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Leci Queiroz

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Zezé Negrão

Zezé Negrão

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Leci Queiroz, Nasceu no Nordeste do Brasil na cidade de Fortaleza- CE. A sua biblioteca era a de uma vizinha que a emprestava os livros para que ela pudesse ler. Isso era palavra viva para adoçar o sabor do conhecimento. Ela caminhava com Machado de Assis e José de Alencar e Rachel de Queiroz. O cultivo da literatura, artes e solidariedade deve ao contexto familiar, aos dramas da Igreja e as músicas que cantava em família.

Lá o sol é como uma bola de ouro brilhanndo intensamente junto ao mar imenso que traz calma e serenidade. Na infância, brincou muito nas dunas das praias do Ceará. Muito cedo aprendeu muito a gostar de livros, mesmo que não tivesse dinheiro para comprá-los, pois era pobre, sendo de uma família com 13 irmãos. Seus pais foram imigrantes do sertão. A sua casa sempre foi um espaço de acolhimento. A Família acolhia aflitos, carentes, pobres e necessitados. Até hoje a música e uma boa prosa à mesa fazem parte dos encontros familiares. Faz trabalhos de escrita terapêutica onde escreve de forma livre e solta liberta para expressar o portal da criatividade e da Inspiração.

Leci soube ao longo da VIDA cultivar virtudes e vínculos afetivos que lhe conferem a liberdade e a autoridade para falar sobre alimentos e nutrição como meio para construção de amores degustados no coração. Ela pode orientar sobre um menu saudável, mas sua visão de nutrição é que os relacionamentos deveriam ser o prato principal, e os alimentos as guarnições.

Ela é formada em Economia Doméstica na universidade Federal do Ceará, Nutrição na Univerdade Estadual do Ceará com Especialização em Saúde Pública pela Universidade Federal de Ribeirão Preto, Especialização em Teologia no Regent College- Univesidade de British Colúmbia, Vancouver – Canadá.- Trabalhou como nutricionista no Fundo Cristão para Crianças na recuperação de crianças desnutridas que foi parte da implantação do Projeto Prossica que lida com desenvolvimento social de crianças e adolescentes na periferia de Fortaleza. Leci Queiroz mora em Caucaia, Ceará - Brasil; é nutricionista, professora e escritora. Exerce atividades com escrita terapêutica e como facilitadora da escrita terapêutica, realiza palestras na área de fa,mília vínculos e espiritualidade. Já fez parte do coral sinal verde do Detran do Ceará. Hoje participa de eventos literários. Estudou em escola pública, tendo que pedir livros empresados, pois não tinha condições de comprá-los. Muito cedo trabalhou como visitadora social numa entidade estrangeira que trabalhava com famílias carentes. Essa experiência foi motivadora para ter um novo olhar para Justiça social. Muito cedo contribuiu na implantação de um projeto social na periferia de Fortaleza que funciona ate hoje. Ela tem apoiado projetos de desnvolvimento social e cultural tanto no Brasil como na Africa Guine-Bissau. Um projeto fica na periferia de Fortaleza, conhecido como Prossica. Publicou dois livros publicados. «A mesa está posta», «Vivências a mesa, memórias da vida». ? Como uma mulher, vivendo nos dias atuais, ella tem apreendido muito com o meio ambiente. Decidiu colocar placas de energia solar para proveitar o sol do nordeste e contribuir para a natureza e o bolso também. Ela cultiva frutas, flores e plantas medicinais. Tem uma pequena criação de patos e galinhas tendo uma relação de integração com meio ambiente e o ser humano. Isso tem-lhe ajudado no seu equilíbrio emocional.

Na infância foi criada em uma casa grande, com muitos irmãos e irmãs tendo a liberdade de brincar ao ar livre, mesmo com dificuldade financeira mas nunca passram fome, sempre tinham em casa uma vaca ou duas que produzia leite, galinhas que vinham do interior, que os ajudava muito. Teve uma infância feliz, pois recebia muito amor por parte dos seus pais. Na sua adolescência participava da igreja, fazia dramatização que despertou o desejo pelas artes e pela leitura, tinha sempre a biblioteca de uma vizinha à disposição, que lhe permitia ler bons livros, e a quem tem grande gratidão. Quem ler, gosta de escrever, diz.

Viajava muito, participou de um grupo ABU (aliança Bíblica Universitária), onde teve a oportunidade de criar vínculos e boas amizades. formou-se em economia doméstica e nutrição. Não é casada, nem tem filhos, mas teve bons relacionamentos. Como artista participou de artes dramáticas e sempre gostou de escrever, de tocar piano, tenta tecer pequenas artes através do crochê

. Refletindo sobre a minha caminhada de vida, vejo como a educação, princípios de vida que foram ensinados pelos meus pais foram fundamentais para ser uma mulher realizada, afirma. Desde muito cedo, trabalhou como professora particular para ajudar na manutenção da família e nos estudos, visitadora social e como nutricionista. Todas as suas experiências profissionais foram de grande valor para a sua formação e maturidade nos dias de hoje. Destaca que: «Venci desafios como mulher, assumindo chefia num serviço de nutrição lidando com 22 funcionários do sexo masculino. Lidando diariamente com 480 comensais. Pude ensinar na Universidade Vale do Acaraú num período em que houve o incentivo para uma maior democratização do ensino, e isso foi um tijolo a mais na construção da minha identidade e ser quem eu sou hoje.»

Você mudou como pessoa? Em que você mudou? E o que a fez mudar? perguntei, a resposta foi: «mudei sim. Era tímida, tendo um perfil mais calada. Na escola fui escolhida para fazer homenagens a professores e fui criando coragem de falar e me colocar diante de decisões. Fazer parte de associações ajudou a melhorar os meus relacionamentos sociais e aumentou a minha auto-estima. Desde muito cedo ouvi falar do amor de Deus através de Jesus de Nazaré, e aprender sobre seu caráter me ajudou a mudar a vida, e a ter uma espiritualidade saudável. Isso foi um grande passo para uma melhor percepção do mundo como todo. Abri os meus olhos para viver a partilha do Amor, pão e vida.»

A força para mudar a sua timidez foi aceitando ser mais participativa em atividades sociais, acreditando mais na sua capacidade criativa, e assim descobrir o seu potencial como mulher capaz de ensinar e aprender foi a força que fez mudar a sua timidez. Ela aprendendo com seus limites e potenciais e descobriuque era capaz de exercer liderança .

Teve um momento de bifurcação na minha vida, quando surgiu a oportunidade de ir morar fora do Brasil. Tirou licença do trabalho como nutricionista do Detran de Fortaleza e fui estudar no Canadá em Vancouver onde passou 2 anos. Foi uma experiência maravilhosa, mas não tão fácil pois era estrangeira, mulher, viajando só e estudando em outra língua,sentindo choque cultural e longe dos meus familiares onde os vínculos sempre foram muito fortes. Porém foi uma lição de vida, e pode identificar outras culturas e histórias de vida e teve oportunidade de fazer novas amizades e aprender a viver em terra estranha. Ela, igualmente, apoia um projeto na Àfrica com apoio na escola de Belém que atende crianças e adolescentes, oferecendo educação e cultura. Como nutricionista realiza um curso sobre aproveitamento dos alimentos para uma alimentação mais nutritiva.

Seus projetos futuros: ministrar 2 cursos de escrita terapêutica na área de contos e cartas; escrever o seu terceiro livro falando um pouco da experiência da partilha de vida durante a pandemia. "Tecendo vidas em dias difíceis”; voltar a viajar dando palestras e divulgando seus livros.

A ESCRITORA Ela tem a escrita na sua vida como uma tarapia. Essa tem sido uma forma de se comunicar com o mundo, ter aprendizado e partilhar sobre o cotidiano da vida.

Uma boa escrita acontece quando lemos bons livros, principalmente livros clássicos. Uma boa escrita acontece com boas leituras e experiências de vida e percepção da integração do ser humano e o meio ambiente..

Precisamos conquistar nosso espaço como mulher e mostrar a importância delas como pacificadoras, orientadoras e profissionais.

Deixo sua mensagem final. Tenho como primicia algo do sábio Salomão: «Tudo que vier às mãos para fazer, faze-o conforme as tuas forças, pois um dia na sepultura não faremos mais nada. Agir enquanto temos tempo....»

Leci tem uma grande gratidão ao meu irmão Gidel, (em Memória) que abriu caminhos para sua vida profissional como nutricionista, ele também contribuiu financeiramente para seus estudos e dos outros irmãos. O apoio é um suporte que ajuda na mudança de vida e fortalece o outro no momento da tomada de decisão. Crê que não mudaria nada na sua história que foi de muita luta e desafios que foram vencidos gradativamente. Atualmente ela trabalha num projeto em Fortaleza, o Prossica, esse projeto oferece trabalho com arte, esporte, alimentação e escolaridade como meio de atender crianças e adolescentes que vivem no meio da violência, no Prossica tem biblioteca, curso de desenho e grafite.

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