Ano XI - no 48 - Out/Nov/Dez 2018
ISSN 1982-5897
o Biólogo Revista do Conselho Regional de Biologia - 1a Região (SP, MT, MS)
Paixão Reveladora Quando o prazer em fotografar a natureza se transforma em atuação profissional para Biólogos
Anuidade 2019 A partir do próximo ano, a emissão do boleto será exclusivamente online
Premiados Mais de 70 Biólogos já foram reconhecidos pelo Nobel de Fisiologia ou Medicina
Horácio Schneider Biólogo se destacou em diferentes áreas e alcançou fama internacional
TOME NOTA
O Biólogo
ÍNDICE
Revista do Conselho Regional de Biologia 1a Região (SP, MT, MS) Ano XI – No 48 – Out/Nov/Dez 2018 ISSN: 1982-5897 Conselho Regional de Biologia - 1a Região (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) Rua Manoel da Nóbrega, 595 – Conjunto 111 CEP: 04001-083 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3884-1489 – Fax: (11) 3887-0163 crbio01@crbio01.gov.br / www.crbio01.gov.br Delegacia Regional de Mato Grosso do Sul CRBio-01 Rua 15 de novembro, 310 – 7o Andar – sala 703 CEP: 79002-140 – Campo Grande – MS Tel.: (67) 3044-6661 – delegaciams@crbio01.gov.br Delegacia Regional de Mato Grosso - CRBio-01 Em breve novo endereço Diretoria Celso Luis Marino Secretário
Luiz Eloy Pereira Vice-Presidente
Maria Teresa de Paiva Azevedo Tesoureira
Conselheiros Efetivos (2015-2019) Celso Luis Marino; Maria Teresa de Paiva Azevedo; Edison de Souza; Eliézer José Marques; Giuseppe Puorto; Iracema Helena Schoenlein-Crusius; João Alberto Paschoa dos Santos; Luiz Eloy Pereira; Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira; Wagner Cotroni Valenti. Conselheiros Suplentes Ana Paula de Arruda Geraldes Kataoka; André Camilli Dias; Horácio Manuel Santana Teles; José Carlos Chaves dos Santos; Marta Condé Lamparelli; Normandes Matos da Silva; Regina Célia Mingroni Neto; Sarah Arana. Comissão de Comunicação e Imprensa do CRBio-01: Giuseppe Puorto (Coordenador) João Alberto Paschoa dos Santos Wagner Cotroni Valenti Jornalista responsável: Jayme Brener (MTb 19.289) Editor: Renato Vaisbih Textos: Marco Berringer e Silvia Lakatos Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Regina Beer Periodicidade: Trimestral Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores e podem não refletir a opinião desta entidade. O CRBio-01 não responde pela qualidade dos cursos divulgados. A publicação destes visa apenas dar conhecimento aos profissionais das opções disponíveis no mercado.
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04 Fotógrafos-Biólogos
10 Grandes Biólogos Brasileiros:
Eliézer José Marques Presidente
03 Editorial
O BIOLOGO Jan/Fev/Mar 2015
Horácio Schneider
14 Prêmio Nobel
18 Ecos da Plenária
19 Anuidade 2019
22 CFBio Notícias
23 Arquivo do Biólogo
EDITORIAL
Caros Biólogos,
A
paixão por fotografar a natureza foi uma das razões pelas quais abrimos um espaço na revista O Biólogo, para que os profissionais exibissem seus registros na seção Arquivo do Biólogo. Mas, para alguns, essa prática se transformou em trabalho. Nessa edição, contamos a história de três Biólogos que atuam como fotógrafos e como as imagens que produzem são utilizadas de diferentes maneiras na área. Outro destaque dessa edição é a significativa representatividade de Biólogos, de diferentes partes do mundo, vencedores do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina. Desde sua criação, em 1901, praticamente um terço dos especialistas premiados são pesquisadores de Ciências Biológicas, reconhecidos por importantes descobertas em áreas como Genética e Biologia Molecular. Alertamos ainda os profissionais a respeito da quitação da anuidade junto ao Conselho. A partir do próximo ano, a geração do documento será exclusivamente pela internet. Além do caráter sustentável da iniciativa, que reduz o consumo de papel, também oferece mais praticidade e segurança aos Biólogos. Já na seção Grandes Biólogos Brasileiros, a revista apresenta um pouco da trajetória de Horácio Schneider, falecido em setembro. Ele se destacou no cenário internacional com trabalhos sobre manguezais na região Norte do Brasil e sobre genética dos animais. Por fim, os leitores ainda podem conferir as seções Ecos da Plenária e CFBio Notícias. Boa leitura!
Eliézer José Marques Presidente do CRBio-01
Antes de Emitir a ART, consulte a Resolução CFBio no 11/03 e o Manual da ART.
CFBio Digital O espaço do Biólogo na Internet
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O CRBio-01 estabeleceu parceria com a empresa Enozes Publicações para implantação do CRBioDigital, espaço exclusivo na Internet para Biólogos registrados divulgarem seus currículos, artigos, notícias, prestação de serviços, além de disponibilizar um site para cada profissional. O conteúdo é totalmente gerenciado pelo próprio profissional. O CRBioDigital, além de ser guia e catálogo eletrônico de profissionais, promove a interação entre os Biólogos registrados, formando uma comunidade profissional digital. Para acessar, entre no portal do CRBio-01: www.crbio01.gov.br Antes de Emitir a ART Consulte a Resolução CFBio no 11/03 e o Manual da ART.
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Biólogos-fotógrafos: a natureza por trás das lentes
Leo Francini
Profissionais unem aventura, conhecimento científico e domínio sobre uso de luz e sombra, cor e enquadramento
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José Sabino
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ualquer turista munido de um smartphone razoável pode registrar imagens exuberantes da natureza. Mas o que torna algumas fotos mais especiais, mais significativas do que outras? Será apenas uma questão de usar o equipamento certo? Nesta reportagem, três biólogos – José Sabino, Carlo Leopoldo Bezerra Francini e Gustavo Figueirôa – relatam suas experiências no campo da fotografia. Embora com trajetórias diferentes, os três convergem em pelo menos uma constatação: a de que a formação em Biologia lhes empresta um olhar diferenciado na hora do clique.
Empreendedorismo e boas imagens “Ganhei minha primeira câmera fotográfica aos oito anos de idade. Era uma Kodak Instamatic”, relembra José Sabino, mestre e doutor em Biologia, professor de graduação e pós-graduação da Universidade Anhanguera-Uniderp, em Campo Grande (MS), e proprietário da Natureza em Foco, empresa especializada na criação de conteúdo multimídia voltado à sustentabilidade e à conservação da biodiversidade. “Desde o primeiro instante, meu interesse foi fotografar a natureza: bichos, plantas, o céu, o mar...”, ele relata. Sabino conta que nasceu em uma família de músicos e que, desde pequeno, sentia vontade de se expressar artisticamente. “Só que eu não
tinha a mesma aptidão musical do pessoal de casa. A fotografia trouxe essa possibilidade de me expressar, de exteriorizar minha sensibilidade, meu olhar”, revela. Decidido a seguir uma profissão que lhe permitisse um maior desenvolvimento no campo da fotografia, ele cursou o colegial técnico (atual Ensino Médio) em Publicidade. “Estudei no Colégio Objetivo da Avenida Paulista. Só que o estudo de fotografia resumia-se a uma disciplina. Mesmo assim, foi interessante. É bom lembrar que, nos anos 80, as câmeras eram manuais, trabalhosas. Não havia a mesma facilidade de hoje”, afirma.
A fotografia trouxe essa possibilidade de me expressar, de exteriorizar minha sensibilidade, meu olhar
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José Sabino
Gustavo Figueirôa
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Onça-pintada (Panthera onca), Refúgio Ecológico Caiman, Miranda - MS/ Pantanal Sul
Mas o jovem entusiasta da fotografia também sentia fascínio pela Biologia. E chamou sua atenção, nos primeiros tempos do curso, no campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), o fato de que as transparências utilizadas em muitas aulas não tinham qualidade sequer razoável. “Foi aí que eu comecei a fazer fotos de melhor qualidade, pensando nas minhas aulas e querendo ajudar os professores”, recorda. Depois da graduação, Sabino foi para o mestrado em Zoologia na Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Nessa época eu já era casado, pai de família. Durante quase dois anos, atuei como assessor do Caderno de Ciências da Folha de S.Paulo. Eu não podia assinar como jornalista, claro, mas fui ganhando experiência no campo da comunicação e detectei um mercado potencial para o meu trabalho de fotógrafo. Comecei intuitivamente, montando a José Sabino Fotografias, empresa que funcionava basicamente como um banco
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Quando você é Biólogo, fica mais fácil entender a importância do registro em seu contexto ecológico
de imagens e foi embrião da Natureza em Foco. Foi nesse momento que percebi o diferencial entre ser apenas fotógrafo e ser um Biólogo capaz de fazer boas imagens”, narra. Em um primeiro momento, seu principal campo de atuação foram as editoras de livros didáticos. Além das fotos, fornecia uma série de informações confiáveis e isso agregava valor ao trabalho. A revolução digital, porém, trouxe mudanças muito significativas. “Diante dos desafios, fiquei pensando em como reinventar a minha
atuação profissional”, comenta. Em 2008, veio a solução: uma empresa multimídia. Segundo Sabino, “hoje, criamos e produzimos conteúdos focados em estratégias de comunicação ambiental e sustentabilidade. A empresa tem perfil multidisciplinar e somos especializados em detectar, oferecer conceitos e produtos, além de compor a imagem de um projeto, de uma instituição etc., tendo a natureza como inspiração”. “Tenho apenas uma secretária contratada na empresa, mas conto com muitos colaboradores: designers, programadores, editores, roteiristas, pessoal de animação...”, diz Sabino, ressaltando que o espaço da empresa é pequeno, pois ele prefere investir em equipamentos de ponta e nas parcerias com bons profissionais. “Fomos reconhecidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia como detentores de notória especialização na área de produção de conteúdos”, orgulha-se. Um dos pontos altos da carreira de Sabino foi a Exposição Biomas do
Leo Francini
Brasil, realizada em 2012 durante a Rio+20. Composta por vasto material audiovisual, conceitos expográficos modernos e forte interação com o público, a mostra permaneceu no Rio de Janeiro durante o evento, seguindo posteriormente para outras capitais brasileiras. “A exposição surgiu de um edital da Unesco, que nós vencemos”, observa Sabino. “E, no ano passado, fiquei em segun-
do lugar em um concurso de fotos científicas promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”. Além de comandar a Natureza em Foco, José Sabino leciona há 17 anos na Anhanguera-Uniderp. “Antes disso, fui professor na PUC de São Paulo por nove anos. Sempre lecionei em faculdades particulares, o que me permitiu apostar em meus próprios empreendimentos”. Ele faz questão de dar um recado aos jovens que pensam em se tornar Biólogos: “vocês podem empreender com a Biologia. Mas têm que estar preparados para enfrentar situações fora da zona do conforto. Um professor conta com recursos e estabilidade. Já na iniciativa privada, tudo depende de você. Para mim, pelo menos, valeu a pena”, finaliza.
Vocação de berço
Leo Francini
Carlo Leopoldo Bezerra Francini – ou apenas Leo Francini, como prefere – é filho de um casal de Biólogos e inspirou-se principalmente
no exemplo do pai, fotógrafo profissional na década de 1980. “Desde os 14 anos de idade, eu já tinha uma câmera de boa qualidade e contava com um laboratório fotográfico em casa. Quando prestei vestibular, fiquei em dúvida entre Jornalismo, por gostar muito de fotografar, e Biologia, por conta da influência dos pais. Acabei optando pela segunda e, logo no começo da faculdade, fui chamado para algumas expedições cientificas no arquipélago dos Alcatrazes, próximo a São Sebastião, no litoral Norte de São Paulo, onde iniciei a prática do mergulho autônomo. Daí a virar fotógrafo subaquático foi um pulo”, narra. Empreender por conta própria, apostando na junção das duas habilidades, também foi uma escolha quase natural para Francini. “Tenho uma empresa de foto e vídeo e presto serviços como consultor na área da Biologia, usando a fotografia para amostragem não-destrutiva em monitoramento de vida marinha”, explica. Ele acrescenta que mantém parOut/Nov/Dez 2018
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cerias com empresas de consultoria e cientistas de diversas instituições do país, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal da Paraíba (UFPB). “Além disso, trabalho como Biólogo do projeto Mantas do Brasil, que estuda arraias-jamanta gigantes. A base de pesquisa deste projeto é a foto identificação desses animais vivos embaixo d’água”, informa.
Foco na conservação
ecológico. No momento em que vejo uma imagem de vida selvagem, não penso apenas se aquela foto ficou bonita ou não. Na verdade, se vejo uma foto onde a onça pintada e o jacaré estão próximos, sei que a imagem retrata presa e predador na mesma cena, por isso fico maravilhado com a raridade do registro. Busco, portanto, enquadrar as fotos de modo que o animal apareça inserido no ambiente. Tento sempre fazer uma fotografia ecologicamente contextualizada”. No Instagram, onde tem mais de 12,5 mil seguidores, Figueirôa vai colecionando essas experiências quase diariamente e aproveita a interação da rede social para estimular outras pessoas a se interessarem por natureza e conservação: “Gosto de postar minhas fotos lá para mostrar a beleza do nosso planeta selvagem. Mostrar para pessoas sem muito contato com a natureza, que nós temos uma biodiversidade incrível, que merece ser preservada. Meu objetivo atual se divide em dois aspectos: um deles é realizar o registro do animal da forma mais precisa Gustavo Figueirôa
José Sabino
Ser Biólogo sempre esteve nos planos de Gustavo Figueirôa. Mas em 2013, prestes a concluir sua graduação na Universidade Presbiteriana Mackenzie, ele decidiu fazer um trabalho voluntário em um centro de reabilitação de vida selvagem na África do Sul. “Esse momento foi um divisor de águas na minha vida. Fiquei na África durante um mês, exatamente nas férias de julho. Fui para lá com mais quatro colegas e levei a câmera fotográfica do meu pai. Nada estupendo, apenas uma compacta semiprofissional. Algumas fotos ficaram muito
boas. Na medida em que eu as mostrava para as pessoas, era incentivado a investir nessa aptidão e comecei a gostar da brincadeira”, diverte-se. Em 2014, já formado, Figueirôa mudou-se para o Pantanal, com o objetivo de trabalhar com onças pintadas em vida livre. “Estar próximo da vida selvagem era meu sonho e lá eu pude entrar para o Onçafari, uma organização criada para promover a conservação do meio ambiente e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico das regiões em que está inserida”, conta. “O Onçafari promove iniciativas de ecoturismo e estudos científicos com onças pintadas, uma das ideias mais incríveis que já vi. Morei por quase um ano e fui aprimorando as técnicas de fotografia, aprendendo a usar meu equipamento de uma forma mais profissional”, prossegue o Biólogo, que hoje utiliza uma Nikon D5500 e lentes apropriadas ao desafio de fotografar mais detalhes da vida selvagem. Para ele, “quando você é Biólogo, fica mais fácil entender a importância do registro em seu contexto
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Perereca-grudenta (Trachycephalus typhonius). Boa Esperança do Sul, SP
Leo Francini
e científica possível; e o outro é fazer a imagem mais sensacional que eu puder”, afirma. Assim como Sabino e Francini, Gustavo Figueirôa tem investido num viés empreendedor para a junção de seus dois principais talentos. À frente da GreenBond, uma startup focada na conservação da biodiversidade, ele trabalha na captação de recursos financeiros de empresas para projetos de conservação ambiental. “Em outras frentes, envolvemos também pessoas físicas, já que existem diferentes possibilidades e patamares de participação, como o financiamento coletivo. O importante é que, de uma forma ou outra, todos contribuam para frear a extinção de espécies, as mudanças climáticas, a piora na qualidade do ar e tantos outros problemas ambientais graves
que ameaçam a vida na terra. Não podemos perder de vista que a nossa presença no mundo estará ameaçada se a sobrevivência das espécies não for garantida. Tudo está interligado. Sem meio ambiente, não existe civilização”, sintetiza Figueirôa. E o colega José Sabino complementa: “precisamos mudar a concepção errada de que a natureza é um obstáculo ao crescimento econômico. A conservação ambiental integra um conjunto de prestação de serviços ecossistêmicos. Existe uma interface entre natureza e desenvolvimento, não uma oposição. Acredito que os biólogos-fotógrafos tenham muito a con-
Gustavo Figueirôa no Pantanal Sul
tribuir para a consolidação dessa consciência, uma vez que é mais fácil respeitar aquilo que conhecemos. Ver para compreender e compreender para conservar”, ele conclui.¤ Out/Nov/Dez 2018
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GRANDES BIÓLOGOS BRASILEIROS
Horácio Schneider O pesquisador da UFPA se destacou no cenário internacional com trabalhos sobre manguezais na região Norte do Brasil e sobre genética dos animais
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reconhecimento formal de suas pesquisas em diversas instâncias – do Governo Federal à Unesco –, por meio de condecorações e títulos, comprova a importância do trabalho desenvolvido por Horácio Schneider, que morreu no dia 27 de setembro e deixou um relevante legado na forma de registros a respeito da evolução dos vertebrados e na definição de metodologias para estudos da filogenia de inúmeras espécies. Apesar de enfrentar um câncer de intestino nos últimos anos, manteve uma intensa produção acadêmica até março, quando ocorreu o lançamento da sua nova obra, uma edição atualizada do livro Métodos de Análise Filogenética, pela Chiado Editora. Ao mesmo tempo em que se dedicou a escrever livros e mais de 200 artigos acadêmicos, ele se aproximou de diferentes gerações de estudantes nas salas de aula da Universidade Federal do Pará (UFPA) e como convidado em outras importantes instituições de ensino no Brasil, Estados Unidos e Alemanha. Horácio Schneider também ocupou cargos de gestão acadêmica e em entidades brasileiras e internacionais. Na UFPA, foi pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, pró-reitor de Relações Internacionais, vice-reitor e reitor em exercício. Ainda atuou como presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia; presidente da Sociedade Brasileira de Genética; membro
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da Academia Brasileira de Ciências, e membro do Programa Sul-Americano de Apoio às Atividades de Cooperação em Ciência e Tecnologia (Prosul). Em 2010, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico Nacional, a mais importante condecoração na área científica e tecnológica do país, outorgada pelo Governo Federal. Ao receber a honraria, em uma solenidade no Museu Nacional, de Brasília, Schneider se lembrou do esforço de seus pais para que pudesse ter acesso ao Ensino Superior. “Nasci em São Paulo, no seio de uma família de classe média baixa. Sou o primeiro de três filhos e até bem pouco tempo era o único de toda a minha família, na minha geração, a ter acesso ao Ensino Superior público e gratuito. Meus pais, que dedicaram todos o seus esforços para que eu chegasse até a universidade, estariam neste momento muito orgulhosos, se estivessem vivos. Isto só foi possível graças ao esforço deles e ao ensino público e gratuito. Durante a minha trajetória acadêmica tentei superar as dificuldades de toda sorte. Creio que a minha persistência e otimismo foram fundamentais para o reconhecimento que estou tendo neste momento. Na categoria da
Grã-Cruz há apenas 200 vagas e ser um dos ocupantes destas vagas é sem dúvida motivo de muita alegria e orgulho”, afirmou. Schneider nasceu em 1948, mas passou a maior parte da vida adulta na Região Norte, para onde se mudou ainda criança com a família. Concluiu a Licenciatura em Ciências Biológicas, na UFPA, em 1974 e, três anos depois, começou a lecionar na mesma instituição. Sua dissertação de Mestrado e a tese de Doutorado em Genética e Biologia Molecular foram defendidas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Da Amazônia para o mundo As descobertas a respeito da evolução genética de espécies animais, principalmente na Amazônia, levaram o Biólogo a dar continuidade às pesquisas acadêmicas com dois pós-doutorados, respectivamente nas universidades de Stanford e de Nebraska, nos EUA. Ainda no cenário internacional, uma de suas mais importantes obras foi o livro Mangrove Dynamics and Management in North Brazil (Dinâmica e Gestão de Manguezais no Norte do Brasil, em tradução livre, uma vez que não há edição nacional), escrito em parceria com o pesquisador alemão Ulrich Saint-Paul e publicado em 2010 pela Springer Verlag, na Alemanha. Os autores detalham, em mais de 400 páginas, a experiência de uma década do programa Mangrove Dynamics and Management (Madam), do qual Schneider foi coordenador entre 2000 e 2005. O Madam foi concebido por cientistas do Brasil e da Alemanha e financiado por recursos públicos dos dois países, com o objetivo de pesquisar o ecossistema dos manguezais e produzir um banco de dados científicos
que viabilizasse a interação entre fatores biológicos, antropogênicos e físicos, além de traçar perspectivas sobre o futuro do desenvolvimento das espécies no Norte do Brasil. A iniciativa teve o reconhecimento do programa Man and Biosphere, da Unesco, e do projeto Land-Ocean Interactions in the Coastal Zone (LOICZ), uma das ramificações do Programa Internacional da Geosfera-Biosfera (IGBP), do Conselho Internacional para a Ciência, que tem sede na Academia Real de Ciências da Suécia, em Estocolmo. O Conselho promove pesquisas interdisciplinares na busca por respostas sobre as alterações ambientais no planeta.
Cuidados com os seres humanos As preocupações de Horácio Schneider com o futuro não se restringiam aos ecossistemas e ao meio ambiente. Ele demonstrou em diversas ocasiões uma grande sensibilidade diante dos colegas e dos jovens estudantes. Em 2016, por exemplo, ocupou interinamente o cargo de reitor da UFPA em um momento delicado para a instituição, após a renúncia de seu antecessor. Em uma entrevista ao jornal Beira do Rio, Schneider demonstrou com clareza suas convicções: “a UFPA é a maior instituição de ensino, pesquisa e extensão do Norte do país. Administrar essa instituição gigante não é uma tarefa trivial. São muitos os desafios a serem enfrentados, mas não muito diferentes dos que tivemos que encarar. Esses desafios podem ser resumidos nos seguintes pontos: inclusão, capilaridade (mobilidade), infraestrutura, evasão e inovação. O Brasil é um país multirracial. Um cientista brasileiro já se manifestou em relação à nossa população como sendo o resultado de um ‘liquidificador racial’. É com essa ‘mistura’ de culturas que temos que lidar. Portanto os mecanismos de inclusão devem ser aperfeiçoados e as oportunidades, ampliadas; a mobilidade da universidade, tanto regional quanto internacional, deve ser expandida significativamente”, concluiu.¤
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ANUIDADE 2019
A partir de 2019, a em boleto para pagamen anunidade serĂĄ exclus por meio eletrĂ´nico
missĂŁo do nto da sivamente
ACONTECE
E o Prêmio vai para...
Nobel
Mais de 70 Biólogos já foram condecorados pelo Nobel de Fisiologia ou Medicina por suas descobertas em áreas como Genética e Biologia Molecular
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esde 1901, quando foi criado por Alfred Nobel, o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina já foi concedido a aproximadamente 70 pesquisadores das Ciências Biológicas – ou seja, os Biólogos representam quase um terço dos contemplados na história da premiação. Muitos foram reconhecidos por suas descobertas e inovações em áreas como Genética, Biologia Molecular e Fisiologia. A seguir, selecionamos os contemplados nos últimos 8 anos:
2010 - O Biólogo inglês Robert Geoffrey Edwards (1925–2013) foi premiado com o Nobel da Fisiologia ou Medicina pelo desenvolvimento da terapia de fertilização in vitro, idealizada por Edwards desde a década de 1950 e realizada com sucesso com o nascimento da inglesa Louise Brown, a primeira “bebê de proveta”, em 1978.
2011 - Reconhecidos por revolucionarem a compreensão da ciência sobre o sistema imunológico ao descobrir os princípios-chave de sua ativação, o prêmio foi concedido ao Biólogo franco-luxemburguês Jules A. Hoffmann e ao imunologista e geneticista estadunidense Bruce Alan Beutler pelas descobertas relativas à ativação da imunidade inata. E ao Biólogo celular, imunologista e médico canadense Ralph Marvin Steinman pela descoberta da célula dendrítica e seu papel na imunidade adquirida.
2012 - O inglês John Bertrand Gurdon e o japonês Shinya Yamanaka foram premiados com o Nobel da Fisiologia ou Medicina por descobrirem que células maduras e especializadas podem ser reprogramadas para se tornarem células imaturas capazes de se transformar em qualquer tecido do corpo. As pesquisam remontam a 1962, quando Gurdon descobriu que a especialização celular é reversível, e teve novos desdobramentos em 2006, quando Yamanaka descobriu como células maduras intactas de ratos podem ser reprogramadas e tornadas células-tronco.
Os Biólogos representam quase um terço dos contemplados na historia da premiação, criada por Alfred Nobel, em 1901
2013 - As descobertas sobre a organização do sistema de transporte das células renderam o Nobel da Fisiologia ou Medicina a mais três Biólogos: os estadunidenses James Edward Rothman e Randy Wayne Schekman e o germano-estadunidense Thomas Christian Südhof. Os cientistas desvendaram o mistério do tráfego de vesículas de membrana, descrevendo os princípios que governam o transporte de moléculas através das células e o destino adequado dessas moléculas.
2014 - Neste ano, três Biólogos foram laureados com o Nobel da Fisiologia ou Medicina pela descoberta de um “GPS cerebral”: o conjunto de células que constituem o sistema de orientação espacial no cérebro. O
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primeiro componente desse sistema foi descoberto pelo neurocientista estadunidense-britânico John O’Keefe, em 1971, e outro foi encontrado, em 2005, por Edvard Ingjald Moser e por May-Britt Moser, neurocientistas noruegueses, que também pesquisaram como as células nervosas presentes nesse sistema de orientação operam.
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2015 - O Biólogo irlandês-estadunidense William Cecil Campbell, junto com um bioquímico japonês e uma química farmacêutica japonesa, recebeu o Nobel da Fisiologia ou Medicina pelo desenvolvimento de terapias que revolucionaram o tratamento de devastadoras doenças parasitárias. Campbell e Ōmura participaram da descoberta de um novo
tratamento para infecções causadas por nematódeos parasitas, como a elefantíase e a oncocercose. Já Youyou descobriu uma nova terapia para combater a malária.
2016 - Em reconhecimento a seus estudos sobre autofagia, o processo celular de descarte de partes obsoletas, o cientista japonês Yoshinori
como a adaptação à inanição e a resposta a infecções.
2017 - Os geneticistas estadunidenses Jeffrey Connor Hall, Michael Warren Young e Michael Morris Rosbash receberam o Nobel da Fisiologia ou Medicina por descobrirem os mecanismos moleculares que controlam o ritmo circadiano, o período de 24 horas no qual se baseia o ciclo biológico da maior parte dos seres vivos. Usando moscas das frutas, os cientistas isolaram o gene que controla o ritmo biológico diário, identificando como funciona esse relógio biológico, conhecido como relógio circadiano.
2018 - Junto com o médico japonês Tasuku Honjo, o Biólogo americano James Patrick Allison foi reconhecido com o Nobel da Fisiologia ou Medicina pela descoberta de um tratamento de câncer através da inibição da regulação imunológica negativa. Em paralelo, os dois imunologistas estudaram proteínas que freiam a ação do sistema imunológico, chegando a uma terapia que consiste em inibir essas proteínas para fazer as células atacarem os tumores cancerígenos. ¤
Ohsumi foi agraciado com o Nobel da Fisiologia ou Medicina. Ele realizou uma série de experimentos no início da década de 1990, utilizando levedura de padeiro (fermento biológico) para identificar os genes essenciais para o processo de autofagia. Suas descobertas ajudaram a explicar a importância da autofagia em diversos processos fisiológicos,
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ECOS DA PLENÁRIA
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201ª Sessão Plenária Ordinária do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), realizada na sede paulista no final do mês de novembro, trouxe diversos assuntos pertinentes à atividade profissional dos Biólogos. Um dos temas centrais do encontro entre os conselheiros presentes foi a manifestação feita por todos os CRBios ao Conselho Nacional de Educação, que exclui a Biologia das disciplinas obrigatórias da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio. O material alerta para a importância da disciplina tanto para a formação dos jovens estudantes quanto para quem pretende fazer licenciatura. Também foi mencionada a aprovação do texto para publicação no Diário Oficial, para
ANUNCIE NA REVISTA
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Biólogo
Consulte tabela de preços no Portal do CRBio-01:
www.crbio01.gov.br
a edição do dia 22 de dezembro de 2018, que trata da eleição do próximo mandato do Conselho, que será realizada em 2019. Por fim, os conselheiros abordar novamente a necessidade de um espaço maior para a sede do CRBio-01, em São Paulo. A ideia é que o novo endereço tenha salas que possam servir para a oferta de cursos ou workshops que colaborem para o desenvolvimento dos profissionais registrados. Participaram da plenária o presidente Eliézer José Marques, o vice-presidente Luiz Eloy Pereira, e os conselheiros Horácio Manuel Teles, Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira, André Camilli Dias, Giuseppe Puorto, Regina Célia Mingroni Netto, e o assessor técnico Edison Kubo. ¤
ATENÇÃO BIÓLOGOS! PAGAMENTOS AO CRBio-01 Todos os pagamentos a serem efetuados ao CRBio-01 (anuidades, recolhimentos, taxas de eventos e outros) devem ser pagos EXCLUSIVAMENTE por meio de BOLETO BANCÁRIO e não de depósito em conta, pois não é possível a identificação do mesmo, ficando, assim, o débito a descoberto.
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Boleto eletrônico A novidade começa a valer já a partir da anuidade 2019
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á de algum tempo a questão da sustentabilidade se tornou uma palavra de ordem, e tudo que pode ser feito para contribuir para a manutenção dos recursos naturais e melhorias para o meio ambiente vai ganhando força e se tornando uma prática comum no dia a dia das pessoas. E nas grandes empresas e instituições uma das ações mais simples de ser realizada
é a redução de papel. Esta é uma das razões pelas quais o documento para o pagamento da anuidade do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS) deixa de ser impresso e passa a ser gerado exclusivamente pela internet, a parir do exercício de 2019. “O profissional pode emitir o documento de forma simples, rápida e segura pelo site do CRBio-01,
acessando o link Serviços Online. Além da sustentabilidade, essa nova versão também garante mais praticidade e facilidade ao profissional”, diz Edison Kubo, tesoureiro do CRBio-01. “Evita-se ainda atrasos em casos de greve dos Correios ou por extravio da correspondência, além de outras intercorrências que impediriam o Biólogo de pagar o seu documento dentro do prazo ou de
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Vantagens optar por uma das opções de desconto e de parcelamento do valor que o Conselho oferece todos os anos para os profissionais”, completa o tesoureiro. Kubo ressalta, inclusive, que o Conselho tem investido cada vez mais na proposta de oferecer serviços eletrônicos aos Biólogos registrados. Entre outros exemplos, isso já acontece para a emissão da Certidão de Regularidade, emissão da Certidão de Acervo Técnico (CAT), consulta e registro de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). A comunicação de avisos importantes relacionados ao exercício profissional tem sido também bastante explorada nos meios digitais. “Por isso,
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De acordo com a Resolução CFBio nº 482, de 05 de outubro de 2018, o valor da anuidade de 2019 para os profissionais inscritos no sistema CFBio/CRBio será de R$ 527,68. Confira as opções de parcelamento e descontos que o Conselho oferece: • • •
Para pagamento até 31/01/2019 | Desconto de 25% | R$ 395,76 Para pagamento até 28/02/2019 | Desconto de 20% | R$ 422,14 Para pagamento até 31/03/2019 | Desconto de 15% | R$ 474,91
O profissional pode emitir o documento de forma simples, rápida e segura pelo site do CRBio-01
é importante que os Biólogos mantenham seus dados cadastrais atualizados junto ao Conselho”, reforça o tesoureiro.
Consumo de papel no Brasil Segundo a organização mundial Water Footprint Network, para pro-
duzir uma única folha de papel A4, formato utilizado rotineiramente em casa e no trabalho, são necessários, aproximadamente, 10 litros de água. Estima-se ainda que a fabricação de uma folha de papel A4 consome 0,013% do tronco de uma árvore de eucalipto. Ou seja, um tronco inteiro pode resultar em 7.550 folhas de papel. Considerando o consumo per capita de papel no Brasil, de cerca de 50 quilos por ano – o equivalente a 10.600 folhas A4 –, significa que cada pessoa consome anualmente quase uma árvore e meia de eucalipto. Agora, imagine isso multiplicado por mais de 200 milhões de brasileiros. ¤
Revista Virtual Desde a 33ª edição que a revista O Biólogo ganhou versão eletrônica. Disponibilizada no site do CRBio-01 e divulgada pelos canais de comunicação Online do Conselho, além de também reduzir o consumo de papel para impressão, o formato possibilita atingir um número cada vez maior de leitores.
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O Biólogo
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Conselho Federal de Biologia
CFBio Notícias Ano VII - Número 25 - 2018
CFBio
CFBio regulamenta mais três áreas de atuação do Biólogo
Tendo em vista a evolução do mercado de trabalho o Conselho Federal de Biologia - CFBio editou três novas Resoluções que estabelecem que o Biólogo é o profissional legal e tecnicamente habilitado para atuar nas seguintes áreas: 1) Resolução CFBio N° 480/2018, que dispõe sobre a atuação do profissional em Inventário, Manejo e Conservação da Vegetação e da Flora, incluindo o Inventário Florestal, o Projeto Técnico de Recuperação da Flora (PTRF) e o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), bem como atividades correlatas, seja em equipes multidisciplinares, na coordenação geral e/ou na execução do estudo, do projeto ou da pesquisa; 2) Resolução CFBio N° 479/2018, que institui normas regulatórias para a atuação do Biólogo em Circulação Extracorpórea nas atividades relacionadas ao Perfusionismo, bem como estabelece os requisitos mínimos para a atuação na referida área; 3) Resolução CFBio Nº 478/2018, que regulamenta a atuação do Biólogo em Reprodução Humana Assistida, em equipes multidisciplinares de empresas públicas e/ou privadas, podendo atuar como Responsável Técnico em setores laboratoriais, desde que habilitado pelo respectivo Conselho Regional de Biologia. As três Resoluções foram aprovadas em Sessão Plenária no dia de 10 de agosto de 2018.
Dia do Biólogo: o profissional que vê soluções e realiza transformações Com o objetivo de homenagear o profissional de Biólogia o CFBio lançou no dia 13 de agosto a campanha do Dia do Biólogo de 2018. A data é comemorada em 3 de setembro em alusão à regulamentação da profissão, que se efetivou com a sanção da Lei nº 6.684/1979. A campanha deste ano trouxe uma abordagem que valoriza o “olhar” transformador do Biólogo, profissional que tem revolucionado a ciência e que atua pela melhoria das condições de vida da população. Através de um jogo de imagens e da pergunta provocativa “O que você vê? O que o Biólogo vê.” buscamos lançar luz sobre grandes contribuições que o profissional tem oferecido em suas mais diversas áreas de atuação. A campanha foi publicada nas redes sociais do CFBio (Facebook, Instagram, Twitter e Google+) e de Conselhos Regionais de Biologia, bem como em dois grandes veículos de comunicação: a revista VEJA e a rádio CBN. Também foram divulgados áudios em rádios comunitárias, e um vídeo especial em homenagem ao Dia do Biólogo foi publicado no canal do Conselho Federal, no Youtube. Acompanhe nossas mídias! CFBio Notícias - Edição 25 - 2018 Informativo do Conselho Federal de Biologia - CFBio Criação: Diretoria do CFBio Editoração: - Comissão de Comunicação e Imprensa - Assessoria de Comunicação e Imprensa
Biólogo ganha Prêmio Nobel de Medicina por revolucionar tratamento contra o câncer
O Biólogo estadunidense James P. Allison e o médico japonês Tasuko Honjo ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2018 por estabeleceram um princípio inteiramente novo para a terapia do câncer, a partir do estímulo à capacidade inerente do nosso sistema imunológico de atacar células tumorais. De acordo com levantamento feito pelo Biólogo Lúcio Lemos, no total, cerca de um terço dos Nobel de Medicina foi concedido a Biólogos.
CFBio participa do lançamento da campanha Xô Mosquito
O CFBio participou no dia 15 de agosto do lançamento da campanha Xô Mosquito na Cidade Estrutural, em Brasília. A campanha foi criada pela Associação dos Biólogos do Distrito Federal e pelo Sindicato dos Biólogos do DF em parceria com a Embrapa, e conta com o apoio do CFBio, do CRBio04 e da empresa Strike Indústria e Comercio. A Conselheira Lourdes Loureiro representou o CFBio no evento. A campanha é uma ação de natureza cidadã e científica para o controle do Aedes aegypti na Estrutural, localizada nos arredores do maior lixão da América Latina. Em 2017 a Cidade apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 484,96 casos para cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. A fim de reduzir esses índices estão sendo executadas ações nas escolas para educação ambiental, além de capacitação e treinamento de pessoal, visitas domiciliares para destruição dos criadouros e monitoramento das armadilhas para os mosquitos. A iniciativa visa ainda destacar o papel protagonista do Biólogo, profissional habilitado para coordenar, elaborar e executar planos de Controle de Vetores e Pragas Urbanas. Mais informações no site: www.cfbio.gov.br
ACONTECE ARQUIVO DO BIÓLOGO
A fotografia faz parte da rotina de muitos Biólogos. Esta seção da Revista publica fotos curiosas, interessantes, significativas e inusitadas da fauna, da flora e de paisagens, captadas por Biólogos.
O registro do lagarto Anolis sp (Polychrotidae), encontrado pela bolsista Adriana Lopes, aconteceu no Parque do Instituto Nacional da Mata Atlântica, em Santa Teresa, no Espírito Santo.
A cobra da espécie Boa constrictor foi fotografada pelo Biólogo Daniel Din Betin (100752/01-D), em Querência, no Mato Grosso.
O pintassilgo (Spinus magellanicus) foi flagrado pelo Biólogo Leandro Ferreira Amaral (113956/01-D) no Parque Central de Santo André, em São Paulo.
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O Biólogo
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