ZF / Read and Drive magazine · 02

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Passau A cidade dos três rios

Tecnologia híbrida Muito além da economia

Read and Drive Agosto 2009

A razão por trás da emoção Componentes ZF equipam vários automóveis de sonho



índice

editorial

O mundo mudou após setembro de 2008 e impôs novos desafios para toda a indústria automotiva, assim como para os segmentos de transporte, agricultura e construção. Adicione-se a isso a tendência histórica de crescimento dos preços dos combustíveis e a sempre presente preocupação com a preservação do meio ambiente. É em tempos difíceis que se exigem soluções inovadoras e tecnologias que permitam conciliar crescimento, aumento de produtividade e sustentabilidade. A ZF encara mais esse desafio e prepara o lançamento de produtos com soluções tecnológicas que trazem conforto, segurança, dirigibilidade, economia de combustível e redução de emissão de poluentes. Vários produtos de alta tecnologia têm seu estado-da-arte em produção na matriz na Alemanha e já estão em comercialização ou até mesmo em produção na América do Sul. Mas nada se compara ao salto que se está preparando. Na Europa e em outros lugares do mundo, o futuro já começou a despontar com a propulsão híbrida, amortecedores adaptativos, barras estabilizadoras ativas, direções eletrônicas, entre outros. E a ZF, com suas soluções, é responsável por uma contribuição de extrema importância para o futuro dos transportes ao redor do mundo. Na América do Sul a hora já chegou. A partir de agora, vamos começar a trabalhar na demonstração dessas novas tecnologias e em sua posterior introdução no mercado, elevando os conceitos de mobilidade em nossa região. A revolução começa agora e a ZF vai manter a tradição de estar sempre à frente das mudanças Boa leitura!

Wilson Bricio Presidente ZF América do Sul

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índice

Muito além da economia A importância concedida pela indústria automobilística aos veículos híbridos em exposições como o último Salão de Hannover dá mais do que uma ideia das tendências em andamento. E a ZF se impõe nesse cenário porque oferece soluções híbridas completas para o mercado.

Tecnologia Híbrida

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zf sistemas de direção

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Fazendo a diferença Filosofia de melhoria contínua agrega significativas vantagens a produtos como a bomba hidráulica CP14.

evento

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Tecnologia de ponta a ponta Congresso SAE BRASIL 2008, maior evento de engenharia da mobilidade da América Latina, apresentou as últimas novidades de empresas de tecnologia automotiva nacionais e estrangeiras.

TECNOLOGIA

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A razão por trás da emoção Componentes ZF equipam vários automóveis dos sonhos.

Lançamento

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Uma dupla estreia Transmissão AS Tronic estreia no País. Na versão lite e em ônibus.

componentes

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Perfil de liderança Comprovando acerto de uma fórmula que une tecnologia e uma real preocupação em atender necessidades dos clientes, a Divisão ZF Lemförder quebra sucessivos recordes e assume a liderança nos mercados em que atua.

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ZF cria selo cultural e lança projeto "Encontros Musicais" em Sorocaba O selo “ZF Arte e Cultura” visa incentivar atividades musicais, teatrais, cinematográficas e de artes plásticas e passará a ser utilizado em todos os eventos culturais promovidos ou patrocinados pela empresa.

TURISMO

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A cidade dos três rios Bem-vindos a Passau! A próspera cidade dos três rios, entre o azul Danúbio, o verde Inn e o negro Ilz, localizada no sudeste da Alemanha, é uma encantadora anfitriã o ano todo, sob uma atmosfera acolhedora e um cenário inesquecível.

motorsports

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Todo o cuidado é pouco Entrada da Iveco na F-Truck revela trajetória de profissionalismo e preocupação com os mínimos detalhes.

responsabilidade social

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Projeto Formare: a escola dentro da empresa Planejadas e construídas para proporcionar desenvolvimento e qualificação a jovens de baixa renda, as escolas do Projeto Formare utilizam as dependências da empresa como ambiente de aprendizado profissional.

Perfil

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A importância do conjunto Projetos da Divisão ZF Boge Elastmetall, frequentemente longe dos olhos do público, reforçam conceito de que toda máquina é um aglomerado de soluções posicionadas de forma a formar um equilibrado e eficiente conjunto.

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News

cultura

Redação ZF do Brasil Divisão de Marketing e Relações Públicas Corporativas Av. Conde Zepellin, 1.935 - CEP 18103-905, Sorocaba, SP, Brasil; Tel.: 015-4009-2000 Diretor: João Luis Lopes Gerente de Marketing: Alexander Greif Coordenador de Marketing: Ricardo Zentner Textos Editorial & Comunicação RQ Ltda www.transpoonline.com.br Roberto Queiroz (editor e jornalista responsável, MTb 12.020) Ricardo Panessa, Gustavo Queiroz Design NucleoTCM Marketing & Comunicação Integrada www.nucleotcm.com.br Impressão Gráfica Pancrom www.zf.com.br

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Tecnologia HĂ­brida

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Muito além da economia No momento em que o mundo automotivo desperta para o potencial da alternativa híbrida, a ZF se apresenta como parceira e fonte confiável dessa tecnologia

A tecnologia

de motorização híbrida economiza combustível, recursos naturais e, deste modo, reduz significativamente as emissões de CO2. Apesar do benefício ambiental, esses veículos ainda são vistos pelo mercado como coisa de futuro, mas, na verdade, estão mais próximos das ruas do que se imagina. As vantagens técnicas dos sistemas híbridos ZF são inegáveis, em termos econômicos e práticos. Alguns deles estão prontos para entrar em produção, mas ainda exigem um trabalho de verdadeira parceria com a indústria montadora de veículos, para destacar os argumentos que levem os operadores a apostar em um custobenefício favorável. A futura tecnologia do trem-de-força deve atingir um equilíbrio entre as exigências econômicas e ambientais. Exatamente como ocorre com os conceitos híbridos ZF. Para caminhões e também para vans, a ZF acredita mais nos sistemas híbridos em paralelo, nos quais o motor a combustão e o motor elétrico são controlados por meio da transmissão. Eles podem ser implementa-

dos de maneira economicamente viável em veículos já existentes, como alternativa a transmissões mecânicas ou automáticas. As vantagens da tecnologia híbrida ZF para veículos comerciais se tornam particularmente óbvias no trânsito urbano, caracterizado pela rotina do "para e anda". Durante a operação de partida/parada o motor a combustão é desligado quando o veículo estiver imóvel. O motor elétrico executa o processo de partida de forma independente, sem nenhuma restrição à dirigibilidade ou conforto. Por outro lado, a energia gerada durante a frenagem é utilizada para carregar as baterias híbridas. Também é possível empregar uma aceleração puramente elétrica, assim como a condução do veículo, situação na qual os caminhões consomem até 30% menos de combustível. Toda essa operação também é feita de modo muito mais silencioso. O conceito híbrido ZF-HyTronic, já comercializado na Europa, é um exemplo de viabilidade técnica e econômica. Ele parte da

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comprovada transmissão automatizada AS Tronic Lite e é indicado para aplicações em caminhões de distribuição. Como um sistema híbrido completo, consistindo de transmissão, motor elétrico de 60 kW, inversor, baterias de alta voltagem e roteamento de energia – oferece todas as funções da operação de partida/parada e recuperação de energia. E instalar um sistema completo é fácil, mesmo em veículos já em produção. A ZF garante a complexa integração do sistema de motor elétrico e transmissão e, com ela, o conhecimento das funções operacionais híbridas. Ocorre que um sistema como esse utiliza, de forma conjunta, soluções desenvolvidas anteriormente de forma isolada. Como responsável por esses desenvolvimentos, a ZF está absolutamente à vontade para justificar seus conceitos e soluções finais no campo da propulsão híbrida.

Arquiteturas Híbridas A expressão motorização híbrida já é amplamente conhecida, mas o mesmo não pode ser dito sobre a tecnologia utilizada e seu funcionamento. Na verdade, trata-se de uma solução que disponibiliza três alternativas de arquitetura: propulsão híbrida em paralelo, em série e com divisão de energia.

No caso do híbrido em paralelo, a propulsão do motor a combustão e a propulsão elétrica são conectadas em paralelo. Elas podem ser usadas separadamente ou em conjunto. O híbrido em paralelo pode utilizar apenas um motor elétrico, o que diminui o custo. Além disso, o motor elétrico pode ser instalado na caixa de transmissão, de forma a economizar espaço. Isto oferece a vantagem de que as transmissões disponíveis podem ser usadas com seus benefícios referentes à dinâmica de condução. A integração do sistema exige um know-how especial, transformando o conhecimento da ZF em forte diferencial. O híbrido em paralelo também engloba conceitos progressivos de integração, partindo deste um sistema simples de start-stop até o sistema completo, incluindo a transmissão e sistemas de gerenciamento, e é adequado para aplicações tanto em veículos de passeio como em veículos comerciais. A propulsão híbrida em série não apresenta ligações mecânicas entre o motor a combustão e as rodas. Ligado a um gerador, esse propulsor tem o único propósito de gerar energia. A energia propulsora flui do gerador aos eixos de tração ou para as rodas, onde motores elétricos se encarregam da propulsão independente. Isto significa que o motor a combustão

pode sempre funcionar no ponto de operação ideal, mesmo que seja necessária uma aceleração muito rápida. A ZF oferece um eixo excêntrico elétrico para ônibus low-floor equipado com propulsão híbrida em série. A propulsão híbrida com divisão de energia funciona com dois motores elétricos. Como no sistema híbrido em série, parte da força de propulsão do motor a combustão que aciona um gerador produzindo energia, que é convertida através desses motores elétricos, acionando o eixo de saída; outra parte é transferida mecanicamente. A distribuição de energia entre os dois modos depende da condição operacional. Uma transmissão planetária serve como comutador para a distribuição de energia mecânica e elétrica. Uma unidade central de controle gerencia esta tecnologia. Neste complexo sistema, o motor a combustão pode funcionar em pontos de operação favoráveis e os motores elétricos podem ser projetados com menores dimensões, em comparação ao híbrido em série.

HyTronic, capítulo à parte O leve MAN TGL estreou a solução híbrida em caminhões na Europa. O sistema inclui baterias de lítio (1), conversor de carga (2), o ISG, gerador integrado de partida (3), sistema de resfriamento da bateria (4), inversor (5) e sistema de resfriamento para ISG e inversor (6). Acima, a transmissão AS Tronic utilizada no sistema.

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Híbridos Características

Propulsão híbrida em paralelo Bateria híbrida

Gerador / Motor elétrico

1 Parada/Partida/Gerador O motor a combustão é desligado durante as paradas, mas é automaticamente religado com a partida do motor elétrico. Dependendo da arquitetura, isto também é possível com o veículo em movimento. Como gerador, o motor elétrico pode transformar a energia do motor em energia elétrica, que é disponibilizada para o sistema principal de energia ou direcionada para a bateria.

Propulsão híbrida em série Bateria híbrida

O segundo motor elétrico trabalha como motor durante o movimento e como um gerador quando o freio é acionado

O primeiro motor elétrico trabalha como um gerador durante o funcionamento e é impulsionado pelo motor de combustão

O motor de combustão: em conexão com um gerador, serve apenas como um gerador de energia

2 Recuperação A energia gerada durante as ações de frenagem é convertida em energia elétrica e transferida para a bateria híbrida. Isto leva a um menor consumo de combustível, especialmente durante o "para e anda" no tráfego urbano.

3 Modo de reforço O motor elétrico auxilia o motor a combustão ao acelerar. Como o motor elétrico gera elevados torques mesmo em baixas velocidades, essa dinâmica é garantida desde o primeiro momento. A força propulsora adicional proporcionada pelo motor elétrico permite o uso de um motor a combustão de menor porte, gerando maior economia de combustível.

4 Partida elétrica

Propulsão híbrida com divisão de energia Bateria híbrida

Motor elétrico

Transmissão planetária

Outro motor elétrico funciona como gerador, ignição e alternador

Motor a combustão

Como o processo de partida consome muito combustível no sistema convencional, utiliza-se somente o motor elétrico para fornecer a propulsão. O motor a combustão será acionado quando a velocidade alcançar sua faixa ótima de consumo, ou quando o motorista necessitar de mais potência.

5 Propulsão puramente elétrica O veículo também percorre distâncias maiores antes que seja preciso acionar o motor de combustão. A energia necessária é fornecida pela bateria.

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Sistemas híbridos ZF para veículos comerciais A lucratividade é a chave do setor de veículos comerciais. O mercado espera das inovações uma característica principal: benefícios econômicos. Portanto, a tecnologia híbrida deve oferecer um retorno rápido para os donos de frotas e operadores de transporte. Como as cidades de todo o mundo estão estabelecendo limites cada vez mais restritivos de emissões e tráfego, a demanda pela tecnologia híbrida deve aumentar fortemente. Veículos comerciais equipados com a tecnologia híbrida ZF ocuparão a liderança. Alinhada às exigências do mercado, a ZF oferece módulos e sistemas híbridos para veículos comerciais.

TRANSMISSÃO HÍBRIDA BASEADA NA TRANSMISSÃO e-Tronic Um motor elétrico com capacidade aproximada de 41 kW é integrado na caixa de embreagem da transmissão. Isto possibilita a instalação de um sistema híbrido em paralelo, de custo competitivo e que economiza espaço. Além da economia de combustível, esta solução oferece ainda mais conforto de operação e manobra.

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TRANSMISSÃO HÍBRIDA EcoLife PARA ÔNIBUS Ao desenvolver a transmissão automática EcoLife, o objetivo da ZF era gerar uma rentabilidade ainda maior para o operador, em combinação com uma política de proteção ambiental. Esta transmissão automática de 6 velocidades, usada principalmente em ônibus urbanos, veículos especiais e ferroviários, está pronta para a versão híbrida em paralelo. A transmissão híbrida EcoLife ocupa o mesmo espaço que a versão convencional, equipada com conversor de torque. O motor elétrico tem uma potência de até 120 kW e, consequentemente, cobrirá todas as funções de um híbrido total. Em combinação com as baterias de alta voltagem, o roteador de energia e a unidade híbrida de controle com o software adequado, a transmissão híbrida pode ser ampliada para se tornar um sistema completo.

TRANSMISSÃO HÍBRIDA LEVE HYTRONIC PARA CAMINHÕES DE DISTRIBUIÇÃO

AVE 130, EIXO EXCÊNTRICO ELÉTRICO PARA ÔNIBUS URBANOS LOW FLOOR

Caminhões de coleta e entrega são usados frequentemente no tráfego urbano. Aqui, um importante requisito é oferecer menor consumo combinado com menores níveis de emissões. A HyTronic, versão híbrida em paralelo da transmissão automatizada AS Tronic Lite, ajuda a alcançar este objetivo. A abordagem modular permite uma gama consistente de modelos com a mesma transmissão básica. Dessa maneira, é fácil integrar a transmissão híbrida em conceitos de veículos já existentes. O motor elétrico, com 60 kW de potência, preenche todos os requisitos a serem atendidos por um sistema híbrido total. Quando solicitado pelo cliente, a HyTronic também pode ser oferecida como um sistema híbrido completo.

Para ônibus urbanos, é possível ter uma propulsão híbrida em série especialmente econômica e ambientalmente segura, com base em pequenos motores elétricos independentes em cada roda. Este conceito de propulsão é particularmente flexível, uma vez que os motores assíncronos integrados podem ser alimentados por diversas fontes, separadamente ou combinadas: energia dieselelétrica, baterias, rede aérea ou células de combustível. Também é possível acionar ônibus articulados através de diversos eixos. O AVE 130 tem as mesmas dimensões de instalação que os eixos de piso baixo convencionais da ZF. A relação total da propulsão compacta de cubo de roda é obtida com um portal de engrenagens em combinação com um planetário comum.


Sistemas híbridos ZF para automóveis A tecnologia híbrida cultiva versatilidade. A ZF oferece propulsão híbrida em paralelo aplicável a qualquer tipo de automóvel. Dessa maneira, permite uma integração completa com a transmissão, proporcionando a solução para os mais complexos problemas.

TRANSMISSÃO HÍBRIDA DE 8 VELOCIDADES: MENOR CONSUMO E MAIOR AGILIDADE Todas as soluções tecnológicas ZF relacionadas a um conceito totalmente híbrido foram integradas na transmissão de 8 velocidades, de forma a economizar espaço e ser mais eficiente como conjunto. As funções operacionais para a transmissão híbrida também são fornecidas pela ZF. A integração funcional de componentes torna eficiente o controle do sistema híbrido. De modo complementar, a versão híbrida da transmissão de 8 velocidades também foi projetada de forma a ser combinada com sistemas de tração integral. A abordagem de hibridização sustenta e amplia as características dinâmicas de acionamento da transmissão automática, tais como agilidade, mudanças precisas e direção confortável.

MÓDULO HÍBRIDO DYNASTART: mais desempenho e prazer em dirigir, com menos consumo de combustível A ZF SACHS iniciou em 2008 a produção em série do DynaStart, um compacto módulo localizado entre o motor e a transmissão que incorpora as funções de motor de partida e alternador/gerador, e que possibilita a implementação de todas as funções híbridas. O DynaStart oferece a função Start/Stop, em que o motor a combustão é desligado quando o veículo para em um semáforo, e ligado automaticamente em frações de segundo assim que a embreagem é acionada. Ao operar como motor elétrico, o DynaStart é capaz de impulsionar o veículo nas arrancadas e auxiliar o motor a combustão nas acelerações, reduzindo o consumo de combustível, emissões de poluentes e aumentando o prazer de dirigir. Ao operar como gerador, o sistema é capaz de recuperar a energia das frenagens convertendo-a em eletricidade para ser armazenada em baterias. A expertise acumulada em décadas de desenvolvimento de amortecedores de vibração torsional permitiu à ZF SACHS desenvolver esse módulo híbrido de

alta relação peso-potência, perfeitamente adequado ao espaço disponível e condições de vibração do driveline, e que pode ser fornecido já com a embreagem, como um módulo pronto para a instalação. Com alta potência e reduzido comprimento de instalação axial, este dispositivo satisfaz as condições de espaço limitado nos automóveis, sem perda de desempenho, e ainda oferece proteção contra respingos de óleo e água. Em operação, é imune às vibrações e movimentos da transmissão. O gerador de partida é caracterizado por uma grande densidade de potência e torque, associada à elevada eficiência.

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ZF sistemas de direção

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Fazendo a diferença Filosofia de melhoria contínua agrega significativas vantagens a produtos como a bomba hidråulica CP14

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Mais recente

novidade apresentada pela ZF Sistemas de Direção, a bomba hidráulica compacta CP14, para ser usada em sistemas de direção, vem se transformando em importante vantagem competitiva, atendendo cada vez mais aplicações de automóveis e comerciais leves como pick-ups e SUVs.

Com um volume produzido até 2008 de 1,5 milhão de unidades, diversos modelos de veículos utilizam a bomba CP14 em toda a América do Sul Essas bombas são equipadas com a válvula de vazão regulada integrada, que fornece uma assistência controlada e estável. “Seu design flexível permite a montagem direta ou remota do reservatório”, explica Elier dos Santos, gerente de Engenharia de Desenvolvimento de Produto e Teste da Divisão ZF Sistemas de Direção. São muitas as vantagens da CP14. Em termos de performance, as bombas oferecem uma vazão regulada entre 7; 9; 16; 19 l/min e alívio de pressão de até 180 bar, com uma escala de vazão teórica de 7,0; 8,5; 9,6; 10,5; 12,0; 14,0; 17,0; 21,0 e 25,0 cm³/rev.

Mercado em ascensão Com um volume produzido até 2008 de 1,5 milhão de unidades, diversos modelos de veículos utilizam a bomba CP14 em toda a América do Sul e a participação de mercado desse componente já atinge 21% do segmento. Abordando as perspectivas de negócio no atual cenário econômico internacional, a ZF Sistemas de Direção aponta para um “crescimento proveniente de novos negócios conquistados durante 2008, para os anos de 2009 e 2010.” As bombas hidráulicas são concebidas a partir de uma tecnologia de ponta, que proporciona características de baixo ruído, alta eficiência e disponibilidade

para vazões constantes ou vazões variáveis decrescentes, conforme a necessidade de performance e menor consumo de combustível. O alumínio utilizado na carcaça e tampa é responsável pela vantagem em redução de peso. Com flexibilidade em sua especificação, as bombas podem ser fornecidas para funcionar com eixo de acionamento direto, estriado, por engrenagem ou polia. O reservatório de óleo pode ter montagem direta ou remota e os pórticos de pressão podem ser tipo sucção à esquerda ou orientação à direita e a rotação de funcionamento pode ser no sentido horário ou anti-horário.

Modelos de bombas hidráulicas

º CP14 S6

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º FP4 Oel S8

º FN32 S17

º FN4 S16


Produção da bomba hidráulica ·

Outros produtos

Linha de produção da ZF Sistemas de Direção

A ZF Sistemas de Direção é uma subsidiária da joint venture entre a ZF Friedrishafen AG e a Robert Bosch GmbH, foi constituída em 1999, especializou-se no desenvolvimento e produção de sistemas de direção completos. Além da bomba hidráulica CP14, que se destina a aplicação em veículos leves, produz no Brasil bombas e caixa de direção hidráulicas para caminhões e ônibus, colunas de direção para automóveis, caixas angulares para colunas de ônibus e reservatórios de óleo nas unidades de Sorocaba (SP) e Belo Horizonte (MG).

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evento

Tecnologia de ponta a ponta Congresso SAE BRASIL, maior evento de engenharia da mobilidade da América Latina, traz sempre as últimas novidades de empresas de tecnologia automotiva nacionais e estrangeiras

Centrado no

tema ‘Projetos Globais: Oportunidades e Desafios para a Engenharia da Mobilidade’, o Congresso SAE BRASIL 2008 recebeu 9.370 visitantes e foi palco para apresentações de 16 fóruns temáticos e 120 trabalhos técnicos nas áreas de veículos de passeio e comerciais, manufatura, TI, gestão, educação, aeroespacial, máquinas agrícolas e de construção, duas rodas e ferroviário. Com 168 estandes na área da exposição, um crescimento de 36% em relação a 2007, o Congresso reuniu os últimos desenvolvimentos da engenharia de empresas nacionais e do exterior. Dentre as novidades, prevaleceram tecnologias e processos produtivos inéditos para tornar os novos veículos mais ecológicos, interativos, seguros e confortáveis. Para mostrar a abrangência de sua linha de produtos, a sistemista ZF mostrou em seu estande um protótipo de chassi de caminhão montado com algumas das mais recentes tecnologias para veículos

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comerciais. O moderno chassi, uma espécie de vitrine reunindo diversos componentes fabricados pela empresa, inclui a transmissão automatizada ZFAS Tronic com retardador ZF Intarder, o sistema IFS, que combina suspensão dianteira independente com um módulo de suspensão pneumática, a direção hidráulica ZF Servocom; eixo traseiro com trailing arm e também o CALM, um sistema de suspensão e nivelamento da cabine.

Destaque próprio As tecnologias desenvolvidas pela Divisão ZF Sachs também foram destaque no congresso, como as embreagens XTend com compensação automática de desgaste, para veículos comerciais leves e pesados, o mancal concêntrico ConAct de acionamento pneumático para embreagens de caminhões pesados e o volante de duas massas para vans. A ZF Sachs também mostrou a embreagem bidisco para aplicação em carros esportivos de alto desempenho, pro-

duto que concilia alta capacidade de transmissão de torque e dimensões reduzidas, bem como o sistema de acionamento hidráulico para embreagens de veículos leves, composto por cilindros mestre e escravo de carcaça plástica, tubulação e garfo modular. “A participação no Congresso SAE BRASIL é uma excelente oportunidade de mostrarmos aos engenheiros automotivos no Brasil as tecnologias desenvolvidas pela ZF com o objetivo de tornar os veículos cada vez mais confortáveis, seguros e econômicos”, destaca Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul. Além dos componentes montados no chassi, o estande mostrou diversas outras tecnologias desenvolvidas pela ZF, como os amortecedores eletrônicos CDC, a transmissão ZF-AS Tronic Lite, opção para ônibus urbanos e caminhões de distribuição e a família T-600 de transmissões sincronizadas para tratores agrícolas. ·


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Tecnologias ZF no Congresso SAE BRASIL 2008

IFS Novo e revolucionário conceito de chassi para caminhões pesados, combinando a suspensão dianteira independente com um módulo de suspensão pneumática, aumentando o conforto e a segurança em veículos comerciais para patamares próximos a veículos de passeio.

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Amortecedores eletrônicos CDC Por meio de sensores instalados no veículo, o amortecedor CDC monitora permanentemente fatores como condições do piso, peso total do veículo, mudanças bruscas de direção, e se adapta às condições de operação, alterando instantaneamente a taxa de amortecimento, maximizando tanto o conforto quanto a segurança.

Sistemas de suspensão de cabine Desde os mais convencionais até o CALM® (Cabin Air Leveling Module), solução e alta tecnologia que integra controle de nivelamento da cabine de caminhões.

ZF-AS Tronic É o mais avançado sistema de transmissão automatizada para caminhões pesados. Desenvolvida para aplicação em veículos comerciais gerenciados eletronicamente, possui módulo de controle que, por intermédio de atuadores automatizados, realiza as trocas de marcha, inclusive nas partidas e paradas sem a necessidade de atuação do motorista, resultando em menor consumo de combustível, maior durabilidade de todo o trem de força, redução na emissão de poluentes e aumento no conforto e segurança na operação.

Intarder Sistema inovador de freio hidrodinâmico que contribui para manter velocidade de segurança para caminhões em descidas sem comprometer o freio do veículo.


Transmissão T-600 Projetada e fabricada no Brasil, a família T-600 de transmissões sincronizadas para tratores é composta pelos modelos T-620, T-640 e T-660, que atendem a faixa de potência entre 120 cv e 180 cv. Baseada na já conceituada T-3500, com as mesmas 12 marchas à frente e 5 à ré, as transmissões da família T-600 são de fácil operação, pois apresentam acionamento eletro-hidráulico da tração dianteira, com o apertar de um botão. O novo sistema de carcaças separadas (três partes) facilita ainda mais a manutenção. O aprimoramento das relações de marchas também ocasiona melhor desempenho na agricultura canavieira e de grãos.

ZF-AS Tronic Lite É a opção ideal em transmissões automatizadas para ônibus urbanos e caminhões de distribuição. Em veículos comerciais e especiais ou em áreas de tráfego pesado, a ZF-AS Tronic Lite elimina o pedal da embreagem, poupando assim o motorista das constantes trocas de marcha e aumentando a segurança, o conforto e a confiabilidade. Também apresenta menor custo operacional.

Caixa de direção ZF Servocom É um conjunto compacto que integra válvulas de direção, cilindros e todos os componentes da operação em uma única unidade. O resultado é um sistema de alta precisão, com baixo torque de fricção e extrema eficiência mecânica.

Caixa de direção S2 8016 Para aplicação em veículos comerciais médios, a nova caixa de direção S2 8016 é compacta e pesa 30,6 kg, com nível de pressão de até 180 bar. Desenvolvida com uma nova configuração da carcaça e da tampa do cilindro, possui arraste mecânico incorporado na válvula rotativa e novo design do denteado do eixo-setor e pistão.

Barra de reação de quatro pontas Integra as funções da barra estabilizadora e da barra de reação em V. Esse componente elimina o uso de tirantes da barra estabilizadora e suportes, além de reduzir o peso e melhorar a performance.

Braço de controle Estampado integrado com articulação de suspensão: mais funções, menos peso, menor volume instalado.

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Tecnologia

A razão por trás da emoção Componentes ZF equipam vários automóveis de sonho e contribuem para reforçar imagem de tecnologia de ponta e a performance desses veículos 20 Read and Drive agosto 2009


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Uma lenda e tanto.

O novo Porsche 911 Carrera, exclusivo e para poucos, traz soluções ainda mais fantásticas em sua tecnologia embarcada. Um dos esportivos mais emblemáticos do século XX e certamente um marco referencial na história do automóvel, se renova na medida certa para continuar empolgando o imaginário de sua legião de admiradores.

º 7DT - transmissão de sete marchas com dupla embreagem

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Uma dessas soluções que contribuem para perenizar a imagem de vanguarda do 911 é, agora, uma nova transmissão de sete marchas com dupla embreagem - a 7DT -, desenvolvida em conjunto por ZF e Porsche para aplicação em automóveis com motores de alto desempenho. Estreando no 911 Carrera, o componente permite mudanças de marcha sem interrupção da tração e da aceleração, garantindo melhor dirigibilidade do veículo, com baixo consumo de combustível.

O novo sistema, que começará a ser produzido em série na Divisão de Tecnologia de Transmissão para Automóveis do Grupo ZF, em Brandenburg, Alemanha, combina a rapidez de trocas de uma transmissão mecânica e o conforto de uma transmissão automática.

Na transmissão de dupla embreagem isto se torna possível com a conexão simultânea de dois eixos de transmissão ao motor, por meio de duas embreagens paralelas. As marchas pares estão localizadas em um eixo e as ímpares no outro. Com este princípio, uma marcha é engrenada e garante a propulsão, enquanto a marcha seguinte é pré-selecionada pela unidade de controle eletro-hidráulica. ·


Na hora da troca, uma embreagem se fecha, enquanto a outra se abre, permitindo que a tração não seja interrompida durante o processo. Isto significa que, o tempo todo, o torque do motor é continuamente transmitido às rodas, uma condição inigualável perante qualquer outro tipo de transmissão e que assegura um manuseio ímpar e esportividade insuperável - uma diferença essencial quando comparada às transmissões mecânicas geralmente instaladas nos potentes carros esportivos. O motorista pode selecionar o modo totalmente automático ou mecânico por meio de uma alavanca. No modo totalmente automático, a ZF oferece diversos programas: modo conforto, modo esportivo e modo superesportivo, este último com aumento considerável da dinâmica da troca (trocas mais rápidas e função início de corrida). Especialmente em carros esportivos, há uma demanda por transmissões do tipo transaxle – ou seja, transmissões com um eixo diferencial integrado – e a transmissão 7DT esportiva também pode ser fornecida nesta versão, que é adequada para veículos de motores médios com tração traseira ou integral. ·

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vector drive

Tração no eixo traseiro: distribuição inteligente do torque Nesse mecanismo de controle de tração o torque é distribuído individualmente para a roda esquerda ou para a direita, com isso gera-se um torque de retorno adicional. Este movimento dá suporte ao movimento direcional do veículo e estabiliza o carro durante uma súbita alteração direcional, sem que seja necessário utilizar os freios. O uso do Vector Drive resulta em um melhor comportamento dinâmico do veículo e consequentemente proporciona maior segurança a condução. Com sua construção planetária o sistema também funciona mesmo quando o motor não tem tração, ou seja, em situações quando o motorista não estiver acelerando, como no caso de uma descida sinuosa. O sistema previne também a derrapagem das rodas quando partindo sobre qualquer superfície o que melhora a tração e reduz o desgaste dos pneus.

Sem Vector Drive

Com Vector Drive 24 Read and Drive agosto 2009

NIVOMAT

Maior segurança, conforto e eficiência econômica Dirigir com cargas pesadas constantes ou variáveis, assim como rebocar um trailer, exige muito tanto do veículo quanto do motorista. O peso extra no eixo traseiro altera o centro de gravidade, o que causa impacto sobre as características de rodagem. Em situações críticas, o veículo pode ficar bem difícil de controlar. Sob tais condições, uma característica de movimento flutuante não pode ser considerada como elemento de conforto. E o desgaste irregular dos pneus ao lado de uma aerodinâmica ruim, que aumente o consumo de combustível, também pode representar aumento nas despesas de manutenção. O Nivomat é um sistema de nivelamento totalmente automático. No lugar de amortecedores convencionais, este sistema único é instalado no eixo traseiro. Enquanto proporciona maior estabilidade de rodagem e sem requerer nenhuma eletrônica adicional, o Nivomat ajusta o veículo à melhor altura de rodagem para qualquer condição de carga, garantindo um rodar seguro e confortável. Além de ser fornecido como dispositivo standard ou opcional para diversos modelos de veículo, em muitos casos o Nivomat também pode ser usado para substituição em veículos já em uso. ·

Sem Nivomat Efeito da força durante a aceleração Força proveniente da carga

Com Nivomat


MÓdulo sensor na junta esférica

Não é mais possível imaginar modernos automóveis sem eletrônica. Os sistemas de controle ativo e semiativo dependem de informações a respeito da condição do veículo e são, portanto, dependentes de informações confiáveis dos sensores. A ZF desenvolveu um módulo sensor integrado diretamente na junta esférica e que registra a posição das rodas eletronicamente. Esta informação dos módulos sensores é importante para os sistemas eletrônicos de controle. A ZF Lemförder, divisão de tecnologia para chassis da ZF, desenvolveu uma nova e essencial função: os movimentos das rodas são medidos magneticamente e sem contato direto dentro da junta esférica. O módulo sensor, dessa forma, fornece informação em primeira mão, enquanto as soluções existentes com sensores tentam registrar os mesmos movimentos de roda por meio de complexas estruturas de suporte.

Barras estabilizadoras ativas

Direção Servoelectric

O sistema de direção Servoelectric utilizado em veículos como o novo VW Golf, geração VI, contribui para a economia de 0.3 litros a cada 100 km. Projetando uma produção de 5 milhões de conjuntos e que cada automóvel circule 10 mil km/ano, teremos uma economia anual de 150 milhões de litros de gasolina. E, com uma emissão média de 2,37 kg de CO2 por litro de gasolina, deixarão de ser gerados 356 milhões de quilogramas de CO2 por ano.

Totalmente automatizadas, as barras estabilizadoras passam a ter motores hidráulicos em suas extremidades, que entram em ação em curvas nas situações de rolagem do corpo do veículo, mantendo a posição horizontal da carroceria, aumentando a estabilidade e representando uma nova dimensão em conforto e segurança.

Outras vantagens foram apontadas a partir do design do módulo sensor: como o sensor está localizado na parte interna, não há imprecisões nas medições causadas por influências externas (pedras ou deformações), o sensor na junta esférica fornece dados precisos em alta resolução. Além disso, ocupa menos espaço e consiste em poucos componentes.

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Lançamento

Uma dupla estreia Transmissão AS Tronic estreia no País. Na versão lite e em ônibus

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A solução

de transmissão automatizada ZF chega ao mercado brasileiro. Em sua primeira aplicação brasileira, a caixa ZF-AS Tronic Lite equipa a nova linha de chassis de ônibus Volksbus V-Tronic, da Volkswagen Caminhões e Ônibus. Além disso, trata-se da primeira vez, em todo o mundo, que a família de transmissões AS Tronic equipa um chassi de ônibus urbano. Até o momento, havia uma ampla história de sucesso da família de transmissões AS Tronic em aplicações em caminhões e ônibus rodoviários.

Para a Volkswagen, o Volksbus V-Tronic é uma nova solução para o transporte de passageiros em grandes centros urbanos, constituindo-se em divisor de águas para a oferta de uma opção mais moderna de produto para esse segmento do mercado. Didaticamente, a transmissão automatizada é apresentada pela montadora como um câmbio de acionamento mecânico, mas sem alavanca de mudança de marchas e sem o pedal de embreagem. Para o motorista, é como dirigir um ônibus automático e, para o frotista, as rotinas de manutenção são praticamente as mesmas de uma caixa de câmbio convencional com alavanca no assoalho.

É clara a disposição do cliente de posicionar a transmissão automatizada como um meio termo mais vantajoso entre as opções de caixa mecânica ou automática, com conversor de torque. O Volksbus V-Tronic representa um novo conceito veicular, que alia as características positivas de cada uma das tecnologias de câmbio disponíveis no mercado. Os resultados concretos aparecem na oferta dos modelos Volksbus VW 17.230 EOD V-Tronic e VW 17.260 EOT V-Tronic. No processo de comunicação iniciado com o mercado dos operadores de transporte urbano, a montadora explica a linha V-Tronic como novos chassis equipados com caixa de câmbio mecânica convencional (sistema com engrenagens) e embreagem convencional de baixo custo de reposição, mas sem alavanca de mudança de marchas e sem o pedal de embreagem. Esses novos modelos serão oferecidos também a países em desenvolvimento cujas condições de trânsito sejam semelhantes às brasileiras. .

Mecânico e eletrônico O sistema controla as mudanças de marcha de acordo com a condição de peso do veículo, inclinação do piso e posição do pedal do acelerador - tudo eletronicamente. Isso maximiza a vida útil dos elementos internos da caixa de câmbio e da embreagem, e quando o freio de serviço é acionado, o sistema passa a reduzir as marchas, auxiliando no processo de frenagem e economizando as lonas de freio. O sistema ainda controla o uso abusivo da embreagem e sua durabilidade, “educando” o motorista na sua utilização, o que contribui para uma vida mais longa desse componente, normalmente crítico na operação de ônibus urbanos. Como benefício complementar, as modernas engrenagens da caixa de câmbio dos V-Tronic proporcionam reduzida geração de ruído. O módulo auxiliar eletrônico que gerencia as trocas de marcha e o acionamento da embreagem possui um sistema de diagnóstico, acessado através da ferramenta Volkswagen VCO-950 (a mesma utilizada nos chassis atuais) ou do sistema de diagnóstico da ZF, o Testman-pro. Isso simplifica, se necessário, o processo de identificação de qualquer problema relacionado ao gerenciamento eletrônico da caixa que já é comprovadamente robusto e com experiência de centenas de milhares de veículos em funcionamento em todo o mundo. Os procedimentos de manutenção das partes mecânicas, quando necessários, são os mesmos de uma caixa de mudanças mecânica convencional. ·

º ZF-AS Tronic Lite, nova proposta no Volksbus

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Frota demo proporcionou primeiro contato dos clientes com a nova tecnologia »

Demonstração em operação Para demonstrar a eficiência dessa nova solução de transporte urbano, a Volkswagen criou antes do lançamento uma frota avançada com dez unidades Volksbus VTronic, que foram testados por frotistas, com acompanhamento da montadora, em condições reais de uso em algumas das maiores capitais brasileiras, rodando em itinerários com grande número de paradas para entrada e saída de passageiros. Os modelos enfrentaram condições meteorológicas extremas, como o calor de Recife (PE) e o frio de Curitiba (PR). Também experimentaram os congestio-

¶ Com um simples toque, mudança da marcha

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Topografia de Belo Horizonte foi importante no desenvolvimento do produto »

namentos recordes de São Paulo (SP) e as exigências do relevo de Belo Horizonte (MG). O desempenho foi acompanhado de perto pelas áreas de Engenharia, Assistência Técnica e Qualidade Assegurada da montadora. Poupado de todo o trabalho de acionamento de marchas na condução do ônibus, o motorista de um Volksbus V-Tronic necessita de um menor número de horas para seu treinamento. O meio ambiente também é beneficiado com a economia nos gastos com óleo diesel e com a redução na emissão de

poluentes. Um ponto importante, resultado já observado nos veículos VTronic em operação normal, é o comportamento dos motoristas. Uma vez que as trocas de marchas são eletronicamente gerenciadas, há uma padronização na forma de dirigir dos diferentes condutores, tornando irrelevante o fato de um motorista ser mais experiente ou dirigir de forma mais “leve”. Outra constatação é a menor probabilidade de acidentes, pois o motorista, ao ficar livre da troca de marchas, passa a dedicar sua atenção integralmente ao trânsito e aos passageiros. ·

º Chassi Volksbus, disponível para qualquer encarroçadora


Motorista ganha mais espaço com ausência da alavanca de câmbio ¶

Parceria bem cultivada O projeto que levou à aplicação da transmissão ZF-AS Tronic Lite em um ônibus urbano começou como um desafio comum entre Volkswagen e ZF. Como explica Thomas Schmidt, diretor operacional da ZF Sistemas de Transmissão, “a questão central era como automatizar essa operação a um custo compatível”. Com um projeto de chassis mais simples que os europeus, como exige um mercado em desenvolvimento, a montadora não queria onerar o cliente com custos altos.

O consumo de combustível, uma das grandes preocupações dos operadores, é em geral avaliado como significativamente melhor que no modelo com câmbio manual. Para o motorista, que dirige sem tirar as mãos do volante, e para os passageiros, são evidentes as vantagens de segurança e conforto.

Automático ou manual Até agora, os operadores de frotas de ônibus urbanos tinham que decidir entre duas configurações distintas de câmbio: o manual ou o automático. Ambos com pontos positivos e negativos, que os tornam praticamente opostos quando comparadas as suas características e os seus resultados de operação. Se por um lado o custo inicial na aquisição de um câmbio manual é menor, por outro as paradas para manutenção são menos frequentes na opção automática e daí por diante.

parte dos benefícios de uma transmissão automática, especialmente por praticamente eliminar a diferença de operação entre motoristas, tornando a operação próxima do ideal; reduzir desgaste de componentes de todo o trem-de-força, reduzir consumo de combustível, permitir ao motorista focalizar a atenção no trânsito, aumentar o conforto para o motorista e passageiros e reduzir o risco de doenças ocupacionais dos motoristas que, dependendo da rota, têm de acionar milhares de vezes o pedal da embreagem e a alavanca de câmbio diariamente, além de ter manutenção fácil e de custo mais baixo.

“Ao invés de desenvolvermos uma transmissão automática de baixo custo, partindo do que já existia, optamos pela automatizada” relata. Como explica Schmidt, a eletrônica embarcada no motor permitiu que se embarcasse tecnologia também em outros componentes, como a transmissão, com um resultado que não comprometesse a atenção do motorista. Na verdade, o sistema deveria ser capaz de proteger o veículo contra maus hábitos dos motoristas, como segurar na embreagem em subidas ou tentar arrancar em segunda marcha. Uma solução absolutamente pioneira, alcançada pela ZF, foi concluir o desenvolvimento sem considerar a necessidade de haver um sinal de ABS, padrão no exterior. “Foi feito um software pela engenharia na Alemanha, valorizando toda a experiência de 20 anos da ZF em transmissões automatizadas”, informa Schmidt. A ZF adquiriu um ônibus Volkswagen e, depois de fazer todas as medições e aferições necessárias para definir um perfil típico de aplicação, enviou o veículo para a Alemanha, onde foi utilizado como plataforma de referência. A ZF já está oferecendo a solução brasileira a clientes da Russia, India e China, com reais perspectivas de sucesso.

A transmissão automatizada vem para unir os baixos custos de uma transmissão manual convencional com grande

Caminhões Ônibus 31


componentes

Perfil de liderança

Comprovando acerto de uma fórmula que une tecnologia e uma real preocupação em atender necessidades dos clientes, a Divisão ZF Lemförder quebra sucessivos recordes e assume a liderança de mercado

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Nem a cautela necessária a uma correta avaliação da crise econômica internacional muda o clima positivo na Divisão ZF Lemförder, de trajetória ainda recente porém claramente vitoriosa Comprovando acerto de uma fórmula que une tecnologia e uma real preocupação em atender necessidades dos clientes, a Divisão ZF Lemförder quebra sucessivos recordes e assume a liderança nos mercados em que atua. Depois de apenas 5 anos de operação no Brasil, a Divisão ZF Lemförder se tornou líder no fornecimento de componentes de chassis para a indústria de veículos comerciais pesados em 2005 e, ainda em 2009, deve assumir a liderança no fornecimento também para a indústria de carros de passeio e de comerciais leves. O momento é de comemoração e nem a cautela necessária a uma correta avaliação da crise econômica internacional muda o clima positivo da Divisão, de trajetória ainda recente porém claramente vitoriosa.

As atividades da ZF Lemförder no Brasil começaram em 2001. A pedido de seus clientes mundiais, a Divisão decidiu montar sua própria operação industrial no Brasil. Roberto Chaguri, gerente de Vendas e Engenharia, relembra que o interesse demonstrado particularmente por Volvo e Scania foi determinante para a decisão favorável. Apostando no crescimento do mercado automotivo, instalou-se em Sorocaba em 2001, atingindo rapidamente uma expansão de seus negócios. · Linha de produção »

Caracterizada como full service supplier, presta suporte aos clientes desde a fase de concepção dos componentes. “Concebemos e desenvolvemos o projeto, ensaiamos e validamos nossos produtos de acordo com as necessidades de aplicação dos clientes antes de dar início à produção. Esse envolvimento integral nos confere uma vantagem competitiva, pois os clientes valorizam essa competência”, declara Wilson Sapatel, diretor-geral da ZF Lemförder.

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A trajetória da Divisão ZF Lemförder no universo dos automóveis e comerciais leves é ainda mais rápida, em função do momento agressivo do mercado

A Divisão ZF Lemförder atende hoje os grandes fabricantes de caminhões e ônibus, sendo a principal fornecedora para Volvo, Scania, Mercedes-Benz, Volkswagen e Iveco. Para veículos comerciais a ZF Lemförder também fornece barras de direção, barras de ligação e barras de reação.

Agora, os leves... A trajetória da Divisão ZF Lemförder no universo dos automóveis e comerciais leves é ainda mais rápida, em função do momento agressivo do mercado, com muitos desenvolvimentos sendo conduzidos pelas montadoras. Como explica Sapatel, “as oportunidades de negócio em automóveis acontecem no desenvolvimento de novas plataformas de veículos”. A fabricante, que já era líder no fornecimento para veículos pesados, caminhões e ônibus desde 2005, com 52% de participação, detém agora 30% do market share para veículos leves. A unidade de Sorocaba, SP, está preparada para fornecer componentes e sistemas para veículos de passeio, como terminais e barras de direção, articulações de suspensão e tirantes da barra estabilizadora. Além do atendimento direto às montadoras, a ZF Lemförder fornece para outros sistemistas, que entregam o módulo completo para os fabricantes de veículos.

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º Produção de barras estabilizadoras

O sistema de manufatura da Toyota desempenhou papel importante no desenvolvimento do próprio sistema de manufatura da ZF Lemförder, no Brasil. Por meio de uma joint venture com a Somic, no Japão, a Divisão ZF Lemförder já detinha 100% do fornecimento para as linhas Corolla e Hilux. E foi na esteira desse acordo que se introduziu o LPS (Lemförder Production System), baseado no sistema Toyota, na planta de

º Escritório de negócios da America do Sul


Sorocaba. “Com ele, buscamos a satisfação do cliente, sustentabilidade e competitividade de nossa empresa, através da eliminação dos desperdícios e aplicação dos conceitos e ferramentas que o LPS nos fornece”, explica Chaguri. A partir daí, esse vantajoso conhecimento foi estendido para outras linhas na operação ZF Lemförder mundial. Como o Brasil saiu na frente, serviu de benchmarking para a adoção desses conceitos e aprimoramento do LPS.

“Como resultado de todo esse esforço, liderança de mercado não era só uma consequência”, afirma Chaguri. “Era objetivo, mesmo. Só o que não esperávamos era que fosse atingido tão rápido. Chegamos à liderança em apenas 3 anos.” O executivo defende a postura de levar o atendimento ao cliente próximo da perfeição. “Queremos ser lembrados como primeira alternativa da montadora em seu próximo projeto”, deixa claro o executivo. Esta estratégia funcionou e hoje a ZF Lemförder fornece para clientes como PSA, detentora das marcas Peugeot e Citroën, Toyota, Ford, VW e as novas linhas GM, além de Fiat e Honda em momento de importante expansão. A Divisão, que tem prontas algumas soluções futuristas, como já ocorre hoje em veículos como Porsche, BMW ou Mercedes-Benz, ainda trabalha no conceito de fornecedora de sistemas. Como explica Chaguri, “a tendência no futuro, em até 10 anos, é a Divisão ZF Lemförder se transformar em sistemista e oferecer, por exemplo, suspensões completas”. Alguns clientes no Brasil já vêm pedindo cotações.

Reposição, um futuro Para atender adequadamente o mercado de reposição, até como forma de suporte a seus clientes de equipamento original, a ZF Lemförder desenvolve uma linha de produtos voltada ao aftermarket.. “Já possuímos uma cobertura da linha de caminhões”, declara Chaguri. Da mesma forma como ocorreu com a conquista de clientes OEM, agora trabalha na ampliação da cobertura da linha de produtos de reposição para veículos leves. “Para crescer, lançaremos cada vez mais produtos, de acordo com a demanda do mercado. Em 2009, a reposição será nosso foco”, arremata Chaguri.

º Peças para montagem de produtos

· Linha de produtos

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cultura

ZF cria selo cultural e lança projeto "Encontros Musicais" em Sorocaba

Wagner Tiso

Quinteto Tabaréu

Hamilton de Holanda

Grupo Cincado

Pianista, tecladista, compositor, arranjador, maestro e diretor musical. Começou a estudar música por conta própria em Minas Gerais, onde tocava com Milton Nascimento. Foi para o Rio de Janeiro em 1964 e lá atuou em diversos grupos, como Sambacana, Quarteto de Edison Machado, Paulo Moura e Som Imaginário. Acompanhou artistas de renome, como Marcos Valle, Maysa, Cauby Peixoto, Milton Nascimento e em 1978 lançou seu primeiro disco solo, "Wagner Tiso", pela EMI.

Com uma formação de piano, contrabaixo, guitarra, flauta e bateria, o grupo vem desenvolvendo ao longo de dois anos de existência um sério e profícuo trabalho autoral. Sem deixar de imprimir sua personalidade no tratamento de peças conhecidas, seus integrantes buscam explorar uma “intercambialidade” entre os instrumentos.

Nascido no Rio de Janeiro, Hamilton de Holanda começou a tocar aos 5 anos e, anos depois, ao adicionar duas cordas extras, 10 no total, reinventou o bandolim mundial libertando o emblemático instrumento brasileiro do legado de algumas de suas influências e gêneros. Sua maneira de tocar, o aumento do número de cordas e decibéis, aliados à velocidade de solos e improvisos, inspirou uma nova geração e um novo som, mistura de jazz, samba, rock, pop, lundu ou choro.

Formado por professores e estudantes de música do Conservatório Dramático e Musical "Dr. Carlos de Campos", de Tatuí, há cerca de três anos, o grupo tinha a proposta inicial de estudar e pesquisar a Música Universal, termo criado pelo multi-instrumentista Hermeto Pascoal. Foi apontado pela revista “Jazz+” como “promessa da música instrumental brasileira” e já se apresentou em várias cidades do interior de São Paulo.

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O selo “ZF Arte Com o objetivo de incentivar cultura em seus diversos estilos nas coe Cultura” visa amunidades nas quais possui operações, incentivar atividades a ZF lançou recentemente o selo “ZF musicais, teatrais, Arte e Cultura”. O projeto foi inaugurado no dia 20 de setembro do ano passado, cinematográficas e com o programa “Encontros Musicais”, de artes plásticas e que promoveu, no último trimestre do ano, quatro apresentações de grandes passará a ser utilizado músicos brasileiros, como Wagner Tiso, em todos os eventos Toninho Horta, Hamilton de Holanda e culturais promovidos Francis Hime, na cidade de Sorocaba, quartel general da empresa. A iniciativa ou patrocinados resultou na reunião de grupos musicais pela empresa da região e artistas consagrados nacionalmente, valorizando os talentos do interior e promovendo a troca de infor-

mações profissionais e musicais, além de incentivar a interação entre ícones da música instrumental brasileira e músicos locais. “A ZF é reconhecida no mercado como referência em inovação e qualidade e, agora, também no universo cultural, proporcionando eventos inéditos e entretenimento refinado para a comunidade”, destaca João Lopes, diretor de Marketing da ZF América do Sul. O selo ZF Arte e Cultura também vai incentivar artistas regionais que possuem grande talento, mas, muitas vezes, não dispõem de subsídios e apoio necessários para apresentar seus trabalhos. A iniciativa reforça o posicionamento da ZF como uma empresa socialmente responsável e preocupada com a disseminação da cultura nas comunidades em seu entorno. As apresentações dos “Encontros Musicais”, primeiro projeto com apoio do novo selo, aconteceram no Teatro Municipal de Sorocaba, reunindo sempre um artista renomado e um grupo convidado emergente.

Em setembro, o pianista, tecladista, compositor, arranjador, maestro e diretor musical Wagner Tiso inaugurou a série acompanhado pelo músico Márico Malard e pelo grupo convidado Quinteto Tabaréu. Em outubro foi a vez do “Jimmy Hendrix do bandolim”, como era chamado pela imprensa norte-americana o músico carioca Hamilton de Holanda, se apresentar ao lado do Grupo Cincado, formado por professores e estudantes de música do Conservatório Dramático e Musical "Dr. Carlos de Campos", de Tatuí. Os meses de novembro e dezembro também foram brindados com grandes apresentações. O guitarrista, cantor e compositor mineiro Toninho Horta, se apresentou em novembro ao lado do grupo Mente Clara, com um show repleto de frevo, maracatu, samba e chorinho. E em dezembro a série foi finalizada com uma esmerada apresentação do compositor Francis Hime e sua banda, ao lado do erudito Quinteto Miló, formado por músicos da orquestra Vintena Brasileira.

Toninho Horta

Grupo Mente Clara

Francis Hime

Quinteto Miló

Guitarrista, compositor e cantor, o artista de Minas Gerais tem mostrado a música do Brasil por toda parte do mundo. Classificado como o 5º melhor guitarrista do mundo pela revista Britânica "Melody Maker" em 1977 e o 7º em 1978, Toninho solidificou sua carreira no exterior. Tocando e gravando com Milton Nascimento, Elis Regina, Gal Costa e Nana Caymmi, entre outros, ele decidiu assumir-se como um compositor e foi para carreira solo.

Surgiu da amizade dos cinco integrantes, interessados em fazer um trabalho de música brasileira com uma concepção moderna, sem negar qualquer influência de outras culturas, priorizando sempre a criatividade e a musicalidade nos arranjos e improvisos. Fortemente influenciado pela música universal, o quinteto apresenta repertório de seu primeiro CD, intitulado Mente Clara, com composições próprias inspiradas em ritmos brasileiros como o forró, o frevo, o maracatu, o samba e o choro.

Representante da melhor geração de compositores brasileiros, desde o fim dos ano 20. Francis é a fusão entre o popular e o erudito na música brasileira. Estudou piano desde os 6 anos de idade, no Conservatório Brasileiro de Música. Em 1963 iniciou sua parceria com Vinícius de Moraes e Ruy Guerra, compondo inúmeras canções. Em 2001 apresentou no Teatro Municipal do Rio, "Fantasia para piano e orquestra", com a orquestra Pró-Música sob a regência de Roberto Tibiriçá.

A música universal de Hermeto Pascoal é bem representada por este quinteto formado por músicos que compõem a orquestra Vintena Brasileira, que atua sob a batuta de André Marques, pianista de Hermeto. O Quinteto Miló desenvolve este trabalho desde 2007, mas tocam juntos há cerca de 3 anos na Vintena Brasileira, o que confere ao grupo uma elevada sintonia no trabalho rítmico e na composição de arranjos exóticos.

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turismo

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A cidade dos três rios Bem-vindos a Passau! A próspera cidade dos três rios, entre o azul Danúbio, o verde Inn e o negro Ilz, localizada no sudeste da Alemanha, é uma encantadora anfitriã o ano todo, sob uma atmosfera acolhedora e um cenário inesquecível

A confluência

dos três rios que vêm de três sentidos diferentes – o Danúbio do oeste, o Inn do sul, e o Ilz do norte – empresta à cidade de Passau uma beleza original. No ponto da junção, os três rios que abraçam a cidade podem ser identificados por suas cores –o azul do Danúbio, o verde do Inn, e o preto do Ilz. Como quase tudo em Passau, duas obras de arte também prestam homenagem ao Danúbio, ao Inn e ao Ilz. O quadro pintado no salão de entrada do pequeno auditório da cidade simboliza os 'três atos' dos rios, que estão igualmente personificados na fonte Wittelsbacher. Passau tem muita história para contar, além daquelas relacionadas aos seus queridos rios. A cidade se estabeleceu cres-

cendo lentamente através de milhares de anos. Hoje, Passau é uma típica cidade europeia, com um pitoresco centro histórico, cuja principal atração é a catedral barroca de St. Stephan, onde está localizado o maior órgão de tubos do mundo. Além da arrebatadora história que guarda em sua memória gótica-barroca, Passau também brinda os visitantes com exuberantes paisagens e forte atividade artística, com uma cena cultural repleta de exibições de primeira ordem, como coloridos festivais e muitas opções de restaurantes e lojas. Atualmente, Passau, a cidade dos três rios, é a bucólica moradia de aproximadamente 50.000 pessoas, das quais cerca de oito mil são estudantes da tradicional universidade local. ·

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RIOS - BÊNÇÃO E PRAGA A especial localização de Passau, na confluência de três belos e caudalosos rios, contribuiu para a cidade como uma praga e benção ao mesmo tempo. Ao longo dos séculos, esses rios foram responsáveis por inúmeras e desastrosas inundações, mas também pela inserção histórica, comercial e cultural da cidade em toda a Europa.

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TRÊS, TRÊS, TRÊS O três é um número especial para Passau: três rios com três cores fluem juntos vindos de três direções; a cidade está situada numa região de tríplice fronteira, entre três importantes capitais europeias - Munique, Praga e Viena; e o horizonte da cidade é dominado pelas torres de três imponentes catedrais.

UM PRINCIPADO ENTRE O IMPERADOR E DEUS No 13º século, Passau chegou a Principado, e seus bispos foram nomeados príncipes imperiais. Nos séculos seguintes, o castelo real e os palácios Veste Oberhaus, Hacklberg e Freudenhain foram construídos como residências episcopais.

OFÍCIO E COMÉRCIO Desde o século 10, a abadia de Niedernburg, que contem a lápide da rainha húngara Gisela, morta ao redor de 1060, desempenha um significativo papel econômico na cidade. Por volta de 1500, Passau começou a se desenvolver como uma típica cidade de trocas, exportando produtos como grafites, cerâmicas e espadas, que tinham grande demanda na Europa sob o nome de “Passau Wolfsklingen”, ou “lâminas do lobo Passau ". O intenso comércio em Passau incluía ainda o sal, o vinho e os grãos.

DE VOLTA AO CENTRO DA EUROPA Após o final da Segunda Guerra Mundial e da divisão da Europa em Ocidental e Oriental, a cidade dos três rios ficou próxima da Cortina de Ferro. Com a abertura do leste em 1989, Passau retornou à sua posição de centro da Europa.


Devido a sua característica topográfica, com poucas elevações, a cidade também é um paraíso para ciclistas e trekkers, que contam com um diversificado leque de opções de atividades. A elevação do castelo de Oberhaus, por sua vez, oferece uma vista espetacular da cidade antiga, com seu centro histórico e sua frota branca ao largo, formada por navios de cruzeiros. Bem localizada geograficamente, no centro da região tripartite da baixa Baviera, Áustria e Boêmia, Passau é o ponto de partida e o destino perfeitos para excursões curtas ou longas, seja com ênfase em atividades outdoor, esportes e passeios aquáticos, de cunho cultural, comercial ou profissional.

A cada era, um patamar histórico Os primeiros artefatos manufaturados encontrados em Passau datam dos períodos mesolítico e neolítico. Estabelecida pelos Celtas no ano 100 antes de Cristo, Passau foi apenas uma provinciana vila romana por mais de 400 anos, começando a tomar ares de cidade apenas no século primeiro depois de Cristo, com a construção de duas fortificações à beira d'água. Durante este clássico período da antiguidade, fez história sob os nomes Batavis, Bazauue, Pazzowe, até finalmente ganhar o nome moderno de Passau. Com o estabelecimento de uma residência episcopal em 739, Passau começou a se desenvolver mais rapidamente. Desde o século 10, a grande Diocese de Passau ampliou sua esfera de influência a Linz e Viena, até a fronteira húngara. A par-

tir de 999, os poderosos bispos passaram a emitir ordenações e privilégios para a cidade, aumentando sua importância. Por volta de 1200 iniciou-se um processo que viria a tornar o pequeno principado de Passau uma cidade independente durante os 600 anos seguintes. Durante esse período, a então real capital Passau atingiu seu auge nas esferas intelectuais, culturais e econômicas, alcançando uma excelente posição política entre os estados da Baviera, Boêmia e Áustria. Em 1783, a Diocese perdeu seu território austríaco. Desde a dissolução do principado, em 1803, Passau tornou-se uma cidade bávara fronteiriça com a Áustria. Nos últimos 50 anos, a cidade dos três rios floresceu com a intensificação de suas atividade universitárias, festivais de cultura, pólo de compras, negócios e turismo.

Aperfeiçoada pelas mãos de mestres italianos A devastação causada pelos incêndios de 1662 e 1680 reduziu Passau a entulhos. Sua imponente catedral em estilo gótico, a suntuosa casa episcopal e todas as igrejas viraram cinzas mas, nas décadas seguintes de reconstrução, mestres barrocos italianos criaram a partir das ruínas a cidade como é hoje, com seu acentuado estilo europeu do sul. Foram esses mestres que construíram as igrejas de St. Paul, de St. Michael e de St. Nikola, a residência episcopal, assim como um grande número de moradias residenciais. · 43


INFORMAÇÕES TURÍSTICAS Passau Tourist Office Rathausplatz 3 (City Hall Square) Tel: 49 / 851 / 95598-0 e-mail: tourist-info@passau.de Passau Tourist Office Bahnhofstraße 36 próximo a estação de trem Tel: 49 / 851 / 95598-0 44 Read and Drive agosto 2009

A catedral de St. Stephen, que abriga desde 1928 o maior órgão de catedral do mundo, foi construída pelos artistas italianos Carlo Lurago, Giovanni Battista Carlone e Carpoforo Tencalla. Os artistas bávaros e austríacos decoraram os principais auditórios e salões de residências da cidade em épocas subsequentes. O projeto arquitetônico barroco de Passau é dominado por grandes áreas quadradas, sinuosos passeios românticos, amplas pistas de rolamento e pontes majestosas.

A dança das musas e artistas A combinação de residência do bispopríncipe e cidade de comércio em plena

efervescência que Passau oferecia, foi a receita ideal para incentivar uma saudável competição nos campos da arquitetura, pintura, escultura, música, teatro, literatura, órgão erudito, e arte em porcelana e vidro. Passau logo conquistaria reputação de cidade artística e cultural através de trabalhos ilustres tais como o 'Nibelungenlied', a construção da catedral gótica e a própria reconstrução após os incêndios que devastaram a cidade. A música da catedral e da corte, assim como ilustres personagens da época, como os pintores Wolf Huber e Ferdinand Wagner, e os escritores Adalbert Stifter e Hans Carossa, tiveram papéis igualmente significativos.

A luminosidade de Passau

No espírito desta tradição e história, os principais eventos culturais se estabeleceram por lá na era moderna: o Festival Europeu anual, produções do teatro da cidade, shows de cabaré satírico e mostras de jazz no Scharfrichter-Haus, assim como um grande número de outros eventos, séries de concertos e festivais ao ar livre, dividem um disputadíssimo calendário durante o ano inteiro. Todas essas atrações ocorrem até hoje próximas ao museu Veste Oberhaus, ao museu romano Kastell Boiotro, ao museu do Tesouro da Catedral e da Diocese, ao museu de vidro de Passau e ao museu da Arte Moderna, assim como por várias galerias e estúdios de arte espalhados pela cidade.

Os restaurantes de Passau servem culinária bávara, boêmia e austríaca, assim como especialidades internacionais. Há restaurantes aconchegantes, com agradáveis jardins para degustar cerveja e vinho, discotecas e lugares para dançar bastante convidativos. As vielas e ruas do centro histórico oferecem diversificadas oportunidades para compras, que também podem ser feitas em Ludwigsplatz ou dentro de Bahnhofstrasse. Elegantes boutiques e lojas de artesanato na viela Höllgasse se misturam com lojas especializadas e grandes lojas de departamento. Às margens da cidade ficam os maiores shopping centers.

Em Passau há coisas para fazer durante o ano todo. Costumes e folclore, tradição e modernidade fazem uma mistura colorida, com eventos alternados: as Feiras e a Ilzer Haferlfestsa são comemorações centenárias. Também é atração o comércio de Natal, o Eulenspiegel-Zeltfestival, festivais artísticos variados e festivais de rua, que convidam os visitantes a ficar por mais tempo na cidade. Não faltam opções para quem vai apenas passar a noite ou ficar vários dias, desde hotéis luxuosos, casas que alugam quartos para viajantes, albergues, motéis ou mesmo hotéis baratos para ciclistas.


Um Toyota é objeto de desejo de todo mundo, inclusive de quem fornece componentes.

www.zf.com.br

A Toyota produz automóveis reconhecidos pela alta tecnologia e confiabilidade. Toda a linha da montadora produzida na América do Sul utiliza componentes de direção e suspensão originais da ZF Lemförder, que garantem segurança, conforto e durabilidade. ZF. Inovação que movimenta a vida.

Parabéns, Toyota. Há 50 anos produzindo no Brasil e há 7 com a parceria de sucesso da ZF Lemförder.


motorsports

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Todo o cuidado é pouco Entrada da Iveco na F-Truck revela trajetória de profissionalismo e preocupação com os mínimos detalhes

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A apresentação de um Stralis 420 equipado com a caixa AS Tronic contribui para popularizar o conceito de transmissão automatizada

A Iveco,

fabricante de caminhões que promete tornar-se full liner em tempo recorde, iniciou ano passado sua trajetória na Fórmula Truck, com uma equipe oficial de fábrica, a Scuderia Iveco. A montadora passa a dedicar toda a sua estrutura de engenharia e marketing como suporte na competição, atendendo diretamente os dois caminhões Stralis da equipe, além de um terceiro veículo, independente. Mesmo em ano de estreias e aprendizado já vem obtendo resultados compensadores na pista.

Para estar na F-Truck não apenas para marcar presença, mas também fazer bonito nas pistas, como um forte competidor, a Scuderia Iveco fez sua lição de casa com o máximo cuidado. Fernando Ribeiro, gerente de Marketing da montadora, explicou quais foram os principais passos dados pelos responsáveis no empreendimento. “Em primeiro lugar, a fábrica tinha de garantir a disponibilidade de componentes para construir o caminhão, como chassi, cabine e motor”, disse. Na sequência, ainda segundo Ribeiro, era preciso encontrar um parceiro para a caixa de câmbio e, dessa forma, poder fechar, em grande estilo, a montagem do trem-de-força. Foi nesse caso que surgiu a ZF, para cuidar de todos os aspectos referentes a uma transmissão de corrida. “Por sinal, cabe aqui um registro de máxima importância: o reconhecimento da Iveco à ZF, que agiu como facilitadora e também motivadora de nossa entrada oficial no circuito”, atesta.

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Na verdade, esse foi um acordo de cooperação, ou parceria, melhor dizendo, costurado a seis mãos, entre Iveco, organização da Fórmula Truck (principalmente na pessoa do saudoso pioneiro Aurélio) e ZF, que também não entra em nada pela metade, só para cumprir tabela. “A Iveco está muito satisfeita com a parceria com a ZF dentro e fora das pistas, pois isso une duas imagens muito positivas. O suporte proporcionado pela ZF aparece nas pistas e também em nossa linha normal”, continua Fernando Ribeiro. Para fechar o veículo, foram chamados ainda um engenheiro de motores, que cuidou especificamente de toda a eletrônica embarcada, inclusive do desenvolvimento em dinamômetro próprio da organização da F-Truck, mais um mecânico de box, um funileiro especializado em chapa e outro em fibra de vidro. “Depois de montado, o primeiro caminhão ganhou uma equipe de desenvolvimento. Para motor e chão (que inclui pneus, suspensão e freios, por exemplo)”, acrescenta Ribeiro. ·


A Scuderia Iveco conta com dois caminhões: o caminhão 88, pilotado por Beto Monteiro, e o número 55, pilotado por Adilson Cajuru. O piloto Fred Marinelli, número 50, também corre de Iveco, porém de forma independente. Mesmo assim, recebe suporte da fábrica no desenvolvimento do veículo, inclusive nas peças de reposição. “Esse é um apoio informal, mas que funciona, pois queremos atenção na marca”, conta o manager da equipe.

Infraestrutura A infraestrutura da Scuderia Iveco, do ponto de vista competição, inclui ainda um caminhão Stralis para transporte de toda a estrutura da equipe de um autódromo para outro ou mesmo entre a sede e algum dos eventos que envolvem montadora e patrocinadores. Esse veículo, que também ganha pintura especial em todo o conjunto, no estilo vermelho Ferrari, é responsável pelo transporte de itens de oficina como o motor sobressalente, ferramental, compressor de ar e outros itens, além de toda a decoração fixa e ornamental do receptivo Iveco. Essa logística de transporte está sob responsabilidade da ABF Competições, bra-

ço estradeiro da organização da F-Truck, que administra cavalo e carreta de todas as equipes para evitar surpresas. A Scuderia Iveco estreou um Stralis 420 equipado com a transmissão automatizada AS Tronic, como parte de um processo de aculturamento com as benesses da nova caixa, que brevemente estará também nos caminhões de linha. A estrutura de marketing inclui um aparato receptivo que acompanha a equipe em todas as etapas. Isso inclui uma estrutura física para receber mais de duzentas pessoas, com Hospitality Center, receptivo, brindes, alimentação e muitos detalhes mais. “Temos um pacote de presença para agradar os convidados e reproduzir uma boa imagem sobre o evento, sobre a marca Iveco e seus produtos”, explica o gerente de Marketing Iveco, que ainda vai mais longe. Em sua opinião, “mais importante do que a corrida é o evento de relacionamento, pela possibilidade de reunir pessoas para mostrar nosso produto, conversar olho no olho”. A tal ponto que essa postura representou um padrão diferente de receptivo, que acabou por elevar o padrão geral e hoje é seguido por quase todo mundo.

Scuderia Iveco: caminhão (ao lado) equipado com transmissão automatizada (acima) vai popularizar a caixa ZF-AS Tronic. Embaixo, Beto Monteiro, novo piloto da equipe.

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responsabilidade social

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Projeto Formare: a escola dentro da empresa Planejadas e construídas para proporcionar desenvolvimento e qualificação a jovens de baixa renda, as escolas do Projeto Formare utilizam as dependências da empresa como ambiente de aprendizado profissional

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Presente em 10 estados brasileiros, além de uma escola na Argentina, o Projeto Formare conta com 45 empresas parceiras, todas acreditando que o investimento na educação é o caminho para uma sociedade mais justa.

A Escola Formare

ZF Sachs, criada em parceria e sob a coordenação do instituto Iochpe, já colhe os frutos do incentivo e apoio a adolescentes de baixa renda. Funcionando desde 2005, beneficiou 82 jovens entre 15 e 17 anos, que receberam aulas e se formaram em especialidades ligadas às áreas de atuação da própria empresa. Dentre os 82 formandos, 38 foram admitidos como funcionários da ZF após o termino do curso, que aborda temas técnicos, comportamentais e de cidadania sob o título de Assistente de Produção e Montagem Mecânica. Presente em 10 estados brasileiros, além de uma escola na Argentina, o Projeto Formare conta com 45 empresas parceiras, todas acreditando que o investimento na educação é o caminho para uma sociedade mais justa. Desenvolvido pela Fundação Iochpe em parceria com empresas de grande e médio porte, o Formare é um projeto social que oferece cursos dentro do ambiente profissional, com duração aproximada de um ano, em período integral, com apoio financeiro e outros benefícios, para preparar jovens em função do mercado de trabalho. ·

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Além de as aulas serem ministradas no próprio ambiente de trabalho, os professores das Escolas Formare são funcionários que já trabalham na própria empresa. Esses educadores voluntários são treinados por professores da Fundação Iochpe e têm o aval de seus diretores e gerentes, pois as aulas são ministradas durante o período de expediente.

Educadores voluntários Os educadores voluntários são recrutados entre os funcionários e as unidades de São Bernardo do Campo e Araraquara, onde o programa se aplica. O Formare ZF Sachs dispõe de um total de 70 voluntários prontos para colaborar.

Duas décadas transmitindo conhecimento O Formare foi criado pela Fundação Iochpe e nasceu em 1988 dentro das empresas Iochpe-Maxion, em Canoas (RS) e São Bernardo do Campo (SP), como oportunidade de formação inicial e contínua ao trabalho para jovens de famílias de baixa renda no ambiente empresarial. Em 1995, a Fundação Iochpe estabeleceu um convênio com o Centro Tecnológico Federal do Paraná (CEFET-PR), que se tornou, em 2005, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Juntas, passaram a construir propostas pedagógicas para os cursos e certificação dos alunos. Para desenvolver a estrutura de disseminação do Formare, assim como os materiais necessários para que esta disseminação se desse de maneira organizada e sustentável,

Os cursos desenvolvem habilidades e conhecimentos básicos para que o aluno possa trabalhar tanto em sua área de formação como em outros ambientes profissionais. A definição dos conteúdos de cada curso leva em conta o potencial da empresa em conjunto com uma análise das demandas profissionais da região onde a unidade está instalada. Ao concluir o curso, o jovem recebe um certificado emitido pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). A orientação pedagógica baseia-se nas recomendações do MEC e desenvolve as competências e habilidades com a associação de teoria e prática.

Informações: FORMARE-Fundação Iochpe - Tel: (11) 3103-8088 site: www.formare.org.br

a Fundação Iochpe optou pelo sistema de franquias, possibilitando a outras empresas adotar o Formare e atuar na qualificação de suas comunidades. A Divisão ZF Sachs aderiu ao programa em 2005. A partir de 1999, outras empresas demonstraram interesse pelo Formare e a Fundação Iochpe desenvolveu novos cursos e Manuais Orientadores para apoiá-las na implantação do modelo de ação social. Hoje, o Formare conta com uma rede de 75 escolas em dez estados brasileiros e na Argentina. Em seus 19 anos de história, já capacitou mais de cinco mil jovens. Destes, cerca de 80% conquistaram seu primeiro emprego ao término do curso. 53


Perfil

A import창ncia do conjunto

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Produtos da Divisão ZF Boge Elastmetall, frequentemente longe dos olhos do público, reforçam conceito de que toda máquina é um aglomerado de soluções, posicionadas de forma a formar um equilibrado e eficiente conjunto

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Muita gente só olha para um au-

tomóvel prestando atenção no design ou no desempenho e, em geral, nem faz ideia de tudo o que está embarcado no veículo em termos de tecnologia. Na pratica, pouco importa um design Pininfarina ou Giugiaro, um motor de 400 cavalos ou uma transmissão sequencial se o veículo não estiver montado como um equilibrado conjunto, com cada componente em seu lugar. É nessa hora que aparece a importância de um fornecedor como a ZF Boge Elastmetall, uma unidade de negócios específica para a tecnologia metal-borracha e que exerce uma especialização única no campo do amortecimento vibracional elástico. Seus componentes estão presentes em sistemas dos mais variados, incluindo elementos de absorção de energia, sistemas de suspensão do motor, componentes do chassi ou do sistema de air bags, entre um sem número de exemplos.

Embora posicionado de maneira nem sempre visível dentro dos veículos, os produtos da Divisão ZF Boge Elastmetall têm tecnologia de ponta. Exemplo marcante vem de um exclusivo coxim hidráulico com gerenciamento eletrônico, ligado ao próprio gerenciamento eletrônico do motor, que exerce as funções de acoplar/desacoplar para atenuar frequências determinadas. A ZF Boge Elastmetall estabelece padrões internacionais em pesquisa e desenvolvimento, produção e garantia de qualidade, para tornar a mobilidade cada vez mais segura e confortável. No Brasil, suas atividades foram iniciadas em 2000, com o desenvolvimento e produção de itens de controle de vibração, como coxins de motor, buchas de suspensão e várias outras ligações de metal-borracha. Fornecedora das principais montadoras instaladas no País, ela também ocupa posição de destaque no fornecimento desse segmento para a América do Sul. Cerca de 90% de sua produção é destinada ao mercado de veículos de passeio, cabendo 10% aos veículos comerciais. A participação da Divisão nas montadoras nacionais está aumentando. “Nós atendemos marcas como Volkswagen, Fiat, General Motors e Honda”, explica Wilson Sapatel, diretor-geral da ZF Boge Elastmetall. “E estamos preparados para o crescimento programado por empresas como Fiat e Honda”. Preparando-se para novos desafios, a ZF Boge Elastmetall instalou em sua planta de São Bernardo do Campo, SP, quatro novas injetoras, mediante investimento de R$ 2,5 milhões. Segundo explicação de Testa, o faturamento da Divisão deve crescer à razão de 10~15% ao ano, mantendo-se os atuais prognósticos.

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Linha de Produtos

Aplicação

Tecnologia Metal-Borracha

• Sistemas de suspensão do motor • Sistemas de suspensão dos chassis • Componentes para amortecimento vibracional

Engenharia de Plásticos

• Componentes de chassis • Componentes intercambiáveis e reservatórios de óleo • Componentes do sistema de atuação e airbags

Segurança Veicular

• Elementos amortecedores de energia

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Negócios mundiais A ZF Boge Elastmetall e suas subsidiárias em todo o mundo constituem a Unidade de Negócios ZF de Tecnologia Metal-Borracha, que reúne uma especialidade única no campo do amortecimento vibracional elástico. Trata-se de uma das principais companhias especializadas em tecnologias de amortecimento. Trabalhando em cooperação direta com montadoras em todo o mundo, ela desenvolve e fabrica sistemas e componentes de amortecimento vibracional, assim como mancais de chassi e trem-de-força. Esses componentes são utilizados em ampla variedade de automóveis, caminhões, ônibus e veículos sobre trilhos. Outras linhas de produto ainda incluem amortecedores de impacto para

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segurança veicular e componentes plásticos sintéticos. Com quase 3 mil funcionários, a unidade gerou 521 milhões de euros em vendas em 2007. Trata-se do maior nome mundial em coxins e buchas hidráulicas. Com amortecedores desenvolvidos para atender grande variedade de aplicações e componentes de metal-borracha aplicáveis a quase 5 mil diferentes modelos de veículos, a Divisão é reconhecida como um parceiro altamente especializado e confiável. Responsáveis por absorver vibrações, as buchas, coxins e todo tipo de ligação metal / borracha já estão presentes em muitos veículos nacionais, contribuindo com sua dose de tecnologia para sua melhor performance.


news Fetransrio expõe transmissões ZF

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O Grupo ZF, um dos líderes mundiais no fornecimento de sistemas de transmissão para o setor automotivo, participou da 7ª Fetransrio exibindo três de suas mais avançadas tecnologias para aplicação em veículos de transporte de passageiros. Os destaques foram a transmissão automatizada ZF-AS Tronic Lite, a transmissão automática Ecomat 4 e o eixo AVN 132 para ônibus urbanos com piso baixo. A Fetransrio – Feira de Transporte do Rio de Janeiro aconteceu entre os dias 12 e 14 de novembro, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

Marca mais lembrada A Sachs foi a marca de embreagens mais lembrada pelos participantes da pesquisa Destaque Automotivo 2008, realizada no Estado do Ceará. O estudo, promovido nos meses de setembro e outubro, ouviu representantes de oficinas mecânicas, auto-centros, lojas de autopeças e distribuidores, entre outras pessoas ligadas ao setor automotivo, em um total de 385 entrevistas. A pesquisa listou 26 quesitos relacionados a automóveis, como aditivos, baterias, filtros, pneus e postos de combustível, entre outros. No quesito embreagens, a marca Sachs foi a mais lembrada por quase metade dos entrevistados (45,88%).

A ZF-AS Tronic Lite foi a primeira transmissão automatizada a equipar um ônibus urbano em todo o mundo, com fornecimento para os modelos VW 17.230 EOD V-Tronic e VW 17.260 EOT V-Tronic, lançados no Brasil em agosto último pela Volkswagen Caminhões e Ônibus. 1 Stand ZF na Fetransrio 2 Eixo AVN 132 para ônibus urbano, com piso baixo 3 Transmissão automatizada AS Tronic lite 4 Transmissão automática Ecomat 4

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news ZF Sachs apoia campanha por alimentos A Divisão ZF Sachs encerrou recentemente o projeto “Atitude”, campanha com fins sociais que promoveu a arrecadação e a doação de seis toneladas e meia de alimentos a partir das vendas de embreagens. A cada embreagem Sachs comprada pelas lojas de autopeças participantes, a Divisão ZF Sachs doou dois quilos de alimentos para instituições beneficentes.

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O projeto “Atitude” teve início no interior do Estado de São Paulo, em agosto, e se estendeu para outras regiões do País, com duração de 45 dias em cada praça. Na região de Campinas, interior do Estado, os mantimentos foram destinados a cinco instituições beneficentes indicadas pelas lojas de autopeças participantes: duas de Campinas (Lar Velhinhos de Campinas e Centro Infantil Boldrini), duas de Valinhos (Casa da Criança Valinhos e Grupo Fraterno Foco de Luz) e uma de Itatiba (Lar das Crianças Itatibenses). O projeto “Atitude” Sachs foi estendido também para as cidades de Belo Horizonte (MG) e Recife (PE).

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