Um parceiro de jogos e brincadeiras? Uma autoridade a obedecer ou a enfrentar? Fica à espera de comandos? Submete-se a meu desejo, ou assume logo o comando das brincadeiras, coloca e inventa as próprias regras? Busca o contato mais afetivo, corporal mais regressivo, ou mais afirmativo? Ou é mais distante, foge do contato? Como se relaciona com os objetos? Que uso faz deles, como meio de comunicação, como objeto transicional, como objeto simbólico. Enfim, como é sua existência, como se coloca no mundo. O atendimento à criança: Uma proposta humanista relacional.
Estrutura de Atendimento para a Criança
• Paradoxalmente, para compreender todas essas coisas é necessário desligarme dessas coisas e centrar na relação. É na relação que a pessoa da criança se manifesta. Assim, é necessário deixá-la livre. No sentido de permitir-lhe experienciar aquele espaço, aquele encontro, da forma dela. Acompanhando-a num primeiro momento, adaptando-se a seu ritmo pessoal, até chegar a compreensão de suas necessidades psicoafetivas, ela dá a guia, ela apresenta o ritmo do processo. Assim, se uma criança chega, se relacionando basicamente no nível intelectual, desconectada do nível emocional, utilizando-se de jogos estruturados, no caso da psicomotricidade, próximo á atividade de educação física, é preciso buscar estabelecer o contato com ela a partir daí, para gradativamente ir propondo formas de brincar, mais próximas do lúdico e do experienciar corporal. Por outro lado, se ela chega em silêncio, à espera de ordens e comandos, é preciso talvez oferecer-lhe algumas guias, mostrando-lhe possibilidades de uso do material, sem no entanto determinar o que deve ou como deve fazer. O atendimento à criança: Uma proposta humanista relacional.
Estrutura de Atendimento para a Criança
• O primeiro momento é um momento de conhecê-la, sem ocupar-se do que virá depois, à medida que se estabelece esta comunicação autêntica. Nesse momento procuro comunicar [...] mas por meio de posturas e atitudes relacionais que a recebo como ela é e a aceito como ela é. Estou disponível para ela; que ela tem um valor enquanto Ser único. Que a sua forma de ser Pessoa, tem um valor. Paralelamente e, sempre na medida do necessário. Buscarei dar-lhe a segurança do que é jogo e do que é real. Oferecendo-lhe limites basicamente para a integridade física e emocional das pessoas envolvidas: criança e terapeuta. (horários, momento de brincar, momento de parar a brincadeira, etc). O atendimento à criança: Uma proposta humanista relacional.
Estrutura de Atendimento para a Criança
• Após esse primeiro contato, faz-se necessário facilitar a sua comunicação, que entendo se dá no brincar. Nesse sentido, concordo plenamente com Winnicott quando afirma que: • “A Psicoterapia se efetua na sobreposição de duas áreas do brincar, a do paciente e a do terapeuta. A psicoterapia trata de duas pessoas que brincam juntas. Em consequência, onde o brincar não é possível, o trabalho efetuado pelo terapeuta é dirigido então no sentido de trazer o paciente de um estado em que não é capaz de brincar, para um estado em que o é”. O atendimento à criança: Uma proposta humanista relacional.
Jurisdição da Criança e do Adolescente
• Qual a importância do profissional que trabalhará atendendo crianças conhecer o ECA? • Compreender, a partir do ECA, que: • “Com essas orientações, vislumbram-se desafios ainda maiores, principalmente no que concerne ao aperfeiçoamento do atendimento em rede e, particularmente, para efetivação dos direitos à saúde (aí incluídas as demandas relativas aos alarmantes índices de dependência química), educação e profissionalização, ainda tão descurados a ponto de necessitarem da intervenção judicial num sem-número de demandas, bem como para a instituição das práticas voltadas à Justiça Restaurativa”.
Estatuto da Criança e do Adolescente, 2014
Jurisdição da Criança e do Adolescente • LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. • Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. • O presidente da república: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LIVRO I • Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. • Pergunta básica a quem trabalhará atendendo crianças e adolescentes: segundo a lei 8.069 (ECA), considera-se criança e adolescente aqueles que estão em que faixa etária? •
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Estatuto da Criança e do Adolescente, 2014
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e
busca
de
ajuda
nos
uma
transtornos
análise
do
mentais
conceito
na
de
infância
e
negligência
Artigo
adolescência.,
na
infância,
com
1999.
2017.
acesso
Artigo
Artigo
com
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