2 minute read
Rosangela Morais Magalhães
from Revue cultive n° 16
by Cultive
Clic no afiche para acessar o painel Cultivando no quintal integrando o humano à natureza
Advertisement
O mundo é a nossa casa. Então qualquer parte do planeta que cuidamos é nosso quintal, jardim e responsabilidade. A ideia do cultivando no quintal – Integração do humano à natureza, consiste em simplesmente respeitar aos nossos ancestrais e procurar ter uma visão sistêmica futurística de sobrevivência das futuras gerações. A maneira mais altruística de vivermos hoje é celebrar o hoje de maneira menos ostensiva e menos ostentativa e isto vale para tudo: trabalho, família, lazer, etc. O mundo perdeu o equilíbrio entre o ser e ter, devemos repensar a sobrevivência humana neste planeta e sobretudo que o planeta sobreviva a intensa exploração então, recaímos ao princípio da sustentabilidade.
Sobre sustentabilidade,as bases que fundamentaram o seu conceito surgiu em 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, na famosa Conferência de Estocolmo, que foi a primeira conferência sobre meio ambiente realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). E, conceitualmente significa utilizar e preservar realizando um resumo da ideia central. Mas como isto é possível? Eis a pergunta que eu também realizo constantemente trazendo-me mudanças comportamentais embora que modestas ou tímidas que se forem multiplicadas, terá um grande impacto global.
Então se pensarmos no cultivo literal dos espaços particulares ou públicos, os quintais, vamos aumentar os impactos positivos para o planeta, ou seja, diminuiremos o poder de destruição que estamos causando diariamente sem consciência. Imaginemos por exemplo, poder colher frutas nas árvores que são plantadas em passeios ou praças e estas servirem para alimentação direta dos habitantes locais, além do impacto econômico, têm-se um impacto sobre estilo e qualidade de vida além da sensação direta que se preservando aquela vida, a árvore, estamos preservando também a nossa vida. Então por este exemplo citado, temos a permacultura que nada mais é do que a cultura permanente.
A ética é o centro da sustentabilidade e permanência, a grande pergunta é: estamos dispostos a isso? Vivemos num sistema capitalista e como romper ou minimizar a dependência do capital no cotidiano? Sim é possível, não acredito que seja nulo pois na verdade nunca foi, sempre exploramos, trocamos ou negociamos nossa sobrevivência de alguma forma. O mundo novamente passa por uma grande revolução, a meu ver, desta vez trata-se da ética e respeito à vida e sobretudo à diversidade do meio ambiente.
A integração homem natureza através do cultivo em seu quintal gera impactos também na construção de habilidades sócio emocionais, haja visto compreender que com a mãe natureza não existe o imediatismo das tecnologias, sobretudo a da informação. E que é possível vivermos em harmonia conosco e que o conceito de felicidade tão reforçada pelo o consumismo de bens que muitas vezes não necessitamos, pode ter uma “felicidade substituta” e inclusive mais duradoura como a contemplação da existência de vida real além da exaustiva cobrança da perfeição das telas recheadas de fake vidas.