Centro de Estudos e Acompanhamento Psicanalítico e Psicopedagógico
PENSAMENTO LACANIANO CONTEMPORÂNEO Juscelino Santos
Salvador 2017
JACQUES LACAN
Lacan é, sem dúvida alguma, o “sistematizador” da psicanálise enquanto ciência, após sua descoberta por Freud, é com o Francês que tem sua cadência cientifica. Em seus escritos o Psicanalista deu novas perspectivas para o que estava além do homem como conhecimento de si. A partir das ideias Freudianas e influenciado por Saussure, um linguista e filósofo Suíço, Lacan define que, o homem nasce em um universo que fala em um universo de linguagem.
BIOGRAFIA
Jacques Marie Émile Lacan nasceu em 1901, em Paris. Seus primeiros estudos de casos o levaram a formular a teoria do "estádio do Eu" (processo de reconhecimento pelo qual passa a criança ao se observar no espelho).
Em 1934, casou-se com Marie Louis Blondin, com quem teve três filhos.
Em 1941, nasceu sua filha com Sylvia Maklès-Bataille, ex-mulher do escritor Georges Bataille (1897-1962).
BIOGRAFIA
Lacan teve relações tensas com as associações psicanalíticas de seu país. Tornou-se polêmico, entre outras coisas, pelo folclore criado em torno de seu hábito de receber pacientes em sessões que muitas vezes duravam apenas alguns minutos. Morreu de câncer em Paris, em 1981.
HISTÓRICO
1910 – FREUD: Fundação da SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PSICANÁLISE
Difusão dos conhecimentos=Associações de Psicanalistas, até os dias atuais numa rede mundial Grande sucesso no mundo ocidental gerou disputas= afastamentos, expulsões e a criação de escolas próprias: JUNG, ADLER e REICH.
HISTÓRICO
No cenário de disputas LACAN surge como um dos discípulos rebeldes que luta para resgatar a integridade da teoria freudiana que vinha sendo deturpada.
1ª dissidência – 1953 Abandona a Sociedade Psicanalítica de Paris Funda a SOCIEDADE FRANCESA DE PSICANÁLISE, de onde Lacan é expulso em 1963 por uma fusão com a SIP- Sociedade Psicanalítica de Paris
HISTÓRICO
Lacan cria ESCOLA FREUDIANA DE PARIS-1964 1969 - CRISE PARA FORMAÇÃO DE PSICANALISTAS. Dissidentes fundam Quarto Grupo 1980 Lacan dissolve sua escola e cria a ESCOLA DA CAUSA FREUDIANA O projeto científico de retorno à FREUD é a principal finalidade do movimento Lacaniano Leitura de Freud por Lacan marcada pela LINGUÍSTICA
SEMINÁRIOS
Qualquer que seja a abordagem ou a aplicação da obra de Lacan, contudo, é importante ter em mente que o ensino e a transmissão de seus conceitos e suas pesquisas foram primordialmente orais, dando-se por meio de seminários e conferências, a maioria transcrita e publicada em livro
SEMINÁRIOS
Seminário 1 - “Os escritos técnicos de Freud” (1953-54) Seminário 2 - “O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise” (1954-55) Seminário 3 - “As psicoses” (1955-56) Seminário 4 - “A relação de objeto” (1956-57) Seminário 5 - “As formações do inconsciente” (1957-58) Seminário 6 - “O desejo e sua interpretação” (1958-59) Seminário 7 - “A ética da psicanálise” (1959-60) Seminário 8 - “A transferência” (1960-61) Seminário 9 - “L’identification” (1961-62) Seminário 10 - “A Angústia” (1962-63) Seminário 11 - “Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise” (1964) Seminário 12 - “Problèmes cruciaux pour la psychanalyse” (1964-65) Seminário 13 - “L’objet de la psychanalyse” (1965-66)
SEMINÁRIOS
Seminário Seminário Seminário Seminário Seminário 71) Seminário Seminário Seminário Seminário Seminário Seminário 77) Seminário Seminário
14 15 16 17 18
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“La logique du fantasme” (1966-67) “L’acte psychanalytique” (1967-68) “De um Outro ao outro” (1968-69) “O avesso da psicanálise” (1969-70) “D’un discours qui ne serait pás du semblant” (1970-
19 20 21 22 23 24
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“...Ou pior” (1971-72) “Mais, ainda” (1972-73) “Les non-dupes errent” (1973-74) “R.S.I.” (1974-75) “O Sinthoma” (1975-76) “L’insu que sait de l’une bévue s’aile à mourre” (1976-
25 - “Le moment de conclure” (1977-78) 26 - “La topologie et le temps” (1978-79)
Dalí
Embora formado em medicina, Lacan só teve seu primeiro contato com a psicanálise por meio dos artistas do surrealismo, como Salvador Dalí (1904-1989)
O TEMPO
Mas o que agora parece claro e manifesto é que nem o futuro, nem o passado existem, e nem se pode dizer com propriedade, que há três tempos: o passado, o presente e o futuro. Talvez fosse mais certo dizer-se: há três tempos: o presente do passado, o presente do presente e o presente do futuro, porque essas três espécies de tempos existem em nosso espírito e não as vejo em outra parte. O presente do passado é a memória; o presente do presente é a intuição direta; o presente do futuro é a esperança. (AGOSTINHO, 1964, XI, 20, 1)