Correio da Manhã Canadá 2 de novembro 2021

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PORTUGAL

TERÇA-FEIRA 2 NOVEMBRO 2021 CORREIO DA MANHÃ CANADÁ

PSD | “DESORIENTAÇÃO COLETIVA”

CRISE

ATUALIDADE

POLÍTICA

deputado do PSD Pedro Rodrigues O reagiu ontem nas redes sociais à carta enviada pela direção aos militantes, na qual era pedida uma reflexão sobre o adiamento das diretas: “As posições que a direção do partido tem tomado e, em especial, o seu líder, revelam uma desorientação coletiva.”

DISPUTA À LIDERANÇA DO PSD

Rio insiste em adiar dir CONDIÇÃO � Direção do PSD avança com

proposta se o Presidente da República marcar as Legislativas para 16 ou 23 de janeiro ADVERSÁRIO � Rangel diz que “não faz sentido” mudar calendário, defendendo que “é mau” ir a eleições sem estar legitimado internamente dar a ideia de que Marcelo está a fazer um “frete” a Paulo Rangel, o adversário de Rio na corrida à liderança do PSD, que assim ficaria com mais tempo para a constituição das listas de deputados. Aliás, o ex-líder do PSD, Marques Mendes, já avisou que o “efeito prático” de marcar as eleições para 16 de janeiro será: “Matar Paulo Rangel.” “Porque se fosse eleito, só tinha dois dias para fazer listas de deputados”, esclarece. O eurodeputado preferiu não reagir ontem ao desafio de Rio, remetendo para declarações dadas no fim de semana passado e em que considera que “não faz sentido” adiar as diretas. Rangel

EURODEPUTADO QUER ANTECIPAR CONGRESSO UM MÊS, PARA DEZEMBRO

defende ainda que “é mau que não vá um líder legitimado às eleições [Legislativas]”. Mas as tropas de Rangel também não estão satisfeitas com o calendário interno por isso vão propor a antecipação do congresso de 14, 15 e 16 de janeiro de 2022 para 17, 18 e 19 de dezembro de 2021. Um ganho de um mês que dará tempo ao candidato para se preparar para as Legislativas. Nesta guerra de trincheiras, tropas de Rio e Rangel decidem os próximos passos depois de, esta quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa revelar qual a data das eleições Legislativas.n

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MARCELO REVELA ESTA QUINTA-FEIRA A DATA DAS LEGISLATIVAS

PS e a atração fatal por ser um “Bloco 2.0” � Adalberto Campos Fer-

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E

m tempo de guerra não se limpam armas!”. O líder do PSD, Rui Rio, seguiu a sabedoria popular e não baixou a guarda, voltando a insistir numa “reflexão” sobre o adiamento das eleições diretas de 4 de dezembro para depois das Legislativas. Num email enviado ontem aos militantes, a direção laranja defende que “a antecipação das eleições internas para uma altura em que” o partido deve estar concentrado nas Legislativas “afigura-se completamente desajustada”. A decisão de avançar com uma proposta de prorrogação das diretas no conselho nacional extraordinário deste sábado está dependente da data que o Presidente da República escolher para as Legislativas, sabe o CM. Se Marcelo Rebelo de Sousa optar por 16 ou 23 de janeiro de 2022, as tropas de Rio estão preparadas para apresentar uma moção que adie as eleições internas. Dado o intervalo tão curto entre os atos eleitorais do partido e as Legislativas, a fação de Rui Rio considera ser mais prudente entrar na corrida sem lutas internas. “Os portugueses esperam do PSD uma alternativa clara e credível ao PS, não esperam um PSD virado para uma disputa interna”, lê-se na mensagem que a direção enviou aos militantes. Caso o Chefe de Estado marque as Legislativas para mais tarde, isto é, para 30 de janeiro ou 6 de fevereiro de 2022, as tropas de Rio ficarão na sombra sem avançar com o adiamento das diretas. Rio já sinalizou ao Presidente da República que as Legislativas deveriam ser marcadas o quanto antes, insinuando que adiar para uma data muito posterior pode

Rui Rio e Paulo Rangel no arranque do conselho nacional do PSD de 14 de outubro, no qual o líder do PSD viu rejeitada a proposta de adiar as eleições internas

Ex-ministro da Saúde

nandes, ex-ministro da Saúde de António Costa e antecessor de Marta Temido, acredita que “dentro do PS, há uma atração fatal, um certo fascínio, por fazer do PS uma espécie de ‘BE 2.0’”, disse em entrevista em ao

jornal ‘Público’ e à Rádio Renascença. Para a seguir deixar um avisto: “Esse não é o meu PS e não é o de muitos milhares de militantes do PS.” Sobre Temido, o ex-governante assumiu que “não conhece pensamento político” à atual ministra.n


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