4 minute read

Lisieux Beviláqua

Next Article
Lenita Stark

Lenita Stark

Lisieux Beviláqua é de Fortaleza, capital do Ceará - no Nordeste do Brasil. Ela é professora estadual titular concursada (portanto, funcionária pública), formada em Letras com especialização, mestrado e doutorado em literatura. Também sou atriz com registro DRT e escritora participante de algumas academias e movimentos literários.

Advertisement

Entrevista

1- Sua relação com o meio ambiente, com o homem? Assim como as causas sociais, minha defesa ao meio ambiente e aos direitos humanos é feita através do fazer a minha parte. Procuro ajudar quem está próximo dentro das minhas possibilidades. Procuro não desperdiçar água, energia, cuido das plantas do meu jardim. Se cada um fizesse ao menos a sua parte, teríamos uma melhoria enorme no mundo.

2- Ser ou não ser, ter ou ser? Ser é o essencial, procurar a cada dia melhorar a versão de si mesma, se conhecer, se reinventar, rever conceitos, pois o mundo vive em constante mutação. Mas, sempre cuidar de não agredir suas origens.

Por outro lado, como vivemos num mundo material, o ter também se faz muitas vezes necessário, para que os outros nos respeitem.

3- Fale da infância, da adolescência, da mulher esposa e mãe, da mulher artista ou mulher esportiva, da sua ideologia e objetivos. Nasci numa família muito católica, pai ex-seminarista e mãe ex-noviça. Estudei todo meu ensino fundamental em colégio religioso. Era a princípio uma criança calma, que gostava de ficar nos cantos lendo. Aprendi a ler com 4 anos e antes minha mãe sempre me presenteou com livros e lia para mim. Na adolescência comecei a me rebelar, pular janela do quarto para ir escondida para as festinhas. Com 19 anos saí de casa, fui morar com um grupo de teatro, perdi a virgindade e conheci o amor da minha juventude. Fiz muitos poemas para ele. Com 22 estava me sentindo insatisfeita, tinha um trabalho estável, fazia faculdade e era noiva. Joguei tudo para cima, fui embora com uma turma de teatro para São Paulo. Depois de três anos, mais uma vez insatisfeita com o que tinha lá, mudei para o Rio de Janeiro. No Rio, conheci fazendo animação de festa, meu ex-marido. Montamos juntos uma empresa, Tatibitati Animações. Tive meu filho em 1992. Depois, me separei. Tivemos vários problemas após a separação, mas o pior foi a briga judicial pela guarda do meu filho. Meu filho é o maior amor da minha vida e eu sempre quis ser mãe. Ele é um homem justo, honesto, educado, inteligente e lindo (sem corujice, rsrsrs)

4- Que caminhos percorreu, até chegar na mulher que é hoje? Muitos caminhos, mudei de casa várias vezes, mudei de Estados e Cidades, algumas vezes, morei em grupo, com uma amiga, sozinha, com namorado, com marido, com filho. Frequentei muitas religiões, militei em partidos políticos, estudei diferentes ideologias e filosofias. Me jogar no mundo foi moldando quem sou hoje.

Eu era mais impaciente com as pessoas, queria tudo para ontem. Acredito que a vida me ensinou a ser mais tolerante.

5- Você é uma guerreira? Por tudo que passei, com certeza, sou guerreira. Mas, à vida não me deu outra opção.

6- A vida foi fácil? Nunca. Sempre me senti tendo que abrir meus próprios caminhos. Mas, não gosto de me vitimizar.

7- Você colabora ou participa de associações culturais? De Academias Literárias e movimentos culturais na minha cidade. 12- O que mudaria na sua história? Nada, eu acredito que devemos olhar sempre para a frente. Não há como mudar nada, só fazer novos capítulos da história.

13- Que tipo de arte você realiza?Cite suas obras. Apresente as capas dos seus livros. Já trabalhei com Artes Cênicas nos anos 80/90. Desde 2018, tenho me reencontrado na escrita, atividade que já exercia desde adolescente, mas sem expor ao público. Ainda não fiz publicações de livros autorais, mas tenho 4 projetos que pretendo colocar para frente nos próximos anos. Meus trabalhos têm sido apresentados em antologias nacionais e internacionais.

8-Em que momento da sua vida a sua estrada bifurcou e como você fez a escolha e para onde ela te levou? Com 20 anos, eu era bancária, funcionária pública, noiva, com apartamento, carro, fazendo faculdade de economia. De repente, algumas coisas começaram a dar erradas, eu me sentia extremamente infeliz. Joguei tudo para cima e fui tentar a vida em outro Estado. Fui trabalhar com arte, casei, tive um filho, era autônoma. 14- Mensagem final. Metaforicamente, diria que escrever é transpor o sangue que corre nas veias para o interior da caneta e sangra através da tinta para o papel.

Escrever é um exercício constante do coração e da mente. É brincar com as palavras como um artesão. É mergulhar no sentido das frases, encontrando para a vida uma razão.

Anos mais tarde com mais de 40 anos, separei, voltei a morar no meu Estado, voltei a estudar, dei outra virada.

9 - Onde e como encontrou força ou coragem para tal mudança, para conquistar seus objetivos? Faria tudo outra vez? Acredito que minha força vem da minha fé em Deus. Sempre seguro na mão Dele nos momentos de aflição. E coragem aprendi com minha mãe, um exemplo de guerreira. Faria sim, tudo de novo, a gente tem que se arrepender do que não fez. Como Edith Piaf eu digo: Je ne regrette rien.

10- Alguém em particular lhe deu a mão? Tenho uma amiga de infância que é a pessoa que mais me dá a mão nos momentos difíceis. Mas, no geral, aprendi a contar comigo mesma.E Deus, claro.

11- Qual é a importância de RECEBER apoio? Receber e dar apoio são atos que nos fazem seguir em frente nos momentos difíceis, sendo mais hu-

Poema

PURA QUÍMICA

This article is from: