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Maria da Paz
from Revue cultive n° 16
by Cultive
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Sou Maria da Paz Azevêdo Silva, nascida aos 17/09/1956, em Recife-PE, casada, mãe de dois filhos e avó de três netos. De origem humilde, cresci em um ambiente de muitas tribulações, mas resolvi transformá-las em aprendizado. Sou filha de uma mãe guerreira e até hoje tento dar continuidade ao seu legado. Ela me ensinou a cuidar dos meus irmãos e a fazer o BEM sem olhar a quem. Revue Cultive - Genève 27
Em minha caminhada aprendi a amar os animais e me tornei defensora e empresária do seguimento. Em 1985 cursei relações públicas na Escola Superior de Relações Públicas do Estado, mas acabei migrando para a área de Pedagogia, na Faculdade de Filosofia do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco, pois desejava alfabetizar as crianças carentes do meu bairro. Precisei me afastar da sala de aula para ajudar meu esposo na empresa. Me dediquei a trabalhar e cuidar da família, das crianças carentes e dos animais. As crianças eu ajudava tirando-as das ruas, dos sinais e levando-as para a escola. Em relação aos animais ajudei a mudar a cultura de que gato é para pegar rato, levando o conhecimento de que são criados por Deus, pois precisam e merecem ser protegidos dignamente através da POSSE RESPONSÁVEL. Em 2003, decidi cursar Administração devido à grande necessidade de me qualificar para melhor gerenciar nossa empresa. Conheci o Hospital do Câncer em 1991 ao levar meu pai para uma consulta diante do diagnóstico de metástase e que ele teria no máximo dois meses de vida. Ao ver aquela realidade eu fiz um juramento e pedido a Deus. Pedi para voltar ao hospital não como paciente nem acompanhando um, mas para ajudar a mudar aquele cenário de tanta dor e sofrimento que meus olhos viram. Então, me tornei doadora e passei a ser conhecida como a “tia dos ovos de codorna” pela pediatria. Aos poucos me envolvi até que um paciente terminal da pediatria me fez engajar definitivamente no trabalho voluntário, então me oficializei voluntária da Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer de Pernambuco (RFECCPE). Minha vida se dividiu em duas fazes: antes e após ser voluntária. A gratidão expressa nos olhos dos pacientes e o sorriso e após cada ação me ensinaram que não é trabalho é MISSÃO e que vemos o Cristo no leito de dor. Hoje ainda à frente da Rede no meu terceiro mandato de dois anos estou presidente e vejo que ainda temos muito a fazer e que todos os projetos, ações e inaugurações só foram possíveis porque não sou eu, SOMOS NÓS, e nosso objetivo é fazer do HCP – HCP VIDA. No HCP nós voluntários não cuidamos da doença, cuidamos das pessoas, portanto nosso lema é EU POSSO FAZER MELHOR QUE ISSO!