FRATERNO SEMPRE ATUAL, COM O MELHOR DO CONTEÚDO ESPÍRITA A n o
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ISABElA RIBEIRo/ G1
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ISSN 2176-2104
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Entrevista Aos 91 anos, a socióloga e uma das principais testemunhas do desenvolvimento do trabalho social espírita em São Paulo, Nancy Puhlmann, analisa a história e o papel do espiritismo nas transformações sociais. Página 4.
O passe avaliado pela universidade P
esquisadores da Faculdade de Medicina de Botucatu, SP, estão desenvolvendo uma pesquisa sobre os efeitos da terapia energética do passe na redução da ansiedade. Para participar da pesquisa, foram convidados voluntários com confirmação do quadro clínico e divididos aleatoriamente em dois grupos: um que recebe o passe (aplicado por um passista experiente) e o outro que recebe apenas a imposição de mãos. Segundo dr. Ricardo Cavalcanti, responsável pela pesquisa, “trata-se de mais um esforço para demonstrar a eficácia do passe diante da comunidade científica.” Leia nas páginas 8 e 9.
Você Sabia... O apoio espiritual ao maestro João Carlos
Uma pianista, amores impossíveis, vidas entrelaçadas
A beleza da música no cenário deste incrível romance!
As superações do maestro João Carlos Martins em torno de sua saúde tornaram-se muito conhecidas. Mas poucos sabem que o reconhecido músico tem também histórias para contar sobre sua relação com os espíritos. Leia na página 14.
Chico Xavier é enfoque em Encontro Internacional de Estudos da Religião Numa abordagem inédita na academia, o médium mineiro Chico Xavier será tema central no Encontro Internacional de Estudos da Religião, que acontece de 14 a 17 de abril em Juiz de Fora, MG. O evento que conta com apoio de instituição internacional contará também com palestra do psiquiatra Alexander Moreira Almeida. Leia na página 3.
Um tom acima 368 páginas R$ 39,90
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EdIToRIAl
Finamente
U
ornamentada
ma das atividades mais importantes e procuradas nas casas espíritas, o passe ainda precisa ser mais bem compreendido. Qual sua origem? Qual seu papel nos processos de cura? Por que ele traz alívio? Como Kardec tratou a questão da imposição de mãos? Não somente os espíritas muitas vezes não o compreendem em sua totalidade, como também algumas pesquisas no ambiente acadêmico começam a despertar a comunidade científica chamando a atenção para a existência e o potencial da assistência espiritual. A pesquisa que vem sendo realizada na Unesp, quer saber se o passe auxilia na diminuição dos níveis de ansiedade e depressão.
Em Entrevista, a socióloga Nancy Puhlmann Di Girolamo comenta sobre o espiritismo em função das crises sociais. Também Chico Xavier está no Acontece por estar em pauta nas universidades, desta vez sendo enfocado num encontro internacional de história das religiões. São novos ares de mudança de paradigma que sacodem a visão materialista do mundo, como sacudiu o professor cético, da seção Foi assim, que se tornou espírita, depois de ler o livro Nosso lar. O espiritismo aí está com sua lógica e clareza. É aberto a todos, apenas embalado numa caixinha de presente finamente ornamentada, à espera de que se lhe desatem os laços para conhecer o seu conteúdo.
“Para onde caminha o espiritismo” Li e gostei muitíssimo do artigo “Para onde caminha o espiritismo” (Edição 461). Claro e completo. É justamente a simplicidade da doutrina que nos coloca em apuros muitas e muitas vezes por falta de conhecimento. É preciso mesmo saber que tudo que aprendemos precisa-
• Acolhimento de todas observações a nós endereçadas, levantando dúvidas e esclarecendo pontos obscuros. • Discussão, porém não disputa. As inconveniências de linguagem jamais tiveram boas razões aos olhos de pessoas sensatas.
Isso é trabalho pessoal. E há muita gente que não anda se contentando apenas com as embalagens. Que tal abrir então a caixinha? Boa leitura! Equipe Correio Fraterno
mos vivenciar, aplicar à NOSSA VIDA e não à vida alheia. Na casa espírita isso é claro e tantas vezes acabamos nos retirando em vez de persistir e ficar, vencendo a nós mesmos. Rosela Elisa, Florianópolis, SC
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Em dois artigos, escritos por Allan Kardec e publicados na Revista Espírita, em 1858, estão encerradas as diretrizes que o Correio Fraterno adota como norte para o trabalho de divulgação: • A apreciação razoável dos fatos, e de suas consequências.
CORREIO DO CORREIO Marlene Nobre Li o primoroso artigo da psicóloga Heloísa Bernardo sobre minha irmã, Marlene Nobre, no Correio Fraterno (“Marlene Nobre, um sincero reconhecimento”, edição 461), que me deixou muito sensibilizado. Grato fiquei pelo seu testemunho. Paulo Rossi Severino, por email
Uma ética para a imprensa escrita
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• A história da doutrina espírita, de alguma forma, é a do espírito humano. O estudo dessas fontes nos fornecerá uma mina inesgotável de observações, sobre fatos gerais pouco conhecidos. • Os princípios da doutrina são os decorrentes do próprio ensinamento dos Espíritos. Não será, então, uma teoria pessoal que exporemos. • Não responderemos aos ataques dirigidos contra o Espiritismo, contra seus partidários e mesmo contra nós. Aliás, nos absteremos das polêmicas que podem degenerar em personalismo. discutiremos os princípios que professamos. • Confessaremos nossa insuficiência sobre todos os pontos aos quais não nos for possível responder. Longe de repelir as objeções e as perguntas, nós as solicitamos. Serão um meio de esclarecimento. • Se emitirmos nosso ponto de vista, isso não é senão uma opinião individual que não pretenderemos impor a ninguém. Nós a entregaremos à discussão e estaremos prontos para renunciá-la, se nosso erro for demonstrado. Esta publicação tem como finalidade oferecer um meio de comunicação a todos que se interessam por essas questões. E ligar, por um laço comum, os que compreendem a doutrina espírita sob seu verdadeiro ponto de vista moral: a prática do bem e a caridade do evangelho para com todos.
Envio de artigos Encaminhar por e-mail: redacao@correiofraterno.com.br Os artigos deverão ser inéditos e na dimensão máxima de 3.800 caracteres, constando referência bibliográfi ca e pequena apresentação do autor.
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ACoNTECE
Chico Xavier
será enfocado em encontro internacional sobre religiões Um dos prédios da Universidade Federal de Juiz de Fora, que sediará o evento
da REdAÇÃo
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e 14 a 17 de abril será realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, o XIV Simpósio Nacional da Associação Brasileira de História das Religiões e o III Encontro Internacional de Estudos da Religião. O tema central será “Chico Xavier, mística e espiritualidade nas religiões brasileiras”. Segundo Anderson Brettas, professor da área de educação do Instituto Federal do Triângulo Mineiro e com trabalhos de mestrado e doutorado versando sobre o espiritismo, trata-se uma abordagem seguramente inédita na academia. “O evento conta com o apoio da Adhilac internacional (Asociación de Historiadores Latinoamericanos y del Caribe), o que contribuirá para disseminar nossas pesquisas em todo o continente.
Para a professora Vera Lucia Vieira (PUC-SP), vice-presidente da Adhilac no Brasil e membro da comissão técnica do evento, além da homenagem a Chico Xavier, será mais uma oportunidade de se conhecer o papel social do médium que, segundo ela, é ainda estigmatizado no meio acadêmico em função de alguns textos o relacionarem ao regime militar na época da ditadura no Brasil. O evento contará com conferências, dentre as quais a do professor Dr. Alexander Moreira-Almeida (UFJF), sobre “Espiritismo e saúde”, e a participação de diversos grupos com projetos de pesquisas relacionados à história, política e religião. “A religião é uma produção humana e os historiadores refletem sobre essa forma de sociabilidade, independentemente de
qualquer crença”, comenta Vera Lucia. Para ela, a ligação ciência e fé é um dos aspectos que ainda se debatem, em função da discussão que sempre houve entre fé e razão. “O que importa ao historiador é justamente discutir essas manifestações e suas funções sociais, pois não há dúvida de que uma das características mais fortes da identidade dos povos é a convivência entre a razão e fé.” Vinte e três grupos apresentarão trabalhos sobre diversas religiões. Com a temática “Gênese e disseminação do espiritismo kardecista e espiritualismos no Brasil”, serão apresentados 27 projetos de pesquisas sendo alguns deles: ‘Imaginário, mística e memória do médium psicógrafo espírita – um estudo sobre o fenômeno mediúnico’; ‘Kardecismo na literatura brasileira – uma análise de elementos re-
ligiosos da doutrina kardecista em Grande sertão: veredas’; ‘Cura espiritual: uma análise da experiência dos frequentadores não espíritas na instituição espírita de caridade Nosso Lar, em Montes Claros, MG’; ‘Judeus-espíritas em São Paulo’; ‘Machado de Assis e o espiritismo: uma análise das críticas presentes em contos machadianos’; ‘Os best-sellers do Brasil: a psicografia e a edição de livros espíritas no Brasil, entre as décadas de 1940 e 1960’; ‘O espiritismo kardecista e sua busca de autolegitimação por meio do (para)cientificismo’; ‘Espiritismo e parapsicologia no Brasil: o diálogo entre as duas visões’; ‘A doutrina espírita e a psiquiatria: uma abordagem histórica da loucura e obsessão’. Saiba mais em www.adhilac-brasil.org/ www.correiofraterno.com.br
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ENTREVISTA
O impulso das crises na transformação social Por Eliana Haddad
Nancy Puhlmann Di Girolamo: “Não se pode entravar o progresso, mas podese atrasá-lo, sim”
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vida de Nancy Puhlmann Di Girolamo sempre esteve ligada à Instituição Beneficente Nosso Lar, dedicada às pessoas portadoras de deficiências, fundada em São Paulo, em 1946, por sua mãe, Maria Augusta Ferreira Puhlmann. Escritora, articulista, Nancy publicou vários livros enfocando pessoas com deficiências, enfatizando a importância do desenvolvimento das potencialidades humanas. Enfermeira pela Universidade Federal de São Paulo com especialização em neuropediatria e socióloga pela Escola de Sociologia e Política da Universidade de São Paulo, Nancy tem mestrado em antropologia cultural e é pós-graduada em reorganização neurológica na Filadélfia (EUA). Aos 91 anos, recém-completos em 21 de março, Nancy recebeu com muita alegria o Correio Fraterno em sua residência para esta entrevista. Atenta à modernidade, simples e fiel ao seu raciocínio rápido, Nancy analisou a história e o papel do espiritismo nas transformações sociais, compartilhando ainda com satisfação suas ricas experiências em tempos de longevidade. www.correiofraterno.com.br
O que está ocorrendo com a nossa sociedade e qual o papel do espiritismo neste momento? Nancy: A sociedade está em crise, mas as crises sempre existiram. Elas são necessárias, porque fazem parte do processo sociológico do progresso. Percebo também que a doutrina espírita entrou na fase sociológica, tendo dado mais ênfase antes à psicologia e à medicina, no sentido espírita. Toda literatura espírita é sociológica porque o espiritismo é um ensino do destino e dos objetivos do espírito e suas relações com o mundo corpóreo, com o mundo social. Kardec, quando coloca na terceira parte de O livro dos espíritos as leis morais, ele entra no social, mas como uma atitude comportamental interior que se expande sempre através das relações com o próximo. Em sua opinião, o espiritismo já conseguiu cumprir com esse objetivo no aspecto social? Acho que sim, pelo sentido real das propostas e ideações ultimamente desenvolvidas. Houve com Chico Xavier uma grande expansão do social na divulgação das ideias espíritas, baseadas na obra estruturada de Kardec. E isso está ocorrendo também com o trabalho de Divaldo no mundo. A senhora está falando de expoentes. Mas e o espírita de maneira geral, está conseguindo enxergar o papel do espiritismo ou ainda está voltado para si mesmo? Prioritariamente, sim, ainda. Todo ser humano faz parte de uma história que o obriga a olhar para si mesmo num processo normal de conhecimento. E isso vai permanecer por muito tempo, é um problema de evolução. Na realidade, é na vida social que exercitamos nossos papéis. É no intercâmbio mesmo que o progresso se dá, na lei de sociedade.
Como a senhora vê a bandeira do espiritismo “Fora da caridade não há salvação” na sociedade hoje? Acho que apesar da insistência de Kardec, de fazer inclusive uma pergunta específica sobre isso aos espíritos, ainda não se compreendeu muito bem o que seja isso. Kardec obteve a resposta clara e definitiva de que a ideia de caridade retrata o pensamento de Jesus: “Benevolência para com todos, indulgência com as faltas alheias e perdão das ofensas”. São três atitudes interiores do ser. Dar é sempre um desprendimento, com valor ou não, mas a caridade não acaba aí. Apenas começa assim e depois esse sentimento vai se desenvolvendo em outros aspectos no relacionamento humano. Caridade é uma atitude sempre nova como agente transformador das relações de uma maneira geral. Que análise podemos fazer, nesse sentido, do momento atual? Estamos numa fase de mudanças tremendas. Mas é preciso compreender que esse processo já vem se realizando há mais tempo. Quando os espíritos anunciaram “os tempos são chegados” não se referiam a um exato momento de 1857, como uma transformação que surgisse de um dia para outro, mas assinalavam as circunstâncias que começavam a se fazer presentes e favoráveis às mudanças necessárias e inevitáveis. Quando as mudanças sociais são rápidas, provocam uma crise que exige muita reflexão, pois nem sempre há maturidade suficiente da sociedade para assimilá-las. É preciso comandar, dirigir e administrar a mudança para não sermos engolidos por ela. A lei social humana é lei de progresso. Mas também podemos atrasar o progresso. Sim, claro. Isso é exatamente o que Kardec obteve de resposta dos espíritos. Não
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se pode entravar o progresso, mas pode-se atrasá-lo, sim. Não é que possamos paralisá-lo definitivamente, porque ele é uma força de lei, supremamente superior ao estacionamento e à inércia. Por isso está também presente mesmo quando dizemos que o que vale mesmo é o aqui e agora, que se deve se concentrar somente no presente. O maior perigo é que a inércia pode trazer é o pessimismo. É o que acontece hoje com a humanidade diante de tantos conflitos? A situação econômica e política mundial, no Oriente e no Ocidente, está conflitante, confusa. Podemos ter um pensamento pessimista porque aparentemente parece que tudo está perdido. Como se quiséssemos permanecer numa zona de conforto, de acomodação. Ora, a realidade não é essa. Aliás, aí entra o pensamento da doutrina espírita. A sociedade está submetida à lei maior, a lei do progresso, e os conflitos atuais não são um retrocesso, um risco iminente, mas uma maneira de se processar o avanço. Lembro que no meu tempo de estudante de sociologia, a gente estudava o mesmo processo: conflito, competição, interação e miscigenação. Hoje, ultrapassamos essas fases que são repetitivas e entramos na fase da inclusão. Hoje nós incluímos tudo. Incluímos preconceitos que eram rechaçados e que hoje estão em moda. Damos realce, exageramos o seu valor. Isso também não é correto, porque toda oposição reforça o oponente. E qual seria então, sociologicamente, o próximo passo desse sistema que estamos vivendo? Falar sobre o próximo passo é o mesmo que indagar sobre qual será nosso futuro. E isso a doutrina espírita mostra ser único. Só há um caminho: o progresso intelecto-moral. Lembrando-se sempre, porém, de que não é pelo desenvolvimento intelectual que o moral se desenvolve. Na questão da inclusão, quando as oportunidades são mais amplas, ela é uma bênção, porque se num primeiro momento ela chega confundindo, miscigenando tudo, na sequência virá a organização. Precisamos refletir e perceber que a lei divina está acima de ideias pessoais, grupais, institucionais. Querendo ou não, estamos progredindo e é reforçando-se o bem que se enfrenta o
oponente. É como ensinou Jesus na parábola do joio e do trigo. Eles crescem juntos e somente quando estão bem grandes é que se consegue separá-los. Para curar a sociedade é preciso também sanear a forma de pensar, ter noção de que o pensamento e a mente são nossos grandes colaboradores, se soubermos direcioná-los adequadamente. Nesse sentido, devemos nos trabalhar interiormente na procura do bem. É preciso achar o bem. E se procurar, acha. E teremos condições de fazer essa separação naturalmente no estágio evolutivo em que nos encontramos? Sim. Não digo nós, referindo-me à população presente no globo hoje. Mas à população que virá, pelo próprio processo da reencarnação, que poderemos ser nós mesmos. Nossa responsabilidade continua.
Qual seria o papel do espiritismo nessa transição? Primeiro, é preciso que ele seja muito bem conhecido como doutrina kardeciana, de bom senso. Quanto mais se lê, mais se descobre, mais se admira o pensamento de Kardec, a pesquisa que ele fez, a doutrina como ele organizou. Ela é um farol na escuridão a se projetar para nos auxiliar, inclusive na busca do lado positivo. Acreditando e não desanimando. Tudo é uma questão de sintonia. O que a senhora proporia para a divulgação da doutrina atualmente? Estamos conseguindo acender essa luz, levar essa mensagem? Tenho a impressão de que, no sentido sociológico, o grupamento espírita iniciou a unificação de ideias, não no sentido institucional, orgânico, mas de pontos de vista,
O envelhecimento traz uma oportunidade maravilhosa de se fazer uma revisão, sem artifícios”
Não há ruptura. Oxalá, possamos estar encarnados, participando ativamente dessa transformação. Ela não vem de graça, mas está aguardando pelas nossas atitudes, coletivamente, porque sozinhos somos poucos, não iremos conseguir. Por isso há uma lei divina, que é da sociedade. É juntos que precisamos fazer isso. Com tanta violência, conflitos, a primeira impressão é a de que o bem está distante, que estamos retrocedendo... A grande questão é: a crise, a dificuldade, é um empecilho ou um avanço? Toda dificuldade é um avanço, porque todo erro é uma experiência já realizada e aí está o aprendizado. Se não errássemos, não conheceríamos. Estamos numa época catártica, colocando para o exterior aquilo que está nos incomodando por dentro. É sempre um momento importante, muitas vezes dolorido, mas o que vai nos fazer crescer, tirando-nos do conforto e nos impulsionando à ação.
de forma a centrar e valorizar a base, a obra de Kardec. Mas não podemos esquecer que o Cristo transcende na obra de Kardec. Há uma filiação fidedigna de Kardec para com o cristianismo, o que quer dizer que, se nos centrarmos nesse aspecto, encontraremos inúmeras modalidades de seguir o exemplo do espírito mais elevado que esteve entre nós e alavancar o nosso progresso na contextualização do seu evangelho. Através de perguntas e respostas, Kardec leva-nos a deduzir o que é preciso ser feito. Antes disso, o cristianismo estava devaneando, podemos dizer, estava disperso, avariado, ortodoxo, fundamentalista, tendencioso. Agora, por exemplo, sentimos uma mudança muito grande no sistema sociológico-religioso. Vemos que as religiões estão se abrindo. A senhora acha que em questão de liderança, o movimento espírita pode se ressentir com o desencarne e a falta de tantos líderes desbravadores?
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De jeito nenhum! Pelo contrário, na história do movimento espírita, de Kardec aos dias de hoje, houve fases em que predominou um ou outro aspecto da doutrina, em seu complexo filosofia, ciência, religião, ou moral, como preferirem. Ela é generalista e abrangente. Mas acho que atualmente ela está ainda mais pujante. Na nossa época, éramos poucos líderes. Hoje a própria palavra tem outra conotação, mais participativa. Havia no passado muita projeção intelectual pessoal, quase que uma pessoa dirigia grandes grupos. Hoje somos muitos a dirigir uma multidão. Digo isso por experiência própria, por que no Nosso Lar também foi assim. Durante muito tempo a instituição foi dirigida por minha mãe, depois por mim. O grande salto é quando se muda isso. Tivemos, por exemplo, uma grande mudança há seis anos e dissemos: chega, vamos dividir, tem que haver uma diretoria colegiada, mas que não haja quem predomine. Tem que ser democrática, no sentido espírita, mas que todos participem. E foi aí que tudo melhorou. Mas tivemos que passar por uma grande crise. E sobre a experiência do avançar da idade? Como aproveitar melhor tal condição? O envelhecimento não é absolutamente o final de tudo, como se faz parecer, como se você fosse perdendo tudo da vida – a vista, o ouvido, o movimento, as células do corpo que já não se renovam tanto, embora os neuropeptídios estejam aí acenando para mudanças, através das pesquisas da neurociência. O envelhecimento nos traz a ponderação que fez falta a vida inteira. Faço hoje com muita alegria retrocessos da vida e vejo quantas coisas fiz por personalismo. O envelhecimento traz uma oportunidade maravilhosa de se fazer uma revisão, sem artifícios, sem o selo do ‘faz de conta’. Você começa realmente a se descobrir e a achar graça de si mesmo. Estou à procura de mim mesmo. E me pergunto sempre: quem sou eu agora? Isso é uma bênção, compensador. O tempo é precioso e envelhecer pode não ser tão assustador. Querendo ou não a longevidade veio pra ficar. Não temos que ter medo do envelhecimento. É a vida. http://www.ibnossolar.org.br/ www.correiofraterno.com.br
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CoISAS dE lAURINHA
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Por TATIANA BENITES
Humildade e o dinheiro
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aurinha pergunta a seu pai: – Pai, por que a gente trabalha tanto quando cresce? – Para ganhar dinheiro para comprar as coisas em casa, para poder comer e pagar as contas... – Você gosta de trabalhar? – Eu gosto, porque eu faço o que me deixa feliz. – E por que tem gente que só reclama de trabalhar? – Talvez porque não trabalhe com o que goste. – Uai, mas por que é que continua, se não gosta? – Às vezes é porque não arrumou coisa melhor. – Eu não consigo entender. Temos que estudar tanto para se preparar
para uma profissão, pra depois chegar lá na frente e correr o risco de não gostar. – laurinha, mas a vida traz muitas chances de a gente experimentar e ver do que gosta. – é a gente que escolhe onde quer trabalhar? Não entendo porque temos que trabalhar tanto, se aprendemos que temos que ser humildes. Humildade não significa viver com menos dinheiro? – Não, filha. Ser humilde é sentir-se igual aos outros, nem melhor nem pior, e também reconhecer em si o que precisa ser melhorado. – Posso ser humilde e rica? – Sim, claro! A mãe de laurinha que só ouvia a
lEITURA
conversa diz: – Mas para ganhar dinheiro e ficar rica é preciso estudar. Vamos, Laurinha! Você tem trabalhos e lição para fazer! laurinha resmunga: – Poxa, mãe, estamos falando de humildade! – Eu também... Reconhecer o que precisa melhorar!!!! – Mãe, eu falei HUMIldAdE e não Ô MAldAdE!! – laurinha se levanta e vê que precisa mesmo é fazer o dever.
Nos livros Tem espíritos no banheiro? e Tem espíritos embaixo da cama?, de autoria de Tatiana Benites, você encontra outras aventuras de Laurinha (Ed. Correio Fraterno).
Por ElIANA HAddAd
Lições importantes através dos romances O autor Umberto Fabbri fala sobre sua experiência como psicógrafo Como você começou essa tarefa da psicografia? Quando me mudei para os Estados Unidos, há cerca de dois anos, comecei a escrever notas para o jornal. Depois textos. Em seguida vieram os livros: Cisco de Francisco, de quando eu frequentava a casa dele, e mais dois outros. Logo em seguida, apresentaram-se para mim três espíritos [Umberto tem também mediunidade de psicofonia e vidência], dentre eles Jair dos Santos, autor do recém-lançado O traficante. Qual a proposta desses espíritos? Você tem noção da história que vai psicografar? A proposta deles é escrever obras sobre
casos de pessoas comuns, com lições importantes e que muitas vezes não alcançam as mídias. Não tenho noção sobre o que se trata. Tanto que às vezes torço por um personagem, mas os fatos acabam se desdobrando de outra maneira. Como médium, como você lida com a questão da maior exposição? Há que se ter maturidade espiritual e reconheço o meu compromisso. Os autores são os espíritos e eu sou o escrevente. A sensação quando começo a psicografar é que eles me colocam no cérebro um pen-drive, porque a história vai brotando e eu não tenho a menor noção onde vai parar. A finalidade é a divulgação do espiritismo
e parte da receita das vendas vai para casas espíritas, inclusive dos Estados Unidos. O traficante trata justamente da influência do plano espiritual no tráfico de drogas, mostrando como é essa relação com o mundo físico. Por que você enveredou para esse tema? Eu sequer suspeitava que isso ia acontecer. Recebi a primeira frase “Gabriel era um rapaz...” e fui acompanhando a história. Por vezes, um parágrafo não me fazia sentido. Só depois eu via que as ideias estavam encadeadas e com todo o cuidado para não deixar ao leitor nenhuma carga de desconforto, dado o tema do livro. O traficante traz uma mensagem de alerta a pais e educadores de como uma pessoa ‘inocente’ pode entrar nas drogas, como o perso-
nagem do livro. Você percebe tratar-se de uma obra educativa? Penso que todos os livros psicografados têm uma mensagem importante. O problema das drogas no mundo não é um assunto dos outros, é um problema de todos nós. Se esse livro servir para uma mãe, para um jovem, um educador, um jornalista, uma pessoa, já terá cumprido sua missão. www.correiofraterno.com.br
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ESPECIAL
Universidade pesquisa efeito do passe no controle da ansiedade Por José Benevides CavalcantE Os voluntários selecionados foram aleatoriamente divididos em dois grupos
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ma equipe da Faculdade de Medicina de Botucatu,SP, formada por integrantes da Associação Médico-Espírita, está desenvolvendo uma pesquisa sobre os efeitos da terapia energética do passe espírita na redução da ansiedade. Trata-se de mais um esforço no sentido de www.correiofraterno.com.br
demonstrar a eficácia da técnica do passe diante da comunidade científica, e também de busca de mais elementos incisivos para a compreensão do processo de transmissão do fluido vital. Segundo o presidente da AME-Botucatu, dr. Ricardo de Souza Cavalcante,
professor e um dos integrantes da equipe, a iniciativa surgiu pela própria formação de pesquisadores, como membros da AME e do desejo de contribuir com estudos que avaliem o contexto saúde-espiritismo. “Fizemos contato com dr. Ricardo Monezi, pesquisador da Universidade Federal Pau-
lista e que havia defendido tese de doutorado na USP sobre a utilização do reiki no controle de ansiedade de voluntários idosos. Na mesma época, também estivemos com a doutora Marlene Nobre, por ocasião do X Congresso de Saúde e Espiritualidade de Botucatu, também interessada nos estudos sobre terapia espírita.” A pesquisa foi apresentada à Faculdade de Medicina de Botucatu através de projeto e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu, pertencente à Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho – UNESP. “Estamos utilizando uma metodologia rigorosa, segundo as recomendações científicas e entendemos que o passe deve servir de instrumento adjuvante ou auxiliar no processo de recuperação do enfermo. Não é nosso objetivo substituir as terapias clássicas ou convencionais de que a medicina, a psicologia e outros segmentos se valem no tratamento dos pacientes”, explica dr. Ricardo.
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O que é preciso saber da REdAÇÃo • A presença do paciente não deve ser passiva na hora do passe. Ele deve estar com o pensamento voltado para o ato, usando sua vontade como fator auxiliar do processo de cura. • Incontáveis vezes a doença do corpo físico significa, em última análise, a presença de fluidos deletérios ocupando o lugar dos bons fluidos. o passe pode, pois, auxiliar a correção deste mal ao substituir os fluidos, mas o paciente deve ter noção das causas e lutar para superá-las, caso contrário o mal retorna. • No campo das curas o próprio Kardec esteve envolvido com o chamado magnetismo um pouco antes de codificar a doutrina. Pelo magnetismo, ficou-se sabendo que os homens possuem uma capacidade de exteriorizar e transferir energia a outras pessoas, energia essa que produz efeitos.
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Para participar da pesquisa, foram convidados por meios de comunicação e redes sociais pessoas que se dispusessem a contribuir com o estudo. “Os voluntários foram inicialmente submetidos a uma avaliação para confirmar a existência do quadro clínico de ansiedade, sendo considerados apenas os indivíduos que não estivessem passando por tratamento clínico, a fim de não haver viés de interpretação dos nossos achados.” Os voluntários selecionados foram aleatoriamente divididos em dois grupos: um que recebe o passe (aplicado por um passista experiente) e o outro que recebe apenas a imposição de mãos, feita por uma pessoa ‘não capacitada’ para aplicação de passe. Os voluntários não sabem a qual dos grupos pertencem. Uma vez agrupados, eles comparecem por oito semanas (uma vez por semana) para receber o passe ou apenas a imposição de mãos. Antes de iniciar as atividades há um momento de relaxamento, com música para meditação, e uma mensagem na voz de Chico Xavier. Antes, durante e ao final das oito semanas, os voluntários são avaliados quanto à ansiedade, qualidade de vida, depressão, grau de espiritualidade e religiosidade, mediante aplicação de questionários. Além
Desde Hipócrates da REdAÇÃo
• Com o pensamento o espírito age sobre os fluidos (ou energia), captando-os e carreando-os para o médium. Este, por sua vez, também com o pensamento voltado para a ação, estabelece ligações com o espírito, além de se pôr em condições de receber os fluidos e encaminhá-los ao que está recebendo o passe. • Muitas pessoas, embora possuam energia magnética, não a têm em quantidade suficiente para operar curas. Aliando-se aos bons espíritos elas fortalecem essa energia e, como médiuns, obtêm resultados que sozinhas não alcançariam. Fonte: Você e o passe. Wilson Francisco, Wilson Garcia, Ed. EME. (Conteúdo sobre passe baseado nas obras de Allan Kardec).
disso, alguns voluntários são submetidos ao exame de eletroencefalograma, que nos permite analisar o padrão das ondas cerebrais produzidos antes, durante e após a aplicação do passe. Os estudos são realizados em ambiente fora do Hospital das Clínicas de Botucatu, considerando a melhor adequação e controle vibracional do local. Um consultório médico foi eleito a melhor escolha. Melhor do que a casa espírita, que poderia afastar da pesquisa voluntários de outras religiões, por não se sentirem à vontade no ambiente. De acordo com o professor, a pesquisa está em andamento, agora com 24 voluntários tendo completado as oito semanas. “Uma avaliação geral nesses indivíduos nos permitiu verificar que todos obtiveram melhora em relação à ansiedade, seja o grupo que recebeu o passe intencional ou aquele que só foi submetido à simples imposição das mãos. Mas a melhora do grupo do passe foi mais significativa. Um outro dado interessante, que já pudemos colher, é que de um modo geral os voluntários se sentiram tão bem, submetendo-se a esse estudo, que a maioria insiste em permanecer no tratamento – conclui dr. Ricardo.
Décio Iandoli, em palestra na Unifesp em abril: “Quando você toma o passe, está sendo induzido energeticamente a corrigir transtornos que não chegaram biologicamente no seu corpo”
Convidado a realizar a abertura dos seminários mensais de 2015 do Núcleo Universitário de Saúde e Espiritualidade na Universidade Federal de São Paulo, o gastrocirurgião Décio Iandoli Junior realizou dia 25 de abril uma palestra na Unifesp enfocando o tema “Da alma ao corpo físico”. Ao ser entrevistado pelo Correio Fraterno a respeito da ação do passe, Décio lembrou que a saúde é o equilíbrio e a doença é o desequilíbrio. A terapia do passe tem o mesmo princípio de se ir ao médico para tratar uma doença, fazer uma prevenção. Uma não exclui a outra. “Quando você toma o passe, está sendo induzido energeticamente a corrigir transtornos que não chegaram biologicamente no seu corpo. Isso é mais eficiente do que se ter o problema já no corpo e tentar reverter. Às vezes só conseguimos reverter o problema no corpo espiritual depois que a experiência da doença trouxe um background necessário para o paciente fazer esta reconstrução. Todas as formas terapêuticas são válidas, desde que você saiba o que está querendo com ela”. Décio também cita que Allan Kardec certamente conhecia os benefícios da ação curadora do magnetismo além do corpo físico. “Isso vem desde a época de Hipócrates”.
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LIVROS & CIA. AME Brasil Tel.: (11) 2574-8696 www.lojaamebrasil.org.br Da alma ao corpo físico de Décio Iandoli Júnior 442 páginas 16x23cm
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Editora Correio Fraterno Tel.: (11) 4109-2939 www.correiofraterno.com.br O traficante de Jair dos Santos psicografia de Umberto Fabbri 200 páginas 14x21 cm
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VOCÊ SABIA?
O apoio espiritual ao maestro João Carlos
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maestro brasileiro João Carlos Martins, reconhecido mundialmente como um dos maiores intérpretes de Johann Sebastian Bach (1685 – 1750) e famoso também por suas histórias de superação de doenças e acidentes que lhe roubaram a destreza da mão esquerda que o impediram de continuar a tocar piano, também tem uma história surpreendente no campo espiritual. Foi num sonho que o maestro Eleazar de Carvalho (1912 –1996) lhe apareceu e o aconselhou: “João, vai ser maestro!” Era o impulso que necessitava para continuar a trabalhar com a sua grande paixão: a música. Estudou regência e tornou-se um maestro de indiscutível sucesso. Apresentou-se em Paris e Londres, formou a orquestra Bachiana Filarmônica, trabalhou com jovens carentes dos bairros da periferia de São Paulo. Martins também revelou em várias
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entrevistas que sua mãe era espírita. “Ela nunca soube uma palavra sequer de italiano, mas antes dos recitais, se concentrava e começava a falar comigo como se fosse Busoni*. Dizia: ‘Eu sou Ferruccio Busoni. Você vai fazer grandes coisas ao piano’. Era uma coisa muito estranha. Durante o primeiro ano da minha carreira ela fez isso, depois disse que não podia mais receber Busoni (...) Eu confiava na minha mãe e dizia a mim mesmo: “Se Busoni está ao meu lado, eu não faço nenhum erro, eu posso voar, eu posso qualquer coisa”. João Martins tinha apenas 12 anos quando, confiante, realizara seu primeiro concerto. Mas basta ouvir as gravações desses concertos e perceber que ele não costumava errar mesmo. “Colocava todas as minhas emoções na música”. Fonte: Anuário espírita 2007 – Editora IDE.
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ANÁLISE
Entre o instinto e a inteligência Por Guaraci de Lima Silveira
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homem é um ser inteligente. Disto ninguém duvida. Contudo, a inteligência para ser bem aproveitada necessita aliar-se a outros fatores, pois não basta ser inteligente, é necessário buscar o conhecimento. A inteligência nos encaminha para a ação passiva ou ativa, adequada ou não, motivo pelo qual o indivíduo precisa saber utilizá-la com soberania. A inteligência deve ser a grande aliada do homem. Comumente, somos emocionais em demasia, fruto do nosso aprendizado desde os tempos remotos, quando necessitávamos reagir por impulsividade à sensação do medo, do calor, do frio, da fome, da ferocidade e até da ternura em seus graus iniciais. Era necessário responder com agilidade aos incômodos e decidir por lutar ou fugir. Ainda hoje, diante dos acontecimentos, é comum reagirmos emocionalmente em detrimento de uma atitude pensada, refletida, antes de ‘contar até dez’ ou de tomar um copo da ‘água da paz’ como nos aconselhava Chico Xavier. Na questão 75 de O livro dos espíritos, Allan Kardec interroga: “É acertado dizer que as faculdades instintivas diminuem, à medida que crescem as intelectuais”? À primeira vista podemos responder que sim, contudo vejamos o que os espíritos disseram ao codificador: “Não. O instinto existe sempre, mas o homem o negligencia. O instinto pode também conduzir ao bem; ele nos guia sempre e às vezes mais seguramente que a razão; ele nunca se engana”. Os espíritos complementam na questão 73, afirmando que, ao contrário do que possamos imaginar, o instinto não é independente da inteligência porque: “...é uma espécie de inteligência não racional e é por esse meio que todas os seres provêm as suas necessidades”. Allan Kardec, comentando as questões, nos diz que “o instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita por serem quase sempre espontâneas as suas manifestações, enquanto as daquela são o resultado de apreciações e de outra uma deliberação”. E aqui compete que coloquemos a
Nos seres dotados de consciência e de percepção das coisas exteriores, o instinto se alia à inteligência, o que quer dizer, à vontade e à liberdade”
Allan Kardec
questão seguinte contida em O livro dos espíritos, a de número 75-a: “Por que a razão não é sempre um guia infalível”? “Ela seria infalível se não existisse falseada pela má educação, pelo orgulho e pelo egoísmo. O instinto não raciocina; a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbítrio”. Lógica, abstração, memorização,
compreensão, autoconhecimento, comunicação, aprendizado, planejamento e resolução de problemas, têm sido definições utilizadas para a inteligência. Nas mentes primitivas estes atos são muito cansativos como nos diz o sociólogo francês Lucien Lévy-bruhl, do século 19. Na introdução do seu livro A mentalidade primitiva, o so-
ciólogo nos diz que nos homens primitivos há uma aversão decidida pelo raciocínio, pelas operações discursivas do pensamento. O autor nos diz que isto “... se explica mais pelo conjunto dos seus hábitos mentais”. Refletir para decidir melhor deve ser uma ação comum e corrente em nossas sociedades. Não nos basta o ato de pensar e decidir; é necessário o conhecimento profundo do objeto ou da causa para a qual dirigimos nossas atenções e pensamentos. A profundidade nas observações tem sido pregada por psicólogos atuais. Entendem eles que agindo assim podemos evitar muitos conflitos. Quando vejo ou sinto algo externo a mim, minha razão necessita confabular com a emoção, passando pelos departamentos dos sentimentos e das virtudes que já possuo para só assim liberar minha palavra de contexto. Hoje sabemos que podemos modificar hábitos e a doutrina espírita nos indica quais atos devemos modificar, pois, afinal, estamos a caminho da perfeição, como nos convidou Jesus a buscá-la. Quando os espíritos disseram a Allan Kardec que a má educação, o orgulho e o egoísmo dificultam o perfeito fluxo da razão, indiretamente nos propuseram uma análise de como estamos tratando e utilizando a nossa inteligência. Este é um estudo instigante e edificador. Allan Kardec nos fala que “nos seres dotados de consciência e de percepção das coisas exteriores, o instinto se alia à inteligência, o que quer dizer, à vontade e à liberdade”. Unindo os dois com sabedoria, instinto e inteligência, caminharemos com mais cuidado. Deus nos guiou até à razão através do instinto e agora nos compete juntar os dois, enriquecendo a inteligência que nos dirá com mais acerto onde, como e quando realizar algo. Assim se progride. Assim poderemos cumprir com excelência o nosso projeto de evolução. Guaraci de Lima Silveira é escritor e articulista espírita, autor do livro O refúgio de Laila – Ed. Correio Fraterno. www.correiofraterno.com.br
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CUlTURA & lAZER
Congresso reúne jovens na Bahia De 10 a 12 de abril será realizado em Salvador, BA, o 1º Congresso da Juventude Espírita da Bahia, com o tema “Vida social e espiritualidade – Ciência, filosofia, religião e arte”. Local: Centro de Convenções da Bahia. Realização: Federação Espírita Estado da Bahia. feep.com.br.
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Congresso Estadual de Espiritismo em Santos Será realizado de 18 a 21 de abril o 16º Congresso Estadual de Espiritismo. O evento acontece na cidade de Santos, SP, sob a temática “Para onde caminha a humanidade: Amor, educação e ética”. Terá como palestrantes Antônio Cesar Perri, Sandra Maria Borba, Tiago Cintra Essado, Anette Guimarães, Heloísa Pires, André Luiz Peixinho e Alberto Almeida. Local: Arena Santos av. Rangel Pestana, 184 – Vila Mathias, Santos SP. Realização USE SP. usesp.org.br. 16congresso@usesp.org.br.
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ETRAMESC 2015 ABR Acontece no dia 25 de abril, na cidade de Lages, o Encontro dos Trabalhadores da Mediunidade de Santa Catarina, promovido pelo Núcleo de Estudos e Orientação da Mediunidade. Com a participação de Suely C. Schubert (MG), Marta Antunes Moura (FEB) e Ruth Guimarães (MG). Local: Anfiteatro do Colégio Bom Jesus Diocesano. www.fec.org.br.
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Medicina e Espiritualidade De 3 a 6 de junho, acontece na cidade de Goiânia, GO, o Mednesp 2015, sob o tema Ciência, saúde e espiritualidade: desafios e transformações no século 21. Realização: Associação Médico-EspíritaBrasil e AME-Goiânia. Com a participação de Décio Iandoli Jr., Andrei Moreira, Alessander Moreira Almeida, Mário Peres, Júlio Peres, Irvênia Prada e outros. Mednesp2015.com.br
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CRUZADA DO CORREIO Ato de invocar, chamar um espírito. Lei do ... Impulsiona o homem à evolução. Instrumento de comunicação entre os dois planos da vida. Transfusão de energias positivas. Condição de todo espírito. Nome dado ao espírito encarnado. Substância doada por médiuns de materialização. A máxima recomendada por Jesus. Mediunidade poliglota. Volta do espírita à vida corpórea.
O mundo material. Impossível para o espírito. Conjunto de regras que constituem os bons costumes. Servem de instrumentos entre o plano material e o plano espiritual. Característica da psicografia em que o médium sente a mão impulsionada, pelo espírito, mas tem consciência do que escreve. O princípio inteligente do universo. Tem origem nos conhecimentos adquiridos em vidas passadas. Faculdade de se estar presente ao mesmo tempo em dois lugares. Transmissão do pensamento do espírito mediante a escrita feita pela mão do médium.
Elaborado por Izabel Vitusso e Hamilton Dertonio, especialmente para o Correio Fraterno
ENIGMA
Que simbologia Jesus buscou na natureza para referirse às pessoas que apenas aparentam, mas ainda nada produzem de bom? qualquer hora, em qualquer lugar
Solução da Cruzada Veja em: www.correiofraterno.com.br
Resposta do Enigma: A figueira seca (ESE-Capítulo XIX) A figueira que secou é o símbolo das pessoas que apenas aparentam propensão para o bem, mas que em realidade nada produzem de bom.
Acesse a Agenda Eletrônica Correio Fraterno e fique atualizado sobre o que acontece no meio espírita. Participe. www.correiofraterno.com.br
O nível de cada um Laurinha, como está o seu nível de confianca para falar sobre Chico Xavier hoje?
Nível “médium”, professora!
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CRoNICA
A vida é feita por ... Por ANA ZANI
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os 65 anos resolvi colocar em prática um novo projeto... Há tempos venho recebendo chamados de amigos que entendem que eu deva colocar no papel os meus pensamentos... Como sempre é tempo de se iniciar uma nova jornada, vamos lá... Quem sabe eu possa mesmo ser útil, analisando fatos, interpretando textos ou contanto histórias. Como gosto de reticências, refleti divertidamente que meus textos deveriam ser recheados delas... Quando faço palestras, procuro instigar as pessoas à busca... Na escrita, as reticências me passam a ideia de: o que deveria vir no lugar delas? O legal é que isso pode ficar a cargo do leitor. Refletindo sobre a vida, chego à conclusão que ela é como uma escrita repleta de reticências. Aliás, a meu ver, a vida é uma eterna reticência. Termina um desafio e já vem outro! Estamos num processo de continuidade e vamos decidindo, dia a dia, o que colocar no lugar dos três pontinhos... Nossa escolha determinará se nos encaminharemos para um texto de alegria ou de tristeza, de sucesso ou de derrota. Assim é a vida! Nós determinamos a cada dia o que imprimiremos nessa página em branco que se apresenta à nossa frente. Talvez eu goste de reticências por elas serem democráticas, estão ali e simplesmente aceitam, sem interferência, sem ingerência... Respeitosamente cedem seu lugar
concorde ou não com o que será colocado... Quando Voltaire, no século 18, registrou a ideia: “Posso não concordar com uma única palavra do que dizes, mas lutarei até a morte para que tenhas o direito de dizê-las” se posicionava como as reticências: respeitosamente! Aceitando que cada qual tem seu ponto de entendimento, de visão de mundo, e que isso deveria ser respeitado.
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Se quisermos viver numa sociedade harmoniosa, devemos lutar para que islamitas, budistas, xintoístas, espiritistas e todas as demais correntes de pensamento tenham o direito de colocar em suas reticências seu parecer... Pois que o mundo se apresenta a cada um de acordo com o que se é... Nós nos fazemos a cada dia: escolhendo caminhos... Diariamente, na página
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da vida, temos três pontinhos para dar lugar às nossas decisões ou indecisões, dependendo única e exclusivamente de nós mesmos se vamos preencher essa página com sabedoria. Como disse o poeta espanhol Antonio Machado: “Caminhante, o caminho se faz ao caminhar”. A doutrina espírita ensina que o ser humano é responsável pelas suas escolhas, pelos seu caminhos... Deus deu liberdade... Livre-arbítrio. Portanto, a cada início de ano deveríamos pensar sobre o que queremos grafar nas páginas do caderno que se inicia. Se o ano já tiver galgado algumas páginas, vamos refletir sobre quantas nos restam ainda... A cada dia, uma nova página... O tempo escoa e urge. Quando percebemos que o ano se foi e não colocamos nada de substancial nas reticências, tendemos à tristeza, à depressão... Adianta cultivar a infelicidade por um ano na inutilidade? Não! Lutemos contra isso... Podemos e devemos iniciar a nossa impressão de paz, amor, harmonia, compreensão, amizade, fraternidade, união a qualquer momento. Deus nos deu esse poder de decisão. O momento é nosso. Podemos começar agora a imprimir o que bem quisermos, fazendo da nossa página em branco algo de especial, de valioso, que demonstre que a nossa passagem pela Terra não foi em vão e que chegaremos ao fim da jornada com aquele gostinho de dever cumprido.
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FOI ASSIM
A mudança radical do professor materialista Por OSWALDO DE CASTRO
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uando fazia o curso médico em Uberaba, na década de 1950, hoje Universidade Federal do Triângulo Mineiro, tive intenso contato com um erudito professor, que quando estudava no Rio de Janeiro era ateu e um dos líderes do Partido Comunista. Reiteradamente, o professor tinha estranhas visões, que eram por ele interpretadas como alucinações psicóticas, que atingiam as raias da loucura. Atormentado, várias vezes se dirigia a consultórios psiquiátricos. No trajeto, ponderando que não tinha dificuldades intelectuais e cognitivas, desistia e retornava à sua casa. Uma vez chegou a adentrar o consultório, preencher a ficha de consulta e por fim desistir. Certa feita, solicitou ao seu pai que lhe enviasse livros científicos. Aparente-
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mente por um acaso, entre eles havia um exemplar do livro Nosso Lar, de André Luiz. Colocou-os na prateleira localizada em seu quarto. Inexplicavelmente, tinha a mente voltada ao referido livro. Quando se deitava ou se levantava, olhava fixamente para o livro sem saber do que se tratava. O fato se repetiu por várias vezes. Num domingo, não tendo nada que fazer, leu-o cabalmente, ficando profundamente impressionado, ao perceber que suas ‘estranhas visões’ eram imagens idênticas às que André Luiz descrevia sobre a colônia espiritual Nosso Lar. Emocionado, exclamou: não são alucinações; não estou louco! O professor chegou a nos descrever minudências, inclusive sobre o funcionamento do meio de transporte (aerobus) utilizado em Nosso Lar.
No dia seguinte, a primeira coisa que fez foi passar em uma livraria e comprar toda a coleção de André Luiz. A segunda foi dirigir-se ao conclave do Partido Comunista, no qual seria o dirigente. Fazendo uso da palavra, falou veementemente à imensa plateia: De hoje em diante, não sou mais comunista; sou espírita! Como obstinado pesquisador, e dotado de profunda inteligência sem ser imbuído de fanatismo, o professor não parou mais de estudar o espiritismo e tudo o que se relacionava ao cristianismo. Comparou as obras de Kardec e as de Emmanuel com os ensinamentos do Cristo e inferiu que tudo se coaduna. Nossa reflexão nos mostra que o natural seria que o digno professor, que inclusive se dizia ateu, concluísse que tudo não passava de fantasia, produto da ima-
ginação, e se mantivesse cético à narrativa de Andre Luiz sobre a existência da cidade Nosso Lar. Mas o seu conhecimento científico, sua razão, a própria lógica da doutrina o ajudaram a mudar suas convicções, demonstrando que a vida eterna supera em tudo a vida momentânea na matéria. Este fato aconteceu com o cirurgião plástico paulista Dr. Oswaldo de Castro, que conviveu estreitamente com o médium Chico Xavier, em Uberaba, MG. Conte também a sua história para ser publicada aqui no Correio Fraterno. (redacao@correiofraterno. com.br)
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DIRETO AO PONTO
Precisamos sofrer? Por UMBERTO FABBRI
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uem de nós não tem seu quinhão de sofrimentos, de aflição, de angústia e dor? Estas situações são compreensíveis quando refletimos sobre o estágio atual de provas e expiações de nosso mundo. Segundo a espiritualidade, esses padecimentos são frutos de nosso afastamento ou puro desconhecimento da lei de amor, ou ainda, provações para testarem nosso aprendizado. Colhemos o que plantamos e Deus, em seu processo pedagógico divino, não nos exime de nossas responsabilidades, mas nos ensina que teremos da vida o mesmo que a ela ofertarmos. Sofreremos a reação de nossas ações. Jesus, ao contrário do que muitos pensam, no consolador sermão das bem-aventuranças, não faz apologia ao sofrimento: “Bem-aventurados os aflitos” nos fala da temporalidade de tudo em nossas vidas, como nos ensinou o saudoso Chico Xavier: “Tudo passa”, até mesmo o sofrimento. Quando vivenciamos um martírio, seja ele físico ou emocional, é difícil racionalizar que ele é passageiro, e que em muitas vezes está em nós mesmos a possibilidade de cura, ou a condição de minimizá-lo com a resignação. Todavia, algumas pessoas entendem que o sofrimento é necessário para a elevação espiritual, que castigando o corpo abrimos caminhos para nossa santificação e por ele nos aproximamos de Deus. Este pensamento equivocado e armazenado por séculos em nosso subconsciente não nos auxilia
em nossa ascensão divina, mas sim nos atrasa, por suas consequências nocivas. Se pais humanos não se comprazem com as dores e angústias de seus filhos, o que podemos esperar de Deus Pai, perfeito, justo e bom? Se Deus é puro amor, o que nos aproximará dele é o próprio amor. A autopunição, a culpa, a tristeza e o desânimo não nos trarão o progresso, mas sim a estagnação, pois só cresce quem trabalha, ama e produz o bem. É fato que o sofrimento, quando bem compreendido, pode se tornar elemento
educador. Poderíamos considerá-lo em muitos casos como um “despertador”, mas ele não é o único caminho, é possível crescer sem sofrer. A famosa orientação do antigo filósofo grego do: “Conhece-te a ti mesmo” pode nos auxiliar a trilhar este caminho evolutivo de maneira mais feliz e serena. Hoje, conhecendo o Evangelho do mestre Jesus, e aliando esse conhecimento à busca interior de nossas mazelas, é factível atacar o problema antes que este se torne uma situação que venha nos trazer infelicidades.
É preciso um olhar apurado para nossa existência e comportamentos atuais. Poderemos nos surpreender com a constatação de que alimentamos os infortúnios, na repetição de posturas que perpetuam as angústias que desejamos eliminar. É o que ocorre com a raiva, mágoa, desejo de vingança, ciúme, orgulho ferido, falta de amor a si mesmo, entre outros. Deus nos dá a carga de reajustes possíveis de serem efetivados nesta vida, mas sem vigilância e distraidamente aumentamos esta carga, tornando as coisas ainda mais difíceis. Isto se dá no comportamento individual, mas também no coletivo. Vejamos a problemática do meio ambiente. É de conhecimento da maioria o que se deve ou não fazer para poupar a natureza e seus recursos, mas agindo de forma irracional e até mesmo egoísta, nos comportamos como se isso não fosse de nossa responsabilidade, esquecendo que iremos aqui reencarnar e seremos herdeiros de nossa irresponsabilidade ou invigilância na escassez dos recursos naturais, poluição, etc. Cabe-nos adotar outro comportamento para que novas tribulações não venham nos visitar. Transformar, mudar, progredir é a proposta divina, não o sofrimento. Profissional de Marketing, Umberto é orador e escritor brasileiro, morando atualmente na Flórida, EUA. Acaba de lançar o livro O traficante, ditado pelo espírito Jair dos Santos (Correio Fraterno).
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MÍDIA DO BEM Este espaço também é seu. Envie para nós as boas notícias que saíram na mídia! Se o mal é a ausência do bem, é hora de focar diferente!
Casal adota cinco filhos especiais
Homem-Aranha leva comida a quem precisa
O suicídio é prevenível
Domingo, dia 15 de março, o programa Fantástico mostrou a história de determinação e desprendimento do casal Ana Paula Amaral e Ricardo Augusto Vieira, que desde que se conheceram decidiram adotar crianças, e crianças especiais. Sidney chegou com dois anos e meio, tem síndrome de Down, é autista e perdeu parte da visão. Clarinha nasceu sem cérebro, com o diagnóstico de poucos dias de vida. Viveu oito anos. Também vieram Henrique, hoje com 13 anos, Tainara, com 15 e Guilherme, com 8 anos. “Todo filho é especial. Todo mundo tem um brilho próprio, um jeito próprio. Adotar uma criança assim é compartilhar isso. É um crescimento muito intenso, dos dois lados”, feliz conclui o pai.
Um herói de carne e osso está distribuindo comida todas as noites para sem-teto que dormem nas ruas de Birmingham, na Inglaterra. O jovem, de 20 anos, se veste de ‘Homem-Aranha’ para fazer a boa ação. A identidade dele permanece anônima, enquanto ele luta contra a fome, dizendo que sua intenção é “mostrar que todas as pessoas merecem ter uma ajuda”. “Aprendi que todos são iguais, e acredito que temos que olhar para todos como humanos e ajudá-los como ajudaríamos um amigo próximo”, afirmou. O jovem se veste de super-herói exatamente para chamar a atenção e inspirar mais pessoas a fazerem o mesmo.
Mesmo no Brasil, onde as taxas de suicídio são menores do que em outros países, o suicídio já é considerado um problema de saúde pública. Mas segundo pesquisas na área da psiquiatria, o autoextermínio é prevenível na maior parte dos casos com informação e atendimento adequados. Já se sabe, por exemplo, que em aproximadamente 90% dos casos ele está associado a patologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis. Desde 2006 o Brasil conta com uma Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio (veja no site do Correio) e essa não é uma luta apenas de governos ou organizações que militam na área da saúde pública, mas de toda a sociedade.
http://g1.globo.com/fantastico
http://sonoticiaboa.band.uol.com.br
Fonte: Blog Mundo Sustentável
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